O documento descreve um teste sobre poluição atmosférica realizado por um aluno. Ele contém definições de poluentes primários e secundários, fontes naturais e antrópicas de poluição, material particulado, ozônio troposférico e estratosférico, chuva ácida e fatores que influenciam a dispersão de poluentes.
O documento descreve um teste sobre poluição atmosférica realizado por um aluno. Ele contém definições de poluentes primários e secundários, fontes naturais e antrópicas de poluição, material particulado, ozônio troposférico e estratosférico, chuva ácida e fatores que influenciam a dispersão de poluentes.
O documento descreve um teste sobre poluição atmosférica realizado por um aluno. Ele contém definições de poluentes primários e secundários, fontes naturais e antrópicas de poluição, material particulado, ozônio troposférico e estratosférico, chuva ácida e fatores que influenciam a dispersão de poluentes.
INSTITUTO DE FÍSICA Prova de Introdução à Física da Atmosfera 01/12/2021
Aluno: Giovanni Ramos Melo
1- Defina poluente primário e secundário e dê 3 exemplos de cada um.
(1,0 ponto) Poluentes primários são emitidos, seja através de processos naturais (erupções vulcânicas, decomposição de matéria orgânica, descargas elétricas, etc), ou por causas antrópicas (queima de combustíveis, agricultura, processos industriais, etc). Dentre os poluentes primários podemos citar dióxido de enxofre, dióxido de nitrogênio e metano. A presença de poluentes primários causa episódios como o smog. Poluentes secundários são produzidos através de reações entre poluentes primários e outros gases presentes na atmosfera, sendo alguns deles favorecidos por condições ambientais específicas como calor, umidade relativa do ar e incidência de radiação solar. Podemos destacar como poluente secundário o ácido nítrico, ácido sulfúrico e o ozônio. A presença de tais poluentes é associada a episódios como a chuva ácida.
2- Descreva as principais fontes naturais e antrópicas de poluição e os
seus principais poluentes. As fontes naturais de poluição são aquelas ocasionadas, como o nome sugere, por processos naturais como erupções vulcânicas, queimadas de florestas, erosão do solo, processos de decomposição de animais e plantas, emissão de compostos orgânicos voláteis pela vegetação, entre outros. Tais fenômenos emitem gases como metano (CH4), dióxido de enxofre (SO2), os óxidos de nitrogênio (NOx) e o dióxido de carbono (CO2). Já as fontes antrópicas, são aquelas cuja emissão se dá por ação do homem, através, por exemplo, da queima de materiais orgânicos ou inorgânicos, queima de combustíveis de origem fóssil e processos industriais. Assim emitindo ácido clorídrico (HCl), os óxidos de nitrogênio (NOx) e dióxido de enxofre (SO2), dióxido de carbono (CO2), entre outros.
3- O Material particulado (MP) é um dos poluentes que tem grande
influência no clima e meio ambiente. Defina o que é material particulado, sua influência no clima e meio ambiente e cite 05 exemplos de MP. O Material Particulado é um poluente composto, como o nome sugere, por partículas de tamanho variando de 20 μm até menos de 0,05 μm, tendo sua origem principalmente através de processos de queimadas florestais, queima de combustíveis fósseis, indústrias termoelétricas, construção civil e produção de cimento. A principal influência do MP no clima é a sua contribuição para o efeito estufa, pois as partículas desse material alteram o balanço de radiação da atmosfera, além de afetar diretamente as chuvas, tendo em vista que seus aerossóis aglutinam moléculas de água, dessa forma poluindo corpos d’água como rios e lagos. Dentre exemplos de MP, podemos citar: smog, fumo, fumaça, poeira e pólen.
4- Como é sabido, o ozônio desempenha um papel distinto na troposfera
e na estratosfera. Descreva estes dois processos. Na estratosfera, o ozônio “bloqueia” a incidência de radiação ultravioleta, responsável por causar doenças como o câncer de pele. Já na troposfera, o ozônio é um dos principais componentes do smog, produzido pela ação dos raios UVs. Devido às suas fortes propriedades oxidantes, o ozônio é tóxico para os humanos e pode causar problemas respiratórios. O contato com o gás prejudica o crescimento de vegetais e plantas.
5- Escolha 3 poluentes atmosféricos, descrevendo a fonte de produção,
efeitos na saúde e técnica de medida. Dióxido de enxofre (SO2)- tendo como suas principais fontes de produção a queima de combustíveis e as atividades industriais, o dióxido de enxofre é um poluente primário prejudicial à saúde humana, causando principalmente problemas respiratórios, de pele e no sistema cardiovascular. No meio ambiente, o dióxido de enxofre é um dos causadores do efeito estufa e, após reagir com a água e ser oxidado, produz ácido sulfúrico, causando o fenômeno da chuva ácida, assim diminuindo o pH do solo, o que reduz a taxa de fotossíntese das plantas, afetando seu crescimento, além de aumentar a acidez de corpos d’água, causando morte de espécies aquáticas. Uma das formas de medir o dióxido de enxofre é através do método de rede automática, usando de fluorescência de pulso (ultravioleta). Ácido Nítrico (HNO3)- sendo um poluente secundário, o ácido nítrico é proveniente de reações óxidos de nitrogênio (produzidos através de atividades industriais e de veículos automotores) juntamente com a água presente na atmosfera. Tal substância afeta diretamente os seres humanos, sendo tóxico e corrosivo para a pele, olhos, trato respiratório e aparelho digestivo. Na natureza, o ácido nítrico, além de ser um dos componentes da chuva ácida, também causa um grande prejuízo à fauna, por conta de sua toxicidade e alta corrosividade. Sua medição pode ser realizada de forma indireta, ao se medir o pH de corpos d’água e avaliar a presença de compostos associados ao ácido nítrico. Monóxido de carbono (CO2)- sendo um dos subprodutos das reações de combustão de veículos automotores, o monóxido de carbono é um dos causadores do efeito estufa, por favorecer a formação de ozônio na troposfera. Trata-se de um gás extremamente tóxico e prejudicial à saúde de humanos e animais, pois os sintomas respiratórios de sua intoxicação agem diretamente na hemoglobina, impedindo a respiração. Dentre as formas de medir a presença do monóxido de carbono, podemos destacar o método de rede automática usando infravermelho não dispersivo.
6- Defina o que é chuva ácida, como ela se forma, cite os principais
precursores da chuva ácida, suas origens e as principais reações de formação e os impactos da chuva sobre a saúde humana, agricultura e prédios e monumentos. Sendo formada por meio de reações entre poluentes atmosféricos (principalmente proveniente do smog) e a água da chuva, a chuva ácida é o episódio no qual o pH da chuva, que naturalmente já é levemente ácido, fica abaixo de 5,6. Tal processo é prejudicial à saúde humana, pois é responsável por causar problemas respiratórios, afeta a agricultura, pois agride o solo e diminui seu pH e degrada prédios e monumentos através da corrosão causada pelos ácidos contidos na mesma. Dentre as moléculas responsáveis pela chuva ácida, podemos destacar o dióxido de carbono (CO2), o dióxido de enxofre (SO2) e os óxidos de nitrogênio de uma forma geral (NOx) e descrever suas origens e as reações associadas aos ácidos formados por elas: CO2- sendo produto natural do processo de respiração aeróbia e da decomposição de corpo, o gás carbônico também é amplamente emitido através de queimadas florestais e da queima de combustíveis fósseis. + − 2𝐻2𝑂 + 𝐶𝑂2 → 𝐻3𝑂 + 𝐻𝐶𝑂3
SO2- é emitido naturalmente por pântanos e oceanos, através de
erupções vulcânicas e da composição de animais e plantas. Dentre as causas humanas, podemos citar a queima de combustíveis fósseis, da indústria do petróleo e dos processos de extração de metais. − 𝑆𝑂2 + 𝐻𝑂 → 𝐻𝑂𝑆𝑂2 𝐻𝑂𝑆𝑂2 + 𝑂2 → 𝐻𝑂2− + 𝑆𝑂3
𝐻 2𝑂 + 𝑆𝑂2 → 𝐻2𝑆𝑂4
NOx- são emitidos naturalmente através de descargas elétricas
atmosféricas e processos de decomposição. Como causas antrópicas temos combustão veículos automotores, usinas termelétricas e usinas de aviões. − 2 𝐻𝑂 + 𝑁𝑂 → 𝐻𝑁𝑂3 𝑁2𝑂5 + 𝐻 2𝑂 → 2𝐻𝑁𝑂3
7- Descreva quais fatores interferem na dispersão de poluentes e como o
fenômeno da inversão térmica atua nesta dispersão. Escala Sinótica –sendo a escala associada aos movimentos do ar resultantes da circulação geral da atmosfera, se relaciona aos sistemas frontais, aos anticiclones (altas pressões) e as baixas pressões na troposfera, sua extensão horizontal varia na faixa de 100 a 3.000 km. Em relação aos efeitos dessa escala na dispersão de poluente, podemos classificá-los como: favorável à dispersão (baixas pressões, frentes) e à dispersão (altas pressões estacionárias no inverno e as inversões térmicas que inibem a dispersão vertical, reduzindo a velocidade do vento e aumentando as horas de calmaria) Mesoescala – é a escola associada às brisas marítima e terrestre, à circulação dentro de vales e aos fenômenos do efeito de ilhas de calor. No que diz respeito à qualidade do ar, a mesoescala se relaciona com as variações diárias da estabilidade atmosférica regional. Sua extensão horizontal é de cerca de 100 km e na vertical é de dezenas de metros até 1 km acima do solo. Os fenômenos que ocorrem dentro dessa camada têm importância fundamental nos processos de transporte e dispersão sobre as emissões das fontes poluidoras. Microescala – Incluem os movimentos resultantes dos efeitos aerodinâmicos das edificações das cidades e dos parques industriais, rugosidade das superfícies e a cobertura vegetal de diversos tipos de solo. Esses movimentos são responsáveis pelo transporte e difusão dos poluentes em um raio horizontal inferior a 10 km e entre 100 e 500 metros na vertical acima do solo. Nesses casos, a turbulência atmosférica, gerada por diversos pequenos obstáculos, é importante na verdadeira trajetória das plumas emitidas pelas fontes industriais, uma vez que a direção e a velocidade do vento são totalmente dominadas pelas características topográficas e regionais em torno da fonte. 8- Defina smog fotoquímico,e industrial, citando as condições climáticas favoráveis e os principais componentes químicos da sua formação e origem destes componentes. É denominado “smog” o episódio atmosférico no qual a poluição do ar fica visível, o termo vem do inglês, sendo a junção de “smoke+fog” (fumaça+neblina) por se tratar de uma névoa amarronzada, comum em regiões urbanas e industrializadas. Existem principalmente dois tipos de smog, sendo eles: Smog fotoquímico- é o processo químico que ocorre a partir da interação entre substâncias como compostos orgânicos voláteis (COV), gás oxigênio (O2) e óxidos de nitrogênio (NOx) -ambos majoritariamente emitidos por combustão de automóveis- na presença da radiação solar, resultando poluentes atmosféricos secundários como ozônio (O3) e ácido nítrico (HNO3.) Tal processo é favorecido principalmente por climas secos e quentes. Smog industrial- é proveniente da queima de carvão mineral que possui cerca de 1-9% de enxofre em sua composição, da combustão do diesel e dos processos de refino de petróleo. O principal poluente que compõe o smog industrial é o dióxido de enxofre (SO2), que favorece a formação da chuva ácida contendo ácido sulfúrico (H2SO4) (poluente secundário), dando-se principalmente em climas úmidos.