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3. Avaliação
Professora: Nayara Prado (nayara.prado@ifmg.edu.br) Será considerado aprovado o aluno frequente, cuja nota total for igual ou superior a 60
CH Semestral: 64 h (sessenta) pontos.
Créditos: 4
AVALIAÇÃO 1 – 30 pontos
AVALIAÇÃO 2 – 30 pontos
1. Informações Gerais AVALIAÇÃO 3 – 25 pontos
O curso constará de 04 (quatro) aulas semanais. As atividades programadas estão Seminário – 15 pontos
relacionadas à ementa abaixo:

Ementa: 4. Exame Final de recuperação


Matéria e energia. Estrutura eletrônica dos átomos e suas propriedades. Tabela Periódica O exame final de recuperação terá o valor de 100 (cem) pontos e engloba todo o
(propriedades periódicas e aperiódicas). Tipos de ligações químicas e estrutura de conteúdo ministrado no semestre letivo, com aprovação mínima de 60%.
diferentes íons e moléculas. Geometria Molecular. Oxi-redução. Funções Inorgânicas
O aluno do curso superior terá direito ao exame especial somente se obtiver
(Ácido, Base, Sais e Óxidos). Reações químicas e balanceamento. Gases. Mol e massas
aproveitamento igual ou superior a 40% (quarenta por cento) e inferior a 60%
molares. Cálculos estequiométricos e equações químicas.
(sessenta por cento) dos pontos distribuídos no semestre letivo e frequência igual ou
2. Frequência superior a 75%
A frequência mínima obrigatória é de 75% da carga horária total. (setenta e cinco por cento) da carga horária total efetivamente ministrada na disciplina
durante o semestre letivo.

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5. Segunda Chamada
Art. 130 – Dar-se-á uma segunda oportunidade (prova de segunda chamada) ao
6. Bibliografia Sugerida
discente que faltar a qualquer atividade avaliativa, por motivo devidamente
comprovado, desde que seja apresentado requerimento (protocolado) à Secretaria, ATKINS, P. W.; JONES, Loretta. Princípios de química: questionando a vida moderna e o
no prazo máximo de 2 (dois) dias úteis, após o término do impedimento que meio ambiente. Porto Alegre, RS: Bookman, 2006.
motivou o afastamento do discente das atividades acadêmicas, acompanhado de
um dos documentos justificativos abaixo: BROWN, Theodore L. et al. Química: a ciência central. 9. ed. São Paulo, SP: Pearson,
I – atestado médico; c2005. 972 p.
II – declaração de corporação militar comprovando que, no horário da realização
BROWN, Lawrence S.; HOLME, Thomas A. Química geral aplicada à engenharia. São
da avaliação, estava em serviço; Paulo, SP: Cengage Learning, 2010.
III – declaração de firma ou repartição, comprovando que o discente estava a
serviço; BRADY, James E.; SENESE, Fred. Química: a matéria e suas transformações. 5. ed.
IV – escala de trabalho e declaração da letra que o aluno pertence; Rio de Janeiro, RJ: LTC, 2009. 2 v.
V – outro documento, ou justificativa, apreciados pelo docente da correspondente
RUSSELL, John Blair. Química geral. 2. ed. São Paulo: Makron Books, c1994. v. 1 e v. 2
disciplina.

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Noções preliminares:
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE MINAS GERAIS Conceitos
CAMPUS OURO BRANCO

 Matéria

Energia

Estrutura eletrônica dos átomos Elemento


e suas propriedades Átomos

Molécula

Substância
Prof. Nayara Teodoro do Prado Martins

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Noções preliminares:  Molécula: conjunto de átomos, iguais ou diferentes, que se mantêm


Conceitos unidos e que não podem ser separados sem afetar ou destruir as
propriedades das substâncias.
 Matéria: É qualquer corpo que tenha massa e ocupa espaço  Substância: espécie de matéria possuem a unidade de sua estrutura
(moléculas) iguais entre si; possuem composição e características fixas
Ex: ouro, água, ar, nosso corpo.
(Temp. de ebulição, Temp. de fusão).
Não são exemplos: radiação eletromagnética, sentimento. Ex. ouro, prata (substâncias puras)
Ex. ar, água (substância composta – mistura de elementos).
 Energia: Provoca modificações na matéria
Está relacionada à realização de trabalho
Interconversível em suas várias formas

 Composição matéria: elementos: não podem ser decompostos


em substâncias mais simples

Ex: Oxigênio, Carbono, Hidrogênio

Átomos: menor partícula que caracteriza um elemento químico.

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Classificações da matéria
Sólido: Propriedades da matéria
Forma e volume
definidos;
Rígido;
Não pode ser  Propriedades físicas: podem ser medidas sem alterar a identidade da
Líquido Líquido:
comprimido a substância e a composição das substâncias (cor, odor, densidade, ponto
Sólido
Volume definido; qualquer escala de fusão, ponto de ebulição e dureza).
Não tem forma apreciável.
definida;
Gasoso Não pode ser  Propriedades químicas: descrevem como uma substância pode se
comprimido a alterar ou reagir para formar outras (combustão, oxidação, redução,
qualquer escala Gás: reatividade).
apreciável.
Não tem forma e
volume definidos;
Assume a forma e o
Estados da matéria volume do recipiente
que o contém.

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Estrutura atômica
clássica

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Modelo Atômico de J. Dalton


(1766 – 1844) De acordo com o Modelo de Dalton, átomos são os componentes básicos da
matéria.
1. A matéria é constituída por pequenas partículas denominadas átomos.
2. Os átomos são indestrutíveis. Em reações químicas, os átomos mudam suas posições
Eles são as menores partes de um elemento que mantêm a identidade
relativas, mas permanecem inalterados.
química desse elemento.
3. As massas e outras propriedades dos átomos de um dado elemento (substância) são
todas iguais.
4. As massas e outras propriedades dos átomos de elementos (substâncias) diferentes Como podemos observar nos postulados de Dalton, um elemento químico é
são diferentes. composto de apenas uma espécie de átomo.
5. Um composto é formado por átomos de dois ou mais elementos em proporção fixa. Ex: Fe, H, Mg.

“ Modelo da bola de bilhar” :


Bolinha extremamente pequena, Enquanto que um composto contém átomos de dois ou mais elementos.
maciça, indivisível e
eletricamente neutra. Ex: CO, H2, CH4.

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A ideia do átomo indivisível de Dalton reinou por cerca de 90 anos (1808 a 1897).
A teoria de Dalton explica várias leis simples de combinação química que eram
conhecidas naquela época. No entanto, bem antes dos trabalhos de Dalton se desenvolvia estudos sobre a
natureza elétrica da matéria.
Por exemplo: A Lei da conservação da Massa – 1774 (Leis Ponderais)

“A massa total dos compostos presentes depois de uma reação química é igual
à massa total antes da reação.” • A eletricidade está envolvida em muitas experiências relacionadas ao
desenvolvimento da Teoria Atômica.

Como provar a existência de


partículas que não podemos ver?

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Nesse contexto, Willian Crookes, químico e físico inglês, obteve notáveis


informações acerca da natureza elétrica da matéria ao realizar seus
experimentos com tubos de descarga de gás sob vácuo.
Mas afinal o que eram esses tais raios catódicos?
Raios que são emitidos quando se tem uma alta diferença de
voltagem entre dois eletrodos.

Foi então, no final do século XIX experimentos realizados


pelo físico inglês J. J. Thomson mostraram que os raios
Tubo de Crookes Diferentes metais foram usados na catódicos eram desviados por campos elétricos ou
construção do cátodo e do ânodo e os
resultados eram sempre os mesmos.
magnéticos, sugerindo dessa forma, que os tais raios
catódicos possuíam certa carga elétrica.
Nesse experimento, quando uma alta voltagem era aplicada dentro do tubo, um
tipo de radiação era produzida.
Essa radiação, ficou conhecida como raios catódicos, porque ela originava-se no
eletrodo negativo ou catodo.

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Então, em um artigo publicado em 1897, Thomson


apresentou suas observações e concluiu que os raios
catódicos eram jatos de partículas com massa, carregadas
negativamente.

O artigo de Thomson ficou conhecido como a descoberta


daquilo que chamaríamos posteriormente de ELÉTRONS.

J.J. Thomson, Philosophical Magazine, 44, 293 (1897)

Átomos não são indivisíveis!!!


A descoberta da primeira partícula subatômica: o elétron

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Modelo atômico de Thomson “O Pudim de Ameixas” Modelo atômico de Rutherford

Seu modelo consistia, portanto, em


uma esfera maciça de carga positiva Ernest Rutherford, cientista neozelandês,
na qual os elétrons estariam era um pesquisador ligado à equipe de
Thomson quando realizou um
incrustados, semelhante a um pudim experimento que viria a mudar
de ameixas. completamente a visão do homem a
respeito do átomo.
No modelo de Thomson, os elétrons
possuíam um único movimento No entanto, para o estabelecimento do
modelo de Ernest Rutherford foi
possível, o da vibração e a carga necessário o descobrimento da
positiva estaria espalhada por todo o radioatividade.
átomo compensando a carga
negativa dada pelos elétrons.

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Radioatividade Radioatividade
Em 1896, o cientista francês Henri Becquerel
estava estudando o mineral urânio, quando
descobriu que ele espontaneamente emitia Posteriormente, com a sugestão de Becquerel,
radiação de alta energia capaz de Marie e Pierre Curie começaram experimentos
escurecer uma placa fotográfica, mesmo que para isolar os componentes radioativos de
essa placa estivesse coberta por um papel vários minerais.
preto para evitar sua exposição à luz.
Inicialmente eles isolaram o polônio e o rádio,
Essa emissão espontânea foi posteriormente que também emitiam o mesmo tipo de
chamada de radioatividade. radiação.

Para Becquerel eram considerados radioativos Em 1899, eles sugeriram que determinados
os elementos cujos núcleos atômicos não eram elementos emitiam esses raios quando se
estáveis, isto é, decaem espontaneamente em desintegravam.
outros núcleos, emitindo partículas em forma
de radiação.

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Marie Curie conduziu estudos sobre essa radiação e eles revelaram três tipo de radiação:
α (alfa); β (beta); γ (gama), que diferem quanto ao comportamento em um campo
eletromagnético:

α e β (são desviadas), γ (não é afetada)

Partículas α: positivas (compostas por dois prótons e dois neutrons) Rutherford , Marsden e Geiger bombardearam uma finíssima lâmina de
Partículas β: negativas (semelhante aos elétrons) ouro (0,0001 cm) com partículas alfa (que tem carga positiva) oriundas
Partículas γ: ondas eletromagnéticas (assemelham-se ao raio-x, não possuem carga ou massa) de uma amostra contendo Rádio.

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Átomo de Rutherford Interpretação:

Observações Conclusões
Boa parte do átomo é vazio. No
Grande parte das partículas alfa
espaço vazio (eletrosfera)
atravessa a lâmina sem desviar o
provavelmente estão localizados os
curso.
elétrons.
ESPERADO OBSERVADO
Deve existir no átomo uma pequena
Poucas partículas alfa não
região onde está concentrada sua
atravessam a lâmina e voltavam.
massa (o núcleo).
Rutherford disse: “o evento mais incrível que aconteceu comigo em
Algumas partículas alfa sofriam O núcleo do átomo deve ser positivo, toda a minha vida. Foi quase tão incrível quanto se você atirasse um
desvios de trajetória ao atravessar a o que provoca uma repulsão nas projétil de 15 polegadas num lenço de papel e ele ricocheteasse de
lâmina. partículas alfa (positivas). volta e o atingisse"

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Interpretação: Átomo de Rutherford

 A partir dessas conclusões, Rutherford propôs um novo modelo atômico,


semelhante ao sistema solar → modelo planetário do átomo, no qual os
elétrons descrevem um movimento ao redor do núcleo assim como os
planetas se movem ao redor do sol.

ESPERADO OBSERVADO

Modelo do pudim de passas foi derrubado!!

A grande maioria das partículas alfa disparadas contra a placa passou por ela como
se não existisse nada. Tal resultado levou Rutherford a propor que o átomo é
constituído principalmente por espaços vazios.
 Maior parte do átomo é espaço vazio, na qual os elétrons giram ao redor
Como os desvios foram muito poucos (1 em 8000 partículas), conclui-se que a do núcleo.
matéria do átomo fosse concentrada numa região central positiva chamada núcleo,
uma vez que os elétrons são carregados negativamente e o átomo é neutro.

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A descoberta da terceira partícula subatômica: o nêutron A descoberta da terceira partícula subatômica: o nêutron

Na sequência dos estudos sobre a estrutura do átomo, Rutherford percebeu Essas partículas serviriam para diminuir a repulsão entre os
que no núcleo dos átomos existiria mais do que um único próton. prótons, aumentando a estabilidade do núcleo.
apenas cerca da metade da
Rutherford havia observado ainda que
Além disso, essas partículas justificariam a massa maior que os
massa do núcleo se justificava pelos prótons.
núcleos apresentavam.
Entretanto esse fato comprometeria a estabilidade do núcleo, pois entre
prótons (+) existiriam forças de repulsão que provocariam a fragmentação Essas partículas foram descobertas em 1932, durante
do núcleo. experiências com material radioativo, por James Chadwick, que
as denominou nêutrons.
Como isso não ocorria, Rutherford passou a admitir a existência, no núcleo,
de partículas com massa semelhante à dos prótons, mas sem
carga elétrica.

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Partículas Subatômicas

Partícula Símbolo Carga* Massa (kg)


Elétron e- -1 9,109x10-31
Próton p +1 1,67x10-27
Nêutron n 0 1,67x10-27

*As cargas são dadas como múltiplos da carga de um próton, que vale
nas unidades do SI 1,602 × 10-19 C.

O raio do NÚCLEO é cerca de 10.000 vezes menor que o raio do átomo.

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Descrição do átomo Descrição do átomo

Os átomos possuem massas extremamente pequenas.


Os átomos são extremamente pequenos.
Dessa forma, para expressar esses valores tão pequenos criou-se o termo
de unidade de massa atômica (u). A maioria deles tem diâmetro entre 10-10 m e 5x10-10 m
1 u = 1,66 x 10-24 g Uma unidade conveniente para se expressar dimensões atômicas é o
angstrom (Å)
Partícula Símbolo Carga* Massa (g) Massa (u)
1 Å = 10-10 m
Elétron e- -1 9,109x10-28 5,486 x 10-4
Próton p +1 1,673x10-24 1,0073 Os diâmetros dos núcleos atômicos são da ordem de 10-4 Å
Nêutron n 0 1,675x10-24 1,0087

*As cargas são dadas como múltiplos da carga de um próton, que vale
nas unidades do SI 1,602 × 10-19 C.

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Isótopos
Descrição do átomo Átomos que apresentam mesmo número atômico e número de massa diferentes.
Pertencem ao mesmo elemento químico, pois têm mesmo valor de Z
O que torna um átomo de um elemento diferente de um átomo de outro elemento?

O NÚMERO DE PRÓTONS NO NÚCLEO Isóbaros


Átomos que apresentam valores diferentes para o número atômico e mesmo número de
Um átomo individual é especificado basicamente por dois números: massa.
Número atômico (Z): número de prótons no núcleo. Um átomo eletricamente neutro
ou estável tem número de elétrons igual ao de prótons, ou seja, Z = p = e- Isótonos
OBS.: O Z (número de prótons é o identificador do átomo) é sempre o mesmo para cada átomo
Átomos que apresentam valores diferentes de número atômico e de massa, no entanto,
Número de massa atômica (A): número total de prótons e nêutrons, ou seja, A = p + n. mesmo número de nêutrons (A - Z).

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Modelo atômico de Bohr


Estrutura atômica moderna
Modelo de Rutherford era incompatível
com algumas das teorias da Física.

“uma partícula carregada movendo em


uma trajetória circular deve perder
energia”

Essa dificuldade foi superada com o


surgimento do Modelo Atômico de Bohr,
1913.

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INÍCIO DA TEORIA ATÔMICA MODERNA A Natureza Ondulatória da Luz


Luz = fenômeno ondulatório
Conclusão: os fenômenos envolvendo elétrons não Ondas = variação periódica de alguma quantidade.
poderiam ser explicados em termos de mecânica
clássica.
Propagação de ondas elétricas e
Diante disso, Niels Bohr tentou resolver o
magnéticas (efeito eletromagnético).
paradoxo utilizando a teoria quântica da energia.

Cada um dos campos é descrito por uma


onda senoidal, que corresponde a
Bohr começou a procurar explicações sobre o função matemática que descreve a onda.
átomo não olhando a matéria, mas examinando a
natureza misteriosa da LUZ. Tais campos oscilantes emanam das
cargas que vibram na superfície de uma
fonte luminosa, tal como uma lâmpada.

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A Natureza Ondulatória da Luz A Natureza Ondulatória da Luz

As ondas eletromagnéticas são tipicamente descritas por qualquer uma


A luz que nós podemos enxergar com nossos olhos é conhecida como luz das três propriedades físicas a seguir:
visível.
a freqüência (ν): número de ondas que passam por um determinado
A luz visível é um tipo de radiação eletromagnética, ou também conhecida ponto em 1 segundo. A unidade de frequência é geralmente escrita como
como luz radiante. s-1 (hertz).

Além da luz visível podemos encontrar vários tipos de radiação


eletromagnética tais como: o comprimento de onda (λ): a distância entre picos

- Ondas de rádio
- Radiação Infravermelho ou a energia dos fótons (E).
- Radiação Ultravioleta
- Raios X Fóton: quantum de luz e outras energias eletromagnéticas, consideradas como
- Microondas uma partícula discreta com massa de nula, sem carga elétrica e uma vida útil
indefinidamente longa.

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Resumindo... A Natureza Ondulatória da Luz

Se o comprimento de onda é longo, existirão menos ciclos de onda


passando por um ponto por segundo logo a frequência será baixa.

De maneira inversa, para uma onda que tem frequência alta, o


comprimento de onda será menor.

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A Natureza Ondulatória da Luz O Espectro Eletromagnético

É a faixa de todas as frequências possíveis de radiação eletromagnética.

Essa relação inversa entre a frequência e o comprimento de onda


de uma radiação eletromagnética pode ser expressa pela equação
abaixo:

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O Espectro Visível da Luz


O Espectro Eletromagnético

A radiação eletromagnética interage com a matéria de diferentes maneiras em


diferentes partes do espectro. Os tipos de interação podem variar de excitação Diariamente somos banhados em
eletrônica a vibração molecular, dependendo dos diferentes tipos de radiação, como radiação eletromagnética vinda do sol,
ultravioleta, raios X, microondas e radiação infravermelha. que é um tipo de luz visível (aquela que
nós podemos enxergar).

A luz visível consiste em um


espectro de cores, variando do
vermelho na extremidade
correspondente ao maior
comprimento de onda, ao violeta,
na extremidade correspondente ao
comprimento de onda mais curto.

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Modelo Ondulatório da Luz Bohr descreveu o átomo não como um sistema solar, mas como um prédio
de vários andares.
Bohr acreditava que átomos e LUZ estão conectados:
Elétrons só podem viver nos andares
A maioria das substâncias brilham ao serem aquecidas estabelecidos, nunca entre eles.

Elétrons podem saltar instantaneamente


Substâncias diferentes brilham com cores diferentes, como se fosse de um andar para o outro : SALTOS
uma assinatura. QUÂNTICOS.

Cada andar só pode acomodar um


número fixo de elétrons.

Quando um elétron salta de um andar


mais alto para um mais baixo, ele emite
LUZ.

A cor dessa luz depende do tamanho do


salto do elétron.

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Equação de Max Planck Planck introduziu uma equação das mais importantes da ciência, a
chamada Equação de Planck, que afirma que a energia de um único
Ele supôs que a energia só podia ser quantum é proporcional à frequência.
liberada (ou absorvida) por átomos em
apenas “pacotes” distintos de tamanhos
mínimos.

Planck deu o nome quantum para a


menor quantidade de energia que podia
ser emitida ou absorvida como radiação
eletromagnética.

No seu modelo, a quantização de energia De acordo com a teoria de Planck, a energia é sempre emitida ou absorvida pela matéria
significa que somente determinadas em múltiplos inteiros de hν, 2hν, 3hν e assim por diante.
energias, com frequências específicas são
permitidas.
A proposta revolucionária de Planck lhe rendeu o prêmio Nobel de Física de 1918.

EXEMPLO

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Relembrando...
Quantização de Energia
Radiação eletromagnética: São ondas que se auto propagam no espaço.

νλ = c
c = 3,0 x 108 m/s

O que faz com que um tipo de radiação seja


Analogia: A medida que o homem sobe a rampa, sua energia potencial diferente da outra são os comprimentos de
aumenta uniformemente, de maneira contínua. Quando o homem sobe a onda e a frequência, fazendo com que cada
escada, ele pisa em degraus individuais, de modo que a sua energia potencial uma apresente uma característica diferente,
está restrita a determinados valores, e portanto, e energia nesse caso é como o poder de penetração dos raios X ou
quantizada. o aquecimento do infravermelho.

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Relembrando...
Átomo de Bohr
MECÂNICA QUÂNTICA
As energias permitidas são quantizadas, isto é, seus valores são  Postulados de Bohr
restritos a determinadas quantidades.
• Os elétrons estão localizados em órbitas
circulares, não sendo permitido um elétron
estar situado entre as órbitas.

Energia só podia ser liberada (ou absorvida)


por átomos em apenas “pacotes” distintos de • As órbitas de todos os átomos conhecidos se
tamanhos mínimos. (Ou seja: a energia de cada agrupam em sete camadas eletrônicas
partícula só pode ter valores discretos) denominadas: K, L, M, N, O, P, Q.
• As camadas são também denominadas níveis
Planck deu o nome quantum para a menor de energia.
quantidade de energia que podia ser emitida • Cada camada comporta um número máximo de
ou absorvida como radiação eletromagnética. elétrons.

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 Postulados de Bohr Aplicações do modelo de Bohr:

• Os elétrons podem saltar para uma camada


mais externa, sendo necessário que ele ganhe
energia externa (térmica, elétrica, luminosa).

• A energia dessas órbitas é quantizada: ao receber


quantidade exata de energia, um elétron é excitado;
ao retornar para a orbita de mais baixa energia, o
elétron emite a mesma quantidade de energia;

• A energia é liberada na forma de fótons (pacotes de


energia); um fóton tem energia inversamente
proporcional ao comprimento de onda da radiação
eletromagnética: E = hc / λ

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O Efeito Fotoelétrico e os Fótons O Efeito Fotoelétrico e os Fótons

Os elétrons são emitidos da matéria (tipicamente metais e


 Alguns anos depois de Planck apresentar sua teoria a respeito sólidos não metálicos) como consequência da absorção de
da quantização de energia, muitos cientistas começaram a energia da radiação eletromagnética de alta frequência
observar sua aplicabilidade para um grande número de (comprimento de onda curto), como a luz ultravioleta.
observações experimentais que antes não eram explicados pela
física clássica.

 Torna-se claro, portanto, que a teoria de Planck havia trazido


uma revolução no modo como o mundo físico era visto.
Ec
 Dentro os experimentos que passaram a ser explicados com
essa nova teoria destaca-se o EFEITO FOTOELÉTRICO.

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O Efeito Fotoelétrico e os Fótons


O Efeito Fotoelétrico – luz como partícula

Emissão de elétrons estimulada por iluminação (efeito fotoelétrico) só pode


Quando a radiação eletromagnética interage com um átomo, ela excita
ser explicada admitindo-se um modelo corpuscular para a luz.
elétrons para um nível de energia mais alto, conhecido como estado
excitado, ou, se a energia da luz for suficientemente alta, pode ionizar o Einstein supôs que a radiação eletromagnética, que atinge a superfície
átomo removendo o elétron. metálica, é descrita como um corrente de pacotes minúsculos de energia

e-
Cada pacote de energia, foi denominado FÓTON.

O fóton se comportava como se fosse uma “partícula sem massa”.

Einstein deduziu que cada fóton deveria ter uma energia


proporcional a frequência da luz: E = h ν.

Um elétron só pode ser arrancado de um átomo se o Um elétron só pode ser arrancado de um átomo se o fóton possuir energia
fóton possuir energia suficiente (limiar fotoelétrico). suficiente (limiar fotoelétrico).

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O Efeito Fotoelétrico e os Fótons O molibdênio metálico tem que absorver radiação com a frequência mínima de 1,09
x 1015 s-1 para que ele emita um elétron de sua superfície via efeito fotoelétrico.
(a) Qual é a energia mínima necessária para produzir esse efeito?
(b) Qual o comprimento de onda de radiação fornecerá um fóton com essa energia?
Em que região do espectro eletromagnético esta radiação é encontrada?
(c) Calcule a energia mínima para retirar 1 mol de elétrons de uma placa de
Aplicações práticas do Efeito Fotoelétrico no nosso dia a dia: molibdênio metálico.

Dados: h = 6,63 x 10-34 J.s


- Células fotoelétricas (energia da luz controla a energia da corrente c = 3,0 x 108 m.s-1
elétrica ou se transforma em corrente elétrica) são comumente
utilizadas em portas automáticas, elevadores, interruptor em circuitos
elétricos, pois a ejeção de elétrons ocorre quando a luz ou as ondas
eletromagnéticas atingem a superfície de um metal.

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Modelo atômico atual

 É um modelo probabilístico que se baseia em dois princípios:

• Princípio de incerteza de Heisenberg: é impossível conhecer


simultaneamente a posição e o momento de uma partícula muito pequena.

• Princípio da Dualidade da matéria de Louis de Broglie: o elétron apresenta


característica DUAL, ou seja, comporta-se como matéria e energia, sendo
portanto, uma partícula–onda.

Um fluxo de elétrons em movimento exibe o mesmo tipo de comportamento


ondulatório que a radiação eletromagnética.

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Modelo atômico atual Modelo atômico atual

Mecânica Clássica:
No caso de sistemas quânticos tais como partículas atômicas e
subatômicas, verificou-se a impossibilidade de determinar a posição e a
Para conhecer a trajetória de um objeto em movimento é velocidade num determinado instante e com grande exatidão,
necessário conhecer em um instante determinado: inviabilizando o cálculo da trajetória por falta de informações.

1) a posição do objeto no espaço;


2) o valor de sua velocidade e a direção do movimento;
3) as forças que atuam, atuaram e atuarão sobre o objeto. Heisenberg: “pode medir-se com grande exatidão a posição [de
um sistema quântico], mas então a influência do instrumento de
Tais informações possibilitam, através de formulações medida dificulta em certo grau o conhecimento da velocidade; e
matemáticas do problema, descrever o movimento inversamente, dificulta-se o conhecimento da posição ao fazer
instantâneo do objeto bem como seu passado e o futuro. uma medida exata da velocidade (...)”

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Química I Química I

Modelo atômico atual Modelo atômico atual

Experimento para determinar a posição de um elétron em movimento: Experimento para determinar a velocidade de um elétron em
movimento:
Empregar microscópio com alto poder de resolução.
Por outro lado, se pretendermos medir a velocidade do elétron, a
A observação consiste em medir a deflexão de um quantum de radiação que
variação na energia devido à interação com o fóton fará com que a
incide sobre o elétron.
subsequente medida de posição não corresponda ao ponto em que o
Tal interação ocorre com transferência de energia do quantum ao elétron, elétron estaria se não houvesse interagido com o fóton.
fazendo com que uma medida subsequente de velocidade tenha como resultado
uma velocidade diferente daquela que o elétron tinha antes da interação com o
fóton. Conclusão: o movimento de um sistema quântico não pode ser
completamente descrito uma vez que há incerteza nas medidas
simultâneas dos valores de posição e velocidade necessárias à definição
da trajetória.

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Química I Química I

Mecânica Quântica
Modelo atômico atual
O físico austríaco Erwin Schrödinger, em 1926, tomando as
ideias de De Broglie com relação ao comportamento dual da
 É um modelo probabilístico que se baseia em dois princípios: matéria propôs uma equação que incorpora tanto o
comportamento ondulatório como o de partícula do elétron.
• Princípio de incerteza de Heisenberg: é impossível conhecer
simultaneamente a posição e o momento de uma partícula muito pequena. Essa equação ficou conhecida como a equação de Schrödinger:

• Princípio da Dualidade da matéria de Louis de Broglie: o elétron apresenta


característica DUAL, ou seja, comporta-se como matéria e energia, sendo
portanto, uma partícula–onda.

 Como não é possível dizer exatamente onde o elétron se localiza,


podemos calcular qual a probabilidade dele estar em um determinado
local: EQUAÇÃO DE SCHRÖDINGER

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Química I Química I

A resolução da equação de Schrödinger leva a uma série de funções


matemáticas chamadas funções de onda, que descrevem a questão
ondulatória do elétron.

Essas funções são representadas pelo símbolo ψ (psi).

Apesar da função de onda sozinha não ter significado físico, o quadrado


da função de onda ψ2 fornece informações importantes sobre a
localização de um elétron que se encontra em um estado permitido de
energia.

De acordo com o princípio da incerteza, não se afirma que, em dado


instante, o elétron está efetivamente em um ponto determinado. No
máximo, pode-se delimitar a região de máxima probabilidade para
encontrar-se o elétron.

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Química I Química I

Nessa nova abordagem, torna-se mais adequado falar em regiões de A densidade de pontos representa a probabilidade de
máxima probabilidade de se encontrar determinado elétron, isto é, encontrar o elétron.
regiões de máxima densidade eletrônica.
As regiões com densidade alta de pontos correspondem
a valores relativamente altos de ψ2.
Portanto o quadrado da função de onda, ψ2, em um ponto determinado As regiões onde existe alta probabilidade de encontrar o
do espaço representa a probabilidade de o elétron ser encontrado nessa elétron são regiões de alta densidade eletrônica.
posição.

Mas o que são regiões de alta densidade eletrônica?

Ψ2 é chamada densidade de probabilidade. Em outras palavras, qual o nome que se dá à região onde o elétron se encontra
em um estado permitido de energia?

Qual o siginificado físico de ψ2 ?

Ao lado encontra-se uma figura que representa a


distribuição da densidade eletrônica no estado
fundamental do átomo de hidrogênio. ORBITAIS
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Química I Química I

Número Quânticos:
Orbitais Atômicos
• Número Quântico Principal (n)
• Número Quântico de Momento angular do orbital ou azimutal (l)
• Número Quântico Magnético (ml)
Cada orbital descreve uma distribuição específica de densidade no • Número Quântico Magnético de Spin (ms)
espaço, como determinado pela probabilidade de densidade.

Nomes Símbolo Valores Especifica Indica


Consequentemente, cada orbital tem energia e forma
Tamanho do
características. Principal n 1,2, .... camadas
orbital
Como vimos, o MODELO DE BOHR, introduziu um único número Momento Subcamadas
Forma do
quântico, para descrever certa órbita. angular do l 0,1,..., n-1 l = 0,1,2,3,4,...
orbital
orbital s,p, d,f, g...
Já na mecânica quântica, através da resolução da equação de Orbitais de Orientação no
Magnético ml -l, 0, + l
Schrödinger, chega-se aos números quânticos para se descrever um subcamada espaço
orbital. Magnético de Estado de Direção do
ms + ,-
Spin spin spin

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Química I Química I

Número Quântico Principal (n = 1, 2, 3, ...) Número Quântico de momento angular do orbital (l = 0,1, 2, 3, ..., n-1)
Ou número quântico azimutal

Este é o mesmo n de Bohr.


Cada valor de l corresponde a um tipo de orbital com um formato diferente.
Determina a distância do e- até o núcleo, ou seja, o tamanho do átomo.
Esse número quântico depende do valor de n.
• n pode ter valor igual a 1 até o infinito (números inteiros)
Os valores de l começam de 0 e podem ir até n-1
• Valor de n define o tamanho de um orbital. Quanto maior n, maior o volume do
Define as subcamadas : elétrons em uma determinada camada podem ser agrupados
orbital.
em subcamadas
• À medida que n aumenta, o orbital torna-se maior e o elétron passa mais tempo mais
distante do núcleo.
Valor de l Letra usada
• Um aumento em n significa também que o elétron tem energia mais alta, e por isso, 0 s
está menos fortemente preso ao núcleo.
1 p
• Elétrons que possuem o mesmo valor de n ocupam o mesmo nível eletrônico ou 2 d
camada eletrônica. 3 f

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Química I Química I

O formato dos Orbitais atômicos Orbitais p

• Existem três orbitais p: px, py, e pz.


Orbitais s
• Os três orbitais p localizam-se ao longo dos eixos x, y e z de um sistema
cartesiano.

• Os orbitais têm a forma de halteres.

• À medida que n aumenta, os orbitais p ficam maiores.

• Todos os orbitais p têm um nó no núcleo. (Nó são valores nos quais ψ2


corresponde a zero).

Um nó é uma
região no espaço
onde a
probabilidade de se
encontrar um
elétron é zero.

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Química I Química I

Orbitais d Orbitais f
• Existem cinco orbitais d
• Os orbitais dxy, dxz e dyz situam-se nos planos xy, xz e yz respectivamente. Quando n ≥ 4, existem 7 orbitais f equivalentes (para os quais l =3)
• O orbital dx2-y2 também se situa no plano xy, mas os lóbulos localizam-se ao
longo dos eixo x e y, e não entre os eixos como do caso do dxy.
• Orbital dz2: dois lóbulos ao longo do eixo z e uma “rosquinha” no plano xy.
• Todos eles possuem a mesma energia.

Apenas os elétrons nos orbitais s tem uma probabilidade substancial de serem


encontrados bem próximos ao núcleo.

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Número Quântico magnético (ml) Importante


Esse número quântico depende do valor de l.

O número quântico magnético tem valores inteiros entre – l e + l, inclusive zero.


① O conjunto de orbitais com o mesmo valor de n é chamado de nível eletrônico.
Descreve a orientação do orbital no espaço.

Existem 2l + 1 valores para ml.


② O conjunto de orbitais que têm os mesmos valores de n e l é chamado subnível.
Cada subnível é designado por um número (valor de n) e uma letra (s, p, d, f,
correspondendo ao valor de l).
Ex: 3d

- Nível n = 3 → 3 subníveis: 3s (l = 0) 3p (l=1) e 3d (l = 2)

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consiste de 3 orbitais

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n=2

Lembrando que: não podemos fazer uma simples correspondência entre os índices
inferiores (x, y e z) e os valores permitidos de ml (1, 0 e -1).

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Química I Química I

Número Quântico magnético de spin (ms) Número Quântico magnético de spin (ms)

Sabe-se da física clássica, que uma carga giratória produz um


campo magnético.

Os dois sentidos oposto de rotação produzem campos magnéticos


diretamente opostos.

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Química I Química I

Número Quântico magnético de spin (ms) Número Quântico magnético de spin (ms)

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Relembrando....

O MODELO ATÔMICO ATUAL

O modelo atômico atual resulta do aprimoramento de modelos


elaborados ao longo do século XIX e XX.

Admite que um átomo possui núcleo em torno do qual movimentam-se


os elétrons.

Tal movimento não pode ser completamente descrito, uma vez que as
trajetórias dos elétrons são indeterminadas.

Contudo, é possível calcular a probabilidade de encontrar os elétrons em


setores determinados em torno do núcleo atômico.
Dois elétrons em um átomo não podem ter o
mesmo conjunto de números quânticos!!

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Química I Química I

Cada orbital tem energia e forma características.


O MODELO ATÔMICO ATUAL

O átomo é atualmente entendido como um sistema quântico: os elétrons


do átomo possuem valores discretos de energia.

A resolução da equação de Schrödinger para um átomo tem como


resultados os possíveis valores de energia e as funções de onda que
representam os correspondes estados eletrônicos.

Costuma-se caracterizar abreviadamente um estado eletrônico pelo


conjunto de números quânticos constitutivo de sua expressão
matemática.

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Química I Química I

No átomo de hidrogênio (1 elétron)


a energia dos orbitais depende
apenas do valor de n, sendo que
todos os orbitais de uma
determinada camada têm a mesma
energia.

Diagrama de Aufbau
para o hidrogênio

Surge então uma questão fundamental:

Os orbitais nos mesmos níveis de energia Como os elétrons dos ÁTOMOS POLIELETRÔNICOS seriam distribuídos nos diferentes
são chamados de degenerados. orbitais?

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Química I Química I

Linus Pauling determinou, num diagrama, a ordem crescente de energia dos subníveis.
Nos átomos polieletrônicos,
Este diagrama é conhecido por Diagrama de Pauling e permite fazer a configuração
entretanto, o resultado de eletrônica para os átomos dos elementos conhecidos.
experimentos espectroscópicos e
de cálculos mostra que as
repulsões elétron – elétron fazem
DIAGRAMA
com que a energia dos orbitais 2p
DE
seja mais alta do que a de um PAULING
orbital 2s. O mesmo ocorre na
camada n = 3, em que os três
orbitais 3p têm mais energia que os Diagrama de Aufbau
orbitais 3s, e os cinco orbitais 3d para átomos
polieletrônicos
têm energia ainda maior.

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Química I Química I

Configurações Eletrônicas dos Átomos

Configuração eletrônica: descreve a estrutura eletrônica de um


átomo com todos os orbitais ocupados e o número de elétrons que
cada orbital contém.

Qual é o número máximo de elétrons por orbital???

No estado fundamental de átomos com muitos elétrons, os elétrons


ocupam orbitais atômicos de modo que a energia total do átomo seja
a mínima possível.

Sendo assim, poderíamos pensar que um átomo tivesse sua menor


energia quando todos os seus elétrons estivessem no orbital 1s, mas
isso nunca pode acontecer.

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Química I Química I

Princípio de Exclusão de Pauli

 Assim, quando dois elétrons são introduzidos em um mesmo orbital,


eles devem possuir spins opostos, o que acarreta um sistema mais
estável.

 Então, um par de elétrons (ou elétrons emparelhados) num orbital


não apresenta campo magnético, pois o magnetismo devido ao spin de
um elétron é anulado pelo magnetismo do elétron de spin oposto. -
DIAMAGNÉTICO

 Os átomos que possuem pelo menos um orbital no qual se


encontra apenas um elétron (denominado elétron desemparelhado)
Um orbital atômico não pode conter mais do que dois elétrons. apresentam campo magnético, pois o magnetismo proveniente do spin
do elétron não é anulado. - PARAMAGNÉTICO
Os elétrons de um mesmo orbital devem ter spins de direção oposta.

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Química I Química I

Por exemplo: Vamos considerar o átomo de Lítio neutro que


tem número atômico 3, portanto, 3 elétrons.

O orbital 1s pode acomodar 2 elétrons

O terceiro elétron vai para o próximo orbital: 2s

Configuração de quadrículas

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Química I Química I

O berílio (Z = 4) possui quatro elétrons. O quarto


elétron emparelha-se com o elétron 2s do lítio dando
uma configuração 1s22s2.

1s 2s 2p 3s

Be

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Química I Química I

Um átomo de boro tem cinco elétrons. Dois entram no


orbital 1s e dois no orbital 2s. O quinto elétron deverá Um átomo de carbono tem seis elétrons (Z = 6). O sexto elétron
ocupar um orbital da próxima subcamada disponível, do carbono vai para o orbital 2p que já tem um elétron ou para
que é o orbital 2p. um dos orbitais vazios ??

1s 2s 2p 3s 1s 2s 2p 3s

B C

Regra de Hund: Para orbitais degenerados, a menor


A configuração eletrônica do átomo de boro no estado energia será obtida quando o número de elétrons com
fundamental é 1s2 2s2 2p1. o mesmo spin for maximizado.

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Química I Química I

Podemos resumir qualquer configuração eletrônica escrevendo o símbolo


para cada subnível ocupado e adicionando um índice superior para indicar o
Regra de Hund número de elétrons em cada subnível:

Segundo a regra de Hund, o arranjo mais estável dos elétrons é

aquele com o número máximo de elétrons desemparelhados,

com o mesmo sentido de spin. Esse arranjo torna a energia total


Qual a distribuição eletrônica para:
de um átomo tão baixa quanto possível. a) H (Z = 1)

b) O ( Z = 8)

c) Na (Z = 11)

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Química I Química I

Configuração eletrônica e tabela periódica Configuração eletrônica e tabela periódica


A tabela periódica pode ser utilizada como um guia para as configurações eletrônicas.
• O número do período é o valor de n.
• Os grupos 1A e 2A têm o orbital s preenchido.
• Os grupos 3A -8A têm o orbital p preenchido.
• Os grupos 3B -2B têm o orbital d preenchido.
• Os lantanídeos e os actinídeos têm
o orbital f preenchido.

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Química I Química I

A partir dos estudos de Pauli, Pauling e Hund, foram determinados Nível ou camada de valência
matematicamente, o número de orbitais existentes em cada subnível e o
número máximo de elétrons que cada subnível pode conter (baseado no
fato de que cada orbital só pode ter dois elétrons). É o nível mais afastado do núcleo e que corresponde sempre ao maior
valor de n, encontrado na distribuição eletrônica de um átomo ou íon.

Subnível Orbitais Elétrons


s 1 2
p 3 6 É importante determinar o número de elétrons presentes na camada de
d 5 10 valência dos átomos, pois esse número indicará não só o comportamento
f 7 14 do elemento numa ligação química, mas também a sua localização na
tabela periódica.

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Química I Química I

Configurações eletrônicas condensadas


Configuração eletrônica dos íons:

Cátions: os elétrons são primeiramente removidos do orbital com o maior


número quântico principal, n:

Li (1s2 2s1) Li+ (1s2)

Fe ([Ar]3d6 4s2) Fe3+ ([Ar]3d5)

Ânions: os elétrons são adicionados ao orbital com o mais baixo valor de


n disponível:

F (1s2 2s2 2p5) F- (1s2 2s2 2p6)


Escrever a configuração eletrônica dessa maneira ajuda a focalizar a atenção nos
elétrons mais externos dos átomos. Eles são os principais responsáveis pelo
comportamento químico de um elemento.

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Química I

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