Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Trabalhador avulso
É aquele que:
• sindicalizado ou não;
• presta serviço de natureza urbana ou rural a diversas empresas;
• sem vínculo empregatício;
• com intermediação obrigatória do sindicato da categoria ou do órgão gestor de mão-de-obra.
ÓRGÃO GESTOR DE MÃO-DE-OBRA (OGMO): entidade civil de utilidade pública, sem fins lucrativos,
constituída pelos operadores portuários, em conformidade com a Lei nº 8.630/93, com a finalidade de administrar
o fornecimento de mão-de-obra do trabalhador portuário avulso.
Onde:
1. Operador portuário requisita mão-de-obra avulsa ao OGMO.
2. OGMO escala trabalhadores avulsos.
3. Avulsos prestam serviços ao operador.
Operador repassa a remuneração e encargos previdenciários ao OGMO.
OGMO paga remuneração aos avulsos e recolhe as contribuições previdenciárias.
Onde:
1. Tomador de serviços requisita mão-de-obra avulsa ao sindicato.
2. Sindicato escala trabalhadores avulsos.
3. Avulsos prestam serviços ao tomador de serviços.
Tomador repassa a remuneração ao sindicato (já descontada a parte dos segurados).
Sindicato paga remuneração aos avulsos.
Tomador arrecada as contribuições dos avulsos e as recolhe junto com as contribuições previdenciárias
a seu cargo.
1
DIREITO PREVIDENCIÁRIO
Profª.: Cecília Amaral
• estiva (atividade de movimentação de mercadoria nos conveses ou nos porões das embarcações principais
ou auxiliares, inclusive o transbordo, arrumação, peação e despeação, bem como o carregamento e a
descarga das mesmas, quando realizados com equipamentos de bordo);
• conferência de carga (contagem de volume, anotação de suas características, procedência ou destino,
verificação do estado das mercadorias, assistência à pesagem, conferência do manifesto e demais serviços
correlatos, nas operações de carregamento e descarga de embarcações);
• conserto de carga (reparo e a restauração das embalagens de mercadoria, nas operações de carregamento
e descarga de embarcações, reembalagem, marcação, remarcação, conserto, etiquetagem, abertura de
volumes para vistoria e posterior recomposição);
• vigilância de embarcação (atividade de fiscalização da entrada e saída de pessoas a bordo das
embarcações atracadas ou fundeadas ao largo, bem como da movimentação de mercadorias nas rampas,
conveses, plataformas e em outros locais da embarcação);
• bloco (atividade de limpeza e conservação de embarcações mercantes e de seus tanques, inclusive o
batimento de ferrugem, pintura, reparo de pequena monta e serviços correlatos).
O avulso tem direito a décimo-terceiro salário ou gratificação natalina, e a férias, sendo os mesmos
integrantes do salário-de-contribuição, ou seja, o décimo-terceiro salário e as férias geram contribuições tanto
para o trabalhador quanto para a empresa. Tais contribuições devem ser recolhidas juntamente com as incidentes
sobre a remuneração mensal, até dia 20 do mês subseqüente ao da prestação dos serviços.
2
DIREITO PREVIDENCIÁRIO
Profª.: Cecília Amaral
Médio 2%
Grave 3%
Caso o trabalhador avulso esteja exposto a agente nocivo à saúde ou à integridade física, com direito à
aposentadoria especial, está o tomador de serviços obrigada a efetuar contribuição adicional ao SAT/GIILRAT, no
percentual de:
25 anos de tempo de
6%
contribuição
20 anos de tempo de
9%
contribuição
15 anos de tempo de
12%
contribuição
As contribuições devidas pelo contratante de mão-de-obra avulsa devem ser recolhidas pelo OGMO, em
caso de avulso portuário, e pela empresa tomadora de serviços, no caso de avulsos não portuários, até dia 20 do
mês subseqüente.
O operador portuário, o tomador de serviços ou o titular de instalação de uso privativo repassa ao OGMO
a remuneração devida aos avulsos portuários que lhe prestaram serviços juntamente com os encargos
previdenciários incidentes sobre essa remuneração. Cabe ao OGMO tanto pagar a remuneração aos avulsos
quanto recolher as contribuições a ele repassadas pelo tomador dos serviços juntamente com as contribuições
descontadas dos segurados.
OGMO e operador portuário respondem solidariamente pelas obrigações previstas na legislação
previdenciária decorrentes da contratação de mão-de-obra avulsa.
III - pelo preenchimento e entrega da Guia de Recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço e
Informações à Previdência Social;
3
DIREITO PREVIDENCIÁRIO
Profª.: Cecília Amaral
IV - pelo recolhimento das contribuições (repassadas pelo operador portuário) de 20%, SAT/GIILRAT
(também o adicional ao SAT quando for o caso) e terceiros incidentes sobre a remuneração paga, devida ou
creditada aos trabalhadores portuários avulsos, inclusive sobre férias e gratificação natalina no dia 20 do mês
seguinte ao da ocorrência do fato gerador;
V - pela arrecadação e recolhimento das contribuições devidas pelo trabalhador avulso, cuja prestação de
serviços foi por ele intermediada;
VI - pelo pagamento do salário-família devido ao trabalhador portuário avulso quando tiver firmado
convênio com o INSS, devendo demonstrar tal pagamento folha de pagamento correspondente;
VII - pela elaboração de lista de escalação diária dos trabalhadores avulsos portuários, zelando pela
exatidão das informações constantes dessa lista;
VIII - pela inscrição do avulso portuário mediante registro ou cadastro desse trabalhador.
III - arrecadar e recolher juntamente com as contribuições a seu cargo aquelas descontadas dos avulsos
que lhe prestaram serviços, através do sindicato.
II - pelo pagamento de salário-família ao trabalhador avulso, quando firmado convênio com o INSS,
devendo elaborar as folhas de pagamento correspondentes;
III - pelo pagamento da remuneração (recebida da empresa que utilizou a mão-de-obra avulsa).
4
DIREITO PREVIDENCIÁRIO
Profª.: Cecília Amaral
São garantidos aos avulsos os mesmos benefícios previdenciários assegurados a segurados empregados:
Veja a respeito dessa matéria os artigos 217 e 218 do Regulamento da Previdência Social:
os
“Art. 217. Na requisição de mão-de-obra de trabalhador avulso efetuada em conformidade com as Leis n 8.630,
de 1993, e 9.719, de 27 de novembro de 1998, o responsável pelas obrigações previstas neste Regulamento, em
relação aos segurados que lhe prestem serviços, é o operador portuário, o tomador de mão-de-obra, inclusive o
titular de instalação portuária de uso privativo, observadas as normas fixadas pelo Instituto Nacional do Seguro
Social.
§ 1º O operador portuário ou titular de instalação de uso privativo repassará ao órgão gestor de mão-de-obra,
até vinte e quatro horas após a realização dos serviços:
I - o valor da remuneração devida aos trabalhadores portuários avulsos, inclusive a referente às férias e à
gratificação natalina; e
III - pelo preenchimento e entrega da Guia de Recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço e
Informações à Previdência Social; e
IV - pelo recolhimento das contribuições de que tratam o art. 198, o inciso I do caput do art. 201 e os arts. 202
e 274, incidentes sobre a remuneração paga, devida ou creditada aos trabalhadores portuários avulsos, inclusive
sobre férias e gratificação natalina, no prazo previsto na alínea "b" do inciso I do art. 216.
5
DIREITO PREVIDENCIÁRIO
Profª.: Cecília Amaral
§ 4º O prazo previsto no § 1o pode ser alterado mediante convenção coletiva firmada entre entidades
sindicais representativas dos trabalhadores e operadores portuários, observado o prazo legal para recolhimento
dos encargos previdenciários.
§ 5º A contribuição do trabalhador avulso, relativamente à gratificação natalina, será calculada com base na
alíquota correspondente ao seu salário-de-contribuição mensal.
§ 6º O salário-família devido ao trabalhador portuário avulso será pago pelo órgão gestor de mão-de-obra,
mediante convênio, que se incumbirá de demonstrá-lo na folha de pagamento correspondente.
Art. 218. A empresa tomadora ou requisitante dos serviços de trabalhador avulso, cuja contratação de pessoal
os
não for abrangida pelas Leis n 8.630, de 1993, e 9.719, de 1998, é responsável pelo cumprimento de todas as
obrigações previstas neste Regulamento, bem como pelo preenchimento e entrega da Guia de Recolhimento do
Fundo de Garantia do Tempo de Serviço e Informações à Previdência Social em relação aos segurados que lhe
prestem serviços, observadas as normas fixadas pelo Instituto Nacional do Seguro Social.
§ 1º O salário-família devido ao trabalhador avulso mencionado no caput será pago pelo sindicato de classe
respectivo, mediante convênio, que se incumbirá de elaborar as folhas correspondentes.
§ 2º O tomador de serviços é responsável pelo recolhimento das contribuições de que tratam o art. 198, o
inciso I do caput do art. 201 e os arts. 202 e 274, incidentes sobre a remuneração paga, devida ou creditada ao
trabalhador avulso, inclusive sobre férias e gratificação natalina, no prazo previsto na alínea "b" do inciso I do art.
216.”