Profª: Vanessa Giendruczak da Silva

Disciplina: Laboratório de Estética Facial

Acadêmica: Thalita de Favere

RA: 0239368

10/10/2018

A ação da Microdermoabrasão no Tratamento de Rítides Faciais: Revisão de Literatura.

Raquel Dâmaris Bertoldo, Acadêmica do Curso de Estética e Cosmética da Universidade de Tuiuti

do Paraná (Curitiba, PR);

Silvia Patricia de Oliveira, Fisioterapeuta, Especialista em Dermato Funcional, Msc. Distúrbios da

Comunicação da Universidade de Tuiuti do Paraná.

Na introdução as autoras comentam que há muitas teorias que tentam explicar o processo do
envelhecimento, porém nenhuma delas abrange totalmente o assunto, pois é um processo complexo
e multifatorial, que resulta em alterações funcionais e estéticas na pele. Os sinais de envelhecimento
mostram-se mais visíveis precocemente na face do que em outras áreas do corpo resultando na
maior procura por tratamentos estéticos, atualmente existem vários recursos e opções, dentre eles
podemos citar a microdermoabrasão que é o tema do artigo. Constitui-se por uma técnica de peeling
mecânico de caráter superficial, que atinge a epiderme sem causar danos a outras estruturas da pele.

O objetivo do artigo, através de uma pesquisa bibliográfica de publicações entre os anos de

1987 a 2013, é verificar a ação da microdermoabrasão no tratamento de ritides faciais. Por meio
dessa esfoliação, que proporciona o afinamento do tecido epitelial, acelera a renovação celular
consequentemente atenua as ritides, lembrando que seu efeito é cumulativo após varias sessões.

No tópico de envelhecimento facial é exposto que a degeneração senil acontece

principalmente na face, pescoço, antebraços e dorso das mãos, regiões que estão mais expostas aos
danos seculares. As alterações são mais evidentes se apresentando como rugas, enrugamento,

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hiperpigmentação irregular, atrofia, ptose e flacidez tissular. Os três principais componentes da
derme, a substancia fundamental amorfa, as fibras colágenas e elásticas apresentam deterioração no
processo de envelhecimento, a redução progressiva das fibras elásticas resulta numa pele que,
quando estica, não retorna a sua forma natural, dando origem às ritides estáticas superficiais e/ou
profundas. O colágeno também é alterado com a idade, apresenta-se de forma reduzida numa pele
envelhecida, resultando na diminuição de sustentação e força da pele tornando-a propensa a ter
ritides e também flacidez tissular.

No parágrafo sobre ritides faciais é comentado que na face, existem em média, 80 músculos,
que se retraem de acordo com o estado emocional e estes possuem propriedades como a
contratilidade, a elasticidade e a coordenação. Os músculos responsáveis pela expressão facial, não
possuem bainhas faciais e se encontram logo abaixo da pele, formando uma camada quase única.
Dessa forma, a contração destes, movimenta a cútis provocando depressões caracterizadas por
linhas ou fossas perpendiculares à direção das fibras das fibras musculares, essas depressões com o
tempo e a repetição dos movimentos, resultam em ritides.

De acordo com a classificação de Kede e Sabatovich, as ritides profundas são decorrentes da

ação solar, se apresentam na pele exposta, apresentam fibras elásticas grossas e tortuosas. Já as
ritides superficiais sofrem modificações quando a pele é estirada, são decorrentes do
envelhecimento cutâneo, as fibras são finas e enroladas. Podem ser divididas em três categorias:
dobras e rugas gravitacionais, rugas finas e rugas/linhas de expressão. As rugas de expressão podem
ser chamadas de rugas dinâmicas, aparecem ao movimento, rugas estáticas, são evidentes mesmo na
ausência de movimento, e rugas gravitacionais, decorrente da flacidez tissular.

Sobre a microdermoabrasão, é uma técnica de esfoliação mecânica não cirúrgica, passível de

controle e que pode ser executada de forma não invasiva. O peeling de cristal consiste num aparelho
mecânico gerador de pressão negativa e pressão positiva simultaneamente, o processo é
basicamente o jateamento de microcristais inertes de óxido de alumínio pela pressão positiva sobre
a pele, ao mesmo tempo a pressão negativa suga os cristais e o restante de células córneas que
foram separadas da epiderme durante o procedimento. Durante a aplicação da técnica deve-se
observar a pressão positiva desejada, porque seu ajuste estará diretamente ligado ao jateamento dos
microcristais de óxido de alumínio, portanto a pressão ideal irá depender de fatores tais como,
sensibilidade cutânea e tipo de pele (lipídica e alípica), deve-se começar o procedimento com ajuste

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de potência menor e ir aumentando conforme a avaliação da pele e condições do cliente. Para obter
melhor resultado é recomendado estirar a pele e realizar os movimentos de varredura com a caneta.
O peeling de diamante possui aplicadores rígidos. Pode ser realizado utilizando-se uma
caneta com diversas ponteiras diamantadas de diferentes granulometrias, podem variar de 50 a 200
micras, onde no centro da ponteira há um orifício para sucção. O diferencial neste aparelho é que
só direciona a pressão negativa, fazendo com que a pele seja suavemente sugada contra a ponteira,
sendo a esfoliação efetuada por meio dos movimentos executados pelo profissional. A pressão e a
ponteira utilizada pelo profissional é o que determina a profundidade da abrasão, sendo que quanto
menor for à micragem e maior for à pressão, maior a profundidade. A aplicação da técnica é similar
ao do peeling de cristal.
Conforme o artigo, os efeitos da microdermoabrasão no envelhecimento facial se
caracterizam pela remoção de células queratinizadas da camada córnea com efeito regenerativo e
aumento da produção de colágeno e oxigenação da mesma. Suaviza as linhas de expressões, através
do desgaste da epiderme favorecendo a renovação celular.
Borges ainda salienta (2006), que a reação abrasiva estimula a produção de colágeno e
elastina, que são responsáveis pela estrutura e elasticidade da pele. A sucção a vácuo comprime os
músculos faciais, causando um efeito de um lifting momentâneo. A microdermoabrasão é muito
superficial, ou seja, atinge somente as camadas superficiais da epiderme que serão eliminadas,
promovendo aceleração da mitose celular e consequente renovação epitelial pelo incremento da
síntese proteica, ocorrida na camada subjacente e estimulando a neovascularização regional.
A técnica de microdermoabrasão é conhecida por sua simplicidade e segurança, o cliente
pode voltar as suas atividades diárias logo após a aplicação, sem grandes interrupções. É
contraindicado em lesões tegumentares seguidas de processos inflamatórios na pele. Indivíduos que
tem alergia ao óxido de alumínio, evitar aplicar a técnica em locais que apresentam telangiectasias,
rosácea e hemangioma, atenção especial em fototipos elevados, pois a aplicação inadequada da
técnica pode desenvolver hiperpigmentação.

Considerações:
A microdermoabrasão sendo com peeling de cristal ou peeling de diamante tem a mesma
finalidade. Porém, os meios são diferentes, o diferencial são as ponteiras. No caso do peeling de
cristal, o processo é jatear os microcristais sobre a pele, com objetivo de provocar uma erosão na
pele. Já o peeling de diamante é um aparelho com aplicadores rígidos, que tem como objetivo sugar

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a pele contra a ponteira diamantada, provocando assim o lixamento a epiderme. a abrasão causada
na pele, retira o acúmulo de células mortas da epiderme e estimula a produção de colágeno e
elastina, desta forma apresentando uma melhora significativa das ritides, pois haverá um
emparelhamento do tecido, afinamento e a renovação celular.
De modo geral o artigo trouxe maior embasamento do tema já visto em aula, auxiliando na
compreensão e fixação do assunto, porém um ponto negativo constitui-se na abordagem sobre a
profundidade da abrasão das ponteiras diamantadas, onde no artigo diz que quanto maior for à
micragem utilizada, mais invasiva será a abrasão, sendo que em aula e também em pesquisas
posteriores a leitura do artigo, confirmaram que o método de avaliação e funcionalidade das
ponteiras, são inversamente proporcionais, por exemplo, a ponteira de 75 micras promove uma
abrasão maior que a ponteira de 150 micras, ou seja, quanto menor a micragem, maior será abrasão.

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