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Listas 1 e 2
Joselias Silva
09/08/2008
Proposição:
Princípio do Terceiro Excluído: uma proposição será ou verdadeira (V) ou falsa (F).
1
Uma proposição não pode ser V ou F simultaneamente! Logo, esta proposição não
pode ser verdadeira.
P não pode ser uma proposição. A sentença não pode ser V e F ao mesmo tempo.
Esta frase é um exemplo de um PARADOXO, uma construção errada, um absurdo.
Exemplo:
Também crio uma nova proposição negando as anteriores. Exemplo: não P e não Q
Conectivos ou Conectores:
^ - e (conjunção) ex.: p ^ q
ˇ - ou (disjunção) p ˇ q
¬ - não (negação) ¬ p
~ - não (negação) ~ p
→ - se... então... (condicional) p→q (se p então q)
↔ - ...se e somente se... p↔q (p se e somente se q)
2
Exercício 2 - respostas:
Exercício 3 – respostas:
P = Joselias é magro
Q = Joselias é bonito
a) P v Q
b) P ^ Q
c) P → Q
d) ¬P ^ ¬Q
I – (P ^ T) Exercício 4 (ERRADO)
Regra da Lógica:
TABELA VERDADE
3
Exercício 9 – sejam P e Q proposições, complete a tabela verdade abaixo:
p q ¬p ¬q pˇq p^q ¬p ^ ¬q ¬p ˇ ¬q
V V F F V V F F
V F F V V F F V
F V V F V F F V
F F V V F F V V
p q ¬p ¬q p ˇq p^q
V V F F V V
V F F V V F
F V V F V F
F F V V F F
Exercício 11
Val (P) = V
Val (Q) = F
Val (R) = V
[P ^ (¬ Q → ¬ R)] ↔ [¬ P ^ (Q v ¬ R)]
[ P ^ (¬ Q → ¬ R)] ↔ [¬ P ^ (Q v ¬ R)]
v f v v f v
[V ^ (¬ F → ¬ V)] ↔ [ ¬ V ^ (F v ¬ V)]
[V ^ (V → F)] ↔ [F ^ (F v F)]
[V ^ F] ↔ [F ^ F]
F↔F
V
(a questão 11 é verdadeira)
Exercício 12
Val (P) = V
Val (Q) = F
Val (R) = F
(P v Q) → [( ¬P ↔ R) ^ (Q v R)]
v f v f f f
4
(V v F) → [(F ↔ F) ^ (F v F)]
V → [ V ^ F]
V→F
F
(questão 12 é uma proposição falsa)
Exercício 13
Val (P) = V
Val (Q) = V
Val (R) = F
(¬P ^ ¬Q) → ¬R
(F ^ F) → V
F→V
V
(questão 13 é uma proposição verdadeira)
Exercício 14
Val (p) = V
Val (q) = V
(¬ p) v (¬ q)
v v
(F) v (F)
F
(questão 14 = ERRADO)
Exercício 16
Val (T) = V
Val (R) = F
5
¬ R → (¬ T)
V→F
F
(questão 16 está CORRETA)
P Q R P^Q (P ^ Q) v R
V V V V V
V V F V V
V F V F V
F V V F V
V F F F F
F V F F F
F F V F V
F F F F F
Exercício 18
Val (P) = V
Val (Q) = V
Val (R) = F
(P ^ R) → (¬ Q)
v f v
(V ^ F) → (F)
F → F
V
(a questão 18 está CERTA)
Tautologia:
Exemplos:
6
Vamos fazer sua tabela verdade:
p ¬p (p v ¬ p)
V F V
F V V
É UMA TAUTOLOGIA
b) ¬ ( ¬p ) ↔ p
p ¬p ¬ ( ¬ p) ¬ ( ¬p ) ↔ p
V F V V
F V F V
É UMA TAUTOLOGIA
Se negarmos duas vezes a mesma declaração, isto equivale a uma afirmação. Na lógica,
a negação dupla é uma afirmação.
Na língua portuguesa, quando negamos duas vezes queremos enfatizar a negativa. Ex.:
Hoje eu não quero comprar nada. Já na lógica, isto é uma afirmação. Uma negação
acaba anulando a outra.
c) ¬ (¬ (¬ p)) ↔ ( ¬ p)
p ¬p ¬ ( ¬ p) ¬ ( ¬ (¬ p )) ¬ (¬ (¬p)) ↔ (¬p)
V F V F V
F V F V V
É UMA TAUTOLOGIA
d) ¬ (¬ (¬ (¬p))) ↔ p
É uma tautologia: negar quatro vezes dá uma afirmativa. É sempre verdade. Quem
nega quatro vezes está afirmando!
e) (p → q) ↔ ( ¬p v q)
Exemplo de (p → q) ↔ ( ¬p v q):
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Se estudo, então passo = não estudo ou passo.
Se chove, então fico em casa = não chove ou fico em casa
É importante que se decore algumas tautologias para evitar fazer a tabela verdade. Há
tautologias que são sempre pedidas em provas de concurso. (ver tabela do material de
aula)
TAUTOLOGIAS IMPORTANTES:
a) (p v ¬p)
b) (p → p)
c) (p ↔ p)
d) ¬ (¬p) ↔ p
i) ¬ (¬p) ↔ p
j) ¬ (p → q) ↔ (p ^ ¬q)
k) ¬ (p ↔ q) ↔ (p ↔ ¬q)
Contradição:
Exemplo: (p ^ ¬p)
p ¬p (p ^ ¬p)
V F F
F V F
É UMA CONTRADIÇÃO
Contingência:
8
Chamamos de contingência a proposição composta que poderá ser VERDADEIRA ou
FALSA, dependendo das proposições simples que a compõem.
Exemplo: ( ¬p v q)
p q ¬p ¬ (p v q)
V V F V
V F F F
F V V V
F F V V
É UMA CONTINGÊNCIA
A contingência é uma proposição que não é uma tautologia e não é uma contradição.
p ¬p (p → ¬p)
V F F
F V V
Esta proposição pode ser falsa ou verdadeira, dependendo do valor de “p”. Portanto, é
uma contingência.
9
Joselias Silva
23/08/2008
Equivalências:
Dizemos que duas proposições são equivalentes se elas possuem a mesma tabela
verdade.
p q (p→q) ¬p (¬p v q)
V V V F V
V F F F F
F V V V V
F F V V V
p q (p ^ q) ¬ (p ^ q) ¬p ¬q (¬p ^ ¬q)
V V V F F F F
V F V F F V F
F V V F V F F
F F F V V V V
Ex. de ¬ (p v q) equivalente a (¬p ^ ¬q) (vou negar o ou com e): “estudo e trabalho” é
equivalente a “não estudo e não trabalho”; “sou alegre e feliz”, “não sou alegre e não
sou feliz”. Podemos substituir as proposições por seus equivalentes.
a) (p v q) é equivalente a (q v p)
Posso trocar a ordem dos argumentos. O “ou” é uma relação comutativa.
b) (p ^ q) é equivalente a (q ^ p)
Também posso trocar a ordem. A relação “e” é uma comutativa.
c) (p ↔ q) é equivalente a (q ↔ p)
Relação comutativa.
d) (p → q) é equivalente a (¬ p v q)
É o nosso primeiro exemplo acima.
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Exemplo da contra-positiva: “Se chove então fico em casa” é a mesma coisa que
dizer “se não fico em casa, então não chove”.
h) ¬(¬p) é equivalente a p
É a negação dupla. Volta a ser uma afirmação.
k) ¬ (p ↔ q) é equivalente a (p ↔ ¬q)
Fazendo exercícios:
Exercício 30: (p → q)
Observação:
Vamos falar sobre o (p → q)
Pode ser lido de várias maneiras: Se p então q = é uma condicional.
O “p” é a condição suficiente para o “q”.
O “q” é a condição necessária para o “p”.
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Ex.: se Joselias é carioca, então Joselias é brasileiro. Dizer que Joselias é carioca é
suficiente para concluir que Joselias é brasileiro. E ser brasileiro é necessário para ser
carioca.
Ex.: Se corre então o bicho pega. “Se corre” é suficiente para saber que o bicho pega.
Ex.: se você compra o carro, então economizou. Uma maneira de comprar o carro é
economizar. É uma condição suficiente. Mas se você comprou o carro é porque
economizou, é condição necessária.
Observação:
Vamos estudar o (p ↔ q):
Lê-se “p se e somente se q”.
O p é condição necessária e suficiente para o q.
O q é condição necessária e suficiente para o p.
Quando é “se e somente se”, as duas são condições necessárias e suficientes.
A tabela verdade de (p → q)
Suficiente Necessária
p q (p→q)
V V V
V F F – não existe relação condicional
F V V
F F V
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Exercício 35: ¬(p → q) é equivalente a (p ^ ¬q)? Sim! (CERTO)
Exercício 37: Dizer que “Pedro não é pedreiro ou Paulo é paulista” é, do ponto de vista
lógico, o mesmo que dizer...
P = Pedro é pedreiro
Q = Paulo é paulista
Temos, então, (¬P v Q) que é equivalente a (P → Q). Montando a proposição, temos: Se
Pedro é pedreiro, então Paulo é paulista.
Resposta: letra a
Exercício 38: dizer que “André é artista ou Bernardo não é engenheiro” é equivalente a
dizer que...
Q = André é artista
P = Bernardo é engenheiro
Temos (Q v ¬P). Sabemos que “ou” é comutativo. Podemos trocar a ordem. Vamos
escrever de outra maneira: “Bernardo não é engenheiro ou André é artista”, que é igual
a (¬P v Q).
(¬P v Q) é equivalente a (P → Q). “Se Bernardo é engenheiro, então André é artista”.
Resposta: letra d
Exercício 40: “se Pedro é economista, então Luisa é solteira” é equivalente a...
Pedro é economista = p
Luisa é solteira = q
(p → q) é equivalente a (¬q → ¬p) (a contra-positiva)
(p → q) também é equivalente a (¬p v q)
Testando a contra-positiva, temos “se Luisa não é solteira, então Pedro não é
economista”.
Resposta: letra e
Exercício 41: “se eu me chamo André, então eu passo no vestibular” é equivalente a...
Eu me chamo André → eu passo no vestibular = (p → q)
(p → q) é equivalente a (¬q → ¬p) (a contra-positiva)
(p → q) também é equivalente a (¬p v q)
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Testando:
“se eu não passo no vestibular então eu não me chamo André”
“eu não me chamo André ou eu passo no vestibular”
Resposta: letra d
Exercício 44: a negação de “se hoje chove então fico em casa” é...
“hoje chove” = p
“fico em casa” = q
¬(p → q) é equivalente a (p ^ ¬q) = “hoje chove e não fico em casa”
Resposta: letra b
Observação:
OU EXCLUSIVO
(p v q)
Lê-se: “ou p, ou q, mas não ambos”
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(p v q) é equivalente a ¬ (p ↔ q)
Tabela verdade do (p v q)
p q (p v q)
V V F
V F V
F V V
F F F
p q ? SOLUÇÃO → (p ^ q) v (p ^ ¬q)
V V V Agora, tenho duas verdades. A solução está
V F V na 1ª ou na 2ª
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F V F
F F F
p q ? SOLUÇÃO → [(p ^ ¬q) v (¬p ^ q)]
V V F equivalente a (p v q)
V F V A solução está em uma destas linhas
F V V
F F F
Exercício 48: a negação da sentença “Mara não estuda ou Maria trabalha” é...
Mara não estuda = ¬p
Maria trabalha = q
¬ (¬p v q): estou negando o “ou”. É equivalente a (p ^ ¬q).
(p ^ ¬q) = “Mara estuda e Maria não trabalha”
Resposta: letra a
Joselias Silva
06/09/2008
16
“o presidente não sabia” = p
“houve desacato a autoridade” = q
¬ [ou p, ou q, mas não ambos]
¬ [(p v q)] → temos que (p v q) é equivalente a ¬ ( p↔ q)
¬ [¬ (p ↔ q)] → temos a negação da negação. Uma negação dupla é uma afirmação.
(p ↔ q) → p é uma condição necessária e suficiente para o q; e q é condição necessária
e suficiente para o p.
Podemos dizer que “o presidente não sabia” é uma condição necessária e suficiente
para “houve desacato a autoridade”. E “houve desacato a autoridade” é uma condição
necessária e suficiente para “o presidente não sabia”.
Sentenças abertas:
Exemplo: x + y > 5 (sentença aberta)
Podemos transformar uma sentença aberta em proposição. Uma das maneiras é dar os
valores para as variáveis.
Exemplo: 3 + 2 > 5 (é uma proposição)
Outra maneira é usar o generalizador universal.
Os símbolos generalizadores estão na questão 53 da Lista 2.
∈ = pertence
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Exercício 53:
a) para todo x pertencente aos Naturais, existe y pertencente aos Naturais, tal que x mais
y é menor do que 2.
b) para todo x pertencente aos reais, existe y pertencente aos reais, tal que x2 + y2 é
maior ou igual a zero. Esta é uma proposição verdadeira.
Exercício 54
Sendo A e B conjuntos, considere a afirmação:
“para todo x ∈ A, existe y ∈ B tal que x < y”.
Negar tal afirmação equivale a afirmar que:
(A) para todo x∈A, existe y∈ B tal que x > y.
(B) para todo x∈A, existe y∈B tal que x ≥ y.
(C) existe x∈A tal que, para todo y∈B, x > y.
(D) existe x∈A tal que, para todo y∈B, x ≥ y.
(E) existem x∈A e y∈B tais que x ≥ y.
Exercício 55:
Resposta: letra e
Observação:
O número de linhas da tabela verdade de uma composta por n proposições simples é 2n
(2 elevado a n) linhas.
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e) 3(elevado a n)
(∀x)(∀y)(x+y<2→(x≥0∨y<0)) é:
(Resolução no caderno)
Observação:
a) (p → q) equivalente (¬ p v q)
c) ¬ (p v q) equivalente (¬ p ^ ¬ q) (MORGAN)
d) ¬ (p ^ q) equivalente (¬ p v ¬ q) (MORGAN)
e) ¬ (p → q) equivalente (p ^ ¬ q)
f) (p ↔ q) equivalente (¬ q ↔ ¬ p)
g) (p v q) equivalente ¬ (p ↔ q)
Exercício 59: Sabe-se que se x>4 então y = 2. Podemos daí concluir que:
a) Se x < 4 então y ≠ 2
b) Se x ≤ 4 então y ≠ 2
c) Se y = 2 então x > 4
d) Se y ≠ 2 então x ≤ 4
e) Se y ≠ 2 então x < 4
x>4→y=2
(p → q)
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Resposta: letra d
Exercício 61: Duas grandezas x e y são tais que “se x = 3 então y = 7”. Pode-se concluir
que:
a) se x ≠ 3 então y ≠ 7
b) se y = 7 então x = 3
c) se y ≠ 7 então x ≠ 3
d) se y > 7 então x = 3
e) x ≠ 3 ou y ≠ 7
Exercício 62: Considere verdadeira a proposição: “Marcela joga vôlei ou Rodrigo joga
basquete”. Para que essa proposição passe a ser falsa:
(A) é suficiente que Marcela deixe de jogar vôlei.
(B) é suficiente que Rodrigo deixe de jogar basquete.
(C) é necessário que Marcela passe a jogar basquete.
(D) é necessário, mas não suficiente, que Rodrigo deixe de jogar basquete.
(E) é necessário que Marcela passe a jogar basquete e Rodrigo passe a jogar vôlei.
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(D) “João, às vezes, vai a pé para o trabalho”.
(E) “João nunca vai a pé para o trabalho”.
Observações:
a) A negação de “todo A é B” é
“algum A não é B”
b) A negação de “nenhum A é B” é
“algum A é B”
Atenção: o termo “algum” pode parecer com o sinônimo “pelo menos um”.
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Exercício 66: Para que a proposição “todos os homens são bons cozinheiros” seja falsa,
é necessário que:
a. Todas as mulheres sejam cozinheiras.
b. Algumas mulheres sejam boas cozinheiras.
c. Nenhum homem seja bom cozinheiro.
d. Todos os homens sejam maus cozinheiros.
e. Pelo menos um homem seja mau cozinheiro.
Para negar “todos os homens são bons cozinheiros” podemos dizer que “alguns homens
não são bons cozinheiros” ou “pelo menos um homem não é bom cozinheiro”
Não ser bom cozinheiro não significa ser mau cozinheiro, mas vamos assinalar a letra E
porque é a melhor opção.
Resposta: letra e
Exercício 67: Para que a afirmativa “Todo matemático é louco” seja falsa, basta que:
a. Todo matemático seja louco.
b. Todo louco seja matemático.
c. Algum louco não seja matemático.
d. Algum matemático seja louco.
e. Algum matemático não seja louco.
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