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Lógica Proposicional

Listas 1 e 2

Joselias Silva
09/08/2008

Proposição:

Chamamos de proposição a uma declaração ou sentença que admite o atributo


verdadeiro ou falso, mas não os dois simultaneamente.

As proposições serão representadas pelas letras do alfabeto.

Princípio do Terceiro Excluído: uma proposição será ou verdadeira (V) ou falsa (F).

Princípio da Não-Contradição: uma proposição não pode ser V ou F simultaneamente.

Exercício 1 - Assinale quais das sentenças abaixo são proposições:

a) O Lula é o presidente do Brasil. (é uma proposição, e é verdadeira)

b) O Estado do Rio de Janeiro fica na Região Norte. (proposição falsa)

c) O TRT pertence ao Poder Judiciário. (é uma proposição)

d) Boa sorte! (não é uma proposição)


Não é uma declaração. Não é uma sentença que admite o atributo V ou F.
Se a frase acabar com um ponto de exclamação, não será uma proposição.

e) O LFG é um bom curso? (não é uma proposição)


Estou perguntando e não declarando. Se acabar com um ponto de interrogação,
não será uma proposição porque está perguntando e não declarando.

f) Faça a coisa certa. (não é uma proposição)


Não estou declarando, estou ordenando. Isto é uma ordem, logo, não é uma
proposição. Não é uma declaração que admite o atributo V ou F.

g) Esta frase é falsa. (não é uma proposição)


Não é uma declaração que admite o atributo verdadeiro ou falso.

Vamos supor que P = “Esta frase é falsa.”


E vamos supor que P é verdadeira.

P = esta frase é falsa


V F

1
Uma proposição não pode ser V ou F simultaneamente! Logo, esta proposição não
pode ser verdadeira.

Outra tentativa: vamos supor que P é falsa.

P= esta frase é falsa


F V

P não pode ser uma proposição. A sentença não pode ser V e F ao mesmo tempo.
Esta frase é um exemplo de um PARADOXO, uma construção errada, um absurdo.

Exemplo de paradoxo: eu estou mentindo.

m) 5 + 5 > 10 (É uma proposição falsa)

n) x + 2y > 10 (não é uma proposição) SENTENÇA ABERTA


Não é uma proposição porque desconheço x e y, não consigo atribuir um valor
verdade para isto. (é uma sentença aberta, porque desconheço os valores de x e y)

O valor verdadeiro ou o valor falso é chamado de valor-verdade. Em geral,


representamos pela letra V para dizer que é verdadeiro e F para dizer que é falso.

Exemplo:

P = Joselias é bonito. (uma proposição V)

Q = A Terra é redonda (uma proposição V)

P e Q (estou criando uma nova proposição) é uma proposição composta, formada


por P e Q. Podemos ligar proposições simples através de uma conjunção.

P ou Q (também é uma proposição composta) criei uma nova proposição.

Também crio uma nova proposição negando as anteriores. Exemplo: não P e não Q

Conectivos ou Conectores:

São usados para criar proposições, criando novas proposições:

^ - e (conjunção) ex.: p ^ q
ˇ - ou (disjunção) p ˇ q
¬ - não (negação) ¬ p
~ - não (negação) ~ p
→ - se... então... (condicional) p→q (se p então q)
↔ - ...se e somente se... p↔q (p se e somente se q)

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Exercício 2 - respostas:

a) O réu não é culpado.


b) O réu é culpado, ou o réu é condenado.
c) O réu é culpado e o réu é condenado.
d) Se o réu é culpado, então é condenado.
e) O réu é culpado se e somente se é condenado.

Exercício 3 – respostas:
P = Joselias é magro
Q = Joselias é bonito
a) P v Q
b) P ^ Q
c) P → Q
d) ¬P ^ ¬Q

Texto para as questões de 4 a 8:

P = Fumar deve ser proibido


Q = Fumar deve ser encorajado
R = Fumar não faz bem à saúde
T = Muitos europeus fumam

I – (P ^ T) Exercício 4 (ERRADO)

II – (¬P ^ ¬R) Exercício 5 (CERTO)

III – (R → P) Exercício 6 (CERTO)

IV – (R ^ ¬T) → P Exercício 7 (CERTO)

V – (¬R ^ ¬P)→ T Exercício 8 (ERRADO)

Regra da Lógica:

TABELA VERDADE

p q ¬p pvq p^q p→q p↔q


V V F V V V V
V F F V F F F
F V V V F V F
F F V F F V V

3
Exercício 9 – sejam P e Q proposições, complete a tabela verdade abaixo:

p q ¬p ¬q pˇq p^q ¬p ^ ¬q ¬p ˇ ¬q
V V F F V V F F
V F F V V F F V
F V V F V F F V
F F V V F F V V

Exercício 10 – sejam P e Q proposições, complete a tabela verdade a seguir:

p q ¬p ¬q p ˇq p^q
V V F F V V
V F F V V F
F V V F V F
F F V V F F

Exercício 11

Val (P) = V
Val (Q) = F
Val (R) = V

[P ^ (¬ Q → ¬ R)] ↔ [¬ P ^ (Q v ¬ R)]

[ P ^ (¬ Q → ¬ R)] ↔ [¬ P ^ (Q v ¬ R)]
v f v v f v

[V ^ (¬ F → ¬ V)] ↔ [ ¬ V ^ (F v ¬ V)]

[V ^ (V → F)] ↔ [F ^ (F v F)]

[V ^ F] ↔ [F ^ F]

F↔F

V
(a questão 11 é verdadeira)

Exercício 12

Val (P) = V
Val (Q) = F
Val (R) = F

(P v Q) → [( ¬P ↔ R) ^ (Q v R)]
v f v f f f

4
(V v F) → [(F ↔ F) ^ (F v F)]

V → [ V ^ F]

V→F

F
(questão 12 é uma proposição falsa)

Exercício 13

Val (P) = V
Val (Q) = V
Val (R) = F

(¬P ^ ¬Q) → ¬R

(F ^ F) → V

F→V

V
(questão 13 é uma proposição verdadeira)

Exercício 14

Val (p) = V
Val (q) = V

(¬ p) v (¬ q)
v v

(F) v (F)
F
(questão 14 = ERRADO)

Exercício 15 – há duas proposições no seguinte conjunto de sentenças:


I – O Brasil foi descoberto em 1498. (é proposição)
II – Faça seu trabalho corretamente. (não é uma proposição)
III – Manuela tem mais de 40 anos de idade. (é uma proposição)
(questão 15 = CORRETA)

Exercício 16

Val (T) = V
Val (R) = F

5
¬ R → (¬ T)
V→F
F
(questão 16 está CORRETA)

Exercício 17 – a proposição simbólica (P ^ Q) v R possui, no máximo, 4 avaliações V.

P Q R P^Q (P ^ Q) v R
V V V V V
V V F V V
V F V F V
F V V F V
V F F F F
F V F F F
F F V F V
F F F F F

Observação: O número de linhas da tabela verdade é sempre a equação 2n (dois elevado


a n), onde n é o número de proposições simples.

(P ^ Q) v R - tem 5 avaliações verdadeiras!


A questão 17 está ERRADA.

Exercício 18

Val (P) = V
Val (Q) = V
Val (R) = F

(P ^ R) → (¬ Q)
v f v

(V ^ F) → (F)
F → F
V
(a questão 18 está CERTA)

Tautologia:

Tautologias são proposições especiais.


Chamamos de tautologia a proposição que é sempre VERDADEIRA.

Exemplos:

a) (p v ¬ p) = é uma tautologia, uma proposição sempre verdadeira.

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Vamos fazer sua tabela verdade:

p ¬p (p v ¬ p)
V F V
F V V
É UMA TAUTOLOGIA

(p v ¬ p) = “eu passo ou não passo” = “ser ou não ser” = “menino ou menina”

b) ¬ ( ¬p ) ↔ p

Vamos fazer sua tabela verdade:

p ¬p ¬ ( ¬ p) ¬ ( ¬p ) ↔ p
V F V V
F V F V
É UMA TAUTOLOGIA

Se negarmos duas vezes a mesma declaração, isto equivale a uma afirmação. Na lógica,
a negação dupla é uma afirmação.
Na língua portuguesa, quando negamos duas vezes queremos enfatizar a negativa. Ex.:
Hoje eu não quero comprar nada. Já na lógica, isto é uma afirmação. Uma negação
acaba anulando a outra.

c) ¬ (¬ (¬ p)) ↔ ( ¬ p)

Vamos ver sua tabela verdade:

p ¬p ¬ ( ¬ p) ¬ ( ¬ (¬ p )) ¬ (¬ (¬p)) ↔ (¬p)
V F V F V
F V F V V
É UMA TAUTOLOGIA

d) ¬ (¬ (¬ (¬p))) ↔ p

É uma tautologia: negar quatro vezes dá uma afirmativa. É sempre verdade. Quem
nega quatro vezes está afirmando!

e) (p → q) ↔ ( ¬p v q)

Vamos fazer sua tabela verdade:

p q p→q ¬p (¬p v q) (p → q) ↔(¬p v q)


V V V F V V
V F F F F V
F V V V V V
F F V V V V
É UMA TAUTOLOGIA

Exemplo de (p → q) ↔ ( ¬p v q):

7
Se estudo, então passo = não estudo ou passo.
Se chove, então fico em casa = não chove ou fico em casa

É importante que se decore algumas tautologias para evitar fazer a tabela verdade. Há
tautologias que são sempre pedidas em provas de concurso. (ver tabela do material de
aula)

TAUTOLOGIAS IMPORTANTES:

a) (p v ¬p)

b) (p → p)

c) (p ↔ p)

d) ¬ (¬p) ↔ p

e) (p→q) ↔ (¬p v q) (IMPORTANTE)

f) (p → q) ↔ (¬q → ¬p) (CONTRAPOSITIVA)

g) ¬ (p ^ q) ↔ (¬p v ¬q) (MORGAN) ) (a negação do “e” vira “ou”)

h) ¬ (p v q) ↔ (¬p ^ ¬q) (MORGAN) (a negação do “ou” vira “e”)

i) ¬ (¬p) ↔ p

j) ¬ (p → q) ↔ (p ^ ¬q)

k) ¬ (p ↔ q) ↔ (p ↔ ¬q)

Contradição:

Chamamos de contradição a proposição que é sempre FALSA.

Exemplo: (p ^ ¬p)

p ¬p (p ^ ¬p)
V F F
F V F
É UMA CONTRADIÇÃO

Contingência:

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Chamamos de contingência a proposição composta que poderá ser VERDADEIRA ou
FALSA, dependendo das proposições simples que a compõem.

Exemplo: ( ¬p v q)

p q ¬p ¬ (p v q)
V V F V
V F F F
F V V V
F F V V
É UMA CONTINGÊNCIA

A contingência é uma proposição que não é uma tautologia e não é uma contradição.

Exercício 19 - a proposição simbólica (p v ¬p) é uma tautologia. (CERTO)

Exercício 20 - a proposição simbólica (p → p) é uma tautologia. (CERTO)

Exercício 21 - a proposição simbólica ¬(¬p) ↔ p é uma tautologia. (CERTO)

Exercício 22 - a proposição simbólica (p → q) ↔ (¬p v q) é uma tautologia. (CERTO)

Exercício 23 - a proposição simbólica (p → q) ↔ (¬q → ¬p) é uma tautologia.


(CERTO) É A CONTRAPOSITIVA!

Exercício 24 - a proposição simbólica (p ^ ¬p) é uma contradição. (CERTO)

Exercício 25 - a proposição simbólica (p → ¬p) é uma contradição. (ERRADO) É UMA


CONTINGÊNCIA.
Vamos fazer sua tabela verdade:

p ¬p (p → ¬p)
V F F
F V V
Esta proposição pode ser falsa ou verdadeira, dependendo do valor de “p”. Portanto, é
uma contingência.

Exercício 26 - a proposição simbólica (p ^ ¬q) é uma contingência.


Vamos fazer sua tabela verdade:
p q ¬q (p ^ ¬q)
V V F F
V F V V
F V F F
F F V F
A questão 26 está CERTA. É uma contingência.

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Joselias Silva
23/08/2008

Equivalências:

Dizemos que duas proposições são equivalentes se elas possuem a mesma tabela
verdade.

Exemplo: (p → q) é equivalente (¬p v q)

p q (p→q) ¬p (¬p v q)
V V V F V
V F F F F
F V V V V
F F V V V

Então, posso substituir as proposições – uma coisa é equivalente a outra.


Ex. de (p → q) equivalente a (¬p v q): “se corre então o bicho pega” é a mesma coisa
que “se não corre ou o bicho pega”

Exemplo: ¬(p v q) é equivalente a (¬ p ^ ¬q)

p q (p ^ q) ¬ (p ^ q) ¬p ¬q (¬p ^ ¬q)
V V V F F F F
V F V F F V F
F V V F V F F
F F F V V V V

Ex. de ¬ (p v q) equivalente a (¬p ^ ¬q) (vou negar o ou com e): “estudo e trabalho” é
equivalente a “não estudo e não trabalho”; “sou alegre e feliz”, “não sou alegre e não
sou feliz”. Podemos substituir as proposições por seus equivalentes.

Lembrar as equivalências importantes:

a) (p v q) é equivalente a (q v p)
Posso trocar a ordem dos argumentos. O “ou” é uma relação comutativa.

b) (p ^ q) é equivalente a (q ^ p)
Também posso trocar a ordem. A relação “e” é uma comutativa.

c) (p ↔ q) é equivalente a (q ↔ p)
Relação comutativa.

d) (p → q) é equivalente a (¬ p v q)
É o nosso primeiro exemplo acima.

e) (p → q) é equivalente a (¬q → ¬p)


Eu troco a ordem e coloco a negação. É a CONTRA-POSITIVA.

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Exemplo da contra-positiva: “Se chove então fico em casa” é a mesma coisa que
dizer “se não fico em casa, então não chove”.

f) ¬ (p ^ q) é equivalente a (¬p v ¬q)


A negação do “e” se faz com “ou”. É uma equivalência de MORGAN.
Exemplo: “Negue sou bonito e magro”, “não sou bonito e não sou magro”.

g) ¬(p v q) é equivalente a (¬p ^ ¬q)


Negamos o “ou” com o “e”.
Já fizemos esta tabela verdade. É uma equivalência de MORGAN.

h) ¬(¬p) é equivalente a p
É a negação dupla. Volta a ser uma afirmação.

i) ¬ (¬ (¬p)) é equivalente a (¬p)


Quando negamos três vezes, continua sendo uma negação.

j) ¬(p → q) é equivalente a (p ^ ¬q)


A negação de uma condicional vira uma conjunção.
Exemplo: “Negue Se chove então fico em casa”, “chove e não fico em casa”.

k) ¬ (p ↔ q) é equivalente a (p ↔ ¬q)

Fazendo exercícios:

Exercício 27: a proposição ¬(p ^ q) ↔ (¬p v ¬q) representa uma...


O ideal é fazermos a tabela verdade, mas esta proposição já nos é conhecida: é a
tautologia de MORGAN.
Resposta correta: letra c = tautologia
Negamos uma conjunção com uma disjunção.

Exercício 28: a proposição ¬(p v q) ↔ (¬p ^ ¬q) representa...


Resposta: letra c = tautologia de MORGAN

Exercício 29: (p→q) ↔ (¬q → ¬p)


Resposta: letra c = é uma tautologia, é a CONTRA-POSITIVA.

Exercício 30: (p → q)

Observação:
Vamos falar sobre o (p → q)
Pode ser lido de várias maneiras: Se p então q = é uma condicional.
O “p” é a condição suficiente para o “q”.
O “q” é a condição necessária para o “p”.

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Ex.: se Joselias é carioca, então Joselias é brasileiro. Dizer que Joselias é carioca é
suficiente para concluir que Joselias é brasileiro. E ser brasileiro é necessário para ser
carioca.
Ex.: Se corre então o bicho pega. “Se corre” é suficiente para saber que o bicho pega.
Ex.: se você compra o carro, então economizou. Uma maneira de comprar o carro é
economizar. É uma condição suficiente. Mas se você comprou o carro é porque
economizou, é condição necessária.

Outras maneiras de ler (p → q):


* Se p, então q.
* p é condição suficiente para o q.
* q é condição necessária para o p.
* q, se p.
* p somente se q. (ocorre o p somente se ocorre o q)

Observação:
Vamos estudar o (p ↔ q):
Lê-se “p se e somente se q”.
O p é condição necessária e suficiente para o q.
O q é condição necessária e suficiente para o p.
Quando é “se e somente se”, as duas são condições necessárias e suficientes.
A tabela verdade de (p → q)

Suficiente Necessária

p q (p→q)
V V V
V F F – não existe relação condicional
F V V
F F V

Exercício 30: quando se afirma (p→ q), então...


Resposta: letra d = p é condição suficiente para q.

Exercício 31: (p → q) é equivalente a (¬p v q)? Sim. (CERTO)

Exercício 32: (p → q) é equivalente a (¬q → ¬p)? Sim, é a contra-positiva. (CERTO)

Exercício 33: ¬ (p v q) é equivalente a (¬p ^ ¬q)? Sim, é a equivalência ou tautologia de


Morgan (CERTO)

Exercício 34: ¬ (p ^ q) é equivalente a (¬p ^ ¬q)? NÃO. (FALSA)

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Exercício 35: ¬(p → q) é equivalente a (p ^ ¬q)? Sim! (CERTO)

Exercício 36: a proposição não p ou q é, do ponto de vista lógico, equivalente a...


Este “não” está atuando sobre a proposição seguinte = (¬p v q).
Observação: (¬p v q) é diferente de ¬(p v q)
(¬p v q) é equivalente a (p → q)
Resposta: letra d

Exercício 37: Dizer que “Pedro não é pedreiro ou Paulo é paulista” é, do ponto de vista
lógico, o mesmo que dizer...
P = Pedro é pedreiro
Q = Paulo é paulista
Temos, então, (¬P v Q) que é equivalente a (P → Q). Montando a proposição, temos: Se
Pedro é pedreiro, então Paulo é paulista.
Resposta: letra a

Exercício 38: dizer que “André é artista ou Bernardo não é engenheiro” é equivalente a
dizer que...
Q = André é artista
P = Bernardo é engenheiro
Temos (Q v ¬P). Sabemos que “ou” é comutativo. Podemos trocar a ordem. Vamos
escrever de outra maneira: “Bernardo não é engenheiro ou André é artista”, que é igual
a (¬P v Q).
(¬P v Q) é equivalente a (P → Q). “Se Bernardo é engenheiro, então André é artista”.
Resposta: letra d

Exercício 39: “se não Q, então não P” é equivalente a...


(¬Q → ¬P) é equivalente a (P → Q) = “se P, então Q” é a contra-positiva!
Resposta: letra a

Exercício 40: “se Pedro é economista, então Luisa é solteira” é equivalente a...
Pedro é economista = p
Luisa é solteira = q
(p → q) é equivalente a (¬q → ¬p) (a contra-positiva)
(p → q) também é equivalente a (¬p v q)
Testando a contra-positiva, temos “se Luisa não é solteira, então Pedro não é
economista”.
Resposta: letra e

Exercício 41: “se eu me chamo André, então eu passo no vestibular” é equivalente a...
Eu me chamo André → eu passo no vestibular = (p → q)
(p → q) é equivalente a (¬q → ¬p) (a contra-positiva)
(p → q) também é equivalente a (¬p v q)

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Testando:
“se eu não passo no vestibular então eu não me chamo André”
“eu não me chamo André ou eu passo no vestibular”
Resposta: letra d

Exercício 42: a negação de “se p, então q” é equivalente a...


¬(p → q) é equivalente a (p ^ ¬q) = “p e não q”
Resposta: letra d

Exercício 43: a negação da afirmação condicional “se estiver chovendo, eu levo o


guarda-chuva” é...
“se estiver chovendo → eu levo o guarda-chuva” = (p → q)
Sua negação é ¬(p → q), que é equivalente a (p ^ ¬q) = “está chovendo e não levo
guarda-chuva”
Resposta: letra e

Exercício 44: a negação de “se hoje chove então fico em casa” é...
“hoje chove” = p
“fico em casa” = q
¬(p → q) é equivalente a (p ^ ¬q) = “hoje chove e não fico em casa”
Resposta: letra b

Exercício 45: p ^ (~q) é equivalente a...


(p ^ ¬q) é equivalente a ¬(p → q)!
Resposta: letra b

Exercício 46: a negação de “p ou q” é equivalente a...


¬(p v q) é equivalente a (¬p ^ ¬q) = “não p e não q”
Resposta: letra a

Observação:

OU EXCLUSIVO
(p v q)
Lê-se: “ou p, ou q, mas não ambos”

Cuidado com: (p v q), que se lê “ou p, ou q”.

(p v q) é equivalente a [(p ^ ¬q) v (¬p ^ q)]


=
“vale p e não vale q” ou “não vale p e vale q”

14
(p v q) é equivalente a ¬ (p ↔ q)

Tabela verdade do (p v q)

p q (p v q)
V V F
V F V
F V V
F F F

A tabela verdade geral:

P Q ¬P PvQ P^Q P→Q P↔Q PvQ


V V F V V V V F
V F F V F F F V
F V V V F V F V
F F V F F V V F

Então, podemos dizer que a negação de (p ↔ q) é equivalente ao (p v q):


¬(p ↔ q) equivalente a (p v q)
¬(p ↔ q) equivalente a [(p ^ ¬q) v (¬p ^ q)]

Exemplos de prova para se descobrir quais as proposições:

p q ? SOLUÇÃO → (p ^ q) ? SOLUÇÃO → (p ^ ¬q)


V V V A solução está nesta linha F
V F F V A solução está nesta linha
F V F F
F F F F

p q ? SOLUÇÃO → (¬p ^ q) ? SOLUÇÃO → (¬p ^ ¬q)


V V F F
V F F F
F V V A solução está aqui F
F F F V Solução aqui!

p q ? SOLUÇÃO → (p ^ q) v (p ^ ¬q)
V V V Agora, tenho duas verdades. A solução está
V F V na 1ª ou na 2ª

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F V F
F F F
p q ? SOLUÇÃO → [(p ^ ¬q) v (¬p ^ q)]
V V F equivalente a (p v q)
V F V A solução está em uma destas linhas
F V V
F F F

Exercício 47: ~ (p v q) é equivalente a...


A negação do “ou” nos lembra Morgan.
¬(p v q) é equivalente a (¬p ^ ¬q)
Resposta: letra a

Exercício 48: a negação da sentença “Mara não estuda ou Maria trabalha” é...
Mara não estuda = ¬p
Maria trabalha = q
¬ (¬p v q): estou negando o “ou”. É equivalente a (p ^ ¬q).
(p ^ ¬q) = “Mara estuda e Maria não trabalha”
Resposta: letra a

Outra resposta possível para a questão 48:


(p ^ ¬q) é a negação de “se p, então q” = ¬(p → q)
¬(p → q) = “não é verdade que se Mara estuda então Maria trabalha”

Exercício 49: a negação de “não sabe matemática ou sabe português” é...


“sabe matemática” = p
“sabe português” = q
“não sabe matemática ou sabe português” = (¬p v q)
Vamos negar = ¬(¬p v q). a negação do “ou” vira “e”.
¬(¬p v q) = (p ^ ¬q)
(p ^ ¬q) = “sabe matemática e não sabe português”
Resposta: letra d

Exercício 50: negação de p e q é equivalente a...


¬(p ^ q) é equivalente por Morgan a (¬p v ¬q) = “não p ou não q”
Resposta: letra e

Joselias Silva
06/09/2008

Exercício 51 (Lista 02) - Considere a seguinte declaração:


Ou o presidente não sabia, ou houve desacato a autoridade, mas não ambos.
Assinale a alternativa que apresenta a negação formal dessa declaração:
¬ [ou o presidente não sabia, ou houve desacata a autoridade, mas não ambos]

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“o presidente não sabia” = p
“houve desacato a autoridade” = q
¬ [ou p, ou q, mas não ambos]
¬ [(p v q)] → temos que (p v q) é equivalente a ¬ ( p↔ q)
¬ [¬ (p ↔ q)] → temos a negação da negação. Uma negação dupla é uma afirmação.
(p ↔ q) → p é uma condição necessária e suficiente para o q; e q é condição necessária
e suficiente para o p.
Podemos dizer que “o presidente não sabia” é uma condição necessária e suficiente
para “houve desacato a autoridade”. E “houve desacato a autoridade” é uma condição
necessária e suficiente para “o presidente não sabia”.

Vamos ver as alternativas:


a) Para que tenha havido desacato a autoridade é necessário e suficiente que o
presidente sabia. (ERRADA)
b) Ou o presidente sabia, ou não houve desacato a autoridade, mas não ambos.
(ERRADA)
c) Para que não tenha havido desacato a autoridade é necessário e suficiente que o
presidente sabia. (¬ q ↔ ¬ p)
d) Se não houve desacato a autoridade então o presidente sabia.
e) Se o presidente sabia então houve desacato a autoridade.

Obs.: (p ↔ q) é equivalente a Contra-positiva = (¬ q ↔ ¬p)


Não houve desacato a autoridade se e somente se o presidente sabia.
Resposta: c

Exercício 53 - Considere as seguintes frases:


I. Ele foi o melhor jogador do mundo em 2005. (é uma sentença aberta)
II. x + y
5 é um número inteiro. (não tenho o valor das variáveis, então também é uma
sentença aberta)
III. João da Silva foi o Secretário da Fazenda do Estado de São Paulo em 2000. (é uma
proposição porque já definiu)
É verdade que APENAS
(A) I e II são sentenças abertas.
(B) I e III são sentenças abertas.
(C) II e III são sentenças abertas.
(D) I é uma sentença aberta.
(E) II é uma sentença aberta.
Resposta: letra a

Sentenças abertas:
Exemplo: x + y > 5 (sentença aberta)
Podemos transformar uma sentença aberta em proposição. Uma das maneiras é dar os
valores para as variáveis.
Exemplo: 3 + 2 > 5 (é uma proposição)
Outra maneira é usar o generalizador universal.
Os símbolos generalizadores estão na questão 53 da Lista 2.
∈ = pertence

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Exercício 53:
a) para todo x pertencente aos Naturais, existe y pertencente aos Naturais, tal que x mais
y é menor do que 2.
b) para todo x pertencente aos reais, existe y pertencente aos reais, tal que x2 + y2 é
maior ou igual a zero. Esta é uma proposição verdadeira.

Observação: Como negar as proposições... (ver caderno)

Exercício 54
Sendo A e B conjuntos, considere a afirmação:
“para todo x ∈ A, existe y ∈ B tal que x < y”.
Negar tal afirmação equivale a afirmar que:
(A) para todo x∈A, existe y∈ B tal que x > y.
(B) para todo x∈A, existe y∈B tal que x ≥ y.
(C) existe x∈A tal que, para todo y∈B, x > y.
(D) existe x∈A tal que, para todo y∈B, x ≥ y.
(E) existem x∈A e y∈B tais que x ≥ y.

¬ [(para todo x ∈ A) (existe y ∈ B) (x < y)]


É equivalente a (existe x ∈ A) (para todo y ∈ B) [¬ (x < y)]
É equivalente a (existe x ∈ A) (para todo y ∈ B) (x > y)

Exercício 55:
Resposta: letra e

Observação:
O número de linhas da tabela verdade de uma composta por n proposições simples é 2n
(2 elevado a n) linhas.

Exercício 56: Podemos afirmar que o número de linhas da tabela-verdade para


proposições compostas de três átomos é:
n = 3 → 2 elevado a n = 2 elevado a 3 = 8
a) 3
b) 4
c) 6
d) 8
e) 9

Exercício 57: Podemos afirmar que o número de linhas da tabela-verdade para


proposições compostas de n átomos é:
a) 2
b) 2n
c) 2(elevado a n)
d) 3n

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e) 3(elevado a n)

Exercício 58: A negação da proposição

(∀x)(∀y)(x+y<2→(x≥0∨y<0)) é:
(Resolução no caderno)

a) (∃x)(∀y)(x + y ≥ 2→(x < 0 ∨ y ≥ 0))


b) (∃x)(∃y)(x + y < 2→(x < 0 ∧ y ≥ 0))
c) (∃x)(∃y)(x + y < 2 ∧ (x < 0 ∧ y ≥ 0))
d) (∀x)(∃y)(x + y ≥ 2→(x ≥ 0 ∧ y ≥ 0))
e) (∃x)(∃y)(x + y ≥ 2 ∧ (x < 0 ∨ y ≥ 0))

Observação:

a) (p → q) equivalente (¬ p v q)

b) (p → q) equivalente (¬ q → ¬p) (CONTRAPOSITIVA)

c) ¬ (p v q) equivalente (¬ p ^ ¬ q) (MORGAN)

d) ¬ (p ^ q) equivalente (¬ p v ¬ q) (MORGAN)

e) ¬ (p → q) equivalente (p ^ ¬ q)

f) (p ↔ q) equivalente (¬ q ↔ ¬ p)

g) (p v q) equivalente ¬ (p ↔ q)

Exercício 59: Sabe-se que se x>4 então y = 2. Podemos daí concluir que:
a) Se x < 4 então y ≠ 2
b) Se x ≤ 4 então y ≠ 2
c) Se y = 2 então x > 4
d) Se y ≠ 2 então x ≤ 4
e) Se y ≠ 2 então x < 4

x>4→y=2
(p → q)

Vamos tentar suas equivalências:


(p → q) equiv. (¬ q → ¬ p) = (y ≠ 2 → x < 4)
Lemos: se y é diferente de 2, então y é menor ou igual a 4. É a CONTRAPOSITIVA.

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Resposta: letra d

Exercício 60: A negação da proposição "x ≠ 3∧ y < 2" é:


a) " x = 3 ∧ y ≥ 2"
b) " x = 3 ∧ y > 2"
c) " x = 3 ∨ y ≥ 2"
d) " x ≠ 2 ∧ y < 3"
e) " x ≠ 3 ∨ y < 2"

Negamos o “e” com o “ou”.


¬ (x ≠ 3 ^ y < 2) é equivalente a (x = 3 v y > 2)
Resposta: letra c

Exercício 61: Duas grandezas x e y são tais que “se x = 3 então y = 7”. Pode-se concluir
que:
a) se x ≠ 3 então y ≠ 7
b) se y = 7 então x = 3
c) se y ≠ 7 então x ≠ 3
d) se y > 7 então x = 3
e) x ≠ 3 ou y ≠ 7

Observamos que o exercício quer uma equivalência.


x=3→y=7
(p → q) é equivalente a (¬ q → ¬ p) ou (¬ p v q)
Na contrapositiva fica: (¬ q → ¬ p) = (y ≠ 7 → x ≠ 3)
Resposta: letra c

Exercício 62: Considere verdadeira a proposição: “Marcela joga vôlei ou Rodrigo joga
basquete”. Para que essa proposição passe a ser falsa:
(A) é suficiente que Marcela deixe de jogar vôlei.
(B) é suficiente que Rodrigo deixe de jogar basquete.
(C) é necessário que Marcela passe a jogar basquete.
(D) é necessário, mas não suficiente, que Rodrigo deixe de jogar basquete.
(E) é necessário que Marcela passe a jogar basquete e Rodrigo passe a jogar vôlei.

Para que a proposição passe a ser falsa, devemos negá-la.


Aqui, teremos a negação do “ou”.
“Marcela joga vôlei ou Rodrigo joga basquete” - negando fica:
“Marcela não joga vôlei e Rodrigo não joga basquete”.
Mas, também pela tabela verdade, para que o “ou” seja falso, as duas proposições
também sejam falsas. (F v F = F)
Resposta: letra d

Exercício 63: A negação de “João sempre vai de carro para o trabalho” é:


(A) “João sempre vai a pé para o trabalho”.
(B) “João nunca vai de carro para o trabalho”.
(C) “João, às vezes, não vai de carro para o trabalho”.

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(D) “João, às vezes, vai a pé para o trabalho”.
(E) “João nunca vai a pé para o trabalho”.

Vamos negar a expressão “João sempre vai de carro para o trabalho”.


Para que isto seja falso, basta que às vezes ele não vá de carro para o trabalho.
Resposta: letra c

Exercício 64: A negação de “não sabe matemática ou sabe português” é:


(A) não sabe matemática e sabe português.
(B) não sabe matemática e não sabe português.
(C) sabe matemática ou sabe português.
(D) sabe matemática e não sabe português.
(E) sabe matemática ou não sabe português.

Vamos negar = ¬ [não sabe matemática ∨ sabe português]


A negação do “ou” por Morgan se faz com o “e”.
¬ (p v q) equivalente (¬ p ^ ¬ q)
“sabe matemática” ^ “não sabe português”
Resposta: letra d

Exercício 65: Se “Alguns professores são matemáticos” e “Todos os matemáticos são


pessoas alegres”, então necessariamente,
a) Toda pessoa alegre é matemático.
b) Todo matemático é professor.
c) Algum professor é uma pessoa alegre.
d) Nenhuma pessoa alegre é professor.
e) Nenhum professor não é alegre.

“alguns professores são matemáticos” = p


“todos os matemáticos são pessoas alegres” = q
_______________________________________
.:. Algum professor é uma pessoa alegre

A resolução está no caderno. O melhor caminho é desenhar o diagrama.


Resposta: letra c

Observações:
a) A negação de “todo A é B” é
“algum A não é B”

b) A negação de “nenhum A é B” é
“algum A é B”

Atenção: o termo “algum” pode parecer com o sinônimo “pelo menos um”.

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Exercício 66: Para que a proposição “todos os homens são bons cozinheiros” seja falsa,
é necessário que:
a. Todas as mulheres sejam cozinheiras.
b. Algumas mulheres sejam boas cozinheiras.
c. Nenhum homem seja bom cozinheiro.
d. Todos os homens sejam maus cozinheiros.
e. Pelo menos um homem seja mau cozinheiro.

Para negar “todos os homens são bons cozinheiros” podemos dizer que “alguns homens
não são bons cozinheiros” ou “pelo menos um homem não é bom cozinheiro”
Não ser bom cozinheiro não significa ser mau cozinheiro, mas vamos assinalar a letra E
porque é a melhor opção.
Resposta: letra e

Exercício 67: Para que a afirmativa “Todo matemático é louco” seja falsa, basta que:
a. Todo matemático seja louco.
b. Todo louco seja matemático.
c. Algum louco não seja matemático.
d. Algum matemático seja louco.
e. Algum matemático não seja louco.

Vamos negar “todo A é B” = “algum A não é B”


A negação de “todo matemático é louco” é “algum matemático não é louco”.
Resposta: letra e

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