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Delaney,   uma   guarda-­‐costas   pro4issional,   passou   anos   tentando   provar   a   si


 mesma   em   uma   indústria   dominada   pelos   homens.   Agora   ela   está
enfrentando  seu  maior  desa4io.

 O  bad  boy  bilionário  Jax  Shields  fez  um  monte  de  inimigos  em  sua  escalada
 até   o   topo,   mas   estar   no   lugar   errado   na   hora   errada   colocou   sua   vida   em
 
risco.  Agora  ele  está  colocando  sua  vida  nas  mãos  de  Delaney  e  sua  equipe.
 Ele   exige   o   melhor   em   tudo,   e   ele   não   acha   que   tem   o   que   é   preciso   para
 protegê-­‐lo.   Ele   também   deixou   claro   que   preferia   tê-­‐la   longe   do   que
 guardando-­‐o.   Delaney   vai   ser   capaz   de   provar   a   si   mesma   ao   mais   arrogante
-­‐  e  devastadoramente  lindo  -­‐  homem  que  ela  já  conheceu?
Prólogo
A chuva é fria contra a minha pele, cada gota se afunda lentamente,
como se estivesse me torturando. Meu cabelo está grudado na minha cara e
eu estou furiosa piscando as gotas que insistem em invadir meu
olho. Minhas roupas estão encharcadas e posso sentir o frio nos meus
ossos. Meus tênis me machucam cada vez que meu pé bate no chão, e
machucam muito.

Considerando que eu estou correndo.


É pouco depois das cinco horas da manhã e eu ainda estou aqui,
batendo na calçada. A maioria das pessoas acha que eu sou louca - a
verdade é que eu provavelmente sou. Eu tenho vinte e oito anos de idade e,
em vez de agir como a maioria das meninas normais, eu estou em
treinamento para o meu trabalho. Um trabalho que eu estudei para
conseguir e lutei desde o dia em que deixei a escola - tem sido uma batalha
constante, especialmente considerando que não era o que eu planejava
fazer.

Eu sou uma guarda-costas.

Bem, eu estou tentando ser. Eu tenho um trabalho, eu tenho um


chefe, eu tenho uma equipe e levou um bom tempo para eles aceitarem que
eu poderia fazer o trabalho tão bem quanto eles. Eu estava constantemente
lutando contra os outros membros, provando o meu valor, e parecia que
não importava o que eu fizesse, eles simplesmente não achavam que eu
tinha capacidade de fazer. Levei uns dois anos e meio para ganhar um
pouco de respeito.

Sorte minha.

O homem correndo ao meu lado me ama e me odeia. Eu cheguei a


esta conclusão, porque ele não consegue decidir qual sentimento é mais
forte. Um momento ele está latindo ordens para mim, e, em seguida, ele
está olhando para os meus seios com saudade. É alarmante e lisonjeiro ao
mesmo tempo. Ainda assim, ele treina comigo todos os dias e eu sou grata
por isso.

Eu odeio correr sozinha.

Quando eu saí da escola, eu ia me juntar às forças armadas, era algo


que eu sempre quis fazer. Não posso dizer que houve uma razão exata para
isso, mas às vezes você sente que nasceu para fazer algo. Então veio o teste
que mudou minha vida. Acontece que você tem que ter a visão excepcional
para se juntar as forças. A minha era uma merda, e a cirurgia do olho
melhorou um pouco, mas não o suficiente para eu conseguir entrar.

Originalmente, eu estava esmagada, e havia meses que eu não


conseguia descobrir o que fazer. Era algo que eu tinha planejado desde o
primeiro dia, e não ter conseguido parecia quase cruel. Em seguida, houve
um dia em que eu estava fora com meu tio, e vimos um tiroteio. Um
homem, todo vestido de preto, sozinho, salvou a vida de uma pessoa.
Acontece que essa pessoa o havia contratado para fazer exatamente
isso. Minha paixão renasceu. Eu poderia fazer isto. Eu ainda podia proteger
e servir.
Então, no ano passado eu me tornei oficialmente qualificada para
proteger a vida de alguém. E uma segunda cirurgia ocular experimental
funcionou melhor do que eu jamais esperava.

— Onde está sua cabeça, esta manhã, Delaney?

Kyle grita isso através da chuva, me tirando dos meus


pensamentos. Viro-me e olho para ele, tentando não notar sua boa
aparência, ele está todo molhado e ofegante. Kyle poderia me deixar
maluca, mas isso não tira o fato de que ele é considerado um homem de boa
aparência - bem, para a maioria. Ele realmente não é meu tipo, e acho que
ele odeia isso.
Seu cabelo geralmente marrom parece mais escuro na chuva e está
colado na sua testa. Sua mandíbula forte está coberta com barba de alguns
dias e seus olhos azuis parecem cinza debaixo da névoa. Ele tem mais de
1,85 m de altura e forte como uma rocha, que eu sou grata ao considerar
que eu tenho 1,80. Sim, 1,80m. Eu sou tão alta quanto um homem. Isso faz
com que namorar fique difícil considerando que eu sou maior do que a
maioria dos caras que me chamam para sair.
— Jesus, Delaney, acorde!

Eu pisco e percebo que eu estava com os pensamentos em outro


lugar novamente.

— Eu não sabia que a nossa corrida era uma oportunidade para


termos um bate-papo feliz e contarmos nossas histórias de vida, — eu
respondo com amargura.

Kyle bufa. — Não é, não tenho nenhum interesse em suas histórias


de vida.

Eu lhe dou um sorriso. — Com certeza.

— Não, eu não tenho. Estou apenas me certificando de que você está


comigo.

— Bem, Kyle, a última vez que verifiquei eu estava bem ao seu


lado. Eu acho que você só precisa dos seus olhos pra verificar.

— Cala a boca, Delaney. Apenas corra.

Eu sorrio e corro. Adoro provocar Kyle, mais do que eu amo meu


trabalho alguns dias. Ok, talvez não mais do que meu trabalho, mas é
divertido. Eu acho que Kyle nunca vai admitir que ele gosta de mim, mas eu
sei que ele gosta. Como não poderia? Quero dizer, qual é, eu sou muito
foda.
E eu posso fugir dele. — Você está ficando para trás, meu velho, —
eu respondo, correndo à frente. — É melhor continuar ou você vai ser a
chacota da equipe.

— Vai se ferrar, Delaney, — ele late, correndo mais rápido.

Ah sim, eu amo correr com Kyle.



Capítulo um
Eu vou ao apartamento ao lado, que é da minha Tia Bett e do meu tio
George para pedir emprestado uma caixa de leite. Tenho certeza que eles
adoram que eu more ao lado, especialmente quando eu continuo roubo sua
comida de vez em quando. Eu tenho vivido ao lado deles desde que eu
tinha dezenove anos. Eles são donos do bloco de apartamentos, e moram
no maior deles. Quando fiz dezoito anos eles me disseram que se eu tivesse
um emprego, eles iriam alugar um para mim.

Moro sozinha por quase dez anos agora.


Fui criada pela tia Bett e tio George quando eu perdi minha mãe e
pai na tenra idade de cinco anos. Eles morreram em um acidente de carro e
tia Bett e tio George cuidaram de mim. Eles eram próximos aos meus pais,
tio George e meu pai eram irmãos. Tornaram-se como meus próprios pais e
me ajudaram por alguns momentos escuros.

Eles têm um filho, Jed, que é apenas um ano mais velho que eu. Ele é
meu melhor amigo e tem sido desde o primeiro dia em que fui recebida em
sua casa. Ele costumava deitar na cama comigo quando eu estava chorando
à noite e segurar a minha mão até que eu parasse. Ele é como meu próprio
irmão e eu o adoro. Embora existam vezes que eu tenho certeza que ele não
gosta tanto assim de mim. Eu o deixo um pouco louco.

Entro no apartamento da tia Bett e tio George furtivamente para


cometer esse pequeno crime. Eu ando na ponta dos pés até a geladeira e
abro, puxando a caixa de leite. Minhas roupas ainda estão úmidas da minha
corrida, mas eu preciso de uma xícara de café antes de um chuveiro. É o
que me motiva toda a vez que eu corro.

— Eu sei que você não é pobre, Laney.

Eu grito e giro ao redor para ver o tio George sentado à mesa no


escuro, com a xícara de café em suas mãos.

— Tio George, — eu choro. — Por que você está sentado no escuro


como uma trepadeira?

Ele ri. — Por que você está tentando entrar em minha casa como
uma trepadeira?

Eu sorrio e aceno a caixa de leite. — Eu precisava de leite.

— Você não pode pagar o seu próprio?

Eu faço beicinho. — Bem com certeza, mas o seu tem gosto melhor.

Ele bufa. — Eu não saberia. Talvez se você fosse para a loja de vez
em quando, eu poderia ser capaz de ir e experimentar seu leite e suas
comidas.

— Bom ponto, — eu digo, acenando com a caixa novamente. — Ok,


eu vou apenas pegar um pouco e trazê-lo de volta.

Ele grunhe como se ele soubesse que eu não vou trazê-lo de


volta. Eu sorrio e chego mais perto, pressionando um beijo na sua testa. —
Você sabe que eu te amo, tio George. Você estaria perdido sem mim.

Eu alcanço a porta antes de ouvi-lo resmungar, — Como posso sentir


sua falta, se você não vai embora?

Eu sorrio todo o caminho de volta para o meu apartamento.

* * *

— Você roubou o nosso leite de novo!

O som que enche meu apartamento vem de Jed com sua voz alta. Eu
sorrio enquanto eu calço as minhas botas. Jed aparece na minha porta do
quarto um segundo depois, encarando-me. Jed é a réplica exata de George,
com seu cabelo preto que cai desordenadamente sobre os olhos
castanhos. Sua pele é verde-oliva e ele é alto e magro. Ele é um atleta, e ele
corre para ganhar a vida, e o olhar lhe convém.

— Bom dia, Jeddy, — Eu cantarolo, fechando minha bota.

— Não me chame de Jeddy, e me devolva o meu leite. Eu não posso


comer minhas malditas Lucky Charms sem leite.
— Quantos anos você tem?

Ele aperta os olhos.


1
— Por que você ainda come Lucky Charms ? — Eu continuo.

Eu rio. — Vou fingir que não ouvi você dizer isso. Além disso, eu
pensei que você era do tipo alimentação saudável?

— Eu sou, — ele resmunga. — Mas o pecado é o meu deleite. Toda


manhã. Não me julgue, me dê o leite.

— Não é possível, — eu digo, de pé e pisando os pés mais para


dentro das minhas botas. — Eu usei todo.

— Jesus, Laney, você é uma ladra.

Eu abano o dedo para ele. — Não estava roubando; foi um


empréstimo.

Ele pega minha xícara de café meio vazia fora do balcão. — Então eu
vou pegar o seu café. — Ele leva à boca e drena a xícara.

Depois que ele terminou, eu digo: — Pagadina, porque eu cuspi na


xícara.

Ele me olha cético e enojado.

Eu caio na gargalhada.

— Estou indo trabalhar. Até mais tarde, bonito.


— Você não iria realmente fazer isso... não é? — Ele resmunga
enquanto eu saio pela porta indo trabalhar.
Talvez hoje me darão um trabalho importante, só meu.

Apenas talvez.

Capítulo dois
O escritório de Thorpe Segurança está localizado no centro. Isso me
faz demorar cerca de vinte minutos com o tráfego para chegar ao
trabalho. O prédio é realmente muito grande e bem estabelecido, a melhor
segurança na área. Sempre temos trabalho, e meu chefe, Nahko ou Nak,
sempre agenda com antecedência. Ele tem uma boa reputação no seu
negócio e ele se orgulha de manter essa imagem.

Eu estaciono minha picape preta em um espaço livre e saio,


correndo em direção ao elevador. Eu entro e sigo para o terceiro andar, que
é onde nossos escritórios estão localizados. Enquanto o elevador sobe, me
viro e confiro o meu reflexo no espelho.

Estes jeans que estou usando acentua minhas pernas longas, e as


botas que eu estou usando me fazer parecer mais alta do que já sou. Eu não
sou robusta e alta, ou alta e magra, eu sou um pouco de ambos. Eu suponho
que você poderia me chamar de atlética com curvas. Tenho quadris
arredondados, não muito, mas o suficiente para que os homens parem e
olhem. Minhas pernas são magras e minha cintura é estreita. Tenho seios
grandes, de bom tamanho. Meus ombros são bastante estreitos, o que é
estranho para o meu tamanho. A maioria das mulheres do meu do meu
porte tem ombros largos. Eu acho que eu tenho sorte.

Meu cabelo, que é um loiro platinado natural, flui para baixo pelos
meus ombros e metade para baixo nas minhas costas. Ele tem cachos
natural e pode ser meticulosamente incontrolável. Meus olhos são uma
sombra ímpar de verde, porque eles têm um anel de redemoinho amarelo
em torno do meio. Eu realmente não posso chamá-los de avelã, nem posso
dizer que eles são simplesmente verde.

Os sinal do elevador me fez virar de frente para as portas. Elas


deslizam abertas e eu saio para o vasto espaço. Eu sou cumprimentada
todos os dias por azulejos em preto e branco espalhando-se ao longo de um
enorme lobby. Há uma enorme mesa de recepção de madeira clara situada
sob uma placa com o nome da empresa. A ruiva linda sentada atrás do
balcão é a Brandy.
Eu ando até ela, piscando um sorriso enquanto eu viro à esquerda
em direção à linha de escritórios. Se nossos trabalhos fossem puramente
sobre a proteção de alguém e nunca sobre arquivar papelada, nós nunca
precisaríamos de um escritório, mas, infelizmente, quando não estamos
protegendo, estamos aqui. O meu é o segundo à esquerda, estou ao lado da
sala do Kyle e diretamente em frente Nahko. Os outros guarda-costas na
nossa equipa ocupam o resto - no total, há vinte e dois de nós. Parece
muito, mas não é. Não quando o crime está em ascensão e mais e mais
pessoas precisam de assistência.

— Bom dia, Laney, — Duke chama de seu escritório.

Olho para o negro alto bem construído e sorrio. Duke foi um dos
primeiros a acreditar que eu tinha o que era preciso para ser um guarda-
costas. O resto demorou mais tempo pra se convencer.

— Bom dia, Duke, — Eu digo de volta. — Como você está?

— Abafado, menina. Nak está esperando por você lá embaixo.

— Obrigada.

Eu ando em meu escritório, despejo minhas coisas e, em seguida,


caminho de volta para o elevador que me leva até o centro de treinamento
no primeiro andar. É uma enorme área aberta que treino em pelo menos
quatro vezes por semana. Não é apenas a formação de resistência, mas
artes marciais e defesa pessoal.

Eu entro no espaço, com seu piso de madeira polida e com vários


obstáculos, tanto quanto os olhos podem ver. Meus olhos vão para Nak e
Kyle, que estão nas grandes cordas penduradas no teto, subindo, como se
eles não pesassem nada. Os dois são tão competitivos, que há apenas um
grande e velho pacote de testosterona masculina aqui.

— Calma, meninos, — eu chamo. — Kyle, se você fizer mais força


que você está fazendo você vai rebentar uma válvula.

— Foda-se, Laney, — ele late, seus músculos enormes flexionando


enquanto ele sacode seu corpo até as cordas.

— Bom dia, chefe, — Eu grito com Nahko.

— Laney, — ele suspira fazendo força ao puxar.

Eu fico olhando para ele. Meu chefe é um homem poderoso, tanto na


aparência quanto na força. Eu acho que ele tem que ser para dar a
impressão certa aos novos clientes. Ele não pode ser gordo e careca,
sentado à sua mesa. Ele precisa ser capaz de mostrar o verdadeiro poder
por trás de sua equipe de homens por ser capaz de fazer o que fazem. Ele é
nativo americano e pode encolher qualquer com um olhar irritado quando
ele está em um estado de espírito.

Seus olhos são marrom escuro. Seu cabelo é longo, que ele mantém
por muito tempo, está sempre trançado pelas costas. Ele tem mais de 1,85
m de altura, e é construído como um urso. Ele não tem uma única tatuagem
em seu corpo, mas ele não precisa delas. Meu chefe é foda. Ele também não
vai me deixar conduzir um caso até que eu consiga derrubar ele ou Kyle .

Não é que ele não acredita que eu posso fazer isso, mas é apenas um
ritual que todos tem que passar antes de ser dado um caso enorme. Eu
acho que na mente de Nak ele acredita que, se tivermos a força, habilidade
e determinação para derrubá-lo, então vamos fazer o mesmo com todos os
problemas que encontramos. Todos tiveram que fazer isso, então eu
suponho que é justo que eu faça também.
— Eu estou pronta para o desafio de derrubá-lo, enquanto você está
fraco e frágil, Nak, — eu chamo.
Nak chega ao topo da corda e, em seguida, solta, caindo no chão em
ambos os pés. Claro, ele fez parecer tão gracioso como um gato. Nahko não
é frágil e fraco. Seus olhos piscam quando ele sorri, grande e largo,
mostrando belos dentes brancos debaixo de sua pele bronzeada
impressionante.

— Isso é um desafio?

Eu engulo enquanto ele anda em minha direção. Eu endireito meus


ombros quando ele para, olhando para mim, o suor escorrendo pela testa,
músculos salientes. Jesus, este homem é aterrorizante. Não admira que sua
equipe seja a melhor. — Acho que torci o tornozelo, — Eu chio.

O sorriso de Nak se torna maior. — Isso significa apenas que você


tem que tentar mais. Vamos.

— Não pode ser Kyle? — Eu brinco. — Ele é muito mais frágil e


fraco.

Kyle resmunga das cordas e eu lhe dou um sorriso de comedor de


merda antes de seguir Nak para as almofadas de treinamento. O grande
homem se vira para mim, braços estendidos de largura, e diz: — Bem,
então, me derrube.

Eu ronco, cruzando os braços. — Porque todos os criminosos ficam


ali com seus braços para fora, pedindo para ser abordado no chão.

— Você quer que eu te desafie? — Ele pisca. — Muito bem.

Então ele se atira contra mim. Eu contorno rapidamente e giro em


torno apenas no tempo para perder seu punho voando na minha cabeça. Eu
caio no chão e apoio minha cabeça em seu abdômen, passando os braços
em torno de sua forma poderosa e empurrando-o para trás alguns
passos. Ele solta uma gargalhada estridente antes de se inclinar para baixo
e envolver os braços em volta do meu corpo, virando-me para que eu caia
em minhas costas, olhando para ele.
— Isso foi injusto, — Eu resmungo.

— Em seus pés, tente novamente. Se você quer isso, Laney, você tem
que trabalhar duro.

Eu fico de pé e grito: — Eu trabalho duro. Mais duro do que esses


outros, naturalmente musculosos, naturalmente, capaz de derrubar um
criminoso, os homens naturalmente construídos! Eu não tenho o músculo
que vocês têm, então eu trabalho muito mais duro do que eles.

— Eu não duvido, — diz ele, pulando de um pé para o outro. — Mas


você ainda precisa me provar que você pode fazer isso.

— Tudo bem, — Eu resmungo.

Então eu vou até ele, balançando o meu braço direito. Ele desvia e eu
sorrio, balanço minha perna para cima e giro meu corpo, rapidamente
atingindo-o no quadril. Ele resmunga e gira ao redor, jogando um soco em
direção ao meu estômago. Eu dou alguns passos para trás e no momento
em que paro de me mover, ele se joga contra mim, todos os 1,85 m de
macho aterrorizante. Eu penso rapidamente e, pego-o em torno das coxas e
uso toda a minha força do corpo para dirigir meu ombro na carne macia lá
entre as pernas.

— Foda-se, eu tenho bolas, mulher! — Ele resmunga.

— Você nunca disse que eu tinha que jogar limpo. — Eu ofego,


empurrando meu ombro mais forte em sua virilha. — Você acabou de dizer
que eu tenho que derrubá-lo.

— Sem me fazer ficar infértil, — ele late, usando o pé para chutar

Eu vou para baixo, meu rosto cai na direita em sua virilha enquanto
minhas pernas saem de debaixo de mim. Minha, boca está ofegante aberta
atinge suas... bem... partes masculinas e solto rapidamente, tropeçando de
volta para o tapete. Eu guincho alto aos céus quando o riso enche a sala, e
eu percebo que todos viram minha boca de cara com o pau do meu
chefe. Coloco a língua para fora e começo a esfregar freneticamente. —
Grosso, oh Deus!

— Como é o gosto do pau do chefe? — Devon, outro dos membros da


equipe, grita através do riso.

— Cale a boca, Dev, — Nak late, mas posso ouvir o humor em sua
voz.

Eu olho para ele, de pé em cima de mim. — Porque você fez isso? Eu


só tenho um bocado de... de... ugh, oh meu deus.

Ele sorri. — Eu não sabia que você ia tentar dar uma mordida,
querida.

— Eu não estava tentando dar uma mordida, — eu grito, de pé e


continuo a esfregar os dedos sobre a minha língua como se isso adiantasse
alguma coisa.

— Parece que a princesa tem um novo movimento. — Kyle ri do lado


de fora. — Então me diga, Laney, você estava tentando derrubar um cara
dando uma mordida em seu pau? Eu acho que é um método eficaz. Pode
funcionar para você. Você é apenas uma menina, depois de tudo.

Minhas bochechas queimam e a vergonha sobe na minha


barriga. Eles acham que eu sou uma grande piada. Todos eles estão ali de
pé, rindo, tão certo que eu nunca vou ser uma parte de sua equipe.

— Como é o gosto de bolas suadas? — Alguém grita.

— Ah, pare com isso, — canta Kyle. — A princesa está chateada.

Ele me chamou princesa desde o momento que entrei para a equipe,


até agora, eu estive bem com isso - Levei com bom humor. Não hoje,
porém. Raiva borbulha no meu peito e vergonha rasga através de minhas
veias, fazendo com que todo o meu corpo se sinta formigando e quente. Eu
atiro punhais em Kyle só com o olhar, e antes que eu pense sobre isso, eu
corro para ele.

Seus olhos se arregalaram por uma fração de segundo antes que ele
desse um passo para trás e levanta suas mãos para cima. Ele não é rápido o
suficiente, eu o pego pela cintura e ele tropeça para trás, perdendo o
equilíbrio. Seu corpo grande oscila e não é difícil de empurrar mais uma
vez com toda a minha força fazendo ele cair. Nós caímos juntos, eu em cima
dele. Eu escarrancho sobre seus quadris e levanto a mão, batendo em seu
rosto tão forte que sua cabeça balança para o lado.

— Quem é uma princesa agora, idiota! — Eu lato.

Então eu passo por ele e vejo o resto da equipe enquanto eu sigo


como uma tempestade para o elevador.

Capítulo três
Toc Toc.

Eu ignoro o som de batidas na porta do meu escritório.

Toc Toc.

Não. Eu não vou olhar para cima.

Quem quer que seja decidiu que eles vão vir de qualquer maneira, e
quando eu olho para cima a partir da papelada do caso que estou
estudando, eu vejo Nak em pé na porta com um café na mão. Ele sorri para
mim e estende a xícara.

— Isso é um presente tipo 'eu te perdoo por tentar comer meu


pênis?’ — Murmuro.

Ele ri e entra, fechando a porta atrás de si. Ele puxa a cadeira em


minha frente e senta, deslizando o copo na minha direção. — Não, é pela
forma como os caras te trataram lá fora, foi injusto.

— Não, é verdade, — eu digo, olhando para as minhas mãos. — Eles


acham que eu sou uma grande piada, e por que não? Eu ainda tenho que
derrubar qualquer um deles.

— Você derrubou Kyle muito bem lá em cima.

Eu olho para cima e seus olhos são suaves enquanto se inclina para
perto, colocando os cotovelos sobre a mesa. — Você tem o que é preciso,
Laney, eu não duvido por um segundo. Mas eu não posso deixá-la ir para o
mundo até que eu esteja confiante de que você não vai se machucar. Eu me
preocupo com a minha equipe, e eu não tenho vergonha de ter uma mulher
na equipe.

— Não tem? — Eu sussurro, encontrando seus olhos.


— Merda não, — diz ele. — Eu não a contratei porque senti pena de
você, Laney. Na minha equipe, eu só tenho os melhores.

Eu olho para as minhas mãos. — Então você deve ter tido uma falha
no cérebro no dia em que me conheceu, porque eu estou longe de estar
entre os melhores.

— Olhe para mim, — ele ordena e eu imediatamente olho para


cima. — Vejo talento bruto em você, Delaney. Eu vi isso desde o momento
em que entrou em minhas portas à procura de um emprego. Ser uma
mulher não tem nada a ver com ter talento. Você tem que trabalhar mais,
você tem que ser mais focada, mas isso não significa que você é incapaz de
fazer o trabalho. Com a formação certa, uma mulher com metade do seu
tamanho pode derrubar um homem adulto.

— Eu tenho feito todo o treinamento, — eu sussurro.

— Sim, você tem. Você simplesmente não acredita em si mesma.

Eu recuo, suas palavras me batem como um tapa. Eu abro minha


boca para dizer algo, mas não sai nada. Nada sai porque ele está certo. Eu
não acredito em mim mesma. Na verdade não. Eu acredito que eu sou
capaz, mas eu nunca me esforcei a mais. Eu acho que eu seguro porque eu
estou com medo. O que me espera fora dessas portas me apavora e eu
tenho tanto medo de falhar, de deixar a cidade, a equipe, me colocar para
baixo.

— Eu faço, é só que...

— Você não se sente como uma parte da equipe, — ele acaba por
mim.

Eu olho para baixo novamente.

Ele chega sobre a mesa e acaricia minha mão, fazendo-me olhar para
trás para ele. — Você é tanto parte desta equipe como qualquer um
daqueles homens, Delaney. Não deixe que eles façam você se sentir
diferente. Prove a eles. Você tem todo o treinamento para me derrubar,
para levar qualquer um deles para baixo. Se você quer um caso, se você
quiser realmente, mostre.

Com isso, ele se levanta e sai do escritório. Eu suspiro e coloco


minha cabeça para baixo sobre a mesa.

Mostrar a ele?

Eu realmente tenho o que é preciso?

Deus caramba, sim, eu tenho.

Amanhã vou me certificar de acreditar, porque eu vou fazê-lo


acreditar também.

* * *

Fechar a minha mente quando eu entro na sala de treinamento na


manhã seguinte não é fácil. Meu rosto está sem expressão enquanto eu
ando com um propósito em direção a Nak que está no meio das almofadas
de combate, lutando com Duke. Eu estive pensando sobre isso durante toda
a noite, e por causa disso eu virava na cama, mas eu ainda estou
determinada a mostrar a ele que posso fazer isso. Eu posso ser a mulher
que ele acredita que eu seja.

Ele para quando me vê, se aproximando de mim, e Duke sai das


almofadas quando ele me vê deixar cair as minhas malas. Eu não paro, eu
ando até Nak e solto um soco. Ele se esquiva rapidamente seu rosto em um
largo sorriso.

— Alguém parece resoluto esta manhã.


Não escapou do meu conhecimento que todos pararam o que
estavam fazendo para nos ver, mas eu bloqueio isso. Eu bloqueio que Nak é
meu chefe, e em vez disso o vejo como alguém que está tentando machucar
a pessoa que eu estou protegendo. Então, quando ele dá um soco em mim,
eu desvio e giro ao redor atrás dele tão rapidamente que eu surpreendo até
a mim mesma. Desligo meu cérebro e coloco o meu corpo em modo de
ação, eu levo o braço de Nak e torço com raiva por trás das costas.
Ele reage igualmente da forma mais eficiente, e usa a mão livre para
tomar o meu braço e puxar o meu corpo para frente. Tenho a certeza de
que meus pés pousam corretamente, então eu não vou para baixo e giro ao
redor, dirigindo meu joelho para cima. Ele move a perna, se protegendo ,
mas eu não paro. Com ele ainda segurando meu braço, eu uso a minha mão
livre para acertar um soco nas costelas enquanto ele está concentrado em
proteger o seu lixo.

Eu o tenho em posição, ele está grunhindo da dor nas costelas e se


inclina ligeiramente, agora é a minha chance de lutar com ele. Eu mexo
meu corpo e viro para o lado, usando o cotovelo para acertá-lo no nariz. Ele
dá alguns passos para trás e eu uso a vantagem que me dá, e curvo o meu
corpo, aperfeiçoando um chute lateral incrível que bate nele na parte de
trás dos joelhos, trazendo-o para baixo. Enquanto ele vai para baixo, eu
seguro a parte de trás de sua cabeça e levanto o joelho para cima
novamente, atingindo-o no queixo.

Nak sempre nos disse para lutar sujo, mesmo durante a prática. Eu
não posso te dizer quantos narizes sangrando os caras têm
conseguido. Claro que eu não bati tão forte como eu faria se ele fosse um
atacante, mas o ponto foi feito. Quando suas mãos batem o tapete na frente
dele, eu trago meu pé até suas costelas mais uma vez, batendo-lhe com
força o suficiente para fazê-lo girar em seu estômago. Então eu me jogo de
costas, agarrando uma de suas mãos antes que ele possa se mover, e
empurrando-a para trás.
Eu levei oficialmente o meu chefe para baixo.
Orgulho incha no meu peito, e eu estou ofegante com adrenalina
enquanto eu cuidadosamente o solto e fico de pé. Ele rola para as costas e
olha para mim com os olhos arregalados, o sangue escorrendo do nariz e
lábio. — Filha da puta, — ele resmunga. — Você fez isso.

Um sorriso irrompe e eu caio de joelhos, oferecendo-lhe a mão. Ele


pega, empurrando o meu corpo para baixo, então eu caio ao lado dele. Nós
dois rolamos para as costas e olhamos para o teto. Minha luta não durou
mais de um minuto, todos os meus movimentos foram rápidos e bem
pensados, não dando a ele a chance de pensar em nada disso
completamente. Eu sei que fiz bem.

— Foda-me, eu acho que preciso de gelo para o meu nariz, — ele


resmunga.

Eu rolo para o meu lado e sorrio para ele. — Desculpe, chefe.

— Não se desculpe, — diz ele, sentando-se. Eu vou com ele. — Você


provou a mim e ao resto da equipe que você é capaz de ser tão boa quanto
eles.

— Então, é isso? — Eu pergunto esperançosamente. — Você vai me


considerar para um caso?

— Obviamente eu não vou jogá-la para os jacarés, mas no próximo


caso que Kyle entrar, você pode sair com ele. Se você puder provar que
você pode fazer o seu trabalho de forma eficiente com ele, então você vai
começar a sair por conta própria. Eu quero que você treine mais forte do
que você já treinou até agora, Laney. Eu sou apenas uma pessoa, você tem
que manter essa merda em alto nível.

Eu engulo e encontro seus olhos. — Obrigada, Nak. Por acreditar em


mim, mesmo quando eu não acredito em mim mesma.
Seus olhos se esquentam. — Eu acreditei em você desde o minuto
que você passou na minha porta da frente. Eu só precisava ver você provar
isso.

Eu olho para o resto da equipe, que estão todos observando com


uma gama de diferentes expressões em seus rostos. Alguns olham
impressionados, outros olham simplesmente chateados. — Agora eu acho
que tenho que provar isso a eles, — murmuro.

Nak olha para eles. — Isso pode levar algum tempo, mas você está
no caminho certo. Parabéns, Delaney, você é oficialmente parte da minha
equipe.

Finalmente.

Capítulo quatro
Ao longo das últimas seis semanas tenho treinado com Kyle e Nak
todos os dias. Hoje eu estou em treinamento no edifício porque eu não
tenho um caso quando Nak entra na sala de treinamento e late meu nome,
seguido por Kyle. Estou ocupada nas cordas de escalada, mas o tom da sua
voz faz que eu desça e o siga. Ele mexe o dedo, indicando que eu deveria
vir. Curiosa, eu sigo, parando na frente dele.

— Venha comigo, há alguém que eu quero que você conheça.

Concordo com a cabeça e olho para Kyle, que está estudando o lado
do meu rosto. Desajeitada. À medida que caminhamos pelo corredor, eu
desfaço o meu cabelo e o arrumo, antes de amarrar outro elástico em torno
dele para que ele fique em um rabo de cavalo alto. Chegamos a porta do
escritório de Nak e ele a abre, dando um passo para dentro. Eu paro
quando eu vejo o homem sentado em uma cadeira ao lado da mesa.
Eu paro porque a minha respiração é sugada dos meus
pulmões. Apenas arrancadas e atiradas para o chão. Eu fico olhando com os
olhos arregalados para o homem mais bonito que eu já vi na minha
vida. Ele não é o tipo muito bonito, ele é o tipo assustador de
belo. Perigoso, tipo mortal. Seus olhos se viram para mim e eu me esforço
para manter minha boca fechada.

Santo inferno.

Seu rosto... é tão branco. Não há nenhuma expressão em tudo, ele


está apenas olhando para mim como se eu fosse um quadro na
parede. Nada em seus movimentos faciais. Eu levo um segundo para
recuperar o fôlego enquanto eu o analiso. Ele é alto, eu não posso dizer o
quão alto, mas por suas longas pernas, eu sei que ele é mais alto que
eu. Seu corpo é grande. Quero dizer... grande. Esse cara tem ombros que
fariam estrelas do futebol chorar.
Eu não posso dizer muito mais sobre o seu corpo, porque ele está
vestindo um terno. É sexy sobre ele, sexy de uma forma que eu nunca
pensei que um terno poderia ser. Ele tem um casaco preto simples sobre
uma camisa branca de botão. Os dois primeiros botões estão desfeitos,
revelando uma pele bronzeada. Seu pescoço é sexy, chegando a um rosto
acentuadamente inclinado. Ele tem uma mandíbula que parece que poderia
quebrar pedras. Ok, isso é provavelmente um estiramento, mas porra, ele
tem um rosto forte.
Seu nariz é ligeiramente curvado, mas não é de forma pouco
atraente. Seus lábios estão cheios e ele tem uma cicatriz na bochecha
esquerda. É fraca, mas acrescenta ao seu comportamento assustador. Seus
olhos, no entanto. Santa Mãe. Seus olhos são a sombra mais estranha de
cinza. Eles não são cinza azul, não, eles são cinza puro. Como o metal
brilhante de uma cor cinza metálico. Seu cabelo é curto. Normalmente eu
não gosto disso em um homem, mas lhe convém. Ele faz parecer
aterrorizante, e certamente não gosto do tipo de homem que veste um
terno.

— Delaney, Kyle, conheçam Jaxson Shields. Ele é o dono da enorme


cadeia de hotéis, Elite Nights. Ele precisa de um guarda-costas e ele veio até
mim.

Ele precisa de um guarda-costas? Ele? Jaxson Shields? Um homem


que parece que ele poderia esmagar mesmo Nak com um simples estalar de
dedos?

— O que está acontecendo? — Kyle pergunta, sendo direto, como ele


sempre faz.

Cruzo os braços e escuto, considerando que é a primeira vez que eu


estive na sala quando alguém solicita os nossos serviços. Estou curiosa
para ver como tudo acontece.
— O que aconteceu, é problema meu, — diz Jaxson. — Eu preciso de
proteção, porque eu não tenho tempo para ficar olhando por cima do meu
ombro.

Voz grave Santo deus. Minha pele formiga ao som grosso, arranhado
de sua voz.

— Fale o suficiente, — diz Kyle. — Que tipo de proteção estamos


falando?

Ele dirige esta questão ao Nak.


— Até que as autoridades possam resolver a questão que Jaxson está
tendo, então vai ser de vinte e quatro/sete.

Um caso com dedicação exclusiva.

Santo inferno. Um caso fodido completo.

— Jax, — grunhe Jaxson.

Nós todos olhamos para ele.

— Eu não gosto de ser chamado de Jaxson. E eu vou precisar de


alguém que possa estar ao meu lado, como seu chefe disse, vinte e
quatro/sete. Isso significa que vai estar comigo em negócios, o tempo todo.

Oh cara.

Me escolha!

Nak vira-se para Kyle e eu.


— Eu estou colocando Laney como sua guarda costas principal, com
Kyle como seu backup. Ela está mostrando grande progresso nas últimas
seis semanas, e os seis casos que ela fez foram bem sucedidos. Ela está
pronta para assumir um caso em tempo integral. Vocês dois podem
revezar, assim você pode ter alguns dias de folga no tempo que você está
trabalhando para Jax. Kyle, você vai começar com Laney até que ela esteja
confortável, então ela pode tomar as rédeas.

— Uma mulher?

Isto vem de Jax, e todos nós voltamos para ele novamente. Ele está
olhando para mim agora, realmente olhando para mim. O músculo em sua
mandíbula está correndo, e ele está chateado como o inferno.

— Você tem um problema com isso, Jax? — Pergunta Nak. —


Delaney é um dos meus melhores. Ela é capaz de fazer o mesmo trabalho
que qualquer homem faz.

Jaxson fodido Shields bufa. Forte e desagradável. — Eu duvido.

— Posso lhe assegurar, — murmura Nak.

— Sem ofensa, — grunhe Jax para mim. — Mas eu preferiria ter um


homem nas minhas costas. Eu não tenho certeza que você pode fazer
qualquer coisa por mim se eu estiver em perigo. Inferno, eu poderia tirar
sua vida com o toque da minha mão.

Uma peça arrogante de merda.

— Você gostaria de tentar? — Eu desafio, cruzando os braços.

Ele está de pé. Eu estava certa, ele é alto. Pelo menos 1,90 m. Ele
espreita para mim e para, olhando nos meus olhos. — Eu absolutamente
tentaria.

— Sr. Shields, — Nak diz irritado. — Infelizmente, o resto da minha


equipe está totalmente reservada. Kyle tem algumas semanas antes dele
começar outro caso, em seguida, Delaney é a única que me resta. É
isso. Você aceita que ela seja sua guarda-costas ou não, mas eu posso
garantir que você não vai encontrar outro guarda-costas nesta área tão
bom quanto as pessoas na minha equipe.
Jax rasga sua carranca de mim e a aponta para Nak. — Eu tenho
dinheiro. Eu posso encontrar outro guarda-costas.

— Você é quem sabe, — desafia Nak. — Mas se você tiver feito sua
lição de casa, você vai saber que os guarda-costas de elite estão no meu
time. Se você quer um do mesmo calibre, você vai ter que viajar para fora e
puxar um de outro estado. Mas existem claras vantagens em ter um
guarda-costas que tem experiência vivendo e trabalhando na cidade. Se
você está disposto a renunciar a isso, então nós terminamos aqui.

A mandíbula de Jax aperta, e eu sei bem como Nak faz que ele estaria
pagando uma porrada de dinheiro para contratar um em de outro
estado. Pelo menos o dobro do que ele está nos pagando, e ele não tem
garantias de arranjar uma pessoa tão boa. Nak tem um nome, as pessoas
vêm de longe para contratar alguém da sua equipe.

— Você está me pedindo para colocar minha vida nas mãos de uma
mulher? — Cospe Jax.

— Se você quiser fazer um teste, — Nak diz, acenando com a mão


para mim. — Seja meu convidado.

Jax se vira para mim, e seus olhos se estreitam. — Por uma questão
de fato, — diz ele, com a voz baixa. — Eu gostaria.

Ah merda.

* * *

Eu estou no tatame do treinamento, olhando para Jax. Ele tirou os


sapatos, o casaco, e só está vestindo uma camisa de botão branca e
calças. Seus olhos duros estão fixos em mim. Eu engulo, porque os nervos
dentro do meu corpo estão em alerta máximo. Se eu estragar tudo,
perderei a minha chance de conseguir um grande caso. Trabalhando no que
muitas vezes é um grande negócio, e se os outros caras não tiverem com a
agenda cheia, eu sei que eles ficariam felizes com essa chance. Estes são do
tipo que querem empregos que fazem a sua carreira.

Eu teria preferido um caso pequeno, mas um caso 24/7 é


enorme. Mas é assim que funciona as coisas com Nak. Uma vez que alguém
passa na sua formação, são entregues grandes casos a eles desde
o início. Nak tem alguma crença distorcida que faz deles o melhor, porque
eles são jogados direto no meio dela. Mesmo que eu fosse a única retida por
mais tempo, eu sei que Nak deve acreditar em mim para me jogar no fundo
do poço depois de um tempo tão curto.

— Bem, — Jax resmunga. — Você vai me mostrar o que você tem,


menina?

Menina.

Ele está fazendo isso de propósito. Imbecil.

— Claro, — digo casualmente. — Quando você vem para mim. Não


me diga que você está com medo?

Ele mostra os dentes para mim, então um passo à frente. Sem


precipitação. Não Jax, ele está confiante, está escrito em cima dele. Ele não
precisa de um ataque de surpresa, porque ele acredita que pode me
derrubar sem ele. Ele está errado. Quando ele articula o braço para fora
para me pegar, eu passo para a esquerda e balanço meu corpo em torno de
um chute feroz, amando quando sinto que ele se conectou com o seu
quadril.

Ele resmunga e sua mão ataca, pegando o meu pé enquanto ele ainda
está no ar. Ele empurro e eu salto para frente ainda no chão. Aproveito a
oportunidade para pegá-lo desprevenido e realizo uma manobra bastante
impressionante, usando meu pé livre para ligar em torno de sua perna,
então, enquanto ele está segurando o meu outro pé, eu empurro e puxo a
perna forte. Ele tropeça e cai. Eu pouso nas minhas costas e salto para cima
rapidamente.

Agora ele atira contra mim.

Ele me captura e eu rio, quando ele me cerca e eu o atinjo beliscando


a pele atrás de sua perna. Ele fole e seus músculos flexionam em torno de
minha cabeça antes que ele me solte. Ele se move rápido, o que é bastante
impressionante, e seu pé ataca me fazendo tropeçar. Eu caio de costas e seu
corpo desce sobre o meu, capturando minhas mãos e empurrando-as em
cima da minha cabeça.
— E agora, menina?

Eu sorrio para ele, então eu respiro fundo e bato minha testa em seu
rosto. Nak nos ensinou este pequeno truque quando começamos. Há um
certo ponto na cabeça que se você acertar alguém, não dói tanto. Você não
tem que bater forte, porque, se você pegá-los no lugar certo, ele pode
desmaiar. Neste caso, eu bati minha testa em seu nariz. Ele recua e libera
as mãos. Eu uso minha mão livre para dirigir a palma da mão em sua
mandíbula e ele cai de lado.

Aproveito a oportunidade para empurrar a minha bota no seu lado e


virá-lo para seu estômago. Ele tenta levantar, mas eu já tenho uma de suas
mãos. Eu empurro atrás das costas e ele geme de dor. Eu me inclino e
sussurro em seu ouvido: — Não é ruim para uma menina, hein?

Então eu o solto e fico de pé.

Nak, Kyle e eu vemos quando ele levanta . Ele se vira para nós e há
sangue escorrendo de seu nariz. Nak está fazendo um mau trabalho em
esconder o orgulho em seus olhos, e Kyle está sorrindo. Os olhos de Jax se
viram para mim. Então ele se vira para Nak e grunhe, — Tudo bem, mas se
ela estragar tudo, saiba que estarei em suas costas, e eu vou montá-lo duro.
Nak acena. — Ela não vai estragar. Laney é mais do que capaz de
protegê-lo.

Jax olha para mim novamente. — Veremos.

Ele ainda não está convencido.

Eu vou mudar isso.




Capítulo cinco
Nak anda pela sala enquanto Kyle e eu sentamos, observando-o. Ele
está listando todas as regras que vêm com a proteção de Jax. Eu estou
ouvindo, tentando absorver tudo enquanto sufoco os meus nervos e tento
desesperadamente me acalmar. Este é o meu primeiro grande caso e não
posso me dar ao luxo de estragar tudo. Eu preciso ser profissional e
eficiente e alerta.

— Jax trabalha muito, e ele está pagando extra para uma proteção
total. O que significa que você vai estar de plantão com ele em todos os
momentos. Ele tem áreas que você pode descansar e ficar quando ele está
em seus hotéis ou em seu escritório ou apartamento, ele irá lhe colocar a
par das pessoas quando você começar. Ele viaja muito, também. Quando
for, você estará em uma sala adjacente. Ele viaja muitos eventos,
você vai acompanhá-lo. Se ele pedir para se juntar a ele, você vai fazer isso
também. Quando ele estiver em casa, ele terá um quarto para você. Está
previsto troca turnos, para poder dormir e passar tempo com suas famílias.

— Como vou estar ao lado de Delaney no primeiro período, se eu


estiver dormindo, ela estará trabalhando? — Aponta Kyle.

Nak quase olha para ele, quase. — Delaney não é incapaz,


Kyle. Ambos vão ficar juntos, tanto quanto possível. Por exemplo,
se você estiver com Jax em sua casa, vocês podem se revezar enquanto o
outro dorme, considerando que ele sempre terá um espaço para você
descansar. Você vai estar perto se Delaney precisar de você, mas ela
também tem a chance de provar a si mesma por conta própria.

Eu sorrio para Kyle, que me olha.


— Jax é um homem difícil, e ele não gosta de seu espaço cheio de
gente, mas ele se sente desconfortável o suficiente para nos
contratar. Quando você estiver em sua casa, você fica fora da sua porta, ou
fora de sua linha de visão. Quando você estiver na rua, você não o
sufoca. Você está sob juramento de manter qualquer coisa que você vê com
ele privado. Sua vida pessoal não é da sua conta, de modo a se manter fora
dela.
Nós dois acenamos.

— Ele viaja muito, então você precisa estar preparada para


viajar. Este é um grande trabalho. Ele precisa de proteção o tempo todo.

— Não sabemos por quê? — Pergunta Kyle.

Nak acena com a cabeça ligeiramente. — Eu, só posso dizer que deve
ser sério.

— Como é que vamos protegê-lo se nós não sabemos o que estamos


procurando? — Murmura Kyle.

Nak atira-lhe um olhar. — Tudo o que você precisa saber é que Jax
está em uma quantidade significativa de perigo. Ele viu algo que ele não
deveria ter visto e a polícia está envolvida. Há notícia de que as pessoas em
particular em questão, sabem que Jax era uma testemunha e está falando
com as autoridades, e há o medo que eles vão vir atrás dele depois deles
terem certeza que ele não vai compartilhar mais alguma informação.

Sinto espinhos sob a pele. Isso é horrível.

— Isso significa que este caso é perigoso. Você precisa manter os


olhos abertos. Essas pessoas não vão apontar para você, então você está
relativamente segura, mas se decidirem vir até Jax, você poderia estar na
linha de fogo. Você precisa pensar no futuro, pensar em maneiras que você
possa mantê-lo seguro quando está em público. Tem certeza de que ambos
estão prontos?

Ele está olhando para mim, porque ele sabe que Kyle está bem e
verdadeiramente para isso.
— Você acha que eu estou pronta? — Pergunto intencionalmente.

— Eu acho que você tem o que é preciso, Laney. Eu preciso saber


que você acredita nisso, também. É um grande caso, estou te jogando direto
no meio do mundo que você lutou tanto para estar. Kyle vai estar lá com
você até que nós dois tenhamos certeza que você pode lidar com isso, mas
eu tenho dúvidas de que não vai demorar muito.
Então, realmente, ele não está confiando em mim totalmente da
maneira como ele fez com todos os outros. Nenhum deles tinha uma
escolta, todos eles tiverem que dar conta do recado sozinhos. Eu estou bem
com isso - eu acho.

— Eu estou pronta, — eu digo, levantando meu queixo.

Ele balança a cabeça. — Eu fiz uma pasta completa do Jaxson


Shields. Leia, se familiarize com ele - para entender completamente o
trabalho, você precisa saber os prós e contras de sua vida. Você será bem
paga para isso. Os detalhes do que estão na pasta, também. Você pode
começar amanhã.
Amanhã.

Amanhã o meu trabalho duro torna-se uma realidade.



Capítulo seis
O cara é um mulherengo.

Estou lendo arquivo de Jax, e eu posso ou não ter feito um monte de


pesquisa. Pelo que posso ver, ele é muito, muito rico, extremamente bem
conhecido, excessivamente popular e tem uma garota diferente em seu
braço cada noite. Bem, isso é o que os artigos de revistas de fofocas dizem
de qualquer maneira. Eles devem ser verdadeiros. Eu ronco e folheio o
arquivo mais um pouco, olhando para fotos dos hotéis, o apartamento de
Jax, seu escritório, e os sistemas de segurança que ele tem no lugar.

Não é ruim.

Ele é dono de vinte e três hotéis em todo os Estados


Unidos. Vinte. Três. Eles são todos um enorme sucesso. Seu primeiro é
aqui em Denver, que abriu cerca de oito anos atrás. Ele decolou como um
foguete e ele abriu uma cadeia deles. Eu nunca estive dentro de qualquer
um, mas ouvi dizer que é incrível. Não só eles possuem quartos
surpreendentes, mas também bares incríveis e restaurantes, todos no
mesmo lugar.

Não vamos esquecer os cassinos caros em cada um. Porque, o que é


um hotel sem um cassino, certo?

Com um acesso de raiva, eu viro a pasta fechada e deito na minha


cama. Eu embalei tudo o que preciso. Eu não sei o quanto vou ver da minha
casa nos próximos meses, mas Jed me garantiu que ele viria e verificar as
coisas para se certificar de que está tudo bem, mas com a minha tia e meu
tio ao lado, eu tenho certeza que vai ficar tudo bem.

— Laney?

Eu ergo minha cabeça ao som da voz de Tia Bett ecoando através do


meu apartamento. Eu me levanto da minha cama e arrasto para fora na sala
de estar, para vê-la de pé, sorrindo para mim. Tia Bett é uma mulher
pequena, mas não se deixe enganar, ela é um foguete de bolso e não leva
desaforo de ninguém. Ela é linda, mesmo agora que seu cabelo preto tem
poucos fios grisalhos. Seus olhos azuis estão cheios de conhecimento e
refletem sua generosidade.
Tia Bett está sempre sorrindo.

— Ei, tia Bett, — eu digo, caminhando e passando os braços ao redor


dela.

— Como é que você anda? Eu não vi você em poucos dias.

Eu puxo para trás e sorrio para ela. — Eu tenho o meu primeiro


grande caso.

Seus olhos se arregalam e ela sorri. — Você tem?

— Sim, é o único que eu estava esperando. Estou tão feliz.

Flashes temerosos passam por seu rosto. Ela suporta a minha


escolha de emprego, mas a assusta, eu sei que assusta. Eu coloco a mão
suavemente em seu ombro. — Está tudo bem, sou treinada para isso, tia
Bett.

— Oh, eu sei. — Ela sorri. — Mas isso não significa que eu não posso
me preocupar com você.

— Eu acho que você estaria doente, se você não se preocupasse.

Seu rosto fica ainda mais delicado, com os olhos de amolecimento e


alívio através de suas feições. — Então, me diga sobre esse caso.

Eu só lhe digo o que eu posso, e a deixo saber que é praticamente o


dia todo por isso eu não poderia vê-la e tio George muito, mas eu prometo
ligar sempre que possível. Ela faz uma xícara de chá para nós enquanto ela
escuta, e então nós duas sentamos na varanda, olhando para as luzes da
cidade.
— Você está nervosa? — Ela me pergunta, deslizando um cookie na
minha direção.

Eu dou de ombros. — Claro, eu acho. Estou mais preocupada se vou


fazer algo errado. Todo o treinamento no mundo não pode me preparar
para a coisa real. Quer dizer, eu posso me defender, mas é saber quando
uma pessoa é perigosa ou não que está me recebendo. Os pequenos casos
que eu fiz não eram nada parecidos com isso - este homem precisa de
proteção constante.

Ela acena um dedo. — Você vai ser incrível para isso. Você é a
menina mais inteligente que conheço. Vá com seu intestino, é sempre certo.

— Mas o que se não é? — Eu questiono. — Como vou saber, se


alguém parece suspeito, se eles são realmente uma má pessoa?

— Você não, você apenas vai com ele. Mantenha-o fora de perigo o
melhor que puder, e se você se sentir ameaçada aja sobre essa ameaça.

— Quando você ficou tão inteligente? — Eu sorrio para ela.

— Eu sempre fui inteligente, — ela ri.

— Como está o tio George com o seu mais recente interesse?

Tio George é um médico aposentado. Ele passou por muitos novos


interesses para mantê-lo ocupado. Primeiro foi a pintura, que ele falhou
epicamente. Depois vieram as aulas de culinária - Tio George queima
qualquer comida. Agora ele está tentando fazer escultura.

Tia Bett bufa.

— Ele esculpiu um crocodilo. Parece mais uma cobra.

Eu rio alto. — Pobre tio George, ele vai encontrar o seu talento,
eventualmente.
— Oh, — diz ela, de pé. — Ele tem um talento, amor. É chamado
dormir, e isso me irrita muito.
Comecei a rir seguindo-a para dentro.

— Você viu Jed ultimamente?

— Ele veio com Mitch nesta tarde, — diz ela, lavando os nossos
copos. Em seguida, ela se vira e me abraça novamente. — Já visitei todos os
meus favoritos hoje, posso dormir uma mulher feliz.

Eu aperto-a com força. — Eu ligo para você, tia Bett.

— Você se certifique de ligar.

Ela dá um tapinha no meu ombro e, em seguida, sai, fechando a


porta atrás dela. Eu ando mais perto e tranco, então eu desligo as luzes da
sala de estar e vou direto para o meu banheiro. Uma vez que tomei banho e
estou pronta para a cama, eu deslizo debaixo dos meus cobertores,
pensando que eu tenho que ter um bom descanso esta noite, porque eu não
sei que horas eu vou dormir amanhã.

Estou prestes a desligar a minha lâmpada, quando meu telefone


vibra com uma mensagem de texto. Eu gemo e o pego, levando-o fora da
mesa de cabeceira. É Kyle.

Kyle - Você está pronta para amanhã? Você já fez sua lição de
casa?

É claro que eu estou pronta. O que ele pensa que estou


fazendo? Festejando?

Delaney - Claro que sim. Eu não sou idiota.

Kyle - Eu nunca disse que você era, eu sou seu supervisor, eu só


estou verificando.

Delaney - Você só está ajudando, Nak nunca disse a


palavra supervisor Pare de se gabar... Você vai ter uma dor de cabeça
grande.

Kyle - Tarde demais para isso. Esteja na minha casa por volta
das sete.

Delaney - Por que a sua casa? Por que você não pode vir aqui?

Kyle – Minha casa é mais perto de onde Jaxson trabalha.

Claro que é. Ele provavelmente passou por lá só para ter certeza.

Delaney - Tudo bem, eu vou dormir.

Kyle - Bons sonhos, princesa.

Enfio meu celular de volta na mesa de cabeceira e rolo para o meu


lado, suspirando e fechando os olhos.

Amanhã todos os meus esforços, vão pagar ou quebrar em mil


pedaços minúsculos.

* * *

Santo inferno.

Jaxson Shields trabalha na suíte principal do hotel Elite, e é


enorme. Eu nunca vi isso, porque eu não costumo vir para o lado mais
agradável de Denver, mas isso... isso é enorme. Eu estou falando de trinta
andares, pelo menos. O exterior tem deslumbrantes, grandes arcos de
pedra no piso inferior, estreitando-se a um ponto no topo. É como uma
espécie de torre, apenas a mais magnífica torre que eu já vi.

Kyle e eu entramos pelas portas da frente, e somos imediatamente


recebidos por uma equipe que querem nos ajudar. Eles são incrivelmente
simpáticos, e nos levam a recepção dourada e brilhante. Seis senhoras
estão por trás dessa mesa, em telefones, falando com os clientes e
sorrindo. Uma para e olha para nós. — Bem-vindos, como posso ser útil
esta manhã?
Eu pisco.

Kyle responde.

— Estamos aqui para ver o Sr. Shields. Nós somos sua nova
segurança.
Ela nos estuda, eu na maior parte, e depois balança a cabeça e pega o
telefone. Nós dois nos sentamos enquanto esperamos. Eu mudo
desconfortavelmente em minhas calças compridas pretas. Eu não estou
acostumada a parecer assim... profissional. Eu ainda não me senti
confortável em nosso uniforme, mas Kyle me garante que quanto mais eu
usá-lo, mais cedo eu vou me acostumar.

Nosso uniforme é composto por uma calça preta e uma blusa polo
preta de manga curta com o logotipo da empresa direto sobre meu peito
esquerdo. O topo fica apertado, e eu passei toda a manhã me contorcendo,
tentando acomodar. Estamos equipados com rádios, um revólver - que
tivemos um completo treinamento antes que pudéssemos usá-lo - um Taser
e para mim, spray de pimenta. Seja como for, eu escolhi levá-lo. Eu tenho
um pequeno fone de ouvido que me conecta com Kyle e um pequeno
microfone ligado a minha camisa.

— Sr. Shields vai vê-los agora, permita-me acompanhá-los.

Nós olhamos para cima para ver um jovem em um terno preto


sorrindo para nós. De pé, eu corro minha mão sobre o meu cabelo
arrumado que é puxado para trás em um rabo de cavalo, para me certificar
de que eu pareço respeitável. Kyle levanta, com o rosto impassível. Então
seguimos o homem em direção ao elevador. Meu coração está batendo no
momento em que entra no hotel. Deus, eu espero que eu não estrague tudo.

Parece que ele nos leva por longos minutos para chegar ao último
andar do edifício, quando na verdade ele provavelmente levou menos de
trinta segundos. As portas do elevador se abrem e todos nós saímos para
um longo corredor. O homem nos leva para a porta à direita no final do
corredor, que tem o número 532 sobre ela. Deus, há quinhentos quartos
neste hotel? Eu sei que este é considerado um dos seus edifícios
menores. Eu me pergunto o quão grande seus outros são.

O homem bate na porta e um momento depois, uma voz rouca


clama: — Sim, entre.

Ele empurra a porta aberta, e Kyle passa na minha frente e entra


primeiro. Rangendo os dentes, eu passo para o enorme espaço atrás
dele. Eu paro e minha boca cai aberta. O quarto é extremamente
grande. Não, sério, ele deve ocupar metade de um andar. A primeira coisa
que eu vejo é a mesa maciça na frente das janelas do chão ao teto, e naquela
mesa senta Jax Shields.

À esquerda da sua mesa gigantesca está uma porta que leva a um


quarto. Um quarto próprio, com uma elegante cama, um sofá e uma
pequena área de jantar. Eu não tenho ideia se a sala continua, mas meu
primeiro pensamento é o homem, esse cara trabalha seriamente muito, e
seu escritório e quarto estão no mesmo lugar. Para a direita, eu vislumbro
um enorme banheiro. Sim, totalmente equipado para viver em todos os
momentos.

Pobre rapaz claramente não tem vida.

Nesta sala principal, há estantes do chão ao teto, na parede frontal, o


que é interessante. O Jaxson Shields não parece o tipo de ler, no entanto, as
prateleiras estão cheias. Aqueles podem vir a calhar nas horas em que o
tédio me assume. Meus olhos voltam para a mesa, onde Jax está sentado, e
meu coração salta uma batida.
Hoje ele está vestindo um terno semelhante ao que ele estava
usando quando eu o conheci, só que desta vez a camisa por baixo dele é
azul escuro, dando-lhe uma aparência ainda mais robusta. Meus olhos
viajam sobre o rosto, ao longo desses olhos cinzentos, e param sobre os
lábios. Deus, ele é bem bonito. Eu balanço minha cabeça, tirando-me desses
pensamentos. Eu dificilmente posso ser um guarda-costas eficaz se eu
estou cobiçando-o em vez de fazer o meu trabalho.

— Isso é tudo, Ken, — Jax diz ao homem que nos trouxe até aqui que
balança a cabeça e sai da sala.

Kyle segue para a frente, profissional como sempre, costas retas e


rosto em branco. — Se você não se importar gostaríamos de alguns
minutos para passar por cima de suas programações semanais. Queremos
ter certeza de que temos planejado a segurança antes do tempo.

Jax o estuda, em seguida, seus olhos finalmente movem-se para mim


e seu queixo fica apertado. Eu sei que ele não está feliz em me ter nesse
trabalho, mas ele está, obviamente, preocupado o suficiente para que ele
não tivesse outra escolha.

— Você vai estar com ela em todos os momentos? — Jax pergunta,


apontando para mim.

Kyle olha para mim, depois de volta para Jax. — Por algumas
semanas, sim. Então estaremos trocando turnos.

— Não tenho certeza que estou confortável com ela ficando sozinha.

Eu fico com raiva, mas mantenho a minha boca fechada e fico em


linha reta, o rosto em branco, copiando Kyle.

— Isso é algo que você precisa discutir com Nak. Agora, se você não
se importa, eu gostaria de passar por cima de sua programação da semana.
Jax se vira e olha para Kyle, e eu sufoco uma risada. Kyle não vai
demorar muito. Ele não é o tipo de homem que gosta de alguém mais
dominante do que ele. Ainda assim, ele o tem como um chefe e nem sequer
pestanejou. Jax detém os olhos por um longo momento, então finalmente se
vira e chega a um armário atrás dele, trazendo duas pastas amarelas. Ele as
coloca em sua mesa e as desliza para nós.
Nós dois pegamos uma e nos sentamos nas cadeiras ao nosso
lado. Eu abro minha pasta e ela está cheia de informações, horários,
números de telefone e contatos. Jax começa a falar enquanto nós as
folheamos. — Esta semana está cheia. Eu estarei aqui pelo menos duas
vezes durante a noite. Há um quarto ao lado desse uma que tem tudo o que
vocês precisam. Vocês podem se revezar descansando lá. Quem estiver
comigo vai estar no quarto comigo em todos os momentos, obviamente.

Nós dois acenamos.

— Eu tenho um evento de caridade na sexta-feira à noite, eu vou


precisar de alguém para me acompanhar. Eu acho que é onde a menina
pode vir a calhar, já que ela pode vestir-se e agir como uma convidada,
enquanto está ao meu lado proporcionando segurança.

A menina.

A menina.

Eu coloco a pasta pra baixo. Eu posso ser profissional, e fazer o meu


trabalho corretamente, mas mereço o mesmo respeito que qualquer um na
minha posição iria querer. — Delaney, — eu estalo.

Seus olhos se viram para mim e a cabeça de Kyle gira, e ele também
me dá um olhar verdadeiramente feio. Eu o ignoro e olho Jax.

— O quê? — Ele rosna.


— Meu nome é Delaney, não a menina. Estou mostrando a você
respeito, Sr. Shields, eu espero o mesmo em troca.
— Quem a está pagando? — Ele sussurra.

— Isso não vem ao caso...

— Delaney! — Kyle me segura, chegando mais perto e curvando


seus dedos ao redor de meu pulso, apertando em advertência. — É o
suficiente.

Eu mordo meu lábio quando na verdade tudo o que eu quero fazer é


gritar e dizer-lhe exatamente o que penso dele. Um arrogante, porco
chauvinista. Eu me endireito, limpo meu rosto branco de emoção e
murmuro: — Muito bem, o que mais?

Jax pisca para mim, depois balança a cabeça e murmura algo


baixinho, antes de continuar.

— Eu tenho dois almoços durante a semana que eu terei de ser


acompanhado. Além disso, tenho um jantar, com um... — ele hesita, —
cliente. E quatro reuniões de negócios, dois no interior deste edifício, e dois
em dois outros locais. As outras noites eu vou passar no meu
apartamento. Eu confio em vocês, ambos têm o layout completo do meu
apartamento, assim como esses escritórios?

Nós dois acenamos.

— Bom, — ele murmura. — Este elevador me leva para


estacionamento subterrâneo, e é por aí que eu vou sair. Eu prefiro sair a
partir de um local seguro, em vez de entrar em um carro estacionado na
rua.

— Nós vamos ter tudo isso coberto, Sr. Shields, eu lhe asseguro, —
Kyle diz, finalmente soltando meu braço.

Ele estava tomando todo o meu esforço para não levantar o meu
braço e assobiar para ele.
— Tudo bem — Jax resmunga. — Hoje eu tenho uma reunião no
centro em cerca de uma hora, então eu estou aqui para o resto do dia. Hoje
à noite eu vou estar no meu apartamento.

Kyle diz. — Bom, eu vou descer e garantir o carro para a sua partida
em uma hora. Delaney, você vai ficar com o Sr. Shields, enquanto eu faço
isso.

Jax parece que quer estrangular Kyle por me deixar aqui com ele,
mas ele não diz nada. Kyle me lança um olhar de advertência, em seguida,
desaparece para fora da porta. Viro-me para Jax. Ele me ignora, sacudindo
aberto seu laptop e olhando para a tela, sua expressão em branco.

Eu não sei o que eu deveria fazer, então eu vou com bom senso e
faço a varredura do ambiente, à procura de qualquer outra forma que
poderia prejudicar Jax enquanto ele está sob a minha supervisão. — Você
tem mau posicionamento na mesa, — eu digo, de repente, percebendo que
sua mesa está bem na frente das enormes janelas.
Sua cabeça empurra para cima e ele cospe, — Eu te pedi para você
falar?

— Eu sou a sua segurança, Sr. Shields, e eu sinto que você está em


uma posição perigosa com a sua mesa na frente de uma janela.

— Estamos no topo do edifício.

Vou até a janela, e ele gira a cadeira para me assistir. Eu aponto para
a linha de prédios em frente. — Uma pessoa com uma arma poderia estar
em qualquer um daqueles edifícios e você tomar um tiro aqui.

O Jax não disse nada, então eu olho para ele. Ele está olhando para
os prédios.

— Minhas janelas são matizadas.

— Senhor, com todo o respeito, atiradores têm tecnologia de ponta


que podem olhar através de um simples tingimento.

Ele recua. Então, antes que eu possa dizer mais alguma coisa ele
coloca as duas mãos grandes em sua mesa e a empurra, fazendo com que os
cabos sejam arrancado da parede enquanto ele move a mesa enorme para a
esquerda, onde há uma grande parede, o espaço vazio longe da janela. Ele
posiciona a mesa, e então se vira e olha para fora da janela novamente, para
ter certeza que ele não pode ver todos os edifícios. Eu fico lá piscando,
chocada que ele realmente levou o meu conselho a sério.

Eu vejo quando ele pega todas as suas coisas e só assim, ele está
rearranjado seu escritório. Ele não olha para mim enquanto ele volta a
trabalhar como se nada tivesse acontecido. Estou atordoada por um
momento, mas rapidamente atravesso a sala, olhando pela janela,
vasculhando os prédios e depois andando pelo chão enorme para fazer uma
verificação básica.

Quando eu volto, meu rádio crepita e a voz de Kyle vem através do


alto-falante no meu ouvido. — Delaney, nós temos um pequeno problema
aqui. Eu estarei de volta em cerca de meia hora. Fique com o Sr. Shields, e
até eu resolver, não o deixe sair da sala.

Eu respondo rapidamente, na forma como fui ensinada. —


Entendido, tudo está bem aqui em cima.

Eu quero perguntar o que está acontecendo, mas nós temos


instruções estritas para manter as linhas de rádio o mais claro possível
apenas para passar informação essencial. Eles não são — telefones
celulares, — como muitas vezes Nak perfurou em nós. Minha frequência
cardíaca chuta para cima quando olho Jax novamente, e vejo que ele ainda
está digitando em seu laptop, seu rosto apertado. Eu deveria apenas ficar
em silêncio por uma porta, mas eu realmente quero fazer-lhe perguntas.

Como, o que aconteceu? Como ele se sente sobre eu estar


aqui? Como ele se tornou tão importante? Como ele conseguiu construir
um grande negócio em uma idade jovem? Ele é verdadeiramente um
mulherengo? São as revistas certo? Ele está com medo? O que ele faz para
se divertir? Não pergunto nada disso, e em vez disso tomo o meu
lugar ao lado da porta e olho para fora da janela, ocasionalmente, olhando
para Jax.
— Porra, apenas pergunte, — de repente ele diz e eu recuo,
voltando-me para ele para ver que ele está me estudando.

— Perguntar o quê?

— Você está se remexendo e se segurando, e olhando para


mim. Obviamente, você quer perguntar alguma coisa, então, basta fazê-lo
para que eu possa voltar ao trabalho.

Eu gostaria de poder, mas tenho instruções estritas para ser


profissional e apenas responder perguntas quando eu preciso.

— Está tudo bem, Sr. Shields, — eu digo, mantendo minha monótona


voz.

— Me chame de Jax ou senhor, mas não o Sr. Shields, — ele exige e


eu aceno. — Agora as perguntas.

— Eu não quero fazer perguntas, — eu digo, tentando manter a


calma.

— Você acha que eu sou estúpido, menina?

— Não, eu não, menino, — Eu falo pausadamente.

Ele cruza os braços e inclina-se para trás na cadeira. — Você é


sempre tão inteligente?

Eu sorrio docemente. — Claro. Eu não consegui este emprego por


ser estúpida.

Eu estou rindo por dentro, porque eu sei que não é o que ele queria
ouvir.
Seus olhos estão estreitos em fendas e Deus, ele parece ainda melhor
quando ele está impaciente. — Você está se contorcendo praticamente
querendo saber tudo sobre mim. Isso está matando você, ter que ser
profissional, não é? — Ele resmunga, e eu tento ignorar quando seus bíceps
flexionam sob seu terno.

Eu mantenho a minha cara séria. — Não, senhor, não estou.

Um lampejo de diversão cruza seu rosto, antes que ele pergunte


novamente: — Você vai me perguntar o que é que você precisa saber?

— Eu não preciso saber nada. — Dou de ombros, olhando pela


janela.

— Não, eu não gosto de ter um guarda-costas, — diz ele, e eu


estreito meus olhos, mas não olho para ele. — Sim, eu poderia derrubar um
homem eu mesmo, mas não um homem com uma arma, de longe, então eu
não tenho muita escolha em ter você aqui. Sim, tudo o que lê nas revistas é
verdade.

Meus olhos pressionam levemente para ele, surpresa que ele está,
basicamente, lendo minha mente, e ele sorri, mas é arrogante.

Assim, ele é um mulherengo, interessante.

— Não, eu não estou feliz sobre você ser uma mulher, mas eu não
tenho uma escolha sobre isso, então eu vou ter que lidar com você.

Eu não digo nada, mas nossos olhos estão bloqueados.

— Sim, eu passo a minha vida em um escritório que tem um quarto,


porque eu trabalho mais do que eu vivo – tem sido assim desde que eu
terminei o colegial.

Eu engulo, mas não faço nenhum movimento para mostrar qualquer


interesse.

— Não, eu não tenho um passado criminoso que me colocou na


posição de precisar de segurança. Foi um caso de estar no lugar errado na
hora errada.
Eu quero perguntar algo que estou desesperada para saber, como
ele chegou a esta situação, mas mais uma vez eu mantenho minha boca
fechada.

— Sim, eu tenho apenas trinta anos e construí o meu negócio com


trabalho duro e esforço, e nada mais. Eu estava determinado e consegui o
que queria.
Eu pisco.
— Isso é tudo o que você vai tirar de mim a não ser que você abra a
boca e pergunte, que eu estou te dando uma questão de segundos para
fazer antes de me fechar e não falar com você a menos que eu precise. Oh, e
deixe-me dizer-lhe mais uma coisa... Eu sou impaciente e eu estou de pavio
curto. Faça o seu trabalho, e fique fora do meu caminho - isso é tudo o que
realmente importa no esquema das coisas.

— Como se eu não soubesse, — murmuro sob a minha respiração.


— Eu também não gosto de pessoas que não falam o que pensam,
mas em vez de dizer se escondem atrás de um murmuro ou fofocas.

Eu brilho para ele. — Perdoe-me, senhor, mas você precisa entender


que falar o que eu penso não faz parte do meu trabalho.

— Eu não imaginei que você teria medo de dizer ás pessoas o que


pensa.

Eu levanto minhas sobrancelhas. — Então, você está errado, meu


trabalho é muito mais importante do que dizer o que eu realmente penso
sobre você.

Ele descruza os braços e abre a boca para responder, mas a porta se


abre e Kyle entra. Ele olha para mim, depois para Jax e sua mesa
rearranjada, e suspeita enche suas feições. — Está tudo bem aqui?
Eu dou de ombros. — Tudo bem, eu só disse ao Sr. Shields que ele
não deve ter sua mesa perto da janela.

Não perco Jax vacilar no meu uso de seu nome profissional. Kyle,
por outro lado, olha para mim com um olhar impressionado em seu
rosto. — Boa decisão.

Dentro de mim eu estou explodindo de orgulho.


— Obrigada.

Ele se vira para Jax. — Estamos prontos para acompanhá-lo para


fora, quando você estiver pronto para ir.

Jax resmunga e dispara um outro olhar em minha direção, mas eu


mantenho meus olhos para a janela com um sorriso malicioso no rosto. Ele
leva alguns minutos para ficar pronto e enquanto isso, Kyle se vira para
mim. — Tivemos um pequeno incidente no andar de baixo.

Minhas sobrancelhas sobem e eu passo para a frente. — O que foi?

— Alguém passou dirigindo um carro, cerca de cinco vezes e isso foi


suspeito. Eu não podia ver nas janelas, mas foi definitivamente uma
preocupação. Nós temos assegurado o carro Sr. Shields no subterrâneo,
com dois homens vigiando enquanto nós o acompanhamos para
baixo. Vamos precisar manter nossos olhos abertos. Pode não ser nada,
mas não podemos correr esse risco.

— Eu entendo.

— Quando chegarmos na reunião, eu lhe entrego as rédeas. Você sai


do carro enquanto eu saio do lado de Jax. Você vai para dentro, você
verifica as áreas, incluindo o banheiro dos homens se for necessário. Você
se certifica que tudo está limpo antes de chamar para eu trazê-lo.

Meu coração bate descompassadamente. Ele está me dando a


chance de fazer o meu trabalho. Estou apavorada, preocupada que eu possa
perder alguma coisa, mas ao mesmo tempo eu não posso esperar para
provar o meu valor. Dou a Kyle um aceno e ele estuda meu rosto, antes de
caminhar em direção à porta para esperar. Eu sigo sua liderança e no
minuto seguinte Jax está pronto, nós o acompanhamos até o carro.

Eu olho todas as ações de Kyle, observando e aprendendo com cada


movimento seu. Ele é um homem inteligente, e ele sabe o que está fazendo
quando se trata de proteger alguém. Eu não sou estúpida o suficiente para
fingir que ele não pode me ajudar a ser um guarda-costas melhor. Eu o
observo em tudo que faz, de entrar através de portas, mantendo o seu
corpo para trás de Jax, examinando cada espaço e mantendo os olhos em
pessoas que se aproximam, observando todos os movimentos rápidos. Eu
me espelho em sua experiência, fazendo a mesma coisa. Há muito que
procurar, e é assustador.

Quando chegamos ao estacionamento, Kyle e eu digitalizamos o


carro de Jax, mais uma vez, mesmo que Kyle já tenha feito isso, só para ter
duplamente certeza de que ele é seguro. Quando decidimos que é seguro,
Jax entra, senta no assento do meio. Kyle diz que é mais seguro para ele
estar lá. Nós deslizamos em ambos os lados dele, em seguida, o motorista
entra e nós seguimos viagem.

Eu examino cada carro que passa por nós, embora as janelas sejam
coloridas para que ninguém possa ver o interior. Eu observo qualquer um
que possa estar nos seguindo e pego Kyle fazendo a mesma coisa. É um
carro espaçoso, mas eu ainda posso sentir a coxa de Jax tocando a
minha. Eu tento ignorar como ele aquece minha pele sob minhas calças,
mas eu falho.

Em vez disso eu estou lutando contra o desejo de me aproximar.

Nenhum de nós disse nada durante a viagem e quando paramos no


hotel onde Jax terá seu encontro, eu alcanço a maçaneta da porta. Antes
que eu possa puxá-lo e começar a minha triagem, o que eu estou
desesperada para começar, Jax se vira para Kyle e demanda, — Você não
vai confiar nela para verificar se há ameaças, não é?
Eu endureço e viro para atirar uma careta irritada na direção de
Jax. Kyle olha para ele, então seus olhos se voltam para mim. — Se isso faz
você se sentir desconfortável... — ele começa, mas eu não o deixo terminar.

Eu puxo a maçaneta da porta e atiro a Jax uma olhada. — Eu não sou


incapaz de proteger sua vida, Sr. Shields. Eu tive a mesma formação que
Kyle e vou fazer tudo ao meu alcance para mantê-lo seguro. Agora, se você
me der licença...
Eu me movo para sair do carro, mas antes que os meus pés batem no
chão, Jax enrola os dedos ao redor do meu pulso e me puxa de volta. — Sem
ofensa, querida, mas você é nova e você não tem a mesma formação que
Kyle.

— Não tem nada a ver com formação, não é, senhor, — eu digo entre
os dentes. — Mas isso tem a ver com o que está entre as minhas pernas.

Os olhos de Jax ampliam e Kyle pigarreia, mas eu não deixo qualquer


um deles falar.

— Se você quiser me discriminar, faça em seu próprio


tempo, senhor. Agora, eu estou indo me certificar de que está protegido, —
digo em voz dura. — Agora, solte-me.

— Eu gostaria de ver você tentar, — Jax diz rispidamente, o que


envia um arrepio estranho através da minha espinha.

Eu olho em seus olhos. — Eu acredito que eu já tentei, e ganhei.

Sua mandíbula se contrai.

Eu empurro meu pulso me livrando dele e saio do carro antes que


ele possa dizer outra palavra.

Capítulo sete
Eu mantenho minha cabeça erguida e mantenho minha expressão
vazia enquanto eu entro no hotel. Eu faço a varredura das ruas antes de
empurrar a porta e entrar. Eu mantenho meu olho em cada pessoa,
incluindo o recepcionista que me aponta para a sala de reunião quando eu
lhe mostro a minha identificação. Eu ando com cuidado pelos corredores
até chegar a porta no final do primeiro andar, à direita perto do elevador.

Eu empurro a porta e entro. Há cinco homens sentados ao redor da


mesa e eu imediatamente congelo. Eu não achava de fato de que outras
pessoas estariam aqui, quero dizer, é claro que estaria, é uma reunião. Eu
rapidamente limpo a minha expressão com o melhor que posso e dou um
breve aceno de cabeça, me apresentando.

— Meu nome é Delaney. Sou segurança do Sr. Shields.

Eles acenam, alguns deles me dando olhares longos, suspeitos


mesmo. Eles estão, sem dúvida, perguntando por que Jaxson precisa de
segurança. Quando todos eles se afastam, eu me pergunto qual é o meu
próximo passo. Eu devo perguntar-lhes se eles estão transportando
armas? Quero dizer que, se um deles estiver, e eles levam um tiro? Meu
coração bate e eu passo rapidamente para fora da sala, tomando uma
respiração profunda. Decido ligar para Kyle. Eu levanto o meu rádio e
pressiono o botão.

— Eu verifiquei a área e tudo parece claro. Estou na sala de


reuniões, há cinco homens. O que é o protocolo quando se trata a eles?

Kyle responde imediatamente. — Você precisa pedir-lhes para


levantar suas jaquetas, você não vai perder uma arma. Peça-lhes para virar,
olhar para se certificar que não há protuberâncias específicas que não
parecem corretas. Me passe um rádio quando estiver pronto.

Eu tomo uma respiração instável profunda. Ótimo, agora tenho que


ir lá e pedir a cada um deles para levantar suas jaquetas. Eu empurro a
porta aberta e caminho para dentro, em quadratura com meus ombros e
usando a minha voz mais alta para chamar, — Senhores, por favor,
levantem e removam suas jaquetas, para que eu possa ter a certeza de que
vocês não tem armas.

Eles se espantam, como se isso é algo que eles nunca fizeram


antes. O mais velho do que o resto do grupo, com cabelos grisalhos ralos e
olhos castanhos irritados. Ele é alto e super magro. — O que o pequeno
bastardo fez agora?

Eu não respondo, embora eu esteja chocada por ele falar sobre Jax
assim, e ele me lança um olhar.

— Ele terminou com uma de suas prostitutas e agora ela está atrás
de vingança?

Eu moo minha mandíbula. Que porco - ele não tem direito de falar
sobre outra pessoa dessa maneira, mesmo que ele não goste de Jax.

— Ou talvez ele não seja bom no mundo do crime e o tiro saiu pela
culatra?
Ele olha para mim com expectativa, mas eu simplesmente
permaneço em silêncio, mesmo que eu queira ir lá e socá-lo bem no nariz.

— Deixe-me adivinhar, você não está autorizada nos dizer por que
você está nos pedindo para tirar a roupa.

— Sem desrespeito, senhor, — eu digo com os dentes cerrados. —


Mas eu estou simplesmente pedindo-lhe para remover seu casaco.

Ele grunhe pra mim e os outros quatro homens na sala soltam os


seus casacos sobre a mesa. Finalmente, ele faz também. Eu vou ao redor,
sentindo suas jaquetas e, em seguida, dando-lhes um aviso com os meus
olhos. Nenhum deles está com volume, pelo menos, eles não estão
guardando nos locais habituais. Tenho certeza que se um deles tem uma
arma espremida entre suas nádegas, vamos saber bem antes de ele
conseguir tirar.

— Obrigada a todos por sua cooperação.

Dez minutos depois, Jax com sucesso e segurança se junta a sua


reunião.

Talvez isso vá lhe convencer depois de tudo.


* * *

Eu estou me afogando ocupada em meus próprios pensamentos,


quando a porta da reunião se abre e Jax sai. Eu me levanto e viro, odiando
que ele tenha me pegado desprevenida. Já não estou tão alerta como eu
deveria estar. Jax vira seus furiosos olhos cinzentos para mim e, em
seguida, observa da esquerda para a direita. — Onde está o Kyle?

— Ele teve que ir ajudar outro membro da equipe.

A mandíbula de Jax aperta. — Então agora eu estou sozinho com


você? Eles estão falando sério?

Quero chegar e estrangulá-lo, mas eu não faço. Eu entendo sua


frustração, eu realmente entendo. Ele provavelmente se sente inseguro
com uma mulher protegendo-o. Meu papel protetor vai contra tudo o que
foi ensinado a acreditar sobre homens e mulheres.

— Eu garanto que você estará seguro comigo, Jaxson. Eu tenho


treinado bastante para isso.
Ele olha para mim, e depois suspira. — Eu tenho que usar o
banheiro.

Oh Deus. Sério?

Eu nunca tinha pensado em ir ao banheiro. É claro que o homem


tem que se aliviar, o que significa que eu tenho que ir e fazer a varredura do
espaço antes que ele possa entrar.
— Vamos então, — eu digo, minhas bochechas aquecendo.

Jax percebe e as sobrancelhas atiram para cima. — Você está com


medo de banheiros masculinos, gatinha?

Ele não me chamou gatinha.

— Por favor, nunca me chame novamente de gatinha, e não, eu não


estou com medo. Se você me seguir...

Viro-me e quando Jax passa na minha frente eu ando um pouco atrás


dele até chegar ao banheiro. Eu empurro a porta aberta e, em seguida,
ofego e levanto meu nariz para cima. — Meu Deus, o que diabos!

Jax passa no meu lado e faz um som de asfixia. O cheiro nesta sala é
tão ruim, eu quero vomitar, mas estou com muito medo, porque isso
significaria que eu tenho que ir para os sanitários e isso nunca vai
acontecer.

— O que vocês homens fazem aqui? Matam animais e os deixam


apodrecer? Jesus! — eu grito, segurando meu nariz enquanto eu ando a
cada box e empurro a porta aberta para garantir que nenhum perigo
espreita Jax.

— Foda-me, — Jax resmunga. — Isso está errado.

— Ugh, eu estou esperando na porta.


Eu ando para a porta e Jax olha para mim. — Com medo de ver algo
que você pode gostar?

Minhas sobrancelhas atiram para cima. — Em um banheiro


fedorento? Acho que não. É o tipo de arruinar o humor, você não acha?

Seus olhos digitalizam o meu rosto. — Você deveria me proteger, se


você vai para fora, então você não vai fazer isso.
Jerk está me testando.

— Não seja difícil, Jaxson. Você sabe que eu posso esperar lá fora.

— E alguém poderia vir através da janela, — diz ele, apontando para


a grande janela.

— E eu poderia correr de volta, — eu indico.

Ele está brincando agora. Maldito seja ele.

— Eles poderiam atirar em mim enquanto você está lá fora.

Ele tira as calças. Sua mão se move lentamente, quase


sexualmente. Seus olhos estão sobre o meu e ele sabe exatamente o que
está fazendo. Minhas bochechas queimam e eu guincho, — Você vai ficar
bem, temos que ir.

— Você tem medo de mim, gatinha?

— Medo? — Eu ronco. — Eu vi mais pênis do que posso contar,


muito obrigada.

Oh Deus. Isso não soava bem, não mesmo.

— Quero dizer, — Eu gaguejo. — Eu trabalho com homens assim eu


já vi pênis, quer dizer...

Deus, alguém me cale.


— Quer dizer, há vestiários, e eu estive neles, e vejo... pênis, — Eu
chio.
Ele sorri e puta merda, é a coisa mais linda que eu já vi - ele também
faz meu rosto queimar. Eu agarro minha boca fechada e giro rapidamente,
deslizando no chão de azulejos. A mão de Jax ataca e me pega antes que eu
caia, e ele me empurra na posição vertical, me puxando contra seu
peito. Ele se inclina e sussurra em meu ouvido: — Eu pensei que você era o
guarda-costas, e ainda aqui estou poupando-lhe. Eu acho que você pode
precisar de mais treinamento.

Idiota.
— Aprecie sua vinda ao banheiro, o Sr. Shields, — eu digo com
firmeza, empurrando para fora de seus braços e marchando para fora da
sala.

Quando a porta se fecha atrás de mim, eu suspiro e pressiono as


costas contra a parede. Eu sou um fracasso épico. Eu apenas disse a
palavra pênis muitas vezes o homem provavelmente pensa que eu sou
louca. Eu esfrego as mãos sobre o rosto e tomo algumas respirações
calmantes. Contenha-se, Delaney. Aja profissionalmente. Não deixe que ele
te ridicularize. Não deixe ele chegar até você.

A porta se abre um minuto depois e Jax caminha para fora. Ele olha
para mim com diversão em seus olhos, então ele estica o braço para
fora. — Você não vai me levar de volta?

Eu aceno meu braço. — Depois de você, senhor.

Seus olhos lampejam e ele se vira, caminhando em direção a sala de


reuniões. Quando chegamos, eu abro a porta e olho em volta. Todos os
mesmos homens ainda estão lá, então eu passo para o lado de Jax. Quando
ele está em segurança retomando sua reunião, fecho a porta
silenciosamente. Então eu fecho meus olhos um segundo e reúno os meus
pensamentos.

Eu posso fazer isso.

Eu posso.

Eu vou.

Capítulo oito
Partimos para o dia, algumas horas depois. Quando entro no
elevador, eu faço uma varredura rápida antes de encontrar um local
próximo a ele, mas não tão perto que eu fique em seu espaço. Ele está
falando com seus colegas de trabalho ainda, e eu estou mantendo meus
olhos em movimento, à procura de qualquer atividade suspeita. Não parece
haver nada, então eu relaxo.

Gostaria de saber, onde Kyle está?


Não consigo verificar meu telefone, então eu continuo fazendo o
meu trabalho, na esperança de que ele vai voltar em breve. Eu olho em
volta, vendo todos interagindo e achando bastante fascinante. Todas essas
pessoas parecem tão profissionais, mas suas conversas são tão,
bem, malcriadas. Eles estão reclamando sobre outra pessoa, algo que
alguém fez, e geralmente se lamentam sobre a vida.
Tolos amargos.

Algo me chama a atenção para o lado esquerdo da sala, e eu viro a


cabeça, olhando para uma mulher e um homem que está fora da área
seccionada. Eles estão sussurrando, seus rostos tensos e, em seguida, a
garota, uma morena alta, fixa os olhos em Jax. Meu coração acelera e eu
chego a alguns passos mais perto dela, até que eu possa ouvir o que ela está
dizendo.

— É ele, eu tenho certeza disso. É muito difícil dizer daqui.

— Sim, é ele. Você precisa ir lá, — diz o homem. — Elemento


surpresa sempre funciona melhor.

Surpresa?

Meu coração começa a bater forte.

— Tudo bem, mas se isto acabar mal para mim, você e eu vamos
conversar, — diz ela.

Então ela passa sobre a corda que mostra que outros convidados
não podem vir para esta área, e começa a correr a todo vapor no sentido de
Jax. Sua mão vai para o casaco e eu reajo antes de pensar nisso, como se eu
tivesse sido treinada. Eu me jogo nela, pegando-a pela cintura e jogando-a
de cara no chão. Ela pousa com um baque e um grito agudo quando seu
nariz quebra. Eu levo os braços e empurro atrás das costas, exigindo, —
Quem é você?

Ela está gritando alto demais para dizer qualquer coisa, e todo
mundo parou para olhar. — Largue ela! — Grita o homem que lhe enviou
enquanto ele salta a corda.

Eu puxo uma arma e aponto para ele. — Fique atrás.

Ele para e seus olhos agitam até onde Jax está caminhando em
minha direção. — Red? — Jax diz, e eu olho para cima para vê-lo olhando
para o homem. — É você?

— Sim, — diz Red, com os olhos irritados. — Você pode tirar essa
cadela de cima dela?

Ah Merda.

Jax se vira para mim, com os olhos tão cheios de fúria que eu
recuo. — Que porra você está fazendo? — Ele sibila. — Foda-se, largue ela.

— Ela estava correndo para você, — eu digo, facilitando para trás e


deixando as mãos da menina.

— Eu estava indo surpreendê-lo, porra, você é psicopata! — Ela


grita, pressionando uma mão sobre o nariz, onde rapidamente se enche de
sangue. — Ele é meu melhor amigo.

— Jesus, Tori, é você? — Jax diz, ajoelhando-se e removendo suas


mãos ensanguentadas de seu rosto.
— Sim, — ela chia. — Surpresa.

Ela tem tanto sangue que eu sei, eu sei, o nariz está quebrado. Eu
usei muita força. Vergonha inunda meu corpo enquanto Jax a coloca de pé,
com o rosto gentil enquanto ele acaricia o sangue de suas bochechas e
lábios. Então ele se vira com os olhos irritados para mim. — O que diabos
está errado com você? — Ele late.

— Ela estava correndo em sua direção, ela colocou sua mão em sua
jaqueta, — eu sussurro.
— Eu ia jogar isto em cima dele, — Tori rosna, puxando umas
serpentinas. — Eu não o vi em pessoa durante dois anos era para ser uma
surpresa.

Oh Deus. Eu sou terrível nisso.

— Jax está em perigo e eu estava apenas fazendo o meu trabalho, —


eu digo, minha voz trêmula.

— Seu trabalho? — Ruge Jax. — Seu trabalho é me proteger, não


ferir meus amigos.

Meus joelhos balançam e eu sei que eles estão certos. Eu deveria ter
pisado na frente da menina, e a puxado de lado sem usar muita força. Em
vez disso eu me joguei para ela, bati o rosto dela no chão e a
machuquei. Ela provavelmente poderia me cobrar por isso.

— Espere, — Tori diz, voltando-se para Jax. — Você está em perigo?

— Não agora, — diz ele, mas seus olhos são fixadas para mim. —
Você precisa me conseguir uma reunião com o seu chefe, eu quero que você
fora do meu caso. Você é profissional e perigosa.

Eu engulo e lágrimas picam meus olhos.


— O que esta acontecendo aqui?
O som da voz de Kyle enchendo meus ouvidos só piora as
coisas. Dirijo-me lentamente para vê-lo caminhando, seu rosto
apertado. Ele olha para Tori, que está escondida nos braços de Jax, e então
seus olhos se voltam para mim. — O que diabos aconteceu?

— O que aconteceu? — Jax late. — O que aconteceu é que ela


quebrou o nariz do minha melhor amiga quando ela acidentalmente me
abordou e ela bateu seu o rosto contra o chão. Eu quero falar com Nako,
certo? Agora. Eu quero que ela fora de meu caso, eu não ligo o quanto vai
me custar. Ela é perigosa e irresponsável e não está pronta.

— Ela estava correndo em direção a ele, — Eu tento protestar.

— E você não tentou impedi-la sem força? — pergunta Kyle,


cruzando os braços. — Você sabe que é a primeira regra.

— Eu não acho, ela estava correndo tão rápido, a mão dela na sua
jaqueta, eu só reagi.

— Quebrando meu rosto no chão? — Tori grita, então geme e cobre


seu nariz.
— Eu não... Eu sinto muito... eu...

— Você sabe melhor do que ninguém, — Kyle grita na minha


cara. — Você foi ensinada. Você sabe que tem sempre que tentar
redirecionar uma ameaça sem força.

— Ela poderia ter algo em sua jaqueta. — Eu tento me defender, mas


eu sei que eu estraguei tudo ruim.

— Sim, ela poderia ter, mas você ainda não reage com tanta
força. Você devia ter pisado na frente dela, colocando a mão para cima. Se
ela sacasse uma arma, ou empurrasse passando você, então você poderia
levá-la para baixo. Você sabe disso, Delaney. Você foi ensinada.
— Eu sei, Kyle, eu só...

— Quero que ela saia, — Jax late. — Ligue para o seu patrão, eu o
quero aqui, agora!

Meus joelhos oscilam um pouco mais, e eu olho para Tori. — Sinto


muito, eu realmente sinto.
Então eu saio da sala, saio do hotel, e espero ao lado do carro de
Jax. Eu sento no banco na calçada e dor rasga meu peito. Eu estraguei tudo,
ruim o suficiente que eu poderia perder meu emprego aqui e agora, e eu
nem sequer passei no primeiro caso grande. O que há de errado
comigo? Eu sei melhor do que ninguém usar tal força, mesmo se eu a
levasse para baixo, eu poderia ter feito isso sem feri-la, eu fui ensinada.

Eu não ouvi.

Eu só reagi, e eu cometi um erro terrível. Eu deixo cair a minha


cabeça em minhas mãos e fico assim ao que parece horas. Eu estremeço
quando uma mão toca meu ombro e eu olho para cima para ver Nak
olhando para mim. Aqui vai, ele está prestes a me despedir. Ele se senta no
assento ao meu lado e estuda meu rosto, antes de sorrir.
Por que ele está sorrindo?

— Você quebrou o nariz, impressionante para alguém que não sabe


o que está fazendo, certo?

Ele está brincando levemente, apontando o fato de apenas um mês


ou mais atrás os caras nem sequer acreditarem que eu poderia levar
alguém para baixo. Ele não me faz sentir melhor.

— Nak, — eu sussurro.

— Jesus, Delaney, eu me perguntava se você tinha isso em você e


hoje você provou que você certamente tem.

— Eu não entendo, — eu digo, confusa. Por que ele não está me


demitindo? — Por que você não está me rasgando enquanto me demiti? Eu
estraguei tudo, Nak.
— Deixe-me lhe contar uma história sobre o meu primeiro dia de
trabalho. Eu era impetuoso e achava que sabia de tudo melhor que
ninguém. Eu estava fazendo segurança de um jogador de futebol famoso, e
ele estava sempre rodeado de mulheres. Uma tarde, quando ele tinha
acabado de terminar seu jogo, eu o escoltei até um vestiário para se trocar.
Algumas meninas entraram e foram se pendurar em cima dele, e eu achei
que eu conseguiria me sair bem.

Eu pisco, mas ele continua.


— Eu era arrogante, pensei que tinha tudo sob controle, então
quando uma das meninas se aproximou e começou a me beijar, eu não a
impedi. Eu sabia que ele ainda estava na sala, e ele estava ocupado com
duas delas, então eu percebi que eu poderia tirar algum tempo para
desfrutar da menina. Por causa disso eu não fiz meu trabalho corretamente
e não verifiquei os armários. O cara de quem eu o estava protegendo se
escondeu no armário ao lado do seu. A porra do armário.

Eu suspiro.

— Ele saltou para fora e atirou nele, felizmente para mim, ele só
atingiu seu ombro antes que eu consegui contê-lo. Você pode imaginar
como meu chefe viu isso?

— Ele permitiu que você continuasse o seu trabalho?

Ele sorriu. — Aprendi com o melhor dos melhores, Delaney. E uma


coisa que ele me ensinou é que nenhum de nós é perfeito. Você cometeu
um erro, não foi um bom, mas se você aprender com ele, então isso significa
que você está fazendo seu trabalho direito. O que aconteceu lá não deveria
ter acontecido, assim como eu não deveria ter beijado uma mulher em
serviço, mas eu aprendi e depois daquele dia, tudo o que eu fiz, eu fiz certo.
— Eu quebrei o nariz dela, Nak.

Ele balança a cabeça. — Você quebrou. Ela não vai ter problemas.

— Jax me quer fora de seu caso, — eu sussurro.

— Jax não tem uma escolha. Se ele quer que você saia, eu tiro Kyle
também. Aqueles eram os termos e ele concordou com eles. Ele assinou
papéis. Se ele quiser continuar a usar os meus serviços, ele assume o que
estou oferecendo.
— Eu a feri, e ao fazer isso, ele poderia ter sido ferido também.

— Você reagiu, — diz Nak. — Isso é o que você foi ensinada a


fazer. Você reagiu com demasiada força, mas você agiu porque você sentiu
que estava em perigo.

— E eu estava errada, — eu digo, minha voz tremendo. — Como vou


saber a diferença entre alguém que está se aproximando com boas
intenções de alguém que tem más intenções?

— Você vai com o instinto.

Eu balancei minha cabeça. — Meu instinto foi errado hoje, Nak.

— Foi seu primeiro dia, não fique desanimada. Todos erramos,


Laney. Este foi o seu. Aprenda com ele, e se torne um guarda-costas
melhor.

— Jax nunca vai confiar em mim, não agora.

— Jax vai esfriar, entretanto deixou Kyle irritado e você preste


atenção pelo resto da semana. Eu não deveria ter levado ele para longe de
você tão cedo, isso é minha culpa, Delaney, e eu sinto muito.

— Eu não tenho certeza que eu fui feita para isso, — eu digo,


olhando para as minhas mãos.
— Você não vai desistir dessa facilmente, não é? Porque, se desistir,
Delaney, você não é a garota de temperamento forte, resoluta que eu
contratei. — Ele se estica e toca minha mão. — Não me deixe para baixo.
Então ele se levanta e desaparece.

Eu o vejo ir e suspiro.

Não tenho certeza que vou ter uma escolha.


* * *

Kyle e Jax saem do edifício cerca de vinte minutos após Nak


sair. Kyle olha para mim, e Jax nem sequer olha em minha direção. Ele está
furioso, e ele tem todo o direito de estar. Eu machuquei sua amiga. Isso não
está bem. Tori e Red saem do edifício, um momento depois, também,
ambos olhando para mim. Eu olho para longe e deslizo para dentro do
carro ao lado de Jax, que se desloca para longe como se minha coxa o
tocando fosse veneno.

— Sinto muito, Sr. Shields, — eu digo, minha voz trêmula.

— Se houvesse qualquer outra forma, — ele mói fora. — Você não


estaria aqui.

Eu olho para fora da janela enquanto o carro puxa para a rua, e eu


não posso lutar contra as lágrimas mais. Elas escorrem pelo meu rosto e eu
as deixo cair sobre minha camisa. Eu mantenho meu rosto virado para a
janela até chegar no apartamento de Jax. Minhas lágrimas estão secas até lá
e eu saio do carro, entorpecida verificando tudo enquanto eu faço o meu
caminho até a porta da frente.

Ele e Kyle seguem atrás de mim quando eu aviso que está tudo
limpo. Jax destranca a porta da frente, e mais uma vez eu passo em
frente. Eu entro no espaço enorme e suspiro. O apartamento de Jax é
enorme. É um grande espaço aberto, principalmente. Os pisos são de
mármore polido preto e a totalidade da cozinha, sala de estar e salas de
estar estão todos no espaço aberto. O mobiliário é caro.

Uma escada se enrola para um piso que está aberto, vou até lá, eu
posso ver um quarto. Quarto de Jax é a totalidade do andar? Deve ser,
porque através das grades da varanda eu posso definitivamente ver uma
cama. É aberto, nenhuma privacidade em tudo, o que me diz que ele nunca
viveu com ninguém. É todo o seu espaço, assim, portanto, ele não precisa
de um quarto fechado.

Há uma dispersão de portas para a direita que eu caminho ao longo,


abrindo. Eu vejo uma lavanderia, uma enorme biblioteca, e um enorme
banheiro com um enorme spa. Eu verifico todos os espaços e, em seguida,
caminho, para as escadas. Eu subo e entro no quarto de Jax. Sim, eu estava
certa. Isso tudo é apenas quarto. Eu olho na enorme cama king size, e os
móveis de luxo espalhados.

O lugar grita apartamento de solteiro.


Eu verifico seu armário, admirando suas roupas caras, então eu vou
para o banheiro aqui em cima. É muito semelhante ao andar de
baixo. Quando eu tenho certeza que este piso está limpo, eu caminho ao
longo da varanda e espio a sala de estar enorme abaixo. Isto é muito
estranho, mas muito legal ao mesmo tempo. Eu empurro para trás e desço
as escadas, fazer outra varredura rápida antes de deixá-los saber que está
limpo.

Quando eles entram, e a porta está fechada e trancada, Kyle faz outra
varredura. Isso é normal, mas a expressão em seu rosto me faz sentir como
se ele estivesse fazendo isso porque ele acha que eu não sou
competente. Jax caminha direto para as escadas, dando ordens enquanto
ele caminha. — Há uma biblioteca, segunda porta à direita. Há uma cama
lá. É onde você dorme. Não me incomode.

Ele não nos deixa responder, ele simplesmente desaparece pelas


escadas. Eu o vejo ir e, em seguida, me volto para Kyle, que acaba de
terminar sua verificação do apartamento. Ele para na minha frente
carrancudo. Ele não está feliz comigo também, e eu entendo isso, mas eu
também estou tentando seguir em frente e fazer o meu melhor para torná-
lo melhor. — Nak tratou isso muito fácil. Se você fosse minha funcionária,
eu teria demitido você.

— Oh, porque você é tão perfeito, Kyle, — eu solto, antes de pensar.

Ele recua. — Tenha cuidado como você fala comigo, Delaney.

— Por quê? — Eu assobio. — Você no entanto fala assim comigo,


que diabos você quer?

— Porque eu sou melhor que você, — ele rosna. — Você nunca vai
ser tão boa quanto eu, ou qualquer um dos caras nesta equipe. Você provou
isso hoje. Nenhum de nós faz asneira como você fez.

Isso machuca.

E depois de tudo o que aconteceu hoje, isso apenas contribui para o


buraco gigante no meu coração. Eu estremeço e dou um passo para trás.

— Eu sou apenas tão boa quanto qualquer um de vocês, mesmo se


você se recusar a...

— Não, — ele se encaixa. — Você não é. Você vai continuar a


cometer erros, porque este não é o seu mundo, Delaney. Coloque isso na
sua cabeça do caralho e faça antes que alguém acabe gravemente ferido ou
morto por você ser incompetente.

Essas palavras me batem bem no intestino e eu dou alguns passos


para trás, tão ferida que eu mal consigo ver direito.

— Já ouvi o suficiente, — Eu digo. — Diga-me o que vou fazer essa


noite, para que eu possa ficar o suficiente longe de você.

— Nak pode dar-lhe o que quiser, porque ele vê apenas a beleza,


mas eu não vou, Delaney. Seus peitos e bundas nunca, porra, nunca, me
balançam. Você não pertence a isso. Você nunca vai pertencer.

Essas palavras ferem, ferem tanto que lágrimas explodem dos meus
olhos antes que eu possa pará-las. Eu fecho meus punhos e o passo, antes
de exigir, — Apenas me diga qual é o meu trabalho essa noite.

— Você está de folga. Vá e durma. Estou tomando o turno da noite.

Foda-se ele então.

Se ele quer ficar cansado, que assim seja.


Viro-me e caminho em direção à biblioteca, mas paro quando eu
chego à porta. Eu olho por cima do ombro e olho para cima para ver Jax em
pé na varanda, me observando. Seu rosto não está com raiva, mas em vez
disso impassível. Ele assistiu a conversa inteira. Eu me afasto e engulo,
antes de abrir porta aberta e entrar. Foda-se Kyle e foda-se Jax Shields.

Deixe-os pensar o que quiserem.

Amanhã, eu me comprometo comigo e com todos que duvidam de


mim que eu vou ser a melhor guarda-costas que eu já vi.

Eles não vão me derrotar.



Capítulo nove
Eu estou resmungando para mim mesma enquanto eu desdobro o
sofá-cama na biblioteca. Uma mulher, que se apresentou como governanta
de Jax, deixou cair alguns lençóis. Ela aparentemente veio para fazer uma
limpeza geral, embora a casa de Jax pareça intocada. Eu confio que Kyle
procurou por ela. Eu começo a fazer a cama, tentando ignorar suas
palavras de mais cedo.

Ele é um idiota.

Estou cansada disso. Eu já duvido de mim o suficiente, e deixar que


ele e o resto da equipe duvidem de mim também, só está me deixando mais
determinada. Eu tenho que empurrar para o passado o que aconteceu hoje,
empurrar para o passado a maldade de Kyle e provar para todos eles e para
mim mesma que estou apta para este trabalho. Então é isso que eu vou
fazer. Amanhã, quando eu acordar, vou chutar a porra de alguma bunda.
Quando o sofá é feito, eu vou até minha mala, que Kyle jogou no
quarto com um grunhido, e puxo um par de calças de moletom suaves e
uma camiseta. Eu tranco a porta e me troco, então eu subo na cama. É
surpreendentemente confortável, e eu sinto meus olhos caídos com o
esgotamento do meu primeiro dia. Eu rolo e pego meu telefone, e o ligo
rapidamente, antes que meus olhos se fechem e eu estou fora dele.

Há duas mensagens, uma de Jed e um de Mitch. Abro a de Jed em


primeiro lugar.

Jed - Como foi seu primeiro dia, super mulher?

Eu sorrio e respondo.

Delaney - Foi horrível. Eu vou te dizer sobre isso na próxima


vez que eu vê-lo.

Jed - Tão ruim hein?


Delaney - Eba. Eu vou dormir enquanto eu puder, vou te ligar
amanhã.
Jed - noite, ladrão de leite.

Eu sorrio e abra a mensagem de Mitch.

Mitch - Ei bonita, como foi seu dia?


Deus como eu amo esses caras.

Delaney - eu abordei e derrubei no chão a mulher errada e


quase perdi meu emprego. E o seu?

Mitch - Porra, isso soa como merda. Como o chefe levou?

Delaney - Ele foi surpreendentemente bom. De qualquer


maneira amanhã é outro dia.

Mitch - Você tem isso. Você teve desde o início. Não deixe
qualquer um empurrá-la para fora de algo que você trabalhou tão
duro para conseguir.

Meu coração aperta e eu sorrio para o telefone.

Delaney - Obrigada, Mitch. Isso significa mais do que você


imagina.

Com um sorriso, eu guardo o telefone debaixo do travesseiro e rolo


para o meu lado, sentindo-me um pouco melhor. Mitch está certo, eu sei
que ele está. Eu só tenho que acreditar.

* * *

É meia-noite e estou louca para usar o banheiro, mas eu tenho


aguentado, tentando evitar sair lá até que todo o barulho se
estabeleceu. Jax deve ter tido reunião, porque eu ouvi algumas vozes
fracas. Talvez ele estivesse apenas conversando com Kyle. Eu me levanto,
para fora do cobertor quente, e balanço minhas pernas para o lado.
Sonolenta, eu caminho para a porta, correndo os dedos pelo meu
cabelo. Meus olhos estão pouco abertos, e eu quero que eles fiquem
assim. Ir ao banheiro, voltar, dormir. Simples. Abro a porta, calmamente
saio para a sala principal. Eu não posso ver Kyle, mas está escuro como
breu. Eu dou mais um passo e paro morta quando eu escuto um gemido. Ah
Merda. O gemido não está vindo ao subir as escadas, mas em vez disso aqui
na área principal. Jax está se masturbando? Bem aqui?

Merda.

— Jax — Uma mulher respira. — Você sabe quanto tempo eu queria


isso.
Merda.

— Eu sei, Tor, — murmura Jax. — Mas você sabe que não deve
recebendo para isso.

— Por favor, — ela geme e eu escuto sons de beijos.

— Mexer com algo de bom. Você sabe disso, certo?

Interessante.

— Jax, vamos lá. Nós dois sabemos que isso tem vindo há muito
tempo. Por favor, não pare de me tocar.

Ok, hora de sair.

Dou um passo para trás e bato em algo, talvez uma mesa de


café. Ouço uma maldição, em seguida, uma lâmpada acende sobre duas
cabeças que levantam sobre o encosto do sofá. Eu suspiro quando eu vejo
que é Jax e Tori, cujo nariz tem um pedaço de fita branca. Meus olhos se
arregalaram e eu pressiono uma mão à boca, merda, oh merda.
— Ah, me desculpe, eu precisava, ah...

Merda, eu estou tropeçando em minhas palavras.

— Que diabos ela está fazendo aqui? — Tori chora, em pé puxando


sua camisa para baixo. Ela está vestindo roupas, graças a Deus.

— Ela é meu guarda-costas, Tori, — Jax diz, e eu estou chocada.

Ele nunca admitiu abertamente a ninguém. Durante todo o dia ele


está apenas fingindo que não estou aqui. Meu coração dói um pouco.

— Ela quase me matou! — Encaixa Tori.

— E eu gostaria de pedir desculpas por isso, — eu digo. — Na


tentativa de proteger o Sr. Shields, eu fiz uso excessivo da força, e eu
realmente sinto muito. É o meu primeiro dia e eu cometi um erro. Mas
agora eu tenho um trabalho a fazer e eu penso em fazê-lo bem de agora em
diante. O que significa que eu vou estar aqui, muito. Mas meu objetivo é
proteger o Sr. Shields, e espero que isso seja algo que você vai apoiar.

Seus olhos ficam estreitos. — Você é da equipe, e a equipe pode ser


substituída. No seu caso, deve ser o mais rápido possível para que você
possa deslizar de volta para o buraco do qual você saiu.

— Eu apreciaria se você não falasse assim comigo, — eu digo,


cruzando os braços. — Da última vez que verifiquei, eu ainda era um ser
humano e, portanto, mereço o mesmo respeito. Agora, se me dão licença,
eu preciso fazer xixi.

Seus olhos arregalam novamente, e eu não posso deixar de notar


como inchado seu nariz está. Eu me sinto mal por isso, no entanto, ela não
vai falar comigo como um pedaço de lixo inútil. Eu entro no banheiro, ainda
pensando sobre o fato de que Jax ter um caso com sua suposta — melhor
amiga. — Eu me pergunto se Red sabe, porque eu vi o jeito que ele estava
olhando para Tori.

Oh isso tá ficando interessante.

Eu faço o meu negócio e depois voltar para fora. Tori se foi, bem, ela
não está no quarto mais, e Jax está de pé na cozinha. Eu só percebo agora
que ele está vestindo um par de calças de moletom e nada
mais. Nada. Minha boca cai aberta enquanto meus olhos deslizam sobre
seu corpo, incrivelmente belo.
Ele está de pé, de costas para mim, mas mesmo assim eu posso ver o
quão incrível Jax é. Suas costas flexionam e se move quando ele chega para
as coisas, e os músculos sob a pele são tenso e seriamente quentes. Seus
quadris são estreitos, caindo em forma perfeitamente. Deus. Ele se vira e
me percebe olhando para ele. Eu rapidamente levanto minha cabeça, e
murmuro: — Eu vou dormir de novo.
— Por que um guarda-costas?

Eu paro a minha saída com suas palavras. Dirijo-me devagar e olho


para ele. — Perdão?

— Por que você faz isso? Não é o trabalho mais fácil do mundo para
uma mulher, e é claro que você recebe um monte de merda por causa
disso. Então, por que fazê-lo?

Eu estreito meus olhos. — Você já assistiu a um ato de verdadeiro


heroísmo, Jax?

Seus olhos escurecem. — Não.

— Então você não iria entender.

Eu vou virando novamente, mas ele continua a falar. — Esclareça-


me então.

Eu moo meus dentes e o enfrento. — Para quê? Pra você poder


debochar mais de mim? Você não acha que eu já tive o suficiente para o
dia?

— Vamos lá, gatinha, — ele diz, sua provocação na voz. — Você e eu


sabemos que você gosta da diversão, eu sei.
— Você tem um transtorno? — Eu estalo.

Suas sobrancelhas sobem.

— Porque, sério, você está chocado em um minuto e, em seguida,


tentando provocar no seguinte. Estou preocupada com a sua saúde mental,
o Sr. Shields.

Ele mostra os dentes para mim. — Cuidado, gatinha.

— Veja, — eu digo, apontando para seu rosto. — Desordem.

Ele coloca o copo que ele está segurando para baixo e se inclina,
colocando os cotovelos no balcão, descansando os braços para fora na
frente dele. — Eu não estou forçando, eu quero saber.

— Porque você ouviu Kyle acenando com a bandeira do seu ego em


torno de mim mais cedo e você sentiu pena de mim? — Digo.

— Não, — ele diz simplesmente. — Tenho certeza que você é uma


grande menina e pode tomar qualquer um que joga merda em você. Estou
perguntando por que eu quero saber.

Eu pisco. Em seguida, começo a rir. — Você acabou de chamar Kyle


de merda, que porra é essa?

Ele dá de ombros. — Ele é. Sua cabeça está tão longe quanto o seu
próprio rabo, estou surpreso que ele pode andar em linha reta.
Eu não posso parar de sorrir.
— Estou feliz que alguém notou, — murmuro.

— Por que você deixa ele fazer isso com você?

Eu franzo a testa. — Fazer o que? Falar comigo como lixo?

— Sim.

— Sem ofensa, senhor, — eu digo e seus lábios se contorcem. — Mas


você falou de uma maneira similar.

Seus olhos se estreitam e ele se afasta. — Sim, bem, eu nunca disse


que eu não era uma merda também.

Estou começando a pensar que Jax Shields é mais complexo do que


eu pensava.

— Você realmente quer saber por que eu faço isso?


Ele balança a cabeça, mesmo que ele não está de frente para mim.

— Bem, acredite ou não, eu realmente queria ir para as forças


armadas, mas a minha visão era ruim. Sempre foi assim e, no momento, os
médicos não poderiam fazer muito para corrigi-lo - eu tinha Lasik mas um
dos meus olhos não estava tão bom como eles gostariam. Fiquei arrasada,
porque a posição que eu queria era necessário visão perfeita. Alguns anos
mais tarde, tive uma segunda cirurgia, mas o olho ainda não melhorou,
então eu fui forçada a recuar. Depois do meu sonho ter ido à falência, eu
fiquei sem saber o que eu queria. Um dia eu estava com meu tio,
almoçando, quando este homem veio passando. Ele devia ser alguém
importante, porque algumas das senhoras começaram a se abanar. De
qualquer forma, ele tinha um homem todo vestido de preto atrás dele.

Jax se vira agora e está me observando.

— De qualquer forma como tinha que ser, este carro passou. A


janela desceu e, de repente balas estavam voando. Meu tio me puxou para o
chão, apesar de ser um pouco à frente, mas eu não perdi o homem proteger
esse cara. Ele, sozinho, salvou sua vida. Eu sabia que a partir daquele
momento que eu queria fazer isso. - Eu não poderia ter o trabalho que eu
queria, mas eu poderia servir e proteger

Jax sorri. — Você não pensa em apenas tornar-se uma policial?

Eu sorrio. — Não, eu não sei por que, mas ser um policial nunca foi
para mim. Eu precisava de algo diferente. Eu queria destacar.

— Esteja certa disso, gatinha.

— Por que você está me chamando de gatinha? — Exijo.

Seus olhos estudam meu rosto. — Porque você age como um tigre,
mas realmente, lá no fundo, você não é nada mais do que um gatinho um
pouco assustado.

Eu zombo. — E você me conhece bem o suficiente depois de um dia


para saber disso.

— Sim, — ele diz simplesmente, oferecendo a xícara para mim.

Eu balanço minha cabeça.

— Como você poderia ler muito em mim, em questão de horas?

Ele dá de ombros e se inclina um quadril contra o balcão. — Você


teve um monte de merda, mas quando feriu Tori, você quebrou. Eu vi você
chorando no carro, e eu vi a dor em seus olhos quando Kyle rasgou aparte
anteriormente. Você se importa, você não é tão dura quanto você está se
esforçando para ser.

— Você se esqueceu que eu chutei sua bunda a primeira vez que nos
encontramos?

Ele sorri. — Eu fui fácil em você.


Eu rio e viro para a porta. — Se você diz que sim, senhor.

Chego a biblioteca e ele clama: — Talvez eu estivesse errado sobre


você, Delaney. Talvez você tem o que é preciso para fazer este trabalho.

Eu sorrio para mim mesmo e chamo, — Cuidado, Sr. Shields, você


pode apenas vir a gostar de mim.

Capítulo dez
Na manhã seguinte Nak me chama no início da madrugada. Com um
resmungo, eu rolo e atendo o telefone. — Nak, — digo em voz sonolenta.

— Bom dia, Laney. Basta me dar o check-in. Como estão as coisas?

— Está tudo bem, eu acho. Acabei de acordar.

— Você fez uma mudança de turno mais tarde?

Arregalo os olhos. — Perdão?

— Uma mudança mais tarde?

— Eu não fiz qualquer mudança, Nak. Kyle me disse que ele faria
todo o turno da noite e que eu estava de folga.

Nak está silencioso. — Como?

Merda.

— Está tudo bem, eu acho que ele sabia que eu estava cansada e...

— Ele tem ordens estritas, Delaney. Você iria a fazer metade da


noite, e ele sabia disso. Eu ligar pra ele.

Antes que eu possa protestar, ele desliga. Xingando, eu me levanto e


endireito as minhas roupas antes de sair correndo para a cozinha, onde Jax
e Kyle estão de pé. Kyle está apenas respondendo a seu telefone, e eu me
sinto como o inferno por dizer a Nak.

— Sim, Nak, — Kyle diz e meus olhos piscam para Jax, que está em
pé com um café nas mãos, olhando para mim.

Deus, aqueles olhos.


Eu me viro com bochechas rosadas e escuto Kyle falar com Nak. Já
seu rosto está pálido e ele gagueja, — Ela cometeu um erro, Nak. Eu não
sinto que seria a melhor escolha colocá-la no turno da noite. Considerando
seu erro ontem.

Idiota. Talvez ele não precise ter uma boa conversa.

— Sim, eu ouvi, mas...


Obviamente Nak o cortou, porque o rosto de Kyle vai do claro ao
duro e ele atira punhais na minha direção.
— Jesus, Nak, ela não está pronta!

Eu fico olhando para as minhas mãos, raiva piscando através do meu


corpo.

— Eu entendo, senhor, mas ela é um perigo para a...


Kyle sacode o telefone do ouvido e segue no sentido de Jax,
entregando a ele. — Ele quer falar com você.

Jax pega o telefone. — E aí?

Ele escuta, acenando.

— Por mim tudo bem. Só vou estar no escritório hoje.

Ele balança a cabeça novamente.

— Sim, não há problema.

Ele entrega o telefone de volta para Kyle e seus olhos piscam para
mim, antes dele dizer: — Você está comigo hoje, gatinha. Vamos.

Eu pisco.

— Perdão?

— Você, comigo. Comece a se mexer.


Viro-me para Kyle, cuja mandíbula está tão tensa que parece que vai
arrebentar. Ele diz algo a Nak, em seguida, desliga o telefone e se vira para
mim. — Feliz?

— Eu não fiz nada, exceto dizer a Nak as suas instruções estritas


ontem à noite, Kyle.

— Porra, você falou com ele, porque você está com raiva de mim.

— Não, — eu digo. — Ele me ligou e eu passei sobre o serviço. Esse é


meu trabalho. Lide com isso. Se você não tivesse feito coisa errada, você
não estaria tão irritado.

— Você pode se lamentar com ele, Delaney, porque você está muito
arrogante.

Oh, ele não o fez isso.

— Ei, — Jax rosna. — Fique chateado se quiser, Kyle, mas não fale
assim com ela, porra. Eu tenho que trabalhar, Nak colocou Delaney comigo
o dia todo, você gostando ou não, então pare de prendê-la.

Eu olho para Kyle e, em seguida, viro e sigo para a biblioteca, assim


quando meu telefone toca novamente. Eu pego e vejo que é Nak. Eu
atendo. — Ele não está feliz, Nak.

— Você precisa me dizer imediatamente se ele fizer isso de novo,


Delaney. Ele não tem o direito de dar ordens.

— Sim, tudo bem.

— Você está com Jaxson hoje. Ele já tem uma agenda determinada,
então você sabe o que fazer. Esta é sua chance, Laney. Prove que todos
estão errados. Estou enviando Kyle para casa para um descanso, porque ele
sabe que precisa. Ele deveria ter feito uma troca e dividir com você na noite
passada. Ele vai voltar esta tarde e você pode ter folga de algumas horas e,
em seguida, você pode voltar para a troca de turnos corretamente.

— Sim, Nak.

— Se ele causar algum problema, me avise.

— Eu irei ...
— Kyle é um bom guarda-costas, Delaney, mas ele pensa que sabe
tudo. Siga seu instinto, se a melhor guarda-costas, você pode sempre
confiar em si mesma.

— Obrigada, Nak.
— Até mais tarde.

Ele desliga e eu rapidamente coloco meu uniforme, certificando que


eu estou pronta para ir, então eu saio e encontro Jax na porta. Eu ando na
frente dele, verificando tudo enquanto nós saímos. Ele espera em um local
seguro enquanto eu visualizo a garagem subterrânea e verifico seu
carro. Quando está seguro, eu o acompanho e seu motorista fica no banco
da frente. Eu deslizo na parte de trás com ele.

— Você tem reuniões hoje? — Eu pergunto, fazendo meu rosto


profissional novamente.

— Não, — ele responde, igualmente profissional. — Vou estar no


escritório o dia todo.

— Bom.

Não disse mais nada enquanto nos dirigimos para o hotel onde ele
trabalha. Quando chegamos, eu saio e digitalizo as ruas em primeiro lugar,
então eu o acompanho para dentro, fazendo o mesmo por todo o caminho
até seu escritório. É muito mais trabalho quando se está sozinha, porque eu
continuo a ter de olhar para trás para me certificar de que ele está bem ao
verificar o que está na minha frente.

Quando chegamos ao seu escritório, ele abre a porta e eu passo em


primeiro lugar. Jax passa no interior da porta, e encosta na parede, e não se
move enquanto eu verifico o espaço inteiro, incluindo sob a sua cama e em
seus armários. Uma pessoa não pode ser muito cuidadosa. Quando está
seguro, eu aceno e ele entra, fechando a porta atrás de si. Eu estou ao lado
da porta enquanto ele vai até sua mesa e abre o seu laptop.
— Quer café? — Pergunta ele, olhando para mim.

— Claro, o que você quer?

— Preto, curto.

— É isso aí? Sem creme? Sem açúcar?

Ele olha fixamente para mim. — Não.

Eu dou de ombros. — Como quiser.

Eu vou para o seu telefone e ligo, esta foi a informação que nos foi
dada. Todos os locais que Jax gosta do café, de alimentos e bebidas que
podem ser entregues com segurança. A senhora na linha pergunta se eu
quero um muffin de mirtilo também, então eu puxo o telefone da minha
orelha e grito, — Você quer um muffin?

Jax olha para mim. — Eu pareço com o tipo de homem que come
bolinhos?

— Como eu vou saber? Pelo que eu sei você pode até gostar de
correr ao redor de sua casa atrás de um tatu.

Ele me dá uma expressão realmente irritada.

— Okie Dokie, — em seguida, — murmuro. — Não.

Eu termino o pedido e, em seguida, tomo o meu lugar à porta


novamente. Depois de meia hora, há uma batida na porta. Eu verifico pelo
olho mágico primeiro, e vejo uma senhora com dois cafés e um muffin de
blueberry. Eu não ia perder essa bondade. Eu coloco o dedo na arma na
minha cintura enquanto eu abro a porta. A senhora sorri para mim e
entrega a bandeja. Eu movo minha mão do meu cinto e pego a bandeja,
agradecendo-lhe e fechando a porta.
Eu pego o café de Jax e coloco sobre a mesa, então eu volto para a
porta e sento em uma cadeira que eu arrasto ao longo de uma mão. Eu dou
uma mordida no muffin e solto um gemido. Jax levanta a cabeça e olha
para mim. — Você vai fazer ruídos como esse cada vez que algo tiver um
gosto bom?

— Sério, — eu digo quando eu engulo. — Eu só estava sentindo um


paladargásmico.

Ele pisca. — A porra do quê?

— Um paladargásmico. Como um orgasmo, mas na minha boca.

— Ai caralho, — ele murmura, sacudindo a cabeça. — Você pode


manter seu paladargásmico para si mesma? Eu estou tentando trabalhar.

— Certo, desculpe.

Eu como o resto do meu muffin em silêncio, então eu sento e leio em


silêncio enquanto Jax trabalha. Quando a hora do almoço chega, ele levanta
a cabeça e olha para mim. — Você quer fazer algo produtivo?

— Não estava te olhando, só estava me certificando de que você não


morresse, produtivo?

Seus olhos brilham com diversão, mas ele balança a cabeça. — Eu


posso praticamente ouvir seu cérebro gritando daqui. Você não é de se
sentar sem fazer nada, não é?

— As vozes em minha cabeça me fazem companhia.


Ele ri, e é um som rico e lindo. — Certo, gatinha. Qualquer coisa que
você diga.
Ele voltar para o seu trabalho e eu não posso ajudá-lo, eu tenho que
saber o que ele ia me oferecer. — Você quer que eu te ajude de alguma
forma?

Ele olha para cima novamente. — Eu tenho uma porrada de dados


que eu preciso inserir no computador, mas não tenho tempo para fazê-
lo. Se você sabe como usar um laptop, então sim, ajudaria.

Eu levanto e caminho pra perto. — Você não tem um assistente


pessoal?

Ele balança a cabeça. — Eu não sou o homem mais fácil de se


trabalhar.

— Não, — eu suspiro, pressionando uma mão no meu peito. — Eu


nunca imaginei.

Ele aperta os olhos para mim, e eu pisco-lhe um sorriso feliz. Ele


passa a próxima hora mostrando-me como inserir todos os seus dados, e é
bastante fácil. É apenas trabalhoso, para que eu possa entender por que ele
não tem tempo para fazê-lo. Sento-me em frente a ele, passando o tempo
de uma forma mais produtiva.

Nós paramos em torno de duas horas e eu encomendo até alguns


sanduíches. Eles chegam meia hora mais tarde, e ambos nos sentamos à
mesa, comendo. Jax responde a um monte de chamadas, e ele também
recebe uma porrada de e-mails. Ele é um homem ocupado. Ele só para para
comer ou usar o banheiro. Agora ele tem a boca cheia, então ele realmente
parou por um segundo.

— Então, — eu digo, engolindo uma mordida do meu sanduíche de


carne assada e mostarda. — Você e Tori?
Ele recua e me lança um olhar. — Não é da porra da sua conta.

Assunto delicado?

— Não peça minha cabeça, mas ao sair vi vocês dois se esfregando..

— Nós não estávamos nos esfregando, — ele se endireita.


— Ok, se você diz...

Eu volto para comer e ele suspira alto.

— Ela é apaixonada por mim. Ela tem sido há muito tempo.

Eu olho para cima e encontro seus olhos. — Você sente o mesmo?

Ele dá de ombros. — Eu me importo com ela, mais do que qualquer


garota na minha vida, mas ela é minha melhor amiga. Eu cresci com ela e
Red. Eles são a única família que tenho. Eu vi como essa merda fica quando
você leva para o próximo nível.

— Se você a ama, há uma boa chance de que não fique ruim, — eu


aponto.

Ele dá de ombros. — Não sei se eu a amo, e quero parar de falar


sobre isso agora, sim?

— Sim senhor.

Ele balança a cabeça com um suspiro. — E você, Delaney? Quem


está te esfregando da maneira certa a cada noite?

— Inconveniente, — murmuro. — E ninguém. Eu não tenho tempo


para namorar.

Suas sobrancelhas sobem. — Certamente você tem tempo para ficar


com alguém.

Minhas bochechas ficam rosa.


Eu não sou virgem, longe disso, mas tem sido algum tempo desde
que eu tive um homem na minha cama. Eu não tenho vergonha desse fato,
eu jurei que não ia dormir de novo até que fosse com alguém que eu
quisesse.

— Você não fica com alguém, gatinha? — Ele pergunta, com a voz
mais grossa.

— Eu fico, só não... recentemente. Agora, podemos parar de falar


sobre isso?

Ele estuda meu rosto, em seguida, concentra-se em seu laptop. —


Vergonha, — diz ele. — Você é linda.

Eu pisco.

Ele acabou de me chamar de linda?

— Eu pareço como um homem.

Sua cabeça empurra para cima. — Como?

— Um homem, eu me pareço como um homem.

Ele me dá um olhar enojado. — Um homem?

— Sim, um homem. Eu sou enorme.

— Você não é enorme.

— Sou seriamente enorme. Como, o Hulk do mundo feminino.

— Você é alta, gatinha. Você não é enorme.

— Comparado com noventa e nove por cento das outras meninas, eu


sou.

Ele murmura algo, então olha para mim novamente. — Você é alta,
você é magra, você é cheia de curvas em todos os lugares certos e você é
gostosa e quente. Agora parar de falar merda, eu preciso voltar ao trabalho.

Porra quente.

Gostosa?

Ele acha que eu sou quente.

Eu luto contra um sorriso. Eu já fui chamada de bonita, sexy, mas


nunca quente. Vindo de alguém que se parece com Jax, isso é um elogio
bastante surpreendente. Eu não digo mais nada, eu só volto a trabalhar
com um sorriso feliz no rosto.

Ele está provando estar em um bom dia.



Capítulo onze
As próximas duas semanas passam, livre de eventos. Kyle e eu
recebemos uma programação constante, e parece estar a favor do nosso
trabalho. Eu faço os dias, ele faz as noites. Ele prefere noites, e gosta de
dormir durante o dia. Eu prefiro dias, porque me permite ir e visitar as
pessoas no início da noite. Nak disse que quer começar a fazer mudanças
em tempo integral a partir de hoje, em que Kyle faz dois dias por semana e
eu faço o resto.

Dia e noite.
Depois de mais algumas semanas, o trabalho será dado a mim cem
por cento se eu estiver fazendo bem. Por eu estar fazendo o tempo inteiro,
eu vou ficar na casa de Jax quando estou nas noites - o mesmo que
Kyle. Isso significa que durante a noite, eu vou dormir. Um extenso novo
sistema de segurança foi instalado, de modo que Jax não vai mais precisar
de alguém fora de sua porta durante a noite.
Levou algum tempo para obter o sistema de segurança montado
porque todo o edifício teve que ser equipado. Mas agora a segurança da
porta da frente é muito melhor, e quando vamos para a cama à noite, Jax
liga o sistema para que qualquer movimento no apartamento dispare um
alarme.

Eu tenho o código, o mesmo acontece com Kyle, o que significa que


se nós precisarmos de usar o banheiro, temos que desligá-lo antes de
irmos. Ele tem uma janela de trinta segundos para permitir que ele seja
desligado quando deixamos nossos espaços de dormir designados, por isso
é sair e desligar rapidamente. Tenho certeza de que vamos nos acostumar a
ele.

Então, hoje é oficialmente o dia que eu vou estar por conta


própria. Vai ser Jax e eu a maior parte do tempo, com Kyle me dando folga
alguns dias por semana para que eu possa ter algum tempo com a família e
amigos.
Eu passo pela segurança na porta e, em seguida, faço o meu caminho
até o apartamento de Jax. É apenas sete horas, mas Jax geralmente começa
a trabalhar por volta das oito, por isso não cheguei mais cedo. Quando eu
chego à sua porta da frente, Kyle está de pé do lado de fora, os braços
cruzados. Ele olha meu caminho e resmunga. Kyle mal disse uma coisa
para mim desde o incidente com Nak, a não ser é claro, para latir uma
ordem.

— Bom dia, — murmuro. — Ele está acordado?

— Como eu vou saber? Eu não sou o seu melhor amigo, eu estou


protegendo ele, — resmunga Kyle.

— Ótimo falar com você, Kyle, — murmuro, empurrando a porta


aberta.

Eu desligo todos os alarmes quando estou dentro e, em seguida, me


viro, verificando o quarto. Jax está, obviamente, ainda no andar de
cima. Suspirando, eu ando para cima e para o seu quarto. Ele não está lá,
mas posso ouvir o chuveiro ligado. Um momento depois, uma mulher
sai. Ela está completamente vestida, e muito bonita. Toda peituda e
loira. Eu paro de andar e aceno uma mão, não tenho certeza que inferno
que ela é, mas tenho um palpite e assumo que Jax teve uma grande noite.

Ele segue-a para fora do banheiro e para quando ele me vê, e ambos
olham.

— Quem é ela? — Ela pergunta Jax em uma voz sensual, sexy. Nem
um pouco incomodada que há outra mulher em seu quarto.

— Ela é meu guarda-costas.

Eu levanto minha mão e começo a contar nos dedos. — E o seu


assistente pessoal, cozinheira, eu limpo e oh, guardo segredo de suas noites
de sexo.
Jax murmura algo e a menina sorri para mim, sua expressão
ligeiramente vigorosa. — Você quer completar o trio e ser minha amiga na
cama? Eu gostaria de compartilhar.

Eu pisco.
Espere o que?

— Como? — Digo.

— Você, eu, ele... vai ser divertido. O que você me diz?

Ela está brincando, certo? Olho para ela, tão chocada que não tenho
ideia de como responder.

— Confie em mim, — Jax diz, sorrindo. Viro rapidamente, com as


bochechas rosadas. — Ela não está interessada.

Isso deixa minha volta e me viro, olhando para ele. — Como você
sabe que eu não estou interessada?

Suas sobrancelhas sobem e eu tento não tomar conhecimento de


quão lindo, ele é, de banho tomado e com cheiro incrível.

— Você está?

Eu olho para cima. — Perdão?

— Você está interessada?

Eu zombo. — Hum, não.

Ele sorri. — Exatamente.

— Não é justo. — A menina amua e, em seguida, caminha até a


cômoda, pegando sua bolsa. Ela é linda. Toda pernas e seios e bunda. Eu
balanço minha cabeça e por sua vez, ando em direção à escada - quando eu
chego à base da escada me viro e grito para Jax.
— Depressa, Shields, estamos atrasados.

— Já vou, chefe, — ele grita de volta.

Desço as escadas sorridente. Jax e eu nos relacionamos de uma


forma confortável. Eu acho que isso acontece quando você gasta todo o seu
tempo com alguém. Não que eu saiba muito sobre Jax, exceto pelo fato de
que ele pode ser engraçado e me choca, ao mesmo tempo, então ele cai em
irritadiço e silencioso se ele teve um dia ruim. Ele também é um
mulherengo, mas ele não esconde, não tem vergonha.

Eu respeito isso.

Eu chego ao fundo das escadas e abro a geladeira de Jax, encontro


um pouco de leite. Eu uso a máquina de café para fazer para nós um café
enquanto espero para ele vir para baixo. Sendo um guarda-costas, que eu
aprendi, não é apenas sobre a proteção da pessoa. Você se torna muito
mais. Inferno, eu sou sua assistente pessoal, sua empregada, e sua
estilista. E eu amo isso.

Nak me disse que em um caso em tempo integral como este, guarda-


costas, muitas vezes tornar-se como assistentes pessoais para manter-se
ocupado. Não há nenhuma regra contra isso, então quando Jax está
trabalhando, eu gasto muito tempo organizando as coisas para ele,
ajudando-o, encomendo comida, coisas assim. E quando estamos em seu
apartamento e ele está ocupado, encontro-me na limpeza e a triagem das
coisas. Não faz o meu trabalho muito mais fácil.

— Você é um salva-vidas, — Jax diz, aparecendo ao meu lado em um


terno fresco. Ele arranca o copo de café das minhas mãos e solta gemidos
enquanto ele toma o primeiro gole.
— Você sabe, — eu digo. — Onde está a sua garota que gosta de
compartilhar a relação?

— Ela está no telefone. Eu disse a ela para ir mais tarde.

Eu franzo a testa. — Eu não posso permitir isso, Jax.

Ele olha para mim. — Por que diabos não?

Eu ronco. — Sério? Ela poderia deixar a porta aberta, não ligar o


alarme, deixar alguém plantar uma bomba...

— Tudo bem, — diz ele, jogando as mãos para cima. — Vou tirá-la
daqui.

— Depressa, temos de ir ou você vai se atrasar para a reunião.

Ele resmunga. — Desde quando você se preocupa com o meu


negócio?

— Eu não me preocupo, eu só quero tempo para parar para pegar


um muffin de mirtilo.

Ele vai embora resmungando.

Eu sorrio e termino meu café. Ele desce um minuto depois com a


menina que se arrasta atrás dele. Ela pisca-lhe um sorriso, em seguida,
lança um para mim, e depois desaparece. Eu a sigo para fora com Jax em
meus calcanhares. Fazemos a nossa rotina matinal e quando estamos no
carro, eu pergunto a ele. — Então, onde é que vamos neste fim de semana?

— Nova York, Eu tenho uma importante reunião de negócios lá.

Eu guincho com prazer. — Sério? Nós vamos para Nova York?

— Sim, gatinha, vamos para Nova York.


Eu bato palmas feliz e ele balança a cabeça. Seu telefone começa a
zumbir no bolso e ele puxa para fora, olhando para a tela. Sua mandíbula se
contrai e ele coloca na sua orelha, respondendo com um áspero, — Sim?

Silêncio.

— Porra, Tori, eu te disse como as coisas são.

Tori novamente. Interessante.

— Sim, e isso não deveria ter acontecido.

Oh cara.

— Foi uma noite, — ele sussurra baixo.

Ele suspira alto.

— Foda-se é claro que eu gostei, mas você sabe que não posso
continuar fazendo isso, mesmo que eu quisesse. Temos que pensar
em Red.
Ele fecha os olhos e meu coração dói novamente. Ele gostou? Ele
quer isso? Eu não sei por que me incomoda, mas eu empurro esses
pensamentos para as profundezas e além, porque não vai me fazer nada de
bom cobiçar o homem que eu estou protegendo. Viro-me e olho pela janela,
tentando ignorar o resto de sua conversa. Quando ele desliga, silêncio
enche o carro.

— Pergunte, — diz ele, com a voz resignada.

— O quê? — Eu respondo, virando para ele.

— O que se tratava. Eu sei que você está curiosa.

— Não é assunto meu, bonito, — eu digo, sorrindo. Tenho certeza de


que minha voz vacilou um pouco, então eu olho para trás para fora da
janela.
— Eu peguei ela.

Eu recuo. Bem tudo bem então.

— Foi um grande erro, porque agora ela não vai deixá-lo em paz.

Viro-me para ele. — Quando isto aconteceu?

— Três noites atrás.

Eu não estava de serviço. Graças a Deus.

— Por que você fez isso? Você sabia como ela iria levar.

Ele suspira e passa a mão sobre sua mandíbula. Deus ele é lindo.

— Eu não sei, porra. Ela deu em cima de mim, eu tinha bebido. Não é
uma desculpa, mas porra, é a única que eu tenho.

— Você se arrependeu?

Ele aperta e abre os punhos. — Sim e não.

— Você ama ela?

Ele olha para mim e não há conflitos em seus olhos. — Não, mas eu
me preocupo com ela. Se Red não estivesse na foto, e eu não soubesse que
ele estava transando com ela, então sim, eu provavelmente iria sair com ela
e há uma chance de que eu a amasse. Adoro Tori, ela tem estado na minha
vida há muito tempo.

— Red a ama? — Pergunto, mesmo que eu já suspeitasse disso.

Ele balança a cabeça. — Sim, ele é apaixonado por ela desde que
estávamos na escola. Nós três sempre fomos tão próximos, eu acho que
estava prestes a acontecer com um de nós.

Eu franzo a testa. — Ela não sabe?


Ele sorri tristemente. — Oh, ela sabe, mas ela sempre foi apaixonada
por mim.
— Jesus, isso... é uma merda.

— Sim, — ele concorda. — Isso praticamente resume tudo.

— O que você vai fazer?

Ele dá de ombros. — Foda-se, eu sei lá.

Eu aceno, porque não há nada mais que eu possa dizer. Quando


chegamos ao trabalho, eu saio e faço o meu cheque de costume antes de
escoltá-lo para dentro.

— Eu estou indo para o almoço de hoje, uma reunião. É até a


estrada, — diz ele quando chegamos a seu escritório.

— Eu sei, eu tenho sua programação.

— Você vai ser capaz de lidar com as coisas em aberto desse jeito?

Eu aperto meu queixo. — Ainda não acredita plenamente em mim?

— Não é que eu não acho que você seja boa, inferno, eu sei que você
é, mas você é uma pessoa, Delaney.

— Você se sentiria seguro se Kyle estivesse com você?

Ele não diz nada.

— Então isso não tem absolutamente nada a ver com eu ser uma
pessoa, mas em vez de ser uma mulher do caralho. Quando você vai ver
que eu posso fazer o mesmo trabalho que ele? Quanto tempo é que vai
demorar?

Ele não diz nada novo.

Eu entro em seu escritório e faço a minha checagem, moendo minha


mandíbula o tempo todo. Quando eu termino, eu aceno uma mão e ele
entra.
— Ouça, gatinha...

— Pare de me chamar assim! — Eu grito.

Então estou junto à porta, de cabeça baixa, furiosa. Jax aceitou o meu
papel, mas ele ainda não confia plenamente a sua vida em minhas mãos. Ele
não se queixa sobre isso, mas eu sei que ele se sentiria mais seguro se Kyle
estivesse por perto e isso me dói. Dói porque ninguém está disposto a me
dar uma chance justa.

— Delaney, — ele tenta, mas eu coloco a mão para cima.

— Trabalho, Jax. Nós já falamos o suficiente.

Ele amaldiçoa em voz baixa, mas começa a trabalhar.


É o primeiro dia em semanas que não falamos, e me sinto estranha.

Capítulo doze
Estou nervosa em escoltar Jax para o seu almoço, mas eu não
demonstro. Eu faço tudo que posso para garantir sua segurança. Quando
chegamos ao restaurante, seus colegas de trabalho estão lá fora, todos
conversando. Isto me deixa desconfortável, mas eu verifico todos os nossos
arredores enquanto Jax conversa, procurando qualquer coisa
suspeita. Logo eu começo a relaxar.

Estou preparada para qualquer coisa, mas eu acho que uma parte de
mim ainda não testemunhou nada suficiente para eu acreditar que alguém
seria tão imprudente em tentar algum movimento contra Jax.
Eu estava errada.

É engraçado, porque eu estou esperando perigo, no entanto, quando


ele se lança sobre mim, estou chocada que realmente aconteceu.

Estamos do lado de fora, ainda conversando, e meus olhos estão


digitalizando as ruas quando noto um carro cinza velho. Não está
exatamente fazendo algo suspeito, mas ele passou em frente quatro
vezes. Lentamente. Eu não posso ver nas janelas, mas algo sobre isso me
deixa desconfortável. Eu o vejo ir até o fim da rua e, em seguida, virar e
voltar.

Eu tenho uma sensação horrível, e assim eu chego mais perto de Jax


e digo: — Devemos ir para dentro.

O homem de pé ao lado de Jax fica de lado e Jax já não está tão


seguro. Meu coração começa a bater forte e meu olhos voam para o carro
que passou ridiculamente devagar, de repente, em alta velocidade. Confie
em seu instinto. Isso é o que Nak me disse. Meu instinto é gritar para tirar
Jax fora e tirá-lo agora.

A janela do carro começa a rolar para baixo e um homem com um


rosto coberto se inclina para fora, algo em sua mão. Eu não espero; Eu giro
tão rápido que eu assusto os homens ao meu redor. Eu lanço o meu corpo
em Jax e chuto os pés para fora de debaixo dele. Ele cai e eu vou com ele,
nossos corpos pousam forçado na calçada. Eu não desligo o som enquanto
nós estamos indo para baixo, os tiros.
As pessoas entram em erupção no medo, levantando e gritando,
correndo em todas as direções. Jax está olhando para mim, seu rosto
branco com o choque. Viro a cabeça freneticamente, olhando para o
carro. Eu não posso vê-lo, então eu levanto rapidamente e puxo Jax
comigo. Ele se move rapidamente, e eu o cubro enquanto nós corremos
para o restaurante. Vejo uma garçonete e a paro.

— Existe um quarto aqui com tranca? Ele está em perigo, as pessoas


estavam atirando contra ele.

Ela balança a cabeça. — Por aqui.

Eu ainda estou segurando a mão de Jax enquanto caminhamos com


pressa em direção ao quarto. É um pequeno escritório, e só tem uma janela
alta, por isso, não corremos risco de levar um tiro através dessa janela. Eu
entro e agradeço a garçonete, e então eu tranco a porta e retiro a minha
arma, segurando-a com as mãos trêmulas. — Ligue para Nak, — eu exijo, os
meus olhos firmemente apontados para a porta.

Jax não diz nada.

Eu olho para ele, e ele está apenas sentado, olhando para a


parede. Deus caramba, ele está em estado de choque. Eu abaixo a arma e
viro, correndo em direção a ele. Eu agacho em frente dele e tomo posse de
suas mãos. Seu corpo grande está ofegante. — Ei, — eu digo. — Jax, olhe
para mim.

Ele não move os olhos.


— Vamos, bonito, bem aqui.

Ele finalmente levanta os olhos e pisca algumas vezes. — Foda-se —


Ele respira, com a voz trêmula.

— Está tudo bem, ok? Você está seguro e eu vou nos tirar daqui em
segurança.
Ele balança a cabeça, mas sua mandíbula está abrindo e fechando e
sua respiração é irregular e curta.
— Ouça-me, — eu digo, chegando e cobrindo suas bochechas com
minhas mãos. — Eu vou te proteger.

Seus olhos cinzentos encontraram os meus e ele grosas, — Você já


fez porra.

Eu concordo.
— Eles teriam atirado em mim se não fosse...

— Ei, não pense nisso. Vou chamar Nak, e nós vamos chegar em casa
em segurança, sim?

Ele balança a cabeça e olha para o lado.


Eu retiro o meu telefone e disco para Nak.

— Laney, o que foi?

— Ocorreu um tiroteio no centro. O alvo era Jax.

— Porra, ele está bem? Você?

— Eu consegui tirar ele do caminho antes que pudessem causar


qualquer dano.

— Quaisquer vítimas?

— Não que eu tenha visto, eu acho que as balas estavam meio sem
direção porque eles estavam acelerando quando passaram.
— Boa menina, você fez um bom trabalho. Onde você está agora?

— Sala de segurança, portas trancadas. Posso ter algum apoio para


tirá-lo daqui?

— Absolutamente, estou enviando Duke.

— Obrigada, Nak.
— Não tem problema, e Laney?

— Sim.
— Excelente trabalho.

Se eu não estivesse tão assustada, eu provavelmente sorriria, mas


estou assustada. Meu coração está batendo forte e eu estou tentando
manter a calma por Jax. Eu preciso me acalmar por ele. Enfio meu celular
de volta no bolso e enfrento a porta, tentando firmar minha
respiração. Tenho bastante certeza de que estou em ligeiro choque,
também. Parece que meu corpo tem mil pequenas formigas que estão
rastejando por toda parte.

— Gatinha, — Jax grosas. — Venha aqui.

Eu balanço minha cabeça. — Eu estou bem, Jax. Eu…

— Agora, Delaney.

Sua voz é dura, firme e não oferece espaço para me


movimentar. Viro-me e olho para ele, e minhas mãos começam a tremer.

— Aqui agora.

Meus pés se movem sem pensar e quando eu o alcanço, ele me puxa


para baixo em seu colo. Eu não protesto porque a minha cabeça não está no
lugar certo, está em todo o lugar, e os meus sentidos estão disparados. Eu
estou tremendo, tremendo e meu coração está batendo tão forte que quase
sinto dor. Eu tomo algumas respirações, mas elas estão quebradas.

— Olhe para mim.

Eu viro meu corpo e olho em seus olhos, nossos rostos estão apenas
a alguns centímetros. Sua respiração ainda é irregular e os sopros de ar são
quentes contra a minha bochecha.
— Você salvou minha vida.

Eu engulo.

— Eu estava errado, Delaney.

Concordo com a cabeça fracamente.

— Você é incrível.

Oh Deus.

Eu olho para baixo, tentando me controlar. Eu deveria ser fria, calma


e serena, não essa bagunça cheia de tremor.

— Eu deveria esperar na porta e ...

— Você vai ficar aqui, porque, porra, eu preciso sentir você tanto
quanto você precisa me sentir.

Eu olho para cima. — Você está bem?

Ele balança a cabeça. — Foda-se não, mas ter você deixa tudo mais
fácil.

Eu fico olhando para a boca e minha frequência cardíaca fica ainda


mais desigual e determinada. — Se alguma coisa tivesse acontecido... — Eu
começo.

Ele me corta. — Não aconteceu, porque você provou que todos


estavam errados e salvou minha vida.
Concordo com a cabeça novamente, engolindo.
O ar se torna denso entre nós e eu mudo em seu colo, sem saber o
que diabos está acontecendo entre nós. Os olhos cinzentos de Jax seguram
o meu e eu não posso evitar, e lambo meus lábios. Seus olhos piscam para
baixo para o movimento e como se estivesse em um filme romântico, ele
começa a se mover para perto de mim. Oh Deus, ele vai me beijar, e eu
quero que ele me beije. Eu quero tanto que ele me beije.

Seus lábios se aproximam até que eu possa sentir um toque suave


contra o meu. Meus olhos se fecham. Eu quero que ele me beije, eu quero
saber como ele é. Deus, ele cheira tão bem. Seus lábios escovam levemente
em toda minha face, mas antes de nossos lábios também terem a
oportunidade de se conectar totalmente, há uma forte batida na porta. Eu
empurro para trás, a realidade bate de volta.

Eu estava prestes a beijar Jax.


— Merda, — eu digo, saltando fora de seu colo, olhando para nada,
só para ele.

— Delaney, — ele começa, mas eu ignoro e corro para a porta.

— Quem está aí?

— É Duke e eu, — chama Nak.

Nak veio também. Merda.

Abro a porta e os vejo ali de pé.

— Tudo limpo? — Pergunto.

Nak acena. — Eu tenho um carro estacionado atrás do restaurante, e


nós temos a segurança assistindo. Voltaremos para o apartamento, Kyle
está lá agora para garantir que tudo está limpo.

— Ok, — eu digo, virando-me para Jax, mas não encontrando seus


olhos. — Pronto para ir?

Jax se levanta e anda atrás de mim, seu corpo tão perto que eu quero
ofegar, mas em vez disso eu mantenho minha cabeça erguida e tento
impedir minhas mãos de tremer. Nak percebe porque seus olhos se
estreitam e ele se inclina perto. — Você está bem, Laney?

Eu concordo. — Ele só estava...

— Sua primeira queda. Vá com Jax, tome um fôlego. Se você precisa


trocar os turnos com Kyle e descansar a partir deste, você pode. Você
pode estar um pouco chocada, e pode não cair a ficha até mais
tarde.

— Eu estou bem, eu vou ficar com ele.

Nak acena. — Apenas me chame se você mudar de ideia.

— Eu vou.

Todos rodeiam Jax à medida que saímos do hotel. Chegamos no


carro e quando Jax está em segurança em, eu volto para Nak. — Será que
ele precisa fazer uma declaração?

Nak acena. — Ele vai, mas eles vão esperar até amanhã. Eu dei-lhes
informação por hoje e disse-lhes que ele precisa processar.

— Obrigada, Nak.

Ele estende a mão, apertando meu ombro. — Você foi incrível lá fora
hoje, Delaney. Os parceiros de negócios de Jax me disseram o que você
fez - você salvou sua vida.

Eu tento sorrir, mas oscilo. Eu tomo uma respiração instável.

— Tem certeza que não quer ir para casa?


Eu balanço minha cabeça. — É parte do trabalho, Nak. Eu não posso
correr cada vez que algo assim acontecer.

— Vai ficar mais fácil. Você vai ter uma noite difícil esta noite, mas
da próxima vez que acontecer, isso vai afetá-la menos, e assim por diante.

— Eu espero que isso não aconteça novamente com ele, — eu digo


suavemente.

Nak sorri. — Não, nem eu, agora vá.

Dou-lhe o meu melhor sorriso de despedida, e então eu deslizo para


dentro do carro. Jax e eu não falamos enquanto nós voltamos para o
apartamento, e quando chegamos chamo Kyle pelo rádio. Ele diz que o
apartamento está limpo e que eu posso levar Jax, então eu faço exatamente
isso, tendo tempo extra para me certificar de que está seguro. Quando
chego ao apartamento, e ele está lá dentro, eu exalo com alívio.

Kyle me puxa para o lado. — O que aconteceu lá fora?

— Tiroteio.

Suas sobrancelhas sobem. — E você o protegeu?

— Ele não está aqui porra? — Eu estalo.

Kyle dá passos para trás. — Eu não estou tentando ser um idiota,


Delaney.

— Oh besteira que você não está. Obrigada por verificar o


apartamento, mas você pode sair agora.

Saio antes que ele possa responder, e um momento depois eu escuto


a porta da frente. Eu vou lá e me certifico que o sistema de alarme está
ativado, então eu olho ao redor da sala. Eu não posso ver Jax, então ele deve
estar lá em cima. Eu entro na biblioteca e me sento no sofá, chutando as
minhas botas. Meu corpo está enrolado apertado, e eu me sinto em pânico.
Eu preciso esquecer do que aconteceu, mas eu não sei como fazer isso.
Pergunto-me se Jax se importaria se eu usasse sua banheira?

Eu saio e caminho para a sala principal, olhando para cima. Jax está
de pé perto da varanda em seu quarto, falando ao telefone. Eu não acho que
ele vai se importar. Eu volto para o meu quarto, recolho algumas roupas e
sigo para o banheiro. Eu tranco a porta e preparo um banho de vapor
quente, derramando um pouco de sabão com cheiro agradável.

Então eu tiro a roupa e entro, afundando na água quente. Eu suspiro,


uma vez a água bate sobre os meus músculos doloridos, e me pergunto
como Jax está lidando com isso agora. Ele está agindo como se ele estivesse
bem, mas ele não poderia ficar bem. Ele quase foi morto hoje, o que iria
abalar qualquer um . Eu fecho meus olhos e afundo ainda mais na água.

Salvei uma vida hoje.

Pensei que iria me sentir bem, mas tudo o que aconteceu me deixou
ainda mais preocupada com o homem lá fora. Se eles tentaram uma vez,
eles vão tentar novamente. Jax está em perigo, eu sabia disso, mas esta é a
primeira vez que realmente caiu a ficha. Sua vida está em minhas mãos. Se
algo der errado, e ele for ferido, o que vai ser de mim. Eu nunca olhei para
ele assim, e o próprio pensamento me aterroriza.

Será que todos eles se sentem assim? Será que esse pânico vai
embora?

Eu tento me concentrar em outra coisa, como eu gosto do meu


banho, mas a tensão no meu corpo não está facilitando. Eu desisto e saio,
visto uma bermuda solta e uma camiseta. Deixo meu cabelo para baixo e
passo a minha escova através dele, então eu esvazio a banheira e volto para
a área de estar. Jax está na cozinha. Ele trocou de roupa e agora está
usando um par de calças jeans desbotadas e uma camisa preta.
Ele está lindo.
Ele levanta os olhos e olha para mim quando eu saio, e eu não perco
o brilho de luxúria passar por eles. Então não era só eu que sentiu a
intensidade do nosso quase beijo mais cedo?

— Você está bem? — Ele pergunta, com a voz rouca.

— Você está?

Ele segura uma cerveja. — Eu ficarei.

— Espera aí, eu vou acompanhá-lo.

Ele balança a cabeça e eu jogo as roupas sujas no meu quarto para


lavar, e então eu saio para fora e me junto a Jax. Ele me dá uma cerveja, e
nós dois nos sentamos na sala, olhando para nada, só um para o outro.

— Não parece real, — ele finalmente diz.

Eu olho para ele. — O que não parece?

— O fato de eu quase morrer hoje.

Meu coração se parte por ele. — Eu não ia deixar isso acontecer, Jax.

Seus olhos se intensificam. — Você se saiu incrivelmente bem lá


fora, Delaney.

Eu sorrio fracamente.

— Eu estava errado sobre você, e eu sou o primeiro a admitir


quando eu erro. Você salvou a minha vida e eu estarei eternamente em
dívida com você.

— Eu fiz o meu trabalho, Jax.

— Talvez, — diz ele. — Mas você ainda me protegeu com uma força
que eu não achei que você tinha.
Eu olho para as minhas mãos.
— Eu odeio viver assim, — diz ele.

Eu olho para cima. — Assim como?

Ele se inclina para trás, segurando a cerveja em seu colo. —


Preocupado com cada movimento que faço. Estes homens, eles são
covardes. Se eles viessem à minha porta sem se esconder atrás de suas
armas e ameaças, gostaria de acabar com cada um deles com minhas
próprias mãos. Em vez disso, eles estão se escondendo atrás de um ataque
surpresa. Mesmo o melhor de nós não pode nos proteger dessa merda.

— Eu te protegendo te faz sentir fraco?

Ele resmunga. — É claro que faz, porra, você não está destinada a
me proteger. Eu estou destinado a me proteger.

— Você não pode ser tudo que você é, e proteger-se, ao mesmo


tempo, Jax. Isso não faz de você um fraco.

Ele balança a cabeça com um riso amargo. — Minha vida era muito
foda, tudo como devia ser, e, em seguida, antes de eu conhecê-la, eu vejo
algo horrível e agora eu estou preso. Estou sufocando, incapaz de respirar
livremente.

Pobre homem, isto é, obviamente, o que o afeta.

— Não vai ser para sempre, Jax. Você tem que pensar assim.

Ele olha para mim. — Já faz muito tempo. Vou ficar louco, gatinha.

Eu gostaria que houvesse algo que eu pudesse dizer para deixá-lo


melhor, mas não há. Eu não posso fazer isso ir embora. Eu gostaria de
acabar com isso, mas eu não posso.

— Eu estava fora, cuidando da minha vida, meus negócios, — diz ele


e eu percebo que ele vai me dizer o que aconteceu. — Eu estava indo me
encontrar com um amigo, mas acabei no clube errado. O clube que eu ia
estava apenas um pouco mais abaixo da estrada, assim eu fui até lá. Virei-
me para um beco para fugir da agitação de pessoas, para que eu pudesse
chegar ao clube mais rápido. Era longo e escuro, e quanto mais eu entrei,
mais eu percebi que era o caminho errado.
Meu coração palpita com medo por ele.

— Eu estava prestes a virar quando ouvi um grito. Era uma


mulher. Eu não podia simplesmente voltar atrás, eu precisava verificar o
que estava acontecendo, me certificar de que ela estava bem, então comecei
a correr e fui conferir. Eu entrei em uma clareira escura, e sob um poste de
luz maçante, eu vi oito homens. Eles tinham uma mulher no chão, e eles
estavam...

Eu engulo e desvio o olhar, porque eu sei o que ele vai dizer.


— Eles estavam…

— Eu entendo, — eu digo suavemente.

Sua olhos encaram os meus e não há dor em suas profundezas.

— Não era apenas isso, eles tinham armas e facas. Ela estava tão
maltratada, tão ensanguentada, foi horrível. Fiquei ali, congelado no chão,
querendo matar cada um deles. Eu não sou estúpido embora. Eles tinham
armas e facas. Se eu fosse lá, eu estaria morto em questão de
segundos. Então, eu fiz algo estúpido.

Eu espero, prendendo a respiração.

— Eu peguei meu telefone e eu filmei eles. Eu pensei que se eu o


levasse para a polícia, eu teria uma chance melhor de conseguir a ajuda que
a menina precisava. Eu filmei o rosto de todos, e então eu virei para chamar
a polícia quando um deles me viu. Não me lembro de muita coisa depois
disso, tudo o que eu sei é que eu corri, dois deles me alcançaram e
entramos em uma enorme briga. Eu estava batendo, eles foram me batendo
e depois fui nocauteado.
Oh Deus.

— Eu acordei no hospital. A polícia me disse que alguém estava


andando perto e ouviu o barulho, e os chamou. Eles chegaram em cima da
hora, literalmente - Eu tinha seis facadas, um nariz quebrado, um olho roxo
e um corpo seriamente fodido — Ele se vira e levanta a perna, arregaçando
as calças e me mostrando algumas cicatrizes roxas. Em seguida, ele deixa
cair as calças um pouco e me mostra mais nos quadris. Deus, coitado.

— De qualquer forma, eu mostrei a eles o vídeo e eles reconheceram


alguns dos rostos. Estes homens são o que eu suponho que você poderia
chamar membros de uma gangue que está diretamente ligada a um cartel
de drogas. É uma situação confusa. Foi o suficiente para a polícia para fazer
uma prisão, mas apenas sobre aqueles que poderiam localizar. Isso abriu
um mundo de problemas para a gangue e antes que eu percebesse, eu
estava recebendo ameaças contra a minha vida. Pessoas assim não têm a
amabilidade por pessoas como eu, que expõem tudo.

— Jax, — eu digo suavemente.

Ele dá de ombros. — Foi uma situação fodida, e o pior de tudo é, era


só eu no lugar errado na hora errada. Eu deveria ter ido embora, mas
gravar esse vídeo era a única forma que eu poderia ajudar aquela
menina. Me matou eu não poder ter chegado lá e acabar cada um desses
idiotas, mas eu não sou um homem estúpido.

— Eles teriam matado você, — eu digo.

— Sim, eles teriam. Eles a mataram.


Eu recuo. — Oh, Jax.

— Então, eu escolhi a minha vida sobre a dela.

Ah não.

— Não, você optou por não tentar ser um herói quando você sabia
onde você teria terminado. Você teve o cuidado de si mesmo, mas não há
nada de errado com isso. Você não sabia que ela ia morrer.

— Eles estavam a machucando, — ele grosas.

— E você fez o melhor que podia com o que tinha. Deus, Jax, você
não pode esperar para ser morto ao proteger uma mulher que você não
conhece. É um mundo cruel, coisas assim acontecem todos os dias. É
horrível, e injusto, mas é a verdade. Não teria feito nenhuma diferença se
você entrasse em cena, exceto que você estaria morto também. Você fez a
coisa certa.

Ele não diz nada, porque não acredita que ele fez a coisa certa. Isso
faz meu coração doer por ele.

— Foi uma situação ruim, — eu digo suavemente. — Não foi culpa


sua.

— E no final eu perdi a porra do meu tempo, não foi? — Ele diz. —


Porque eles vão me pegar de qualquer jeito. Aqueles homens não vão se
sentar e me deixar viver pacificamente depois de revelar tanto para os
policiais. Eles vão querer vingança, e eles sabem quem eu sou e onde me
encontrar.
— Como eles descobriram quem você era?

— Um deles pegou minha carteira. — Ele late uma risada. — Você


pode acreditar?
— Jax...
— Vivo todos os dias, olhando por cima do meu ombro, me
perguntando quando eles vão fazer seu movimento. Hoje eles começaram,
e agora não vai ter fim.

— Eu não vou deixá-los chegar perto de você, — eu digo, e seus


olhos piscam para o meu rosto.

— Você é incrível no que faz, Delaney. Mas você ainda é apenas uma
pessoa. Você gosta de mim. Se eles quiserem chegar até mim, eles vão
chegar.

Ele se levanta e sobe as escadas para o quarto, e eu quero gritar com


a frustração. Quero ajudá-lo. Eu quero que ele acredite que vai ficar tudo
bem, mas eu também entendo por que ele acha que não ficará. Se fosse eu
na situação dele, eu estaria apavorada também. Eu suspiro e fico de pé,
jogando minha garrafa de cerveja fora. Eu não posso beber mais do que
uma.

Especialmente depois desta noite.

Eu vou para a biblioteca e tento descansar um pouco, mas é


inútil. Deito na cama até que o sol se põe e a noite cai, mas eu não estou
tendo nenhuma sorte. Levanto-me e espreito para dentro da sala de estar
para ver Jax sentado em um banquinho do balcão da cozinha, sem camisa,
cerveja na mão, cabeça baixa.

Eu deveria deixá-lo só, mas eu não posso. Em vez disso eu saio e


caminho em direção a ele, querendo ajudar, sabendo quanto aterrorizado
ele deve estar. Ele nunca vai demonstrar, porque ele é muito durão para
isso, mas tem que estar lá, no fundo. Ele é humano, e qualquer pessoa
normal ficaria abalada depois do que ele passou.

— Ei você aí, bonito, — eu digo, sentando-se ao lado dele.


— Desculpe por aquilo, — resmunga. — Não queria ser um idiota.

Eu ri baixinho. — Você não está sendo um idiota.

Ele olha para mim, seus olhos cinzentos cansados e desgastados. —


Você é uma boa mulher, Delaney. Muito boa para um trabalho como
este. Boa demais para arriscar sua vida por mim.

Eu dou de ombros. — Essa é a sua opinião, mas não é minha.

— Será que eles se sentem bem fazendo o que você fez hoje? —
Pergunta ele.

— Não, Jax, — eu digo-lhe a verdade.

— Será que salvar minha vida faz tudo valer a pena?

Eu estreito meus olhos para ele. — Absolutamente.

Ele estuda meu rosto.

— Quem é que você está poupando, gatinha? — Ele grosas.

Meu coração começa a bater.

— Eu não preciso poupar ninguém.

Ele chega mais perto e eu congelo enquanto seu polegar desliza


suavemente sobre o meu lábio inferior. Deus ele está bêbado, eu posso
sentir o cheiro da cerveja em seu hálito. — Mas você está fazendo
isso. Você simplesmente não vê.

— Jax, — eu sussurro, sabendo que eu deveria puxar para trás,


sabendo que eu deveria protestar, ou pelo menos tentar e me impor.

— Você se esconde atrás de sua insolência, mas você é tão quebrada


quanto o resto de nós. Salvar outras pessoas é algo que você escolheu
porque você desistiu de tentar salvar a si mesma.
— Jax.
— Você deve parar, parar de tentar salvar homens como eu.

— Homens como você? — Eu pergunto, minha voz baixa.

— Fracassado, Delaney.

Eu mantenho seus olhos. — Você não é um fracasso, Jaxson


Shields. Você é o mais talentoso incrível homem bonito, que eu já conheci.

— Eu uso as mulheres, — diz ele rispidamente.


— Você e um milhão de outros homens.

— Elas não merecem isso.

Eu zombo. — Elas querem que você as use, Jax, ou elas não iriam
deixar. Já pensou que você poderia estar sendo usado tanto quanto você as
está usando?

Seus olhos brilham.

— Você olha para o mundo de modo diferente do que o resto de nós.

Concordo com a cabeça lentamente. — Isso é porque eu optei por


vê-lo de forma diferente. Ser amarga não é da minha natureza.

Nossos olhos bloqueiam e a tensão está de volta, grossa e forte,


como era antes. Jax aproxima novamente, colocando uma mecha de cabelo
atrás da minha orelha. Eu suspiro e toda a minha lógica está gritando para
eu me levantar e correr, mas todos os meus sentidos estão destinados a
ele. Todos querem um pedaço de Jaxson Shields.

— Eu deveria..., — eu sussurro.

Ele não me deixa terminar. Ele move sua mão rapidamente,


enrolando-a em torno da parte de trás da minha cabeça e antes que eu
possa protestar, seus lábios estão cobrindo o meu. Sinto arrepios no corpo
inteiro e eu suspiro de prazer quando ele saboreia meus lábios com a
língua e de repente eu estou beijando Jax.

Eu não planejei isso. Inferno, eu nem sequer pensei que eu queria


até hoje, mas agora eu não consigo imaginar querer qualquer outra
coisa. Ele tem gosto de cerveja, masculino, e é tudo maravilhoso. Seus
lábios são suaves, mas suas bochechas estão me arranhado e a combinação
é incrível. Meu sexo se aperta e minhas mãos movem por conta própria,
agarrando sua cintura.

Ele se inclina, tomando o meu banquinho e deslizando-o para mais


perto dele, até que seus braços podem ir ao redor da minha cintura e os pés
podem ficar ao redor do meu banco, efetivamente prendendo-me no
lugar. Ele me beija vorazmente, devorando minha boca, e eu deixo. Eu
posso sentir seus rígidos músculos abdominais e deus, ele parece fora deste
mundo.

Nosso beijo se torna mais frenético e os dedos escavam em meus


quadris, abrindo e fechando com clara necessidade. Sua outra mão está
entre minhas pernas e os dedos, pressionam suavemente contra o algodão
embebido cobrindo meu sexo. Ele geme, eu choramingo, e ele acaricia meu
sexo, sua grande mão cobrindo-me e provocando tudo à vida. Eu luto com
tudo, sabendo que eu não deveria estar fazendo isso, mas não me
importando nem um pouco quando ele move as mãos para cima e, em
seguida, deslizam meus shorts.

Seus dedos mergulham em minha buceta e pastam sobre o meu


clitóris. Eu suspiro e choramingo seu nome, nossas bocas se movendo para
além de apenas uma fração de segundo, antes de voltar juntos novamente
em um beijo que é mais faminto do que antes. Meus dedos ainda estão
enrolados em torno de sua cintura e ele está esfregando suavemente meu
clitóris em pequenos círculos, firmes, fazendo meu corpo faiscar para a
vida.

Meu orgasmo está construindo mais e mais, quando a campainha da


porta soa, como um alarme gritando. Eu empurro Jax para trás, ele se
encolhe tanto e olha para a porta. Alguém lá em baixo está chamando. As
repetições de sons são como água fria que está sendo espirrado sobre o
meu corpo. Que diabos estou fazendo?

Eu puxo de volta freneticamente, liberando Jax, e suas mãos de


minhas calças enquanto eu tropeço para fora do banco. Oh Deus, o que
diabos eu estava pensando? Onde diabos o meu cérebro foi parar? Corro
até a porta, ignorando suas maldições abafadas, e pressiono o pequeno
botão ao lado dela.

— Sim?

— Olá, Delaney, — o segurança na porta diz. — Tori está aqui para


ver o Sr. Shields.

Droga.

Droga.
Eu quero gritar em frustração, mas em vez disso eu olho para Jax,
que está olhando para mim, seu rosto uma máscara inexpressiva. Ele
balança a cabeça e eu quero morrer de ciúme que rasga meu peito. —
Mande-a subir, — eu digo, minha voz fraca.

— Sim senhora.

Eu quero virar e correr, mas eu não posso. Eu tenho que ter certeza
de que realmente é Tori e não alguém fingindo ser ela. Quando escuto a
batida na porta do apartamento eu olho pelo olho mágico e vejo que é
Tori. Com um suspiro, eu abro a porta. Seus olhos se alargam quando ela
me leva para dentro, e então ela exige, — Jax está aqui?

— Claro que ele está aqui, — eu digo, minha voz vazia. — Por que
diabos eu estaria aqui se ele não estivesse?
— Certo, — diz ela. — Me deixa entrar?

— Você precisa me mostrar o que está em sua bolsa, — eu digo,


inexpressiva.

— Sério?

— Eu tenho certeza que você está ciente do que aconteceu hoje,


então eu peço que você coopere.

Ela geme e empurra sua bolsa para mim. Eu verifico e, em seguida,


entrego de volta para ela, deixando a porta aberta. Ela vê Jax e eu não perco
o estreitamento de seus olhos quando ela vê que ele está apenas em um par
de calças de moletom. Ainda assim, ela caminha para a frente e se joga em
seus braços. — Oh Jax, eu estava tão preocupada, — diz ela, enterrando o
rosto em seu pescoço.

— Eu estou bem, Tor, — diz ele, agarrando-se a ela.


Droga.

Eu engulo e recuo, batendo a porta com força e acionando o


alarme. Então eu viro e vejo que Jax está me olhando de cima do ombro de
Tori. Eu endureço e viro, murmurando, — Boa noite, — antes de
desaparecer na biblioteca e fechando a porta. Então eu a tranco.

E eu mantenho assim até de manhã.


* * *

Eu acordei antes de Jax na parte da manhã, e eu vou direto para o


trabalho de fazer o café e me preparar para o dia. Nós estamos indo para
uma reunião de negócios, então ele tem um jantar e uma noite no
casino. Eu estou esperando que em tudo isso, não teremos a oportunidade
de conversar. Eu preciso me recompor, recuperar de ontem, empurrar
qualquer sentimento patético remanescente sobre Jax de lado e focar no
trabalho.
Mantê-lo seguro.

Eu tento dificilmente não pensar sobre o que aconteceu ontem à


noite, mas é quase impossível. Jaxson Shields tinha as mãos em minhas
calças, e me senti incrível. Eu não posso deixar isso acontecer
novamente. Eu preciso ser tão profissional quanto eu posso, e recusar
qualquer momento a sós com ele a menos que seja para protegê-lo. Nada
mais.

Ouço passos enquanto eu estou preparando café. Eu olho para ver


Jax descendo as escadas, seguido por Tori. Meu coração aperta, tão forte
que eu tenho que desviar o olhar. Não tenho o direito de ter ciúmes - ele
não está comigo. Ele está dormindo com ela. Não é da minha conta. Eu não
me importo. Digo a mim mesma estas coisas mais e mais enquanto eu tento
manter a calma, calma e serenidade.

— Delaney, — Jax diz, mas eu não olho para ele.

— Temos uma reunião esta manhã. Você pode se preparar para que
eu possa garantir que você chegue a tempo?

Ele está em silêncio, mas eu mantenho meus olhos sobre o café,


agarrando o meu antes de virar para o meu quarto para me trocar. — Seu
café está lá. Eu não fiz um para a sua namorada, eu não sabia que ela estava
aqui. Eu estarei pronta em vinte minutos.

— Delaney, — ele tenta novamente, mas eu o ignoro e caminho para


a biblioteca, fechando a porta.

Eu pressiono as costas contra ela, tomando uma respiração


profunda. Eu posso fazer isso, eu tenho que fazer isso. Eu vim até aqui, um
pequeno momento não vai mudar nada. Eu dou um impulso e me
visto. Estou apenas a abotoando minha blusa quando a porta se abre e Jax
entra.
— Muito ruim se eu estivesse nua, — murmuro.

— Podemos conversar? — Ele pergunta.

— Não, Jaxson, nós não podemos. Você está pronto para ir?

Viro-me e olho para ele pela primeira vez, e meu coração dói. Ele
está vestido, mas seus olhos parecem tão cansados. Eu tento não sentir
simpatia e, em vez realizar uma expressão constante, em branco.

— Delaney, pare com isso. Eu tenho que falar com você e porra, você
sabe disso.

— Não, senhor, você não tem. Cometemos um erro. Esqueci o que


foi por causa dos acontecimentos do dia. Isso não vai acontecer novamente.

— Jesus, Delaney, que merda, está errado com você?

Eu mantenho meu rosto em branco. — Você está pronto para o


trabalho?

— Delaney, — ele late. — Eu não transei com ela.

Eu recuo e seus olhos vão para o movimento. — Eu sabia que você


estava lá em algum lugar.

Eu olho para longe. Ele dá um passo mais perto.

— Eu não transei com ela, gatinha. Ela só ficou a noite. Ela queria
conversar e eu senti que eu devia isso a ela.

Eu não preciso de suas desculpas.


— Isso é ótimo. Podemos ir?

— Pare, — ele rosna, avançando ainda mais perto e fazendo-me dar


um passo atrás. — Pare de fingir que não está afetada por tudo. Você
salvou minha vida ontem, então eu tive meus dedos em sua boceta maldita,
e agora você está agindo como gelo. Não faça isso.

— Foi um erro, — eu digo, encontrando seu olhar.


— Para você talvez.

— Não, Jax, para nós dois. Eu sou sua protetora, eu não tenho tempo
para ser sua... o que diabos eu estava sendo na noite passada.

— Delaney.

— Não, Jax, — eu estalo, interrompendo-o e meu rosto fica duro. —


Meu trabalho é muito mais importante do que qualquer coisa, até mesmo
você. Agora deixe-me fazer isso.

Eu passo por ele, odiando como seu rosto ficou apagado. Eu acho
que as minhas palavras o feriram, sem, dúvida, elas doeram. Mas eu tinha
que fazer isso. Eu não posso deixar isso continuar com Jax, eu preciso
voltar ao foco em protegê-lo e não deixar qualquer outra coisa ficar no
caminho. Então é isso que eu vou fazer. Eu vou empurrar os pensamentos
de quão incrível ele é para parte de trás da minha mente e deixar lá.

Eu não tenho tempo para me preocupar com Jaxson Shields.

Nenhum.

Capítulo treze
Jax permanece calado o dia inteiro, e isso torna o meu trabalho
muito mais fácil. Nós não falamos. Eu só faço o que tenho que fazer e tenho
certeza que ele continue o trabalho sem incidentes. Eu mantenho um olho
extra para fora, certificando-me de que ele está seguro. O dia é longo, e
arrasta, mas nada memorável acontece até chegarmos de volta ao seu
apartamento para nos preparar para a noite.

Eu estou passando pela recepção com Jax atrás quando a


recepcionista chama meu nome. Eu paro, confusa, e olho para ela. Ela me
olha e eu sinalizo para Jax parar enquanto eu chego mais perto e vejo o que
ela quer. Eu não tenho ideia por que ela sente a necessidade de me chamar,
eu não moro aqui e eu nunca falei com ela. A menos que Nak deixou uma
mensagem - embora ele não tenha tentado ligar no meu telefone.

— O que posso fazer por você? — Pergunto.

— Isto foi entregue para você hoje, — diz ela, sorrindo e acenando
para um pacote grande de flores na recepção.

Eu pisco. — Pra mim?

— Sim, você é Delaney, não é?

— Sim mas…

Quem diabos iria me mandar flores? Eu não disse a Mitch ou Jed


sobre o que aconteceu. Talvez seja Nak pelo bom trabalho? Embora ele
realmente não parece o tipo de homem que manda flores. Talvez Kyle? Eu
ronco, com certeza não. Ele não sabe como encantar uma mulher.

— Obrigada, — eu digo, quando ela não me responde, pegando as


flores.
Volto para Jax, cujo olhos vão de mim para as flores. Sua mandíbula
endurece e eu finjo não notar enquanto nós vamos até seu apartamento. Eu
verifico sobre eles enquanto nós continuamos, certificando-me nada parece
suspeito, e eu vejo um pequeno cartão que está para fora. Eu gentilmente
passo os dedos sobre ele e é só papel, então eu espero até chegarmos ao
apartamento antes de abri-lo. Nós entramos e eu faço minhas checagens
habituais e, em seguida, fecho a porta, aciono o alarme. Temos cerca de
duas horas para ficar prontos para a saída da noite, então eu levo as flores
para o meu quarto e as coloco na mesa de café. Curiosa, eu arranco o cartão
para fora e sento-me no sofá, assim quando Jax atinge minha porta e me
olha fixamente.

Abro a nota e leio as palavras. Meu sangue corre frio e minhas mãos
começam a tremer quando eu leio a nota.

Faça um favor. Fique longe de Shields. Se não o fizer, a próxima bala


vai ser destinada a você.
Eu recuo e imediatamente viro, agarrando as flores e as arrancando
para fora da base. Eu não sei o que estou pensando, mas eu preciso ter
certeza que nada está plantado nelas. Jax entra no quarto enquanto eu
estou as rasgando e jogando em seu chão, e ele levanta o cartão. Eu escuto
um assobio, e então ele está fechando suas grandes mãos em torno das
minhas, puxando-me longe das flores.

— Delaney, — diz ele. — Pare.

— Pode haver algo aqui, — eu digo freneticamente.

— Delaney.

— Eu só preciso...

— Gatinha! — Ele late e eu congelo.

Então meus joelhos começam a tremer. Jax envolve um braço em


volta de mim e me puxa contra ele.

— As flores são boas. Foi uma maneira inteligente de mandar uma


mensagem sem parecer suspeito.

— Eles são... eles...

— Eles não vão chegar perto de você. É uma ameaça, Delaney.

Eu perdi isso, então. — Não é uma ameaça, eu vi o que eles


fizeram. Droga. Isso é ruim, isso é tão ruim. Eu preciso chamar Nak e...

Jax me vira e bato o meu corpo em seu peito. — Se você chamar Nak,
ele vai te tirar do caso. É isso que você quer?

— Não, — eu choro.

— Se isso incomoda você, eu estou aqui com você. Eu vou fazer a


ligação, mas você tem lutado por uma chance como essa desde o
início. Pense muito bem sobre o que você quer fazer, acalme-se do
choque. Eles estão despenteando penas, Delaney. Eles estão tentando fazê-
la recuar. Se você for, ele vai ser o próximo guarda que recebe ameaças.

Ele está certo, eu sei que ele está. Eu não sou o primeiro guarda-
costas a receber ameaças. Todos os outros têm em algum ponto. Eu sei por
que eu já ouvi as discussões. Eu posso sair do caso, se eu quiser, mas não é
isso que eu quero. Eu preciso ficar com Jax até o fim - Eu só preciso tomar
algumas respirações. Esse recado... me assustou.

— Como você acha que eles sabiam o meu nome?

Ele dá de ombros. — Não seria difícil descobrir.

Eu aceno e ele estuda meu rosto. — Você tem certeza que está bem?
— Eu estou bem, eu só...
— É assustador, — diz ele, seus polegares esfregando sobre meus
quadris. — Eu conheço o sentimento.

Eu engulo, de repente sentindo uma pequena percentagem de como


ele poderia ter vivido nos últimos meses.

— Deus, Jax, eu sinto muito, — eu digo, dando um passo para


trás. — Eu não percebi o quão ruim as coisas devem ser para você.

Ele dá de ombros. — Vamos, nós temos duas horas antes de


sairmos. Vem se sentar um pouco, processar que acabou de acontecer.

Eu aceno e ele me leva para a sala, e nós sentamos em sofás opostos,


olhando para o outro.

— Diga-me como você cresceu, — ele pergunta.

Sou grata por ele, agora. Ele está tentando tirar a minha mente do
acontecido, e eu aprecio isso.

— Eu cresci aqui. Eu perdi meus pais quando eu era pequena, em


torno de cinco anos, e minha tia e meu tio me adotaram.

Seus olhos brilham. — Você perdeu seus pais?

— Acidente de carro.

Jax tinha perdido seus pais também. Lembro-me lê-lo em seu


arquivo, embora não disse como.

— Eu sei o quanto isso dói. Bom que você teve alguém que você
confiava para cuidar de você.

Eu concordo. — Eu sou grata por Tia Bett e tio George, que me


deram a melhor vida que podiam e que estava cheia de amor. Eu realmente
não me lembro muito sobre meus pais.
— Então, sem irmãos?

Eu balanço minha cabeça. — Não, eles nunca chegaram a ter outro


filho, mas a tia Bett e tio George têm um filho, Jed. Ele tem sido meu melhor
amigo desde que eu era mais jovem. Ele tem um amigo chamado Mitch, que
eu também adoro. Aqueles dois têm me dado são meus irmãos.

Jax encara meus olhos e se tinha algo que eu não tenha visto nele
antes era - compaixão. — Eles são importantes para você, isso é bom.

— Mitch está um pouco apaixonado por mim, — Eu digo sem


pensar. — Mas ele sabe que nós somos apenas amigos. Eu adoro ele.

Jax fica tenso. — Ele quer você?

— Bem, teve uma noite, poucos anos atrás, onde as coisas quase se,
ah, ficaram fora de controle. Eu acho que é tipo você e Tori.

Ele estuda meu rosto. — Você se preocupa com ele?

— Não, bem, ele é meu melhor amigo, mas isso nunca foi mais do
que isso. Poderia ter sido, mas como você, nós nos preocupamos com Jed
demais.

— Red, Jed, acho que nós fomos feitos para conhecer um ao outro,
gatinha. Nossas histórias são assustadoramente semelhantes.

Eu sorrio. — Sim, vamos fingir que não é assustador.

Ele me dá um meio sorriso lindo. Quando ele está assim - ele é


lindo. — Escute, sobre a noite passada...

— Jax, — eu sussurro. — Por favor, não. Você e eu sabemos que não


deveria ter acontecido. Eu preciso... Eu só preciso fazer o meu trabalho,
agora mais do que nunca. Eu não posso dar ao luxo de me distrair.
Ele estuda meu rosto. — Entendi.

— Então, por favor deixe-me seguir em frente e fazer isso.

— Eu estou te ouvindo, baby, — ele murmura, de pé.

Meu coração vibra a uma parada e meu lábios se abrem enquanto eu


o vejo caminhar para o seu quarto.
Ele me chamou baby.

Isso não era para ser incrível.


* * *

— Sim, Kyle. — Eu suspiro para o telefone enquanto Jax e eu


viajamos para o casino. — Está bem.

— Nak me pediu para verificar você, Delaney. Eu estou fazendo isso.

— E eu disse que está tudo bem, nós não temos problemas desde
ontem.

— Você precisa de ajuda esta noite? É um grande evento, alvo fácil.

Eu moo meus dentes. — Eu acho que já provei que eu posso fazer o


meu trabalho, Kyle. Deixe-me fazer isso, sim?

— Tudo bem, mas você precisar, chama. Se você se sentir


insegura. Você precisa ter certeza de que você verificou...

— Mais tarde, Kyle, — eu digo, desligando o telefone.

— Esse homem precisa de um bom chute, bem nas bolas, —


murmura Jax.

Eu ri baixinho. — Você está certo sobre isso.


Ele olha pela janela, ele parece nervoso. Eu não o culpo, ele está
aqui, arriscando a sua vida novamente em público, tão logo após o último
encontro. Eu não falo enquanto nós dirigimos, e quando chegamos ao
casino, eu instruo o motorista para puxar ao redor para a entrada segura
que Nak providenciou. Eu saio em primeiro lugar, meu longo vestido
vermelho fluindo em torno de meus pés enquanto eu endireito ,
manuseando a arma na minha bolsa.

Está tudo tranquilo, então eu falo para Jax sair. Ele sai,
surpreendente bem em seu terno, e nós dois entramos no casino. Eu faço
todos meus exames usuais enquanto nós caminhamos para o grande salão
que foi reservado para a ocasião. É um evento de caridade / angariação de
fundos grande no tema do gangster dos anos oitenta. À medida que entro,
as pessoas estão vestidas com ternos, as meninas com o cabelo solto e
vestidos apertados. Há mesas alinhadas de cartas e caça-níqueis, e todo o
tema foi definido perfeitamente.

Eu ando com Jax para o grupo de homens que ele aponta para
mim. Ele me apresenta como sua convidada para a noite e eu estou bem
com isso. Eu seguro minha bolsa perto enquanto eu olho ao redor da sala,
ouvindo apenas vagamente enquanto Jax conversa com seus
colegas. Começam a falar sobre seu mais novo hotel, que está sendo
construído em Los Angeles e eu só escuto, apenas mantenho os olhos sobre
as pessoas.

Nós devemos estar bastante seguros aqui, considerando que está


protegido por segurança, mas ainda assim, eu não posso ser
descuidada. Alguém poderia ter chegado sem meu conhecimento, e poderia
estar agindo como um dos convidados. Não posso arriscar isso, então eu
fico perto de Jax e sorrio quando eu preciso, e respondo a perguntas
quando necessário. Eu sou a convidada perfeita.

A noite continua, e Jax começa se soltar, rindo e conversando,


quando necessário. O jantar é servido e os leilões começam. Eu sento e
assisto com um sorriso enquanto eles fazem dinheiro para algumas
instituições de caridade bem conhecidas. Ele vai para o palco e faz um
discurso e eu fico perto, mantendo meus olhos sobre as pessoas que o
rodeiam.

Parece que está tudo bem.

Quando o jantar acaba, a dança começa. Casais começam a ir para a


pista de dança, e eu sorrio enquanto eles se movem, olhando ansiosamente
para os outros. Estou ocupada olhando quando um braço fica ao redor da
minha cintura e eu empurro, virando-me para ver Jax nos levar em direção
à pista de dança. Eu empurro meus saltos e protesto, — Eu acho melhor
não.

— Vamos lá, gatinha, você vai adorar.

— Não, obrigada. Pareço uma galinha sem cabeça dançando.

Ele ri, baixo e sexy. — Então você deve definitivamente me dar


algum entretenimento para a noite.

— Foda-se, Jaxson Shields.

Seu riso se transforma em uma risada. — Porra, você é bonita


quando você está atrevida.

— Eu não vou dançar. A pista de dança inteira não quer ver minha
calcinha de super-herói quando eu cair.

Ele me leva adiante. — Você usa calcinha de super-herói?

— Claro que sim;

Ele bufa.

— Homem de Ferro é muito real no meu mundo.

— Deus, — ele murmura. — Você poderia ter, pelo menos, o Hulk


em sua calcinha.

— Ele é verde, ninguém quer um homem verde perto de suas partes.

Ele sorri e me gira até que eu sou forçada a colocar minhas mãos
sobre ele. Ele começa a dançar, suas mãos balançando no meu quadril,
minhas mãos descansando em seus ombros. Seus olhos travam com o meu
e de repente todo o humor se foi. Sou levada de volta para sua cozinha na
noite passada e meu coração começa a bater forte novamente.

Pare de pensar nisso, Delaney. Pelo amor de Deus, pare de pensar


sobre isso. Eu olho para longe, olhando para os casais em torno de nós,
tentando olhar para qualquer coisa, menos para ele. Ele me puxa para mais
perto com um pequeno puxão de meus quadris e me engasgo quando o
meu corpo pressiona contra o dele, sua carne musculosa moldando ao
redor da minha e me fazendo sentir viva. Eu olho em seus olhos novamente
e ele passa de brincalhão, para vigoroso.

Oh Deus.

Eu tenho que me afastar.

Eu não posso.

Ele nos influencia, os nossos corpos em movimento ao som da


música. Eu tento, Deus eu tento, ignorar a espessura pressionando contra
minha pélvis, mas é quase impossível. Seus olhos estão aquecidos e ele se
inclina para perto, então nossas testas estão tocando. Não, Deus caramba,
não. Eu não posso permitir isso. Eu tento me afastar, mas suas mãos
apertam em meus quadris.

— Não, — ele sussurra. — Deixe-me ter isso.

— Você sabe que isso é perigoso, — eu sussurro. — Droga, Jax.

Ele vira a cabeça para o lado, pressionando o rosto no meu e ele não
diz nada mais. Nossos corpos estão pressionados juntos, nossas bochechas
quente contra do outro, e parece incrível. Eu deixo meus olhos se fecharem,
e eu deixo meu corpo se mover com o seu, relaxo meus quadris para que
nós balançamos juntos. Minha respiração torna-se irregular e quero beijá-
lo, mais do que qualquer coisa neste mundo ,eu quero seus lábios nos
meus. Mas eu não posso.

A canção termina e estamos assim, grudados um no outro, até que


uma garganta limpa e eu me afasto. Uma mulher linda está de pé, sorrindo
para Jax. — Olá, lindo. Lembra de mim?

Seus olhos digitalizam sobre seu rosto e sua mandíbula endurece. —


Você não vê que estou ocupado?

Ela sorri, não está ofendida por seu tom áspero. — Eu tenho certeza,
mas eu só ia perguntar se você dança comigo a próxima.

— Não, obrigado, — ele resmunga.

— Eu preciso, ah, usar o banheiro, — eu digo, me afastando.

— Eu também, — Jax rosna, olhando para a mulher e me segue para


fora do salão.
Nós temos que usar os banheiros que estão em um longo corredor
estreito fora do salão de baile, porque não há nenhum no salão de
baile. Abro a porta primeiro, empurrando minha mão na minha bolsa para
agarrar a minha arma enquanto eu olho ao redor. Parece bem, então eu
sigo Jax em direção ao banheiro.

Nós alcançamos e eu tenho um problema. Se eu for para o banheiro,


Jax não estará seguro. Eu fecho os olhos e respiro fundo, então eu digo para
ele. — Eu acho que você vai ter que ir, e eu vou ter que levá-lo de volta para
a segurança do salão de baile e depois eu ir.

O músculo em sua mandíbula salta, e sei que ele não gosta que eu
venha aqui sozinha. Antes que ele possa responder, dois homens entram no
corredor. Uma vem da esquerda, o outro da direita. Eu recuo e meus olhos
instantaneamente caem para as mãos que estão alcançando suas jaquetas.
— Olhe para isso, dois em um, — o homem à minha esquerda diz, e
meu sangue corre frio.

Eu passo mais perto de Jax e o dedo a arma na minha bolsa, não


querendo usá-la, mas estou mais do que disposta a usar, se necessário. Jax
enrola a mão no meu pulso e aperta, ele está enviando uma mensagem, só
que eu não sei o que é.

— Isso vai ser mais fácil do que pensávamos. Você tem sido um
fardo para nós por muito tempo, — o segundo homem resmunga, olhando
para Jax.

Ele pega uma arma e todo o ar é sugado dos meus pulmões. Eles não
iriam atirar em nós em um cassino, não é? Deus, é claro que iriam, e agora é
a sua chance perfeita. Eu fico olhando para a arma e eu sei que não posso
chegar para a minha tão rápido, minha única chance é um ataque
rápido. Fui ensinada como desarmar um homem com um ataque de
choque, mas ainda é um risco, considerando que há um homem no outro
lado de Jax com uma arma, também.

Se eu derrubar esse cara, o outro homem vai atirar em Jax antes de


eu ter a chance de chegar a ele, também? Eu tenho que correr o risco,
porque se eu ficar aqui sem fazer nada, eles vão certamente atirar em
nós. Eu olho para Jax e ele balança a cabeça levemente. Será que ele sabe o
que eu vou fazer? Será que ele vai derrubar o outro homem? Eu tenho a
esperança de que ele vai. Concordo com a cabeça ligeiramente e o homem
ri.

— Vocês dois não têm saída, você pode fechar os olhos, se


quiser. Vai doer menos. Eu prometo acertar bem entre os olhos.
Eu estremeço e viro para olhar para ele, ele aponta a arma entre os
olhos. Agora ou nunca. Eu acerto o braço dele e torço tão rapidamente que
ele não vê chegando. Eu não tento desarmá-lo ainda, mas em vez disso
dirijo um punho em seu estômago quando eu faço contato. Ele afasta um
par de passos para trás no momento do impacto e eu sou grata que eu não
ouvi uma arma disparar. Em vez disso eu escuto grunhidos. Jax estava
pensando o mesmo que eu, graças a Deus.
Concentro-me no homem que já envolveu um braço em volta da
minha cabeça e está empurrando meu rosto em seu estômago, tentando me
sufocar. Eu uso o meu punho livre para subir e socá-lo entre as pernas. Ele
fole e tomba para trás. Eu levanto e torço o corpo para o lado, me
preparando para chutá-lo tão duro quanto eu posso quando ele se vira
habilmente e dirige um punho na minha cara.

Eu suspiro enquanto dor brota através do meu crânio, explodindo


nas profundezas e me pegando de surpresa por um segundo. O homem
aproveita, e impulsiona o outro punho no meu olho e eu caio para trás. Eu
tropeço em algo e eu percebo que é um corpo. Eu pouso em minha parte
traseira e como um relâmpago, Jax passa por mim. Há um estalo alto e, em
seguida, uma arma desliza para mim. Eu entendo mesmo estando tonta.

Vejo Jax e o homem no chão, seus corpos rolando, punhos voando. O


outro homem, que tropecei, está frio no chão. Eu tomo uma respiração
profunda, tremo e luto contra a dor enquanto eu rastejo pelo chão em
direção aos dois homens. O que eu estava lutando tem uma pequena
faca. Eu não sei de onde ele tirou, mas não há nenhuma maneira que ele vai
enfiar isso em Jax.

Eu aponto a arma e com a mão trêmula, eu o acerto na perna,


quando ele levanta a faca para cortar Jax. Ele grita em agonia e tomba para
trás, batendo na parede. Depois disso, o que acontece é um borrão. Um
transeunte caminhando para o banheiro nos vê e foge, em seguida, começa
a gritar por socorro. Logo as pessoas do casino nos rodeiam. Eu caio para
trás, minha cabeça girando. Eu percebo que meu vestido está rasgado e
minha calcinha esta a mostra, mas eu não faço nenhum esforço para me
cobrir enquanto Jax se ajoelha ao meu lado. Ele tem sangue em seu lábio,
mas apesar disso, ele parece bem.

— Ei, olhe para mim, — diz ele. — Você consegue enxergar?

— S-s-sim, — eu sussurro, gemendo.

Antes que ele possa dizer mais alguma coisa um guarda vem através
da multidão. Eu vagamente escuto perguntando a Jax o que aconteceu, e
escuto quando Jax explica sua situação. Eu mantenho meus olhos fechados,
e me concentro em nada, apenas na dor no meu rosto. É por isso que eu
não entro em brigas, ser acertada dói.

— Ei. — Eu sinto uma mão quente na minha bochecha. — Olhe para


mim.

Abro os olhos para ver Jax olhando para mim, com uma expressão
preocupada no rosto. Há dois policiais ao lado dele, algemando os dois
homens.

— Você está bem? — Ele pergunta.

Eu concordo.

Ele se vira e grita para a multidão em geral, — Alguém me traz uma


porra de gelo.

Então ele se vira para trás e tira um pedaço de cabelo da minha


testa. — Como está a sua visão? Você pode ver? É a dor?

— Eu estou bem, — eu sussurro. — Só vai doer como o inferno


amanhã.

— Eu chamei Nak, ele está a caminho. Aqui. — Ele dá de ombros


para o paletó e me levanta suavemente, pendurou-o nos meus
ombros. Aperto o paletó, respirando, grata pelo calor e cobertura que ele
cria.
— Eu tenho que falar com a polícia, mas eu vou estar bem aqui, —
Jax me assegura.

Ele se levanta e quando um bloco de gelo vem, ele me entrega. Eu o


coloco contra a minha bochecha e me sento contra a parede, enquanto eu o
escuto dar uma declaração completa. Os oficiais estão familiarizados com o
seu caso, e eles disseram que é uma coisa boa estes dois homens serem
presos. Eu acho que é uma coisa ruim. Uma coisa muito, muito ruim.

Isso só vai deixá-los mais irritados.

— Jesus.

Eu escuto a voz de Nak e abro os olhos para vê-lo empurrando


através da multidão. Quando ele chega perto de mim, ele se ajoelha na
minha frente, levantando o queixo nas mãos. — O que aconteceu?

— Eles nos encurralaram no corredor quando estávamos sozinhos,


— eu coaxo. — Eles tinham suas armas na mão antes que eu pudesse puxar
a minha. Eu fiz o melhor que p-p-pude.

— Ei, — diz Nak. — Você está viva e ambos estão sob custódia, você
fez bem.

— Ele me bateu, eu ... Jax lutou contra o outro e, em seguida, pegou o


cara de cima de mim.

— Em seguida, ele deu sorte que estavam juntos.

Eu concordo. Não há nenhum ponto preocupante que eu não fiz meu


trabalho corretamente. Teria sido diferente se fosse Kyle na situação, ou
mesmo Nak. Nak está certo, nós saímos com segurança e isso é tudo que
importa.

— Você está com muita dor? — Nak pergunta, virando meu rosto de
lado a lado.

— Não me sinto ótima, mas eu acho que vou ficar bem.

— Tire alguns dias de folga, Delaney. Você teve um tempo difícil,


tem sido cheio. Deixe Kyle assumir até que você esteja pronta para ir ao
final da semana. Passe um tempo com sua família.

— Eu estou bem, Nak, realmente eu estou.

— Não é uma opção, Laney, — diz ele gentilmente. — Tire um


tempo para descansar.

— Ele está certo, — Jax diz, ajoelhado ao lado Nak. — Tire um


tempo, se recupere.

Eu encontro seus olhos e meu coração dói. Eu não quero descansar,


eu só quero continuar fazendo o meu trabalho. Faz-me sentir fraca ter dias
de folga por causa de um olho roxo.

— Estou sinceramente muito bem, é apenas um olho roxo e...

— Não é apenas um olho roxo, Delaney, — Nak diz, sua voz firme. —
Você teve um tiroteio nesta semana e agora isso. A maioria dos meus
homens não lidam muito com isso em uma semana. É muito para
processar. Você merece uns dias de folga. Você mal tem visto sua família e
você está trabalhando como uma louca.

Ele está certo, eu tenho. Gostaria de vê-los.

— Ok, — eu digo, de repente exausta.

— Vou ligar para Kyle agora, ele pode acompanhar Jax de volta para
seu apartamento. Vou levá-la para casa.
— Se você não se importa, Nak, — diz Jax. — Eu gostaria de ter
certeza que ela chegue em casa com segurança. Kyle pode deixá-la no
caminho.

Nak acena. — Compreensível. Você está bem com isso, Delaney?

Eu aceno e ele me ajuda a levantar. Jax envolve um braço em volta


da minha cintura e somos escoltados para fora. Quinze minutos depois,
Kyle chega e entramos no carro de Jax. Aceno para Nak e ele dá a Kyle uma
lista de instruções. Quando estamos na estrada, meu corpo se amolece e eu
não posso ajudar, eu me inclino para Jax. Ele não coloca o braço em volta de
mim, provavelmente porque Kyle está no carro, mas ele acaricia um dedo
sobre a minha mão, deixando-me saber que está tudo bem.

Quando chegamos ao meu apartamento, Kyle sai primeiro e faz as


verificações habituais, enquanto esperamos no estacionamento
subterrâneo seguro. Quando está tudo limpo, ele nos leva até meu
apartamento, a pedido de Jax. Eu sei que ele não gosta disso, porque sua
mandíbula está apertada, mas ele permite. Quando chegamos à minha
porta, Kyle entra primeiro e verifica para se certificar de que está seguro,
então todos nós entramos.

— Dê-me uma hora com ela, Kyle, — Jax ordena, sem olhar para
Kyle. — É melhor você esperar na porta.

— Por que eu preciso esperar na porta? Você não deveria estar


fazendo qualquer coisa que requer uma hora. Há algo acontecendo entre
vocês dois? Porque isso é contra as regras!

Jax endurece e se vira tão drasticamente que Kyle dá um passo


atrás... — Ouça-me, e ouça bem. Essa mulher levou dois socos no rosto hoje
à noite, por um homem com o dobro do seu tamanho. Você pode ser um
pedaço de merda disposto a deixá-la aqui, mas eu não sou. Até que eu saiba
que ela está bem, e não gravemente ferida depois de fazer seu trabalho e
me proteger, eu não vou embora. Se você quer que eu faça uma queixa a
Nak, argumente novamente.
Kyle recua e aperta o rosto, mas ele gira e caminha em direção à
porta, rosnando: — Uma fodida de hora.

Quando ele está fora de vista, Jax envolve um braço em volta da


minha cintura e caminhamos para o meu quarto. Sento-me na minha cama
e ele se ajoelha diante de mim, tomando o meu pé e deslizando meu
calcanhar fora, então ele faz o mesmo com o outro. Eu não digo nada, eu só
assisto as mãos deslizando sobre meus pés. Quando meus saltos estão fora,
os dedos acariciam a pele do meu pé e eu tremo.

Nossos olhos se encontram e a tensão é grossa novamente.

Eu engulo e digo: — Seu lábio está sangrando. Deixe-me te ajudar


com isso.

— Não. — Sua voz é baixa. — Você já fez o suficiente para mim,


simplesmente sente-se e me deixe verificar o seu rosto e os olhos.

Eu não discuto, eu apenas sento e vejo quando ele se move ao redor


do meu quarto, encontrando um pano. Ele o umedece no banheiro e
retorna um momento depois, ajoelhando na minha frente. Ele segura o meu
rosto e seus olhos se preocupam quando ele gentilmente pressiona o pano
frio contra a minha carne. — Isso vai ficar feio esta noite, e especialmente
amanhã. Você tem boa medicação para a dor?

— Minha tia mora na porta ao lado, ela terá algum.

Ele balança a cabeça e levanta.


— O que você está fazendo? — Pergunto.

— Indo ao lado conseguir alguma coisa.

— Não!
Eu me levanto e minha cabeça dói. Eu pressiono a mão na minha
testa e Jax se vira, caminhando e pressionando as mãos nos meus ombros,
me empurrando suavemente para baixo. — Não discuta comigo,
gatinha. Estou fazendo isso, você querendo ou não.

Então ele se vira novamente antes que eu possa protestar e sai da


sala. Eu gemo e coloco minha cabeça em minhas mãos, esperando por
ele. Tia Bett não vai levar a notícia de eu estar ferida bem, e a qualquer
momento ela vai estourar através das minhas portas, exigindo respostas.

Estou certa. Dez minutos mais tarde, eu ouço sua voz.

— Onde ela está?

Um momento depois, seu pequeno corpo aparece na minha porta do


quarto e seu rosto cai. — Oh minha pobre menina, minha pobre Laney.

Ela corre e se senta ao meu lado, tomando o meu rosto em suas


mãos.

— Eu estou bem, tia Bett, honestamente.

— Seu rosto está inchado! — Ela chora.

— Parece pior do que realmente é, — eu digo.

Eu sou uma mentirosa.

— Não minta para mim, mocinha, — diz ela e eu sorrio.

— Ok, tia Bett.

— Vamos, vamos, deixe-me ajudá-la na sala de jantar. Aposto que


você não teve uma refeição decente em semanas. Deixe-me preparar algo
pra você comer que vai te deixar aquecida e pronta para a cama.

— Está tudo bem, realmente.

— Não há argumentos. Seu amigo pode ficar, Kyle também.


Eu sorrio para a ideia de ela usar o termo amigo para descrever o
que Jax é para mim. Eu não digo nada, e deixo que ela me leve para a sala
de jantar onde Jax está de pé na cozinha, preparando analgésicos para
mim. Ele se vira quando ele nos vê entrar, e seus olhos capturam os
meus. Tanto se esconde por trás dessas profundidades, eu quero chegar
mais perto e me proteger em seus braços, mas nós dois sabemos que eu
não posso fazer isso.
Eu olho para Kyle, que está de pé na porta da frente, olhando para
mim também. Dou-lhe um aceno de cabeça e deixou tia Bett me levar para
a mesa. Ela me senta e, em seguida, enfrenta todos, principalmente Jax. —
Eu estou fazendo sopa, vocês dois vão ficar e comer.

Nenhum argumento.

— Desculpe, Bett, — diz Kyle. — Mas eu tenho que levar o Sr.


Shields para casa.
— Eu não tenho nenhum lugar para ir, — Jax diz, dando Kyle uma
olhada.

— Mas... — Kyle começa, mas a tia Bett joga suas mãos para cima.

— Está resolvido, Kyle. Pare de discutir e relaxe.

Kyle murmura alguma coisa, mas ele sabe que ele não tem
escolha. Se Jax quiser ficar aqui toda a noite não há nada que ele possa
fazer sobre isso. Tia Bett tenta levá-lo para longe da porta, mas ele está lá,
de mau humor. Deus, ele é uma criança quando ele quer ser.

— Posso ajudá-la com qualquer coisa, Bett? — Jax pede e minha


boca cai aberta.

Pelo primeiro nome? Sério?

— Não — Tia Bett diz. — Você se senta, meu caro, e certifique que
Laney não faça nenhuma loucura.

— Tia Bett! — Eu zombo. — Eu dificilmente vou fazer algo louco.

Ela me dá uma olhada e, em seguida, coloca as mãos nos quadris. —


Você se lembra quando você quebrou sua perna?

Eu gemo e coloco minha cabeça para baixo. — Não, tia Bett, por
favor, não.

Ela se vira para Jax. — Ela quebrou a perna andando de moto sobre
tentando saltar, quando Jed duvidou que ela conseguiria. Você acha que foi
o suficiente, não é? Ah, não, nada é suficiente para a minha Laney. No dia
seguinte, ela foi pra pista de moto, e tentou o salto outra vez, só para provar
que Jed estava errado. Ela caiu e quebrou o pulso.

Eu bufo e coloco minha cabeça em minhas mãos.

Jax ri.

— Isso não me surpreende, — diz ele.

— Veja, mesmo Jaxson sabe que tipo de garota você é.

— Tia Bett, — Eu zombo. — Você sabe que eu tinha que dar o salto
outra vez, Jed nunca teria me deixado em paz.

— E a que custo? — Ela aponta o dedo para mim.

Reviro os olhos e olho para Jax, que está olhando para mim com um
sorriso. Eu olho para longe, assim quando uma batida soa na porta e eu
escuto Jed gritar: — Laney, nos deixe entrar!

Kyle olha para mim. — Esse é Jed.

Ele se vira e abre a porta, olhando para Jed e Mitch. Ele faz as
revistas habituais neles de qualquer maneira, porque é o seu trabalho, e os
dois homens aceitam sem reclamação. Quando eles estão livres para entrar,
Jed é o primeiro a chegar mais perto e me pegar em seus braços.

— Você é louca, porra louca.

— Jed, cuidado com a boca! — Zomba tia Bett.

— Calma, mãe, ela está machucada.

Eu rio e chego para trás. — Eu estou bem, eu só vou me parecer


como um panda por alguns dias.

— Inaceitável. Você, princesa, deve sempre parecer como uma


borboleta.

Isso é Jed, sempre tão dramático.

Mitch fica ao lado e me puxa para seus braços, me segurando


apertado. Eu deixo, necessitando seu conforto. Quando nos separamos, ele
toma meu rosto delicadamente em suas mãos. — Você está bem, menina
Laney?

— Eu estou bem, nada como um descanso de alguns dias não vai


resolver.

— Porra, você me deixou preocupado.

Eu passo para trás e olho para Jax, que está assistindo Mitch com
uma expressão dura. Ele não podia estar com ciúmes, poderia? Meu
coração incha um pouco com esse pensamento.

— Jed, Mitch, este é Jaxson Shields, — eu digo, acenando com a mão


em Jax.

— Prazer em conhecê-lo, cara, — Jed diz, dando um passo para a


frente. — Eu fiquei em seu hotel no ano passado. Épico.

Jax leva sua mão e sorri. — Obrigado.


Mitch é o próximo, e ele estuda Jax um minuto antes de estender a
mão. — Prazer em conhecê-lo, cara.

Jax acena com a cabeça e balança a mão, mas eu não perco a forma
como a mandíbula de Mitch aperta, porque sei que ele apertou muito duro.

— Então, nos dê todos os detalhes suculentos, — Jed diz, deslizando


uma cadeira para fora e se jogando. — O que aconteceu?

— Ela não tem permissão para compartilhar detalhes de seus casos


com ninguém, — resmunga Kyle.

— O que seria mais divertido que saber os detalhes? — Murmura


Jed, olhando para Kyle.

Comecei a rir.

— Você tentou dar-lhe um golpe como você fez com Nak? — Brinca
Jed.

— Eu não dei em Nak um golpe! — Eu protesto. — Eu caí em sua


virilha.

As sobrancelhas de Jax atiram para cima. — Compartilhe, — ele


exige.

Jed se vira para ele. — Ela estava tentando derrubá-lo, e acabou de


boca aberta em seu...

— Ele estava vestido! — Eu protesto.

— Claro. — Mitch sorri. — Nós todos já vimos Nak, não foi por
acaso.
— Você está me dizendo, — murmura Kyle.

Eu olho para ele. — Cale-se, Kyle, você só está com ciúmes que não
foi você.
Ele cruza os braços. — Eu não derrubo dessa forma.

— Não foi isso que eu quis dizer, — eu digo.

— Ok, crianças, — diz tia Bett. — É o bastante. Eu estou tentando


fazer uma sopa, não vai ser bom para a alma, se vocês discutirem.

Eu sorrio para ela. — Claro, tia Bett.

Durante a hora seguinte todos nós falamos e rimos, aparentemente à


vontade um com o outro. Jed nos diz o que ele vem fazendo, e eles
disparam perguntas para Jax, que ele responde com facilidade. Quando a
sopa é servida, todos nós comemos um pouco, mesmo que nenhum de nós
realmente estivesse com fome, porque a tia Bett fez tal esforço. No final,
todos nós desfrutamos do calor que a sopa traz.

Tia Bett vai embora depois disso e Jed e Mitch se despedem. Recebo
outro grande abraço de Jed e Mitch segura meu rosto em suas mãos,
beijando minha bochecha suavemente e murmurando que ele espera que
eu melhore no meu ouvido, e então eles se foram. Viro-me para Jax, e ele
está assistindo Mitch ir com a mandíbula apertada.

Seus olhos finalmente se movem para mim e diz com uma voz firme,
— Vamos lá, você precisa descansar um pouco.

Ele me leva de volta para o meu quarto e puxa as cobertas sobre


minha cama de volta, sem dizer nada. Seu corpo é duro e ele está olhando
para qualquer lugar, mas não para mim. Pego minha camisola e visto, em
seguida, retorno e ele está olhando pela minha janela. — Está tudo bem? —
Pergunto.

Ele balança a cabeça.

Eu ando atrás dele. — Jax.

— Você está dormindo com ele?


Eu pisco.
— Com quem?

— Mitch.

Eu ronco. — Você já sabe a resposta para isso.

— Não, — diz ele, virando-se. — Porra eu não sei.

— Qual é o problema, — eu digo, estreitando os olhos. — Eu não


entendo por que você está com raiva.

— Ele é apaixonado por você.

— E Tori por você, mas você me vê agindo como uma idiota? — Eu


cuspi.

Sua mandíbula se aperta e ele rosna, — Ele pode ter.

Eu estreito meus olhos. — Desculpa, o que?

— Ele pode, porra, ter você. — Ele dá um passo mais perto,


inclinando-se para baixo. — E eu não posso.

Oh. Agora faz sentido.

— Não, ele não pode, — eu digo, olhando para seus profundos olhos
cinzentos.

Ele se aproxima, correndo o polegar sobre meu lábio inferior. — Se


você quiser, pode.

— Mas eu não quero ele, Jax.

Ele fecha os olhos, quase com dor. — Você tem uma incrível família,
amigos incríveis e você fez todos os seus sonhos se tornarem
realidade. Você é uma mulher impressionante, Delaney. Qualquer homem
teria sorte de ter você.
— Mesmo um homem como você?

Seus olhos se abrem e ele segura o meu olhar. — Um homem como


eu nunca pode ter uma mulher como você.

— Por que não? — Eu digo, dando um passo mais perto, até que
nossos corpos se encostam.

Ele chega e corre o polegar sobre o inchaço na minha bochecha. — É


por isso, — diz ele, com a voz grossa. Então ele se inclina e escova os lábios
sobre o local dolorido, antes de puxar para trás e virar as costas para
mim. — Boa noite, Delaney.

Então ele sai, deixando-me completamente sem palavras.



Capítulo catorze
Estar em casa é bom e ruim. É bom porque eu tenho sido capaz de
descansar o necessário, mas é ruim porque não ver Jax os últimos dois dias
tem sido um inferno. Ele não tem falado comigo, não ligou para ver como
eu estava, nada. Eu sei que ele está tentando ficar longe de mim após os
momentos que tivemos, e eu entendo, mas ainda é uma porcaria.

Grande momento.

Jed e Mitch me fizeram companhia, mas ambos têm de trabalhar,


então eles só vem à noite. Estou tentando não incomodar tia Bett e tio
George muito, apesar de eu ir até lá e esculpir com o tio George na noite
passada. Agora eu estou no meu apartamento, eu terminei de limpá-lo, eu
fui até a loja ao lado, mas e eu ainda estou inquieta.

Nada a fazer, ninguém para conversar, e isso está me matando.

Estou ocupada andando pela sala quando uma batida soa na minha
porta. Estreitando os olhos, eu olho pelo olho mágico. Não há ninguém lá,
então eu abro a porta. Eu vejo um envelope branco no chão, então eu me
abaixo, pego e o coloco debaixo do braço, olhando ao redor antes de pisar
no interior do apartamento novo. Eu tranco a porta e, em seguida, viro,
levando o envelope para a cozinha e usando uma faca para abri-lo.
Eu retiro o pedaço de papel e meu coração começa a bater quando
meus olhos digitalizam sobre as palavras.

Afaste-se dele. Este é o seu último aviso. Tome cuidado.

Minhas mãos tremem quando eu largo a nota e abaixo minha cabeça,


tentando firmar minha respiração. Eles estão tentando chegar até mim,
eles estão tentando me deixar com medo. Eles sabem onde eu moro. Puta
merda, eles sabem onde eu moro. Eu corro para o meu telefone, e ligo para
Nak.
— Laney, como você está?
— Nak, — Eu chio.

— O que está errado?

— Eles sabem onde eu moro, — eu digo, minha voz soando tão


assustada quanto eu sinto.

— O que aconteceu? Eles foram até ai? Laney, você está bem?

— Eles deixaram uma nota, uma ameaça. Por que eles viriam atrás
de mim?

— Acalme-se, — diz ele com cuidado. — Acredite ou não, é normal


que as pessoas reajam desta forma com um guarda-costas. Eu nunca perdi
um guarda-costas, e você não será a primeira. Se eles sabem onde você
mora, você vai estar mais segura ficando com outra pessoa.
— Eu não vou colocar qualquer pessoa da minha família em perigo,
existe um outro lugar que eu possa ir?

— Se você quiser, as noites você não estiver com Jax, você pode ficar
em um hotel perto. Você decide. A empresa irá cobrir os custos.

— Sério? — Eu digo, me sentindo um pouco menos instável.

— Absolutamente. Não deixe que eles te assustem, Delaney, porque


é isso que eles estão tentando fazer. Arrume suas coisas, traga a nota para
mim, e eu vou providenciar um hotel.

— OK.

— Não diga a Jax sobre a nota, isso só vai aumentar seu stress. Nós
vamos resolver isso. Talvez eu tenha que colocar Kyle como proteção extra
por um tempo, isso vai ser um problema?

Eu balanço minha cabeça, embora ele não possa vê-lo. — Isso é bom,
Nak.

— Venha para o escritório, vamos resolver o problema. Mantenha-


se calma, Laney, tudo vai ficar bem.

Deus, eu espero que ele esteja certo. Eu realmente, realmente


espero. Como vou poder proteger Jax, quando minha vida está sendo
ameaçada também? Este trabalho é muito mais difícil do que eu
imaginava. Eu sempre pensei que seria salvar uma vida, e não me
preocupar com o que diabos está acontecendo para salvar a minha.

* * *

Eu saio com Jed e Mitch naquela noite, para limpar a minha mente
antes de eu começar a trabalhar novamente amanhã. Nós vamos a um bar
local e bebemos. A dança e a quantidade excessiva de álcool parece ajudar
a tirar o stress. Bem, elas fazem uma névoa na parte ansiosa da minha
mente e isso é tudo que eu preciso agora.

Nak me ligou mais cedo e me disse que Kyle tinha recebido a mesma
nota, houve também uma nota suspeita entregue no escritório. Isto me fez
sentir um pouco melhor, simplesmente porque parece que eles estão
fazendo de alvo todos nós, e não só eu. Isso significa que eles podem ser um
bando de amadores tentando nos assustar. Pelo menos, é o que Nak pensa.

Ele disse que eles provavelmente são jovens e estão tentando fazer
seu próprio show.

— Outra dose! — Mitch diz, deslizando uma dose de tequila para


mim.

Eu chego perto do longo balcão de madeira do bar e pego antes que


alguém chegue, então eu inclino minha cabeça para trás e engulo. Eu estou
fora de controle, minhas pernas estão bambas, meu corpo está quente e
minha cabeça está girando. Eu me sinto ótima. Jed aparece ao meu lado e
ele também tem um outra dose, então ele coloca o braço em volta dos meus
ombros e grita: — Faz tanto tempo desde que saímos, Laney!

— Realmente faz?

— Vamos dançar de novo!


Nós três vamos para a pista de dança e quando alguma música
Groovy começa, nós começamos a tremer nossos quadris, jogando as mãos
no ar. Mitch está sendo um pouco pegajoso, ocasionalmente, colocando as
mãos sobre meus quadris e trazendo nossos corpos perto, mas eu tento
ignorá-lo.

Durante a quarta canção, eu sinto o meu telefone vibrar no meu


bolso. Eu retiro e olho para baixo na tela, chocado ao ver o nome de Jax
piscar. Ando através da multidão, pondo o telefone no meu ouvido, e
respondendo com uma voz arrastada, — Olá?

— Delaney! — Late Jax. — Onde você está?

— Olá, Jax, — eu grito.

— Delaney? — Ele chama.

— Espere!

Ele não pode me ouvir, então eu corro pelo longo corredor estreito
até que a música não é tão alta, então eu tento novamente. — Jax?

— Onde diabos você está?

— Legal falar com você também.

— Você está bêbada?

— O que? Não. Sim.


Eu explodo em um ataque de risos.
— Merda, Jesus Cristo, onde diabos você está?

— Dançando!

— Delaney, diga-me onde diabos você está. Eu sei sobre a nota que
foi enviada. Você não deve ficar sozinha.

— Eu estou dançando, senhor.

— Pare de gracinha e pegue um táxi e venha pra cá agora..


— Ah, não.

— Delaney, não me teste.

Eu rio. — Você está mandão esta noite, você não teve sorte?

— Delaney! — Ele late.

— Oh, não seja um pé no saco, o Sr. Shields, eu só estou dançando.

— Porra, onde diabos você está?

— Eu te disse, dançando.

— Delaney, — adverte. — Onde você está?

Eu xingo e digo o nome do clube e, em seguida, inclino-me contra


uma parede.

— Eu estou indo te buscar.

— Kyle não vai gostar disso, — eu canto.

— Kyle pode beijar a porra da minha bunda.

Eu rio novamente.

— Não se mexa, fique exatamente onde você está, e não se mova.

— Sim, chefe, — eu digo, deixando cair o telefone.


Eu rio de novo e tropeço algumas vezes enquanto eu abaixo para
pegá-lo. Quando está seguro em minhas mãos, eu vejo que Jax desligou. Eu
ouço uma música que eu gosto e volto correndo para a pista de dança. Acho
Mitch e Jed, e começo a dançar novamente, esquecendo que Jax está vindo
me buscar. Eu sinto meu telefone zumbir algumas vezes, mas eu estou
muito bêbada para tentar tirá-lo do meu bolso.

Eu continuo dançando, braços no ar, gritando alegremente. Sinto


duas mãos ao redor da minha cintura enquanto eu estou chacoalhando meu
corpo, e me virei até ficar de cara com Jaxson com cara de poucos
amigos. Kyle está de pé bem atrás dele, braços cruzados, expressão de raiva
no rosto. — Olá, sol. — Eu aceno para ele. Seu olhar se torna ainda mais
intenso.

— Vamos, — Jax diz, inclinando-se para baixo e colocando o ombro


no meu abdômen.

Então eu sou lançada para cima e para o ar e estamos nos movendo


através da multidão em um ritmo rápido. Eu fracamente bato meus punhos
nas costas de Jax, mas meus esforços são inúteis, ele está em uma
missão. Kyle está andando na frente dele, examinando a multidão como um
louco. Nós saímos por uma porta traseira e Jax me joga em seu carro antes
de entrar. Kyle fica ao meu lado, e de repente eu estou presa entre eles.

— É um sanduíche de homem! — Eu grito feliz, batendo palmas.

— Leve-nos para casa, — ordena Jax, batendo a porta.

— Por que tanta raiva? — Eu digo, cutucando o meu dedo na


bochecha de Jax.

— Delaney, — adverte Kyle. — Pare.

— Ou o quê? — Eu digo, virando-me para ele. — Você vai me


enfrentar no chão com seu corpo poderoso e grande?
Kyle olha para o teto do carro, em seguida, volta para mim. — Você
está bêbada.
— Não há nenhuma lei contra isso. — Eu mexo o dedo na cara
dele. — Eu estou em meus dias de folga e agora tenho pessoas com raiva
querendo me matar, também.

— É exatamente por isso que você não deve estar fora de casa! —
Ele cospe.
— Será que eu lhe digo como conduzir a sua vida?

Ele suspira e Jax se aproxima mais, agarrando minha mão e me


fazendo encará-lo. — Ele está certo, Delaney. Você não deveria ter saído
hoje à noite.

— Quem é você, meu guarda-costas? — Eu digo, em seguida, começo


a rir. — Veja o que eu fiz lá?

Ambos os homens olham para o teto agora.

— Oh, ei, devemos fazer uma festa! — Eu aplaudo alegremente.

— Não, nós não deveríamos, — Jax rosna. — Você vai dormir assim
que voltar para o meu apartamento.

— Ooh, teremos uma festa do pijama. Podemos ter uma briga de


travesseiros?

— Porra. Grunhe Kyle. — Faça ela se calar , ou eu vou...

— Isso não é muito bom. — Eu faço beicinho para ele. — Eu pensei


que éramos amigos.

— Nós nunca fomos amigos, — ele aponta rudemente.

— Porque você quer me comer e não pode?

Eu mantenho uma cara séria, mas é difícil porque Kyle recua. — Eu


prefiro namorar uma vaca.
— Veja, se não é amor, — eu digo, envolvendo um braço em torno do
ombro de Kyle. — Você pode admitir, somos todos amigos aqui.

Ele tira rapidamente o meu braço fora dele, então eu me concentro


em Jax. — Ei, bonitão.

A boca de Jax tem contrações musculares. — Ei, gatinha.

— Como tá indo?

Ele me dá um meio sorriso, e ele parece tão malditamente sexy


fazendo isso. Eu só quero lambê-lo.

— Estou indo bem, como você está?

— Bêbada. Eu posso lamber você?

Suas sobrancelhas sobem. — Como?

— Lamber-se, você é tão sexy.

— Jesus, Delaney! — Kyle diz. — Já é o suficiente.

— Não seja ciumento, Kyle. Não é culpa dele ser bonito.

— Você está me ferindo, — diz Jax. — Hora de ficar quieta agora.

— Não é justo, — murmuro, inclinando-me para trás e cruzando os


braços.

Minha cabeça cai para o lado e meu rosto cai sobre o ombro de
Jax. Então eu fecho meus olhos e de forma eficaz desmaio.

Capítulo quinze
— Vire-a para o maldito lado! — Late Kyle.

Eu estou nos braços de Jax e meus olhos abrem levemente. Ele está
me levando até o apartamento e está tendo um tempo bastante difícil,
considerando que eu sou como um peixe pesado, morto em seus braços.

— Eu estou tentando, — Jax responde. — É como levar uma porra


de um poste, não é fácil me mover com ela assim.

Um poste?

Tão encantador.

— Basta chegar para o lado, ou não vai se encaixar nesse elevador.

Jax se vira e então nós estamos em um elevador. Eu olho para ele e


ele finalmente vê que estou acordada. — Como está, gatinha?

Eu alcanço e toco sua bochecha. — Tão bonito.

Ele balança a cabeça um pouco e sorri, então estamos nos


movendo. Quando chegamos ao seu apartamento, Kyle faz a verificação e
depois nos deixa entrar. Jax me coloca no sofá e começa a se mover
arrumando um pouco de água e analgésicos. Ele os entrega para mim,
então diz: — Hora de dormir, gatinha.

Eu não discuto, eu me deito e suspiro, fechando meus olhos. Eu ouço


suas vozes entrando e saindo enquanto eu apago. Eu não acho que eu
dormi muito tempo, mas devo ter dormido, porque quando eu acordo, Jax
está sentado em um banquinho na cozinha e Kyle está longe de ser
visto. Sento-me, e tudo está mais claro. Eu tento não pensar sobre o fato de
que eu fiz papel de imbecil. Jax olha quando eu sento, e sorri. — Como está
sua cabeça?
— Não está tão ruim, eu estou provavelmente ainda semi-
embriagada. Quanto tempo estive apagada?

— Cerca de duas horas.

— Não o suficiente, — eu gemo.

— Vá e use o chuveiro, você cheira a fumaça de cigarro e


cerveja. Você não vai dormir bem, se você não tomar um banho.

Ele provavelmente está certo.

Jax vem e me ajuda e nós caminhamos para o banheiro. Ele liga o


chuveiro e, em seguida, olha para mim. — Você está bem para entrar?

Eu não estou bêbada, mas eu estou um pouco vacilante, mas eu


aceno. — Sim.

Ele conhece meus olhos e, em seguida, balança a cabeça e sai. Viro e


começo a me despir. Eu tiro o meu top, meu sutiã e botas, então eu fico
presa no meu jeans. Eu os puxo para baixo e tento colocar meus pés para
fora, acabo pulando ao redor do banheiro, e depois caio com um estrondo
quando meu pé fica preso. Eu grito quando eu pouso no chão duro, frio. A
porta se abre e Jax entra, olhando para mim.

— Jesus, Delaney, que inferno?

—Eu... — eu grito, cobrindo meus seios. — Eu estou tentando tirar


meu jeans. Meu pé ficou preso

Ele se ajoelha, envolvendo um braço em volta da minha cintura e me


sentando. Meu rosto pressionado contra seu peito duro e eu chupo uma
respiração, olhando para ele. Ele para de puxar o meu jeans e olha para
mim, os nossos olhos se prendem. Eu quero beijá-lo. Eu realmente,
realmente quero beijá-lo. Então, eu o beijo.
Eu me movo em primeiro lugar, batendo meus lábios nos dele. Ele
resmunga e perde o equilíbrio, caindo para trás. Eu fico em seus braços e
nossos lábios ficam juntos. Eu esmago minha boca com força contra o dele,
beijando-o com avidez, amando como bom maldito é o gosto dele. Ele faz
um som gutural e, em seguida, sua mão está emaranhada no meu cabelo e
ele está me beijando de volta.
Forte.

Meus lábios incham e ficam molhados enquanto a minha boca se


move sobre a dele, devorando-o, provando tudo que é surpreendente sobre
Jaxson Shields. Sua mão envolve em torno de meu cabelo e puxa minha
cabeça para trás, e sua boca se move para a minha garganta, sugando
profundo. Eu choramingo quando a mão vai até meu peito. Oh Deus,
sim. Eu arqueio até ele, amando como me sinto quando seus dedos
deslizam sobre os meus mamilos, antes de dar os meus seios um aperto
agradável.

— Porra, Laney, — ele sussurra, beliscando meu ombro. — Diga-me


para parar.

Como se eu pudesse.

— Não pare, Jax. Eu... eu quero isso.

— Você está bêbada.

— Não, não mais. Foda-me, Jax. Eu só preciso de você para me foder.

— Jesus, baby, — ele murmura contra a minha carne. — Você sabe


que eu não posso fazer isso.
Eu chego entre nós, tomando conta de seu pênis ereto debaixo de
seus jeans. — Você pode.

— Foda-se, — ele sibila. — Pare de me agarrar assim.


— Por favor, Jax, — eu digo, deslizando minha mão em minha
calcinha e cobrindo meu próprio sexo. Eu fecho meus olhos e solto um
gemido. — Eu quero você.

— Filha da puta do caralho, — ele resmunga. — Tire a mão daí,


gatinha.

— Faça-me tirar, — Eu choramingo, acariciando seu pênis com a


palma da mão, enquanto a minha outra mão se movimenta sobre minha
buceta, acariciando meu clitóris.

— Delaney, — diz ele, com a voz de um sussurro apertado.

— Se você quer que eu pare, você tem que me fazer parar.

Ele murmura algo, então desliza a mão em minha calcinha sobre a


minha. Ele pega a minha mão, como se fosse movê-la, mas eu viro minha
mão e deixo cair sobre a minha buceta. Ele geme, eu grito e então ele para
de lutar contra mim e desliza o dedo pela minha carne úmida. Eu solto um
longo gemido satisfeito quando ele mergulha o dedo, deslizando-o dentro
do meu corpo. Em seguida, ele começa a me foder com ele.

— Deus, Jax, — Eu suspiro.

— Quieta, gatinha. Kyle está ali fora.

Ele traz uma mão ao redor e coloca-lo sobre a minha boca, enquanto
a outra trabalha em minha carne. Ele tem as costas contra a parede, bunda
no chão, e minhas costas está pressionada contra o peito e eu estou
esparramada sobre seu colo, por um lado escondido atrás de mim,
acariciando seu pênis através de suas calças, a outra segurando sua perna
firmemente enquanto o meu orgasmo constrói.

Jax me leva lá rapidamente, e eu explodo em torno de sua mão


poucos minutos mais tarde, choramingando e arqueando, pequenos
parafusos de prazer dentro do meu núcleo e arremessando através de todo
o meu corpo. Jax desliza a mão da minha calcinha e eu me movo, me
girando, então eu estou em minhas mãos e joelhos, de frente para ele. Eu
me levanto um pouco ficando de joelhos e deslizo meu jeans o resto do
caminho para baixo, tirando minha calcinha junto.
— Delaney, — diz ele, com a voz grossa e com fome, seus olhos
viajando até a minha vagina.

— Não me pare agora, Jax. Nós dois queríamos isso por semanas e
você sabe disso.

— É um risco muito grande. Eu poderia querer, mas porra, Laney,


nós estamos brincando com fogo.

— Foda-se o fogo, eu quero você e eu não vou negar isso.

Eu descarto meu jeans e movo em direção a ele, estendendo a mão


para o cinto. Ele se senta em silêncio enquanto eu abro e o deslizo para
fora, antes de pegar o botão da calça jeans e abri-lo. Ele assobia quando eu
deslizo minha mão para eles, encontrando o comando abaixo. —
Considerável não usar boxers, — murmuro.

Ele estende a mão, pegando a minha mão, parando como se estivesse


tentando uma última vez me parar. Eu me inclino para a frente e pressiono
meus lábios nos dele, beijando-o. Ele para facilmente, sem uma luta, e solta
minha mão. Eu chego em seus jeans e libero seu pênis. Puta merda. É
grande, e grosso. Yum. Eu bombeio para cima e para baixo algumas vezes,
em seguida, estou montando ele.

— Não temos um preservativo, — ele diz.

— Estou tomando pílula e eu estou limpa, Jax.

— Eu também, eu nunca fui sem proteção.

Eu olho em seus olhos e eu posso ver que ele está dizendo a


verdade. Eu arrisco e me levanto, pressionando seu pênis na minha entrada
e depois, lentamente, deslizando sobre ele. Nós dois ofegamos quando ele
me preenche, me esticando quase dolorosamente enquanto eu movo para
baixo.

— Porra. Apertada, — ele mói, agarrando meus quadris e apertando


a carne lá.

— Tão grande, — Eu choramingo. — Deus o seu pau é tão grande.

— Jesus, Laney, eu vou gozar, se você continuar com isso.

Eu fecho meus olhos, deslizando ainda mais para baixo em seu


comprimento. Quando eu bato seu colo, e ele está totalmente revestido
dentro de mim, eu começo a balançar. Ele resmunga alto e usa meus
quadris para me guiar, me mostrando o quanto ele gosta de ser
montado. Eu copio seus movimentos, envolvendo um braço em volta do
pescoço, apertando o outro contra o peito, e acelerando.

— Você é tão bom, Jax, você é tão... — Eu suspiro. — Bom.

— Foda-se, gatinha, tão gostosa.

Eu monto-o mais forte, meus quadris girando, meus joelhos doendo


contra o chão frio. Jax me segura apertado, mandíbula apertada, os olhos
fixos nos meus. Meu orgasmo está construindo e eu inclino o meu corpo,
recebendo seu pau onde eu preciso dele. Eu choramingo seu nome, lutando
contra os meus gritos. Não posso permitir que Kyle ouça.

— Eu vou explodir, gatinha, — ele grosas. — Porra. Santo Inferno.

— Segure-se para mim, bonito, — eu grito, tão perto.

— Baby.

— Sim.

Eu fecho meus olhos e explodo em torno dele, minha buceta


apertando ao redor dele, meu corpo trêmulo, com a boca aberta e pequenos
choramingos escapando. Jax faz um som gutural, e, em seguida, ele está
empurrando para cima, duro e profundamente com pequenos empurrões
de seus quadris,. Eu posso senti-lo pulsando dentro de mim enquanto eu o
aperto com cada delicioso pulsar do meu sexo.
Quando eu desço do paraíso, eu largo minha cabeça em seu ombro,
meu corpo coberto por um leve brilho de suor. Eu posso sentir seu coração
batendo, e sua respiração é irregular. Nós não dizemos nada por um tempo,
então ele leva os meus ombros, gentilmente me empurrando para trás. —
Você tem que tomar banho, gatinha.

Eu pressiono meus lábios para seu pescoço salgado e ele faz um som
prazeroso em sua garganta, mas continua me empurrando para trás,
deslizando seu pau de minhas profundezas. Eu lamento pela perda dele,
mas faço o que ele pede e fico de pé, movendo meu corpo felizmente
satisfeito para o chuveiro. A água quente me bate e eu gemo, fechando
meus olhos. Ouço Jax se mexendo fora do box, sem dúvida limpando, em
seguida, ele abre a porta do chuveiro e diz: — Eu devia sair daqui, apenas
no caso de Kyle entrar.

Eu aceno, encontrando seu olhar. Ele olha para o meu corpo nu e sua
mandíbula. Nossos olhos se encaram por um longo, longo momento, antes
dele balançar a cabeça e sai, deixando o banheiro. Eu sorrio e pressiono as
costas contra a parede. Esse foi o sexo mais incrível que eu já tive na minha
vida. E foi com Jaxson Shields. Deus.

Hoje terminou em alta.

Eu me pergunto o que o amanhã será?


* * *

Eu acordo de manhã com uma cabeça batendo e uma deliciosa dor
entre as minhas pernas. Leva-me um momento para lembrar o que
aconteceu com Jax e eu, e quando eu me lembro, meu corpo se acende com
força, meu sexo aperta e o pânico aumenta em meu peito. Jax me deu o
mais incrível orgasmo da minha vida na noite passada, mas eu também
coloquei meu trabalho em risco implorando por isso.

Sento-me na cama, gemendo enquanto os tambores começam a


tocar no meu crânio. Eu pressiono meus dedos na minha cabeça e esfrego,
sem alívio. Eu empurro para os meus pés. Preciso de água, café e
analgésicos fortes. Eu empurro os pensamentos de Jax e eu, e nossa sessão
de foda incrível da minha mente enquanto eu saio para a sala principal.

Jax e Kyle estão na cozinha, falando baixo, e eles dois têm canecas
em suas mãos. Quando eles me ouvem chegar, eles olham. Os olhos de Jax
piscam para o meu e imagens da noite anterior voltam. Deus, ele é
incrível. Ele sabe como trabalhar o que está entre suas pernas. Eu engulo e
desvio o olhar rapidamente, murmurando, — Eu só preciso de café, em
seguida, vou para casa.

— Você ficará em um hotel, — diz Kyle. — Nak reservou.

— Certo, — murmuro.

— Por que diabos ela está em um hotel? — Pergunta Jax.

— Ela não está segura em casa.

— Então ela deveria ficar aqui, onde você está, — ele resmunga.

Na verdade, é uma ideia inteligente.

— Eu não tenho certeza que isso é parte da descrição do trabalho, —


aponta Kyle.

— Por que não? Nós estamos indo para Nova York em dois dias e ela
está de volta para aquele caso. Ela poderia muito bem estar aqui. Ela pode
te substituir se você precisar.

— Você só tem um quarto de descanso, — protesta Kyle.

— Eu tenho um sofá, Kyle. Tenho certeza de que vocês dois podem


trocar.

Jax quer que eu fique aqui? Deus.

— Nak provavelmente não vai gostar da ideia, — Kyle continua


discutindo.

— Vou telefonar para Nak. Ela é minha guarda-costas e eu estou


pagando ela. Permanecer em um hotel é tão inseguro quanto ela ficar em
casa.

Sem permitir qualquer outro argumento, Jax pega o celular e chama


Nak. Eu o vejo caminhar para fora da sala, e depois eu volto para Kyle. Ele
está me observando, com os braços cruzados.

— Por que você está olhando para mim? — Murmuro.

— Você foi extremamente profissional na noite passada.

Meu coração começa a bater. Ele não sabe que eu dormi com Jax,
não é? Eu mantenho meu rosto branco e encolho os ombros.

— Saindo e ficando bêbada assim... — Ele diz, os olhos apertados.

— Talvez você devesse tentar isso, ajudaria a você se soltar.

Graças a Deus. Ele não sabe sobre Jax e eu.

— Eu me preocupo com o meu trabalho.

— Oh sai dessa, — eu agarro, acenando com a mão para ele. — Um


dia você vai parar de agir como se estivesse aqui apenas para diversão.

— Não está?
— Não, Kyle, eu não estou. Eu tenho a mesma paixão que você tem.

Ele bufa. — Isso é uma mentira.

Eu balanço minha cabeça. — Você sabe o quê, eu não vou nem


discutir com você. É como falar com surdo.

Ele incha o peito para fora e cruza os braços. — Eu poderia dizer o


mesmo.
— Aqui está uma coisa, vá e chupe um...

— Delaney, Kyle.

Nós ouvimos a voz de Jax e com um último olhar para o outro,


viramos e olhamos para ele. Ele entra, olhos passando rapidamente entre
nós dois. — Nak disse que a minha ideia é boa e ele está de
acordo. Delaney, se você estiver bem, ele disse que você pode começar a ter
turnos rotativos com Kyle novamente.

Viro-me para Kyle com um sorriso. Parece que ele quer me


estrangular.

— Tudo bem — grunhi Kyle. — O que está na ordem do dia hoje?

— Eu vou ficar no meu escritório hoje.

Kyle acena com a cabeça. — Eu vou preparar o carro.

Quando ele sai, eu olho para Jax. Eu não estou inteiramente certa
como ele vai reagir. Estou bastante certa de que ele vai me dizer que foi um
grande erro e que não podemos fazer isso novamente, o que é realmente o
que eu deveria estar dizendo a ele. Em vez disso, ficamos ali, olhando um
para o outro. Gostaria de saber se ele está pensando o que eu estou
pensando - que eu quero tão desesperadamente saltar em seu colo agora.
— Foda-se, — ele resmunga e avança em minha direção.
Ele me pega pela cintura e puxa meu corpo até o seu, antes de bater
a boca sobre a minha. Esse beijo é profundo, duro e curto, mas é o
suficiente para fazer meus joelhos tremerem e todo o meu corpo quebrar
em mil pequenos arrepios. Ele puxa de volta depois de um momento, seus
olhos digitalizando meu rosto, em seguida, ele se vira e vai para o andar de
cima.

Bem tudo bem então.

Isso absolutamente não respondeu a nenhuma das minhas


perguntas, mas porra... é uma ótima maneira de começar a manhã.



Capítulo dezesseis
Kyle vai para a próxima sala para descansar na hora do almoço, e eu
assumo o turno da tarde. Estamos no escritório do Jax, e ele está ocupado
no telefone com uma reunião de longa distância, então eu fico muito
tranquila. Minhas costas está pressionada contra a parede e eu não perco o
olhar faminto nos olhos do Jax enquanto ele me olha, sei tirar seu olhar do
meu rosto.

Totalmente intenso.

Assim quando ele está encerrando sua chamada, alguém bate na


porta de seu escritório. Viro-me e verifico através do olho mágico para ver
Tori de pé do outro lado, com os olhos no chão. Droga. Esta mulher tem
realmente um timing de merda. Com um suspiro, eu abro a porta. Quando
seus olhos caem sobre mim, ela recua e murmura: — Você ainda está aqui.

— É bom ver você também, Tori.

— Seja como for, — ela murmura, me empurra passando.

Jax desliga assim quando ela aparece, e seus olhos se encontram por
um segundo. Ela se vira para mim e murmura: — Você pode nos dar um
minuto sozinhos?
Eu quero dar um tapa nela.

— Tudo bem, eu vou estar em outra sala.

Tenho certeza de que a porta está trancada, não olho para Jax, e sigo
para o quarto privado. Eu sento na cama, querendo saber o que está
acontecendo lá fora. Está em silêncio por um tempo, então eu ouço vozes,
mas eu não consigo entender o que elas estão dizendo. Tudo o que sei é
que soa como se Tori estivesse chorando e Jax parece irritado.

Eu não posso evitar, eu empurro para fora da cama e caminho em


direção a porta, pressionando meu ouvido nela.
— Ele entende, Jax, — grita Tori.
— Ele não entende, Tori, porque ele é apaixonado por você.

— Eu disse a ele sobre nós e ele disse que esperava, por que isso não
pode ser suficiente?

— Porque ele é meu melhor amigo, também, — Jax ruge. — E você


está me pedindo para quebrar seu coração.
— Eu pensei que você se importasse comigo, — ela grita.

— Porra, Tori, eu me importo, mas nós conversamos sobre isso


quando você veio na outra noite.

— Nós não tivemos só conversa duas noites atrás, Jax, e você sabe
disso.

Meu coração começa a bater. O que ela quer dizer com isso? Deus,
só pode significar uma coisa. Tudo faz sentido agora. Duas noites atrás foi
quando Jax saiu do meu apartamento e não falou comigo por alguns dias -
depois que tivemos alguma aproximação. Ele estava dormindo com
Tori? Algo que eu estou familiarizada aumenta em meu peito e
transborda. É pura raiva, crua. Dei-lhe um pedaço de mim na noite
passada, eu arrisquei o meu trabalho, fiz papel de idiota e, no final, ele
estava ocupado dormindo com Tori.

— Chega, Tori, — Jax late.

— Você não se importa com nada que temos feito? Será que não
significa nada para você? — Ela grita.

— Eu não posso te dar o que você quer.

Não, porque você é um mentiroso, barato, um fodido.

Abro a porta, depois de ter ouvido o suficiente. Jax está segurando


Tori, e ambas as cabeças balançam para mim enquanto eu saio como uma
tempestade. Eu olho para Jax e ele recua. Eu sei, eu só sei que ele vê a dor
em meus olhos. Eu provavelmente estou exagerando, eu entendo, mas
havia algo no beijo que nós compartilhamos, algo intenso e eu pensei...
Deus, eu não sei o que eu estava pensando, mas eu certamente não
esperava que ele fosse pular na cama com Tori no mesmo dia. Isso
machuca. Dói meu âmago. Eu não quero analisar por que isso me afeta tão
fortemente, tudo que eu sei é que eu estou com raiva. Estou malditamente
com raiva.
— Eu vou dizer a Kyle para voltar, eu não estou me sentindo bem.

Eu ando passando por eles, e Jax permite Tori ir, dando um passo em
minha direção. Eu não o deixo chegar perto, eu abro a porta e bato com
força. Com as mãos trêmulas, eu pego meu telefone e ligo para Nak.

— Laney, o que foi?

— Eu acho que estou doente, Nak. Kyle está tendo um merecido


descanso. Você pode colocar Duke até que ele esteja pronto para assumir?

— Você está doente? O que aconteceu?

— Eu, ah, eu vomitei. Eu pensei que não fosse nada, mas continuo
vomitar.

— Jesus. Você pode esperar dez minutos, enquanto eu envio Duke?

— Claro, — eu sussurro.

— Você vai ficar bem para o fim de semana?

— Eu devo estar bem, essas coisas não costumam durar muito


tempo.

Sento-me diante da porta de Jax, e pouco antes de Duke chegar, Tori


sai apressadamente para fora. Ela olha para mim, com o rosto todo
vermelho, e então ela desaparece no corredor. Um momento depois Jax
aparece.
— Delaney, — ele começa.

— Conte sua merda pra alguém que se importa. Vou para casa, Duke
vai assumir até Kyle acordar.
— Jesus, gatinha, você não sabe o que você acha que sabe...

— Não. — Eu giro ao redor. — Não me chame assim, porra.

— Delaney, se você me deixar explicar...

Eu jogo uma mão para cima. — Não.

— Delaney, — ele late. — Apenas escute -

Duke aparece em seguida, interrompendo-o. Eu não o deixo


terminar.

— Laney, você parece uma merda.

— Eu me sinto como uma merda. Obrigada por me cobrir, Duke.

Ele dá de ombros. — Sem problemas.

Eu não olho para Jax enquanto eu saio do prédio.

Meu coração parece que está sendo rasgado em mil pedaços


minúsculos.

* * *

Jax - apenas atenda o telefone, Delaney.

Jax - Foda-se, eu preciso explicar.


Jax - Não é o que você pensa. Eu não vou explicar isso através de
uma mensagem.
Jax - Você vai responder a porra do telefone?

Jax - Você ainda vai para Nova York, não é?

Jax - Vamos lá, gatinha. Responda a porra do telefone.


* * *

Eu não atendo o telefone, eu não respondo às suas mensagens de


texto, eu apenas continuo nos próximos dias como se nada disso tivesse
acontecido. Eu jogo de doente até que estamos prontos para partir para
Nova York. Apesar de estar extremamente irritada como eu estou com Jax,
eu não vou perder a chance de ir em uma viagem de uma vida.

Kyle tentou dizer a Nak que eu não estava pronta, que estando
doente eu não iria proteger devidamente, mas como sempre Nak veio a
minha defesa e me permitiu ir. O nosso avião parte em uma hora e Kyle
está trazendo Jax para o aeroporto. Eu estou agindo profissionalmente o
quanto eu posso, tentando não demonstrar qualquer emoção. Quando os
dois entram no terminal, eu aceno com a cabeça na direção deles e ajo
como se Jax não fosse nada mais do que um trabalho pra mim.

Todos nós nos sentamos, e o silêncio enche o ar, espesso e


pesado. Eu posso sentir os olhos de Jax em mim, mas eu não olhei nem uma
vez em sua direção. Quando ele se levanta de repente, eu finalmente olho
para ele. — Eu preciso usar o banheiro.

Kyle se oferece. — Eu te levo.

— Não, — ele diz, olhando para mim. — Delaney me leva, você já fez
o suficiente nos últimos dias. Ela pode assumir por um tempo.

Isso dá a Kyle um olhar presunçoso em seu rosto que me dá vontade


de dar um tapa nele. Ele olha para mim, acenando com a cabeça, e eu não
posso argumentar, então eu levanto e aceno uma mão. — Por aqui.

Nós caminhamos para o banheiro e pouco antes de alcançá-lo, Jax


avança, pegando a minha mão ele nos empurra pra dentro do banheiro
compartilhado que está totalmente vazio. Ele tranca a porta e gira em
mim. — Que diabos, Jax? — Eu estalo. — As pessoas podem precisar usar o
banheiro. Pense nas mães e crianças e pessoas em cadeiras de rodas.

— Eu não vou demorar muito, — ele rosna. — Mas você vai me


ouvir.

— Na verdade eu não vou, — eu digo, passando por ele.

Sua mão ataca, capturando meu pulso, e ele puxa meu corpo contra o
dele, envolvendo um braço em volta da minha cintura.

— Deixe-me ir, você é um... babaca!

Ele bufa. — Se isso é o melhor que você tem, poderíamos ficar aqui o
dia todo.

— Não enche, Jaxson Shields.

— Se é isso que você quer, mas vamos esperar até depois de


conversarmos.

— Nós não vamos conversar! — Eu estalo, tentando pisar em seu pé.

Eu poderia sair, realmente eu poderia, mas estar em seus braços me


faz me sentir... bem.

— Pare de fazer isso e me ouça, — ele ordena.

— Então você pode me contar tudo sobre o seu pequeno triângulo


amoroso?
— Eu não tenho um triângulo amoroso porra, Delaney. Eu não
transei com ela, que é obviamente o que você entendeu da conversa.
Eu paro, boca aberta e pronta para disparar palavras para ele, mas
sua confissão me choca.

— Você está mentindo, — eu assobio.

— Jesus! — Ele grita. — Você vai parar e ouvir?

— Não.

— Sim.

— Não! — Eu guincho.

— Se eu tiver que usar a força, Delaney, acredite em mim, nenhum


treinamento que você teve irá salvá-la.

— Faça, eu te desafio. Eu adoraria chutar o seu traseiro de novo.

Ele faz um som rosnando. — Apenas cale a boca bonita e ouça o que
tenho a dizer, gatinha.

Eu abro minha boca para argumentar, mas ele fala sobre mim,
efetivamente me cortando.

— Eu saí do seu apartamento naquela noite depois que eu beijei


você, sabendo que eu não poderia ter o que eu queria, sabendo que era um
risco demasiado grande. Deus, se você soubesse como me sentia, porra
incrível... mas eu estava com raiva e frustrado e não, não é a porra de uma
desculpa, mas quando ela pediu para vir, eu concordei, eu percebi que ela e
eu precisávamos conversar. O que quer que você pensa que você ouviu,
você não entendeu direito. Eu não cheguei nem perto de Tori naquela
noite.

— Então por que ela diz que fez muito mais que falar? — Eu grito.

— Porque eu fiz um monte de merda e gritei.


— Você está mentindo. — Tento novamente. — É o que você faz
melhor. Sinto muito, Jax, mas como posso acreditar em você quando eu sei
que você está cozinhando ela por tanto tempo?

Ele recua.

— Eu me importo com ela, Delaney, e eu cometi um erro uma


vez. Eu aprendi com esse erro e isso não vai acontecer novamente. Ela me
queria, ela se jogou em mim, mas eu não permiti e eu lhe disse que não a
amava. Você ouviu errado e saltou para suas próprias conclusões. Jesus, se
você não pode ver o quanto eu quero você...

Eu fico olhando para ele e digo, — Eu não sei mais, Jax. Essa coisa
toda parece estar ficando cada vez mais difícil...

Ele dá um passo mais perto. — É foda, mas vale a pena, você não
acha?

— Nós estamos brincando com fogo, Jax. É perigoso e...

— E incrível, — ele murmura, aproximando e me apoiando na


parede.

— Eu não posso ser um brinquedo. Você viu como eu reagi ao


próprio pensamento de que você foi dormir com outra mulher e nós ainda
não tínhamos feito sexo quando eu pensei que aconteceu. Eu sou
possessiva, Jax. Eu não gosto de compartilhar. Eu acho que é melhor para
nós dois, e nossas carreiras, se nós apenas...

Ele me corta, largando a boca para a minha e me beijando. Eu resisto


apenas por um segundo, antes de ceder e abrir meus lábios, deixando sua
corrediça língua dentro da minha boca. Eu o beijo profundamente e com
força, enrolando meus dedos em torno de sua jaqueta. Não é um beijo
longo, mas é cheio de promessas. Ele se afasta e olha para mim, os olhos
cheios de luxúria e desejo.
— Todas essas coisas podem ser verdade, mas não há nenhuma
maneira que eu posso me afastar de você agora. Eu quero você mais do que
eu jamais quis alguma coisa na minha vida.
— Você não me conhece mesmo, — eu sussurro.

— Estou pensando em conhecê-la.

— Jax, este trabalho, eu tenho trabalhado tão duro para isso. Não
posso arriscar perdê-lo.
— Enquanto você estiver fazendo a minha segurança, vamos mantê-
lo escondido, mas depois que terminar eu tenho a intenção de levá-la para
fora, gatinha.

— Você não acha que é um pouco tarde para o namoro,


considerando que você já me comeu?

Ele sorri. — Eu nunca disse que era tradicional.

Eu suspiro e solto a minha cabeça em seu peito. — Você não está


jogando pelas regras, bonito. Você não deveria ficar sob a minha pele.

— Tarde demais, baby, — ele murmura, apoiando o queixo na minha


cabeça. — Eu já estou.

Sim, sim, ele está.



Capítulo dezessete
Chegamos em Nova York, assim quando o sol começa a se por. Eu
não posso ver tanto quando nós entramos em um táxi e seguimos para o
hotel, mas o meu coração está competindo com a felicidade e antecipação
de qualquer maneira. A cidade é movimentada, mesmo a esta hora do dia, e
as luzes de todos os edifícios e lojas estão piscando para se preparar para a
noite.

Eu mantenho meu rosto grudado na janela, olhando para fora,


completamente fascinada.
— Eu não posso acreditar que você nunca se aventurou em Nova
York, — murmura Kyle, me observando.

— Nem todos nós temos o luxo de ser capaz de suportar isso, — eu


jogo de volta, ainda olhando para fora da janela.

Ele bufa.

Jax não diz nada, ele está apenas esmagado entre nós, e,
ocasionalmente, eu sinto sua mão passar pela minha perna em um local
onde Kyle não pode ver. Eu tremo cada vez que ele faz isso, mas mantenho
o meu rosto voltado para a janela. Nós ficamos no táxi por cerca de vinte
minutos e, em seguida, chegamos a um enorme hotel de luxo.

Eu pensei que o hotel de Denver era enorme, mas este, puta merda, é
o dobro do tamanho. Eu olho para ele enquanto saímos do táxi. É pelo
menos o dobro da altura e a forma é extravagante. É mais moderno, com
um exterior cinza elegante, e um sinal intocada nas portas da frente que
você anda até um par maciço de escadas curvas. Nós entramos no hotel, e
eu engasgo com a beleza. Existem, azulejos pretos e cinzentos elegantes e
mobiliário de couro e um inferno de uma recepção.

— Oh Deus, Jax, — eu suspiro. — É incrível.


— Sr. Shields, — um homem diz, aproximando de Jax. — Bem vindo
de volta, como foi o seu voo?

Olho para a camisa do homem e vejo, diz gerente. Ele deve ser o
homem responsável por este hotel. Jax sacode a mão. — Foi bom, obrigado,
Timothy. Esta é a minha segurança, enquanto eu estiver aqui, Delaney e
Kyle. Você vai dar-lhes pleno acesso ao hotel.

Timothy balança a cabeça e olha para nós. Eu posso ver o olhar


confuso em seus olhos, e eu não tenho nenhuma dúvida que ele está se
perguntando por que Jax precisa de segurança.

— Claro, senhor, — diz ele. — Eu tenho o seu quarto pronto, eu


acredito que você vai querer se instalar para a noite.

— Sim, obrigado.

Timothy desaparece, jogando ordens aos recepcionistas. Enquanto


ele está fazendo isso, Kyle e eu fazemos uma varredura básica do hotel,
embora a segurança deve estar no topo da linha. Parece limpo. Um
momento depois, ele retorna com duas chaves. Olho para ele, em seguida,
de volta para Jax. Ele as pega de Timothy e diz, empurrando uma para de
Kyle.— Delaney pode tomar o primeiro turno.

Kyle grunhe para ele, pegando a chave de suas mãos. Então, nós
seguimos Timothy enquanto ele faz o seu caminho até o elevador. Há um
homem, vestido em um terno, que pede o nosso número do andar. Então
ele nos acompanha todo o caminho até o topo do hotel, onde a suíte de Jax
está situada. Kyle está no andar de baixo.

Nós deixamos Kyle em seu quarto e ele me diz que ele vai tomar a
partir da meia-noite. Eu aceno e ele desaparece, então nós caminhamos até
chegar em uma pequena sala, com apenas uma porta no andar
inteiro. Timothy destranca a porta e entramos. Eu engasgo com o tamanho
da sala, e meu coração bate enquanto eu entro, movendo minhas pernas
trêmulas para inspecionar o quarto incrível antes de Jax entrar.

Tem pisos de madeira brilhante e paredes cremes, com iluminação


sem brilho que lhe dá uma sensação confortável e elegante. As janelas na
sala de estar são largas, correndo de um lado do quarto para o outro e uma
vista da cidade de Nova York pode ser vista, as luzes brilhantes que enchem
o espaço incrível. O mobiliário é elegante e cinza, e a sala tem um tapete
preto de pelúcia.

Eu vou para o quarto e minha boca continua a pendurar aberta


quando eu observo uma cama gigante king-size na frente de janelas do
chão ao teto. Há um spa, sem brincadeira, à direita na extremidade da linha
de janela, então quando você está nele, você pode olhar para fora na
cidade. Meu coração bate enquanto eu percorro, tão impressionada, que
mal posso respirar. É espetacular, não há outra palavra para isso.

Eu termino a minha verificação do espaço e, em seguida, volto a Jax e


Timothy que estão conversando entre si. Eu paro ao lado deles, não
interrompo, e quando terminaram, eles apertam as mãos e Timothy sai do
quarto. Viro-me para Jax, meus olhos arregalados, e grito, — Puta merda,
isso é incrível.

Ele sorri e depois se inclina para baixo, me pega em torno da cintura


e me lança em seus braços. — Eu estou a ponto de torná-lo ainda mais
surpreendente.

— Eu tenho que verificar se a porta está trancada, — murmuro


enquanto seus lábios deslizam para baixo na minha mandíbula.

— É um bloqueio automático.

— Eu deveria ficar naquela porta, Jax, — eu respiro quando ele me


leva para a cama. — No caso de alguém ameaçar o homem do elevador e
ele os encaminha pra cá.
— Baby, é um estabelecimento de alta segurança, confie em mim,
isso não vai acontecer.
— Jax, — eu protesto fracamente.

— Eu tenho um curto período de tempo antes de ter que fingir que


eu não quero colocar minhas mãos sobre você, deixe-me tê-la.

Eu não digo mais nada, porque ele esmaga os seus lábios contra os
meus e a luta deixa meu corpo. Ele nos caminha até a cama enorme e deixa
o meu corpo para baixo, trazendo a boca sobre a minha. Seus lábios são
lentos e sensuais, correndo pelo meu queixo, ao longo do meu pescoço e
parando em meus ombros onde ele belisca de leve. Eu choramingo e
arqueio, empurrando meus seios em seu peito.

Ele faz um som baixo e tira o meu uniforme, jogando-o ao chão. Em


seguida, seus lábios estão se fechando sobre os meus mamilos, sugando
longo e profundo, enquanto meus dedos correm para cima e debaixo em
sua camisa, sentindo seu corpo ondulante. Ele geme e eu choramingo
quando ele suga meus mamilos em picos duros, antes de sacudi-los com a
língua.

— Jax, — eu respiro.

— Foda-se, baby, sim.

Ele desliza seu corpo para baixo, pressionando sua boca na minha
barriga e causando pequenos arrepios sobre a minha pele. Ele beija um
caminho, rodando sua língua ao redor do meu umbigo e, em seguida,
mergulha para os meus quadris, chupando e mordiscando cada parte,
fazendo meu sexo apertar com antecipação de sua língua.

— Jax, — eu lamento, empurrando meus quadris para cima.

— Paciência, gatinha.

— Foda-se paciência, — Eu lamento.

Ele ri e beija um caminho pelas minhas coxas, antes de lentamente,


dolorosamente, deslizar de volta. Seu hálito quente passa por cima da
minha carne dolorida, e eu engasgo com as sensações que disparam através
de mim. Ele inala e assobia uma maldição, antes de finalmente pressionar a
boca sobre o meu sexo exposto. Eu grito, empurrando freneticamente para
cima em direção a sua boca, querendo mais do incrível prazer que ele deu
ao meu corpo com um pequeno toque de sua boca.
Ele geme contra minha buceta e as vibrações rasgam meu corpo, me
fazendo sentir muito melhor. Então, finalmente, ele abre minhas pregas e
empurra sua língua dentro, fazendo contato com meu clitóris. Eu lamento,
baixo e rouco, e os meus dedos enrolam nos lençóis quando ele festeja,
devorando minha buceta como se fosse sua última refeição.

Gozo vergonhosamente rápido, e eu estou bem com isso. Meu corpo


explode de prazer e eu empurro tanto que ele tem que usar suas mãos para
segurar meus quadris para baixo. Ele lambe e suga até que o último tremor
me deixa, então ele lentamente fica de pé, olhando para mim, uma pressão
na calça que me permite saber que ele gosta do que fez tanto quanto eu.

Ele agarra a gravata, desapertando-a e tirando de seu pescoço. Em


seguida, ele deixa cair sua jaqueta. Eu assisto, meu corpo cheio de luxúria,
enquanto ele desabotoa a camisa, deslizando para revelar a pele perfeita
esticada sobre músculos duros. Os músculos flexionam quando se inclina
para baixo, retirando suas calças, deixando seu pau livre. Santo inferno, é
um bom pau. Eu estava bêbada na outra noite, mas vê-lo agora só me faz
querer mais uma vez.

— Você tem um belo pau, — Eu digo, olhando para ele.

Ele enrola a mão em torno dele, acariciando suavemente quando ele


vem para mim, ajoelhado sobre a cama. — Você tem uma bela buceta.

Eu sorrio enquanto eu assisto seu grande corpo vir sobre o meu. Eu


abro minhas pernas com boa vontade, sentindo seu pau contra mim
— Você me montou, — ele murmura, pressionando seu pênis em
minha buceta apenas o suficiente para queimar agradavelmente. — Agora
eu vou montar você.
Eu tremo e meus mamilos ganham vida mais uma vez com suas
palavras. Ele empurra para dentro de mim em um impulso duro e eu
suspiro, empurrando meus quadris para cima para ajustar ao seu
comprimento. Ele faz um som áspero e chega para baixo, segurando meu
quadril com uma das mãos, enquanto a outra alcança a parte de trás da
minha cabeça.

Então ele me monta.

O Jax não é lento, ou cuidadoso, ou mesmo duro, ele apenas monta


profundo. Tão profundo que eu posso senti-lo dentro de mim, apertado e
duro. Seu corpo acima do meu está tenso e pesado, tão pesado. Seus dedos
no meu cabelo puxam quando ele empurra seus quadris, dirigindo em mim,
fazendo meu corpo cantar. Eu estou sufocando meus gritos em seu ombro,
amando o gosto da sua pele contra a minha língua, e Deus, eu estou perto.

— Jax — Eu suspiro. — Oh Deus.

— Porra. Sim.

Ele me fode mais forte agora, nós dois chegando ao fim. Sua pele
bate contra a minha, minhas pernas doem enquanto esticam mais amplo
em torno de seus quadris, e minha buceta está ficando mais e mais sensível
quando o meu orgasmo constrói. Estou caindo sobre a borda quando ele
arqueia o corpo, inclinando-se para baixo e trancando em meu mamilo.
Gozo duro e longo, murmurando seu nome quando minha cabeça cai para
trás no travesseiro.

— Eu vou gozar, porra, baby, — ruge Jax e, em seguida, seu corpo


tenciona ainda dentro meu e eu posso sentir cada pulso de seu pau.

Ele deita em cima de mim, apoiando seu peso em um cotovelo,


enquanto descansa sua testa contra a minha. Eu o cheiro, seu aroma de
uma mistura de suor e sexo. Ele tem um cheiro incrível.

— Diga-me que não vai ficar melhor, — eu sussurro. — Porque eu


juro que se você já é incrível agora, eu não acho que posso lidar com muito
de você.

Ele ri, pressionando um beijo no meu nariz. — Eu não te comi contra


uma parede ainda, — ele murmura.

Eu tremo.

— Ou no chuveiro.

Minha buceta aperta.

— Ou no meu carro.

— Ok, — eu respiro. — Eu retiro o que eu disse, eu totalmente quero


saber se você fica melhor.

Ele sorri e rola para fora, puxando-me em seus braços. O sol se pôs
totalmente agora, e as luzes da cidade brilham através da janela. Jax rola de
cima de mim e agora seu peito está pressionado contra minhas costas e nós
dois estamos olhando para as grandes janelas. — Você está gostando do
visual? — Diz ele, apertando seu rosto na parte de trás do meu pescoço.

— Pelo que tenho visto, sim. É incrível.

— Estas luzes são a minha coisa favorita quando eu venho pra cá.

— Eu não achei que Jaxson Shields tinha coisas favoritas.

Ele ri. — Eu sou um ser humano, baby, não um robô.

— Ok, então. — Eu enrolo meus dedos nos seus. — Qual é a sua cor
favorita?
Ele bufa. — Realmente, diante todas as perguntas que você poderia
fazer, você me pergunta isso?

— Ok, era uma espécie de piada. Dá um tempo, é minha primeira


vez.

— Tente novamente.

Eu acho difícil. — Ok, eu tenho uma difícil.

— Atire.

— Qual é o seu item de roupa favorita?

Ele bufa, em seguida, ri. — Realmente, isso é o melhor que você


pode fazer?

— Sim, ele me diz muito sobre você.

— Como assim?

Eu sorrio. — Bem, se você diz um terno eu sei que você é arrogante,


se você diz calção, eu sei que você é um muffin fofo.

Ele bufa. — Diga-me você não acabou de me chamar um muffin fofo.

Eu rio. — Vamos, bonito. Qual é a sua roupa preferida?

— Tudo bem, calção.

Comecei a rir e eu posso sentir seu corpo tremendo atrás de mim


com o riso.

— Tudo bem, pergunta séria. Se você ficasse preso em uma ilha e só


pudesse levar três coisas, o que seria?

— Calma, — diz ele. — Você, cerveja e água.

Eu ronco. — Sério?
— Sim, gatinha. Eu poderia fazer amor com você, cerveja para te
manter feliz e água para te manter viva.
— Há uma brecha em seu plano.

— Ah, sim, qual seria?

— Cerveja desidrata.

Ele resmunga. — Bem, então a água vai equilibrar.

— O que vamos comer?

Acaricia a curva do meu peito. — Bananas.

— Eu sou alérgica a bananas. — Eu rio.

— Então você não vai ficar muito bem, não é? — Ele aperta o meu
peito suavemente. — E quanto a você, gatinha? O que você levaria?

— Cheeseburgers, água e uma lanterna.

Ele ri. — Honestamente?

— Claro, eu não ficaria com fome, sede ou com medo do escuro.

Ele resmunga. — E o que sobre suas necessidades sexuais?

— Bem, essas bananas viriam a calhar, não acha?

Nós dois começamos a rir e seu braço aperta em volta da minha


cintura.

— Ok, ok. — Eu chio entre o riso. — Uma séria, de verdade desta


vez. Diga-me a memória da faculdade, que nunca deixa você, todos nós
temos uma.

Ele para de rir e geme. — Não, foi do caralho, terrível.

— Vamos, bonito, se você me disser a sua, eu vou te dizer a minha.


— Isso só funciona se houver eu contar, — ele resmunga.
— Por favor, — eu imploro.

— Tudo bem, eu fui despido e todo o meu corpo foi raspado. Eu


perdi um desafio, eu nem me lembro o quê, mas lembro qual foi o custo.

Fico em silêncio, então eu uivo de tanto rir. — Mesmo as suas...


bolas? — Eu suspiro rindo.

— Sim, eu fodi muito por um mês, quer dizer, quem não ama um
homem sem sobrancelhas ou o cabelo?

Eu gargalho. — Isso deve ter causado tanta coceira!

— Você não tem ideia. Todos os pelos do meu corpo estavam


crescendo novamente tudo de uma vez, acho que os professores pensavam
que eu tinha carrapatos, eu estava coçando tanto minhas bolas.

— Ch-ch-ch-charmoso, — eu rio e gaguejo, ao mesmo tempo.

— Vamos lá, qual é a sua?

— As meninas da escola colocaram supercola na minha cadeira, e eu


estava usando uma saia.

Ele ruge de tanto rir. — Portanto, sua bunda ficou presa a uma
cadeira? Como você não sentiu a supercola?

— Eu senti! Mas eu era jovem, e me preocupava com a minha


reputação. Eu pensei que era apenas água, então eu ainda estava sentada,
recusando a deixá-los me bater, até que eu percebi que não era água. Foi
muito humilhante, — eu indico. — Você ter o seu professor massageando
suas nádegas enquanto alguém coloca líquido com um cheiro horrível em
sua bunda para soltá-la da cadeira.

— Seu professor teve que massagear sua bunda? — Diz ele,


liberando-me para agarrar seu estômago.
— Sim, ele teve que massagear pouco a pouco enquanto a cola
dissolvia.
— Você, pelo menos, lhe deu o seu número depois disso?

— Ha-ha, — murmuro.

Ele me aperta. — Ok, minha vez.

— Eu não confio em você, você provavelmente vai perguntar sobre o


meu primeiro beijo.

— Na verdade, a sua primeira experiência sexual.

Eu viro para o lado. — Você não pode perguntar isso.

— Por que não?

— É rude.

Ele bufa. — Vamos lá, me ilumine.

— Você vai ficar com ciúmes e me jogar sobre seu ombro e me levar
em sua caverna?

Ele faz um grunhido, igual homem das cavernas e eu rio.

— Certo, tudo bem. Eu tinha dezesseis anos, ele estava em um


parque, e foi horrível.

— Um parque?

— Sim, um parque. A pior parte é quando acabou, disse ele, — Foi


muito bom — e essa voz sai das sombras dizendo 'sim foi' - Acontece que
havia um sem-teto dormindo e fizemos a coisa bem na frente dele. Embora
eu tenha certeza que ele não viu muito, porque estava muito escuro. Eu
fiquei pegando galhos de meu cabelo por horas.

Jax fica silencioso, então ele ruge de tanto rir. — Você perdeu a sua
virgindade, em um parque, na frente de um cara sem-teto.
— Eu não sabia que ele estava lá! — Eu protesto.
— Provavelmente fez o seu ano.

— Eu vou te machucar, Shields.

Ele resmunga. — Tente.

Eu não. Em vez disso eu pergunto: — E você?

— Eu tinha quatorze anos, ela tinha dezesseis anos, tudo estava


acabado antes de começar e nós estávamos na parte de trás de um carro
velho fedorento.

— Será que você gozou antes mesmo de entrar nela? — Eu ri.

— Oh não, eu entrei nela, então gozei. Imediatamente.

Eu ronco uma risada. — Sem nem bombear?

— Nada, — resmunga.

— Oh, isso é hilário.

— Eu tinha quatorze anos. Eu não acho que qualquer um de nós


pode segurar nessa idade. Inferno, eu apenas olhava para uma imagem de
uma mulher nua e gozava em minhas calças.

Eu estou rindo tanto que minha barriga dói. — Sério? — Eu rio. —


Eu me sinto mal pela menina. Ela provavelmente evitou homens mais
jovens a partir de então.

— Bem, pelo menos eu não encontrei um homem sem-teto.

Eu belisco seu braço.

— Ok, bem, o meu foi um pouco pior que a sua. Bem pior. Minha vez
agora.
— Atire.
— Alguma vez você já esteve apaixonado, Sr. Shields?
— Não.

— Nunca?

— Não.
— Nem mesmo perto?

Ele ri. — Baby, não.

Pobre homem estranho e pouco triste.

— Confie em mim, nada sobre mim é pouco. — Ele resmunga. — E


você? Você já se apaixonou?

— Não, mas isso não conta. Você está velho, eu não.

Ele aperta o meu peito. — Temos apenas alguns anos de diferença


de idade, gatinha.

— Qualquer que seja, faz sentido na minha cabeça, ok?

— Tudo certo.
Caímos em silêncio por um momento, então eu pergunto: — O que
fez você desejar criar uma grande cadeia de hotéis?

Ele dá de ombros atrás de mim. — Eu honestamente não sei. Acho


que foi apenas pura determinação. Eu cresci sabendo que eu ia fazer algo
com a minha vida, mas eu nunca fui um tipo atlético, ou o tipo de forças
armadas. Eu queria o poder e eu queria o sucesso. O primeiro hotel foi
entregue a mim pelo meu avô. Eu decidi assumir a gestão, quando ele
morreu, e com a herança que ele me deixou, eu comecei a construir.

— O que aconteceu com seus pais? — Pergunto.

— Eles se separaram quando eu tinha apenas três anos. Minha mãe


não queria a responsabilidade de uma criança, então ela correu e eu nunca
mais a vi. Meu pai morreu de câncer. Eu vivi com o meu avô a partir desse
ponto, e é aí que tudo começou.
Meu Deus, isso é terrível.

— Eu sinto muito que aconteceu com você. Você é curioso em saber


o que aconteceu com a sua mãe?

Ele suspira. — Às vezes, não tanto agora. Ela fez uma escolha e eu
não vou à procura de alguém que não quer me amar.
Eu entendi aquilo.

O meu telefone começa a tocar no meu uniforme no chão, cortando a


conversa, e eu suspiro, deslizando para fora da cama e o pegando, vendo
um interlocutor desconhecido. Eu atendo.

— Olá?
Silêncio.

Ótimo, um brincalhão.

— Olá? — Eu tento novamente.


— Pergunto-me como seu amigo está, — diz uma profunda voz
abafada.

— Quem é?

— Ele lutou muito.

Meu estômago vira e eu olho para Jax, que já está fora da cama.

— Quem. É.?

— Melhor ir e ver como ele está, afinal de contas ele está apenas um
andar para baixo.

Eu deixo cair o telefone e pego minhas roupas, vestindo antes de


desligar e correr para a porta. Jax, fala comigo nos últimos minutos, mas eu
não escuto, ele se atira contra mim, circulando minha cintura e me puxando
para trás. — Delaney, whoa. Você precisa parar e desacelerar. O que está
acontecendo?

— Kyle, oh Deus.

— O que tem ele? Laney, fale comigo.

— Eles disseram que alguém está ferido. Alguém significava Kyle,


eu sei disso. Eu tenho que ir ver como ele está.

— Não, — Jax diz, apertando seus braços em volta de mim. — Não,


Delaney, não vá para ele. Se isso for o que eu acho que foi, provavelmente é
um truque.

Eu paro de lutar e suas palavras afundam. Ele provavelmente está


certo, provavelmente é um truque.
— O que eu faço? — Eu sussurro.

— Chame a polícia, Laney.

Concordo com a cabeça e puxo o meu telefone, discando os


policiais. Eu digo a eles o que aconteceu e eles me asseguram que estará em
seu caminho, em seguida, Jax disca para recepção.

— Será que alguém entrou no hotel apenas dez, quinze minutos


atrás e pediu para ver Kyle? — Ele pergunta.

Ele balança a cabeça algumas vezes.

— E você os deixou subir porra?

Mais silêncio.

— Há medidas de segurança para todos os meus malditos hóspedes,


— ele ruge. — E uma delas é que você chame cada visitante do caralho.
Mais silêncio.
— Eu não dou a mínima se você é novo, isso é inaceitável.

Eu coloco minha mão em seu braço, mas ele não percebe.

— É melhor chamar Timothy eu estou indo para vê-lo, e enquanto


você está fazendo isso, arrume suas coisas. Eu não vou ter pessoas
incompetentes trabalhando no meu hotel.

Em seguida, ele bate o telefone fechado e se vira para mim. — A


nova recepcionista os deixou subir, eles disseram que eram irmãos de Kyle.

— Jax, — eu digo, minha voz trêmula.

— Está tudo bem, Delaney. A polícia está a caminho.

— Eu deveria descer...

— Não, há uma chance de que eles estejam esperando em algum


lugar, eu não posso correr esse risco.

— Isto é tudo culpa minha, — eu digo, deixando cair a minha cabeça


em minhas mãos. — Eu deveria ter prestado mais atenção, em vez de...

— Não, — Jax diz, pegando meus braços e me segurando firmemente


contra ele. — Não ouse se culpar por isso, não vou aceitar. Mesmo se
estivesse em minha porta, montando guarda, ainda teria acontecido. A
recepcionista que os deixou subir é a única culpada, não você.

Ele está certo, eu sei que ele está certo, mas eu estou com muito
pânico para fazer qualquer coisa além de esperar e rezar para que Kyle não
esteja morto lá em baixo. Estou ocupada certificando que o meu cabelo está
esticado, minhas roupas estão respeitáveis, e eu tenho a minha arma
pronta, enquanto Jax arruma a cama e se arruma. Assim quando ele
termina de abotoar a camisa, há uma batida na porta.

Eu me movo rapidamente, arma na mão. Eu lentamente chego até a


porta, em seguida, olho pelo olho mágico. Há dois policiais e o gerente do
hotel, Timothy, do lado de fora. Eu abaixo minha arma e destranco a
porta. — Olá, oficiais, — eu digo, minha voz trêmula. — Timothy.

— Senhora, estamos aqui para informar sobre os acontecimentos no


andar de baixo. Entendemos que você é a segurança do Sr. Shields?

Eu concordo.
— Kyle estava muito mal quando o encontramos, mas ele está vivo e
estável. Ele foi espancado, algumas ferimentos de faca, mas parece que ele
teve uma boa luta. Ele está sendo levado para o hospital agora. O quarto
era uma bagunça.

— Mas ele vai ficar bem, você acha? — Pergunto.

Os oficiais acenam.
— Nós gostaríamos de falar com você sobre a situação, se você não
se importar.

Viro-me para Jax. — Jax deve ser capaz de informá-lo melhor do que
eu.

Os oficiais concordam a cabeça e entram no quarto. Viro-me para


Timothy. — Ele não está feliz.

Timothy assente. — Eu também não estou. Já mandei Ron embalar


suas coisas. Ela sabia as regras, mas estava muito ocupada flertando e
conversando para prestar atenção. A culpa é minha, eu deveria ter tido um
supervisor esta noite, mas eu estava no hotel e ela foi devidamente
treinada, por isso achei que não precisava de um.

— Não é culpa sua, Timothy, — eu digo suavemente. — Poderia ter


acontecido mesmo se houvesse um supervisor trabalhando.
— Sim, — diz ele, solenemente. — Você provavelmente está certa.

Eu bato levemente no braço dele e volto, caminhando em direção a


Jax e os policiais. Eu fico em silêncio enquanto eles falam sobre tudo com
ele, e quando eles saem, eu pego meu telefone e ligo para Nak.

— Acabei de ouvir, — diz ele, com a voz rouca quando ele responde.

— Ele está estável, foi o que eles disseram. Nak, eu não sei o que
fazer a partir daqui.

— A situação tornou-se muito mais perigosa do que eu


pensava. Kyle tem sorte de estar vivo. A melhor opção para nós agora é ter
pelo menos três seguranças com Jax em todos os momentos. Estes homens
não vão parar, e eu não posso arriscar deixá-lo sozinho.

— Eu entendo.

— Estou enviando Duke e Devon, vou colocar alguns dos recrutas


mais recentes em seus casos menores. Você pode por favor colocar Jaxson
no telefone?

— Sim, — eu digo, empurrando o telefone para Jax.

Ele o pega, pressionando-o ao ouvido. — Sim?

Ele ouve um tempo, um longo tempo, então diz: — Por mim tudo
bem, Nak. Vou me certificar de colocá-los todos juntos.

Ele balança a cabeça algumas vezes.

— O custo não é um problema.


Em seguida, ele entrega o telefone de volta para mim.

— Jax concordou em ter toda a segurança que eu estou oferecendo,


— explica Nak. — Mas é claro que vocês tem a necessidade de ficar
juntos. A partir de agora, ele vai permitir que todos vocês fiquem no
mesmo quarto que ele ou em uma sala adjacente, onde o acesso é mais
fácil. Não é a situação ideal, mas a polícia assegurou-me que eles estão
perto de fazer uma prisão e hoje mostrou que eles tem que fazer isso o
mais rápido.

— Eles nos seguiram para Nova York, Nak, — eu digo lentamente. —


Isso significa que eles estão nos observando... muito.

— A segurança no hotel foi triplicada, e você terá ajuda chegando em


poucas horas. Jax tem uma reunião no hotel, por isso não há necessidade de
se aventurar até a hora de voltar para casa. Você deve estar segura lá
dentro.
— Ok, Nak.

— Às vezes essas coisas acontecem, Delaney, e não há nada que


possamos fazer para pará-los até a polícia fazer a sua parte. Você se
concentre apenas em proteger Jax e a si mesma, e deixe o resto para eles.

— Sim, — eu digo suavemente.


— Descanse um pouco, menina.

— Até mais tarde, Nak.

— Até mais tarde.

Eu desligo e viro para Jax, que está falando com Timothy. Ele
conhece meus olhos e me dá um sorriso fraco. Eu entro na sala, puxando
para baixo as cortinas, então eu faço o mesmo na sala de estar. Quando eu
vejo as luzes desaparecer, meu coração dói. Temo pela minha própria vida,
mas mais do que qualquer coisa, eu tenho pavor que aconteça algo a Jax. Se
estes homens estão dispostos a ir a extremos como este, qual será seu
próximo passo?

Timothy deixa a suíte e eu nem sequer noto, eu apenas olho


fixamente para as cortinas. Jax aparece atrás de mim uma vez que a porta
está trancada, e seus braços chegam ao redor da minha cintura. Nós
ficamos lá assim por um bom tempo, nós dois, sem dúvida, perguntando o
que diabos as próximas semanas e meses vão trazer.

— Você está bem, Laney? — Diz ele, sua respiração quente contra a
minha orelha.

— Sim, eu estou apenas... eles chegaram tão perto, Jax.

— Sim, eles chegaram. Isso não vai acontecer novamente. Timothy


vai colocar a melhor segurança no hotel enquanto nós estamos aqui. Cada
entrada será totalmente protegida, cada pessoa marcada, cada carro ou
entrega vistoriado. Ninguém vai entrar, Laney.

— Eu sei, e isso me faz sentir melhor, mas o que dizer quando


formos para casa?

— Eu vou organizar a mesma segurança em Denver. Vamos ficar no


hotel, que é mais seguro do que o meu apartamento. Agora que a violência
tem aumentado, a polícia vai intervir e resolver isso, você tem que
acreditar nisso.

— Eu acredito... Eu acredito, mas...

— Laney. — Ele me gira em torno de modo que estou de frente para


ele. — Este é o seu trabalho, é o que você está treinada para fazer. É uma
situação ruim, mas você pode lidar com isso.

— Você realmente acredita nisso?

Ele balança a cabeça. — Sim, eu certamente acredito porra.

Eu o abraço, pressionando meu rosto contra seu peito. Ele acaricia a


mão pelo meu cabelo e eu tremo. Eu respiro, sabendo o quanto eu estou
arriscando, fazendo isso com ele, mas também sabendo que não há
absolutamente nenhuma maneira que eu possa parar. Eu preciso de Jaxson
Shields agora, mais do que eu preciso de ar, e nada vai me impedir de estar
com ele.

— Vamos lá, — diz ele. — Você deve mergulhar em um banho ou


fazer algo para relaxar um pouco. Vou pedir o jantar. Estamos seguros
aqui, baby. Confie em que.

Eu concordo. — Apenas certifique-se de não atender a porta quando


o jantar chegar.

Ele me pisca um sorriso. — Não sonharia com isso.


* * *

Duke e Devon chegam logo após a meia-noite. Jax e eu recebemos a


chamada quando estamos encolhidos no sofá, apenas passando o tempo um
com o outro antes de nós termos que nos afastar. Agora que Duke e Devon
estão aqui, eu basicamente tenho que fingir que Jax é apenas uma outra
pessoa, e ele tem que devolver o favor. Jax tem ficado principalmente no
telefone fazendo com que todos em sua grande reunião amanhã saibam
sobre a nova segurança.

Eu me afasto de Jax com um suspiro, odiando que eu tenho de me


distanciar dele. Tudo que eu quero é encontrar uma isolada cabana de
refúgio e passar uma semana inteira em seus braços. Mas isso não pode
acontecer, então por enquanto eu só tenho que me concentrar em fazer o
certo para que ele fique seguro em todos os momentos, e este fim de
semana, eu tenho que estar prestando atenção extra.

Jax mandou a equipe do hotel garantir espaço suficiente neste


quarto enorme para todos. Há espaço para dormir para todos nós agora,
obviamente, com o quarto de Jax ficando separado. Eu aconselhei Jax para
deixar as persianas abaixadas, apenas por razões de segurança, e ele
concordou. Liguei para o hospital uma hora atrás para saber notícias de
Kyle. Eles disseram que ele está evoluindo bem e está seguro. Isso me fez
sentir um pouco melhor.
Só um pouco.

Tenho a certeza de que não há nenhuma evidência de nosso amor,


então eu ajusto o meu uniforme, sentindo-me exausta após os
acontecimentos da noite. Duke e Devon batem na porta, e eu os deixo
entrar. Jax cumprimenta-os com o rosto profissional e em seguida,
rapidamente os informa sobre o que vai acontecer amanhã, o layout da
sala, saídas e banheiros, para que eles possam garantir a sua segurança.

Eu bocejo, sentada no sofá. Kyle ia assumir agora, mas parece que eu


vou ficar a noite toda. Duque vira para mim e estuda meu rosto. — Nak deu
ordens para que você descansar esta noite. Vamos precisar de você cheia
de energia amanhã e você esteve com Jax durante todo o dia. É justo.

Oh, graças a Deus.

— Eu não vou discutir com você, estou exausta, — Eu admito.

— Vou dormir um pouco também, — Jax diz, sacudindo os olhos


para mim. — Se vocês quiserem se revezar para dormir.

— Vou levar até de manhã, — diz Devon. — Então Delaney e Duke


podem sair e ficar com Jax até o almoço - então se você quiser ficar com Jax
o resto você pode. Em seguida, todos nós vamos ajudar no jantar e quebrar
turnos durante a noite.

— Parece-me muito bem, — murmuro. — Vou ficar no canto escuro.


— Eu aponto para o canto escuro na extremidade esquerda da sala.

— Eu espero que você não ronque. — Sorri Devon.

Eu sorrio fracamente. — Eu nunca tive quaisquer queixas.


Ele sorri. — Eu gostaria de poder dizer o mesmo.

Reviro os olhos e olho para Jax, queria dizer alguma coisa, mas
sabendo que não posso. — Bem, boa noite.

— Boa noite — diz ele, encontrando meus olhos por um breve


segundo antes de olhar para longe.
Eu pego a minha mala e a coloco ao lado da cama, então eu retiro
uma bermuda e uma camiseta e sigo para o banheiro para me trocar. Eu
escovo meus dentes, escovo meu cabelo, então saio para fora e rastejo para
os lençóis de algodão egípcio e o puxo sobre o meu corpo cansado. Ouço Jax
andar ao redor, e então vejo luz por baixo da porta. Duke dorme do outro
lado da sala e está roncando suavemente.

O meu telefone vibra ao meu lado, e eu o puxo em minha mão,


olhando para a tela através da visão turva.

Jax - Eu não consegui dizer boa noite, que merda. Mas boa noite,
gatinha. Durma bem.

Eu sorrio e rapidamente escrevo de volta.

Delaney - noite, bonito. Sonhe comigo.

Eu ouço sua risada baixa vindo do quarto.

Jax - Isso é fato.

Enfio o telefone debaixo do meu travesseiro e meus olhos se fecham,


eu não posso lutar mais um segundo. Eu durmo.

Capítulo dezoito
Eu acordo às seis, antes de todos. Eu deslizo para fora da cama e vou
em silêncio para a cozinha fazer café. Devon deve estar guardando fora da
porta, porque ele não está aqui dentro. Duke está do seu lado na outra
cama, o braço jogado sobre o rosto. Eu faço o meu café e, em seguida,
caminho até a porta, abrindo-a. Devon está em uma grande cadeira
confortável olhando, o rosto nas mãos.

— Dia. Vejo que você está alerta.

Ele olha para mim e sorri. — Eu ouvi você entrar. Meus ouvidos
estão perfeitamente em alerta.

Eu ronco e agito os dedos para ele. — Acabou.

Ele se move e eu deslizo ao lado dele, suspirando enquanto eu tomo


um profundo gole de café.

— Como foi a noite? — Pergunto.

— Quieto. Chato pra caralho.

Eu rio. — Sim, ninguém fala sobre essa parte da segurança.

Ele resmunga. — Não, eles deixam de fora.

— Você pode ir e descansar, se você quiser. Eu estou acordada


agora.

— Termine o seu café, troque de roupa, então vamos trocar.

Eu concordo. — Nak ligou durante a noite? Qualquer atualização


sobre Kyle?

— Nak chamou cerca de uma hora atrás, verificando como as coisas


estavam. Dei-lhe uma atualização completa. Kyle está evoluindo bem, ele
está acordado e fazendo perguntas, obviamente, ele está bem.

— Ele deve odiar estar lá.

Devon bufa. — Não brinca. Ele provavelmente os está torturando.

— Ainda assim, — eu digo suavemente. — Isso nunca deveria ter


acontecido.

— Isso aconteceu comigo uma vez.

Eu pisco e me volto para ele. — Eu nunca ouvi isso.

— É porque foi antes de entrar na equipe do Nak.

Eu não digo nada, só olho para ele. Ele continua.

— Eu estava protegendo um cara rico que tinha um monte de clubes


de strip.

Eu ronco e ele acena com a cabeça, sabendo exatamente meus


pensamentos.

— De qualquer forma, uma de suas meninas tinha alguns problemas


e ele a tirou fora, irritando as pessoas erradas. Eu fui colocado em seu caso,
e fiquei com ele por seis meses, que foi o tempo que levou para eles
derrubarem os desgraçados que estavam atrás dele.

— Então o que aconteceu?

— Eu tive a mesma coisa, eles me ameaçaram, me disseram para


ficar longe, recuar, ou eu me machucaria também.

— E você?

— Sim, eu levei um tiro.

Eu pisco. — Sério?
Ele levanta sua camisa, mostrando-me uma cicatriz prateada
desbotada em sua barriga.
— Jesus, Devon!

— Foi muito semelhante à situação de Kyle. Eles conseguiram um


homem para uma dança no colo uma noite. Uma vez que ele estava na sala
de volta, ele pediu para ver o gerente. A maioria das pessoas estavam no
clube, mas naquela noite o segurança estava muito ocupado conversando
com uma menina e apenas acenou esse cara.

Muito semelhante à situação de Kyle.

— Então ele entrou, pediu para ver o gerente como eu disse, e no


momento em que entramos no quarto, ele apenas puxou uma arma e
apontou. Eu fiz o que foi ensinado, e acabou sobrando uma bala pra mim.

— Jesus, — eu sussurro. — O que aconteceu com o cara que estava


protegendo?

— Ele foi morto.

Eu recuo. — Devon…

Ele dá de ombros. — Foi há dez anos. Eu estou bem com isso agora.

— Isso ia me destruir, — eu admito. — Como você continuou?

— Faz parte da vida, Laney. A merda acontece. Você acha que os


policiais salvam todos? Ou médicos? É a linha de trabalho que estamos.
Nós não somos Deus, não podemos parar o imparável. Nós só podemos
fazer o nosso melhor.

— Você sabe que está certo. Eu estive lutando muito com tudo isso,
preocupada sobre como isso vai acabar e se eu estou realmente talhada
para este trabalho, mas você me fez ver que mesmo o melhor de nós temos
dias ruins.
Ele olha para mim. Normalmente Devon é tão esperto, mas eu acho
que após o ataque de Kyle, ele está se sentindo da mesma forma que o resto
de nós.

— Você sabe, eu não acredito em você. De modo nenhum. Eu nunca


entendi porque Nak colocou uma mulher em sua equipe. Eu costumava
pensar que era hilário assistir você tentar ser tão boa quanto o resto de
nós, mas, no fim, Delaney, você nos provou que estávamos errados. Você
tem um dos casos mais difíceis aqui, e você está fazendo um grande
trabalho com ele. Você viu um tiroteio antes de acontecer, isso é
impressionante.

Suas palavras aquecem meu coração, porque são palavras que eu


precisava ouvir dos membros da equipe e não apenas do meu patrão.

— Obrigado, D. — Eu sorrio. — Isso significa mais do que você


jamais saberá.

Ele dá um tapinha na minha mão. — Não desista, Laney. Você é


excepcionalmente boa em seu trabalho, e isso é uma coisa rara de
encontrar.

Em seguida, ele abre a porta e me faz entrar.

Eu entro com um grande sorriso no meu rosto.


* * *

Duke e eu assumimos, enquanto Devon repousa, e passamos a nossa


manhã na sala de conferências com Jax, organizando tudo para o encontro e
o jantar mais tarde esta noite. Nós ficamos ocupados com a criação de
tabelas, ajudando com pedidos de comida e preparando um microfone para
discurso. Jax está em modo de trabalho, com o rosto fechado, com o corpo
rígido e sua voz dura quando ele late ordens.
Este é o Jax que eu conheci.
Se apenas as pessoas entenderam o quão diferente ele poderia
realmente ser.

— Delaney, — ele chama. — Você pode por favor me levar ao


banheiro?

Eu fico olhando para ele.


— Eu te levo, cara, — diz Duke.

— Nah, — diz Jax. — Eu preciso de você para ajudar a colocar o fio


até o sistema de som. Você é o único que é capaz de fazer isso.

Duke sorri. — Isso é porque eu sou impressionante.

Jax balança a cabeça, sorrindo, e se vira para mim. — Você pode


poupar cinco minutos?

Eu concordo. — Certo.

Eu o escolto para o corredor para os banheiros. No momento em


que ficamos fora de vista, ele me bate contra a parede e esmaga seus lábios
nos meus. Eu gemo e enrolo os dedos ao redor de seu pescoço, beijando-o
profundamente. Deus, eu amo o gosto dele. Ele me beija duro no início, em
seguida, começa lentamente ficando mais suave e mais suave, até que
nossas bocas estão fazendo amor.

É uma sensação incrível.

— Tem sido um inferno durante todo o dia ficar sem beijar você, —
ele murmura, esfregando o nariz no meu pescoço.

— Eu sinto o mesmo. Eu odeio fingir que eu mal o conheço.

Ele me puxa para mais perto, dedos enrolados em volta do meu


quadril. — Se eu tivesse mais de cinco minutos, eu ia te foder contra esta
parede.

— Onde está o armário de armazenamento mais próximo?

Ele olha com fome em mim. — Cinco minutos, baby, não é suficiente
para devorá-la.

— Apenas me leve para o mais próximo.

Ele me solta e pega a minha mão, me puxando passando os


banheiros. Ele encontra um armário e usa sua chave para destravá-
lo. Ele me puxa para dentro e eu começo imediatamente a trabalhar, caindo
de joelhos na frente dele.

— Porra, gatinha.

Eu abro o cinto, com fome de prová-lo, desesperada por mais. Eu


desabotoo as calças e tiro apenas o suficiente para libertar seu pau. Eu
envolvo minha mão ao redor da base, apertando suavemente e depois duro,
trabalhando até que ele esteja grosso e cheio em minhas palmas. Então eu
abaixo a minha cabeça e coloco a minha língua para fora, deslizando-a em
torno de sua cabeça macia.

— Foda-se, sim, — ele rosna, pressionando as mãos à parede em


frente de nós.

Eu o provoco assim até que ele está massageando a cabeça com a


necessidade, pedindo-me para continuar. Quando seus grunhidos se
transformam em gemidos selvagens, eu finalmente abro a boca e deslizo
para baixo, deixando seu pênis encher minha boca. Ele faz um som de
assobio e empurra seus quadris. Eu choramingo contra ele e o sugo em
profundidade, usando uma mão para bombear a base de seu pênis
enquanto eu trabalho sobre a cabeça com a minha boca.

Seu pau incha na minha boca e eu mudo minha mão, sabendo que ele
está perto eu o sugo mais, acariciando suas bolas. Eu acaricio em torno de
minha mão e os sons que ele está fazendo em cima de mim me diz que ele
adora. Muito. Ele sussurra meu nome e empurra seus quadris mais rápido
e mais profundo até que minha boca está tão esticada em torno dele que
meus lábios queimam. Então, com um último impulso, ele geme, — Eu vou
gozar, porra, baby.

Eu não o deixo sair, mesmo que ele tenta. Não, eu me delicio com
seus tremores de prazer enquanto eu engulo tudo o que ele dá, amando
cada gota. No momento em que ele acaba, eu cuidadosamente puxo para
trás e olho para ele. Ele olha para mim com olhos tão cheios de luxúria, que
faz meu coração bater forte. Ele me ajuda a levantar e ajusta suas
roupas. — Eu acho que eu poderia precisar, tipo, um minuto pra respirar
ou algo assim.

Ele rio baixo. — Sim, eu não acho que Duke vai gostar de você
respirando sobre ele depois disso.

— Ew. — Eu rio.

— Vamos, vamos conseguir alguma coisa para resolver isso. Você


está pronta?

Eu concordo.

Ele abre a porta e espreita para fora. O caminho está livre para que
ele me puxe para fora também. Ele olha para a esquerda e para a direita,
então se vira para mim e ajusta minha camisa. Dou-lhe um olhada, e vejo
que ninguém vai saber que ele acabou de ser chupado no armário. Vamos
para o banheiro de qualquer maneira, e eu lavo meu rosto enquanto ele
usa, então ele me traz uma garrafa de Coca-Cola e nós fazemos o nosso
caminho de volta para a sala de reuniões, nós dois flutuando no ar.

É uma sensação incrível.



Capítulo dezenove
A reunião começa por volta das quatro, mas eu consegui ter um
descanso de duas horas para me preparar para a noite. Jax está no modo de
negócios completo agora, especialmente considerando as pessoas que
estão chegando rapidamente. Todos são revistados completamente, e só é
permitido entrar quando estamos certos de que eles são seguros. No
momento em que as portas se fecham e eles estão todos dentro, eu me sinto
como uma pervertida. Eu apalpei muitos corpos.

Nós ficamos espalhados ao longo da sala, de modo a não sufocar


Jax. Estou mais próxima a ele, de pé à sua esquerda perto do palco, Duke
está na entrada e Devon está perto dos banheiros. As pessoas estão em
torno de nós, conversando e interagindo, a maioria deles voando como
moscas em torno de Jax. É um pouco uma reunião/jantar, por isso é muito
mais casual. As pessoas falam, riem, bebem champanhe e comem canapés.

Jax parece impressionante em seu smoking preto que tem foi


perfeitamente feito para ele. Seu cabelo está um pouco mais confuso agora
que está crescendo, e seus olhos cinzentos são acolhedores, mas firme
quando ele fala com as pessoas, apertando as mãos e acenando para as suas
perguntas, respondendo o que ele pode. Há empresários de todo o Estado,
bem como gestores que executam seus outros hotéis. Há também
patrocinadores.

Eu não sorrio ou interajo, eu só mantenho as minhas mãos atrás das


costas e aceno em qualquer um que é educado o suficiente para dizer
Olá. Nós não estamos aqui para interagir. É difícil porque eu sou
normalmente uma pessoa muito sociável, mas eu tenho que segurar tudo e
que as pessoas saibam que eu não estou aqui para me mexer. Em vez disso
eu mantenho meus olhos em Jax, tão fascinada por quão perfeito ele é.

Uma mulher loura chega até ele, assim quando o jantar está sendo
servido, a minha atenção fica sobre ela. Ela está usando um, vestido
vermelho apertado que deixa seu corpo tão lindo e cheio de curvas. Eu
quero gritar. Seu cabelo longo liso bonito como cetim está solto e flui em
torno de seus quadris. Ela é impressionante, como uma modelo, e não
tenho dúvida este é o tipo de mulher que Jax teve em seu braço no passado.
Meu coração dói.

Será que alguma vez serei eu? Verdadeiramente? Será que eu vou
ter a oportunidade de ser a garota dele, e mesmo que eu seja, eu seria o
suficiente? Eu não pareço com ela, e meu trabalho sempre vai me manter
longe de casa. Uma dor estranha começa a formar na minha barriga quando
eu me pergunto sobre o tipo de futuro que Jax e eu poderíamos ter. Será
que ele quer mesmo um futuro? Ou será que ele apenas está gostando da
sensação, porque nós estamos nos escondendo?

Eu não penso assim, mas eu não posso ter certeza.


Nós não tivemos a chance de sentar e conversar sobre o que está
acontecendo aqui.

Eu mantenho meus olhos sobre a menina loira enquanto ela toma o


braço de Jax e se inclina, escovando os lábios contra seu ouvido enquanto
ela fala. Ele sorri, e meu coração dói. Seus dedos se movem para cima e
para baixo no braço dele, em seguida, ela se inclina para trás e sua mão vai
para cima e coloca algo em seu bolso. Eu cerro os dentes quando ela se
afasta. Eu quero bater em seu queixo na próxima semana.

Os olhos de Jax se voltam para mim, mas eu olho para longe,


esperando que ele não me pegue assistindo.

— Você parece tão entediada quanto eu.

Eu estremeço e viro para ver um homem bonito em um smoking


sorrindo para mim. Ele tem os mais incríveis olhos azuis que eu já vi.

— É o meu trabalho, — eu digo.


— Ele não parece ser muito divertido.

Eu dou de ombros. — Não é, mas vale a pena.

Ele sorri, genuinamente, calorosamente. — Qual o seu nome?

— Delaney. O seu?

— Michael.

— Prazer em conhecê-lo, Michael.


Ele estende a mão e eu aperto, feliz por ter algo para quebrar a
monotonia, embora eu realmente não deveria estar tendo uma conversa
com ele. Eu acho difícil lhe dizer para ir embora , apesar de tudo. Isso é
rude e eu não sou esse tipo de pessoa.

— Conhece Jaxson, então? — Pergunta ele, continuando a segurar a


minha mão, que é um pouco estranho.

Eu aceno, arrancando minha mão da sua, gentilmente. — Sim, eu sou


a sua segurança.

Ele me estuda. — É um grande trabalho para uma mulher, e que não


é feita de forma ofensiva. Eu acho que é super legal. Por que você faz isso?

Meu coração se aquece um pouco, porque ele é a primeira pessoa


que foi gentil sobre o meu papel.

— Eu só queria me destacar, você sabe? — Eu sorrio.

— Sim. — Ele ri, chegando mais perto e colocando uma mão no meu
ombro. — Eu conheço o sentimento.

Eu não me afasto de seu toque, mas é um pouco estranho. Ele dá um


passo mais perto, quase envolvendo o braço em volta de mim enquanto ele
fala, como se fôssemos amigos de longa data. Talvez Michael não esteja
apenas interessado em conversar.
— E quanto a você, Michael, o que você faz? — Pergunto, tentando
me afastar de suas mãos pegajosas.
— Eu gerencio o hotel em Los Angeles.

— Então você trabalha para Jax? Sorte sua, — eu digo


sarcasticamente.

Ele balança a cabeça, me soltando e, em seguida, inclinando-se perto


para que sua boca fique perto da minha orelha. — Deixe-me dizer-lhe um
pequeno segredo... ele é realmente ótimo para se trabalhar.

Eu rio, porque eu não podia imaginar que fosse verdadeiro. Eu vi Jax


com raiva e eu o vi no modo de chefe. Ele é quase descontraído.

— Você acha isso engraçado? — Ele sorri.

— Eu tenho trabalhado com ele um tempo agora, e eu não acho que


eu nunca ouvir alguém dizer essas palavras.

Ele ri. — Jax é um homem duro, mas ele é um homem justo. Isso é
tudo o que podemos realmente pedir.

— Você fez um ponto válido.

Olho para Jax e ele está me observando, olhos escuros de


tempestade. Oh cara, Jaxson Shields pode ser ciumento, ao que parece. Eu
olho para longe rapidamente, porque sua expressão faz a minha pele
formigar.

— Então, você é daqui? — Michael pergunta, endireitando-se para


cima e olhando para os meus lábios. Oh cara.

— Denver.

— Ah, certo, é claro, isso faz sentido.

Antes que eu possa responder, Jax chega ao meu lado. — Michael, —


diz ele, com a voz de aço. — Bom te ver.
Oh cara.

Michael estende a mão e sacode a mão. — Você também, Jaxson. Faz


um bom tempo.

— Como estão as coisas em seu lado do mundo?

Jax está de pé ao meu lado, e eu juro que eu posso sentir a fúria


irradiando de seu corpo. Possessivo. Eu não vou mentir, isso me faz sentir
quente por dentro, sabendo que ele se preocupa o suficiente para se querer
saber o que estou fazendo e com quem estou falando.

— Ótimas.

— É bom ouvir, — Jax diz, agarrando meu cotovelo. — Não quero


ser rude, mas eu preciso falar com Delaney.

Michael balança a cabeça e sorri para mim. — Encantado em


conhecê-la, Delaney. Talvez possamos conversar novamente mais tarde?

Eu sorrio. — Claro.

Jax me puxa para a cozinha onde a comida está sendo


preparada. Passamos por Duke no caminho e Jax resmunga, — eu preciso
ter uma palavra com Delaney.

— Está tudo bem, Sr. Shields? Ela fez algo de errado?

Eu jogo em Duke uma olhada, mas seus olhos estão em Jax.

— Não é nada para se preocupar, não vai demorar muito.

Duke acena, fitando-me então de volta para Jax. Deus, ele está
suspeitando? Jax fazendo um pouco de cena não estaria ajudando.

Entramos na cozinha e Jax caminha até que entramos em uma


grande sala de armazenamento de alimentos no final. Ele entra, late para
todo mundo sair, e depois bate a porta fechando, trancando-a. Ele gira em
mim. — O que você estava fazendo lá fora?

Eu pisco.

— Como?

— Com Michael.
— Da última vez que verifiquei, isso chamava de ter uma conversa.

Ele me apoia contra uma prateleira e coloca as mãos sobre ela,


prendendo-me. — Ele não parecia estar tendo uma conversa.

Eu fico olhando para ele. — Você está agindo como um louco, você
sabe disso, certo?

Ele olha para mim. — Eu não gosto quando um outro homem coloca
as mãos em você.

Por dentro eu estou gritando de felicidade que ele se sente desta


forma, mas do lado de fora, eu estou agindo como se ele fosse louco e eu
não estou fazendo absolutamente nada de errado. Eu não estou
realmente. Eu estava apenas sendo educada com Michael. Ok, então ele
colocou a mão em mim um pouco demais, mas ei, não era sexual, pelo
menos, não era para mim.
— Ele estava sendo amigável, Jax.

— Não, — ele rosna, pressionando seus quadris contra o meu. — Ele


estava tentando te encantar.

Ele provavelmente estava, mas eu não vou admitir a Jax.

— Mesmo que ele estivesse, — eu digo. — Ele não estava tendo


sucesso.

— Você estava deixando ele tocar em você.

— Oh, você quer dizer como você deixou essa mulher loura tocar em
você?
Ele recua e seus olhos ficam estreitos enquanto ele traz o rosto mais
perto. — Ela é uma parceira de negócios, e eu não lhe dei nenhuma
indicação de que gostava dela me tocando.

— Você estava sorrindo para ela! — Eu protesto.

— Eu estava sendo educado, porque ela é uma grande colaboradora


e ela escorregou um número de telefone maldito de um cliente. Eu pedi que
colocasse no meu bolso.

Eu ronco e pressiono as mãos contra o peito, o empurrando. —


Jaxson Shields, você precisa de ajuda médica urgente - sua maneira de
pensar é deformada na melhor das hipóteses. A situação é exatamente a
mesma. Agora, se você me der licença, tenho um trabalho a fazer.

Eu passo fora de sua espera e brilho para ele. — E, a propósito, eu


não gosto de que me digam o que fazer.

Então eu saio do espaço e espero por ele para me acompanhar. Sorte


minha, Duke está se aproximando na mesma hora que Jax está saindo,
então Jax é incapaz de empurrar mais esta questão. Eu sorrio para Duke
quando ele se aproxima, e ele estuda Jax e depois me estuda. — Existe um
problema aqui?

— Não, Jax estava falando de algo que não fiz corretamente, não foi
nada grave, Duke, — eu minto.

Ele olha para Jax e Jax age como se estivéssemos realmente


discutindo algo assim, não discutindo sobre quem é mais ciumento do que
o outro. — Sim, tudo bem, — diz ele, quase parecendo entediado. — Eu
tenho um discurso para fazer.

Ele passa por mim, e Duke e eu o seguimos. Espero que a nossa


desculpa tenha sido o suficiente para parar Duke de fazer perguntas, ou
mesmo suspeitar, porque essa é a última coisa que eu preciso agora.
Ninguém pode descobrir sobre Jax e eu.
Não agora de qualquer maneira.

* * *

A noite é longa e as reuniões e eventos parecem durar horas. No


momento em que acabamos, já é uma da manhã, Jax dá as últimas ordens
para o pessoal da limpeza e, em seguida, todos nós seguimos até a
cobertura para descansar. Como a segurança é tão grande, todos nós
decidimos que podemos fazer uma pausa e ter um sono muito
necessário. Ninguém vai entrar neste apartamento sem um de nós
acordar. Para não mencionar que eles teriam que passar por três de nós
para chegar a Jax. É preciso um pouco de reorganização, mas conseguimos
criar espaço suficiente para dormir. Duke e Devon apagam em primeiro
lugar, e roncam em questão de minutos. Eles provavelmente estão
esgotados.

Jax está em seu quarto, sem dúvida, já dormindo depois de fazer


alguma anotação sobre a noite, então eu tomo o tempo para tomar um
banho muito necessário. Eu não sou como os homens, onde eu posso
apenas me jogar na cama e dormir. Preciso relaxar e me permitir relaxar,
então eu reúno todos os meus xampus, condicionadores e loções com
cheiros impressionantes e sigo para o banheiro, fechando a porta
suavemente.

Eu saio fora das minhas roupas e olho para o espelho. Deus, eu


pareço uma bagunça. Meu cabelo está sujo e meus olhos estão cansados. Eu
preciso lavá-lo e me dar um pouco de vida de volta. Eu aperto meu rosto e,
em seguida suspiro enquanto ele não melhora nada, mas me faz parecer
como se eu tivesse algum tipo de alergia. Eu desisto e entro no chuveiro, e
passo os próximos vinte minutos, fazendo-me sentir bem
novamente. Quando eu termino eu puxo uma camisola e calcinha, e saio
para fora.

Está tranquilo, então eu me esgueiro para a cozinha, que felizmente


está em outra sala, e faço uma xícara de chá. Estou ocupada preparando,
então eu não o escutei entrar. Mas de repente, um peito nu é pressionado
contra o meu corpo, a ereção rígida contra a minha bunda, e duas mãos no
balcão para um ou outro lado de mim, efetivamente me prendendo. Jax.

— Jax — Eu resmungo. — Me deixe ir. Você não pode simplesmente


entrar aqui e agir como uma porra de um homem das cavernas porque você
está tentando fazer valer seus direitos. Eu ainda estou chateada com você.

Ele faz um som baixo em sua garganta, e meu corpo


instantaneamente responde. Ele não deve, porém, porque um dos outros
homens poderiam vir aqui a qualquer momento e nos pegar. — Você não
gosta que lhe digam o que fazer, — ele sussurra em meu ouvido. — Isso é
uma porra de vergonha, porque eu gosto de ser o chefe.
— Você é um idiota.

— Um idiota que, porra, odeia ver as mãos de outro homem em você.

Ele move as mãos no balcão, até meus quadris e puxa meu rabo para
a direita em sua ereção. Leva tudo o que tenho aqui dentro para não gemer
de prazer. Ele se parece tão incrível.

— Como indiquei anteriormente... — eu respiro. — Eu sinto o


mesmo.

— Você me faz querer te dobrar ainda mais e bater tão duro em sua
bunda até queimar.
— Mais uma vez, volto ao meu ponto anterior de que você necessita
buscar uma séria atenção psicológica.

Ele bufa e nos gira em torno de modo que estamos de frente para a
entrada da cozinha. Ele empurra o meu corpo sobre o banco gentilmente,
correndo os dedos pela minha coxa e encontrando minha bunda, onde ele
passa a dar-lhe um bom aperto. Eu seguro o meu gemido, mas é difícil.

— Eu não gosto de você me desafiando, ou se afastando de mim


quando não terminei de falar.

— Desculpe, senhor, — Eu suspiro quando ele agarra a minha outra


face. — Mas eu não sou um desses tipos que você encontra por aí.

Ele aperta o nariz no meu pescoço, correndo para cima e para baixo,
fazendo-me estremecer. — Você precisa parar com a insolência, gatinha, ou
vou puni-la por isso.

— Assustador, — eu respiro.

Ele me gira novamente, então desta vez eu estou de frente para


ele. Seus olhos cinzentos são como uma noite de tempestade, rodando com
tanta coisa que você não pode fazer uma leitura sobre eles. Em seguida, ele
coloca a mão no meu peito e fica de joelhos na minha frente. Eu suspiro e
tento empurrar para a frente, mas sua mão permanece firmemente
plantada no meu peito. Com a mão livre, ele levanta minha perna e a coloca
no ombro, antes empurrando minha calcinha de lado.

— Você só vai gozar quando eu deixar. Eu vou te ensinar uma lição


sobre fazer o que você disse.

— Eu gozo quando quiser, — eu respiro.

Ele ri. — Veremos.

Ele aperta a boca no meu núcleo e suga profundo, lento, provocando


pequenas lambidas. Não, ele só cobre minha buceta com a boca quente,
dura e começa a me devorar. Lambendo, sugando, me fodendo com a sua
língua. Minha cabeça vai para trás e que Deus me ajude, eu já estou quase
lá. Eu empurro meus quadris para cima em sua boca, querendo-o mais
profundo, mais duro, mais rápido.
Foda-se ele e seus comandos, eu vou gozar.

A explosão está quase lá, e eu estou mordendo meu lábio com tanta
força que eu sinto dor, quando ele remove a boca do meu sexo. Eu choro de
agonia pura e silvo, — Jaxson Shields, que inferno do caralho!

Ele olha para mim, pura luxúria em sua expressão. — Eu disse que
você só gozaria quando eu lhe dissesse que você podia. Se você não vai
ouvir, eu vou continuar me afastando. Tente mais, gatinha.

— Eu vou fazer você sofrer horrivelmente, por longos períodos de


tempo -

Sou cortada, porque a boca está de volta lá e sua língua se move mais
e mais rápido. Aperto do pulso pressionando o meu peito, cavando meus
dedos em sua carne, estimulando-o. Eu posso ser mais esperta que ele. Eu
vou ter um orgasmo silencioso. Isso pode ser feito, certo? Eu fecho a minha
boca, seguro minha respiração e o deixo construir, e não arqueio para ele,
não implorando por mais, apenas deixando que a pressão fique cada vez
mais alta.

Assim como eu estou lá, e, oh, Deus é bom, ele puxa de volta. Eu faço
um som estrangulado de dor e rosno — Você...é estupido....

— Eu disse para esperar. Eu tenho a sua buceta na minha boca, o


que significa que eu sei que quando seu pequeno clitóris endurece você
está pronta para gozar. Pare de tentar me enganar, e encontre algum
autocontrole.

Em seguida, ele coloca sua boca de volta em mim. Estou frenética


agora, querendo estender a mão e agarrar sua cabeça, enredando os dedos
em seus cabelos e obrigando-o a me dar o que eu quero, mas o homem é
muito inteligente, então eu foco segurando meu orgasmo, que é a coisa
mais difícil que eu já fiz na minha vida.
Estou tão concentrada, que eu não sinto Jax deslizar sua mão de
repente do meu peito e me empurrar ainda mais para o balcão. É só
quando eu escuto, — Tudo bem, Laney? — Que a realidade bate em pleno
vigor. Eu giro minha cabeça ao redor para ver Duke de pé na porta, olhando
para mim. Puta merda.

O Jax não para de lamber minha buceta. Então, minhas palavras


soam ilegíveis quando murmuro: — Claro, por quê?

— Eu ouvi algo como um gemido de dor. Eu pensei que algo estava


errado.

Ele dá um passo mais perto. Puta merda. Eu tenho que pará-lo ou


ele vai ver Jax. Pense, Delaney, pense!

— Sim, algo que eu comi tem perturbado meu estômago. Eu não


chegaria muito perto se fosse você, eu provavelmente vou vomitar.

Ele para em seu caminho, colocando as mãos para cima.

Jax só continua a lamber minha buceta. Eu estou lutando com tudo


dentro de mim para não gritar e gozar, porque eu estou ali, no limite. Em
seguida, o, sorrateiro homem sujo, terrível desliza um dedo dentro de mim
e eu sinto que eu vou desmaiar de prazer.

— Eu vou ficar aqui atrás então. Você precisa de mim para conseguir
alguma coisa?

Oh Deus. Eu quero gozar.

— Ah, — eu coaxo. — Não.

— Tem certeza? Posso pegar algo para ajudar?


Oh, Deus, Duke, vá se foder. Agora mesmo. Eu... puta merda, o
prazer. Eu estou lutando com cada célula que trabalha em meu corpo, mas
está ficando cada vez mais difícil enquanto Jax me devora.

— Não, — eu sussurro, fazendo um som gemendo que eu realmente


espero que soe como doença. — É, ah, melhor se eu ficar sozinha.

Ele balança a cabeça. — Tudo bem, Laney. Boa noite, então.

— Nn-noite, — Eu suspiro.

Ele parece preocupado comigo, mas se vira e vai embora. Abaixo de


mim, Jax puxa a boca do meu sexo e sussurra, — Agora, Delaney. Goza na
minha boca.

Eu gozo. Oh cara, sim, eu gozo. Eu explodo em uma questão de


segundos, sufocando meus gritos na minha mão enquanto eu
convulsiono. Jax ordenha cada último tremor do meu corpo e, em seguida,
se levanta. Ele já tem seu pau na mão, acariciando furiosamente,
bombeando em seu punho. Puta merda. Ele quer transar, e não há
nenhuma maneira que ele vai fazer isso discretamente.

— Vire-se, — ele exige.

Eu faço o que ele pede, virando-me. Ele empurra a minha camisola,


puxa minha calcinha para baixo, coloca uma mão sobre o balcão ao meu
lado e, em seguida, mergulha o pênis em minhas profundezas. Eu suspiro
enquanto ele me enche, tão dolorosamente bom. Ele usa a mão livre para
segurar meu quadril quando ele começa a me foder duro. Tão duro
batendo meu corpo contra o seu.

— Não grite, — ele ordena. — Se você fizer, eu vou dar um tapa no


seu traseiro, baby, e acredite, eu quero isso.

— Não se atreva: — Eu ofego.


Ele faz um som grunhindo e eu não posso evitar, seu pau está tão
bom dentro do meu corpo, posso fazer nada além de gritar. Sua mão
encontra a minha bunda e ele dá um tapa, não tão alto para acordar todos,
mas o suficiente para me dar um pouco de ardência. Eu suspiro e ele traz
sua mão ao redor, pressionando-a sobre minha boca e empurrando meu
corpo de volta, por isso estou nivelada contra ele.

— Você quer que eles te peguem? — Ele rosna em meu ouvido,


ainda mergulhando seu pau em mim.

Eu balanço minha cabeça.

— Você quer que eles venham aqui e vejam a porra do seu belo
corpo batendo contra o balcão, enquanto eu meto meu pau em sua boceta
doce e apertada?

Oh Deus.

Minha buceta aperta.

Eu balanço minha cabeça.


— Talvez você queira que eles vejam seus seios doces na minha
mão?

Eu balanço minha cabeça, mas gemo contra sua mão.


— Ou talvez você gosta de estar aqui, sabendo que podiam entrar a
qualquer momento e me ver transando com você?

Eu gosto. Eu gosto disso. É retorcido e estranho e tão porra fora


deste mundo, mas eu gosto. Ah sim.

— Se você gozar antes de eu lhe dizer, gatinha, eu vou puxar o meu


pênis para fora. Você quer que eu o retire?

Balanço a cabeça freneticamente.

— Gatinha gosta do meu pênis profundamente em seu corpo.

Eu choramingo contra a mão dele e ele faz um barulho satisfeito.


— Você quer saber o quanto eu gosto da sua buceta?
Eu aceno, sentindo meu orgasmo crescendo.

— Porra eu amo, baby. É tão doce, tão apertada, bom pra caralho em
volta do meu pau.

Se ele não parar de falar assim, eu vou gozar, e o bastardo sabe


disso. É por isso que ele está fazendo isso.

— Isso faz você se sentir como se estivesse perto de gozar quando


eu lhe falo sobre meu pau?

Foda-se ele.

Oh Deus, eu estou tão perto.

— Será que sua buceta apertada está desesperada por mim?

Eu cerro os olhos fechados e tento segurar o prazer explodindo em


meu corpo, mas é quase impossível. É tão bom que eu não consigo pensar
em qualquer outra coisa.

— Você está segurando, — ele rosna em meu ouvido. — Você pode


fazer o que você disse, baby.
Cara idiota.

Oh inferno sim.

Ele angula seus quadris para cima e impulsiona seu pênis mais
profundo, tocando esse feixe de nervos sensíveis. Em seguida, ele lança
meu quadril, e encontra o meu clitóris. Oh. Inferno. Sim. Faíscas de prazer
disparam através de meu corpo, mas eu seguro, eu continuo segurando até
que o prazer cresce tanto que quase dói.

— Foda-se, sim, goze agora.

Com sua permissão, eu explodo tão forte e tão bom, eu juro que eu vi
estrelas.
— Boa menina, foda-se, boa menina, — ele elogia no meu ouvido
entre grunhidos.
Meu orgasmo é incrível, melhor do que qualquer coisa que eu já
senti na minha vida. Ele continua e continua, a partir do fundo do meu
corpo e arrastando para fora como um calor lento, enchendo cada parte de
mim. Eu suspiro nome de Jax, mais e mais, e eu sinto o momento exato em
que ele endurece e explode em mim. Seus sussurros de prazer enchem
meus ouvidos e nada no mundo poderia soar melhor do que isso.

Nós ficamos assim, moldados em conjunto, até nossa respiração


torna-se menos irregular e Jax desliza para fora de mim. Ele anda um
pouco, e, em seguida, puxa minha calcinha de volta no lugar e permite que
minha camisola deslize para baixo. Nós nem sequer ficamos nu para isso, e
eu adorei. Viro-me e seu pênis está dobrado para trás em sua cueca e ele
está olhando para mim, peito subindo e descendo. Ele dá um passo para a
frente, enredando os dedos no meu cabelo e trazendo meu rosto perto do
dele.

— Você é minha, Delaney.

Concordo com a cabeça, incapaz de formar palavras.

— Não me deixe ver as mãos de outro homem em você de novo,


porque eu não vou me segurar porra.
Meu coração incha.

Eu concordo.

— E você não vai ver as mãos de outra mulher em mim, — ele


murmura.

Meu coração explode.

— Agora beije-me, baby, antes de nossa sorte se esgotar.

Ele deixa cair a cabeça e seus lábios pressionam contra o meu. Eu o


beijo, suavemente, com apenas um pouco de língua, e então nós nos
afastamos. Ele aperta mais um beijo na minha testa, e depois me libera,
desaparecendo na escuridão. Eu o vendo ir, me causa uma dor estranha no
meu coração que eu nunca senti antes.
Eu acho que estou me apaixonando por Jaxson Shields.

Capítulo vinte
Na manhã seguinte, nós conversamos sobre a volta para casa antes
do almoço. Nós passamos pelo aeroporto e quando chegarmos em casa,
temos de sair forma segura para o carro. Na volta para o hotel de Jax,
nenhum de nós diz muita coisa. A tensão sexual entre Jax e eu é enorme, e
tudo que eu quero fazer é subir em seu colo e beijá-lo, por causa de fome de
um tal prazer que está me matando.

A chegada do hotel é a mesma, apenas a segurança triplicou. Nós


vamos para o estacionamento subterrâneo, depois de passar por uma
verificação de segurança completa por um homem no portão. Quando
encostamos, Devon e eu realizamos o check-in no lobby, embora há agora
um guarda na entrada para o elevador. O espaço é claro, assim que nós
movemos Jax até o seu andar, repetimos o mesmo processo.

Jax não tem uma grande quantidade de trabalho a fazer, porque é


domingo. Não iríamos voltar até segunda-feira ou terça-feira, mas por
causa da ameaça de segurança, nós não tivemos muita escolha. Portanto,
agora é o momento que a maioria das pessoas relaxam, e estamos todos em
pé ao redor, realmente não sei o que fazer. Nós vamos ficar aqui até que Jax
consiga melhorar a segurança em seu apartamento ainda mais, de modo
que nos deixa pouco para trabalhar.

— Eu vou ligar para Nak, — diz Duke. — Ver o que vamos fazer.

Eu aceno e ele sai do quarto. Devon está ocupado olhando para ele
com espanto. — É como um escritório, mas um apartamento. Épico, cara.

Balanço a cabeça e sento no sofá, tentando não fazer contato visual


com Jax, porque eu tenho medo de pular em cima dele.

— Você já ouviu falar alguma coisa sobre Kyle? — Pergunto a Devon.

Ele balança a cabeça. — Sim, ele foi transferido de volta esta manhã
também. Ele está fora do hospital, mas Nak não tem certeza onde vai
colocar ele, tem que ser seguro. Ele não pode realmente voltar ao seu
apartamento depois do que aconteceu.
— Diga para Nak para colocá-lo em um quarto aqui.

Nós dois giramos a cabeça para olhar para Jax. — Sério? —


Pergunto.

Ele dá de ombros. — A segurança do hotel é melhor do que em


qualquer outro lugar agora, então ele vai ficar melhor aqui.

— Não é uma má ideia, — diz Devon. — Vou dizer a Duke para


deixar Nak saber.

Ele sai do quarto e me viro para Jax, esquecendo Kyle em um


instante enquanto seus olhos crescem com fome. — Venha aqui e me beije,
antes de explodir e te agarrar na frente de todos.

Corro mais, me jogo em seus braços e o beijo longo e profundo. Ele


grunhe em minha boca e nossas línguas fazem um pouco de dança bonita. É
cedo demais quando ouvimos a maçaneta da porta sendo aberta. Eu passo
para trás e longe de Jax, caminhando até a janela, odiando que eu não posso
ter o que eu quero, quando se trata dele.

— Nak concordou, e Kyle está sendo enviado. Se você pode


simplesmente deixar-nos saber que quarto, vamos cobrir o custo, — diz
Devon.

Jax acena uma mão. — Está tudo bem, ele teve de colocar homens
extras. Posso poupar um quarto. Eu vou descobrir para você.

Ele chama a recepção e assegura um quarto para Kyle e depois Duke


retorna e chama Devon e eu.

— A polícia está vindo aqui, eles tiveram um grande avanço. Nak


disse que podemos começar ter a turnos divididos para termos
descanso. Jax reservou dois quartos para nós, um para descanso, outro
para Kyle, ambos são no andar de baixo. Delaney, você pode tomar o
primeiro descanso após a polícia sair.

Eu concordo.

Duke diz a Jax o que está acontecendo e seus olhos se arregalam com
a palavra avanço. Eu mantenho meus dedos cruzados, rezando enquanto
esperamos sentados. Meia hora mais tarde, somos avisados que a polícia
está aqui e Duke desce para acompanhá-los. Eu reúno algumas cadeiras
perto da mesa de Jax para que todos possamos sentar.

Os dois policiais chegam e as apresentações começam. Eu fico


sabendo que os seus nomes são Blayke e Johnson. Ambos são de meia-
idade, homens suficientes consideráveis. Eles são simpáticos e estão
ansiosos para compartilhar, por isso todos nós sentamos.

— Como você sabe, Sr. Shields, as pessoas que estamos perseguindo


provavelmente tem um link direto com um cartel de drogas em massa, —
diz Blayke.

Jax acena.
— Bem, verificamos que, as pessoas que estamos
investigando acham que ele é um membro do cartel. Quando, na verdade,
parece que um dos membros da quadrilha é o irmão mais novo de um
membro do cartel de drogas, mas não foi aceito na pelo cartel e está
levando o assunto em suas próprias mãos, e tentando ser algo que ele
certamente não é.

— Então o que você está dizendo é que estamos lidando com um


bando de punks que pensam que são poderosos? — Jax murmura.

— Não, senhor, — Johnson diz. — Estamos lidando com meninos


criados na vida, mas isso não tem absolutamente nada a ver com os
acontecimentos do cartel. Pode ser que eles sejam muito jovens, muito
imaturos, ou simplesmente que eles simplesmente não foram feridos na
vida. Por qual razão não podemos ter certeza, mas seja qual for o caso, o
principal líder deste grupo não foi aceito e, portanto, decidiu tentar e
começar seu próprio cartel. Nós não podemos revelar muito sobre a forma
como nós conseguimos esta informação, mas ao que parece o membro
chefe do cartel disse que eles não estão com ele e ele não tem qualquer
responsabilidade sobre o que aconteceu, ou o que acontece com eles. As
escolhas que estão fazendo, não os envolve nem são orientados por eles.
— Então, mais uma vez, um grupo de punks usando seus laços
familiares para causar merda? — Rosna Jax.

— Mais do que isso, um grupo de homens sendo conduzidos por um


irmão que foi criado em um cartel, mas foi essencialmente expulso e está
tentando criar seu próprio grupo mortal, que estamos chamando de uma
gangue, que são duas coisas muito diferentes. Há pelo menos dez deles
neste pequeno grupo, e o líder esteve em mais de uma ocasião como
suspeito em uma investigação de assassinato. Eles não estão apenas
brincando com coisas pequenas. Eles estão indo para as grandes armas,
tentando se provar. Meu palpite, é que eles estão tentando criar o mundo
em que foram rejeitados, e ao fazer isso, eles chegam ao extremo.
— Então, qual é esse grande avanço? — Pergunta Jax.

— Nós conseguimos levantar suas possíveis localizações . Temos as


provas para prendê-los, mas conseguir localizá-los tem sido difícil. Eles
sabem como esconder e eles o fazem bem.

— Então, há uma chance de que você vai fazer uma prisão? —


Pergunta Duke.

— Sim, e espero que em breve. Se prendermos estes homens, eles


vão desaparecer.

— Mas o cartel não irá vir atrás de Jax, por tê-los prendido? —
Pergunto, confusa.
— Não, senhora. Como eu disse anteriormente, eles não querem ter
nada a ver com esse grupo desonesto que foi criado a partir de suas raízes.
— Como você sabe disso? — Jax pergunta.

— Como eu disse, eu sou incapaz de divulgar tais informações, mas


eu não acho que você vai ter um problema quando os homens estiverem
trancados.
— Como você pode ter certeza disso? — Pergunta Devon.

Blayke balança a cabeça. — É claro que nunca podemos dar-lhe uma


garantia de cem por cento, mas a informação que temos é de uma boa fonte
e, tanto quanto nós podemos dizer, este grupo que Jaxson está lidando é um
bando de bandidos tentando criar um nome, e nada mais.

Todos acenamos.

— Aconselhamos que você deva ter cuidado, especialmente agora,


— diz Johnson. — Eles estão ficando desesperados, e é quando eles vão
cometer um erro, mas você não vai querer ser esse erro.

Todos acenamos de cabeça, e os oficiais ficam de pé, apertando a


mão de Jax.

— Temos esperança de que algo virá desta situação. Enquanto isso,


apenas fique seguro. Estamos fazendo tudo o que puder.

Jax acena e todos vemos quando os oficiais saem.

Bem, talvez haja uma luz no fim do túnel.

Apenas talvez.

* * *

Os próximos dez dias passam livre de eventos, e Kyle se junta à


equipe novamente. Jax e eu nos tornamos profissionais e as coisas estão
esquentando ainda mais entre nós se isso é possível. Toda vez que ele está
dentro de mim, parece que algo no meu corpo se prende a ele ainda
mais. Eu penso nele o dia todo. Quando não estou pensando nele, eu estou
com ele.
A polícia começou a rastrear os bandidos que fazem a vida de Jax um
inferno, e eles disseram que estão começando a fazer boas
descobertas. Kyle está de volta, mas não faz a segurança completa, então
ele apenas alivia turnos quando estamos cansados ou precisamos de um dia
de folga. Eu tive três dias de folga nos último dez dias, e esses dias eu tenho
passado meu tempo com a tia Bett, tio George e Jed. Mitch está longe, então
eu fui incapaz de vê-lo.

É claro que eu tenho que estar em lugares seguros quando encontro


com eles, no caso de os bandidos decidirem cumprir suas ameaças. Ainda
assim, foi bom ver minha família. Eu sinto que agora eu mal tive a chance
de até mesmo falar com eles ao telefone. Nak disse para ter o menor
contato possível, apenas por segurança. Isso faz sentido, por isso tenho a
certeza de fazer exatamente como foi pedido.

Hoje é apenas Jax e eu. Não ficamos apenas Jax e eu desde o dia que
bateram em Kyle. Nós estamos em seu escritório, e ele está principalmente
ocupado com conferências por telefone, mas de vez em quando, entre as
chamadas, ele olha para mim e sorri. Um verdadeiro e lindo sorriso
genuíno. Ele derrete meu coração, viajando certo para o meu núcleo e se
afundando, recusando a sair.

— Sim, — Jax diz, telefone pressionado para sua orelha. — Eu estou


ouvindo você. Programe para duas semanas a partir de hoje. Eu vou
resolver o problema.

Ele olha para os meus lábios e sua língua serpenteia para fora,
lambendo a sua. Oh Deus. Yum. Ele chega a cadeira para trás e dá um
tapinha seu colo. Como uma criança que está desesperada por afeto, eu
chego perto e sento sobre ele. Ele envolve um braço em volta da minha
barriga e pressiona o rosto no meu pescoço, cheirando o meu cabelo. Eu
fecho meus olhos, amando como ele me faz sentir. Amo as vibrações de sua
voz enquanto ele fala.
— Sim, resolva isso para mim?

Ele puxa o telefone do ouvido e o coloca para baixo. Então ele


começa a beijar meu pescoço.

— Jax, — eu suspiro.

— Quanto tempo temos?

— Kyle vai assumir em cerca de uma hora.


— Eu posso trabalhar com uma hora.

Ele me levanta em seus braços e me leva para a sala seguinte, para a


cama. Ele me joga sobre ela e traz seu corpo grande sobre o meu. Ele beija
meu pescoço, minha garganta, minha mandíbula e, em seguida, os meus
lábios. Nosso beijo é apaixonado e longo, tão profundo que meu corpo
irrompe em arrepios. Jax move sua mão para baixo, colocando em minha
bunda e trazendo meu corpo para cima para montar contra sua ereção.

— Jax — Eu suspiro.

— Eu adoraria te foder, amor, mas eu não tenho tempo. Mas com


certeza, gatinha, eu vou fazer você gritar.

Ele começa a balançar meu corpo aquecido contra seu pênis,


fazendo-o tocar a parte mais sensível de mim. Eu gemo e fecho os olhos,
amando as sensações que lavam pelo meu corpo.

— Jax, — eu grito, quando sua rígida longitude esfrega sobre o meu


clitóris.

— O que. É. Isso. Porra.

O som da voz de Kyle faz Jax empurrar para trás e minha cabeça
chicotear para o lado. Oh. Merda. O pânico sobe em meu peito e minha pele
formiga com medo quando vejo Kyle de pé na entrada, seus olhos em Jax e
eu. Não há absolutamente nenhuma maneira de sair disto, não podemos
explicar o que estamos fazendo.

Jack puxa Jax fora da cama e eu sento rapidamente, ajustando minha


camisa.

— Que porra está acontecendo aqui? — Late Kyle. — Vocês dois são
amantes porra?

— Não, — Jax diz, com a voz fria. — Foi um momento de fraqueza.

— Porra nenhuma! — Ruge Kyle.

— Kyle, — eu digo, dando um passo para a frente.

— Você vai vir comigo, agora, Delaney, — ele exige. — Você está
com problemas sérios. Você quebrou todas as regras existentes.

— Pare de me xingar e se acalme, — Eu tento dizer, mas ele atira as


mãos para cima.

— Eu não vou, me acalmar, você está transando com o cliente.

— Eu estou…

— O que estamos fazendo não é da sua conta, e vamos discuti-lo


apenas com as pessoas relevantes, — Jax rosna.

— Eu sou uma pessoa relevante!

Jax caminha para a frente. — Ouça-me, cara. Você não sabe da


história. Você sabe apenas o que você viu, portanto, você não estará
criando histórias sem eu estar presente para dizer a verdade.
Jax está me protegendo.

— Pare de falar comigo como se eu fosse estúpido! — Kyle ruge,


ficando vermelho seu rosto.

— Então pare de agir como merda.

— Delaney, — exige Kyle. — Nós vamos resolver isso agora. Você


vai me acompanhar para o escritório de Nak.

— Kyle, — Eu tento, mas ele atira punhais na minha direção.


— Você está quebrando as regras, e nada que você ou Jaxson possam
dizer vai mudar minha mente sobre a forma como eu vou lidar com
isso. Agora vamos!

Eu olho para Jax, que está olhando para Kyle.

— Eu deveria ir, — eu digo, passando por Jax.


Kyle ataca e agarra meu braço, e Jax se move como o fogo, agarrando
Kyle pela camisa e batendo-o contra a parede. — Você faz o que diabos que
você tem que fazer, mas você não precisa colocar a porra das suas mãos
sobre ela novamente. Você me entendeu?

— Você não tem direito...

— Você me entendeu? — Jax ruge tão alto que até eu recuo.

— Eu te entendo, — cospe Kyle.

Jax o solta com um empurrão duro e se vira para mim. — Eu vou


com você para explicar a Nak.

— Não, — eu digo, minha voz trêmula. — Eu vou resolver isso.

Ele estuda meu rosto e ele pode ver que é algo que eu preciso fazer
sozinha, então ele concorda. — Eu vou estar de plantão.
— Estou enviando Devon — grunhe Kyle. — Ele está lá fora. Ele veio
comigo. Ele vai ficar com Jax enquanto vamos até Nak.

Eu não digo nada, eu só passo por ele e saio. Kyle segue, late para
Devon para proteger Jax e então ele sai apressado depois de mim enquanto
eu caminho para o elevador. Quando ele está descendo, ele se vira para
mim. — Você sabe, eu pensei que você fosse mais esperta do que isso. Eu
pensei que este trabalho fosse tudo para você.

— Não finja entender isso, — eu digo, olhando para as minhas mãos.

— Ah, Eu entendi. Acha que ele é quente e queria um pedaço. Como


qualquer outra mulher neste lugar maldito.

Eu giro sobre ele. — Não se atreva a dizer algo assim para mim
novamente. Acredite ou não, eu não estou fazendo isso apenas para pegar
um pedaço. Mas o que você sabe, Kyle? Você nunca se importou com
alguém na porra da sua vida.

— Porra, — ele fole, batendo com o punho no lado do elevador. —


Eu me importo com você.

Eu recuo.

O que ele acabou de dizer?

— Você tem a coragem de jogar algo parecido com isso, em um


momento como este? Você não fez nada, apenas me tratou como merda,
Kyle. Portanto, não se atreva a tentar inventar uma desculpa como essa.

— Eu a trato assim, porque se eu não fizer isso, eu não vou ser capaz
de fazer o meu trabalho, porque eu vou estar pensando como é se sentir
fazendo exatamente o que babaca estava fazendo com você lá dentro.

Balanço a cabeça, olhando para ele. Ele quer dizer isso, eu posso ver
isso em seus olhos. Eu não tenho nenhuma ideia de como me sinto sobre
isso, porque eu nunca vi Kyle dessa forma. Ele sempre foi tão arrogante e
difícil, nunca fazendo nada fácil para mim.

— Seu tratamento comigo me fez desprezá-lo, Kyle. Agora você está


tentando cuidar de mim. Você tem problema.

— Eu estou fazendo o meu trabalho. Estou colocando minha carreira


em primeiro lugar, o que é mais do que você pode dizer para si
mesma. Jesus, Delaney, onde é que o seu cérebro está?

— Eu me preocupo com ele! — Eu grito. — E quando eu me importo


com alguém, eu faço tudo que posso para compartilhar isso com eles.

— Ele é a porra de um mulherengo, — ele fole, batendo com o punho


contra a parede novamente. — Ele não quer nada além de um pedaço da
sua bunda, mas eu...

— Você? — Eu rio amargamente. — Você me trata como se eu não


importasse, mas você acha que é melhor?

— Se você me der uma chance, eu poderia mostrar o que eu posso te


dar.

Balanço a cabeça, dando um passo para trás enquanto ele caminha


para frente. — Você não sabe nada sobre mim, Kyle. Se você soubesse, você
não estaria aqui fazendo isso agora.

— Eu não vou dizer a Nak, — diz ele de repente e eu pisco.

— Eu vou ter que implorar o seu perdão?

— Eu não vou contar a ele, se você prometer parar de vê-lo e me


deixar te levar pra sair.

— Você perdeu a cabeça? — Eu grito.

— Você ainda não viu qualquer outro lado meu, mas isso aqui. — Ele
estufa seu peito. — Deixe-me dar-lhe uma chance de fazer algo com alguém
que não tem a fama de mulherengo como ele tem.
— Jesus, Kyle, você está ouvindo a si mesmo?

— A escolha é sua, Delaney, — ele diz friamente. — Você decide o


que é mais importante, ele ou a sua carreira.

Suas palavras são como um tapa na minha cara. Eu quero gritar e


jogá-lo bem longe desse elevador, mas ele me colocou em uma posição
difícil. Ele sabe o que minha carreira significa para mim, e posso imaginar
que ele adivinhou que Jax significa muito, também. Ele está me dando uma
escolha. Jax ou a minha carreira.

Mas o que ele não sabe é que eu me apaixonei por Jax no momento
em que ele levantou-se por mim e minha carreira nunca vai me dar o que
ele pode me dar. Eu não serei chantageada por Kyle, e eu não vou ser
forçado a sair com ele e passar todo o meu tempo com ele, por medo de que
ele vai dizer a Nak. Não, eu tenho que dizer a Nak a verdade e correr o risco
de ser mandada embora.

Viro-me para Kyle com uma expressão feroz. — Eu vou escolher ele,
Kyle. Eu sempre vou escolher.

Então eu saio do elevador quando a porta se abre.

É hora de encarar os fatos.


Capítulo vinte e um
Nak está em seu escritório quando chegamos, e do olhar em seu
rosto, ele já sabe o que está vindo. Sua expressão é dura, e seus olhos vem
direto para mim. Jax deve tê-lo chamado, porque eu sei que Kyle não
foi. Meu coração começa a bater e o medo faz meu coração se apertar. Eu
não quero perder meu emprego, mas caramba, eu não quero perder Jax
também.

— Kyle, Delaney, sentem-se.

Nós dois sentamos e eu olho para minhas mãos, incapaz de enfrentar


a decepção nos olhos de meu chefe.

— Kyle, diga-me o que aconteceu.

— Eu entrei no quarto e os vi se beijando na cama, mas não foi só


um beijo normal, eles estavam...
Eu balanço minha cabeça para ele, olhando.

— Eles estavam se tocando.

Jesus.

Os olhos de Nak se viram para mim. — Isso é verdade, Delaney?

Eu encontro seus olhos e digo em um tom monótono, — Sim.

— Eles estão fazendo sexo! É inaceitável!

— Você os viu ter relações sexuais? — Nak pergunta a Kyle.

— Não mas…

— Então, como você está certo de que eles estão tendo relações?

Kyle cerdas. — Ninguém se toca assim em um primeiro beijo.


— Kyle, você precisa dar um passo atrás. Cabe a mim lidar com
isso. Você disse sua parte, relatou o que viu, e agora eu vou perguntar a
Delaney.

Ele se vira olhos expectantes para mim.

Eu olho para as minhas mãos, lutando contra as lágrimas. — Eu... eu


me preocupo com ele, Nak.
— Isso não é o que eu quero como resposta, e você sabe disso.

Sua voz não é dura, mas também não é amigável.

— Eu tenho tido relações com ele, porque... porque eu me preocupo


com ele. Não era apenas diversão.

— Isso é ultrajante! — Kyle grita.

Nak joga uma mão para cima. — Você cale a boca, Kyle, antes de eu
fechá-la para você. Este é meu problema, e eu que vou lidar com ele.

Eu olho para baixo, à espera de Nak gritar, mas ele simplesmente


diz: — Isso é o que Jax disse, também.

— Você falou com Jax? — Pergunto.

Nak acena.

— Ela deve ser demitida, — murmura Kyle. — Isso é contra as


regras, e não é a primeira vez que ela faz algo errado.

Eu tive o suficiente. Eu giro sobre Kyle e grito: — E você é o cidadão


perfeito, Kyle. Você me chantageou no elevador, e me disse que não iria
dizer a Nak se eu ficasse com você e somente você, assim acho melhor você
calar a boca.

— Dizer o quê? — Nak rosna.

O rosto de Kyle fica vermelho e ele olha para Nak. — Isso não foi
exatamente...
— Será que eu vou dizer ou você vai, Kyle?

Kyle acena com a cabeça bruscamente.

— Que porra está acontecendo aqui? — Rosna Nak. — Vocês dois


são guarda-costas, não crianças. Delaney. — Ele se vira para mim. — Você
sabe o que você fez foi contra as regras, e Kyle. — Ele olha para Kyle. —
Chantagem? Sério?

Nós dois olhamos para baixo.

— Eu acho que vocês dois cometeram erros em seu caminho, porque


eu sei que ambos são guarda-costas surpreendentes no fundo. Há apenas
uma opção para mim aqui.

Você está demitida.


Você está demitida.

Eu me preparo para o pior.

— Vocês estão ambos suspensos por um mês.

Eu olho para cima acentuadamente. Ele acabou de dizer suspensa? É


isso? Não demitida?

— O quê? — Kyle grita, levantando-se.

— Sente-se! — Nak late para ele. — E fique grato por eu não demiti-
lo, porque eu tenho motivos para fazer.

— Ela.. — Kyle sacode o dedo para mim — era a única trepando com
o cliente.

— E ela está sentada, levando a punição por isso, enquanto você está
agindo como uma criança mimada, porra. Eu não vou falar de novo, sente-
se.
Kyle se senta, murmurando uma maldição.
— Agora, vocês dois vão pensar sério sobre o que é importante para
vocês enquanto vocês estão suspensos. Vocês conhecem as regras, e se
vocês fizerem qualquer coisa como isto novamente, não haverá segunda
chance. Você está suspensa, com efeito imediato.

Em seguida, ele se vira para Kyle. — Eu preciso falar com


Delaney. Você está livre para sair.

Kyle resmunga e sai apressadamente. Quando a porta bate atrás


dele, Nak se vira para mim. — Eu não posso impedi-la de ver Jaxson,
Delaney, mas não posso permitir que você volte para o seu caso, mesmo
quando sua suspensão acabar ainda estivermos no caso. Eu tenho certeza
que você entende.

Eu concordo. — Eu nunca quis incomodá-lo, Nak. Eu me apaixonei


por ele e...

— Eu sei, e posso entender que os assuntos do coração não podem


ser controlados, mas as escolhas que você fez depois que estão em
você. Você conhece as regras, Delaney, e você escolheu quebrá-las.

Eu concordo. — Sim eu fiz.

— Você é uma menina inteligente, e eu estou lhe dando uma


segunda chance. Pelo amor de Deus, não a desperdice.

Então ele se levanta e sai.

Eu largo minha cabeça, e meu coração dolorido.


* * *

Jax tenta me ligar quando eu chego ao meu apartamento, mas eu não
respondo. Sinto-me estranha estar de volta aqui, perdida e sem saber o que
eu vou fazer. Fui suspensa sem pagamento, mas felizmente eu já guardei o
suficiente do trabalho com Jax para me cobrir. Nak colocou segurança no
meu prédio de apartamentos e no de Kyle, mas não acho que haverá
qualquer ameaça, considerando que eles estão seguindo Jax e não nós.
Eu não me importo.

Eu chego em casa e vou direto pra minha cama, cansaço, mágoa,


vergonha e decepção tomam conta de mim arrasando meu coração,
tentando arrancá-lo do peito. Eu não posso pensar nisso, porque se eu fizer,
eu vou começar a chorar e eu nunca vou parar. Eu não tenho vergonha do
que Jax e eu fizemos, e se eu tivesse uma segunda chance, eu
provavelmente faria isso de novo porque ele significa algo para mim. O
telefone na minha mão vibra novamente e eu olho para ele. Jax mais uma
vez.

Como da última vez, eu não respondo.

Eu rolo para o meu lado na cama e luto contra as lágrimas. De


alguma forma, durante esse meio tempo eu apaguei. É provavelmente a
combinação de exaustão física e mental porque quando eu acordo eu estou
na mesma posição e é o início da noite. Eu dormi um dia inteiro. Eu me
sento e bocejo, olhando ao redor do meu quarto-escuro. Eu levanto o meu
telefone em minhas mãos e vejo dezesseis chamadas não atendidas de Jax.

Que faz meu coração doer.

Eu desligo o telefone e saio da cama. Ando devagar, com um corpo


dolorido, para a cozinha e faço um café. Então eu caio sobre o sofá, de
repente me sentindo como se eu não tivesse nenhum propósito. Minha vida
no mês passado foi tão agitada, eu esqueci como é não ter nada para
fazer. O tédio não é o meu melhor amigo, e depois de meia hora no sofá, eu
levanto e ando pela sala.

Estou no meio da sala, quando a porta é aberta. Eu suspiro e deixo


escapar um pequeno grito estrangulado enquanto entra Jax. Duke o está
perseguindo, gritando, dizendo-lhe para parar. Jax caminha até mim, com
determinação em seus olhos, e ele literalmente puxa meu corpo contra o
dele. Eu não tenho tempo para pensar sobre o fato de que eu deixei minha
maldita porta do apartamento aberta, ou que ele está aqui, porque ele
esmaga os lábios contra os meus.

A voz de Duke desaparece e as emoções que eu tenho segurado vêm


à tona quando a boca de Jax se move suavemente sobre a minha. Ele me
beija como se ele nunca tivesse me beijado antes, lento e profundo, cheio de
emoção. Lágrimas irromperam e deslizam para baixo, combinando-se com
o nosso beijo. Jax se afasta e olha para mim, uma suavidade em seus olhos
cinzentos que eu nunca vi antes. Ele se aproxima, passando o polegar sobre
meu rosto e enxugando as lágrimas.

— Você não desistiu de nós, não é?

Eu olho em seus olhos. — Eu não sei o que estou fazendo agora.

— Se você acha que pode ficar longe de mim facilmente, você está
errada, gatinha.

Meu sorriso treme. — O que faz você pensar que eu quero ficar
longe?

Ele sorri, fracamente. — Isso significa que você vai ficar comigo?

Eu me estico, segurando sua mandíbula. — Vou ficar, Sr. Shields,


porque eu acho que você poderia ser muito difícil de esquecer.

Ele me beija suavemente, em seguida, dá um passo atrás. — Eu vou


ter que viajar para uma reunião, apenas uma noite. Quando eu voltar, vou
levá-la para almoçar. Nada vai ficar no meu caminho agora.

Meu coração explode e mais lágrimas irrompem.

Jax me estuda, em seguida, nossos olhos se encontram e encaram


por mais tempo, momento mais intenso.

— Espere por mim, gatinha.


Com isso, ele sai, com Duke seguindo de perto.

Eu vou esperar.

Eu sempre vou esperar.



Capítulo vinte e dois
— Este lugar é lindo, — eu digo, olhando para as cabines
confortáveis colocadas ordenadamente dentro do restaurante italiano.

Jax conseguiu ter uma tarde de folga para o almoço quando ele
voltou de sua reunião, e mesmo que Devon o esteja escoltando, eu estou
grata por começar a passar algum tempo com ele depois de tudo que
aconteceu. Ele disse que convidou Red, porque ele quer que eu o
conheça. Estou feliz com isso, porque eu já ouvi muito sobre o seu melhor
amigo, e eu quero pedir desculpas pelo nosso primeiro encontro.
— A comida daqui é surpreendente, — Jax diz, deslizando ao meu
lado na cabine que fomos conduzidos.

Devon está longe o suficiente para que ele não possa ouvir a nossa
conversa, mas ele ainda pode ver Jax. É estranho, estar aqui e ter ele como
segurança. Quando Jax me pegou, Devon e eu murmuramos palavras um
para o outro, e eu senti muito como se fossemos estranhos. Eu gosto de
Devon, eu sei que ele me respeita, mas por causa de tudo o que aconteceu,
há uma grave tensão entre todos nós. Vai demorar um pouco para a tensão
desaparecer.

— Jax!

Jax e eu olhamos para cima para ver aparecer Red com Tori ao seu
lado. Eu estremeço, querendo gritar com indignação. Que diabos ela está
fazendo aqui? Jax disse que era só o Red, não Tori e Red. Eu olho para ele e
pela expressão em seu rosto, ele não estava esperando Tori também. Quero
enterrar meu rosto em minhas mãos e gritar, porque não é assim que
estava destinado a ser. Parece que as coisas nunca vão passar sem
problemas para mim e Jax.

— Red, — Jax diz, de pé e apertando a mão de Red. — Você trouxe


Tori?
Tori olha para Jax, e claramente o ar ainda é forte entre eles,
também. Magia. Isso vai ajudar fazer um momento incrível.

— Ela queria vir, — Red resmunga, piscando os olhos para mim. —


Ei.

Eu engulo e forço um sorriso. — Ei, Red, bom vê-lo.

Ele balança a cabeça, e eu só quero murchar e gritar. Nada se parece


certo nesta situação. Tori e Red sentam e Jax chega debaixo da mesa,
pegando a minha mão e apertando. É reconfortante. Eu acho que isso não é
realmente um encontro, mas ainda é a primeira vez que Jax e eu saímos,
onde não precisamos nos esconder. A última coisa que eu preciso, ou
quero, é Tori estar olhando com cara feia através da mesa para mim. O que
ela está fazendo atualmente.

— Então, Delaney, — diz Red. — Nós não tivemos um grande


começo da última vez. Me desculpe por isso.

— Eu poderia dizer o mesmo, — eu digo, tentando sorrir. — Eu


sinto muito... foi meu primeiro dia.

Red sorri, mas Tori continua olhando para mim.

— Eu pensava que guarda-costas só podiam ser homens? — Diz ela


em um tom arrogante.

— Bem, isso só mostra como grande parte do mundo que você


perdeu, — digo educadamente.

Ela fecha a cara para mim e Jax aperta minha mão novamente.

— Então, Red, o que tem feito? — Ele pergunta, tentando quebrar a


tensão.

— Não muito, amigo. Fui à procura de trabalho. Quero voltar desta


forma.
— O que você faz? — Pergunto.
— Eu estou tentando entrar na força policial.

Eu sorrio. — Isso é incrível, você está tendo alguma sorte?

Ele balança a cabeça. — Não, não, a menos que eu esteja disposto a


desistir do meu trabalho em casa e treinar aqui, mas isso é uma grande
perda de renda.

Eu concordo. — Sim, eu entendo.

— Eu tenho muitos quartos, — diz Jax. — Você pode ficar em


qualquer um deles, enquanto você estiver treinando. Você sabe que eu não
hesitaria.

Red sorri para seu amigo e eu relaxo um pouco.

— Há quanto tempo vocês se conhecem? — Pergunto.

— A maior parte de nossas vidas. — Red sorri para Jax. — Este filho
da puta simplesmente não consegue me deixar.

Três de nós riem e Tori apenas cruza os braços. Ela claramente


ainda tem um enorme problema comigo, e não está disposta a esquecer.

— Tori, Red e eu nos conhecemos há muito tempo, — Jax diz,


embora eu já saiba disso.

— Sim, — diz Tori. — Nós sabemos tudo um do outro, o que é mais


do que você pode dizer, considerando que você mal o conhece.

— Tori! — Diz Red. — Pare com isso.

— Por quê? — Murmura Tori. — Ela não o conhece. Ela está apenas
tentando colocar suas garras nele...

Eu recuo e olho para ela. Jax aperta minha mão novamente, mas eu
já tive o suficiente. — Obviamente você tem um problema comigo, Tori, e
ainda assim você não sabe nada sobre mim. Tudo o que me diz é que você
está com ciúmes.

— Ciúmes? — Ela diz. — Por que diabos eu estaria com ciúmes?

— Porque você gostaria de estar sentada deste lado da mesa.


Red se ajeita na cadeira, e eu posso ver em seu rosto que ele está
plenamente consciente dos sentimentos de Tori por Jax. Pergunto-me
como ele se sente com isso, porque sei que ele se preocupa com ela. O que
eu não entendo é por que. Tori parece mal-humorada, e rude, mas eu acho
que eu estou perdendo alguma coisa, porque Red obviamente se preocupa
com ela, e talvez haja algo lá vale que a pena se preocupar. Certo?

— Jax e eu já conversamos sobre isso, — diz ela, com o rosto ficando


vermelho. — Vamos continuar sendo amigos.

— Se você diz, em seguida, me diga por que diabos você não gosta de
mim? Eu te machuquei e por isso eu sinto muito, mas eu não fiz mais nada
a você para merecer esse tipo de ódio.
— Você quebrou meu nariz! — Ela fala.

— Jesus, Tor, esqueça isso, — Jax late.

As pessoas que estão comendo, param e olham para nós. Ótimo, isso
é ótimo. Estamos tendo um incrível almoço.

— Tori, já chega, — sibila Red. — Isso só vai causar problemas na


nossa amizade. É isso o que você realmente quer?

— O que eu quero, — ela grita: — é que ela vá embora. Ela não é


parte disso. Ela não sabe nada sobre Jax. Ela está apenas no meio do
maldito caminho.
— Eu o conheço melhor do que você pensa, — eu estalo. — E eu não
vou sentar aqui por mais tempo e deixá-la falar comigo assim. Se você tem
um problema comigo, Tori, tudo bem, mas nada que possa dizer vai me
fazer mudar minha mente sobre este homem incrível sentado ao meu lado.
— Eu levanto e inclino sobre a mesa — Nem vai me impedir de lutar para
estar com ele. Então desista.

Saio da mesa e por sua vez, murmuro, — Eu estou indo ao banheiro.

Eu caminho em direção ao banheiro e ao passar por Devon ele


estende a mão, agarrando o meu braço. — Isso foi intenso, — diz ele.

Eu paro de andar e olho para ele. — Minha maldita vida está toda
intensa agora, — eu digo, minha voz embargada.

Os olhos de Devon suavizam. — Você cometeu um erro, Delaney,


mas você pode corrigi-lo. Vai levar tempo, apesar de tudo.

— Eu perdi a confiança do meu chefe, eu fui suspensa, Jax está em


perigo e eu não posso mesmo ter uma refeição com ele. Parece que nada
pode ser corrigido.
Eu passo por ele, e em vez de usar o banheiro, eu ando para fora do
restaurante, utilizando a saída lateral. Jax suspeitou minhas intenções,
porque um momento depois, ele aparece com Devon atrás dele.

— Delaney, espere.

Eu paro e olho enquanto Jax caminha. Quando ele chega na minha


frente, ele estende a mão, cobrindo meu rosto. — Me desculpe por isso.

— Nós não podemos nem ter um encontro. — Eu suspiro, deixando


cair a cabeça em seu peito. — Tudo está confuso.

— Há muita coisa acontecendo, e nós estamos lidando com algo que


nós não estamos prontos para lidar.
— Você não quer sair comigo? — Eu sussurro.
— Deus, é claro que eu quero mas, merda, nós não temos nenhuma
privacidade. Está uma bagunça ao nosso redor, mas eu prometo a você
que, assim que isso acabar, eu vou levá-la em um encontro que você não vai
esquecer. Vai ser maravilhoso, posso prometer-lhe isso.

Eu não posso deixar de sorrir. — Oh sim?

Ele chega para cima, cobrindo meu pescoço e me puxando para


perto. — Sim. Portanto, não desista ainda, ok?

— Nunca, — eu digo, pressionando meus lábios contra os dele.

Eu só espero que o segundo encontro seja melhor do que o primeiro,


porque até agora nada parece estar dando certo.

Capítulo vinte e três
— Delaney!

Eu recuo e viro para olhar para Jed, que está estalando os dedos na
minha cara. Estamos em meu apartamento, assistindo filmes e comendo
pizza uma semana mais tarde, mas estou longe. Eu não sei por que, mas há
um peso no meu coração eu não consigo me livrar. É esse sentimento que
você tem quando você sabe que algo não está certo, mas você não sabe o
que é.

— Desculpe, — eu digo, balançando a cabeça. — Eu apenas não


estou boa pra assistir filme.

— Sem brincadeira, o que está acontecendo nessa sua cabeça?

— Eu... eu não sei. Algo não está certo.

Ele estuda meu rosto. — O que você quer dizer?

— Sabe quando você apenas se sente desconfortável, mas você não


pode identificar o que é?

Ele balança a cabeça. — Sim, eu odeio isso. Você acha que é Jax?

À menção de seu nome, o meu coração aperta novamente. — Você


se importaria se eu ligar pra ele, apenas para saber como ele está?

Ele dá de ombros. — Garota, se isso vai fazer você prestar atenção,


eu estou bem com isso.

Eu aceno e disco o número de Devon. Ele está de serviço com Jax no


momento. Ele não responde. Sensação de pânico, eu tento o número de
Jax. Nada. Eu ligo pra Nak, e ele responde. — Delaney.

Sem Olá. Ou como você está. Isso machuca. Eu respeito Nak e me


incomoda ele me tratar assim.
— Ei, Nak, — eu digo suavemente.

— O que está errado?

— Você já ouviu falar de Devon ou Jax?

— Devon está aqui em uma reunião comigo e com a equipe. Eu


coloquei Kyle com Jax por duas horas. Eu não tinha outro homem
disponível e nenhuma outra escolha.

— O quê? — Eu choro.

— Escute, eu não escolhi você porque você é mais próxima do que


Kyle. Eu não tenho tempo para discutir isso, eu estou em uma reunião. Eu
vou lhe contar quando voltar, mas está tranquilo, Delaney. Jax está seguro.

Em seguida, ele desliga.

Eu imediatamente corro para o meu quarto, pego minha arma do


cofre, coloco em minhas calças e visto um casaco. Eu não confio em Kyle,
nem por um segundo. Ele está com raiva de Jax e eu, e eu temo que ele não
vai fazer um bom trabalho por causa disso. Eu preciso saber se Jax está
bem, e vou arriscar o meu trabalho para fazê-lo.
— Whoa, onde você está indo? — Jed pergunta quando eu venho
correndo.

— Eu tenho que sair, espere aqui se você quiser, eu já volto.

— Delaney, — ele chama, mas eu já estou fora da porta.

Eu pego um táxi para o hotel de Jax, mas quando eu lhes pergunto se


ele está lá, dizem que ele voltou para o seu apartamento. Está escuro, e a
cidade está animada para a noite. Eu faço o meu caminho para o
apartamento de Jax, saindo do táxi, assim quando Kyle e Jax saem pela
porta da frente e para o carro esperando por eles. Por que diabos eles estão
usando a entrada da frente, quando pode sair com segurança a partir do
estacionamento subterrâneo?

Quando me veem, eles param. — O que você está fazendo aqui,


Delaney? — Pergunta Kyle.

Eu estudo Jax, vendo que ele está bem, mas o instinto dentro de mim
está gritando que algo está errado.
— Está tudo bem? — Pergunto.

— Só indo para uma reunião, mas eu esqueci alguma coisa, por isso
eu voltei para buscá-la e eu me atrasei com um telefonema, mas nós
estamos bem, gatinha, — Jax diz, com os olhos suaves em mim.

— Isso não diz respeito a você Delaney e você não deveria estar
aqui, — Kyle resmunga. — Sr. Shields, por favor, entre no carro.

Ele se aproxima e abre a porta para ele.


— O senhor checou o carro? — Digo.

— Meta-se com seu negócio, Delaney, — grunhe Kyle. — Este é o


meu trabalho e isso significa que não é sua preocupação. Agora, saia antes
que eu chame Nak.

Jax olha para mim. — Tudo bem? — Ele pergunta baixinho.

— Alguma coisa... não me parece bem.

— Nós vamos atrasar, Shields, — Kyle late.

— Eu vou passar por aqui mais tarde, para você saber que estou
bem, — Jax diz, seus olhos me deixam saber que ele tinha um passo à
frente, se pudesse.

— Ok, — eu digo, balançando a sensação horrível do meu peito.

Jax sorri para mim, em seguida, desliza para dentro do carro. Kyle
vai entrar e quando ele move o pé, eu vejo o flash de algo debaixo do
carro. É prateado, mas definitivamente não é parte do carro. — Saia do
carro, — Eu guincho.

Kyle para e Jax olha para mim com preocupação em seu rosto. Eu
não tenho tempo para pensar.

— Saia, saia
Jax lança-se para fora do carro e Kyle, pela primeira vez em sua vida,
faz o que eu digo e salta para trás. Assim enquanto Jax bate em mim, o
carro explode. O barulho é ensurdecedor e eu sinto que meus ouvidos vão
explodir quando uma dor diferente de tudo que eu já senti entra em
erupção no fundo da minha cabeça. Eu grito e rolo, procurando por Jax. Ele
está ao meu lado, me segurando, mas eu não posso vê-lo através da espessa
fumaça.

— Jax! — Eu grito.

Tiros soam, vindo de três ângulos diferentes. Através da fumaça


espessa e negra, eu posso ver absolutamente nada. Eu jogo meu corpo
sobre Jax, em meio a dor na minha cabeça e nas costas, e pego minha arma.

— Delaney! — Ruge Kyle.

— Alguém está atirando! — Eu guincho de volta.

De repente, Jax fole, um rugido de dor e angústia.

— Jax? — Eu grito.

— Tiro, — ele suspira. — Eu levei a porra de um tiro.

Jesus, eu preciso tirá-lo daqui antes que a fumaça se dissipe, é a


única cobertura que tenho agora. Tento imaginar a frente do apartamento
de Jax na minha cabeça. Há arbustos grossos perto da entrada. Isso é
provavelmente o melhor que eu posso fazer agora. Vozes estão gritando
minha cabeça, e há uma agonia estranha nas minhas costas que está se
espalhando.
— Você pode andar? — Eu freneticamente pergunto

— Sim, — ele resmunga.

— Jax, onde acertaram você? — Eu sussurro.


— Perna.

Graças a Deus.

Eu tomo sua mão e seguro a minha arma com a outra, levando-o aos
arbustos. Quando chegamos a eles, eu o empurro para baixo. — Esconda
atrás deles. Se eles te verem, eles vão atirar, Jax. Não posso correr esse
risco. Continue abaixado.

Ele não protesta, mas eu posso ouvir seus grunhidos doídos


enquanto ele se move para os arbustos. Viro-me e a fumaça está
começando a clarear. Kyle está no telefone, gritando, e em seguida os tiros
começam novamente. Um vai para a direita, além de Kyle e ele cai no chão,
latindo algo no telefone. Eu levanto a minha arma e atiro na direção dos
tiros, ainda não vendo claramente de onde eles estão vindo.

— Delaney, saia do caminho! — Grita Kyle.

Três homens aparecem na fumaça e neblina, e levantam suas


armas. Eu não saio, eu acerto um tiro certo na perna, mandando-o para
baixo com um berro. Kyle deve ter notado também, porque o outro vai para
baixo com um rugido de dor. O terceiro dá um tiro, por pouco me
acerta. Eu aponto minha arma e disparo, acertando seu ombro, então eu
giro e vejo Kyle no chão, agarrando seu estômago.

Eu corro em direção a ele, e caio de joelhos. Ele tem sangue saindo


de sua barriga em riachos de espessura. — Você está bem, — eu sussurro,
arrancando minha jaqueta e pressionando-o para seu estômago. — Você
vai ficar bem. — Ele tosse e espirra sangue de sua boca. Lágrimas formigam
em meus olhos enquanto eu coloco pressão sobre a ferida.

A polícia está vindo. Eles estão. Ele os chamou. Deus, por favor me
diga que ele chamou.

Eu ergo minha cabeça para olhar para a Jax ferido ainda nos
arbustos, e vejo dois homens se aproximando na direção oposta. Eles são
tão quietos que eu nem sequer os tinha visto ou ouvido, mas eles têm as
suas armas apontadas em Jax. Não. Eu não vou perdê-lo. Eu olho para baixo
para Kyle, o sangue cobrindo minhas mãos, mas eu sei que tenho que fazer
isso.
Eu gentilmente o solto, puxo a minha arma e corro.

— Não, Delaney, — grita Kyle.

Eu não escuto. Eu corro a todo vapor para os homens. O primeiro


deles se vira e seus olhos se arregalam de surpresa antes que ele levanta a
arma. Eu atiro antes mesmo que ele tem a chance, atingindo-o no
estômago. Ele vai para baixo com um rugido de dor, e então eu giro em
direção ao seu amigo, mas eu sou muito lenta. Ele atira e a bala me acerta,
batendo meu ombro o suficiente para causar agonia, mas não o suficiente
para penetrar.

Eu largo minha arma e suspiro, a dor é diferente de tudo que eu já


senti. Ele toma o alvo de novo e eu olho em seus olhos. É isso, ele vai me
matar. Eu fecho meus olhos, dizendo uma oração silenciosa, então eu
escuto um baque alto. Meus olhos se abrem e vejo Jax em cima do homem,
seu punho caindo mais e mais para o rosto do homem, sangue jorrando por
toda parte. Meu treinamento entra em ação e eu corro, ignorando a dor no
meu ombro.

— Jax, não o mate! — Eu grito.

Jax bate cabeça do homem mais uma vez e ele está nocauteado,
então ele rola para fora com um grito de agonia. Há sangue ensopando a
perna da calça e ele está branco como um fantasma. As sirenes da polícia
retumbam através do espaço, agora tranquilo e eu solto um suspiro de
alívio quando eu ouço os gritos de vozes. Eu caio ao lado de Jax, coloco a
cabeça dele no meu colo. Ele está entrando e saindo de consciência, e eu
estou ali com ele.
A dor é tão intensa que mal consegue respirar.

— Será que você viu isso, — eu sussurro antes do meu mundo fica
preta. — Você me salvou.

Essa é a última coisa que me lembro.


* * *

Estou sentada com um vestido do hospital horrível ao lado Jax, que


está na cama de hospital ao lado de Kyle. Recusei-me a estar em outro
lugar, além de suas cabeceiras, e porque os meus ferimentos eram
menores, as enfermeiras me deixam vir aqui e me sentar ao lado deles por
algumas horas. Nak deu ordens para deixar que isso aconteça. Jax teve que
fazer uma cirurgia na perna, e Kyle também fez cirurgia por mais de oito
horas, mas ambos estão estáveis e em recuperação.

Kyle ainda não acordou, mas Jax está lentamente acordando. Ele
está olhando para mim, seus olhos nebulosos. Eu tinha um pedaço do carro
explodido preso nas minhas costas, e era por isso que doía tanto durante a
luta. Não era um grande pedaço, mas deixou-me com uma ferida que exigiu
vinte e cinco pontos. Meu ombro levou oito pontos e eu tinha um corte na
minha cabeça que levou mais um ponto. Mas eu lidei com isso melhor do
que estes dois homens.

Kyle quase morreu, os médicos disseram que foi uma questão de


minutos que salvou sua vida. A pressão que coloquei em seu estômago
ajudou. A polícia chegou e rapidamente fez as prisões. Seis dos doze
membros da gangue estavam lá, e eles tinham planejado matar Jax com
aquela bomba, mas se não fosse, eles estavam prontos e esperando para
matá-lo a tiros. Um deles falou depois que eles foram presos e eles
conseguiram saber o resto, com encargos suficientes, eles me garantiram,
deixá-los presos trancados pelo resto da vida.
Jax está oficialmente livre, e não mais em perigo.

Esse alívio é enorme.


— Ei você aí, heroína.

Viro-me e vejo Nak de pé na porta, dois cafés na mão. Eu sorrio


fracamente. — Olá.

— Posso entrar? Eu trouxe cafeína.

Eu concordo. Nak entra e me entrega um, em seguida, olha para o


meu vestido. — Vestido legal.

— Ha-ha, — Eu rio.

Ele se senta ao meu lado no sofá e me estuda. — As coisas ainda


estão na mesma com estes dois?

— Jax está se mexendo.

Os olhos de Jax estão fechados novamente agora, mas ele está


inquieto, então eu sei que ele está acordando.

— Foi uma situação perigosa que estava acontecendo, é uma sorte


ter saído viva.

— Sim, eu acho.

Nak se estica e pega a minha mão. — Você sentiu alguma coisa que
nenhum de nós sentiu, e você agiu. Se não tivesse, Jax e Kyle não estariam
aqui hoje.

— Eu só fiz o meu trabalho, — eu digo, olhando para o café


aquecendo minhas mãos.

— Não, você salvou duas vidas.

— Tecnicamente, Jax salvou a minha.

Nak sorri. — Eu aposto que ele se sentiu bem com isso.

Eu sorrio fracamente. — Provavelmente.

— Você mostrou força lá fora esta noite, Delaney. Você tomou uma
decisão de agir por instinto e você os salvou. Demonstrou coragem e
habilidade. Por causa disso, eu estou cortando sua suspensão para apenas
duas semanas, e isso é puramente para que você possa se recuperar.

— Você me quer de volta? — Eu sussurro.

— Claro que eu quero. Eu li a declaração que deu à polícia. Você foi


um verdadeiro guarda-costas lá fora esta noite.

Eu concordo.

— Você não quer voltar? — Ele pergunta.

— Claro que sim, — eu digo. — Mas... eu só...

— Você está com medo, não é?

Meu lábio inferior treme e ele chega mais perto, colocando o braço
em volta de mim. — Seu trabalho é perigoso, e você foi duramente atingida
em seu primeiro caso real. Isso vai demorar um pouco para ser
processado. Mas você não tem que ser colocada nessa situação novamente,
Laney. Se você quiser pequenos casos, como alguns dos membros pegam,
especialmente aqueles que têm famílias, então você está mais que bem-
vinda para fazer isso.

— Isso não te incomoda?

Ele dá de ombros. — É a sua vida e você tem que fazer o que é


melhor para você, não eu.

— E Kyle? — Eu sussurro.

— Kyle cometeu um erro esta noite quase fatal. Ele colocou Jax
naquele carro sem verificá-lo. Eu não tenho escolha a não ser demiti-lo.

Meu coração bate. — Por favor, não Nak. Kyle ama o seu
trabalho. Ele ama-o mais do que qualquer um nesta equipe.

— Ele cometeu um erro.

— Ele fez, mas ele quase perdeu a vida por causa disso. Não o
demita. Coloque-o desde o início novamente, o coloque em casos pequenos
até que ele prove a si mesmo, mas por favor, por mim, não o demita.

Nak estuda meu rosto. — Por que você iria querer isso, quando ele
não fez nada além de dar-lhe dor de cabeça?

— Porque, independentemente de tudo, quando eu o assisti lutando


por sua vida esta noite, eu percebi que ele não é diferente de mim. Ele
adora seu trabalho, ele é apaixonado por ele. Ele não é uma pessoa má, e
você sabe disso.

— Não ele não é.

— Por favor, considere isso.

Ele balança a cabeça, de pé. — Eu vou por você. Agora, eu tenho


mais relatórios a apresentar. Descanse um pouco, Laney.
Eu sorrio para ele. — Obrigado, Nak.

— Pelo quê?

— Por acreditar em mim.

Ele sorri. — A qualquer hora, querida.

Em seguida, ele sai. Eu saboreio meu café e olho Jax, cujos olhos
estão tremulando abertos novamente. Eu levanto e caminho em direção a
ele, olhando para seu rosto. Eu amo este homem, de coração e alma, e não
importa o que aconteça, isso não vai mudar. Quase perdê-lo me mostrou
isso. Ele é o melhor erro que eu já cometi. Quando seus olhos estão
totalmente abertos e se fixam nos meus, eu sorrio. — Oi, e aí, bonito.

— Ei você, — ele grasna. — Gatinha.



Epílogo
UM MÊS DEPOIS

— Oh, Delaney, ele está aqui! — Tia Bett chora, correndo por aí
como uma galinha com a cabeça cortada.
— Tia Bett, calma! — Eu digo, caminhando para a área de estar.

Ela derrapa até parar e olha para mim, então começa a desatar a
chorar. Eu sorrio e caminho, envolvendo-a em meus braços. — Pare de
chorar ou você vai me fazer chorar.
— Você está tão bonita, — ela diz.

Eu aperto mais forte e, em seguida, eu a solto. — Eu tenho que ir.

Ela balança a cabeça, fungando. — Não pague nada, e certifique-se


que ele abre a porta do carro para você.
Balanço a cabeça com um sorriso afeiçoado e caminho até a porta,
abrindo-a. Jax está de pé do outro lado, parecendo a beleza masculina pura,
olhando para mim. Ele está vestindo um par de jeans pretos, justos mas
não muito apertado, e uma camisa cinzenta escura de botões que tem os
dois primeiros botões desabotoados e as mangas arregaçadas. Seu cabelo
está caindo bagunçado sobre a testa e os olhos correspondem a camisa. Ele
está lindo.

— Ei, gatinha, — ele diz, com a voz rouca.

Ele desce rapidamente e me captura, beijando-me suavemente. —


Você está linda.

— Você não parece muito ruim também, bonito.

— Você está pronta?


Concordo com a cabeça e saio, fechando a porta, ainda ouvindo
fungados da tia Bett. Jax me leva até o carro, o carro que ele está dirigindo,
o carro que eu não estou escoltando ele. Sim, isso mesmo, Jax e eu vamos
no nosso primeiro encontro, sem escolta, ou pessoas o perseguindo, ou
amigos ciumentos. Um encontro. Um encontro real. Estou tão animada, que
meu estômago parece ter um turbilhão de borboletas.

O último mês tem sido um borrão. Kyle saiu do hospital e Nak não o
demitiu, o que eu sou totalmente grata. Ele foi colocado de volta em casos
básicos até que ele possa provar a si mesmo, mas ele está bem com
isso. Nós fizemos as pazes, em um sentido. Foi uma conversa estranha, mas
limpou o ar entre nós e ele até me agradeceu por ter salvado sua vida.

Tori e Red foram para casa, e Red foi bom o suficiente para ser gentil
comigo quando ele se foi, dizendo que ele desejava que eu e Jax fossemos
felizes. Tori se recusou a ver Jax, e quando eu perguntei se isso o
perturbava, ele disse que não. Ele está certo de que ela vai seguir em frente
e quando o fizer, então eles poderiam ter a chance de reconstruir parte de
sua amizade. Isso me incomoda, porque eu me sinto parcialmente
responsável, mas Jax me garantiu que Tori teria feito isso, independente de
quem fosse.

Eu acredito.

Eu comecei a trabalhar novamente, há duas semanas, e escolhi fazer


apenas casos normais que não necessitam de alta segurança. Minha vida é
um lugar muito mais feliz por causa disso. Jax voltou à vida normal e os
membros da gangue foram a julgamento e pegaram prisão perpétua por
uma série de acusações, incluindo homicídio, assalto, agressão sexual,
posse de drogas e porte de armas.

Nós não tivemos um problema desde então.

Jax me levou a uma feira. Eu não tenho ideia por que ele escolheu
uma feira no nosso primeiro encontro, mas a emoção borbulha fora de mim
quando saímos fora do carro e vejo os grandes brinquedos, as lojas de
doces e os jogos. Eu grito e me volto para Jax. — Uma feira?

— Achei que você fosse o tipo de garota que gostasse das coisas
rápidas, e eu lhe disse após a última tentativa fracassada de sairmos juntos
que eu ia fazer o nosso primeiro encontro de verdade surpreendente.

Eu ronco. — Você certamente parece estar fazendo com que isso


aconteça, embora eu acho que você está errado sobre as coisas rápidas. Eu
sou conhecida por brincar com as coisas devagar.

Ele me pisca um sorriso de lobo. — Cuidado, gatinha.

Eu sorrio e estico a minha mão. — Leve-me para um passeio, Sr.


Shields.

Ele dá um tapa na minha bunda e, em seguida, pega a minha mão e


entramos na feira. Normalmente, eu corro para o brinquedo mais rápido,
mais louco em primeiro lugar. Nós sentamos no brinquedo e rimos até
estarmos quase engasgando, e depois compramos a comida que tem pior
valor nutricional no mundo e saímos da feira ao longo de um belo grande
parque, onde fogos de artifício estão sendo queimados.

Jax se senta e me puxa para dentro de seu corpo, minhas costas


pressionadas contra seu peito. Nós olhamos fixamente as faíscas de cor
voarem através do céu, e eu me sinto tão à vontade, pela primeira vez na
minha vida. Jax tem seu braço em volta da minha cintura, e de vez em
quando ele coloca um pedaço de qualquer alimento que ele pega do nosso
pequeno esconderijo, em minha boca.

— Então, qual a minha nota do nosso encontro? — Ele pergunta.

— Provavelmente cinco.

Ele aperta meu lado. — Cinco?

— Você não me comprou flores. Todas as meninas precisam de


flores, bonito.
— Como você sabe que eu não lhe comprei flores?

Eu sorrio, mesmo que ele não pode vê-lo. — Bem, você comprou?

— Não, mas eu vou.

— Ah, ah, isso vai estragar a surpresa.

Ele resmunga. — Mulheres.

— Você deve se familiarizar com a arte de namoro.

Ele traça um dedo no meu braço, me fazendo tremer. — Por quê? Eu


sou um amante incrível, tenho oba aparência, e tenho dinheiro.

— Ugh, Jaxson, isso é típico de homem dizer.

Ele ri. — Você não me teria de outra maneira.

— Ei, você veio desta forma. Eu não tive uma escolha.

— E se você pudesse ter uma escolha, você mudaria alguma coisa?

Eu suspiro e sorrio. — Deus, não.

— Meu ponto, exatamente, — diz ele, beliscando minha orelha.

— E você, você mudaria alguma coisa?

Ele suga o meu lobo em sua boca e eu tremo. Seus braços apertam
em torno de mim.
— Sim, eu faria você proteger só eu e mais ninguém.

— E em relação ao seu ego?

Ele bufa. — Eu posso dizer-lhe que não vai acontecer novamente.

— É assim mesmo?

— Absolutamente porra.
— Olha, homem, você teve a oportunidade de ser meu herói na
ultima hora, deve ser suficiente.
— Você está certa, eu consegui na ultima hora, — diz ele.

— E você se sente muito bem sobre isso, não é?

Ele ri baixinho. — Eu nunca vou deixar você esquecer.

— Eu não imaginei que deixaria.

Ele fica em silêncio por um minuto, então ele me aperta


suavemente. — Eu iria até os confins da terra se isso significasse que
ficaria salva, Delaney. Você nunca duvide disso. Você pode ser difícil,
durona, mas eu sempre vou te proteger.

— Droga, Shields, — eu digo, minha voz grossa. — Você vai me fazer


chorar.

— Isso é uma coisa tão ruim?

Eu me aconchego nele. — Absolutamente porra.

Ele ri, então ele fica em silêncio novamente.


— Você é uma mulher incrível, Delaney, e devo lhe dizer isso mais
frequentemente.

Me viro, puxando para fora de seus braços para que eu possa ver seu
rosto. Eu o estudo e digo suavemente: — Eu acho que já sei como você se
sente.

Seus olhos digitalizam o meu rosto. — Há mais alguma coisa que eu


deveria ter dito até agora, também.

Meu coração começa a bater e eu engulo, estudando seu rosto.

— Eu te amo, — ele diz, sua voz grossa. — Eu nunca disse isso para
uma única pessoa na minha vida e eu pensei que nunca iria, mas eu quero
dizer isso pra você, Delaney. Eu te amo.

— Você sabe, bonito, eu acho que eu só poderia também te amar.

Ele sorri e traz os lábios para baixo nos meus, beijando-me


profundamente. Estamos bem naquele beijo quando alguém grita: —
Cuidado!
Jax se afasta e nos voltamos para ver uma grande pedra redonda
rolando morro baixo para nós. Há um bando de adolescentes no topo da
colina, gritando e acenando com as mãos. Há uma outra pilha de rochas que
parecem ter sido apoiadas para fazer algum tipo de parede de pedra e eles
claramente soltaram elas, agindo como, bem, adolescentes.

Jax se move rapidamente, nos rolando, assim quando a rocha passa


por nós. Nós rolamos algumas vezes, e eu grito e rio ao mesmo
tempo. Chegamos a um ponto na parte inferior do morro, Jax em cima de
mim, nós dois rindo alto. Os adolescentes no topo pedem desculpas, e Jax
acena com uma mão para eles, ainda rindo.

— Que outro primeiro encontro você já teve onde você teve que
esquivar de rochas rolando? — Eu rio.

— Nada nunca é normal com você. — Jax sorri para mim. — E eu,
gatinha, acho que acabei de salvar sua vida de novo.

Eu ronco. — Não deixe que isso suba para a sua cabeça, é a última
vez.

Ele pega meu rosto em suas mãos. — É melhor se acostumar com


isso, baby, porque eu vou passar o resto da minha vida te salvando.

— Nunca. — Eu sorrio.

Ele se inclina e me beija e os fogos de artifício explodem acima de


nós, e aqui e agora, nós criamos um momento perfeito. Eu não digo a Jax
que estou mais do que feliz por ele me guardar para o resto da minha vida,
porque mesmo o mais forte de nós precisa ter alguém assistindo nossas
costas. Meu alguém é Jax, e ele não sabe ainda, mas o seu alguém... sou eu.

Sempre foi e sempre será.

FIM
Notas

[←1]
É um cereal colorido.

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