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CONTEÚDO
Agradecimentos ...................................................................................................................................... 4
Resumo.................................................................................................................................................... 5
Abstract ................................................................................................................................................... 6
Palavras-chave......................................................................................................................................... 7
Introdução ............................................................................................................................................... 8
Material e métodos ............................................................................................................................... 12
Programa de controle dor – síntese .................................................................................................. 13
SESSÃO 1: Introdução ao programa .................................................................................................. 14
SESSÃO 2: Formulação e relaxamento .............................................................................................. 16
SESSÃO 3: Fatores que influenciam a dor ......................................................................................... 17
SESSÃO 4: A técnica cognitivo-comportamental .............................................................................. 18
SESSÃO 5: Questionando um pensamento automático.................................................................... 19
SESSÃO 6: pensamentos alternativos ............................................................................................... 20
SESSÃO 7: Relaxamento muscular progressivo ................................................................................. 21
SESSÃO 8: Crenças ............................................................................................................................. 22
SESSÃO 9: Outras técnicas ................................................................................................................ 23
SESSÃO 10 - Sessão final ................................................................................................................... 24
Discussão ............................................................................................................................................... 25
Conclusão .............................................................................................................................................. 31
Bibliografia ............................................................................................................................................ 31
Anexos ................................................................................................................................................... 35
ANEXO 1: Fatores variáveis da cefaléia ............................................................................................. 36
Anexo 2 - Fatores mais frequentes ................................................................................................... 36
Anexo 3: Monitorização da cefaleia .................................................................................................. 37
ANEXO 4: Anamnese Pessoal ............................................................................................................ 41
ANEXO 5: Questionário Midas .......................................................................................................... 42
ANEXO 6: Programa ABCDE............................................................................................................... 43
ANEXO 7: Programa de Controle da Dor de Cabeça ......................................................................... 43
ANEXO 8: Estrutura da Sessão .......................................................................................................... 45
ANEXO 9: Formulação de caso .......................................................................................................... 46
3
AGRADECIMENTOS
RESUMO
ABSTRACT
PALAVRAS-CHAVE
INTRODUÇÃO
Por definição, dor crônica é aquela que se estende por longos períodos –
meses, anos ou mesmo décadas. Causam sofrimento prolongado aos pacientes e
interferem em outras áreas, como a emocional (ANGELOTTI e FORTES, 2007).
Quando a cefaleia é muito frequente e se manifesta por mais do que 15 dias ao mês é
também chamada de cefaléia crônica diária, desde que não seja atribuída a outras
causas sistêmicas e estruturais. A maior parte dessas cefaléias está associada à
9
enxaqueca crônica, à cefaléia tipo tensional crônica e à cefaléia por uso excessivo de
medicação (SILBERSTEIN, LIPTON e SOLOMON, 1994). Estudos de base
populacional estimam que 4 a 5% da população apresente cefaléia crônica diária
(SCHER, STEWART e LIBERMAN, 1998).
Estes pacientes são tidos como de difícil tratamento, apesar dos recentes
avanços da neurobiologia e do advento de novas medicações. Talvez uma das causas
da dificuldade seja o fato de que frequentemente o transtorno é acompanhado por
abuso de medicação e por comorbidades psiquiátricas (MATHEW, REUVENI e
PEREZ, 1987). Para que o tratamento tenha mais possibilidade de êxito várias atitudes
devem ser tomadas, incluindo a confirmação do diagnóstico da cefaléia primária, a
exclusão das cefaléias secundárias, a determinação das comorbidades clinicas e
psiquiátricas e o controle dos fatores desencadeantes e exacerbantes, especialmente o
abuso de medicação. Desta forma, os pacientes devem se abster do excesso de
analgésicos e iniciar medicação preventiva. Esta fase pode ser muito difícil, com
aumento da dor de cabeça e dos sintomas associados. Alguns pacientes precisam ser
hospitalizados. Todos devem ter informação suficiente sobre o problema e suporte
contínuo da equipe de saúde e da família (SILBERSTEIN, LIPTON e SAPER, 2008).
A TCC pode também ser muito útil nos pacientes com cefaléia por uso
excessivo de medicação e na abordagem de comorbidades psiquiátricas, como
transtornos ansiosos, de humor e de sono (HOLROYD, PENZIEN e RAINS, 2008).
Paul Martin propôs um modelo que não se restringisse a uma técnica, mas
que levasse em conta as diversas variáveis controláveis das cefaléias. Procurando
determinar os fatores que podem implicar na variância da dor de cabeça, o autor
elaborou um modelo pictórico que pudesse ser facilmente entendido pelos pacientes
(Anexo 1) e aplicado pelo profissional na formulação do caso (MARTIN, 1993). Este
modelo facilita a investigação das características da dor, bem como dos fatores
biológicos, cognitivos e comportamentais que a acompanham. Lembra a importância
de se pesquisarem os antecedentes que desencadeiam ou agravam cada crise e os que
contribuíram para o começo do problema. Salienta ainda o valor do levantamento das
consequências comportamentais da crise, no que concerne ao paciente e aos
familiares. A partir daí pode ser proposto um plano terapêutico que atinja cada uma
das fases, utilizando-se ferramentas da TCC.
MATERIAL E MÉTODOS
1. Introdução ao programa
a. Avaliação dos fatores que influenciam a dor do paciente
b. Anamnese pessoal e avaliação do impacto da dor
c. Apresentação do esquema dos fatores variáveis da cefaléia
d. Apresentação do programa de controle da dor
2. Técnicas de combate à crise de dor / relaxamento
a. Apresentação da formulação (detalhamento) do caso do paciente
b. Aprendizado de técnica de combate à dor: respiração diafragmática
c. Introdução do biofeedback.
3. Introdução do modelo cognitivo
a. Influência de estressores e emoções na percepção da dor.
b. Distinguindo situações, emoções, pensamentos e comportamentos.
4. Identificação de pensamentos automáticos
a. O que é um pensamento automático
b. Como identificá-los
5. Avaliação dos pensamentos automáticos
a. Levantamento das evidências a favor e contra
b. Conhecimento das principais distorções cognitivas
6. Definição de pensamentos alternativos
a. Aprendizagem da construção de um pensamento alternativo.
b. Avaliação da influência dos instrumentos cognitivos (experimento).
7. Relaxamento muscular progressivo
a. Demonstração da técnica de Jacobson
b. Orientação e GRAVAÇÃO para treinamento.
8. Crenças
14
iii. Quais são as suas respostas e as respostas dos familiares à sua dor?
d. Técnicas de manejo das crises de dor, como relaxamento
e. Técnicas para lidar com estresse e com emoções negativas.
f. Treinamento de respostas mais adaptativas às crises
2. Apresentar o esquema: Fatores variáveis da dor (ANEXO 1)
3. Destacar: Fatores de influência mais frequentes (ANEXO 2)
4. Acompanhar a monitorização da cefaléia (ANEXO 3)
OBJETIVO 2 - Avaliar os fatores que influenciam na dor do paciente
1. Anamnese pessoal (ANEXO 4)
2. Avaliar o impacto da dor: Questionário Midas (ANEXO 5)
3. Analisar dados da história e da monitorização
4. Definir prioridades entre os fatores agravantes
5. Avaliar influência de nervosismo e estresse
6. Perguntar o pensamento que surgiu em alguma situação estressante ou de dor (anotar).
OBJETIVO 3 - Apresentar o programa de controle da dor
1. Apresentar o programa de controle da dor (ABCDE) (ANEXO 6)
a. Aliviar a dor. Aceitar melhoras parciais.
b. Buscar os fatores que pioram a dor. Batalhar contra estes.
c. Corrigir distorções (crenças e comportamentos).
d. Dedicar-se intensivamente: vida nova!
e. Evitar excessos, especialmente de remédio.
2. Convidar ao programa (ANEXO 7)
3. Enfatizar que este programa tem evidências científicas comprovadas.
4. Esclarecer a estrutura das sessões (ANEXO 8)
EXERCÍCIOS PRÁTICOS PARA A SEMANA
1. Monitorizar a dor
2. Questionários e escalas para transtornos psicológicos em geral ou específicos, como
ansiedade, depressão e estresse.
3. Resumo da sessão de hoje / apontar dúvidas e sugestões
4. Leitura do programa de controle da dor
5. Análise da abordagem funcional e dos fatores de influência
AVALIAÇÃO DA SESSÃO E DÚVIDAS
REVISÃO DA SESSÃO PELO CLÍNICO (após a sessão)
1. Formulação do caso (ANEXO 9)
16
6. Resumo da sessão
7. Acréscimos e correções à formulação
8. Planejamento da próxima sessão
d. Para identificá-los, observe o que passa em sua mente durante uma emoção.
e. Aprendendo a reconhecê-los, podemos influenciar as emoções e a dor.
2. Procure identificar pensamentos automáticos recentes
a. Quais pensamentos ocorriam quando estava na sala de espera?
b. Quais pensamentos ocorreram em recente estressor ou recente emoção?
c. Quais pensamentos surgem quando um conhecido que “finge que não o vê”.
3. Questionamento socrático de dados da monitorização e da lista dos estressores.
a. O que aconteceu antes da dor de cabeça (ou do estressor)?
b. E quando piorou a dor?
c. Descreva cada estado emocional, com uma palavra.
d. O que estava passando em sua mente instantes antes da dor de cabeça?
4. Os registros de pensamentos desenvolvem habilidades que melhoram o humor, o
comportamento e os sintomas.
5. Registro em 3 colunas (ANEXO 16)
6. Orientação das 3 colunas (ANEXO 17)
SESSÃO DE BIOFEEDBACK
EXERCÍCIOS PRÁTICOS PARA A SEMANA
1. Resumo da sessão de hoje
2. Preencher registros em 3 colunas com ocorrências da semana
AVALIAÇÃO DA SESSÃO E DÚVIDAS
REVISÃO DA SESSÃO PELO CLÍNICO
SESSÃO 8: CRENÇAS
DISCUSSÃO
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O profissional que atende pacientes com dor crônica deve estar preparado para
lidar com pessoas sofridas. É necessário desenvolver um estilo de atendimento empático,
procurando avaliar os problemas do paciente com compaixão. Esta pode ser a grande
oportunidade dada ao paciente para que ele possa realizar uma transição no modo como lida
com a dor, passando de um estilo traumático para um auto manejo maduro (BORKUM,
2007).
Os casos de cefaléia frequente e rebelde (que ocorram em mais do que 15 dias por
mês, durante mais de 3 meses) são classificados como cefaléia crônica. Aí é mandatório que
se determine (e se afaste) qualquer sinal de alarme indicativo de uma cefaléia secundária, cujo
tratamento específico possa ser decisivo para a evolução do paciente, como tumores cerebrais,
aneurismas, meningites e outros. Felizmente a menor parte dos pacientes com cefaléia crônica
apresenta algum tipo de patologia mais grave. Em estudo populacional com 3377
participantes com cefaléia crônica diária, o subtipo mais comum foi o de enxaqueca crônica
(55%), seguido de cefaléia tipo tensional crônica (44%). Trinta e quatro por cento dos
pacientes apresentavam uso excessivo de medicação (LU, FUH, et al., 2001). Em nosso
protocolo utilizamos o termo genérico “cefaléia crônica” e não o termo específico “cefaléia
crônica diária”. Isto porque o protocolo pode ser usado em outras cefaléias crônicas (como
cefaléia cervicogênica ou cefaléia pós-traumática), que não se enquadram na classificação
“diária”, proposta por Silberstein (SILBERSTEIN, LIPTON e SOLOMON, 1994).
Assim sendo, esse manual enfatiza a reestruturação cognitiva. O início desta fase
também é feito com componente educacional, aprofundando-se as informações sobre
fisiologia e percepção da dor e introduzindo-se a teoria do portão. Esta teoria nos faz entender
que a dor não é simplesmente transmitida ao sistema nervoso central, mas é modificada por
ação deste (SANDKÜHLER, 2006). Assim, funções psíquicas podem modular a percepção da
dor, por meio de conexões descendentes do córtex para o tronco encefálico e medula espinhal.
Estas estruturas só foram descobertas a partir da teoria do portão (MELZACK e WALL,
1965). De posse desta noção fica mais fácil entender como o estresse, a emoção, o
pensamento e o comportamento disfuncionais podem modificar a maneira como sentimos
uma dor de cabeça.
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É bem possível que a lista de problemas trazidos pelo paciente aumente ao longo
das sessões. Poderemos então optar pelo treinamento de técnicas de resolução de problemas,
caso ainda não tenha sido feito (CABALLO, 1996).
O paciente com dor crônica necessita ainda comunicar-se bem com sua família,
com seu médico e demais profissionais de saúde, com as pessoas do plano de saúde, com o
pessoal de seu trabalho ou escola, etc. Ele necessita expor adequadamente sua dor, seu
sofrimento, suas necessidades, suas emoções. Para isto pode ser necessário treinamento em
habilidades sociais (PENIDO e RANGÉ, 2007). Poderemos enfatizar técnicas de
assertividade (CABALLO, 1996) ou mesmo de controle de raiva (GREENBERGER e
PADESKY, 1995).
CONCLUSÃO
BIBLIOGRAFIA
32
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ANEXOS
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Reações Reações
imediatas tardias
Predisposição Começo Fatores dos pacientes dos pacientes
imediatos
Constituição Fatores ou Dor de
e fatos que Precipitam ou cabeça
personalidade contribuem agravam e
para o início sintomas
da dor. associados
Reações
imediatas Reações
de outros tardias
de outros
Nome:
Dia Dia Dia Dia Dia
Data da dor de cabeça →
/ / / / /
Intensidade da dor (de 1 a 10) (Marque 1 para
a dor mais leve e marque 10 para a dor mais
forte que você pode imaginar)
Hora do início
Hora do fim
Remédio 1 (anote nome ou primeiras letras)
Remédio 2
Marcar com X ou como indicado
A dor se localizou em um lado da cabeça
(Direito: D/Esquerdo: E)
Localizou-se nos dois lados, ou na cabeça
inteira
Localização na frente (testa)
Localização atrás (nuca)
Característica da dor: em peso ou em pressão
Característica latejante ou pulsátil
Em pontadas
Presença de enjoo ou náusea
Presença de vômitos
Intolerância à luz
Intolerância ao barulho
Alterações na visão ou de dormências no
corpo
Tonturas
Lacrimejou, nariz entupiu ou escorreu.
Quais fatores precipitaram ou agravaram a
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dor?
Menstruação, TPM
Nervosismo, problemas emocionais
Stress, tensão
Ansiedade, preocupação
Depressão, tristeza, baixo astral
Raiva, irritação
O que te deixou nervoso, tenso ou triste?
(Detalhes no verso)
Comidas, alimentos (anotar qual)
Bebidas (anotar qual)
Remédios, drogas ou outras substâncias
(anotar qual)
Fome, jejum prolongado
Mudanças no meio ambiente (luz, sol, calor,
frio, vento, umidade)
Outros fatores que precipitaram ou
agravaram a dor
A dor piora com esforço físico comum, como
subir uma escada
Atividade física mais intensa, ginástica
Atividade sexual
Movimentos do pescoço
Comer, mastigar
Forçar a vista
Cansaço físico ou mental
Insônia, dormiu muito pouco
Sono excessivo, dormiu demais
O que aconteceu com você na hora da dor?
Continuou as atividades normais
Parou ou diminuiu as atividades
Faltou ao trabalho ou à escola
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Instruções: As seguintes questões se referem a TODAS as dores de cabeça que você teve nos
últimos 3 meses. Escreva sua resposta nos quadrados ao lado de cada questão. Escreva zero se
você não fez a atividade nos últimos 3 meses.
1. Em quantos dias dos últimos 3 meses você faltou ao trabalho ou à escola por causa de sua dor de cabeça?
2. Em quantos dias nos últimos 3 meses a sua produtividade no trabalho ou na escola reduziu pela metade ou mais por
causa de sua dor de cabeça (não inclua os itens contados na questão 1).
3. Em quantos dias dos últimos 3 meses você não fez os trabalhos de casa por causa das dores de cabeça?
4. Em quantos dias nos últimos 3 meses a sua produtividade no trabalho de casa reduziu pela metade ou mais por causa de
sua dor de cabeça (não inclua os itens contados na questão 3, quando você não fez os trabalhos de casa)
5. Em quantos dias nos últimos 3 meses você perdeu atividades sociais, familiares ou de laser por causa de suas dores de
cabeça?
A. Em quantos dias nos últimos 3 meses você teve dor de cabeça? (Se a dor durou mais de 1 dia, conte cada dia)
B. Qual foi a intensidade média destas dores em uma escala de 0-10?
(THORN, 2004)
(SCHWARTZ, 1987)
Introdução
A dor que você está tendo muito provavelmente é causada ou agravada pela tensão física. É
por isso que a terapia de relaxamento pode ajudá-lo. Pode diminuir o desconforto de seus
sintomas e reduzir o tempo e a frequência com que ocorrem. Pode até ajudar a se livrar deles.
Tem havido muitos estudos científicos mostrando que terapias especiais de relaxamento
podem funcionar. A terapia de relaxamento tem mostrado eficácia para ajudar as pessoas que
têm dores de cabeça, na coluna, dificuldade para adormecer, pressão arterial elevada, doenças
vasculares e ansiedade. Os estudos mostraram também que o relaxamento pode ajudar as
pessoas que têm problemas com a asma, hiperventilação, bruxismo e muitos outros sintomas.
Você pode aprender a relaxar mais facilmente, mais profundamente, e mais frequentemente
em sua vida cotidiana. Com a prática regular de relaxamento, os sintomas tendem a diminuir.
O relaxamento é uma habilidade Você tem que aprender. E para ser bom no que faz, você tem
que praticar com frequência. Relaxar exige a prática diária em todos os tipos de situações.
Para obter o máximo de relaxamento, você deve praticar, não só quando você se sente mal,
mas também quando você se sentir bem.
Metas
Há oito metas em um programa para que o relaxamento seja terapêutico e eficaz. As primeiras
cinco metas lidam com a aprendizagem do relaxamento. As últimas três visam o aprendizado
de como evitar a tensão e aumentar a sua confiança.
Aprendendo técnicas de relaxamento:
1. Aprenda a tornar-se mais profundamente relaxado. Isto não se aplica apenas às áreas
musculares envolvidas diretamente em seus sintomas, mas também para todos os músculos de
seu corpo. Em alguns músculos, como nas mãos e braços, você pode sentir pequenas
diferenças de tensão muscular. Em outras áreas, como no pescoço, cabeça e nas costas, é mais
difícil de sentir estas pequenas diferenças de tensão muscular.
Músculos da cabeça, pescoço e das costas têm poucos nervos conectados ao cérebro e,
portanto, muito menos “feedback interno”. Portanto, você pode não conseguir sentir
diferentes graus de tensão nestes músculos. Instrumentos de biofeedback podem medir quanta
tensão existe nestes músculos, fornecer estas informações para você e ajuda-lo a perceber a
profundidade de seu relaxamento. Este biofeedback externo pode ser considerado um
49
2) Relaxamento breve significa parar suas atividades para relaxar o mais profundamente
possível em 2 a 10 minutos. Você pode fazer isso em praticamente qualquer lugar ou posição
que você estiver. O relaxamento breve deve ser feito várias vezes ao dia, nas mais diversas
situações da vida diária: sentado em sua mesa, em uma parada de ônibus, andando em um
carro, à espera em linha telefônica, etc. Podem ser feitas com os olhos abertos ou fechados.
O objetivo é relaxar profundamente a maioria de seus músculos (exceto aqueles que são
necessários no momento), apesar do ruído e da ação em torno de você. Você deve limpar sua
mente de pensamentos estressantes, centrando-se em imagens relaxantes e sensações de seu
corpo. Isto só é possível com a paciência e prática frequente
Se você continuar a praticar relaxamentos breves várias vezes por dia, isso vai ajudar a
reduzir acúmulos de tensão e os sintomas.
3) Mini relaxamentos são muito breves - de alguns segundos a poucos minutos. Podem ser
feitas enquanto você está trabalhando, conversando, comendo, dirigindo, etc.
O objetivo do mini relaxamento é relaxar os músculos não necessários para o que você estiver
fazendo no momento. Por exemplo, enquanto caminhava com uma mala pesada, você pode
relaxar os músculos de sua testa, queixo, e de outras partes de sua cabeça e rosto. Enquanto
estiver dirigindo, você pode avaliar os músculos da cabeça, pescoço, ombros e de outras
partes do corpo, para liberá-los de qualquer tensão desnecessária. Ao falar ao telefone, relaxe
as pernas, braços, ombros e pescoço.
Mini relaxamentos devem ser feitos várias vezes ao longo do dia (pelo menos algumas vezes
em cada hora). Dessa forma, você pode transformar o relaxamento em um hábito, capaz de
ajudá-lo em diversas situações de sua vida. Se você acha que vai ter dificuldade em lembrar
de fazer relaxamentos breves e minis, coloque lembretes nos diversos locais onde você
costuma estar. Se você tem uma área de problemas específicos, como a mandíbula, ombros,
ou na testa, pode ser útil para relaxar os músculos tensos, contando lentamente de 10-0 toda
vez que você vê um lembrete. Você também pode repetir uma frase calmante cada vez que
você se tornar consciente de estar tensa. Esta prática deve ajudá-lo a adquirir o hábito de
relaxar os músculos incômodos. Lembre-se que com a prática, você vai se tornar consciente
de excitação, mesmo das leves tensões musculares e de outros sinais que indiquem que seus
sintomas podem estar começando ou intensificando. Desta maneira você será capaz de evita-
los.
53
(OTIS, 2007)
Esta é uma técnica de relaxamento que pode ajudá-lo a ter mais controle sobre seu corpo. Os
benefícios que o relaxamento traz para a saúde incluem aumento da energia, diminuição da
tensão muscular, pressão arterial mais baixa e diminuição da dor. As pessoas pensam que
aprender a relaxar significa ficar mais devagar ou menos produtivo, mas na realidade, quando
você está relaxado, pode pensar mais claramente e funcionar melhor.
Aprender a respirar corretamente é provavelmente a maneira mais fácil e uma das mais
efetivas para aprender a relaxar. Embora a respiração seja automática, à medida que se
envelhece há a tendência de respirar de forma mais superficial e curta. Isto frequentemente
resulta em tensão muscular aumentada, especialmente em momentos de estresse e dor. Este
tipo de respiração fornece menos oxigênio para seu corpo e pode causar enrijecimento de
musculatura do tórax e ombros. Entretanto você pode treinar a respirar de uma maneira que
ajude o relaxamento e reduza a dor.
Uma maneira diferente de respirar é a “respiração diafragmática”, que requisita o uso dos
músculos do diafragma e abdome. O diafragma é o músculo em forma de cúpula localizado
abaixo das costelas, entre o tórax e a cavidade abdominal. Durante a respiração diafragmática
correta, o diafragma se contrai e puxa a parte inferior de seu pulmão para baixo, de maneira
que mais ar pode ser inalado. À medida que você inspira, o abdome cresce (sua barriga se
projeta um pouco para fora), as costelas se expandem e, no fim da inspiração, há expansão da
parte superior do tórax. Se você observar bebês ou criancinhas pequenas dormirem, verá que
suas barrigas sobem e descem com a respiração, e não o peito.
1. Escolha um lugar para treinar: Encontre um lugar sossegado, onde você não será
perturbado. Se necessário, desligue os telefones e peça aos outros aquele tempo só
para você. Afrouxe as roupas apertadas ou use algo confortável. A seguir, sente-se
com seus pés apoiados no chão e as mãos no seu colo, ou nos braços da cadeira. Você
não deve se deitar, para não cair no sono. A técnica só pode ser aprendida se você
estiver acordado. Comece quando se sentir confortável.
2. Monitorize: Coloque uma de suas mãos sobre seu abdome e a outra sobre seu tórax.
Respire normalmente e verifique qual das duas mãos se move mais. Geralmente é a
54
mão do tórax. Isto significa que você respira superficialmente, como mencionado.
Tente agora respirar pelo abdome. Você sentirá como se estivesse empurrando a
barriga para fora.
3. Pratique: Agora feche os olhos. Inspire profundamente pelo nariz. Faça isto
lentamente: conte até três e depois expire pela boca, também contando até três. Sua
expiração deve durar mais ou menos como sua inspiração. Continue respirando em um
ritmo confortável. Puxe o ar pelo nariz, conte até três e solte pela boca, contando até
três. Se sentir tontura, tente respirar menos profundamente, em um ritmo normal.
Se você repetir algumas frases para você mesmo, pode ajudar o relaxamento:
• Em cada respiração eu sinto meu corpo afundar na cadeira.
• Em cada respiração sinto meu corpo mais pesado e mais quente.
• Em cada respiração eu me sinto mais relaxado e mais calmo.
• Eu posso me sentir assim relaxado sempre que quiser, bastando tirar um tempo para
respirar profundamente.
Tente usar esta técnica no mesmo lugar e hora em que você não será perturbado. Logo que
você tiver prática e conseguir relaxar sempre, pode usá-la em outros momentos do dia, em
diferentes situações. Cada vez precisará de menos tempo para se sentir relaxado.
55
(SCHWARTZ, 1987)
O biofeedback é uma técnica que utiliza equipamentos eletrônicos para revelar ao paciente os
eventos fisiológicos normais ou anormais, na forma de sinais visuais e/ou auditivos, com o
objetivo de ensiná-lo a manipular estes eventos involuntários ou imperceptíveis, através da
manipulação dos dados mostrados na tela.
O biofeedback ensina como controlar as funções corporais, como frequência cardíaca, pressão
arterial e tensão muscular, que geralmente são considerados fora do controle voluntário. Décadas
de pesquisa demonstraram que, com a prática diária, os pacientes podem ser ensinados a ter esse
controle voluntário e usá-lo eficazmente.
É uma técnica cada vez mais difundida e utilizada por médicos, fisioterapeutas, educadores
físicos, psicólogos, dentistas, entre outros. Trata-se de uma modalidade terapêutica que
proporciona dados mais quantitativos e confiáveis. Tem indicação no tratamento de diversas
patologias relacionadas às disfunções osteo-musculares, neuro-motoras e psico-comportamentais.
Outra aplicação muito importante se dirige ao tratamento da dor crônica, como dores de cabeça,
da coluna e outras. O aprendizado de técnicas de relaxamento assistidas pelo biofeedback já
demonstrou sua eficácia no tratamento não medicamentoso destas situações de difícil solução.
É assim é uma forma de terapia não medicamentosa, cientificamente comprovada, para controlar,
por exemplo, os sintomas de dor de cabeça e reduzir a frequência de crises. A habilidade
adquirida pode alterar as respostas do corpo e diminuir ou até mesmo parar a dor de cabeça. É
assim um método muito útil para os pacientes à procura do controle de sua dor de cabeça, além de
medicamentos.
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• Lesões no corpo provocam estímulos que viajam por nervos e pela medula até o
cérebro.
• O cérebro interpreta o sinal como lesão e percebe-se a dor.
• No caminho de estímulo (na medula e no tronco encefálico) existem estruturas que
modulam o impulso doloroso e podem facilitar ou impedir que este atinja o cérebro.
• Estas estruturas funcionam como um portão que permite que alguns estímulos passem
e outros não.
• Elas são influenciadas por atividades cerebrais, como pensamentos e emoções.
Situação
Estressores
Sintomas Emoções
Pensamento Comportament
s o
59
Esta folha é um exercício para ajudar a distinguir melhor os pensamentos, as emoções (estados de
humor) e as situações. Escreva na linha à direita se o item da coluna à esquerda é um pensamento,
emoção ou situação. Os três primeiros itens foram completados como exemplos.
1.Nervoso. _____emoção______________________
2.Em casa. _____situação___________________
3.Não vou conseguir fazer isso. _____pensamento____________________
4.Triste. ________________________________
5.Falando com um amigo ao telefone. ________________________________
6.Irritado. ________________________________
7.Dirigindo meu carro. ________________________________
8.Eu sempre vou me sentir assim. ________________________________
9.No trabalho. ________________________________
10.Estou enlouquecendo. ________________________________
11.Bravo. ________________________________
12.Eu não presto. ________________________________
13.4:00 da manhã. ________________________________
14.Algo terrível vai acontecer. ________________________________
15.As coisas nunca dão certo. ________________________________
16.Desanimado. ________________________________
17.Eu não vou superar isso. ________________________________
18.Sentado em um restaurante. ________________________________
19.Estou fora de controle. ________________________________
20.Sou um fracasso. ________________________________
21.Falando ao telefone com minha mãe. ________________________________
22.Ela está sendo injusta. ________________________________
23.Deprimido. ________________________________
24.Sou um perdedor. ________________________________
25.Culpado. ________________________________
26.Na casa de meu filho. ________________________________
27.Estou tendo um ataque cardíaco. ________________________________
28.Tiraram partido de mim. ________________________________
29.Deitado na cama, tentando dormir. ________________________________
30.Isso não vai funcionar. ________________________________
31.Vergonha. ________________________________
32.Vou perder tudo que tenho. ________________________________
33.Pânico. ________________________________
A Mente Vencendo o Humor, de Dennis Greenberger e Christine A. Padesky. © 1995 Guilford Press
60
Com quem você estava? Ansioso, preocupado, inseguro Qual o pensamento mais importante?
Deprimido, triste, para baixo, infeliz Quais imagens ou lembranças você teve?
Assustado, com medo, apavorado, em pânico Avalie o quanto você acredita nisto (0 – 10)
Culpado
Ferido, magoado
Desconfiado.
Situação. Emoções (estados de humor) Pensamentos automáticos Evidências favoráveis ao Pensamento alternativo
Data e hora. Avaliar de 0 a 10 (imagens). Destacar o “quente” pensamento automático quente
Estressores ou problemas Sintomas Comportamento Evidências contra o pensamento Emoções mais tarde
(O que causou ou influiu (O que você sentiu no corpo?) (Qual foi sua reação?) automático (avaliação posterior - 0 a 10)
neste episódio?) (O que você fez?)
64
Situação. Emoções (estados de humor) Pensamentos automáticos Evidências favoráveis ao Pensamento alternativo
Data e hora. Avaliar de 0 a 10 (imagens). Destacar o importante pensamento automático importante
Descreva cada estado O que estava passando em sua Circule o pensamento importante Faça a você as perguntas para
Conte o ambiente em que emocional, com uma palavra. mente instante antes de modificar da coluna anterior para o qual você criar pensamentos alternativos ou
você estava quando seu humor ou de começar o está procurando evidência. compensatórios.
começou a sentir o sintoma O que você estava sentindo? sintoma?
ou a emoção. Escreva evidências (fatos) para Há outras maneiras de interpretar
Tenso, estressado Quais os seus pensamentos se apoiar esta conclusão. o que ocorreu? Quais?
O que você estava relacionavam com aquele estado
fazendo? Ansioso, preocupado, inseguro. emocional? (Apenas os fatos. Tente evitar a Escreva uma frase que resuma as
interpretação). evidências a favor e contra o
Quando foi? (data e hora) Deprimido, triste, para baixo. Qual o pensamento mais pensamento quente. Faz sentido?
importante? (Evite também tentar adivinhar o
Onde você estava? Assustado, cm pânico que as outras pessoas pensam a Se meu pensamento for
O que ele tem a ver com você, ou respeito). verdadeiro, qual é a pior
Com quem você estava? Aborrecido, irritado, zangado. com a sua vida? consequência? Se não for, qual a
melhor? Qual é a mais realista?
Envergonhado, humilhado, Quais imagens ou lembranças
constrangido. você teve? Qual o conselho que eu daria
para uma pessoa que eu amo com
Decepcionado, frustrado Avalie o quanto você acredita pensamento semelhante?
nisto (0 – 10)
Culpado Existe algum ponto forte em mim
E quando piorou o humor ou o que estou ignorando?
Ferido, magoado sintoma?
Classifique o quanto você
Avalie a intensidade da emoção acredita em cada pensamento
(0 a 10) alternativo ou compensatório (0 a
10)
Estressores ou problemas Sintomas Comportamento Evidências contra o pensamento Emoções mais tarde
(O que causou ou influiu (O que você sentiu no corpo?) (Qual foi sua reação?) automático (avaliação posterior - 0 a 10)
neste episódio?) (O que você fez?)
O que aconteceu? Sentiu alguma coisa no corpo? Qual foi sua reação? Faça para você as perguntas para Avalie novamente a emoção,
descobrir evidências que não após ter definido um pensamento
Houve algum problema? O Algum sintoma físico? O que você fez? apoiam o seu pensamento. alternativo.
que foi?
Alguma dor? Tontura? Quais erros de raciocínio eu estou
Você se incomodou? cometendo?
Enjoo? Vômitos?
Teve algum Tive alguma experiência que
aborrecimento? Falta de ar? Sudorese? mostra que o pensamento não é
verdadeiro o tempo todo?
Algum outro sintoma?
O que meu melhor amigo me diria
a respeito?
(BECK, 1991)
"Meu médico deveria me ajudar a encontrar uma solução para minha dor. Não deveria
demorar tanto”
"A vida não é justa. As pessoas não deveriam ter que sofrer com esse tipo de dor. "
"Eu deveria ser capaz de trabalhar de novo."
8. Rotulação. Você tende a usar termos simplistas, fixos ou globais para descrever a si
mesmo, aos outros, ou a uma situação específica, sem reconhecer os aspectos gerais
ou a complexidade da situação.
Exemplos: "Eu sou idiota, por pensar que eu posso confiar nos outros."
"Meu amigo foi um imbecil, por ter contado a outra pessoa sobre a minha dor. "
"Sou um aleijado."
9. Personalização (culpa). Você tende a assumir a responsabilidade negativa por eventos
ou interações, sem considerar outras possíveis explicações ou prova em contrário.
Exemplos: "Meu médico foi muito apressado comigo durante a minha última visita ao
consultório. Devo ter feito alguma coisa que o irritou. "
"Meus amigos não me chamam há semanas. É minha culpa, porque eu sempre fico
falando da minha dor. "
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Crença antiga:
Crença nova:
(JACOBSON, 1976)
Vamos agora para a face. Faça todos os procedimentos seguintes, repetindo pelo menos
uma vez. Dê um espaço entre os movimentos, para sentir bem a sensação do músculo
relaxado.
Concentre a atenção na cabeça, enrugue a testa o máximo que puder. Agora relaxe e
deixe-a ficar lisa. Imagine a testa e o couro cabeludo ficando lisos e descansados. Agora
novamente, eleve as sobrancelhas tão alto quanto possível e perceba a tensão espalhando-se
pela testa. Solte. Deixe as sobrancelhas novamente relaxadas. Agora, enrugue a testa e o nariz.
Perceba a tensão. Agora relaxe. Mantenha os olhos suave e confortavelmente fechados.
Agora, morda com força, aperte os maxilares, e puxe para traz os cantos da boca. Repare na
tensão em todo o maxilar. Relaxe os maxilares. Quando os maxilares estão relaxados, os
lábios permanecem ligeiramente afastados. Perceba o contraste entre tensão e relaxamento.
Relaxe os lábios. Observe que a testa, o couro cabeludo, os olhos, os maxilares e os lábios
estão todos relaxados.
Incline a cabeça para frente. Empurre o queixo contra o peito, mas evite tocar no tórax.
Você deve contrapor os músculos da frente do pescoço e os de traz. Faça o máximo que puder
sem sentir desconforto e observe a tensão no pescoço. Endireite a cabeça e relaxe. Consegue
sentir o pescoço relaxado?
Deixe todo o seu corpo relaxado. Sinta o conforto e o peso. Agora inspire e encha
completamente os pulmões. Prenda a respiração. Perceba a tensão. Agora expire, deixe o
tórax ficar solto, deixe o ar sair. Continue relaxando, respirando livre e suavemente. Repita
algumas vezes, observando que a tensão abandona o seu corpo enquanto você expira.
Agora você vai se concentrar nos músculos do tórax, ombros e costas. Vai combinar a
contração de vários músculos com uma respiração profunda. Inspire então profundamente,
prenda a respiração e, ao mesmo tempo, puxe ambos os ombros para traz, como se quisesse
encontrá-los. Segure 5 segundos e solte a respiração e a tensão. Relaxe. Repita o
procedimento.
A seguir, o abdome. Puxe a respiração, retese o estômago e mantenha. Repare na tensão,
então relaxe. Observe o abdome solto. Mantenha também o resto do corpo tão relaxado
quanto possível. Repita novamente a contração do abdome. Concentre-se na tensão na região
da barriga. Agora relaxe, cada vez mais.
Flexione agora a coxa direita, forçando os calcanhares para baixo, o máximo que puder.
Aperte o chão com o pé. Relaxe e sinta a diferença. Repita. Agora incline os dedos dos pés na
direção do rosto, criando tensão na panturrilha. Relaxe novamente. Mais uma vez. Curve
agora o pé direito para dentro, formando um arco, para contrair os músculos do pé. Relaxe.
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Temas de desamparo
• Estou desamparado / ninguém pode me ajudar
• Eu sou fraco / eu não consigo lidar com a dor
• A dor está acabando comigo
• Estou completamente dependente
• Estou vulnerável / não aguento esta dor
• Perdi o controle (da minha dor / do meu corpo)
• Não posso fazer mais nada
• Não há saída para mim
• Estou sofrendo demais / sou uma vítima
Temas de inutilidade
• Eu sou inútil / não tenho o que fazer nesta vida
• Eu sou incompetente
• Sou um fracasso
• Devo me preocupar com os outros / o que eu quero vem depois
Temas de disfunção
• Não sou normal / eu não sou mais o mesmo
• Meu corpo não funciona mais / não consigo fazer mais nada
• Coitado de mim
• Não estou mais inteiro
• Estou velho / meu corpo ficou velho
• Eu sou um fardo para os outros
Temas de desconexão
• Estou sendo abandonado, rejeitado
• Não posso confiar em ninguém
• Eu sou um desajustado
• Estou só / isolado
• Nunca me darão o que eu preciso
• As pessoas não me valorizam, não acreditam na minha dor
• Sou detestável
• Sou socialmente incompetente
• Não sou atraente / ninguém pode me desejar
• Sou uma pessoa inadequada
• Eu sou mau / sou uma pessoa ruim
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(DRYDEN, 2006)
A) Relaxamento para dezesseis grupos musculares: duas vezes ao dia por 3 a 4 semanas
B) Relaxamento progressivo para sete grupos musculares: duas ao dia, mais 2 semanas
1. Os músculos do braço direito são tensionados em conjunto: mão, antebraço e braço.
Feche o punho e ao mesmo tempo comprima o antebraço contra a coxa.
2. Repita o mesmo procedimento com o membro superior esquerdo.
3. Combine em uma só contração os três grupos dos músculos faciais: enrugue as
sobrancelhas e o nariz, feche os olhos, morda os dentes e puxe os cantos da boca, tudo
de uma vez. Produza tensão em toda a face.
4. Esta é a contração do pescoço, igual ao procedimento para 16 grupos musculares.
5. Combinação do tórax, ombros, costa e abdome: respire fundo , segure, puxe os
ombros para traz e ao mesmo tempo endureça a barriga.
6. Músculos da coxa, perna e pé são contraídos ao mesmo tempo: levante um pouco a
perna para frente e aponte os dedos do pé para dentro.
7. Repita o processo com o membro inferior esquerdo.
O treinamento autógeno é um programa sistemático que ensinará o seu corpo e a sua mente a
responderem, com rapidez e eficiência, aos comandos verbais para relaxar e retomar a um
estado normal, equilibrado. É um dos redutores mais eficientes e completos do estresse
crônico.
As fórmulas verbais de Schultz estão divididas em três tipos principais de exercícios: os
exercícios padrão concentram-se no corpo, os exercícios de meditação focalizam a mente e os
exercícios especiais destinam-se à normalização de problemas específicos.O objetivo dos
exercícios padrão é a reversão do estado de alarme ou resposta "lutar ou fugir" que ocorrem
quando somos submetidos a um estresse físico ou emocional. O primeiro exercício padrão
inclui o tema da sensação de peso. Ele promove o relaxamento dos músculos estriados do
corpo, que são músculos voluntários utilizados para movimentar os braços e as pernas. O
segundo exercício padrão estimula a vasodilatação periférica. Isto é, quando você diz "A
minha mão direita está quente", os músculos lisos que controlam o diâmetro dos vasos
sanguíneos da mão relaxam, permitindo um maior afluxo de sangue para a mão. Isto ajuda a
reverter o acúmulo de sangue no tronco e na cabeça, uma característica da reação lutar ou
fugir ao estresse.
Seguem outros temas, que procuram especificar a respiração, a cabeça e o coração. Os
especialistas em TA recomendam um ritmo lento, porém constante, no aprendizado desses
exercícios, com duração de quatro a dez meses para o' completo domínio de todos os seis
exercícios.
Ao fazer esses exercícios, é essencial manter uma atitude de concentração passiva. Isto é,
experimente qualquer resposta física, mental ou emocional aos exercícios, sem nenhuma
expectativa. Apenas deixe acontecer o que quer que aconteça. Concentração passiva não
significa "sair do ar" ou dormir. Você permanece alerta à sua experiência, sem analisá-la. Esta
atitude casual contrasta com a concentração ativa, que ocorre quando você fixa a sua atenção
em determinados aspectos da experiência e tem um interesse e um investimento específicos.
A concentração ativa é essencial para atividades como preparar uma nova receita ou consertar
um carro. A concentração passiva é exigida para o relaxamento.
Cada exercício introduzirá uma fórmula verbal que você deverá ter sempre em mente,
enquanto passivamente se concentra em determinada parte do corpo. Repita a fórmula para si
82
mesmo, continuamente, mantendo uma corrente verbal firme, silenciosa, constante. É muito
importante diminuir os estímulos externos ao máximo. Escolha um local tranquilo, onde você
não será perturbado. Mantenha a temperatura do local num nível confortável, moderadamente
aquecido. Diminua as luzes. Use roupas folgadas. Deixe o corpo relaxar e feche os olhos antes
de começar esses exercícios.
1ª. semana. Repita as seguintes fórmulas verbais por um minuto e meio, de cinco a oito vezes
por dia. Sempre que disser uma fórmula, pronuncie-a lentamente, mais ou menos durante
cinco segundos, e então faça uma pausa de três segundos. Repita cada fórmula mais ou menos
quatro vezes. Sempre comece com o braço dominante. Isto é, se você escreve com a mão
direita, comece com o braço direito. Repita quatro vezes "O meu braço direito está pesado" e,
então, passe para a próxima frase, "O meu braço esquerdo está pesado", e repita quatro vezes
etc. Você pode “falar” mentalmente, sem vocalizar as palavras ou “cochichar”, falando
baixinho para você. Escolha a maneira que se sentir melhor.
Meu braço direito está pesado.
Meu braço esquerdo está pesado.
Meus braços estão pesados.
2ª. semana. Repita as seguintes fórmulas verbais durante três minutos, de quatro a sete vezes
por dia:
Meu braço direito está pesado.
Meu braço esquerdo está pesado. Meus braços estão pesados.
Minha perna direita está pesada. Minha perna esquerda está pesada. Minhas pernas estão
pesadas.
Meus braços e minhas pernas estão pesados.
3ª. semana. Repita o seguinte, durante quatro minutos, de quatro a sete vezes por dia:
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Tema do calor
4ª. semana. Repita o seguinte, durante cinco minutos, de quatro a sete vezes por dia
Meu braço direito está pesado
Meus braços e minhas pernas estão pesados.
Meu braço direito está aquecido.
Meu braço esquerdo está aquecido.
Meus braços estão aquecidos.
5ª. semana. Repita o seguinte, durante oito minutos, de três a seis vezes por dia
Meu braço direito está pesado.
Meus braços e minhas pernas estão pesados.
Meu braço direito está aquecido.
Meu braço esquerdo está aquecido.
Minha perna direita está aquecido.
Minha perna esquerda está aquecida. Minhas pernas estão aquecidas.
Meus braços e minhas pernas estão aquecidos
6ª. semana. Repita o seguinte, durante dez a quinze minutos, de três a seis vezes por dia
Meu braço direito está pesado.
Meus braços e minhas pernas estão pesados.
Meus braços estão aquecidos.
Minhas pernas estão aquecidas.
Meus braços e minhas pernas estão pesados e aquecidos.
85
7ª. semana. Repita o seguinte, durante dez a vinte minutos, de três a seis vezes por dia
Meu braço direito está pesado
Meus braços e minhas pernas estão pesados.
Meus braços e minhas pernas estão aquecidos.
Meus braços e minhas pernas estão pesados e quentes.
Nota: Se você tiver alguma dificuldade para experimentar uma sensação de calor utilizando as
fórmulas verbais, tente as imagens mentais visuais. Por exemplo, imagine seu braço direito
descansando sobre uma almofada elétrica. Sinta o calor da almofada através da mão e do
braço. Imagine que você está tomando um banho morno de chuveiro ou de banheira, com o
calor da água envolvendo seu corpo. Imagine a sua mão mergulhada numa panela com água
morna. Visualize-se sentado sob o sol, sentindo o suave calor em seus braços e suas pernas.
Pense que você está segurando em sua mão uma caneca morna, gostosa, contendo a sua
bebida quente favorita. Pense no sangue fluindo suavemente até as pontas dos dedos das mãos
e dos pés.
8ª. semana. Tema da respiração. Este exercício aumenta a tendência dos temas anteriores de
aprofundar e tornar a respiração mais lenta.
Meu braço direito está pesado e aquecido.
Meus braços e minhas pernas estão pesados e aquecidos.
Meus batimentos cardíacos estão tranquilos e regulares.
O ar entra em mim.
9ª. semana. Tema da testa. É melhor fazer este exercício deitado de costas, pois ele pode
provocar tontura.
Meu braço direito está pesado e aquecido.
Meus braços e minhas pernas estão pesados e aquecidos.
Meus batimentos cardíacos estão tranquilos e regulares.
O ar entra em mim.
Minha testa está fresca.
86
(MARTIN, 1993)
• Distração interna
o Atividade mental
▪ Fazer contas (subtrações sucessivas)
▪ Recitar poesias / letras de música
▪ Listas de coisas a fazer
o Sensações corporais
▪ Direcionar atenção para partes do corpo relaxadas, como respiração.
• Distração externa
o Focalizar o ambiente
▪ Contar as telhas de um teto
▪ Estudar a construção dos objetos do quarto
▪ Estudar as formas das nuvens, árvores, casas.
▪ Detectar e analisar os sons do ambiente
o Envolvimento em tarefas
▪ Suficientes para demandar a atenção
▪ Toleráveis com a dor
▪ Leitura, cinema, internet, hobby.
▪ Sair para caminhar, telefonar para um amigo, limpar o armário, conferir o
talão de cheques, procurar um vizinho.
• Educação
o Atenção é exclusiva de uma coisa por vez (lanterna)
o A decisão de qual coisa é voluntária.
o É difícil, mas não impossível desviar atenção de dor para outra coisa.
o Dor piora quando nossa atenção se dirige só a ela
• Treinamento
o Ver para onde a atenção está dirigida
o Dirija atenção para estímulo interno (respiração) ou externo (sons)
o Discutir métodos de distração
o Treinar como nos métodos anteriores
o Usar na dor
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Registre tudo
90
(CABALLO, 1996)
• Relaxamento
• Distração
• Reestruturação cognitiva
o Emoções (irritado, zangado, irado)
o Pensamentos (É injusto! Ele é mau! A regra foi quebrada!)
o Reações físicas (Contração muscular, vermelhidão, taquicardia)
o Comportamento (Defesa, ataque, agressão)
• Antecipação e preparação de eventos
o Imaginar situações
o Ensaiar reações
• Reconhecimento dos primeiros sinais
o Sinais físicos
o Emoções
• Dar um tempo
o Faça um intervalo (curto? longo?)
o Saia de perto
• Enfrentamento ativo
o Usar auto conversa que esfria
o Evitar as que esquentam
o Empatizar
• Exposição
o Classificar as situações que causam raiva
o Ponderar as intensidades de 0 a 10
o Exposição imaginária às situações, começando pelas que causam menos raiva
o Associar com relaxamento SN
Exposição ao vivo.