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SUMÁRIO

2- Conhecendo os Direitos da Pessoa


3 - Classificação dos Direitos Humanos em
Gerações / Dimensões
4 - História dos Direitos Humanos e da
Humanidade
12 - Declaração dos Direitos Humanos
21 - Constituição Brasileira
22 - Título I - Dos PrincÍpios Fundamentais
23 - Título II - Dos Direitos e Garantias
Fundamentais - Cap. I - Dos Direitos e
Deveres Individuais e Coletivois
34 - Cap. II - Dos Direitos Sociais
39 - Cap III - Da Nacionalidade
41 - Cap IV - Dos Direitos Políticos
44 - TÍtulo VIII - Cap II - Seção IV - Da
Assistência Social
45 - Cap. III -Da Educação, Da Cultura e Do
Desportos - Seção I - Da Educação
50 - Seção II - Da Cultura
55 - Seção III - Do Desporto
55 - Cap. VI - Do Meio Ambiente
57 - Cap VII - Da Infância, Da Criança, do
Adolescente, Do Jovem e do Idoso
61 - Subseção II - Da Emenda à Constituição

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CONHECENDO OS DIREITOS DA PESSOA

JUSTIFICATIVA
Uma pessoa só pode usufruir dos seus direitos, se ela tiver
conhecimento sobre os mesmos. Temos como lema defender a
Dignidade da Pessoa Humana, razão pela qual sentimo-nos na
obrigação de preparar um material de fácil leitura e compreensão
para divulgar esses direitos em todos os espaços que pudermos
alcançar: escolas, igrejas, praças e clubes. O nosso objetivo é
despertar, nas pessoas, o exercício da plena CIDADANIA que
inclui a possibilidade de reivindicar tudo o que a Constituição
Brasileira e as leis determinam como Direitos da Pessoa.
Para tanto, vamos usar dispositivos da Declaração
Universal dos Direitos Humanos e da Constituição da República
Federativa do Brasil, adaptando-os à didática necessária à fácil
assimilação por parte de crianças, jovens, adultos e idosos dos
diferentes graus de escolaridade.
O que nos motiva aqui não é a técnica da linguagem
jurídica, mas o entendimento que as pessoas possam ter a
respeito dos seus direitos fundamentais. Veremos que os
dispositivos da nossa Constituição reproduzem os contidos na
Declaração Universal dos Direitos Humanos, adaptando-os à
nossa realidade.

Profº Célio Lupparelli

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1 - Classificação dos direitos humanos
em gerações/dimensões:
Em 1979, em uma conferência do Instituto
Internacional de Direitos Humanos, Karel Vasak propôs uma
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classificação dos direitos humanos em gerações , inspirado no
lema da Revolução Francesa (liberdade, igualdade,
fraternidade).
Assim, os direitos humanos de primeira geração seriam
os direitos de liberdade, compreendendo os direitos civis,
políticos e as liberdades clássicas. Os direitos humanos de
segunda geração ou direitos de igualdade constituiriam os
direitos econômicos, sociais e culturais. Já como direitos
humanos de terceira geração, chamados direitos de fraternidade,
estariam o direito ao meio ambiente equilibrado, uma saudável
qualidade de vida, progresso, paz, autodeterminação dos povos e
outros direitos difusos.
Posteriormente, com os avanços da tecnologia e com a
Declaração dos Direitos do Homem e do Genoma Humano feita
pela UNESCO, a doutrina estabeleceu a quarta geração de
direitos como sendo os direitos tecnológicos, tais como o direito
de informação e Biodireito.
O jurista brasileiro Paulo Bonavides defende que o
direito à paz, que segundo Karel Vasak seria um direito de
terceira geração, merece uma maior visibilidade, motivo pelo
qual este direito constituiria a quinta geração de direitos
humanos.
*1 Hoje, usa-se o termo dimensão, em lugar de geração. Assim, são 5 as dimensões dos direitos humanos

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2 - História dos direitos humanos e da
humanidade
A origem dos direitos individuais do homem pode ser apon-
tada no antigo Egito e na Mesopotâmia, no terceiro milênio a.C.,
onde já eram previstos alguns mecanismos para proteção indivi-
dual em relação ao Estado.
O Código de Hamurabi (1690 a.C.) talvez tenha sido a pri-
meira codificação a consagrar
um rol de direitos comuns a
todos os homens, tais como a
vida, a propriedade, a honra, a
dignidade, a família, prevendo,
igualmente, a supremacia das
leis em relação aos governantes.
Em 539 a.C., os exércitos de
Fig 1.: Parte do Código de Hamurabi Ciro, O Grande, o primeiro rei
da antiga Pérsia, conquistaram a cidade da Babilônia. Mas foram
as suas ações posteriores que marcaram um avanço muito impor-
tante para o Homem. Ele libertou os escravos, declarou que todas
as pessoas tinham o direito de escolher a sua própria religião, e
estabeleceu a igualdade racial. Estes e outros decretos foram
registrados num cilindro de argila com a escritura cuneiforme*2.
*2. Em forma de cunha, que é peça de metal ou madeira cortada em ângulo agudo, para rachar lenha, pedras, etc. Diz-se,

também, de uma escrita antiga, usada em pedras e tabuinhas de barro cozido, cujos caracteres tinham a forma de cunha.

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Fig.6: "A Liberdade guiando o
povo", pintura sobre a Revolução
Francesa, de Delacroix.

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Fig.7: Guarda alemão e corpos de
prisioneiros de
Auschwitz-Birkenau.

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Fig.8 Símbolo da Organização das
Nações Unidas (ONU)

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Fig.9: Sala usada pelo Conselho de Direitos
Humanos das Nações Unidas no Palácio das
Nações, em Genebra, Suíça.

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Professor há 44 anos, médico, biólogo, administrador,
pedagogo e advogado, Prof. Célio Lupparelli sempre
esteve envolvido na defesa da educação, do meio ambien-
te, da saúde, da cultura e do esporte. É um defensor dos
direitos humanos, da proteção integral a crianças, adoles-
centes e idosos, dos direitos do consumidor e dos direitos
dos animais.

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