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Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Atuária


FEA-PUC-SP
Campus Perdizes

2ª Lista de Exercícios de Economia Matemática II

Referência para esta lista:


1) Notas de aula; e

2) MORETTIN, Pedro A. & M. BUSSAB & S. HAZZAN: Introdução ao cálculo para administração, economia e contabilidade.
São Paulo. Saraiva. 2017. (Recurso online disponível na Biblioteca.)

1. Quando trabalhamos, em aula, com a chamada análise parcial de causa – efeito do tipo (x1  0; x 2  0)  y ou
(x1  0; x 2  0)  y , fizemos uma diferenciação importante entre dois tipos de movimento das variáveis:
- variações parciais “por fora da superfície”, isto é, variações em que ou, por um lado, a x1 “salta” e a x 2 permanece
constante, ou, por outro lado, a x 2 “salta” e a x1 permanece constante; e
- variações parciais “ao longo da superfície” em que ou a x1 “corre” e a x 2 permanece constante – o primeiro caso – ou
em que a x 2 “corre” e a x1 permanece constante – o segundo caso.

Tendo esse tipo de análise em mente, pede-se:

a) esboce graficamente, na superfície abaixo, esses quatro tipos de análise de sensibilidade parcial da y por causa-efeito,
representando o movimento de “salto” e de “corrida” das variáveis x1 e x 2 , de A para B e de A para C, respectivamente.

b) vimos que, da tentativa de se analisar a taxa de variação da y que é resposta ao movimento da x1  y x  não “por fora”
 1
da superfície mas sim “ao longo” da superfície, decorre uma estratégia de solução que leva a um paradoxo envolvendo os pontos
A e C. Explique que paradoxo é esse, como ele se resolve, e como essa solução se expressa matematicamente, para o caso da taxa

de variação por causa-efeito parcial da x1 sobre a y : f1 x1, x2   f x ;


1
f 2 x1 , x2   f
c) faça o mesmo para a taxa de variação por causa-efeito parcial
x2 da x 2 sobre a y , o que resolve o
paradoxo que envolve os pontos A e B;
2
Considere, agora, a função y  f ( x1 , x2 )  x1 x2 .

Pede-se:
d) obtenha e expressão matemática que dá a taxa média de variação da y, como resposta ao movimento da x 2 , ou seja,
 y 
 x  , na passagem, por salto “fora da curva”, do ponto A para o ponto B; em seguida, determine a que se reduz essa
 2

 y
expressão quando se passa do salto por fora da curva para o caminho ao longo da curva, ou seja, 

x  . Confira seu
 2  AB
resultado aplicando a técnica de diferenciação parcial;

e) por fim, repita o item anterior, mas, agora, para a análise da passagem do ponto A para o ponto C e que se refere à sensibilidade
parcial da y a uma variação da x1 .
2
f) repita os dois itens anteriores para o caso da função y  f ( x1 , x2 )  x1 / x2 .

2. Diferenciação parcial com funções definidas explicitamente: y  f  x1 , x2  . Utilizando-se de diferenciação parcial explícita
- f1 x1 , x2   f f 2  x1 , x2   f
x1 e x2 - e com a função e o ponto indicados nos itens a seguir, analise, pelo sinal das
derivadas, se a variável y é crescente ou decrescente a variações do tipo “coeteris paribus” em relação a cada uma das variáveis
independentes, x1 ou x2 , uma de cada vez; avalie, também, pelo resultado numérico obtido, o grau de sensibilidade comparado
da y a x1 e a x2 , no mesmo ponto:

a) f  x1 , x2   6 x2  12  4 x1 ( x1 , x2 )  (1,1) ; b) f  x1 , x2   3 x1  4 x2  x1 x2 ( x1 , x2 )  (1,2) ;
2 3 2 3 2
, ,

6
c) f  x1 , x 2   x1 2  x 2  x1 x 2 , ( x1 , x2 )  (2,1) ; d) f  x1 , x2   x1  3 x 2 x1  , ( x1 , x2 )  (2,1) ;
2 2 5

x2

10 ( x , x )  (1,1)
e) f  x1 , x2   x1 x 2  6 x1 x2  3 x1  3 x2 , ( x1 , x2 )  (1,1) ; e f) f  x1 , x 2   x1 x 2 8  3 x1 2 
2 2
, 1 2 .
3
x2

f f
3. Diferencial total de funções f : R 2  R : dy 
dx1  dx2 . Neste exercício, para cada uma das funções dos itens a
x1 x2
seguir, aplique o conceito de diferencial total para obter a expressão algébrica de dy  f1 ( x1 , x2 )dx1  f 2 ( x1 , x2 )dx2 e que
dá o efeito total de variações simultâneas nas variáveis x1 e x2 sobre a variável y  f ( x1 , x2 ) , isto é, (x1 , x2 )  y . Em
seguida, utilize os pontos ( x1 , x2 ) e as variações (x1 , x2 ) indicados, também caso a caso, para calcular o valor numérico
aproximado de dy . Por fim, interprete o significado dos resultados numéricos obtidos para dy .

a) f  x1 , x2   6 x2  12  4 x1 ( x1 , x2 )  (1,1) (x1 , x2 )  (0,001;0,002) ;


2 3
, e

b) f  x1 , x2   3 x1  4 x 2  x1 x 2 ( x1 , x2 )  (1,2) e (x1 , x2 )  (0,001;0,001) ;


2 3 2
,
c) f  x1 , x 2   x1  3 x 2  x1 x 2 ( x1 , x2 )  (2,1) e (x1 , x2 )  (0,02;0,01) ;
2 2
,

d) f  x1 , x2   x1 x 2  6 x1 x2  3 x1  3 x2 , ( x1 , x2 )  (1,1) e (x1 , x2 )  (0,005;0,005) ;


2 2

e) f  x1 , x 2   x1 x 2  3 x1  10 x 2 , ( x1 , x2 )  (1,1) (x1 , x2 )  (0,004;0,006) .


8 2
e

4. Considere os exemplos aplicados com dados reais da economia brasileira que vimos em sala. Pede-se:

a) determine a expressão que dá as elasticidades parciais da produção agropecuária dos municípios paulistas em relação ao uso
de máquinas e tratores e ao uso de mão-de-obra; em seguida, determine a expressão que dá as elasticidades totais; e

b) faça o mesmo para o exemplo da relação entre a taxa de câmbio R$ / US$, o índice IBOVESPA e a taxa de câmbio R$ / EU$.

5. Taxa Marginal de Substituição: TMgS 


dx2
dx1 y 0 . Para cada uma das superfícies
y  f x1 , x2  do exercício onze da

Lista 1, determine novamente as expressões algébricas das taxas marginais de substituição TMgS  dx2 , em um ponto
dx1
qualquer x1 , x2  de uma dada curva de nível da superfície mas, agora, pelo conceito de diferencial total
f f
dy  dx1  dx2  0 .
x1 x 2

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