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CHAPECÓ – SC
2020
NR 13 CALDEIRAS
1– Grandezas Físicas e Unidades – Comprimento (Medidas Lineares)
Métrica: mm - milímetro
cm – centímetro
m – metro
km – quilômetro
Equivalência: 1 km = 1000m = 100.000cm = 1.000.000mm
Peso: g - grama
kg - quilograma = 1000g
t - tonelada = 1000kg
lb – libra = 450g
2 – Área ou superfície;
5– Vazão ou produção; capacidade de fabricar, gerar, produzir ou transportar um volume ou peso pela passagem de
um tempo.
6 – Medidores de vazão; equipamento que mede a vazão ou a capacidade de um fluído pela passagem do tempo.
Medidores de água; cálculo manual (escala), rotâmetros, hidrômetros, medidores magnéticos e por velocidade (rotor)
Medidores de vapor (atuais): placa de orifício e sistema vortex.
Gravitacional: Calha Parshall e Vertedouro
Hidrômetros – (Instalado num ponto reto e sempre na horizontal da tubulação).
7 - Medidores de nível
Eletrodos
Bóias (mecânicas e elétricas)
Visor de vidro e mangueira cristal
Eletrônicos; de pressão (sob o peso do fluido)
Ultrassônicos;
Ópticos (foto-célula e câmera de imagem)
8 – Pressão; é o valor do peso exercido sobre uma determinada área (ou força sobre área: P=F/A)
8.2 Pressão relativa e pressão absoluta; pressão relativa é aquela que se lê no manômetro e pressão absoluta é a
leitura do manômetro acrescida da pressão constante atmosférica (ex. + 1kg/cm²).
9 – Temperatura e calor; escalas comparativas usando o ponto de fusão e evaporação da água.
Fórmula de equivalência:
C = F-32 = K-273
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Diferença entre calor e temperatura:
CALOR é o nome dado a energia térmica, quando ela é transferida de um corpo a outro. É energia térmica em trânsito.
TEMPERATURA é uma grandeza física que permite medir quanto um corpo está quente ou frio. Isso se dá pela
agitação das moléculas.
Calor sensível (ou específico) e calor latente: Quando uma substância é aquecida, a sua temperatura aumenta à
medida que o calor lhe é adicionado. Este aumento de calor é designado de calor sensível. O calor latente, contudo,
não afeta a temperatura duma substância - por exemplo, a água permanece a 100°C enquanto ferve. O calor
adicionado para manter a água a ferver é calor latente. O calor que causa a alteração do estado físico de uma
substância sem alterar a temperatura é designado por calor latente.
10 – Densidade ou Peso Específico; é a divisão do peso de um material por um volume padrão.
10.1 Exercício: Qual a grandeza física de cada unidade a seguir: m2..................................; cm2..................................;
Kg/L.................................Ton/m3..................................Kg/cm2............................; cm3.............................;
mm.............................; Kcal.............................
11 – Metais e ligas metálicas utilizados na indústria:
Espécies; Aço carbono (ferro com 0,1 a 2% de carbono) densidade 7,7g/cm3 e PF 1425 ºC
Ferro fundido (ferro com 2 a 4% de carbono) densidade 7,5g/cm3 e PF 1500 ºC
Galvanizado (aço carbono com película de zinco), densidade 7,7g/cm3 e PF 1425 ºC
Aço inox (aço carbono com 11% de cromo mín.), densidade 7,85g/cm3 e PF 1510 ºC
Cobre (metal puro), densidade 8,93g/cm3 e FP 1084 ºC
Alumínio (metal puro), densidade 2,70g/cm3 e PF 659 ºC
Latão (cobre com 3 a 45% de zinco) densidade 8,4g/cm3 e PF 905 ºC
Bronze (cobre com 2 a 11% de estanho) densidade 8,8g/cm3 e PF 927 ºC
11.1 Propriedades Físicas dos Metais: Tração (espichamento); Compressão (achatamento); Torção; Flexão
(impacto); Ductibilidade (fios); Maleabilidade (laminar); Dureza (riscar); Tenacidade (fadiga, mov. repetitivo);
Condutividade; Resistividade e Soldagem.
11.2 Tubulações
As especificações de tubulações metálicas, utilizadas no Brasil, seguem normas internacionais como as norte-
americanas ASTM, AISI, ASME, ANSI e API. E também a europeia DIN. Os tubos são fabricados em uma série de
diâmetros “nominais” expressos em polegadas. Para cada “diâmetro nominal” de tubo, estão disponíveis diversas
espessuras de parede e padronizados dentro da norma ANSI B 36.10, definida por meio do “schedule number”. A
norma brasileira NBR 5590, também segue este padrão. Quanto maior o “schedule” maior é a espessura de parede do
tubo e atende a uma classe de pressão e temperatura do fluido. Exemplo:
11.3 Acessórios para tubos: Os acessórios também seguem normas de fabricação semelhantes aos tubos. Sua junção,
aos tubos, pode ser construída por ROSCA, SOLDA ou FLANGE. Exemplos:
Tê, luva, joelho, curva, nípel, redução, adaptador, tampão, união e flange,
11.8 Acoplamento; é um acessório de ligação entre o eixo da bomba com o eixo do motor elétrico.
As vezes este acoplamento poderá ser efetuado através de polia x correia ou por redutor mecânico de
velocidade.
11.9 Motores Elétricos; é um equipamento dotado de força giratória, obtida através da passagem de uma
corrente elétrica, com capacidade de efetuar o trabalho do bombeamento de fluidos, se acoplado ao eixo da
bomba.
O motor elétrico é dividido em várias partes; rotor, bobinado, carcaça aletada, tampas flageadas e ventoinha.
A capacidade do motor elétrico é dimensionada com os seguintes dados principais:
Modelo e marca (Ex.Weg, Kohlbach, Arno, Siemens, Buffalo, Ge, Eberle(Voges)
Potência CV – HP – Kw (1/3 a 1000CV) – 1CV = 736w
Giro II polos – IV polos (3600 rpm – 1700 rpm)
Tensão Voltz - (110V – 220V – 380V)
Isolação (nível de isolação contra intempéries)
11.10 Inversor ou variador de frequência; é um equipamento eletrônico, capaz de variar o giro do motor
elétrico, muito utilizado atualmente para variar a vazão de bombeamento.
11.11 Quadro elétrico; é um equipamento composto por vários acessórios capazes de operar e proteger
equipamentos e instalações elétricas – ao operador de caldeira é permitido operar o painel do quadro
elétrico (só eletricista pode fazer intervenção dentro do quadro elétrico).
11.12 Exercícios
Cobre + Estanho:....................................; Cobre + zinco:..................................... Cite 2 metais puros muito usado nas
Que dispositivo o fabricante das bombas centrífugas constroi para poder aumentar a pressão da água à bombear na
caldeira?...........................................................................................................................................................................
.........................................................................................................................................................................................
12.2 Fogotubular - Gerador, construído com a fornalha revestida de material refratário e o corpo em feixe tubular.
O calor da fornalha percorre por dentro dos tubos até chegar à chaminé.
12.3 Aguatubular - Gerador, construído com a fornalha revestida de material refratário e o corpo em feixe ou
parede tubular. O calor da fornalha percorre por fora dos tubos até chegar à chaminé.
12.4 Mista - Gerador, construído com a fornalha revestida por parede de tubular de água e o corpo em feixe tubular.
O calor percorre a parede tubular da própria fornalha por fora e ao chegar ao feixe tubular do corpo, percorre por
dentro até chegar à chaminé.
12.6 Caldeira à lenha em tora (biomassa) - Gerador à vapor construído para queima de lenha em tora e outros
resíduos como refil e estrados de madeira; dotado de esteira ou carrinho para alimentação da fornalha.
12.7 Caldeira à cavaco (biomassa) – Gerador à vapor construído para queima de cavaco de madeira e outros
resíduos como serragem, cascas de cereais e briquetes; dotado de uma estrutura de alimentação desses combustíveis
como, moega receptora, picador de madeira (à tambor ou disco), correia transportadora, classificador de cavaco,
elevador de canecas, silo de armazenagem, rosca transportadora, válvula alternativa, etc., até o combustível chegar à
fornalha da caldeira.
12.8 Caldeira à óleo - Caldeira construída para queima de óleo 1A (antigo BPF), diesel, alcool, gorduras animais e
vegetais.
12.9 Caldeira à gás – Gerador de vapor construído para queima de gás GLP, gás natural, biogás e outros.
12.10 Caldeira de recuperação em fábrica de papel – Gerador de vapor construído para queima de liquor negro
(rejeito da fabricação de celulose) resíduo de grande valor sustentável para as fábricas de papel.
13 Combustíveis de caldeiras
13.1 Sólido: Lenha, refil, cavaco, serragem, briquete, carvão vegetal, carvão mineral, bagaço de cana, casca de cereal,
13.2 Líquido: óleo 1A (antigo BPF), diesel, álcool, gorduras animais e vegetais
13.3 Gasoso: Gás natural, GLP, biogás, subprodutos industriais.
13.4 Poder calorífico de calor de Combustíveis; É a quantidade de calor emitida pelo combustível em sua queima
completa. O valor é expresso em Kcal/kg (quilocaloria/kg do combustível queimado)
Combustível Kcal/kg Combustível Kcal/kg
Álcool de cana 7.333 Gasolina 10.000
Bagaço de cana (20% água) 3.200 Gás (Biogás) 5.000
Bagaço de cana (50% água) 1.800 Gás GLP 10.800
Bambu (10% água) 3.700 Gás natural 8.600
Borra de café 1.570 Lenha tora (38% água) 2.500
Carvão mineral Turbarão-SC 4.500 Lenha tora (12% água) 3.680
Carvão vegetal 7.500 Óleo combustível 1A (BPF) 10.000
Cavaco de pinus 2.500 Óleo diesel 10.512
Cavaco de eucalipto seco 4.300 Briquete 4.500
Fonte: Raul Peragallo Torreira
13.5 A Lenha
Toda a lenha pode ser dividida em duas categorias; “duras” e “doces”.
As lenhas duras provem das folhosas, por exemplo, eucalipto, carvalho ou nogueira.
A lenha doce provém das coníferas, ou sempre verdes, como pinho.
As lenhas duras são geralmente mais densas e menos resinosas que as lenhas doces, por isto queimam mais
lentamente, produzindo um calor mais durador.
As lenhas doces queimam mais rapidamente, produzindo um calor mais forte, tornando-as ótimas para iniciar o fogo.
Utilizá-las, no entanto, como combustível principal, significa ter que recarregar a fornalha mais frequentemente.
Para obter um fogo quente e duradouro é importante mesclar uns 20% de lenha doce e 80% de lenha dura.
13.8 Exemplo de cálculo de custo comparativo do vapor eucalipto x óleo A (valores arredondados)
1 m³ eucalipto Pesa 500 kg Custa R$ 50,00 Produz 1.250.000 kcal
2 litros eucalipto Pesa 1 kg Custa R$ 0,10 Produz 2.500 kcal
4 litros eucalipto Pesam 2 kg Custa R$ 0,20 Produz 5.000 kcal
8 litros eucalipto Pesam 4 kg Custa R$ 0,40 Produz 10.000 kcal
1 litro de óleo 1A Pesa 1 kg Custa R$ 1,50 Produz 10.000 kcal
Conclusão: O custo do vapor à biomassa (lenha) é de 73,4% mais barato que o vapor à óleo 1A
13.11 Exercícios
Por que não esperamos a lenha secar a 16% de umidade para queimar na caldeira?..................................................
......................................................................................................................................................................................
14 Vapor
Fluido no estado gasoso, especializado no transporte de energia limpa, térmica e mecânica. Podendo percorrer com
segurança, grandes distâncias, dentro de tubulações bem isoladas, em altas velocidades, (20 a 40m/s), atendendo
economicamente um número crescente de usuários industriais.
Na teoria: Para produzir 600.000kcal é necessário queimar 240kg de lenha (0,5 m³ de lenha)
Na prática: para produzir 1 tonelada de vapor queima-se de 10 a 20% a mais de lenha. Por que?
15 Área de troca térmica da caldeira: É a soma de toda a área (superfície) tubular exposta ao calor dos gases da
fornalha possível de fazer troca, com a água, no interior da caldeira, ao lado oposto.
Exemplo: Sendo a taxa de evaporação dá água no aço carbono próximo à 25kg de vapor/m2/h; temos:
a) O fundo de uma caldeira cilíndrico de 1,15m de diâmetro = 1m² de área (25kg vapor/h).
b) 3 tubos de 1,5m de comprimento de 3” de diâmetro = 1m² de área (25kg vapor/h).
c) 12 tubos de 1,5m de comprimento de 3” de diâmetro = 4m² de área (100kg vapor/h).
16 Circulação da água na caldeira:
Sendo a densidade da água fria = 1kg/litro, à partir do momento que o calor inicia o aquecimento desta água, que a
bomba acabou de introduzir na caldeira, sua densidade começa a diminuir, e ela, tornando mais leve, começa a subir
dentro do equipamento. Ao subir vai abrindo espaço para que a bomba introduza mais água fria e pesada que vai se
posiciona abaixo desta.
17.1 Exercicios
Qual o valor do calor latente de um kg de água na transformação para vapor à pressão atm?......................................
.......................................................................................................................................................................................
Qual o uso do vapor saturado?......................................................................................................................................
Por que a água tem que circular dentro da caldeira antes de se transformar em vapor?...............................................
.......................................................................................................................................................................................
18 Partes da caldeira:
18.1 Corpo; cilindro vertical ou horizontal constituído por um feixe ou paredes de tubos, um lado será inundado por
água e o outro será livre para a passagem dos gases quentes gerados na fornalha. Na parte superior do corpo, sobre a
superfície da água teremos a câmara de geração de vapor constituída de por ¼ deste.
18.2 Fornalha; parte cilíndrica ou abaulada, construída na frente ou abaixo do corpo da caldeira. Possui grelha e
cinzeiro, se queimar combustíveis sólidos. Sua função será a geração de calor pela queima de combustível na presença
constante de alimentação de ar. A temperatura dos gases na fornalha atinge de 1000 a 1200ºC (conforme o tipo de
combustível utilizado). Os gases quentes gerados na fornalha percorrem os tubos da caldeira. Transferem o seu calor
para a água que se transforma em vapor. Em seguida, mais frios, esses gases seguem, conduzidos pela aspiração de um
exaustor ou simplesmente por convecção, em direção a chaminé para serem descartados à atmosfera. Essa dinâmica é
chamada de tiragem de fumaça e proporciona uma pequena depressão no interior da fornalha. É importante controlar
a temperatura de saída dos gases na chaminé, através de um termômetro instalado neste ponto. O aumento anormal da
temperatura, na chaminé, detecta o surgimento de problemas causados pela sujeira, depositados nos tubos da caldeira,
quando da passagem dos gases quentes vindos da fornalha. Mas também pode ser incrustação causado pela má
qualidade da água. É recomendável evitar a poluição do ar atmosférico provocado pelo aparecimento de fumaça preta
no topo da chaminé da caldeira. Isso pode ocorrer pelo descontrole das quantidades entre o combustível e o ar que
alimenta a queima na fornalha. Recomenda-se um registro horário desse controle. Para evitar essa poluição e também
economizar combustível, recomenda-se operar a caldeira a lenha com 10 a 20% de excesso de ar. As caldeiras à óleo,
com 5 a 10% de excesso de ar e as caldeiras a gás com ar em excesso menor que 5%.
18.3 Acessórios da caldeira:
18.4 Visor de nível: É um tubo de vidro vertical, instalado na parte superior do corpo da caldeira, exatamente sobre o
meio do nível de água do corpo da caldeira. Sua função principal é informar o operador sobre a oscilação do nível
d‟água.
18.5 Bombas de água: É um conjunto, contendo duas bombas centrífugas, uma reserva e outra ordinária com a
função de abastecer a caldeira com água. A bomba é acionada, intermitentemente, através de um sinal elétrico que
vem da garrafa de nível ao quadro elétrico e deste para o motor da bomba. Esta operação mantém o nível de água da
caldeira estável. As bombas possuem bloqueio, por válvulas, na entrada e na saída, com válvula de retenção na
descarga, que é acionada ao se desligar.
18.6 Garrafa de nível: É um dispositivo instalado na parte superior do corpo da caldeira e contém no seu interior
eletrodos metálicos, dispostos verticalmente e com tamanhos diferentes.
O de tamanho menor controla o nível superior de água, o seguinte controla o nível inferior e o de tamanho maior emite
sinal elétrico para disparar o alarme ou sirene de falta de água.
18.7 Quadro elétrico: É um acessório centralizador dos controles elétricos automáticos e acionadores de comando
de bomba, sensores, alarmes, ventilador, exaustor, combustor, etc.
18.8 Injetor de água na caldeira: É um acessório que através de manobra de registros, e utilizando a velocidade do
vapor (“tipo venturi”), recalca água para dentro da caldeira e a mantém abastecida. Este é um equipamento de
segurança, recomendado para a caldeira à lenha (ou de combustível sólido), e deve ser testado rotineiramente pelos
operadores. O uso do injetor deve ser somente para as situações de emergências, ou seja, quando há falta de energia
elétrica, ou problemas com o funcionamento da bomba d‟água. É importante ter uma caixa d‟água separada para
abastecer o injetor. Este atendimento de segurança pode ser melhorado com a instalação de um gerador ou bomba,
acionados por um motor a diesel ou gasolina, por exemplo.
18.9 Controle da pressão: Esse controle é efetuado manualmente pelo operador, através da leitura de um
manômetro, instalado na parte superior do corpo da caldeira. Deve ser de fácil visualização. A pressão também poderá
ser, paralelamente, medida, através de um sensor chamado “pressostato”. Este, após ser calibrado, emite sinal ao
quadro elétrico, informando a pressão da caldeira e solicitando um ajuste automático ou manual. Pode-se controlar o
funcionamento, a regulagem ou mesmo a válvula damper do exaustor de gases para a chaminé através do pressostato.
18.10 Caixa d’água: É um reservatório de água destinado à abastecer a caldeira. Muitas vezes dividido em duas
caixas. Uma de água fria e outra de água quente. Quando é uma caixa somente, poderá ser abastecido com água quente
(retorno do condensado) e seu nível complementado com água de rede.
18.11 Válvulas de descarga: Acessório importante para ser acionado intermitentemente na operação da caldeira. Sua
função principal é o controle da salinidade da água da caldeira. O regime de descarga obedece a um padrão
recomendado pelo técnico fornecedor do produto químico que trata a água da caldeira. Esse padrão tem como base a
análise da água em uso na caldeira.
18.12 Tratamento químico: É um programa de dosagem de produto químico na água, através de uma bomba
dosadora ou injetora, para controle da corrosão e incrustação dentro da caldeira. A dosagem correta dos produtos
químicos conserva a caldeira e deverá ser orientada por um técnico.
18.13 Suspiro: É um tubo instalado no topo do corpo da caldeira com a função de remover o ar dentro da câmara de
vapor antes da partida da caldeira.
18.14 Válvulas de segurança: Acessórios indispensáveis na segurança da caldeira. São válvulas calibradas,
específicas para fazer abertura do vapor numa pressão limite e dar alívio para assegurar a integridade da caldeira. São
instaladas no topo do corpo da caldeira e devem ficar desobstruídas e liberadas para abrir em qualquer tempo. Ao ser
aberta, o operador deve ler o valor da pressão, no manômetro, e registrar esta leitura, nos controles diários, juntamente
com o motivo da abertura da válvula.
18.15 Visor de nível e manômetro remotos: É instalado no topo do corpo da caldeira uma câmara de vídeo, para
que o operador possa visualizar a imagem do visor e manômetro nos casos em que a caldeira tem uma edificação
muito alta.
18.16 Classe de Pressão: É a identificação da caldeira como vaso de pressão (NR 13):
19 Documentos da caldeira: São documentos obrigatórios que deverão estar na guarda de uma pessoa responsável
pela caldeira:
a) Manual ou prontuário da caldeira; fornecido pelo fabricante.
b) Desenho técnico; mostrando os detalhes do interior da caldeira, fornecido pelo fabricante.
c) Relatório de inspeção anual; fornecido pelo engenheiro contratado para ser o responsável técnico e de
segurança da caldeira, anualmente.
d) Livro de registro; caderno rubricado pelo engenheiro responsável pela caldeira, onde deverá ser anotado,
de maneira cronológica, todas as intervenções importantes, de manutenção na caldeira.
e) Cópia do certificado; do curso de operador de caldeira de cada caldeirista.
19.1 Exercícios Cite dois acessórios que foram instalados na caldeira somente para visualização do operador?
............................................................................................................................................................................................
............................................................................................................................................................................................
............................................................................................................................................................................................
21 Caldeira à cavaco
21.2 Parada da caldeira à cavaco de lenha: Desliga a alimentação de cavaco da caldeira e aguarda a queima
completa do que estiver na fornalha.
22 Caldeira à óleo
23.1 Acionamento da caldeira à óleo diesel: Como o óleo diesel consegue ser queimado à frio, todas as etapas de
aquecimento do óleo A, serão dispensadas. Com isso o acionamento da caldeira à diesel torna-se muito simples. Basta
cuidar da faísca de acendimento do fogo, da pressão da bomba de diesel e a regulagem do ar. A parada da caldeira à
diesel também não tem mistério. Parar é só desligar.
Como o óleo diesel é limpo é muito fácil automatizar esta caldeira.
24 Caldeira à Gás
24.1 Acionamento da caldeira à gás (GLP e outros): O gás é um combustível limpo e já vem pressurizado, não
necessitando de bomba. Por isso seu manuseio na caldeira permite total automatização e regulagem com o ar. Basta
controlar no manômetro a regulagem da pressão do gás e seguir as instruções do fabricante. Parar também é só
desligar.
25 Redes de Vapor
25.1 Dimensionamento de redes de vapor: As redes de vapor são construídas por tubos de aço que obedecem a
normas específicas (schedulle) com diâmetros nominais em unidades de polegadas. O dimensionamento é de acordo
com a vazão e a pressão do vapor a ser utilizado. A velocidade do vapor é levada em consideração, para reduzir atrito
com as paredes internas do tubo. É recomendável estar entre 20 a 40 m/s. Como o vapor é um fluído quente, acaba
dilatando a tubulação. Por isso deverá ser a rede ancorada por suportes que permitam a mobilidade da rede. Para
reduzir o grau de dilatação é aconselhável a instalação de juntas de dilatação nas redes ou curvas de 90º (tipo
horizontal e vertical).
25.2 Isolação de redes de vapor: A perda de vapor por resfriamento da rede em contato com o ar é reduzida pelo
envelopamento do mesmo com materiais isolantes tipo, lã de vidro, lã de rocha (mantas) ou silicato de cálcio (calhas).
Por fora da isolação da rede, é dado um acabamento de funilaria com uma lâmina fina de alumínio. A isolação
satisfatória ocorre quando, ao toque da mão no alumínio da isolação, seja confortável.
25.3 Purgadores: Os purgadores são acessórios utilizados para reter o condensado gerado dentro das redes de vapor e
equipamentos que utilizam o vapor. Os purgadores contendo condensado descarregam esta água, através de uma
tubulação, para um tanque, que possa armazena-la e devolve-la à caldeira.
O condensado é muito importante para a caldeira porque trata-se de uma água pura e quente. Apta para gerar novo
vapor. Os purgadores mais usados são os de BÓIA (para processos) e os termodinâmicos TD para redes de vapor.
26 Estudo da água: Temos duas origens para a água que poderá ser usada na produção de vapor:
1 – Água de superfície; chuva, rio, lago, açude e barragem.
2 – Água de subsolo; Poço.
Para gerar o vapor a água deve conter baixas concentrações de turbidez, matéria orgânica, salinidade, dureza (cálcio e
magnésio), sílica, óxido de ferro e gases, para não causar má qualidade no vapor e problemas de corrosão e
incrustação dentro da caldeira.
26.1 Corrosão na caldeira: A principal corrosão, vem dos gases presentes na água, principalmente o oxigênio, que
deve ser zero na água, dentro da caldeira. Depois temos o gás CO² que promove corrosão por pH baixo da água. Vide
a escala de pH e a menor taxa de corrosão para as caldeiras de baixa pressão. O melhor valor é o pH11.
É muito utilizado na remoção do oxigênio da água, fazer uma elevação da temperatura no tanque de água da caldeira,
com o próprio condensado quente que retorna dos processos da fábrica. Em segundo lugar, mais utilizado para
caldeiras de alta pressão, por causa do custo, utilizar o equipamento físico chamado DESAERADOR (este remove
99,9% do oxigênio dissolvido na água da caldeira). E por último, para complementar temos a adição de produto
químico final nesta água, zerando de vez o oxigênio e corrigindo seu pH para próximo de 11.
26.2 Incrustação na caldeira: A incrustação é um processo de agregação de substância presentes na água da caldeira
que aderem na superfície dos tubos, reduzindo a troca térmica. São eles, principalmente turbidez, matéria orgânica,
salinidade, dureza (cálcio e magnésio), sílica e óxido de ferro. Essa incrustação começa tênue e vai se aglomerando
com o passar do tempo. Esse processo diminue a taxa de transferência térmica e a produção do vapor. Pode romper os
tubos e danificar a caldeira. O controle da incrustação deve ser iniciado ainda na escolha da água para usar na caldeira,
dando-se preferência a águas de baixa salinidade como o próprio condensado, água de chuva, água de nascente, sanga,
barragem, lago e rios. A água de poço artesiano geralmente tem alta salinidade, dureza e sílica por isso devem ser
evitadas se não houver outra. Foi desenvolvido um equipamento para a retirada da dureza da água, chamado
(ABRANDADOR). Para caldeira de média e baixa pressão que contenham um bom retorno de condensado, pode ser
suficiente para controle da inscrustação provocada pela água na caldeira. Mas para a produção de vapor de alta pressão
é necessário a remoção total dos constituintes incrustantes da água. Esse equipamento mais completo chama-se
DESMI ou DESMINERALIZADOR. Ele retira totalmente as substâncias incrustantes da água. Outro equipamento
similar a este, é o chamado de OSMOSE REVERSA ou simplesmente OSMOSE. A complementação final do
tratamento da água para uso na caldeira ocorre com a adição de uma receita de produtos químicos, aliados a um
regime de descargas dos resíduos da água dentro da caldeira.
26.3 Controle da corrosão e incrustação na caldeira: Esse controle é efetuado na caldeira com a dosagem de
produtos químicos com uma bomba dosadora ou injetor. Os produtos devem ser fornecidos por um técnico, com as
quantidades recomendadas conforme a qualidade da água utilizada na caldeira. O técnico deverá analisar a água
periodicamente e recomendar por escrito a dosagem de produtos e o regime de descarga das válvulas a ser executado
pelos operadores. Recomenda-se que o técnico, (fornecedor dos produtos químicos), efetue um treinamento aos
operadores e também determine o manuseio seguro dos produtos, bem como o descarte correto das sobras e
embalagens vazias dos produtos.
26.4 Exercício
...........................................................................................................................................................................................
..............................................................................................................................................................................................
3-Os gases Cl2, O2 e CO2 presentes na água, provocam corrosão ou incrustação na caldeira?............................................
5-Que pH a água precisa ter para proteger a caldeira de baixa e média pressão?................................................................
..............................................................................................................................................................................................
.............................................................................................................................................................................................
19-Por que temos que executar um regime de descarga nas válvulas de fundo da caldeira?..............................................
.............................................................................................................................................................................................
..............................................................................................................................................................................................
..............................................................................................................................................................................................
24-Que tipo de caldeira necessita de tratamento da água pelo processo de Osmose Reversa ou Desmineralizador e por
quê?.....................................................................................................................................................................................
..........................................................................................................................................................................................
26-Qual a taxa de rejeito da Osmose Reversa e onde esta água pode ser utilizada?.......................................................
...........................................................................................................................................................................................
............................................................................................................................................................................................
..............................................................................................................................................................................................
..............................................................................................................................................................................................
33-Para que serve os indicadores de campanha e condutividade da água que sai do Desmineralizador ou da Osmose
Reversa?...............................................................................................................................................................................
27 Válvula de segurança da caldeira: Equipamento principal de segurança na caldeira. Faz abertura sempre que a
pressão ultrapassa o valor de segurança calibrado.
É aconselhável testar a abertura das válvulas de segurança da caldeira, com vapor, uma vez por semana. Quando a
válvula abrir, no teste, fazer a leitura no manômetro e registrar num documento.
28 Emergência na caldeira a lenha: Ocorre emergência nesta caldeira, na falta de água ou energia elétrica. Isso pode
ocorrer por queda de energia elétrica, desarme do motor da bomba, problema no quadro elétrico, quebra da bomba,
falha no alarme ou mesmo, falta de água na caixa d‟água.
28.1 O que devemos fazer quando faltar água na caldeira: Se o nível, no visor sumir, NÃO ligue a bomba d‟água.
A maioria das explosões de caldeira ocorre por esta ação. Procure ter calma, avise o seu chefe ou pessoas ligadas à
liderança da caldeira imediatamente. Abafe o fogo, desligando exaustor, ventilador e feche os “dampers”. Feche o
registro de vapor, mesmo que a válvula de segurança possa abrir. Se for possível, retire as brasas, puxe com auxílio de
algum enxadão de cabo comprido. Por fim, se necessário, coloque areia ou terra sobre as brasas. Nunca esguiche água
sobre as brasas dentro da caldeira. A temperatura na fornalha da caldeira à lenha fica próximo à 1000ºC. Se esguichar
água, as grelhas sofrerão avaria. Continue observando a pressão, e se esta começar a baixar, não tenha pressa, aguarde
que tudo irá se normalizar.
28.2 O que devemos fazer quando faltar energia elétrica na caldeira: Se faltar energia elétrica na caldeira o
operador vai perceber pela mudança no som no ruído dos equipamentos. Se não perceber, a sirene deverá disparar
assim que o nível da água baixar. Então o operador deve imediatamente avisar o chefe e fechar o registro geral do
vapor. A pressão do vapor poderá subir e abrir a válvula de segurança. Em seguida ligar o injetor de água, ou a bomba
à gasolina, ou o gerador de energia elétrica. Abra o registro de vapor, de vagar, assim que a energia elétrica voltar.
28.3. Emergência na caldeira a óleo: Também ocorre emergência na caldeira a óleo, na falta de água. Isso pode
ocorrer por queda de energia elétrica, desarme do motor da bomba, problema no quadro elétrico, quebra da bomba
d‟água, falha no alarme ou mesmo, falta de água na caixa d‟água. Corte imediatamente o fogo no combustor da
caldeira. Mantenha o ventilador ligado para circular o ar no interior da fornalha, antes de reacender o queimador,
quando restabelecer a água. Essa ação elimina o risco de explosão dentro da caldeira, quando reacender o fogo.
29 Exercício
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30 ROTEIRO PARA IDENTIFICAÇÃO DA CALDEIRA E SEUS ACESSÓRIOS:
Tem filtro ciclone na saída dos gases?.....................................Quanto produz de cinza por dia?.......................................
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