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FUNDAMENTOS DE MATEMÁTICA
ELEMENTAR
GUARULHOS – SP
SUMÁRIO
1 A RETA REAL.......................................................................................................... 3
5 EQUAÇÕES .......................................................................................................... 28
6 INEQUAÇÃO ......................................................................................................... 53
7 FUNÇÃO ................................................................................................................ 71
Uma reta numérica é uma reta na qual foram colocados todos os números reais.
Essas retas são construídas com base no conceito de distância entre dois pontos,
uma vez que toda distância é representada por um número real e quanto maior esse
número, maior a distância que ele representa. Esse é justamente o conceito utilizado
para a construção de uma reta numérica. Elas são usadas para medir distâncias e
podem ser encontradas em objetos muito comuns como a régua ou a fita métrica.
Fonte: www.mundoeducacao.bol.uol.com.br
3
Para representar números racionais, escreva-os na forma decimal e os marque
na reta numérica conforme o exemplo a seguir: 3,25 é um número formado por 3
inteiros e 25 centésimos. Logo, dividiremos o espaço entre 3 e 4 em 100 partes iguais
e marcaremos a que representa 25, como na imagem acima.
1 Texto extraído de: MUNDO EDUCAÇÃO. Reta numérica dos números reais. Disponível
em:https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/matematica/fracoes-algebricas.htm - Acesso em
23/08/2018.
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• Números naturais → conjunto dos números naturais (N)
• Números inteiros → conjunto dos números inteiros (Z)
• Números racionais → conjunto dos números racionais (Q)
• Números irracionais → conjunto dos números irracionais (I)
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Os apressados responderiam “3, é claro”. Mas até que ponto isso está correto? Bem,
a melhor resposta, ou pelos menos a mais cautelosa, seria responder que para saber
se 1 é maior ou menor que 3 seriamos obrigados a saber do contexto no qual eles
estão inseridos, por exemplo: no número 321, o 3 é maior que o 1, pois enquanto o
três representa 3 centenas, o 1 representa apenas uma unidade simples; já no caso
do número123, enquanto o 1 representa uma centena, o 3 representa apenas 3
unidades simples, sendo, portanto, 1 maior que 3. Veja a resposta ideal:
- Marcos, quem é maior, o 3 ou o 1?
- Isso depende, Paulo. Antes que eu responda, preciso saber em qual número
eles estão inseridos.
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Somos uma espécie dotada de tanta sabedoria e inteligência, porém nem
mesmo somos capazes de medir essas características estampadas em nós mesmos.
O fato é que raciocinamos, refletimos, comparamos e relacionamos. Tudo isso em
campos reais ou fictícios, através de um poder de conversão do abstrato a ideias
palpáveis, facilmente compreendidas sem muito esforço por leitores secundários.
Através da matemática, e do raciocínio aguçado que o seu estudo nos traz,
podemos desenvolver ainda mais as percepções desse mundo de complexidades e
realidades ainda pouco exploradas. Podemos nos fortalecer como intelectuais,
autoridades naquilo que nos propusermos a defender, proprietários de um vasto
conhecimento e compartilhadores dos saberes adquiridos ao longo das várias
jornadas acadêmicas.
A reta numérica
Relação de Inclusão
Lê-se:
N está contido em Z
ou
Conjunto dos naturais está contido nos inteiros.
Elementos do conjunto N: {+ 1, + 2, + 3, + 4, + 5}
Elementos do conjunto Z: {- 5, - 4, - 3, - 2, -1, +1, +2, +3, +4, +5}
Observe que os números naturais N = {+ 1, + 2, + 3, + 4, + 5} pertencem ao
conjunto dos números inteiros Z = {- 5, - 4, - 3, - 2, -1, +1, +2, +3, +4, +5}, isso porque
N⊂Z.
Z+={x∈Z/x≥0}
8
Exemplo: Z+ = {0, +1, +2, +3, +4, +5 ...}
Obs. Utilizar o (*) significa que o número zero não pertence ao conjunto.
Conjunto dos números inteiros negativos não nulos
Z−*={x∈Z/x<0}
Exemplo: Z−* = {... -5, -4, -3, -2, -1}
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Notação e relação de inclusão
Lê-se:
• N está contido em Z,
• Z está contido em Q,
• N está contido em Q.
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Elementos do conjunto dos números racionais (Q)
Q = {-7; -6; -5; -4; -3,4; -3; -2; -1,55...; -1; -0,422...; −13; -0,02;
0; +12; +0,8; +1; +2; +3; +4; +5; +9,6}
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2.4 Números irracionais
Então, podemos dizer que qualquer fração (ou razão) que possa ser obtida
pela divisão de dois números inteiros nessas condições é chamado de número
racional. A questão agora é: Como sabemos se um número é racional?
Abaixo temos alguns casos possíveis para a sua representação:
1 7 12
1) Frações (redutíveis ou não): 4 , 5 , 135 , …
2) Números decimais finitos: 4,5 ; 7,32 ; 2,31 ; ....
7 3
3) Números mistos: 2 , 9 , …
5 4
√2≈1,414213562...
Ora, não podemos afirmar que o número possui uma dízima periódica, pois não
sabemos se a representação decimal irá repetir um padrão (isso pode ocorrer na 20ª
casa decimal ou na 100.000ª). Para definirmos números que estão nesta forma,
digamos, incerta, devemos recorrer ao Teorema Fundamental da Aritmética para
classificá-lo.
Teorema Fundamental da Aritmética (T.F.A.):
12
Todo número inteiro maior do que 1, 0 e -1 pode ser escrito (ou decomposto)
pelo produto de fatores primos de forma única.
Exemplos:
• O número 15 pode ser escrito como (3.5), onde 3 e 5 são primos;
• 28 = 2.2.7 (2 e 7 são primos)
• 135 = 3.3.3.5
xm=Pm1⋅Pm2⋅Pm3...Pmn
Então uma nova pergunta surge: Existe um número racional que elevado ao
quadrado seja igual a dois? Para responder essa pergunta, devemos então operar
ambos os lados da equação, o que nos resulta em:
𝑝 2
( ) = (√2)2
𝑞
Como o índice da raiz a direita também é dois (raiz quadrada), então anulamos
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a raiz, por definição:
𝑝2
=2
𝑞2
Da união desses conjuntos obtemos o conjunto dos números reais, que pode
ser representado pela seguinte relação:
Lê-se: Conjunto dos reais = (conjunto dos naturais) união (conjunto dos inteiros)
união (conjunto dos racionais) união (conjunto dos irracionais)
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Lê-se: Conjunto dos reais = (conjunto dos racionais) união (conjunto dos
irracionais)
Para compreender melhor, quais são os termos numéricos que fazem parte do
conjunto dos números reais, acompanhe os exemplos a seguir:
Conjunto dos números naturais: Esse conjunto é formado somente por
números que são iguais ou maiores que o zero. Exemplo:
N = { 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11 ...}
Conjunto dos números racionais: Todo o número racional e do tipo ab, com
a e b inteiros, sendo b ≠ 0. Fazem parte desse conjunto os números: naturais, inteiros
positivos/negativos, decimais, fração e dízima periódica. Exemplo:
Q = {... -3; -2,5; -1, 0, +12; +1; +1,8; +2 ...}
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2.5 Diagrama de inclusão
Lê-se: (Conjunto dos naturais) está contido (Conjunto dos inteiros) está contido
(Conjunto dos racionais) está contido (Conjunto dos reais).2
3 DESIGUALDADE E INTERVALOS
Equação x Inequação
As diferenças entre equações e inequações concentram-se nos resultados, em
sua análise e quantidade. Para notar essa diferença, basta acompanhar a resolução
de algum problema que envolva uma equação e outro que envolva uma inequação:
Fonte: www.brasilescola.uol.com.br
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Ela comprará o carro em 3 anos e 4 meses.
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sentença.
3.2 Desigualdade
19
Dada a inequação a seguir, observe a solução:
20
Observe que, nesse passo, a inequação deve ser multiplicada por – 1. Pela
propriedade 4, devemos inverter o sinal da desigualdade para obter:3
3.4 Intervalo
Logo não é correto dizer que A = [1,2]. A não é um subconjunto dos números
Notações
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Toda ocasião em que um extremo for uma infinidade de elementos, este
sempre será um extremo aberto.
23
E também com extremos ao infinito:
24
E geometricamente representamos:
25
Geometricamente vemos que existe um intervalo entre eles que é composto
pelos elementos que são comuns em ambos, no caso, o intervalo [2,5], veja:
Intervalos serão sempre subconjuntos dos números reais, o que nos garante a
validade de todas as propriedades e operações da teoria dos conjuntos. A
representação geométrica de um intervalo é muito importante pois podemos observar
o comportamento dos intervalos, facilitando a sua classificação e as suas possíveis
operações.4
Fonte: www.mundoeducacao.bol.uol.com.br
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Lembrando que isso ocorre porque estamos considerando a distância entre esse
número x e o ponto zero.5
5 EQUAÇÕES
5 Texto extraído de: MUNDO EDUCAÇÃO. Módulo ou valor absoluto de um número real. Disponível
em https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/matematica/modulo-ou-valor-absoluto-um-numero-real.htm
- Acesso em 24/08/2018.
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= 9 Na lápide do túmulo de Diofanto foi escrito uma equação que relata sua vida, e o
seu resultado revela a idade que tinha quando faleceu.
"Aqui jaz o matemático que passou um sexto da sua vida como menino. Um
dozeavo da sua vida passou como rapaz. Depois viveu um sétimo da sua vida antes
de se casar. Cinco anos após nasceu seu filho, com quem conviveu metade da sua
vida. Depois da morte de seu filho, sofreu mais 4 anos antes de morrer". De acordo
com esse enigma, Diofanto teria 84 anos.
Os estudos relacionados às equações estabeleceram métodos resolutivos para
as equações do 1º grau, 2º grau, 3º grau, 4º grau e nas maiores ou iguais ao grau 5.
A álgebra é considerada peça fundamental na Matemática moderna, contribuindo na
elaboração e resolução de cálculos complexos. As inúmeras aplicações estão
presentes em praticamente todos os estudos relacionados ao desenvolvimento
humano, como Engenharia, Física, Química, Biologia, Arquitetura, Urbanismo,
Transportes, Contabilidade, Economia, Administração, Informática entre outros.
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Usaremos uma letra, como x, para simbolizar o peso de cada melancia, e a
equação será escrita matematicamente, como:
2x +2 = 14
2x +2 = 14
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Exemplos:
1. A soma das idades de A e C é 22 anos. Descubra as idades de cada um
deles, sabendo-se que A é 4 anos mais novo do que C.
a +b =100.000
3b +b =100.000
4b =100.000
b =25.000
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5.3 Desigualdades do Primeiro Grau em 1 Variável
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Exemplo: Para determinar todos os números inteiros positivos para os quais
valem as (duas) desigualdades:
12 < 2x +2 · 20
Usamos o seguinte processo:
ax +by < c
Exemplo: Para obter todos os pares ordenados de números reais tal que:
2x +3y > 0
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Existem infinitos pares ordenados de números reais satisfazendo a esta
desigualdade, e se torna impossível exibir todas as soluções. Para remediar isto,
utilizamos um processo geométrico que permite obter uma solução geométrica
satisfatória.
34
5.6 Sistema linear de equações do primeiro grau
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um par ordenado de números reais:
S = {(10, 6)}
Aplicação: Uma pessoa deseja reunir uma quantidade x de Álcool com 60% de
pureza com outra quantidade y de Álcool com 80% de pureza para obter 1000g de
Álcool com 65% de pureza. Quais devem ser os valores de x e y?
Para resolver o problema, devemos montar duas equações do primeiro grau:
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5.8 Equações de 2º grau
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5.9 Fórmula de Bhaskara
38
Contudo, por questões didáticas, essa fórmula é ensinada em duas etapas:
fórmula do discriminante e fórmula de Bhaskara.
Discriminante
A fórmula do discriminante é definida pela expressão no interior da raiz
quadrada na fórmula de Bhaskara em sua forma original. O discriminante é
representado pela letra grega Δ (delta) e é definido da seguinte maneira:
Em todo caso, toda equação do segundo grau possui duas raízes, contudo,
nem sempre essas raízes são números reais (algumas vezes, elas podem ser
números complexos).
Para calcular o valor numérico de Δ, basta substituir os coeficientes da equação
do segundo grau na fórmula do discriminante e realizar as operações matemáticas
indicadas. Por exemplo: qual é o valor de Δ na equação x2 + 8x – 9 = 0?
A fórmula de Bhaskara
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5.10 Equação Biquadrada
Sendo que a, b e c podem assumir qualquer valor real desde que a seja
diferente de zero. Veja alguns exemplos de equações biquadradas.
2x4 + 5x2 – 2 = 0; a = 2, b = 5, c = -2
-x4 – x = 0; a = -1, b = -1, c = 0
x4 = 0; a = 1, b = 0, c = 0
Exemplo 1:
Resolva a equação biquadrada (x2 – 1) (x2 – 12) + 24 = 0. Devemos organizá-
la primeiro, ou seja, tirar os parênteses e unir os termos semelhantes. (x2 – 1) (x2 –
12) + 24 = 0
x4 – 12x2 – x2 + 12 + 24 = 0
x4 – 13x2 + 36 = 0
x2 = y
x4 – 13x2 + 36 = 0
x2 . x2 – 13x2 + 36 = 0
y2 – 13y + 36 = 0
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Resolvendo essa equação do segundo grau encontraremos como resultados
de y’ e y’’ respectivamente os valores 9 e 4, como a incógnita da equação biquadrada
é x, substituímos os valores de y na igualdade x2 = y e obteremos os respectivos
valores de x.
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5.11 Equações Irracionais
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Neste caso, as duas raízes da equação do segundo grau satisfizeram a nossa
equação irracional, mas tome muito cuidado, podemos ter casos nos quais
encontraremos raízes que não satisfazem a equação.
As equações incompletas do segundo grau são aquelas que podem ser escritas
na forma ax2 + bx + c = 0, em que b = 0 ou c = 0, ou ambos os coeficientes sejam
iguais a zero.
Toda equação que pode ser escrita na forma: ax2 + bx + c = 0 é conhecida
como equação do segundo grau. As regras para essa definição são apenas que o a
seja sempre diferente de zero e que os números representados pelas letras a, b e c –
chamados coeficientes – pertençam ao conjunto dos números reais.
Assim, o único coeficiente que necessariamente não pode ser zero é o
coeficiente a. Quando um dos outros dois coeficientes é igual a zero (ou ambos),
dizemos que a equação do segundo grau é incompleta.
Exemplo:
x2 = 0 é incompleta, pois b = 0 e c = 0.
x2 – 16 é incompleta, pois b = 0.
x2 + 10x é incompleta, pois c = 0.
Fórmula de Bháskara
A fórmula de Bháskara é a técnica mais usada para resolver equações do
segundo grau, pois, por meio dela, é possível resolver qualquer tipo de equação:
completa ou incompleta. Desde que a equação seja do segundo grau e esteja escrita
exatamente na forma ax2 + bx + c = 0, será possível resolvê-la usando a fórmula de
Bháskara.
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Essa fórmula geralmente é dividida em duas etapas: calcular o valor do
discriminante e, depois, calcular as soluções da equação. Para tanto, basta substituir
os valores dos coeficientes na seguinte fórmula:
Observe que existe um sinal ± na segunda fórmula. Isso significa que o cálculo
deve ser feito duas vezes: a primeira considerando um + (sinal positivo) e a segunda
considerando um – (sinal negativo) nessa posição.
Quando C = 0
X (x + 16) = 0
x = 0 ou x + 16 = 0
No primeiro caso, o resultado já seria zero, o que faz com que x = 0 seja um
resultado para essa equação. No segundo, podemos fazer:
x + 16 = 0
x = – 16
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Então, as soluções para essa equação são: x = 0 e x = – 16.
Se o coeficiente a for diferente de 1, o uso desse método ficará viável quando
toda a equação for dividida pelo valor numérico do coeficiente A.
Quando B = 0
Se apenas o coeficiente b for igual a zero, a equação do segundo grau poderá
ser solucionada por meio da fórmula de Bháskara, ou usando conhecimentos básicos
de equações. Observe o exemplo: x2 – 25 = 0.
x2 – 25 = 0
x2 = 25
√x2 = ±√25
x=±5
Quando uma equação possui coeficientes b e c iguais a zero, ela poderá ser
resolvida por meio da fórmula de Bháskara, ou é possível assumir que seus dois
resultados reais serão iguais a zero. Observe:
ax2 = 0
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de equações logarítmicas.
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5.15 Propriedades Operatórias dos Logaritmos
Logarítmo de um produto
Considerando a, b e c como números reais positivos e a ≠ 1, temos a seguinte
propriedade:
loga(b·c) = logab + logac
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Logarítmo de um quociente
Exemplo 5
Exemplo 6
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Mudança de base
Para passar logab, com a e b positivos e a ≠ 1, para a base c, com c > 0 e c ≠
1, utilizamos a seguinte expressão:
logab = logcb/logca, com logca ≠ 0
Exemplo 7
Passando log49 para a base 2.
log49 = log29 / log24 = log29 / 2
Exemplo 8
Sabendo que log 4 = 0,60 e log 5 = 0,70, calcule log54.
log54 = log4 / log5 = 0,60 / 0,70 → log54 = 0,86
logab = x, em que:
a = base do logaritmo
b = logaritmando
x = logaritmo
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Propriedades dos logaritmos
52
6 INEQUAÇÃO
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6.1 Propriedades da desigualdade nas inequações
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Observe que a solução de uma equação possui resultado exato. Quantos
quilômetros podem ser rodados nessas condições? Exatamente 6,19.
Já as inequações possuem resultados descritos como conjuntos. O preço de
uma corrida de táxi é determinado por um valor fixo de taxa de deslocamento, que é
R$ 6,00, e um valor variável que depende da quantidade de quilômetros rodados: R$
4,20 por quilômetro. Sabendo que uma corrida foi menor que 5 km, que valor foi gasto?
Se x = quilômetros percorridos e y = preço da corrida, a inequação e sua
solução são as seguintes:
y = 4,2x + 6
Se x < 5, então:
y < 4,2·5 + 6
y < 21 + 6
y < 27
Assim, o valor gasto na corrida foi inferior a R$ 27,00, mas foi superior a R$
6,00, que é o valor mínimo cobrado. Então, o resultado é algum número com duas
casas decimais entre 6 e 27.
Propriedades da desigualdade
Tendo em vista as diferenças entre equações e inequações, podemos discutir
as propriedades da desigualdade.
4x – 20 > 2x + 8
4x – 20 – 2x > 2x + 8 – 2x
2x – 20 > 8
2x – 20 + 20 > 8 + 20
2x > 28
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Note que o processo acima é equivalente ao descrito nos métodos práticos, em
que basta trocar números de lado, desde que o seu sinal seja trocado. Fazer isso não
altera o sentido da desigualdade em uma inequação.
Para exemplificar, tomemos o exemplo anterior, que foi resolvido até encontrar:
2x > 28
Para concluir a resolução, devemos multiplicar ambos os membros por 1/2, que
é um número positivo e não altera a desigualdade. Observe:
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6.2 Inequações do 1º Grau
57
Note que a inequação não está na forma ax+b<0, logo, primeiramente escrevaa
desta maneira.
Agora, depois de termos identificado a nossa f(x), iremos encontrar a raiz desta
equação para estudarmos o sinal desta função.
Você se lembra das propriedades de um gráfico do primeiro grau?
Com isso então, na reta dos reais, poderemos encontrar o nosso conjunto
solução para esta desigualdade.
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Como o denominador deve ser diferente de zero, podemos afirmar que o valor
de x não poderá ser igual a 2.
Função: g(x)=x-2
• Zero da função: x=2
Função: g(x)=x-2
• Zero da função: x=2
• Sinal do coeficiente a: a=1, valor maior que zero, portanto é uma função crescente.
Agora devemos realizar a intersecção dos intervalos das duas funções,
lembrando que o ponto 2 é um valor aberto, pois não pertence ao domínio da
desigualdade.
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Veja que ao fazer a intersecção das funções deve ser feito também o jogo de
sinal, assim como na equação produto. Sendo assim, podemos esboçar o conjunto
solução:
Note que temos três funções nessa inequação, estando essas multiplicadas,
portanto devemos estudar os sinais de todas essas funções e posteriormente o sinal
do produto entre elas.
Para melhor análise, iremos nomear essas funções da seguinte maneira:
60
61
Você se lembra da inequação? A desigualdade do produto deve ser maior ou
igual a zero. Veja-a novamente:
(x-5).(-2x+4).x≥0
Por fim, veja que temos dois passos muito importantes para a resolução de
inequações-produto: primeiramente, determinar os sinais de cada função de acordo
com a sua raiz; depois, feito isso com todas as funções, construir o quadro de sinais
para realizar o produto dos sinais e obter os reais sinais da função produto, afinal é
ela que determina a desigualdade final.
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6.6 Inequações Exponenciais
66
6.7 Gráfico de Inequações do 1º Grau
67
6.8 Inequações Modulares
Uma inequação será identificada como modular se dentro do módulo tiver uma
expressão com uma ou mais incógnitas, veja alguns exemplos de inequações
modulares:
68
Ao resolvermos uma inequação modular buscamos encontrar os possíveis
valores que a incógnita deverá assumir, obedecendo às regras resolutivas de uma
inequação e as condições de existência de um módulo.
Condição de existência de um módulo, considerando k um número real positivo:
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6.9 Inequações Polinominais do 1º Grau
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7 FUNÇÃO
Tipos de funções
As funções podem ser classificadas em três tipos, a saber:
71
72
As funções podem ser representadas graficamente. Para que isso seja feito,
utilizamos duas coordenadas, que são x e y. O plano desenhado é bidimensional. A
coordenada x é chamada de abscissa e a y, de ordenada. Juntas em funções, elas
formam leis de formação. Veja a imagem do gráfico do eixo x e y:
1 – Função constante;
2 – Função par;
3 – Função ímpar;
4 – Função afim ou polinomial do primeiro grau;
5 – Função Linear;
6 – Função crescente;
7 – Função decrescente;
8 – Função quadrática ou polinomial do segundo grau;
9 – Função modular;
10 – Função exponencial;
11 – Função logarítmica;
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12 – Funções trigonométricas;
13 – Função raiz.
74
75
76
77
78
79
80
81
82
83
84
85
6
x → –1, y → 0
x → 1, y → 2
x → 2, y → 3
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Observe que à medida que os valores se aproximam de 3, tanto pela direita
quanto pela esquerda, a imagem da função f(x) = x², fica mais próxima do valor 8.
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8 BIBLIOGRAFIA BÁSICA
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR
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