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RELATÓRIOS

FÍSICO-QUÍMICA
EXPERIMENTAL

2021/1

Universidade Regional de Blumenau


Departamento de Engenharia Química e Alimentos
Físico-Química e Experimental
Lucas Alfredo Soares

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Calibração de Termômetro, Bureta e Pipeta
06/04/2021 - Experimento 1. Calibração de Instrumentação Analítica para
Medição de Volumes, Massa e Temperatura.
Termômetro
Termômetro são instrumentos que utilizamos para aferir a temperatura de determinada
matéria. No experimento foi utilizado o termômetro de mercúrio, cujo funcionamento se baseia na
expansão do metal pelo aumento da temperatura.
Nesta calibração foram utilizados dois termômetros, um deles usado como referência e o outro
calibrado. Para o procedimento, um béquer contendo água e gelo foi colocado sobre um bico de
Bunsen desligado. Neste béquer foram adicionados, ao mesmo tempo e na mesma altura os
termômetros. Quando o termômetro de referência atingiu a marca de 5°C o bico de Bunsen foi aceso.
A cada aumento de 5°C na temperatura do termômetro de referência foram anotadas, no mesmo
instante, as temperaturas do termômetro em calibração. Com isso foram obtidos os seguintes dados:

Temperatura Nominal (°C) Temperatura de Referência (°C) Ea Ω Er %


5 5 0 0
11 10 1 3,8
15 15 0 0
20 20 0 0
26 25 1 3,8
30 30 0 0
35 35 0 0
Tabela 1 - Temperaturas encontradas no experimento

Com os dados encontrados na Tabela 1 - Temperaturas encontradas no experimentofoi


possível obter o seguinte gráfico de dispersão:

Calibração de Termômetro
40
35
Temperatura Nominal

30
25
20
15
10
5
0
0 5 10 15 20 25 30 35 40
Temperatura de Referência

Gráfico 1 - Dispersão de temperaturas

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Uma regressão linear foi realizada para obtermos a equação da reta, onde também foi obtido o
valor de R².

Y =1 , 0052 x−0,3905

R2=0,998

Como podemos observar, o valor de R² é satisfatório, mostrando que o modelo da regressão


pode ser considerado válido.

Pipeta
Pipetas são vidrarias utilizadas nos mais diversos laboratórios. Existem em diferentes tamanhos
e podem ser de volume fixo, chamadas de pipetas volumétricas, e de volume variável (chamadas de
pipetas graduadas). Neste procedimento, foi realizado a calibração gravimétrica de uma pipeta de
volume nominal de 5ml. Para isso, um béquer de 50ml foi colocado sobre uma balança analítica, tendo
sua massa anotada (Mvazio). Posteriormente foram pipetados 5ml de água destilada e então anotada a
massa do béquer com a adição (M5). Este procedimento foi repetido mais 9 vezes, obtendo 10
medições de 5ml cada. As massas anotadas podem ser encontradas na tabela abaixo:

Massa Nominal (g) Massa de Ref. (g)


Descrição Massa (g) Ea Ω Er
Volume Nominal (ml) Volume de Referência (ml)
Mvazio 60,227 - - - -
M5 65,212 4,985 5 0,015 0,30%
M10 70,191 4,979 5 0,021 0,42%
M15 75,145 4,954 5 0,046 0,93%
M20 80,141 4,996 5 0,004 0,08%
M25 85,114 4,973 5 0,027 0,54%
M30 90,099 4,985 5 0,015 0,30%
M35 95,044 4,945 5 0,055 1,11%
M40 100,02
4,984 5 0,016 0,32%
8
M45 105,01
4,991 5 0,009 0,18%
9
M50 110,00 4,981 5 0,019 0,38%
Média 4,9825 5 - -
Tabela 2 - Dados obtidos da calibração da pipeta.

Considerando que a massa específica da água à 25°C (mensurada in loco) tem valor constante
de 1g/cm³, é possível afirmar que a massa em gramas é igual ao volume em mililitros. Com essa
hipótese, podemos calcular o erro absoluto e o erro relativo das amostras. Também foi possível
calcular o desvio padrão, através da equação abaixo, o qual foi obtido o valor de 0,227.

σ=
√ ∑ ( X− X́ )
n

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Bureta
As buretas são equipamentos de vidros de volume variável utilizadas principalmente em
titulações. Com seu corpo alongado e graduado, possuem uma válvula em sua ponta permitindo ao
usuário a acurácia de suas análises. Essa calibração foi utilizada gravimetria de uma bureta de volume
total de 25ml. Para isso, um béquer de 50ml foi colocado sobre uma balança analítica, tendo sua
massa anotada (Mvazio). Posteriormente foram titulados 2,5ml de tendo a massa colhida novamente.
Este processo repetiu-se mais 9 vezes, obtendo o completamento das 25ml totais da bureta. Os dados
obtidos são demonstrados na tabela 3.

Massa Nominal (g) Massa de Ref. (g)


Descrição Massa (g) Ea Ω Er %
Volume Nominal (ml) Volume de Referência (ml)
Mvazio 60,142 - - - -
M2,5 62,625 2,483 2,5 0,017 0,68%
M5 65,096 4,954 5 0,046 0,92%
M7,5 67,620 7,478 7,5 0,022 0,29%
M10 70,084 9,942 10 0,058 0,58%
M12,5 72,621 12,479 12,5 0,021 0,17%
M15 75,088 14,946 15 0,054 0,36%
M17,5 77,605 17,463 17,5 0,037 0,21%
M20 80,092 19,95 20 0,05 0,25%
M22,5 82,551 22,409 22,5 0,091 0,40%
M25 85,141 24,999 25 0,001 0,00%
Tabela 3 - Dados de calibração de bureta

Também foi possível extrair a curva padrão do instrumento, juntamente com a equação que à
descreve. A equação foi obtida por regressão linear e apresenta R² igual à 1 tornando válido o modelo.

Calibração de Bureta
30

25
Volume nominal

20

15

10

0
0 5 10 15 20 25 30
Volume de refeência

Gráfico 2 - Reta que descreve a calibração da bureta.

y=1,0007 x +0,0305

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Discussões
Como resultado desses experimentos, podemos considerar os equipamentos do laboratório 1-
T-322 da FURB, objetos desse estudo, calibrados, como confiáveis. Pois em todos os dados obtidos
tiveram excelentes valores. Onde houveram pequenas discrepâncias com os valores esperados. Porém
essas divergências são consideradas ínfimas, se nos debruçarmos diante das imprecisões do
procedimento. Podendo elencar como principal, a falta de habilidade do analista, que realizou os
procedimentos pela primeira vez.
O autor considera o objetivo principal do presente relatório alcançado. Visto que o
conhecimento adquirido acerca das calibrações dos equipamentos em estudo é de grande
importância. Devendo ser alvo de atenção nos laboratórios físico-químicos.

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