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Aula 01
05 de Fevereiro de 2021
CLASSES DE PALAVRAS I
Sumário
CONSIDERAÇÕES INICIAIS ..................................................................................................... 2
SUBSTANTIVOS ...................................................................................................................... 3
ADJETIVO ............................................................................................................................... 9
ORDEM DA EXPRESSÃO NOMINAL (SUBST+ADJETIVO): MUDANÇA SEMÂNTICA E/OU
MORFOLÓGICA.................................................................................................................... 13
ADVÉRBIO ............................................................................................................................ 20
ARTIGO ................................................................................................................................ 27
PREPOSIÇÕES ...................................................................................................................... 28
PRONOMES.......................................................................................................................... 35
COLOCAÇÃO PRONOMINAL ............................................................................................... 56
NUMERAL............................................................................................................................. 61
INTERJEIÇÃO ....................................................................................................................... 62
PALAVRAS ESPECIAIS ........................................................................................................... 63
RESUMO............................................................................................................................. 100
LISTA DE QUESTÕES .......................................................................................................... 113
GABARITO .......................................................................................................................... 141
pessoa “corajosa” (adjetivo) ou uma pessoa “com coragem” (locução adjetiva). Observe que um
conjunto de duas palavras, usada para qualificar o substantivo, substituiu perfeitamente o
adjetivo que realizaria essa função.
SUBSTANTIVOS
O substantivo é a classe que dá nome a seres, coisas, sentimentos, qualidades, ações (homem,
gato, carro, mesa, beleza, inteligência, estudo...). Em suma, é o nome das coisas em geral, é a
palavra que nomeia tudo o que percebemos. É uma classe variável, pois se flexiona em gênero,
número e grau: um gato, dois gatos, três gatas, quatro gatinhas, cinco gatonas...
Formação de substantivos
Para reconhecer um substantivo, ajuda muito saber como podem ser formados e quais são suas
principais terminações. Quanto à sua formação, os substantivos podem ser classificados em
primitivos e derivados. Os primitivos são a forma original daquele substantivo, sem afixos: pedra,
fogo, terra, chuva. Os derivados se originam dos primitivos, com acréscimo de afixos: pedr eiro,
fogareiro, terrestre, chuvisco. Esse processo é chamado de derivação sufixal e ocorre também
com verbos que recebem sufixos substantivadores:
pescar>pescaria;
filmar>filmagem;
matar>matador;
militar>militância;
dissolver>dissolução;
corromper>corrupção.
Veja um quadro com as mais comuns terminações formadoras de substantivos.
Obs: na composição de dois substantivos, se o segundo especificar o primeiro por uma relação
de tipo, semelhança ou finalidade, é mais comum que o segundo termo, por ser delimitador, não
varie, fique no singular. Contudo, é também correto flexionar os dois!
Veja: Públicos-alvo(s); pombos-correio(s); banhos-maria(s); salários-família(s), Peixes-espada(s),
Homens-bomba(s), Papéis-moeda(s); Licenças-maternidade(s); Navios-escola(s).
O “pombo” tem finalidade de ser correio, o “peixe” parece uma espada, assim por diante...
Se a estrutura for “substantivo+preposição+substantivo”, apenas o primeiro item da composição
se flexiona:
Pé de moleque>>> Pés de moleque
Mula sem cabeça>>> Mulas sem cabeça
Mão de obra>>> Mãos de obra
Obs: o plural de “pôr do sol” é “pores do sol”. Esse “pôr” é visto de forma substantivada, não
como verbo. Por isso, é flexionado normalmente. Por razão semelhante, o plural de “mal-estar”
é “mal-estareS”. Anote também que louva-a-deus não varia e o plural de “arco-íris” é “arcos-
íris”.
Grau do Substantivo
O substantivo também pode variar em grau, aumentativo e diminutivo. Nos importa aqui
lembrar que o diminutivo/aumentativo pode ter valores discursivos de afetividade e de
depreciação irônica.
Ex: Olha o cachorrinho que eu trouxe para você. (afetividade)
Ex: Que sujeitinho descarado esse! (pejorativo; depreciativo; irônico)
Ex: Queridinho, devolva o que roubou. (depreciativo; irônico)
Há diversos outros sufixos de grau do substantivo. Vejamos também seus valores no discurso:
Ex: Então... O sabichão aí se enganou de novo? (ironia)
Ex: Não trabalho tanto para dar dinheiro àquele padreco! (depreciação)
Ex: O Porsche é um carrão! (admiração)
Ex: Achei que aquilo era uma pousada, mas era um casebre! (depreciação)
Ex: Titanic não é um filminho qualquer, é um filmaço. (depreciação/apreciação)
Ex: Kiko, não se misture com essa gentalha! (desprezo)
O plural do diminutivo se faz apenas com o acréscimo de ZINHOS ou ZITOS ao plural da palavra,
cortanto-se o S. Assim:
animalzinho = animais + zinhos > animaizinhos
coraçãozinho = corações + zinhos > coraçõezinhos
florzinha = flores + zinhas > florezinhas
papelzinho = papéis + zinhos > papeizinhos
pazinha = pás + zinhas > pazinhas
pazinha = pazes + zinhas > pazezinhas
OBS: Estão igualmente corretas palavras como colherzinha ou colherinha, florzinha ou florinha,
pastorzinho ou pastorinho.
Patinhos: Substantivo, núcleo da função sintática sujeito, “puxa” a concordância das classes que
se referem a ele.
Amarelos: Adjetivo, variável, se refere ao substantivo patinhos e concorda com ele em gênero
masculino e número plural.
Nadam: Verbo, variável, se refere ao substantivo patinhos e concorda com ele em terceira
pessoa (eles) e número plural.
Na lagoa: Locução adverbial de lugar. Exprime circunstância e equivale a um advérbio (classe),
que é invariável e tem função sintática de adj. adverbial de lugar.
Agora no exemplo “O1 meu2 violão 3 novo4 quebrou”. Qual termo dá nome ao objeto?
A resposta deverá ser: Violão.
Se eu perguntar: “o que quebrou?”, a resposta será O1 meu2 violão3 novo4. Dessa expressão
inteira, a palavra central é “violão”, que é especificada por termos acessórios (o, meu, novo). Por
isso, “violão” é o núcleo do sujeito.
REPETINDO: o substantivo é classe nominal variável e ocupa sempre o núcleo de qualquer
função sintática nominal. Na expressão: “tenho medo de bruxas”, o complemento nominal “de
bruxas” tem como núcleo o substantivo “bruxas” e completa o sentido vago da palavra “medo”.
Se o substantivo é “núcleo”, há classes que são “satélites” e “orbitam” em volta dele e
concordam com ele. Essas classes que se referem ao substantivo são o artigo, o numeral, o
adjetivo e o pronome (veremos essas classes adiante).
Então, já podemos perceber que o “substantivo” é o núcleo dos termos sintáticos sublinhados
nos exemplos abaixo:
1
As meninas ricas do Leblon compraram 2muitos vestidos.
O muro 3de concreto é resistente.
Eles têm consciência 4de meus defeitos
Em 1, “meninas” é o núcleo do sujeito, que está sublinhado. Em 2, “vestidos” é núcleo do
objeto de “compraram”, complemento desse verbo (Quem compra compra alguma coisa, nesse
caso, compra “muitos vestidos”). Em 3, o termo “de concreto” qualifica o substantivo “muro” e
está “junto” a ele. Então, temos uma função chamada “adjunto adnominal” e seu núcleo é
justamente o substantivo “muro”. Em 4, o termo “de meus defeitos” complementa o nome
“consciência”, porque quem tem consciência tem consciência de alguma coisa. No caso,
consciência “de meus defeitos”. Observe novamente como o núcleo é um substantivo.
Tranquilo? Não se preocupe, aprofundaremos tais funções futuramente. Mas já fica registrada a
relação básica entre a classe e a função sintática.
ADJETIVO
O adjetivo é a classe variável que se refere ao substantivo ou termo de valor substantivo (como
Se houver um substantivo na composição do adjetivo composto, nenhuma das partes vai variar:
camisas amarelo-ouro, saias verde-oliva, gravatas vermelho-sangue...
Obs: Alguns adjetivos, no entanto, são sempre invariáveis: azul-marinho, azul-celeste, furta-cor,
ultravioleta, sem-sal, sem-terra, verde-musgo, cor-de-rosa, zero-quilômetro
Os adjetivos chamados de “uniformes” têm uma só forma para masculino ou feminino.
Normalmente são os terminados em (-a, -e, -ar, -or, s, z ou m): hipócrita, homicida, asteca,
agrícola, cosmopolita, árabe, breve, doce, constante, pedinte, cearense, superior, exemplar,
cordial, amável, ágil, ímpar, simples, reles, feliz, feroz, ruim, comum.
Valor objetivo (fato) x Valor subjetivo (opinião)
Os adjetivos podem ter valor subjetivo, quando expressam opinião; ou podem ter valor objetivo,
quando atestam qualidade que é fato e não depende de interpretação. Os adjetivos opinativos,
por serem marca de expressão de uma opinião, são acessórios, podem ser retirados, sem
prejuízo gramatical. Veja: carro preto (objetivo). Carro bonito (subjetivo). Turista japonês
(objetivo). Turista animado (subjetivo).
Os adjetivos chamados “de relação” são objetivos e, por isso, não aceitam variação de grau.
Além disso, não podem ser deslocados livremente, posicionando-se normalmente após o
substantivo. São derivados de substantivos e estabelecem com o substantivo uma relação de
tempo, espaço, matéria, finalidade, propriedade, procedência etc. Tais adjetivos indicam uma
categorização “técnica”, “objetiva” e tornam mais preciso o conceito expresso pelo substantivo,
restringindo seu significado. Celso Cunha dá os seguintes exemplos:
Nota mensal (nota relativa ao mês)
Movimento estudantil (movimento feito por estudantes)
Casa paterna (casa onde habitam os pais)
Vinho português (vinho proveniente de Portugal)
Observe que não podemos escrever “português vinho” nem “vinho muito português”. Ser
“português” é uma categorização objetiva do vinho, não expressa opinião.
Essas características vão nos ajudar em questões sobre a inversão da ordem
“substantivo+adjetivo”.
Ser um adjetivo x ter “valor/papel adjetivo”
Aqui, novamente a morfologia e a sintaxe se mostram indissociáveis.
Por seu sentido “qualificador” e por se ligar a “substantivos”, o adjetivo pode ter duas funções
sintáticas: predicativo (João é chato /Considerei o filme chato) e adjunto adnominal (O carro
velho quebrou).
Apesar de “adjetivo” ser uma classe própria, outras classes serão chamadas também de
“adjetivas” se tiverem o papel que o adjetivo tem, ou seja, se referirem-se a substantivos para
especificá-los. Então há diferença entre “ser um adjetivo” (classe) e ter “papel/função” adjetiva.
Observe:
(substantivo). A ordem “natural” do sintagma é essa. Quando trocamos essa ordem, poderemos
ter 3 casos:
1) Não muda nem a classe nem o sentido.
Ex: Cão bom x Bom cão
Subst Adj Adj Subst
2) Muda o sentido sem mudar as classes.
Ex: Candidato pobre x Pobre candidato
Subst Adj Adj Subst
O sentido mudou, pois pobre é um adjetivo objetivo relativo a recursos financeiros; na segunda
expressão, pobre tem sentido de coitado, digno de pena.
Vejam os pares principais que se encaixam nesse segundo caso.
simples questão (mera questão) único sabor (não há outro, só um)
questão simples (não complexa) sabor único (sabor inigualável)
Em alguns casos, pode ser difícil detectar quem é o substantivo (Ex: sábio religioso), então a
gramática nos diz que a tendência lógica é considerar o primeiro termo substantivo e o segundo
adjetivo.
Locuções Adjetivas
Como mencionei, locuções são grupos de palavras que equivalem a uma só. As locuções
adjetivas são formadas geralmente de preposição+substantivo e substituem um adjetivo . Essas
locuções funcionam como um adjetivo, qualificam um substantivo, e desempenham
normalmente uma função chamada adjunto adnominal.
Ex: Homem covarde = Homem sem coragem
Ex: Cara angelical = Cara de anjo
Porém, algumas expressões semelhantes, também formadas de preposição + substantivo não
podem ser vistas como um adjetivo, nem substituídas por adjetivo, pois serão um complemento
nominal, um termo obrigatório que completa o sentido de uma palavra.
Ex: Construção do muro = Ex: Construção*** múrica, murística, mural???
Por que falaremos disso agora? Porque a banca explora essa diferença entre adjunto adnominal
(equivale a adjetivo) e complemento nominal justamente perguntando ao combalido candidato
qual é o termo que exerce ou não papel de adjetivo , ou seja, qual é adjunto adnominal (locução
adjetiva) ou complemento nominal, respectivamente.
Esse assunto será detalhado na aula de sintaxe. Contudo, vamos logo aproveitar o ensejo para
ver a diferença entre os dois nesse contexto das locuções adjetivas.
Seguem exemplos de locuções adjetivas, expressões preposicionadas que tem função de
adjetivo (vêm adjuntas ao substantivo, com função de adjunto adnominal).
Ex: A coluna tinha forma de ogiva x A coluna tinha forma ogival.
Ex: Comi chocolates da Suíça x Comi chocolates suíços.
de orelha auricular
Cuidado: nem sempre teremos ou saberemos um adjetivo perfeito para substituir a expressão
nominal. Por isso, atente-se à relação ativa ou de posse entre o termo preposicionado e o
substantivo a que se refere.
Ex: As músicas do pianista são lindas. (não podemos substituir propriamente por um
adjetivo, mas observamos que temos uma locução adjetiva pois temos termo com sentido
ativo/de posse- o pianista toca/tem as músicas. Além disso, músicas não pede
complemento obrigatório, o que é acrescentado é apenas qualificação, determinante de
valor adjetivo.
Em outros casos, teremos uma expressão que “parecerá” uma locução adjetiva, mas será um
Normal Alto
Tão alto
Igualdade
quanto/como
Superioridade
o mais alto
Relativo
c Inferioridade
o menos alto
Superlativo
Sintético
Altíssimo
Absoluto
Analítico
muito alto
ADVÉRBIO
O advérbio é classe invariável que se refere essencialmente ao verbo, indicando a circunstância
em que uma ação foi praticada, como “tempo, lugar, modo...”
Porém, o advérbio também pode modificar adjetivos (você é muito linda), outros advérbios (você
dança extremamente mal) e também orações inteiras (Infelizmente, o Brasil não vai bem).
Quando modifica adjetivos e advérbios, o advérbio tem função de intensificar/acentuar o
sentido.
Quando se refere a uma oração inteira, normalmente indica uma opinião sobre o conteúdo
daquela oração.
Apesar de invariável, existe um advérbio que aceita variação, é o advérbio TODO:
Ex: Chegou todo sujo e a esposa o recebeu toda paciente.
Em suma, o advérbio é termo invariável que se refere a verbo, adjetivo e advérbio. Quando se
refere a verbo, traz a “circunstância” daquela ação. Quando ligado a adjetivo e advérbio,
funciona como intensificador.
Usados em interrogativas, onde, como, quando, por que são advérbios interrogativos,
justamente porque expressam circunstâncias como lugar, modo, tempo e causa,
respectivamente.
Vejamos esse uso nas interrogativas diretas (com ?) e indiretas (sem ?)
Onde você mora? Ignoro onde você mora.
Quando teremos prova? Não sei quando teremos prova.
Como organizaram tudo? Perguntei-lhes como organizaram tudo.
Por que tantos desistem? Não disseram por que tantos desistem.
Rigorosamente, “por que” é considerada uma 8locução adverbial interrogativa de causa.
•demais: intensidade
o •sempre: frequência
•hoje e ontem: tempo
corrupto
• com fraudes: locução
roubou adverbial de
meio/instrumento
•provavelmente:
o dúvida
corrupto •decerto: certeza
cairá •pelo partido: locução
adverbial de motivo
Essa lista é apenas ilustrativa, mas não há como decorar o valor de cada advérbio, pois só o
contexto dirá seu valor semântico. Na sentença “nunca mais quero ser eliminado”, o advérbio
“mais” tem sentido de tempo. Já na sentença “cheguei mais rápido”, o advérbio traz ideia de
intensidade/comparação. Não decore, busque o sentido global, no contexto!!!
99% dos advérbios terminados em -mente são de modo, mas nem todos. “Atualmente”, por
exemplo, é advérbio de “tempo”; “certamente” é de afirmação; “possivelmente” é de dúvida...
Analise sempre o contexto.
O advérbio também tem função coesiva, isto é, pode ligar partes do texto, fazendo referência a
trechos do texto e também ao tempo/espaço.
Ex: Embora não queira, ainda assim devo estudar. (assim remete a toda a oração
sublinhada)
Ex: Fui à Europa e lá percebi que somos felizes aqui. (lá retoma “Europa”)
A terminação “mente” é típica dos advérbios de modo, contudo pode ser omitida na primeira
palavra quando temos dois advérbios modificando o mesmo verbo:
Ex: Ele fala rapidamente. Ele fala claramente > Ele fala rápida e claramente.
Atenção. O “rápida” continua sendo advérbio. Não é adjetivo, pois não dá qualidade, mas sim
modifica um verbo, dando a ele circunstância (de modo rápido).
Palavras/expressões denotativas
São palavras/expressões que parecem advérbios, muitas vezes até são classificadas como tal,
mas não o são exatamente, porque não se referem a verbo, advérbio ou adjetivo.
Adianto que é uma polêmica gramatical, as listas variam entre as gramáticas, alguns listam certas
palavras denotativas como advérbios.... Porém, há algumas informações claras que precisamos
saber e que caem em prova. O sentido é a parte mais importante! Vamos ver exemplos:
Vamos ver exemplos:
✓Designação: eis
Ex: Eis o filho do homem.
✓Explicação/Retificação: isto é, por exemplo, ou seja, a saber, qual seja, aliás, digo, ou
antes, quer dizer etc.
Ex: Comprei uma ferramenta, isto é, um martelo.
Ex: Vire à direita, ou melhor, à esquerda, aliás, melhor ir reto mesmo.
Ex: Os defeitos são dois; aliás, três.
Essas expressões devem ser isoladas por vírgulas.
✓Expletiva ou de realce: é que (ser+que), cá, lá, não, mas, é porque etc. (CAI DEMAIS!)
A característica principal das palavras denotativas expletivas é: podem ser retiradas, sem prejuízo
sintático ou semântico. Sua função é apenas dar ênfase.
Ex: São os pais que bancam sua faculdade, mas têm lá seus arrependimentos.
Ex: Eu é que faço as regras.
Ex: Sabe o que que é? É que eu tenho vergonha...
Ex: Quase que eu caio da laje.
Ex: Naturalmente que eu neguei a proposta indecente.
Ex: Quanto não vale um diamante desses?
Ex: Vão-se os anéis, ficam os dedos.
Ex: O homem chega a rir-se da desgraça alheia.
Ex: Ele riu-se e tremeu-se por dentro.
Ex: Não me venha com historinhas!
Reforço que a retirada dessas expressões não altera o sentido nem causa erro gramatical,
apenas há uma perda de realce/ênfase.
OBS: Como disse antes, há muita semelhança entre palavras denotativas e advérbios e mesmo
grandes gramáticas e bancas misturam um pouco essas classificações. Não cabe ao candidato
tentar resolver essa polêmica, mas sim estudar O SENTIDO das expressões. Certo?
ARTIGO
O artigo é classe variável em gênero e número que acompanha substantivos, indicando se o
substantivo é masculino ou feminino, singular ou plural, definido ou indefinido. Por sempre estar
modificando um substantivo, sempre exerce a função de adjunto adnominal. Pode ocorrer
aglutinado com preposições (em e de): “no”, “na”, “dos”, “das”.
O artigo definido se refere a um substantivo de forma precisa, familiar: “o carro”, “a casa”,
nesse caso, indicando que aquele “carro” ou aquela “casa” são conhecidos ou já foram
mencionadas no texto.
Ex: Na porta havia um policial parado. Assim que me viu, o policial sacou sua arma.
Observe que na segunda referência ao policial, ele já é conhecido, já foi mencionado, é aquele
que estava parado na porta. Isso justifica o uso do artigo definido, no sentido de familiaridade.
Por essa razão, a ausência do artigo deixa o enunciado indefinido, mais genérico:
Não dou ouvidos ao político (com artigo definido: político específico, definido)
Não dou ouvidos a político (sem artigo definido: qualquer político, políticos em geral)
O artigo definido diante de um substantivo indica que este é familiar, conhecido ou que já foi
mencionado. Por essa razão, quando tratamos de um nome em sentido geral, sem especificar,
não deve haver artigo e, consequentemente, não haverá crase (artigo “a” + preposição “a”). Por
outro lado, se um termo já trouxer determinantes que o especifiquem, não poderemos
considerá-lo genérico, então deve-se usar artigo definido. Esse fato explica várias regras de
crase, como diante da palavra casa e de alguns nomes de lugares (topônimos) que não trazem
artigo (Portugal, Roma, Atenas, Curitiba, Minas Gerais, Copacabana). Observe:
Estou em casa (sem artigo). Estou na casa de mamãe (a casa é determinada, então deve ter
artigo definido). Pelo mesmo raciocínio, temos: vou a Paris (sem artigo)/Vou à Paris dos meus
sonhos (“Paris” está determinada, então traz artigo definido, e , por consequência, crase).
Após o pronome indefinido “todo”, o artigo definido indica “completude”, “inteireza”:
Toda casa precisa de reforma. (todas as casas, qualquer casa, casas em geral.)
Toda a casa precisa de reforma. (a casa inteira.)
Por sua vez, o artigo indefinido se refere ao substantivo de forma vaga, inespecificada; “um
carro qualquer”, “uma casa entre aquelas”. Também expressa intensificação: “ela tem uma
força!” ou aproximação: “ela deve ter uns 57 anos”. Assim como os definidos, também pode
ocorrer aglutinado com preposições (em e de): “duns”, “dumas”, “nuns”, “numas”.
Por outro lado, o artigo, ao lado de substantivo comum no singular, também pode ser usado
para universalizar uma espécie, no sentido de “todo”: “o (todo) homem é criativo”, “o (todo)
brasileiro é passivo”; “a (toda) mulher sofre com o machismo”, “uma (toda) mulher deve ser
respeitada”; “uma empresa deve ser lucrativa” (toda/qualquer empresa).
O artigo definido, na linguagem mais moderna, também é um recurso de adjetivação, por meio
de um realce na entoação de um termo que não é tônico:
Ex: Esse não é um médico, esse é o médico.
O sentido é que não se trata de um médico qualquer, mas sim um grande médico, o melhor.
Este é o chamado “artigo de notoriedade”.
PREPOSIÇÕES
A preposição é classe invariável que conecta palavras e orações, umas às outras e entre si.
Sozinha, ela não exerce função sintática, mas compõe a transitividade de nomes e verbos
(aqueles que pedem complemento preposicionado) e a estrutura de locuções com função de
adjuntos adnominais (se referem a substantivo ou termo substantivo), e adverbiais (se referem a
verbos, adjetivos, advérbios).
Vamos relembrar as principais preposições: a, com, de, em, para, ante, até, após, contra, sob,
sobre, per, por, desde, trás, perante.
Preposição a + Artigos
a + a, as, o, os = à, às, ao, aos
Preposição a + Pronomes demonstrativos
a + aquele, aquela, aqueles, aquelas, aquilo = àquele, àquela, àquelas,
àquilo
A preposição a + Advérbios
a + onde = aonde
A preposição por + Artigos
por + o, a, os, as = pelo, pela, pelos, pelas
Preposição de + Artigos
de + o, a, as, um, uns, uma, umas = do, da, das, dum, duns, duma, dumas
Preposição de + Pronomes pessoais
de + ele, ela, eles, elas = dele, dela, deles, delas
Preposição de + Pronomes demonstrativos
de + este, esta, estes, estas, isto, esse, aquele, aquelas, aquilo = deste,
desta, destes, destas, disto, desse, daquele, daquelas, daquilo
Preposição de + Pronome indefinido
de + outro, outras, = doutro, doutras
Preposição de + Advérbios
de + aqui = daqui; de + aí = daí; de + ali = dali; de + além = dalém
A preposição em + Artigos
em + o, a, as, um, uns, uma, umas = no, na, nas, num, nuns, numa, numas
A preposição em + Pronomes pessoais
em + ele, ela, eles, elas = nele, nela, neles, nelas
A preposição em + Pronomes demonstrativos
em + este, esta, estes, estas, isto, esse, essa, esses, essas, isso, aquele,
aquela, aqueles, aquelas, aquilo = neste, nesta, nestes, nestas, nisto, nesse,
nessa, nesses, nessas, nisso, naquele, naquela, naqueles, naquelas
Locuções prepositivas
São grupos de palavras que equivalem a uma preposição. Se eu disser “falei sobre o tema” ou
“falei acerca do tema”, a locução substitui perfeitamente a preposição. As locuções prepositivas
sempre terminam em uma preposição, exceto a locução com sentido concessivo/adversativo
“não obstante”:
Veja alguns pares importantes com alguns sentidos que podem assumir:
Rigorosamente, a gramática condena o uso de “através” com sentido de “meio” (Ex: fiquei rico
através de investimentos) e limita essa preposição à ideia de “atravessar” (Ex: A luz passa através
da janela.)
Fique atento, pois as bancas gostam de pedir a substituição de uma preposição ou locução
prepositiva por uma conjunção ou locução conjuntiva com mesmo valor semântico: Estudo a fim
de/para passar = Estudo a fim de que passe. A substituição é possível, mas exige adaptações na
estrutura da sentença.
PRONOMES
Os pronomes são palavras que representam (substituem) ou acompanham (determinam) um
termo substantivo. Esses pronomes vão poder indicar pessoas, relações de posse, indefinição,
quantidade, familiaridade, localização no tempo, no espaço e no texto, entre outras.
Quando acompanham um substantivo, são classificados como “pronomes adjetivos”. Quando
substituem um substantivo, são classificados como “pronomes substantivos”.
Ex: Estes livros são do Mario, aqueles são do Ricardo.
Verificamos que “estes” é um pronome adjetivo, pois modifica o substantivo “livros”. Por outro
lado, o pronome “aqueles” é classificado como pronome substantivo, pois não está ligado a um
substantivo, mas sim “na própria posição” do substantivo “livros”, que não aparece na oração,
estando apenas implícito, representado pelo pronome.
Comentários:
Aqui, de modo indireto, a banca está perguntando se “seus” é pronome adjetivo (acompanha substantivo)
ou pronome substantivo (substitui um substantivo). “Seus” apareceu sozinho, não acompanha ninguém;
logo, não é pronome adjetivo, é pronome substantivo. Questão incorreta.
Pronomes Interrogativos
Servem basicamente para fazer interrogativas diretas (com ponto de interrogação) ou indiretas
(sem ponto de interrogação, mas com “sentido/intenção de pergunta”.
São eles: “Que, Quem, Qual(is), Quantos”.
Ex: (O) que é aquilo? Quem é ele? (esse “o” é expletivo, pode ser retirado)
Ex: Qual a sua idade? Quantos anos você tem?
Nas interrogativas indiretas, não temos o (?), mas a frase tem uma intenção interrogativa e
normalmente envolve verbos com sentido de dúvida “perguntar, indagar, desconhecer,
ignorar”...
Ex: Perguntei o que era aquilo. Indaguei quem era ele.
Ex: Não sei qual sua idade. Desconheço quantos anos você tem.
Obs: Na frase: “O que é que ele fez”, apenas o primeiro “que” é pronome interrogativo. Os
termos sublinhados são expletivos, com finalidade de realce.
Pronomes Indefinidos
Os pronomes indefinidos são classes variáveis que se referem à 3ª pessoa do discurso e indicam
quantidade, sempre de maneira vaga: ninguém, nenhum, alguém, algum, algo, todo, outro,
tanto, quanto, muito, bastante, certo, cada, vários, qualquer, tudo, qual, outrem, nada, menos,
que, quem, um (quando em par com “outro”)...
Ex: Recebi mais propostas e tantos elogios.
Ex: Muita gente não chegou a tempo de fazer a prova.
Ex: O professor tem pouco dinheiro.
Ex: Vamos tentar mais dieta, menos doces.
Ex: Nada é por acaso, tudo estava escrito.
Também há expressões de valor indefinido, as locuções pronominais indefinidas:
Qualquer um, Cada um/qual, quem quer que, seja quem/qual for, tudo o mais, todo (o) mundo,
um ou outro, nem um nem outro...
As palavras certo e bastante são pronomes indefinidos quando vêm antes do substantivo e serão
adjetivos quando vierem depois do substantivo .
Quero certo (determinado) modelo de carro x Quero o modelo certo de carro (adequado).
Tenho bastante (muito) dinheiro X Tenho dinheiro bastante (suficiente)
Atenção à palavra bastante, que pode ser confundida com um advérbio:
Pronomes Possessivos
Esses pronomes tem sentido de posse e geralmente aparecem em questões sobre ambiguidade
ou referência, pois podem se referir à primeira pessoa do discurso: meu(s), minha(s), nosso(s)
nossa(s); à segunda: teu(s), tua(s), vosso(s), vossa(s); ou à terceira: seu(s), sua(s).
Importante salientar que o pronome pessoal oblíquo (me, te, se, lhe, o, a, nos, vos) também
pode ter “valor” possessivo, ou seja, sentido de posse: Apertou-lhe a mão (sua mão); beijou-me
a testa (minha testa); penteou-lhes os cabelos (cabelos delas).
Observe que o pronome oblíquo está preso ao verbo pelo hífen, mas sua relação sintática é com
o substantivo objeto da posse (mão, testa, cabelos). Trata-se de um adjunto adnominal.
Em suma, é importante saber que pronomes possessivos:
Pronomes Demonstrativos
São pronomes demonstrativos: este(s), esta(s), esse(s), essa(s), aquele(s), aquela(s), aqueloutro(s),
aqueloutra(s), isto, isso, aquilo, o, a, os, as; mesmo(s), mesma(s), próprio(s), própria(s), tal, tais,
semelhante(s)...
Nos casos acima, a referência é feita dentro do texto; então, podemos dizer que o pronome tem
função endofórica. “Endo” significa “dentro”.
Ex: Neste país, neste momento, este autor que vos fala está deprimido.
Tempo:
Espaço:
Nesses casos acima, como a referência é feita no espaço e no tempo, fora do texto, dizemos que
esses pronomes estão sendo utilizados com função exofórica (fora) ou dêitica ( deixis).
Texto:
Os pronomes demonstrativos vão também apontar/retomar palavras/informações/ períodos ou
grupo de informações que aparecem dentro texto. O uso adequado vai depender de a
referência ser a uma informação que já apareceu (referência anafórica) ou a uma informação que
será dita posteriormente (catafórica). Por ora, vamos às regras básicas do uso dos
demonstrativos para fazer remissão “dentro do texto”.
✓este(s), esta (s), isto: apontam para o que será mencionado (anuncia):
Ex: Esta é sua nova senha: 95@173xy; memorize-a.
✓aquele(s), aquela (s), aquilo: apontam para um antecedente mais distante. Caso tenhamos
dois referentes enumerados/discriminados, usaremos “aquele(a)(s)" para o que foi
mencionado primeiro (o mais distante), enquanto este será usado para apontar para o
mencionado por último (o mais próximo). Veja:
Também podemos usar “este” para referência ao elemento anterior mais próximo, o que faz a
oposição ao “esse” não ser tão rigorosa na prática:
Contudo, a prescrição rigorosa é que se use “este” para se referir ao ser mais próximo, em
oposição ao “aquele”, usado para o mais distante, no caso específico em que tenhamos dois
referentes já mencionados. Também devemos evitar usar “esse”/”isso” para algo que ainda vai
ser dito.
Aproveito para ressaltar que os pronomes em geral têm essa função de retomada de elementos
anteriores (função coesiva). Então, os pronomes pessoais, os possessivos, demonstrativos, os
indefinidos se referem a outras partes do texto, substituindo informação apresentada.
Além desses visto acima, há diversos outros pronomes demonstrativos, vejamos:
Não diga tais/semelhantes besteiras. (estas besteiras)
Sei que está triste, mas não diga tal. (não diga isso)
Ele próprio se demitiu. (ele em pessoa, sozinho; valor reforçativo)
Eu mesmo cozinho a comida/ Cozinho do mesmo modo que minha mãe. (=próprio, em
pessoa/exato, igual).
Pronomes Relativos
Os principais são: que, o qual, cujo, quem, onde. Esses pronomes retomam substantivos
antecedentes, coisa ou pessoa, e, por isso, têm função coesiva (retomar ou anunciar informação)
e se prestam a evitar repetição. Podem ser variáveis, quando se flexionam (gênero, número), ou
invariáveis, quando trazem forma única. Vejamos:
VARIÁVEIS INVARIÁVEIS
MASCULINOS FEMININOS
quem
o qual (os quais) a qual (as quais)
que
cujo (cujos) cuja (cujas)
onde
quanto (quantos) quanta (quantas)
Como disse, são ferramentas para evitar a repetição. Vejamos um parágrafo escrito num mundo
sem pronomes relativos:
O aluno foi aprovado. O aluno é primo de João. João tem mãe. A mãe de joão é
professora. A mãe do João foi professora da menina. A menina roubava livros.
Os livros eram caríssimos. Os livros foram comprados numa loja distante. Havia
muitos enfeites na loja. Perguntaram a várias pessoas a localização da loja. As
pessoas não souberam responder.
Vejam que tortura, o texto não está articulado, não usa elementos de coesão.
Agora vamos usar pronomes relativos para retomar os antecedentes e evitar toda essa repetição
de termos:
O aluno que foi aprovado é primo de joão, cuja mãe foi professora daquela menina que roubava
livros, os quais eram caríssimos e foram compradas numa loja onde havia muitos enfeites. As
pessoas a quem perguntaram a localização da loja não souberam responder.
Vamos aos pontos mais importantes:
1- Os pronomes relativos introduzem orações subordinadas adjetivas, que levam esse nome por
terem a função de um adjetivo e muitas vezes podem ser substituídas diretamente por um
adjetivo equivalente:
Ex: O menino estudioso passa = O menino que estuda muito passa
Ex: Eu quero um carro que seja potente = Eu quero um carro potente
Por isso recebem esse nome de “relativos”, porque relacionam orações.
2- Como o “que” faz referência a um termo anterior, podemos dizer que tem função anafórica.
3- Os pronomes “que”, “o qual”, “os quais”, “a qual”, “as quais” são utilizados quando o
antecedente for coisa ou pessoa.
Destaco também que o pronome relativo “o qual” e suas variações muitas vezes é usado para
desfazer ambiguidades. Como ele varia, a concordância em gênero e número denuncia a que
termo ele se refere:
Ex: A representante do partido, que é popular, foi elogiada.
Quem é popular? O “que” pode retomar representante ou Partido. Fica a dúvida.
Em "A orientadora do grupo, a qual é excelente, faltou hoje", emprega-se o que está em
destaque para evitar o duplo sentido que o emprego da palavra "que", em seu lugar, originaria.
Comentários:
Exato. O pronome “a qual” varia em gênero e número para concordar com seu referente “a
orientadora”. Se houvesse um pronome invariável “que”, a palavra excelente poderia se referir
tanto a “orientadora” quanto a “grupo”. Questão correta.
✓ Tem função de adjunto adnominal em 99% dos casos, porque indica posse.
Porém, pode ser complemento nominal, em estruturas em que se refira a substantivo abstrato:
Eu foco no PDF cuja leitura é fundamental . (a leitura do PDF) O termo sublinhado se refere a
leitura, que é substantivo abstrato derivado de ação e tem sentido passivo. O livro é lido. Nesse
raro caso, o cujo tem função de Complemento Nominal!
6- O pronome relativo “onde” deve ser usado quando o antecedente indicar lugar físico (ainda
que virtual, figurativo), com sentido de “posicionamento em”. Como preposição “em” também
indica uma referência locativa, podemos substituir “onde” por “em que” e por “no qual” e
variações.
Ex: A academia onde treino não tem aulas de MMA. (treino na academia> academia na
qual/em que treino...
Veja que é inadequado usar o onde para outra referência que não seja lugar físico.
Ex: Esqueci o valor com quanto concordei. (concordei “com ” quanto = com o valor).
Depois, utiliza-se “o qual” para retomar o referente anterior masculino “uso da internet”. Como
o referente é masculino e singular, não poderíamos jamais usar “a qual” (B), “os quais” (C),
“cuja” (D) ou “essa” (E). Gabarito letra B.
25. (FCC / SEPLAG RECIFE / ANALISTA DE GESTÃO ADM. / 2019)
Está clara e correta a redação deste livre comentário sobre o texto
Na antiguidade clássica, onde o intento da pintura realista prevalescia, mesmo assim ela não
alcançava ser tão fotográfica.
Comentários:
“Antiguidade clássica” não é lugar físico; logo, não é adequado usar “onde”. Questão incorreta.
Pronomes de Tratamento
Os pronomes de tratamento são formas de cortesia e reverência no trato com determinadas
autoridades. A cobrança normalmente se baseia no pronome adequado a cada autoridade ou
aspectos de concordância com as formas de tratamento.
Abaixo, registro os principais pronomes de tratamento, com suas abreviaturas. Normalmente o
plural da abreviatura é feito com acréscimo de um “s”. Se quiser estudar esse tema a fundo e ler
as dezenas de outros pronomes, recomendo consultar o Manual de Redação da PUC RS. Aqui,
focaremos nos mais incidentes em prova:
Vossa Senhoria (V. S.a ou V. S.as): usado para pessoas com um grau de prestígio maior.
Usualmente, os empregamos em textos escritos, como: correspondências, ofícios,
requerimentos etc.
Vossa Excelência (V. Ex.a V. Ex.as): Usado para grandes autoridades:
Presidente da República, Senadores, Deputados, Embaixadores, Oficiais de Patente
Superior à de Coronel, Juízes de Direito, Ministros, Chefes de Poder.
Vossa Excelência Reverendíssima (V. Ex.a Rev.ma V. Ex.as Rev.mas): usado para Bispos e
arcebispos.
Vossa Eminência (V. Em.a V. Em.as): usado para Cardeais.
Vossa Alteza (V. A. VV. AA.): usado para autoridades monárquicas em geral, Príncipes,
duques e arquiduques. Para Imperador, Rei ou Rainha, usa-se Vossa Majestade (V. M. VV.
MM.)
Vossa Santidade (V.S.): usado para o Papa.
Vossa Reverendíssima (V. Rev.ma V. Rev.mas ): usado para Sacerdotes em geral.
Vossa Paternidade (V. P. VV. PP): usado para Abades, superiores de conventos.
Vossa Magnificência (V. Mag.a V. Mag.as): usado para Reitores de universidades,
acompanhado pelo vocativo: Magnífico Reitor.
Aqui nos interessa principalmente saber sobre a concordância. Embora os pronomes de
tratamento se refiram à segunda pessoa gramatical (pessoa com quem se fala: vós), a
concordância é feita com a terceira pessoa, ou seja, com o núcleo sintático. Por essa razão, não
usamos pronome possessivo “vossa” com Vossa Excelência, usamos apenas o possessivo “seu”
ou “sua”, por exemplo.
Como assim, Felipe??
O macete é pensar na concordância com o pronome “Você”.
Vejamos o exemplo do próprio manual de redação da Presidência: Vossa senhoria nomeará seu
substituto. (E não Vosso ou Vossa. Concordância com senhoria, o núcleo da expressão.)
Os Adjetivos e Locuções de voz passiva concordam com o sexo da pessoa a que se refere, não
com a o substantivo que compõe a locução (Excelência, Senhoria). Ou seja “os adjetivos
referidos aos pronomes de tratamento concordam com o gênero do interlocutor”.
Ex: Maria, Vossa Excelência está muito cansada.
Outro detalhe:
Pronomes Pessoais
Vamos às principais informações relevantes:
Pronomes pessoais retos (eu, tu, ele, nós, vós, eles) costumam substituir sujeito: Ex: João é
magro>Ele é magro.
Pronomes pessoais oblíquos átonos (me, te, se, lhe, o, a, nos, vos) substituem complementos
verbais: o, a, os, as substituem somente objetos diretos (complemento sem preposição); me, te,
se, nos, vos podem ser objetos diretos ou indiretos (complemento com preposição), a depender
da regência do verbo. Já o pronome –lhe (s) tem função somente de objeto indireto.
Ex: Já lhe disse tudo. (disse a ele)
Ex: Informei-o de tudo. (informei a pessoa)
Ex: Você me agradou, mas não me convenceu. (agradou a mim)
Os pronomes OBLÍQUOS TÔNICOS são pronunciados com força e precedidos de preposição .
Costumam ter função de complemento.
São eles:
Ex: Fiquei preocupado contigo porque você deu a ele todo seu dinheiro.
O pronome reto, em regra não deve ser usado na função de objeto direto (complemento verbal
sem preposição). Por isso são condenadas estruturas como “mata ele! Chama nós!”. Contudo, é
possível usar pronome reto como complemento direto, quando o pronome reto for modificado
por “todos”, “só”, “apenas” ou “numeral”. Esse uso é abonado por gramáticos do calibre de
Celso Cunha, Bechara, Faraco & Moura e Sacconi.
Ex: Encontrei ele só na festa. / Ex: Encontrei todos eles.
Ex: Encontrei eles dois na festa. / Ex: Encontrei apenas elas na festa.
Esses exemplos acima devem ser vistos com cautela, pois não são a regra!
O lábio amargo que percebe ter hoje não ...II... tinha antes.
Os olhos, que ...III... parecem vazios, costumavam ter brilho.
Preenchem correta e respectivamente as lacunas I, II e III:
(A) a – o – lhe
(B) as – o – lhes
(C) lhe – o – lhe
(D) lhe – lhe – os
(E) a – lhe – lhes
Comentários:
As lacunas serão preenchidas tomando como referente o eu-lírico do poema (voz que enuncia as
estrofes). Na primeira lacuna, teremos o “lhe”: Suas mãos lhe pareceram paradas (pareceram a
ele); na segunda: não tinha o lábio—não o tinha; na terceira: os olhos lhe (a ele) parecem vazios.
Gabarito letra C.
31. (FCC / ALAP / ANALISTA LEGISLATIVO / 2020)
Entre 1970 e 1991 dá-se o desmoronamento final em que caem por terra os sistemas
institucionais que previnem e limitam o barbarismo contemporâneo.
A frase acima permanecerá coerente, coesa e correta caso se substitua o segmento
(A) limitam o barbarismo contemporâneo por fazem fronteira com a atual barbárie.
(B) dá-se o desmoronamento por propiscia-se a ruína.
(C) em que caem por terra por em cujo se solapam.
(D) desmoronamento final em que caem por desvirtuamento fatal aonde submergem.
(E) os sistemas institucionais que previnem por as instituições estruturadas que premunem.
Comentários:
Sejamos objetivos. Esta é uma questão direta de vocabulário:
"Premunir" significa: tomar medidas de cautela ou preparar-se contra (perigo, dificuldade etc.);
PREVENIR(-SE)
Entre 1970 e 1991 dá-se o desmoronamento final em que caem por terra os sistemas
institucionais que previnem e limitam o barbarismo contemporâneo.
Entre 1970 e 1991 dá-se o desmoronamento final em que caem por terra as instituições
estruturadas que premunem.
Gabarito letra E. Vejamos o erro das demais:
A) "fazer fronteira" é ser vizinho, não significa "limitar", "restringir".
B) "dá-se" significa, no contexto, "ocorrer"; "propiCiar (isso mesmo, sem S) significa: Oferecer
‘Lhe’ substitui complementos verbais preposicionados, só serve para substituir objeto indireto.
Aqui, “o prêmio do público” é um complemento não preposcionado, um objeto direto, então
usaremos novamente o macete: eliminar as alternativas com “lhe”.
a) lhe enaltecem − consideram-no − o interpretam
b) enaltecem-no − o consideram − interpretam-no
c) enaltecem-no − lhe consideram − lhe interpretam
d) o enaltecem − consideram-lhe − interpretam-lhe
e) enaltecem-lhe − consideram-no − interpretam-lhe
Resta apenas a letra B:
enaltecem-no − o consideram − interpretam-no
Na lacuna no meio, o pronome está antes do verbo porque “que” é uma palavra atrativa, os
pronomes relativos atraem próclise. Gabarito letra B.
34. (FCC / SEFAZ-GO / AUDITOR / 2018)
O pronome que substitui corretamente o complemento verbal destacado no seguimento,
conforme a norma-padrão da língua portuguesa, está expresso em:
(A) presumindo, portanto, uma pacata contemplação (4º parágrafo) - a
(B) a música era entendida como algo que suscita paixões (4º parágrafo) - lhes
(C) Zeus teria designado uma medida apropriada e um justo limite para cada ser (1º parágrafo) -
os
(D) Impõe um limite ao “bocejante Caos”. (1º parágrafo) – o
(E) ela exprime a possibilidade [...] da irrupção do caos na beleza da harmonia (2º parágrafo) - lhe
Comentários:
Embora fosse perfeitamente possível resolver por eliminação, entendo que cabe recurso contra
essa questão. Vejamos.
(A) presumindo uma pacata contemplação
presumindo -a
Contudo, a banca parece não ter notado que havia a conjunção “portanto” intercalada, de
modo que não seria possível simplesmente unir o pronome ao verbo, ou teríamos algo como:
(A) presumindo, portanto, - a
B e E incorretas porque não usamos –lhe como objeto direto. O –lhe substitui objetos indiretos.
C- Tendo em vista a regra de colocação pronominal que proíbe o pronome oblíquo átono após
particípio, a estrutura seria algo como: lhe (a ele, a cada ser) designado uma medida
D- O –lhe substitui objetos indiretos, então a forma correta seria: impõe-lhe um limite. Gabarito
letra A.
COLOCAÇÃO PRONOMINAL
Proibições gerais
1
iniciar oração com pronome oblíquo átono ou
inserir pronome oblíquo átono após futuros (do presente e do pretérito) e particípio.
2
O que não for proibido, será aceito, simples assim. Veja abaixo construções inadequadas e
adequadas:
"impasses" é masculino e plural, então devemos trocar por "os". O "não" é palavra negativa e
atrai próclise, de modo que teremos o pronome "os" antes do verbo. Assim, temos:
É inegável que o século XX deixou-nos um legado de impasses, cuja gravidade se faz sentir até
hoje, uma vez que não os solucionamos nem mesmo amenizamos suas consequências.
A propósito, a FCC não tolera o uso de "o mesmo" para substituir palavras:
Meu pai é médico, o mesmo se formou em cardiologia (errado!)
Meu pai é médico, ele se formou em cardiologia (certo!)
A gramática normativa abona o uso do "mesmo" quando significa "a mesma coisa/o mesmo
evento". Veja:
Fui assaltado no Rio e o mesmo aconteceu com minha irmã (certo! a mesma coisa, ser assaltada).
Gabarito letra D.
36. (FCC / SEPLAG RECIFE / ANALISTA DE GESTÃO ADM. / 2019)
O emprego das formas pronominais e verbais se dá de modo plenamente adequado na frase:
Eles haviam resguardado-se de planejar, e os imprevistos da operação acabaram tragando-lhes.
Comentários:
Resguardado é verbo no particípio e não pode haver pronome oblíquo átono após particípio.
Incorreta.
37. (FCC / SEPLAG RECIFE / ANALISTA DE GESTÃO ADM. / 2019)
Está clara e correta a redação deste livre comentário sobre o texto
Se lhe proviessem como um pintor lírico, caso Deus assim lhe favorecesse, o poeta Mário
Quintana disporia-se a transfigurar o real.
Comentários:
“Disporia” é verbo no futuro do pretérito e não cabe ênclise, o pronome não pode estar após o
verbo nesse caso. Questão incorreta.
38. (FCC / AFAP / ASS. ADMINISTRATIVO DE FOMENTO / 2019)
A faixa “O Boto”, em seu álbum “Urubu”, é uma sinfonia de pios. Estão integrados com tal
naturalidade à orquestração que podem nem ser “escutados” pelos menos atentos. Mas estão lá
no disco, e executados pelo próprio Tom - quem mais?
Preservando as relações de sentido no contexto e respeitando as regras gramaticais, a pergunta
que encerra o texto poderia ser substituída por
(A) quem mais executaria-os?
(B) quem mais executariam-nos?
(C) quem mais lhes executaria?
Ex: Eu não estou-lhe emprestando dinheiro. (Errado porque o pronome, com hífen, estaria
em ênclise com palavra atrativa obrigando próclise)
1-
A gramática tradicional mais rígida recomenda evitar o pronome no meio da locução.
Contudo,“ a próclise ao verbo principal tem abono recente nas gramáticas brasileiras”.
O renomado gramático Celso Cunha oferece exemplos de pronome no meio da locução, com
hífen, quando NÃO HÁ PALAVRA ATRATIVA.
Ex: “Vão-me buscar, sem mastros e sem velas...”
Ex: “Ia-me esquecendo dela”
Ex: “A cidade ia-se perdendo à medida que o veleiro rumava para São Pedro.
Ex: “Tenho-o trazido sempre...”
Cegalla traz os seguintes exemplos:
Ex: “Os presos tinham-se revoltado”.
Ex: “Não devo calar-me, ou não me devo calar, ou não devo me calar.” (no meio, sem
hífen!)
Ex: “Vou-me arrastando, ou vou me arrastando, ou vou arrastando-me.” (no meio, sem
hífen!)
Portanto, é possível que algumas questões não considerem correta a colocação do pronome
antes do verbo principal. Procure a melhor resposta!
Por fim, saliento que há muitas regrinhas e divergências nesse tema, mas o que realmente é
fundamental para a prova é MEMORIZAR AS PROIBIÇÕES E PALAVRAS ATRATIVAS.
NUMERAL
O numeral é mais um termo variável que se refere ao substantivo, indicando quantidade, ordem,
sequência e posição.
Como sabemos, ter “papel adjetivo é referir-se a substantivo”. Então, podemos ter numerais
substantivos e adjetivos.
Ex: Duas meninas chegaram (numeral adjetivo, pois acompanha um substantivo), eu
conheço as duas (numeral substantivo, pois substitui um substantivo).
Os numerais são classificados em:
Ordinais: primeiro lugar, segunda comunhão, terceiras intenções... septuagésimo quarto,
sexagésimo quinto...
Cardinais: um cão, duas alunas, três pessoas...
Fracionários: um terço, dois terços, quatro vinte avos...
Multiplicativos: o dobro, o triplo, cabine dupla, duplo carpado...
OBS: “último, penúltimo, antepenúltimo, derradeiro, posterior, anterior” são considerados
meros adjetivos, não numerais. Os numerais também podem sofrer derivação imprópria e
funcionar como adjetivos em casos como: “Este é um artigo de primeira/primeiríssima
qualidade.” e “Teu clube é de segunda categoria.”
INTERJEIÇÃO
Interjeição é classe gramatical invariável que expressa emoções e estados de espírito. Servem
também para fazer convencimento e normalmente sintetizam uma frase exclamatória (Puxa!) ou
apelativa (Cuidado!):
Ex: Olá! Oba! Nossa! Cruzes! Ai! Ui! Ah! Putz! Oxalá! Tomara! Pudera! Tchau!
Não reproduzo aqui as tradicionais listas de interjeições e seus sentidos, porque não vale a pena
decorar. Dependendo do contexto, o valor semântico da interjeição pode variar:
Ex: Psiu, venha aqui! (convite)
Ex: Psiu, faça silêncio! (ordem)
Ex: Puxa! Não passei. (lamentação)
Ex: Puxa! Passou com 3 meses de estudo. (admiração)
Ex: Ufa! (alívio/cansaço)
A lista é infinita, então é preciso verificar no contexto qual emoção é transmitida pela interjeição.
As locuções interjetivas são grupos de palavras que equivalem a uma interjeição, como: Meu
Deus! Ora bolas! Valha-me Deus!
Entenda o seguinte: qualquer expressão exclamativa que expresse uma emoção, numa frase
independente, com inflexão de apelo, pode funcionar como interjeição. Lembre-se dos
palavrões, que são interjeições por excelência e variam de sentido em cada contexto.
PALAVRAS ESPECIAIS
Como vimos ao longo dessa aula, algumas palavras podem apresentar mais de uma classificação
morfológica ou sentido. Sistematizaremos aqui as principais funções de algumas delas, muito
cobradas em prova.
Nos exemplos com *, gramáticos como Bechara e Celso Pedro Luft consideram O, A, Os, As
como artigo definido diante de palavra subentendida, em elipse.
da corça e foi tramando trapaças rumo à floresta, seguindo a indicação de uns pastores, a quem
ela perguntou se tinham visto uma corça sangrando.
A raposa a encontrou esbaforida e parou diante dela com a maior cara de pau. Indignada, a
corça arrepiou o pelo e disse: “Nunca mais você me pega, sua peste! E se chegar perto de mim,
não sairá viva! Vá raposinhar com outros, inexperientes, estimulando-os a se tornarem reis!”
No trecho transcrito, os termos destacados constituem, respectivamente,
A) pronome − pronome − artigo e artigo.
B) artigo − artigo − pronome e artigo.
C) pronome − artigo − pronome e preposição
D) preposição − artigo − pronome e preposição.
E) artigo − pronome − artigo e preposição.
Comentários:
O primeiro “a” é pronome oblíquo átono, pois retoma um termo feminino singular
anteriormente mencionado (a corça) e funciona como complemento de “encontrar”. O segundo
é artigo, pois refere-se ao substantivo “cara”: a cara de pau. O adjetivo “maior” entra
normalmente entre o substantivo e o artigo. O “os” é pronome oblíquo átono, pois retoma
“outros”. O último “a” é apenas preposição: estimular A fazer alguma coisa. Gabarito letra C.
40. (FCC / Câmara Legislativa do Distrito Federal / Técnico Legislativo / 2018)
− No dia seguinte entrou a dizer de mim nomes feios, e acabou alcunhando-me Dom Casmurro.
− Contei a anedota aos amigos da cidade.
− Meu caro dom Casmurro, não cuide que o dispenso do teatro amanhã.
Nos trechos transcritos, os termos destacados constituem, respectivamente,
A) pronome, artigo e artigo.
B) artigo, artigo e pronome.
C) preposição, preposição e pronome.
D) artigo, preposição e artigo.
E) preposição, artigo e pronome.
Comentários:
“entrou a dizer” equivale a “entrou dizendo”, o “a” é apenas preposição. O segundo “a” é
artigo definido, pois modifica o substantivo “anedota” e concorda com ele em gênero feminino
e número singular. O “o” é pronome oblíquo átono, pois retoma o termo anterior “dom
casmurro”. Gabarito letra E.
41. (FCC / Tribunal Superior do Trabalho / 2017)
... finalizado a tinta nanquim e último a ser inscrito na concorrência...
por volta disso, o fluxo de novas obras, que uma vez foi seu sangue vital, secou até se reduzir a
um débil gotejar?
A palavra até, que usualmente sinaliza o ápice de uma ação, tem esse sentido prejudicado em
virtude de vir associada à ideia expressa por débil.
Comentários:
A palavra até pode sim sinalizar o ápice de uma ação, um limite, um extremo, no tempo ou no
espaço. Por exemplo: Estudei até às 19h; Lutei até desmaiar.
Esse é exatamente o sentido utilizado no texto: Secou até ficar fraco (até se reduzir a um débil
gotejar). Então, não teve o sentido prejudicado. Questão incorreta.
Eu mesma cozinho.
(reforçativo=própria, em pessoa)
d) O preconceito é uma maneira com que os grupos sociais encontraram para excluir aqueles
que são considerados estranhos e de quem não se confia.
e) As leis são um meio ao qual o preconceito pode ser contido, mas não extinto, pois ele estará
presente mesmo nas culturas às quais o punem com rigor.
Comentários:
Em questões como essa, temos que procurar o problema tanto na preposição quanto no
pronome relativo.
a) O crime racial constitui uma maneira de penalizar aqueles de que se deixam levar por atitudes
que rejeitam um outro a de quem se é diferente.
Deixar não pede preposição. Diferente “de” quem, não “a”. Incorreta.
b) As ações movidas por preconceito, aonde em que/nas quais se observa um juízo prévio de um
indivíduo de que não se conhece muito bem, devem ser repreendidas.
Usamos “aonde” para verbos que pedem a preposição “a”, como Ir, Chegar. Observar não pede
essa preposição.
Conhecer é VTD, não pde preposição “de”. Incorreta.
c) A propagação de preconceitos, fenômeno pelo qual todos podemos ser responsáveis, deve
ser abrandada por penalizações rigorosas, às quais os infratores estejam sujeitos.
Ser responsável por + o qual (fenômeno)= pelo qual
Infratores sujeitos a + as quais (penalizações)= às quais
d) O preconceito é uma maneira com que os grupos sociais encontraram para excluir aqueles
que são considerados estranhos e de em quem não se confia.
Encontrar é VTD e não pede preposição “com”. Quem confia confia “em”, não “de”. Incorreta.
e) As leis são um meio ao pelo qual o preconceito pode ser contido, mas não extinto, pois ele
estará presente mesmo nas culturas às as quais o punem com rigor.
O preconceito pode ser contido “por” + “o qual” (meio).
Punem não pede preposição “a”; logo, não pode haver crase. Incorreta. Gabarito letra C.
49. (FCC / TRT 14ª REGIÃO / Oficial de Justiça / 2016)
Está plenamente adequado o emprego de ambos os elementos sublinhados em:
Mesmo àqueles meninos estudiosos não falta tempo para os joguinhos eletrônicos com cujos se
entretêm.
Comentários:
Faltar tempo “a” + “aqueles”= àqueles. Correto o primeiro termo.
No segundo termo sublinhado, porém, o “cujos” não está entre substantivos, relacionando um
deles ao outro com relação de posse, está solto. O pronome correto seria “os quais”. Questão
incorreta.
50. (FCC / SEFAZ-PE / Auditor Fiscal do Tesouro / 2014)
A substituição do elemento grifado pelo pronome correspondente foi realizada de modo
INCORRETO em:
a) pôs em evidência o fator comum = pô-lo em evidência
b) eliminou imediatamente a variante = eliminou-na imediatamente
c) arremedar a marcha desgovernada de um tabético = arremedá-la
d) trocou por outras as botinas escarrapachadas = trocou-as por outras
e) ela destruía a unidade física do tipo = ela a destruía
Comentários:
a) pôs+o= pô-lo. Questão correta.
b) A palavra eliminou não termina em som nasal; logo, não recebe objeto –na. Veja: eliminou a
variante = eliminou-a. Questão incorreta.
c) arremedar a marcha = arremedá-la. Questão correta.
d) trocou as botinas escarrapachadas = trocou-as. Questão correta.
e) ela destruía a unidade = ela a destruía. Questão correta. Gabarito letra B.
51. (FCC / SEPLAG RECIFE / ANALISTA DE GESTÃO ADM. / 2019)
Está clara e correta a redação deste livre comentário sobre o texto
O poeta Mário Quintana não demonstra admiração pelo excesso de fidedignidade com que
alguns pintores desejam retratar as coisas.
Comentários:
A redação está correta: a preposição “com” deve aparecer antes de “que” porque: alguns
pintores desejam retratar as coisas COM excesso de fidedignidade. Questão correta.
52. (FCC / SEPLAG RECIFE / ASS. DE GESTÃO PÚBLICA / 2019)
A frase redigida com clareza e em conformidade com a norma-padrão da língua é:
Alberto da Cunha Melo é considerado hoje, um dos poetas mais expressivos da língua
portuguesa, de cuja obra já foi traduzida para diferentes idiomas.
Comentários:
Usa-se preposição antes do pronome relativo quando esta é pedida por um termo posterior na
frase. Nesse caso, não há nenhum termo que justifique esse “de” antes de “cuja”, então deveria
simplesmente ser suprimido. Questão incorreta.
Não se usa pronome oblíquo átono após verbo no particípio. Além disso, a grafia correta é
“subscrito”. Questão incorreta.
61. (FCC / SEFAZ-GO / AUDITOR / 2018)
Julgue o item a seguir.
Conclui-se, após análise criteriosa do caso em questão, de que a colocação de embalagem
definitiva, que visa acondicionar o produto na forma sobre que ele será apresentado e adquirido
pelo consumidor final, caracteriza industrialização.
Comentários:
Conclui-se, após análise criteriosa do caso em questão, de que a colocação de embalagem
definitiva, que visa acondicionar o produto na forma sobre A QUAL ele será apresentado e
adquirido pelo consumidor final, caracteriza industrialização.
(Concluir não pede preposição “de”. Além disso, Bechara registra uma regra sobre os pronomes
relativos. Com o pronome “que”, usa-se preposição monossilábica. Se houver mais de uma
sílaba (como “sobre”), usa-se “o qual” ou alguma variante. Questão incorreta.
62. (FCC / TRT 6ª REGIÃO / ANALISTA JUDICIÁRIO / 2018)
Está clara e correta a redação deste livre comentário sobre o texto:
Tanto não necessitam de explicação, que as verdadeiras obras de arte podem-nos convencer
sem outra força além da que lhes cabem.
Comentários:
Tanto não necessitam de explicação, que as verdadeiras obras de arte podem-nos convencer
sem outra força além da que lhes CABE.
A força cabe às obras de arte (cabe A ELAS)
OBS: Vários gramáticos modernos abonam o pronome no meio da locução. Contudo,
rigorosamente, aconselha-se a usar o pronome antes do verbo auxiliar ou após o infinitivo.
Questão incorreta.
63. (FCC / TRT 6ª REGIÃO / TÉC. JUD. – ÁREA ADM. / 2018)
Está correto o uso do elemento sublinhado na seguinte frase:
(A) Nos diálogos forjados nas redes sociais, os usuários selecionam aqueles dos quais estão
dispostos a interagir.
(B) A maioria das pessoas hoje acessa as redes sociais em cuja influência revolucionou a forma de
compartilhar notícias.
(C) Deve-se reagir com cautela à recepção de conteúdos aos quais são disseminados nas mídias
digitais.
(D) As mídias sociais são acusadas de formar redutos no qual o usuário consome um conteúdo
que o agrade.
(E) A esfera pública, na qual os mais engajados prevalecem, parece tomada por uma intensa
polarização.
Comentários:
Está correto o uso de “na qual”, contração de preposição “em” + “a qual”, retomando “A esfera
pública”.
Então observe que a preposição que vem antes de um pronome relativo é exigida por um outro
termo. Se não houver nenhum termo pedindo preposição, não há motivo para haver preposição
antes do pronome relativo.
a) Incorreto. Não há nenhum termo que exija a preposição DE.
b) Incorreto. Não há nenhum termo que exija a preposição EM.
c) Incorreto. Não há nenhum termo que exija a preposição A.
d) Incorreto. A forma correta é “nos quais”, “em + os quais - os redutos”. Gabarito letra E.
64. (FCC / TRT 6ª REGIÃO / ANALISTA JUD. – ADM. / 2018)
... dos quais participam sociedades e indivíduos, apesar das diferentes tradições, crenças e
línguas que lhes são próprias. (1º parágrafo)
No contexto, o segmento sublinhado acima pode ser corretamente substituído por:
(A) apropriados a elas.
(B) peculiares a eles.
(C) às quais são peculiares a eles.
(D) as quais são apropriadas a elas.
(E) à que a eles são apropriadas.
Comentários:
As tradições, crenças e línguas são próprias dos “indivíduos e sociedades” . Então, “próprias”
aqui foi usada no sentido de “inerente, particular, peculiar”. Usando o “lhe” como complemento
nominal do adjetivo “peculiares”, teremos: lhes são peculiares, são peculiares “a eles”.
O “que” só poderia ser substituído por “as quais”, pois o pronome feminino plural retoma “As
tradições, crenças e línguas”. Não haveria crase, pois não há preposição antes do pronome
relativo. Gabarito letra B.
65. (FCC / SABESP / TÉCNICO EM GESTÃO / 2018)
O elemento sublinhado está empregado corretamente em:
(A) O público leitor, ávido por histórias da qual distrair-se, não perdoa sequer a reputação dos
artistas.
(B) Ao atribuir determinadas características aos escritores de que admiramos, na verdade
buscamos nos identificar a eles.
(C) O escritor, no fim das contas, acaba moldando-se aos ideais cujos leitores arbitrariamente lhe
inculcam.
(D) O mais das vezes fantasiosas, as histórias de que contam dos poetas costumam desviar de
suas obras a atenção necessária.
(E) Termina-se por constituir um anedotário sobre os escritores, com o qual se ilustram suas
principais características.
Comentários:
Façamos as devidas correções:
(A) O público leitor, ávido por histórias DAS QUAIS distrair-se, não perdoa sequer a reputação
dos artistas.
(B) Ao atribuir determinadas características aos escritores QUE admiramos, na verdade buscamos
nos identificar a eles.
(C) O escritor, no fim das contas, acaba moldando-se aos ideais QUE leitores arbitrariamente lhe
inculcam.
(D) O mais das vezes fantasiosas, as histórias QUE contam dos poetas costumam desviar de suas
obras a atenção necessária.
(E) Termina-se por constituir um anedotário sobre os escritores, com o qual se ilustram suas
principais características. (Correto. Ilustram as principais características COM UM ANEDOTÁRIO)
Gabarito letra E.
66. (FCC / TRE-SP / 2017)
No caso de uma discussão, é preciso que os contendores reconheçam essa discussão como uma
forma de diálogo, que não vejam nessa discussão uma oportunidade para suas vaidades, mas
que se aproveitem dessa discussão para pôr à prova a força de seus argumentos.
Evitam-se as viciosas repetições da frase acima substituindo-se os elementos sublinhados, na
ordem dada, por:
a) reconheçam-lhe − a vejam − lhe aproveitem
b) a reconheçam − a vejam como − dela se aproveitem
c) lhe reconheçam − lhe vejam como − aproveitem dela
d) reconheçam-na − vejam-na − aproveitem-lhe
e) reconheçam-lhe − vejam-lhe − se aproveitem dela
Comentários:
Para resolver rápido, observe que os dois primeiros verbos são transitivos diretos (“reconheçam”
e “vejam”). Já poderíamos riscar as alternativas que tragam o “-lhe” ligado esses verbos.
a) reconheçam-lhe − a vejam − lhe aproveitem
b) a reconheçam − a vejam como − dela se aproveitem
Ele não se dispõe à abandonar os jogos eletrônicos, mas volta e meia fica atento às histórias que
lhe narram.
Comentários:
Não há crase antes de verbo. A segunda crase está correta: atento a+as histórias. Questão
incorreta.
70. (FCC / TRT 14ª REGIÃO / Oficial de Justiça / 2016)
Está plenamente adequado o emprego de ambos os elementos sublinhados em:
A conexão da qual eles permanecem interligados permite-lhes conversarem todo o tempo à
muita distância.
Comentários:
Permanecem interligados “a”, não “da”. A expressão “a distância” só tem crase se for uma
distância determinada, como “à distância de 5 m”. Questão incorreta.
71. (FCC / TRT 14ª REGIÃO / Oficial de Justiça / 2016)
Está plenamente adequado o emprego de ambos os elementos sublinhados em:
Cabe à plateia de um contador de histórias participar ativamente da narração em cuja se acha
envolvida.
Comentários:
Em cuja o quê? Cuja une dois substantivos com relação de posse. Está faltando um deles.
Questão incorreta.
72. (FCC / MPE-PB / Técnico Ministerial / 2015)
Tinha filhos e pensava dar aos herdeiros uma criação melhor.
O povo, a princípio, não levava a sério o Santa Fé.
Viam aquele homem de fora...
Fazendo as devidas alterações, os segmentos sublinhados acima foram
corretamente substituídos por um pronome, na ordem dada, em:
a) dá-los - não levava-lhe a sério - Viam-o
b) dá-los - não levava-o a sério - Viam-lhe
c) lhes dar - não lhe levava a sério - Viam-o
d) dar-lhes - não o levava a sério - Viam-no
e) dar-lhes - não levava-lhe a sério - Viam-no
Comentários:
Dar pede objeto indireto, dar “a” alguém. O pronome –lhe substitui objeto indireto, então
riscamos letras a e b.
Os advérbios grifados no trecho acima podem ser substituídos corretamente, na ordem dada,
por:
a) Nos dias de hoje - Por fim - Desse modo
b) Consentaneamente - Afinal de contas - Desse modo
c) Nos dias de hoje - Ultimamente - Do mesmo modo
d) Consentaneamente - Por derradeiro - Destarte
e) Presentemente - Afinal de contas - De todo modo
Comentários:
Em primeiro lugar, “consentaneamente” significa “adequadamente”, “compativelmente”. Não
tem noção de tempo. Riscamos b e d.
b) Consentaneamente - Afinal de contas - Desse modo
d) Consentaneamente - Por derradeiro - Destarte
“ultimamente” não tem sentido de “enfim”, pois este último termo tem sentido de de “por fim,
finalmente”. Riscamos a letra c.
c) Nos dias de hoje - Ultimamente - Do mesmo modo
“de todo modo” significa “de qualquer maneira”, ao passo que “desse modo” se refere a UM
modo específico que já foi mencionado. Não podemos trocar um pelo outro. Assim, riscamos a
letra e. Na letra a, nosso gabarito, temos as equivalências adequadas: nos dias de
hoje=atualmente.
74. (FCC / TRT 15ª Região / Analista Judiciário / 2015)
Mas é possível retirar uma segunda conclusão...
... pode relembrar ao mundo algumas vergonhas...
... não têm final feliz.
Pulo do gato: Para resolver essa questão em segundos, bastava observar que todos os termos
são objetos diretos e riscar todas que tivessem “lhe”. Só restaria a letra D.
76. (FCC / TCM-GO / Auditor de Controle Externo / 2015)
Formam-se grupos de alunos nas escolas. O que determina esses grupos não é uma orientação
formal; o que constitui esses grupos, o que traça os
contornos desses grupos, são as afinidades individuais.
Evitam-se as viciosas repetições do texto acima substituindo-se os elementos
sublinhados, na ordem dada, por
a) determina-os - constitui-os - os traça contornos
b) lhes determina - lhes constitui - traça-lhes os contornos
c) os determina - constitui-lhes - os traça seus contornos
d) os determina - os constitui - lhes traça os contornos
e) determina-lhes - os constitui - traça a seus contornos
Comentários:
“esses grupos” é objeto direto de “determina” e de “constitui”: deve ser substituído por “os”.
Como há um pronome relativo “que”, palavra atrativa, esse pronome deve ficar antes do verbo.
Dessa forma, somente a d poderia ser a resposta. Nessa opção também temos o uso do “lhe”
com sentido de posse: “lhes traça os contornos”= “traça os contornos deles (desses grupos). O –
lhe também veio antes do verbo pela presença do “que”.
Para confirmar, a letra C traz “constitui-lhes” e “lhes” não pode ser objeto direto. Gabarito letra
D.
77. (FCC / TJ-AP / Técnico Judiciário / 2014)
Considere o seguinte enunciado:
A jornalista Eliane Brum aproximou-se das parteiras amapaenses e entrevistou as parteiras
amapaenses para apresentar as parteiras amapaenses ao restante do Brasil.
Para eliminar as repetições viciosas, as expressões destacadas devem ser
substituídas, de acordo com a norma- padrão da língua portuguesa,
respectivamente, por:
a) as entrevistou - lhes apresentar
b) entrevistou-nas - as apresentar
c) entrevistou-as - apresentá-las
d) entrevistou-lhes - apresentar-lhes
e) lhes entrevistou - apresentar-nas
Comentários:
Seja prático: “as parteiras” é objeto direto nas duas ocorrências. Temos que substituir por “as”.
Risque aquelas que trouxerem “lhe”.
Como não há palavra atrativa para atrair o pronome para antes do verbo, a resposta só pode ser
letra C.
Pulo do gato: Para resolver essa questão em segundos, sem nem pensar em colocação
pronominal, bastava observar que todos os termos são objetos diretos e riscar todas que
tivessem “lhe”. Só restaria a letra d.
79. (FCC / TRT 24ª REGIÃO / Analista Judiciário / 2014)
civilização até então desconhecida em nosso país. Utilizando a língua dos índios da região, ele
denominou o sítio de Miracanguera. A atenção do pesquisador foi atraída primeiramente por
uma vasilha de cerâmica, propriedade de um viajante. Este informante disse tê-la adquirido de
um mestiço, residente na Vila do Serpa (atual Itacoatiara), que dispunha de diversas peças, as
quais teria recolhido na Várzea de Matari. Barbosa Rodrigues suspeitou que poderia se tratar de
um sítio arqueológico de uma cultura totalmente diferente das já identificadas na Amazônia.
Em seu interior as vasilhas continham ossos calcinados, demonstrando que a maioria dos
mortos tinham sido incinerados. De fato, a maior parte dos despojos dos miracangueras era
composta de cinzas. Além das vasilhas mortuárias, o pesquisador encontrou diversas tigelas e
pratos utilitários, todos de formas elegantes e cobertos por uma fina camada de barro branco,
que os arqueólogos denominam de “engobe", tão perfeito que dava ao conjunto a aparência de
porcelana. Uma parte das vasilhas apresentava curiosas decorações e pinturas em preto e
vermelho. Outro detalhe que surpreendeu o pesquisador foi a variedade de formas existentes
nos sítios onde escavou, destacando-se certas vasilhas em forma de taças de pés altos, as quais
lembram congêneres da Grécia Clássica.
Havia peças mais elaboradas, certamente para pessoas de posição elevada dentro do grupo.
A cerâmica do sítio de Miracanguera recebia um banho de tabatinga (tipo de argila com material
orgânico) e eventualmente uma pintura com motivos geomé- tricos, além da decoração plástica
que destacava detalhes específicos, tais como seres humanos sentados e com as pernas
representadas.
João Barbosa Rodrigues faleceu em 1909. Em 1925, o famoso antropólogo Kurt Nimuendaju
tentou encontrar Miracanguera, mas a ilha já tinha sido tragada pelas águas do rio Amazonas.
Arqueólogos americanos também vasculharam áreas arqueológicas da Amazônia, inclusive no
Equador, Peru e Guiana Francesa, no final dos anos de 1940. Como não conseguiram achar
Miracanguera, “decidiram" que a descoberta do brasileiro tinha sido “apenas uma subtradição
de agricultores andinos".
Porém, nos anos de 1960, outro americano lançou nova interpretação para aquela cultura,
concluindo que o grupo indígena dos miracangueras não era originário da região, como já dizia
Barbosa Rodrigues. Trata-se de um mistério relativo a uma civilização perdida que talvez não seja
solucionado nas próximas décadas. Em pleno século 21, a cultura miracanguera continua
oficialmente “inexistente" para as autoridades culturais do Brasil e do mundo.
.. .que os arqueólogos denominam de “engobe”... (3º parágrafo)
.. .onde escavou, destacando-se certas vasilhas... (3º parágrafo)
... que dispunha de diversas peças... (2º parágrafo)
Os pronomes sublinhados nas frases acima referem-se, respectivamente, a:
a) tigelas e pratos utilitários - sítios - Vila do Serpa
b) fina camada de barro branco - formas - mestiço
c) formas elegantes - formas - Vila do Serpa
a) ...... iriam os artistas da época, senão ao Rio, atrás do sucesso artístico .... todos queriam
alcançar e se realizar.
b) Rodado na cidade do Rio de Janeiro, ...... se viviam algumas tensões políticas, o filme
provocou um grande debate, ...... calor muita gente mergulhou.
c) O filme Rio, 40 graus foi exibido no ano de 1955, ...... a atmosfera política
propiciaria um período de realizações ...... o maior responsável seria o novo
presidente da República.
d) Ao realizar Rio, zona norte, filme ...... Nelson Pereira dos Santos lançou em 1957, o cineasta
dava sequência a um filme anterior, ...... valor já fora reconhecido.
e) O Rio era uma cidade ...... muitos buscavam para viver melhor, a capital ......esplendor todos
os cariocas se orgulhavam.
Comentários:
Usamos o pronome relativo “onde” para retomar termos que indiquem lugar. Se o verbo pedir a
preposição “a”, devemos usar “aonde”. O “cujo” deve aparecer ligando dois substantivos, com
relação de posse.
a) Ir pede preposição “a”; teríamos que usar o relativo “aonde”. O “cujo” não está trazendo
relação de posse com outro substantivo, está sendo usado como se fosse sinônimo de “que”.
Incorreta.
b) O verbo viver pede preposição “em”. Viviam tensões políticas “onde” (no rio). O relativo
“cujo” tem um referente (calor) e esse referente tem relação de posse com outro substantivo
(debate). Muita gente mergulhou em “cujo”(em + o calor de um grande debate). Questão
correta.
c) Na segunda lacuna, não se poderia inserir “cujo”, pois depois do “cujo” não pode haver
artigo. Questão incorreta.
d) “onde” não pode retomar “filme”, pois não é lugar. Observe que “zona norte” é parte do
nome do filme, não é um lugar, no contexto. “Cujo” pode ocupar a segunda lacuna, pois há
relação de posse: o valor do filme. Incorreta.
e) O rio era uma cidade “que” muitos buscavam. Orgulhar pede a preposição “de”: a capital de
cujo esplendor todos os cariocas se orgulhavam. Incorreta. Gabarito letra b.
87. (FCC / TRT 16ª REGIÃO / Médico / 2014)
As lacunas da frase: Um prefácio ...... nossa inteira atenção esteja voltada certamente conterá
qualidades ...... força é impossível resistir. Preenchem-se adequadamente, na ordem dada, pelos
seguintes elementos:
a) para o qual – a cuja b) ao qual – de cuja a c) com o qual – por cuja
d) aonde – de que a e) por onde – as quais a
Comentários:
Comentários:
Embora seja comum esse valor ocorrer na fala, o pronome “que” não pode estabelecer relação
de posse. Para isso serve o “cujo”. Questão incorreta.
91. (FCC / TRT 3ª REGIÃO / ANALISTA / 2015)
É adequado o seguinte comentário:
"Os meninos por cujos destinos tanto lutamos andam já por conta própria" é frase com
inadequação no segmento destacado, que seria sanada com sua
substituição por "cujos os destinos".
Comentários:
Lutar pede a preposição “por”, não há como retirá-la. Questão incorreta.
92. (FCC / TCE-GO / Analista de Controle Externo / 2014)
O conceito de indústria cultural foi criado por Adorno e Horkheimer, dois dos principais
integrantes da Escola de Frankfurt. Em seu livro de 1947, Dialética do esclarecimento, eles
conceberam o conceito a fim de pensar a questão da cultura no capitalismo recente. Na época,
estavam impactados pela experiência no país cuja indústria cultural era a mais avançada, os
Estados Unidos, local onde os dois pensadores alemães refugiaram-se durante a Segunda
Guerra.
Segundo os autores, a cultura contemporânea estaria submetida ao poder do capital,
constituindo-se num sistema que englobaria o rádio, o cinema, as revistas e outros meios - como
a televisão, a novidade daquele momento -, que tenderia a conferir a todos os produtos culturais
um formato semelhante, padronizado, num mundo em que tudo se transformava em mercadoria
descartável, até mesmo a arte, que assim se desqualificaria como tal. Surgiria uma cultura de
massas que não precisaria mais se apresentar como arte, pois seria caracterizada como um
negócio de produção em série de mercadorias culturais de baixa qualidade. Não que a cultura
de massa fosse necessariamente igual para todos os estratos sociais; haveria tipos diferentes de
produtos de massa para cada nível socioeconômico, conforme indicações de pesquisas de
mercado. O controle sobre os consumidores seria mediado pela diversão, cuja repetição de
fórmulas faria dela um prolongamento do trabalho no capitalismo tardio.
Muito já se polemizou acerca dessa análise, que tenderia a estreitar demais o campo de
possibilidades de mudança em sociedades compostas por consumidores supostamente
resignados. O próprio Adorno chegou a matizá-la depois. Mas o conceito passou a ser muito
utilizado, até mesmo por quem diverge de sua formulação original. Poucos hoje discordariam de
que o mundo todo passa pelo "filtro da indústria cultural", no sentido de que se pode constatar
a existência de uma vasta produção de mercadorias culturais por setores especializados da
indústria.
Feita a constatação da amplitude alcançada pela indústria cultural contemporânea, são várias as
possibilidades de interpretá-la. Há estudos que enfatizam o caráter alienante das consciências
imposto pela lógica capitalista no âmbito da cultura, a difundir padrões culturais hegemônicos.
E) advérbio de intensidade, que modifica o sentido de "saber", e pode ser substituído por
"inclusive".
Comentários:
Questão autoexplicativa: “até” equivale a “inclusive” e refere-se a “saber”, portanto é um
advérbio de exclusão. Gabarito letra E.
94. (FCC / MPE-CE / Técnico Ministerial/2013)
Balõezinhos
Na feira-livre do arrabaldezinho
Um homem loquaz apregoa balõezinhos de cor:
- “O melhor divertimento para as crianças!"
Em redor dele há um ajuntamento de menininhos pobres,
Fitando com olhos muito redondos os grandes balõezinhos muito redondos.
Sente-se bem que para eles ali na feira os balõezinhos de cor são a única
[mercadoria útil e verdadeiramente indispensável.
Manuel Bandeira.
Os advérbios ou locuções adverbiais empregados no poema estão agrupados em:
A) muito – No entanto – verdadeiramente – círculo inamovível
B) melhor – No entanto – com acrimônia – verdadeiramente
C) melhor – Em redor – muito – círculo inamovível
D) Em redor – com acrimônia – não – verdadeiramente
E) feira-livre – burburinha – não – em torno
Comentários:
“Em redor” é locução adverbial de lugar; “com acrimônia” equivale a “com severidade”; não é
clássico advérbio de negação e “verdadeiramente” é advérbio de modo.
“No entanto” é um conectivo adversativo, equivalente a “porém”. “Melhor” é adjetivo. “Círculo
inamovível” é expressão nominal composta de substantivo+adjetivo. “Em torno” é expressão
adverbial de lugar. “Burburinha” é forma do verbo “burburinhar”, fazer burburinho, barulho.
Gabarito letra D.
95. (FCC / Prefeitura de Recife - PE / Assistente de Gestão Pública / 2019)
Julgue o item a seguir:
Na frase “É como se Ronaldinho Gaúcho usasse uma chuteira que acertasse o gol por si”, o
pronome sublinhado retoma “Ronaldinho Gaúcho”.
Comentários:
“que” é pronome relativo que retoma “chuteira”, pois é a chuteira que vai acertar o gol por si.
Questão incorreta.
96. (FCC / ALESE / Técnico Legislativo / 2018)
A alternativa em que os elementos destacados pertencem à mesma classe de palavras é:
A) muito aguado / de forma fingida.
B) tão apagado / alguém lento.
C) Eu vou de camelo / ou seja.
D) qualquer coisa / Famoso por fazer parte.
E) um manteiga-derretida / lá corre o seguinte “agá”.
Comentários:
“Um” é artigo indefinido; “o” é artigo definido, ambos modificam um substantivo e concordam
com ele em gênero e número, ambos pertencem à classe dos artigos.
Vejamos as demais:
A) muito (advérbio) aguado / de forma (substantivo) fingida.
B) tão (advérbio) apagado / alguém (pronome indefinido) lento.
C) Eu vou de (preposição) camelo / ou (conjunção) seja.
D) qualquer (pronome indefinido) coisa / Famoso por (preposição) fazer parte. Gabarito letra E.
97. (FCC / TRE-PR / Analista Judiciário / 2017)
Julgue o item a seguir:
O emprego da palavra politicamente exemplifica a ocorrência de advérbio com valor restritivo.
Ainda que, ao longo do século 20 − e mesmo no início do 21 − , o termo “república” tenha sido
utilizado na autodenominação de regimes políticos autoritários, de modo geral a ideia
contemporânea de república aproxima-se da de democracia, posto que está associada à
soberania popular, exercida por meio da participação em eleições regulares, livres, competitivas
e extensivas a todos os postos politicamente relevantes.
Comentários:
A banca usou uma linguagem excessivamente técnica, mas pergunta se “politicamente” possui
valor restritivo. Sim, “politicamente relevantes” é o mesmo que “relevantes” do ponto de vista
político, isto é, é relevante numa esfera restrita: a política; então, “politicamente” restringe sim o
adjetivo ‘relevante’, particularizando seu significado e reduzindo seu alcance a uma esfera
específica. Questão correta.
98. (FCC / SEFAZ-PI / Analista do Tesouro Estadual / 2015)
Na frase “As músicas ____ eu lhes ia dando informação foram ouvidas pelos alunos com uma
compenetração ____ sinceridade ninguém poderia duvidar”, preenchem adequadamente as
lacunas:
A) sobre cujas - cuja
B) de que - na qual
C) com que - onde a
D) sobre as quais - de cuja
E) pelas quais - da qual.
Comentários:
O sujeito dá informação SOBRE algo, sobre AS MÚSICAS, então a primeira lacuna será
preenchida: sobre as quais. Na segunda, ninguém pode duvidar da sinceridade DA
COMPENETRAÇÃO; então, pelo sentido de posse existente, há que se completar com o
pronome relativo “cuja”. Gabarito letra D.
verbo estaria concordando com “indivíduos”. Portanto, concordância do verbo pode indicar um
referente distinto, mas não significa que haja “erro de concordância”, mas sim concordância
correta dependendo do que o autor pretendia dizer. Questão incorreta.
102. (FCC / SEE-MG / Professor de Educação Básica / 2012) Adaptada
Poucos conseguiram um espaço no competitivo mercado. Pouquíssimos se tornaram ícones
da voz.
O emprego das formas grifadas acima indica uma gradação de sentido, resultante da flexão do
adjetivo.
Comentários:
“Poucos” é um pronome indefinido, não um adjetivo. Questão incorreta.
103. (FCC / SEGEP-MA / Técnico da Receita Estadual/2016)
Não raro, o homem moderno considera construções antigas como bens ultrapassados, ___
deveriam ceder lugar a edificações mais arrojadas.
Preenche corretamente a lacuna da frase o que se encontra em:
A) dos quais B) nos quais C) onde D) os quais E) aonde.
Comentários:
“Onde” e “aonde” devem ser eliminados de plano, pois não há referência a lugar. “Dos quais” e
“nos quais” também devem ser eliminados, pois nenhum termo pede preposição “de” ou “em”.
Gabarito letra D.
104. (FCC / SEFAZ-SP / Agente Fiscal de Tributos Estaduais / 2006)
Julgue o item a seguir:
Nem uma nem outra nasceram do acaso, mas são antes produtos de uma disciplina consciente.
Já Platão a comparou ao adestramento de cães de raça. A princípio, esse adestramento limitava-
se a uma reduzida classe social, a nobreza.
O advérbio Já introduz a ideia de que mesmo Platão percebera a similaridade que o autor
comenta, baseado na comparação feita pelo filósofo entre “cães de raça” e “nobreza”.
Comentários:
Este “já” tem sentido de “por outro lado”, sentido de oposição. Pela definição rigorosa da
gramática, “já” não poderia nem ser advérbio, pois modifica “Platão”, substantivo. Advérbio
modifica apenas substantivo, adjetivo e advérbio; não pode modificar substantivo. Questão
incorreta.
105. (FCC / TRT - 24ª REGIÃO (MS) / Técnico Judiciário / 2006)
A forma correta de plural dos substantivos compostos mico-leão-dourado e ararinha-azul é
A) micos-leão-dourados e ararinhas-azul.
B) micos-leão-dourado e ararinha-azuis.
C) mico-leões-dourados e ararinha-azuis.
D) mico-leão-dourados e ararinhas-azul.
E) micos-leões-dourados e ararinhas-azuis.
Comentários:
Mico e Leão são substantivos, então devem varia no plural da palavra composta; “Dourado” é
adjetivo, então deve variar também. Logo, o plural será “micos-lões-dourados”. Pela mesma
razão, “arara (substantivo) + azul (adjetivo)” vira “araras-azuis”. Gabarito letra E.
106. (FCC /MRE/ Oficial de Chancelaria / 2009)
O nome do filósofo, que acabou com sua própria vida durante a fuga ante os esbirros de Hitler.
Julgue o item a seguir:
A preposição ante tem mesmo valor do segmento grifado em "antiamericano".
Comentários:
“Ante” é preposição e significa: diante, face a... Em “antiamericano”, “anti” é um prefixo que
indica negação. Questão incorreta.
107. (FCC / TRT – 20ª Região / Técnico Judiciário / 2002)
Assinale a frase em que o plural do substantivo composto está INCORRETO:
a) Os brasileiros não são cucas-frescas, como se pensa.
b) Esses são pontos-chave para evitar o nervosismo.
c) São coletes salvam-vidas contra os fatores de stress.
d) Os chefes são geralmente todo-poderosos no serviço.
e) As causas de sofrimento não são simples lugares-comuns.
Comentários:
Em “Salva-vidas”, “salva” não vai ao plural, pois é verbo e os vebos não variam no plural dos
compostos. Gabarito letra C.
108. (FCC / TRT – 5ª Região / Auxiliar Judiciário / 2003)
Na época em que alguns trabalhadores recebiam suas ____ não existiam os ____
a) meia-tigelas – vale-refeições;
b) meia-tigelas – valem-refeição;
c) meias-tigelas – vales-refeições;
d) meias-tigelas – valem-refeições;
e) meias-tigela – vales-refeição.
Comentários:
O plural será “meias-tijelas”, pois, nesse caso, “meia” é numeral e varia; “tijela” é substantivo e
também varia no plural da composição. O plural de “vale-refeição” é “vales-refeições”, pois
ambos são substantivos e variam na composição. Seria correta também a flexão como “vales-
refeição”, que é a preferência da gramática. Gabarito letra C.
109. (FCC / TRT – MS / Auxiliar Judiciário / 2006)
O município de Bonito é exemplo de preservação de suas belezas naturais, com ____ de visão
magnífica, verdadeiros ____.
a) quedas d’água – cartões-postal;
b) quedas d’água – cartões-postais;
c) queda d’águas – cartões-postais;
d) quedas d’água – cartão-postais;
e) queda d’águas – cartão-postais.
Comentários:
O plural é “quedas d’água”, pois temos palavra composta com elemento de ligação, então
apenas a primeira parte vai ao plural. Em “cartão-postal”, temos substantivo e adjetivo, duas
classes variáveis, logo ambas vão ao plural. Gabarito letra B.
110. (FCC / TRF – 2ª Região / Analista Judiciário / 2007)
Em “século XIX”, de acordo com a norma padrão, deve ser escrito por extenso por meio do
numeral cardinal – “dezenove” –, assim como deve ocorrer com “século VIII”.
Comentários:
Devemos usar os numerais ordinais até décimo; a partir do 11, devem-se empregar os cardinais.
Questão incorreta.
111. (FCC / MRE / Oficial de Chancelaria / 2009) Adaptada
O sujeito, a quem pessoalmente cabiam todas as experiências fundantes que a filosofia oficial
contemporânea apenas discute de modo formal, parecia ao mesmo tempo não ter nenhuma
participação nelas, mesmo porque a sua maneira, sobretudo a arte da formulação instantânea −
definitiva −, também se despojou do que, no sentido tradicional − é espontâneo e esfuziante
(…).
Julgue o item a seguir:
O advérbio mesmo, em mesmo porque, introduz retificação acerca do afirmado anteriormente.
Comentários:
Esse “mesmo” não tem valor de retificação, tem valor de inclusão: até porque... Questão
incorreta.
RESUMO
Substantivos
Classe variável que dá nome aos seres. É o núcleo das funções nominais, pois recebe os
modificadores (determinantes), que devem concordar com ele:
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Adjetivos
Classe variável que se refere ao substantivo, por isso, tem função sintática de adjunto adnominal.
Podem também ser predicativo.
Adjetivo com Valor objetivo (relacional) x Adjetivo com Valor subjetivo (opinativo)
Valor objetivo, relacional: característica inerente, fato. Não pode ser retirado, graduado ou vir
anteposto ao substantivo: Turista japonês; Sistema eletrônico; Justiça Civil.
Valor subjetivo, opinativo: juízo de valor, interpretativo. Pode ser graduado, retirado e
deslocado: Turista velho; Sistema corrupto; Justiça lenta.
Locução adjetiva: expressão que equivale a um adjetivo.
Ex: A coluna tinha forma de ogiva x A coluna tinha forma ogival.
Ex: Comi chocolates da Suíça x Comi chocolates suíços.
Ex: Tenho hábitos de velho x Tenho hábitos senis
Subst + Adjetivo: efeito da mudança de ordem
1) Não muda nem a classe nem o sentido:
Ex: Cão bom x Bom cão
Subst Adj Adj Subst
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Aula 01
Normal Alto
Artigo
O artigo definido mostra que o substantivo é familiar, já conhecido ou mencionado:
Ex: Na porta havia um policial parado. Assim que me viu, o policial sacou sua arma.
Por essa razão, a ausência do artigo deixa o enunciado indefinido, mais genérico:
Não dou ouvidos ao político (com artigo definido: político específico, definido)
Não dou ouvidos a político (sem artigo definido: qualquer político, políticos em geral)
Por esse motivo, quando o substantivo é utilizado com sentido genérico, não recebe artigo e
não há crase.
A presença de um artigo antes de uma palavra indica que é um substantivo.
O artigo também é usado para universalizar uma espécie, no sentido de “todo”: “o (todo)
homem é criativo”; “o (todo) brasileiro é passivo”; “a (toda) mulher sofre com o machismo”.
Também pode ser usado como recurso de adjetivação, por meio de um realce na entoação de
um termo que não é tônico:
Ex: Esse não é um médico, esse é o médico.
Pode ocorrer aglutinado com preposições ( em e de): “no”, “na”, “dos”, “das”...
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Advérbios
Classe invariável que pode modificar verbo, adjetivo e outro advérbio. Normalmente indicam a
circunstância dos verbos.
•demais: intensidade
o •sempre: frequência
•hoje e ontem: tempo
corrupto • a tinta: locução
roubou adverbial de
intrumento
•provavelmente:
dúvida
o •decerto: certeza
•pelo partido: locução
corrupto adverbial de motivo
cairá •a chicotadas: locução
adv. de instrumento
Palavras denotativas: muitas vezes são tratadas como advérbio. A retirada das “expletivas” ou
de “realce” não causa prejuízo sintático.
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Preposições
“Essenciais” as preposições puras, que só funcionam como preposição: a, com, de, em, para,
por, desde, contra, sob, sobre, ante, sem... Gosto de ler/Confio em você/Refiro-me a pessoas
específicas.
“Acidentais” aquelas palavras que, na verdade, pertencem a outra classe , mas que,
“acidentalmente”, fazem papel de preposição. Tenho que estudar (de)/ Jogo como goleiro (de).
Valor semântico das preposições: a dica é verificar o sentido do termo que vem depois da
preposição.
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Pronomes Pessoais
Retos (eu, tu, ele, nós, vós, eles)>substituem sujeito: João é magro>Ele é magro.
Oblíquos (me, te, se, lhe, o, a, nos, vos) substituem complementos:
o, a, os, as substituem somente objetos diretos. Já o pronome –lhe (s) tem função somente de
objeto indireto.
me, te, se, nos, vos podem ser objetos diretos ou indiretos, a depender da regência do verbo.
Ex: Já lhe disse tudo. (disse a ele)
Ex: Informei-o de tudo. (informei a pessoa de tudo)
Ex: Você me agradou, mas não me convenceu. (agradou a mim)
Regras para a união de pronomes oblíquos
Como substituem substantivos, os pronomes oblíquos poderão ser usados como complementos.
Ao unir o pronome ao verbo por hífen, há alterações na grafia:
Quando os verbos são terminados em R, S, Z + o, os, a, as, teremos: lo, los, la, las.
✓ Não pude dissuadir a menina. (dissuadir + a > dissuadi-la)
✓ Felicitamos as aprovadas. (felicitamos + as > Felicitamo-las)
✓ Fiz isso porque quis fazer isso. (fiz + o > Fi-lo porque o quis.)
✓ Vamos pôr o menino de castigo. (pôr + o> pô-lo de castigo)
Quando os verbos são terminados em som nasal, como m, ão, aos, õe, ões + o, os, a, as,
teremos simples acréscimo de no, nos, na, nas.
Ex: Viram a barata e mataram-na/A mesa é cara, mas compraram-na na promoção.
Um adendo: após verbos na primeira pessoa do plural (nós: amamos, bebemos, cantamos),
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O que não for proibido será aceito, simples assim. Veja abaixo construções inadequadas e
adequadas:
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Aula 01
Me dá um cigarro?
Darei-te um presente.
✓ Dá-me um cigarro.
✓ Dar-te-ei um presente.
Ex: Eu não estou-lhe emprestando dinheiro. (Errado porque o pronome, com hífen, estaria
em ênclise com palavra atrativa obrigando próclise)
Pronomes indefinidos
Indicam quantidade, de maneira vaga: ninguém, nenhum, alguém, algum, algo, todo, outro,
tanto, quanto, muito, certo, vários, qualquer, tudo, qual, outrem, nada, mais, que, quem, um .
Ex: Recebi mais propostas e tantos elogios.
Ex: Muita gente não chegou a tempo de fazer a prova.
Ex: O professor tem pouco dinheiro.
Ex: Vamos tentar mais dieta, menos doces.
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As palavras certo e bastante são pronomes indefinidos quando vêm antes do substantivo e serão
adjetivos quando vierem depois do substantivo .
Quero certo (determinado) modelo de carro x Quero o modelo certo de carro (adequado).
Tenho bastante (muito) dinheiro X Tenho dinheiro bastante (suficiente)
Pronome possessivos
São eles: meu(s), minha(s), nosso(s), nossa(s), teu(s), tua(s), vosso(s), vossa(s), seu(s), sua(s). (Obs:
Dele(a)(s) não são pronomes possessivos)
✓Delimitam o substantivo.
✓Concordam com o substantivo que vem depois dele e não concordam com o referente.
✓O pronome possessivo vem junto ao substantivo, é acessório, tem função de adjunto
adnominal.
Valor possessivo do pronome oblíquo (me, te, se, lhe, o, a, nos, vos) : Apertou-lhe a mão (sua
mão); beijou-me a testa (minha testa); penteou-lhes os cabelos (cabelos dela).
Pronomes demonstrativos
Pronomes demonstrativos apontam, demonstram a posição dos elementos a que se referem no
tempo, no espaço e no texto. Ex: Este, Esse, Isto, Aquilo, O (e flexões)
Tempo:
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Aula 01
✓aquele(s), aquela(s), aquilo: apontam para o antecedente mais distante, enquanto este
aponta para o mais próximo:
Ex: João e Maria são concursados, esta do Bacen, aquele do TCU.
Referência Anafórica e Catafórica do Pronome.
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Quando um pronome retoma algo que já foi mencionado, dizemos que tem função anafórica.
Quando anuncia ou se refere a algo que ainda está para ser dito, tem função catafórica.
Ex: Não gosto de estudar. Apesar disso, estudei muito.
Pronomes relativos
Que, O(a) qual(s), cuja, onde, aonde, quem.
O pronome “quem” sempre se refere a pessoa ou ente personificado e sempre é precedido por
preposição.
Ex: Essa é a pessoa a quem me referi.
Ex: Essa é a pessoa de quem falei.
O pronome “cujo” tem como principais características:
✓ Tem função de adjunto adnominal em 99% dos casos, porque indica posse.
Porém, pode ser complemento nominal, em estruturas em que se refira a substantivo abstrato:
Eu foco no PDF cuja leitura é fundamental . (a leitura do PDF). O termo sublinhado se refere a
leitura, que é substantivo abstrato derivado de ação. O livro é lido. Sentido passivo. Nesse raro
caso, o cujo tem função de Complemento Nominal!
Regra: o pronome relativo “onde” só pode ser usado quando o antecedente indicar lugar físico,
com sentido de “posicionamento em”. Então é utilizado com verbos que pedem “em”.
Ex: A academia onde treino não tem aulas de MMA.
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Veja que é errado usar o onde para outra referência que não seja lugar físico.
Em muitos casos, contudo, aparece com sentido de “lugar” figurado.
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LISTA DE QUESTÕES
1. (FCC / TRF - 2ª REGIÃO / Analista Judiciário / 2012)
Flexiona-se de maneira idêntica a lugares-comuns a palavra
A) ave-maria B) amor-perfeito. C) salário-maternidade. D) alto-falante. E) bate-boca.
Comentários:
Em “lugares-comuns”, temos substantivo+adjetivos, sendo, portanto, ambos flexionados no
plural. O mesmo ocorre em “amor (substantivo) + perfeito (adjetivo)”. Os demais plurais seriam:
ave-marias (ave é interjeição — ave César— e não varia) ; salários-maternidade (o segundo
substantivo especifica o primeiro por relação de tipo/semelhança/finalidade); alto-falantes (alto é
advérbio – falar alto); bate-bocas (bate é verbo, não se flexiona). Gabarito letra B.
2. (FCC / TRE - AP / Técnico Judiciário / 2011)
A palavra destacada que está empregada corretamente é:
a) Diante de tantos abaixos-assinados, teve de acatar a solicitação.
b) Considerando os incontestáveis contra-argumento, reconheceu a falha do projeto.
c) Ele é um dos mais antigos tabeliões deste cartório.
d) Os guardas-costas do artista foram agressivos com os jornalistas.
e) Os funcionários da manutenção já instalaram os corrimãos.
3. (FCC / Prefeitura de Macapá - AP / Professor / 2018)
Julgue o item a seguir
Organiza-se o sentido, nos versos 1 e 3, por meio de sequências verbais, das quais se destaca o
uso recorrente do substantivo seco devidamente flexionado.
Terra seca árvore seca
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E a bomba de gasolina
Casa seca paiol seco
E a bomba de gasolina
4. (FCC / HEMOBRÁS / Assistente Administrativo / 2013)
No Brasil, milhões de crianças abandonam as escolas para trabalhar nas ruas, muitas vezes
obrigadas pela própria família ou coagidas por exploradores. Nas ruas, elas estão desprotegidas
e expostas aos maiores perigos, como drogas, violência, exploração sexual e morte.
No texto, o adjetivo “expostas” concorda em gênero e número com o substantivo a que se
refere. Esta palavra qualificada é:
A) vezes. B) drogas. C) crianças. D) escolas. E) ruas.
5. (FCC / TRF – 2ª Região / Analista Judiciário / 2007) Adaptada
Julgue o item a seguir:
Em “Durante boa parte do século XIX”, o adjetivo exprime juízo de valor atribuído aos anos em
que ocorreram os fatos mais significativos para a história do pensamento.
6. (FCC / AL-PB / Assessor Técnico Legislativo / 2013)
O elemento flexionado de modo a indicar uma qualidade em um grau muito elevado está
destacado em:
A) ... o seu assunto e o seu estilo correspondem-se plenamente.
B) ... com a memória vivíssima de todas as tristezas de sua gente…
C) ... com as suas inúmeras tragédias...
D) ... e uns raros raios de graça e humor.
E) ... conta-se a decadência do patriarcalismo....
7. (FCC / SABESP / Motorista / 2014)
O rio mais poluído do país se recupera e termina tão limpo quanto começou.
A forma como se apresentam os adjetivos grifados acima transmite noção, na ordem, de
A) superioridade e superioridade.
B) inferioridade e igualdade.
C) igualdade e inferioridade.
D) igualdade e igualdade.
E) superioridade e igualdade.
8. (FCC / TST / Analista Judiciário / 2017)
Julgue o item a seguir:
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(E) os sistemas institucionais que previnem por as instituições estruturadas que premunem.
32. (FCC / SEPLAG RECIFE / ASS. DE GESTÃO PÚBLICA / 2019)
Levando em conta apenas os fragmentos dados, a alternativa em que os trechos estão
corretamente reescritos, com a expressão sublinhada substituída pelo pronome é:
(A) conseguiu erradicar males... / conseguiu erradicar-nos.
(B) evitar a marcha rumo à barbárie. / evitar-lhe.
(C) apagou da memória as imagens... /apagou-lhes da memória.
(D) apunhalam o individual e o coletivo. / apunhalam-nos.
(E) enfrentaram selvas, secas, tempestades. / enfrentaram-lhes.
33. (FCC / ALESE / TÉCNICO / 2018)
Embora controverso, na maioria dos festivais de cinema, é conferido o prêmio do público.
Enquanto alguns enaltecem o prêmio do público, há aqueles que consideram o prêmio do
público pouco representativo da qualidade de um filme; outros, ainda, interpretam o prêmio do
público como mera estratégia mercadológica.
Os elementos sublinhados acima podem ser substituídos, respectivamente, por:
a) lhe enaltecem − consideram-no − o interpretam
b) enaltecem-no − o consideram − interpretam-no
c) enaltecem-no − lhe consideram − lhe interpretam
d) o enaltecem − consideram-lhe − interpretam-lhe
e) enaltecem-lhe − consideram-no − interpretam-lhe
34. (FCC / SEFAZ-GO / AUDITOR / 2018)
O pronome que substitui corretamente o complemento verbal destacado no seguimento,
conforme a norma-padrão da língua portuguesa, está expresso em:
(A) presumindo, portanto, uma pacata contemplação (4º parágrafo) - a
(B) a música era entendida como algo que suscita paixões (4º parágrafo) - lhes
(C) Zeus teria designado uma medida apropriada e um justo limite para cada ser (1º parágrafo) -
os
(D) Impõe um limite ao “bocejante Caos”. (1º parágrafo) – o
(E) ela exprime a possibilidade [...] da irrupção do caos na beleza da harmonia (2º parágrafo) - lhe
35. (FCC / ALAP / ANALISTA LEGISLATIVO / 2020)
É inegável que o século XX deixou-nos um legado de impasses, a gravidade desses impasses se
faz sentir até hoje, uma vez que não solucionamos esses impasses nem mesmo amenizamos as
consequências desses impasses.
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A palavra até, que usualmente sinaliza o ápice de uma ação, tem esse sentido prejudicado em
virtude de vir associada à ideia expressa por débil.
43. (FCC / ENGENHEIRO / METRO / 2016)
Mesmo vivendo na avançada Inglaterra, foi condenado à castração química, em 1952.
Na frase acima, a conjunção grifada apresenta sentido
a) consecutivo. b) condicional. c) concessivo. d) temporal. e) causal.
44. (FCC / SEGEP-MA / Analista Ambiental / 2016)
− O senhor deve conhecer muito a Geografia... A frase em que o vocábulo “muito” está
empregado com o mesmo sentido e a mesma função que os verificados na construção acima é:
A) Houve, durante a divulgação dos vencedores da prova de atletismo, muito alvoroço.
B) Com muito cansaço, o maratonista reduziu o ritmo nos momentos finais da corrida.
C) Segundo os repórteres, deram os gritos da torcida muito incentivo aos atletas nacionais.
D) As nadadoras encantaram muito o público com a precisão de seus movimentos.
E) A ginasta deixou de fazer na prova final muito daquilo que havia praticado nos treinos.
45. (FCC / SEPLAG RECIFE / ANA. DE GESTÃO CONTÁBIL / 2019)
A correção do segmento dado é preservada caso se substitua o elemento sublinhado pelo que
está entre parênteses no seguinte caso:
Jamais lhes ocorreu a ideia de tirar outro proveito daquele artefato (se apresentou a eles).
46. (FCC / Prefeitura de Recife - PE / Assistente de Gestão Pública / 2019)
Considerando a função que exercem no contexto, pode-se afirmar que pertencem à mesma
classe de palavras ambos os vocábulos sublinhados em:
A) Mais da metade dos seres humanos hoje vivem em cidades, e esse número deve aumentar
para 70% até 2050.
B) Em termos econômicos, os resultados da urbanização foram notáveis.
C) Padrões insustentáveis de consumo. degradação ambiental e desigualdade persistente são
alguns dos problemas das cidades modernas.
D) Preferem discorrer sobre como as cidades vão se adaptar à era da digitalização....
E) Além disso. a tecnologia vai permitir uma melhora na governança.
47. (FCC / BANRISUL / ESCRITURÁRIO / 2019)
Está correto o emprego do elemento sublinhado na frase:
(A) A área aonde se instalaram os primeiros imigrantes correspondia à das antigas Missões.
(B) O apoio que confiavam os imigrantes era a eles prometido pelo governo do estado.
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(C) A vinda de imigrantes, em que o estímulo foi responsável o governo, passou a ocorrer em
1740.
(D) Nunca se praticara o artesanato na escala em que se deu com os imigrantes alemães.
(E) Os imigrantes influenciaram no mercado interno, cujo o crescimento foram decisivos.
48. (FCC / TCE-CE / Técnico / 2015)
Empregam-se corretamente as expressões destacadas em:
a) O crime racial constitui uma maneira de penalizar aqueles de que se deixam levar por atitudes
que rejeitam um outro a quem se é diferente.
b) As ações movidas por preconceito, aonde se observa um juízo prévio de um indivíduo de
que não se conhece muito bem, devem ser repreendidas.
c) A propagação de preconceitos, fenômeno pelo qual todos podemos ser responsáveis, deve
ser abrandada por penalizações rigorosas, às quais os infratores estejam sujeitos.
d) O preconceito é uma maneira com que os grupos sociais encontraram para excluir aqueles
que são considerados estranhos e de quem não se confia.
e) As leis são um meio ao qual o preconceito pode ser contido, mas não extinto, pois ele estará
presente mesmo nas culturas às quais o punem com rigor.
49. (FCC / TRT 14ª REGIÃO / Oficial de Justiça / 2016)
Está plenamente adequado o emprego de ambos os elementos sublinhados em:
Mesmo àqueles meninos estudiosos não falta tempo para os joguinhos eletrônicos com cujos se
entretêm.
50. (FCC / SEFAZ-PE / Auditor Fiscal do Tesouro / 2014)
A substituição do elemento grifado pelo pronome correspondente foi realizada de modo
INCORRETO em:
a) pôs em evidência o fator comum = pô-lo em evidência
b) eliminou imediatamente a variante = eliminou-na imediatamente
c) arremedar a marcha desgovernada de um tabético = arremedá-la
d) trocou por outras as botinas escarrapachadas = trocou-as por outras
e) ela destruía a unidade física do tipo = ela a destruía
51. (FCC / SEPLAG RECIFE / ANALISTA DE GESTÃO ADM. / 2019)
Está clara e correta a redação deste livre comentário sobre o texto
O poeta Mário Quintana não demonstra admiração pelo excesso de fidedignidade com que
alguns pintores desejam retratar as coisas.
52. (FCC / SEPLAG RECIFE / ASS. DE GESTÃO PÚBLICA / 2019)
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Os advérbios grifados no trecho acima podem ser substituídos corretamente, na ordem dada,
por:
a) Nos dias de hoje - Por fim - Desse modo
b) Consentaneamente - Afinal de contas - Desse modo
c) Nos dias de hoje - Ultimamente - Do mesmo modo
d) Consentaneamente - Por derradeiro - Destarte
e) Presentemente - Afinal de contas - De todo modo
74. (FCC / TRT 15ª Região / Analista Judiciário / 2015)
Mas é possível retirar uma segunda conclusão...
... pode relembrar ao mundo algumas vergonhas...
... não têm final feliz.
Os segmentos sublinhados acima são corretamente substituídos por pronomes em:
a) retirá-la - relembrar-lhe - o têm
b) retirá-la - relembrá-las - têm-no
c) retirar-lhe - lhe relembrar - têm-no
d) a retirar - relembrá-lo - o têm
e) lhe retirar - o relembrar - o têm
75. (FCC / MANAUSPREV / Analista Previdenciário / 2015)
Considere:
recuperar esse valor intrínseco
mostram numerosas oportunidades
compreender seus mecanismos
Fazendo-se as alterações necessárias, os segmentos sublinhados acima foram
corretamente substituídos por um pronome, na ordem dada, em:
a) o recuperar -mostram-lhes -os compreender
b) lhe recuperar -as mostram -compreendê-los
c) recuperar-lhe -mostram-nas -compreender-lhes
d) recuperá-lo -mostram-nas -compreendê-los
e) recuperá-lo -lhes mostram -lhes compreender
76. (FCC / TCM-GO / Auditor de Controle Externo / 2015)
Formam-se grupos de alunos nas escolas. O que determina esses grupos não é uma orientação
formal; o que constitui esses grupos, o que traça os
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pratos utilitários, todos de formas elegantes e cobertos por uma fina camada de barro branco,
que os arqueólogos denominam de “engobe", tão perfeito que dava ao conjunto a aparência de
porcelana. Uma parte das vasilhas apresentava curiosas decorações e pinturas em preto e
vermelho. Outro detalhe que surpreendeu o pesquisador foi a variedade de formas existentes
nos sítios onde escavou, destacando-se certas vasilhas em forma de taças de pés altos, as quais
lembram congêneres da Grécia Clássica.
Havia peças mais elaboradas, certamente para pessoas de posição elevada dentro do grupo.
A cerâmica do sítio de Miracanguera recebia um banho de tabatinga (tipo de argila com material
orgânico) e eventualmente uma pintura com motivos geomé- tricos, além da decoração plástica
que destacava detalhes específicos, tais como seres humanos sentados e com as pernas
representadas.
João Barbosa Rodrigues faleceu em 1909. Em 1925, o famoso antropólogo Kurt Nimuendaju
tentou encontrar Miracanguera, mas a ilha já tinha sido tragada pelas águas do rio Amazonas.
Arqueólogos americanos também vasculharam áreas arqueológicas da Amazônia, inclusive no
Equador, Peru e Guiana Francesa, no final dos anos de 1940. Como não conseguiram achar
Miracanguera, “decidiram" que a descoberta do brasileiro tinha sido “apenas uma subtradição
de agricultores andinos".
Porém, nos anos de 1960, outro americano lançou nova interpretação para aquela cultura,
concluindo que o grupo indígena dos miracangueras não era originário da região, como já dizia
Barbosa Rodrigues. Trata-se de um mistério relativo a uma civilização perdida que talvez não seja
solucionado nas próximas décadas. Em pleno século 21, a cultura miracanguera continua
oficialmente “inexistente" para as autoridades culturais do Brasil e do mundo.
.. .que os arqueólogos denominam de “engobe”... (3º parágrafo)
.. .onde escavou, destacando-se certas vasilhas... (3º parágrafo)
... que dispunha de diversas peças... (2º parágrafo)
Os pronomes sublinhados nas frases acima referem-se, respectivamente, a:
a) tigelas e pratos utilitários - sítios - Vila do Serpa
b) fina camada de barro branco - formas - mestiço
c) formas elegantes - formas - Vila do Serpa
d) fina camada de barro branco - sítios - mestiço
e) tigelas e pratos utilitários - sítios – mestiço
85. (FCC / MANAUSPREV / Téc. Previdenciário / 2015)
O elemento em destaque está empregado corretamente em:
a) A árvore é símbolo recorrente com que fazemos uso para falar de meio ambiente.
b) A natureza, por cuja preservação lutamos, nega-se, no entanto, a ser domesticada.
c) Natureza e arte não são elementos estanques, esta faz a que melhor compreendamos aquela.
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d) Cada vez mais o mundo tecnológico nos afasta da natureza em que fazemos parte.
e) As obras de arte de que se tenta retratar a natureza, emprestam-lhe voz humana.
86. (FCC / TRT-RJ / Analista Judiciário / 2014)
As expressões onde e em cujo preenchem corretamente, na ordem dada, as lacunas da seguinte
frase:
a) ...... iriam os artistas da época, senão ao Rio, atrás do sucesso artístico .... todos queriam
alcançar e se realizar.
b) Rodado na cidade do Rio de Janeiro, ...... se viviam algumas tensões políticas, o filme
provocou um grande debate, ...... calor muita gente mergulhou.
c) O filme Rio, 40 graus foi exibido no ano de 1955, ...... a atmosfera política
propiciaria um período de realizações ...... o maior responsável seria o novo
presidente da República.
d) Ao realizar Rio, zona norte, filme ...... Nelson Pereira dos Santos lançou em 1957, o cineasta
dava sequência a um filme anterior, ...... valor já fora reconhecido.
e) O Rio era uma cidade ...... muitos buscavam para viver melhor, a capital ......esplendor todos
os cariocas se orgulhavam.
87. (FCC / TRT 16ª REGIÃO / Médico / 2014)
As lacunas da frase: Um prefácio ...... nossa inteira atenção esteja voltada certamente conterá
qualidades ...... força é impossível resistir. Preenchem-se adequadamente, na ordem dada, pelos
seguintes elementos:
a) para o qual – a cuja b) ao qual – de cuja a c) com o qual – por cuja
d) aonde – de que a e) por onde – as quais a
88. (FCC / TRT 2ª REGIÃO / Analista Judiciário / 2014)
A construção da frase: eu pressuponho esse futuro com o qual nada me autoriza a contar.
permanecerá correta caso se substitua o elemento sublinhado por
a) perante o qual não sei avaliar.
b) em cujo nada posso desconfiar.
c) de cujo pouco posso prever.
d) por quem nada posso antecipar.
e) do qual nada me é dado esperar.
89. (FCC / TRT 3ª REGIÃO / OFICIAL DE JUSTIÇA / 2015)
Enquanto o retorno dos combatentes brasileiros vindos da Itália era saudado delirantemente,
matutinos e vespertinos − mais calejados do que a mídia atual − nos alertavam que a guerra
continuava feroz não apenas no Extremo Oriente, mas também na antiquíssima Grécia, onde
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que o mundo todo passa pelo "filtro da indústria cultural", no sentido de que se pode constatar
a existência de uma vasta produção de mercadorias culturais por setores especializados da
indústria.
Feita a constatação da amplitude alcançada pela indústria cultural contemporânea, são várias as
possibilidades de interpretá-la. Há estudos que enfatizam o caráter alienante das consciências
imposto pela lógica capitalista no âmbito da cultura, a difundir padrões culturais hegemônicos.
Outros frisam o aspecto da recepção do espectador, que poderia interpretar criativamente - e
não de modo resignado - as mensagens que lhe seriam passadas, ademais, de modo não
unívoco, mas com multiplicidades possíveis de sentido.
O próprio Adorno chegou a matizá-la depois. (3º parágrafo)
... são várias as possibilidades de interpretá-la. (4º paragrafo)
... as mensagens que lhe seriam passadas... (4º parágrafo)
Os pronomes destacados acima referem-se, no contexto, respectivamente, a
a) análise - indústria cultural contemporânea - espectador
b) mudança - constatação - recepção
c) análise - constatação - aspecto
d) mudança - formulação original - espectador
e) diversão - indústria cultural contemporânea – recepção
93. (FCC / DPE-RR / Técnico em Contabilidade / 2015)
.. sei até onde está o velho caderno com o velho poema. (trecho)
Quanto ao termo sublinhado no segmento acima, é correto afirmar que se trata de
A) advérbio de lugar, que modifica o sentido de "estar", e pode ser substituído, juntamente com
"onde", por "aonde".
B) preposição, que modifica o sentido de "onde", e expressa um limite espacial.
C) preposição, que modifica o sentido de "estar", e pode ser substituída por "também".
D) advérbio de afirmação, que modifica o sentido de "saber", e pode ser substituído por "sim",
entre vírgulas.
E) advérbio de intensidade, que modifica o sentido de "saber", e pode ser substituído por
"inclusive".
94. (FCC / MPE-CE / Técnico Ministerial/2013)
Balõezinhos
Na feira-livre do arrabaldezinho
Um homem loquaz apregoa balõezinhos de cor:
- “O melhor divertimento para as crianças!"
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Sente-se bem que para eles ali na feira os balõezinhos de cor são a única
[mercadoria útil e verdadeiramente indispensável.
Manuel Bandeira.
Os advérbios ou locuções adverbiais empregados no poema estão agrupados em:
A) muito – No entanto – verdadeiramente – círculo inamovível
B) melhor – No entanto – com acrimônia – verdadeiramente
C) melhor – Em redor – muito – círculo inamovível
D) Em redor – com acrimônia – não – verdadeiramente
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