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EXÉRCITO BRASILEIRO
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA
INSTITUTO MILITAR DE ENGENHARIA
(Real Academia de Artilharia, Fortificação e Desenho, 1792)
SEÇÃO DE ENGENHARIA MECÂNICA
5º Ano – Grupo 4
Rio de Janeiro
2020
pág. 1
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
pág. 2
LISTA DE TABELAS
pág. 3
LISTA DE SÍMBOLOS
𝑚̇ Variação da massa
𝜌 Densidade
𝐴 Área da seção
𝑣 Velocidade
∀ Vazão
𝑄̇ Calor trocado
𝑊̇ Taxa do trabalho
𝑒 Energia por unidade de massa
𝑔 Aceleração da gravidade
ℎ Altura da coluna de água
𝑃 Pressão estática
𝐶𝐷 Coeficiente de Descarga
𝐷 Diâmetro
𝑉𝑔 Velocidade na garganta
𝐴𝑔 Área da garganta
𝑅𝑒 Número de Reynolds
𝜇 Viscosidade dinâmica
pág. 4
SUMÁRIO
1. Introdução...................................................................................................... 6
2. Objetivos ...................................................................................................... 10
3. Materiais e métodos .................................................................................... 10
4. Resultados ................................................................................................... 15
5. Conclusão .................................................................................................... 19
6. Bibliografia .................................................................................................. 19
pág. 5
1 Introdução
pág. 6
𝜌𝑖 . 𝐴𝑖 . 𝑑𝑖 𝜌𝑓 . 𝐴𝑓 . 𝑑𝑓 (3)
=
𝑑𝑡 𝑑𝑡
Pela hipótese de que as densidades nos momentos em foco são idênticas,
𝑑
e que a velocidade do líquido no instante 𝑡 é: 𝑣 = 𝑡 , alcança-se por fim a eq.(4),
relatada na literatura e neste relatório como a equação da continuidade para
líquidos incompressíveis:
𝑣𝑖 . 𝐴𝑖 = 𝑣𝑓 . 𝐴𝑓 = ∀ (4)
Tendo em mãos a equação da continuidade, prossegue-se neste relatório
com a crucial análise energética no fluido.
Continuando com as hipóteses de escoamento, a equação inicial a ser
trabalhada é a forma mais geral da primeira lei da termodinâmica:
𝜕 (5)
(𝑄̇ − Ẇ)𝑉𝐶 =∫ 𝑒. 𝜌. 𝑑𝑉 + ∫ 𝑒. 𝜌. 𝑉𝑜𝑙 ∙ 𝑛̂. 𝑑𝐴 =
𝜕𝑡 𝑉𝐶 𝑆𝐶
Onde os termos significam respectivamente:
• Taxa da variação temporal de energia total do sistema, sendo a
diferença entre taxa da transferência de calor (𝑄̇ ) e a taxa do
trabalho (Ẇ).
• Taxa de variação temporal da energia total do fluido no volume de
𝜕
controle (VC) : 𝜕𝑡 ∫𝑉𝐶 𝑒. 𝜌. 𝑑𝑉
• Fluxo líquido de energia total na superfície de controle (SC):
∫𝑆𝐶 𝑒. 𝜌. 𝑉𝑜𝑙 ∙ 𝑛̂. 𝑑𝐴.
𝑢 = Energia interna
𝑉2
2
= Energia cinética
𝑔𝑧 = Energia potencial
𝑃
= Energia estática
𝜌
pág. 7
2. Sem variação na troca de calor (𝑄̇ = 0)
𝜕
3. Regime permanente (𝜕𝑡 ∫𝑉𝐶 𝑒. 𝜌. 𝑑𝑉 = 0)
Dividindo a eq. (8) pela área final (𝐴𝑓 ), obtém-se a vazão teórica no ponto
desejado. A vazão real é obtida experimentalmente com os equipamentos
corretos e será pautada neste relatório posteriormente, concluindo a primeira
etapa de comparação do trabalho.
Em questão de nomenclatura, a razão entre a vazão real sobre a teórica
será o coeficiente de descarga (𝐶𝐷 ):
∀𝑟𝑒𝑎𝑙 (9)
𝐶𝐷 =
∀𝑡𝑒ó𝑟𝑖𝑐𝑜
pág. 8
𝑃𝑓 − 𝑃1 (10)
ΔPadteórica =
𝜌. 𝑣22
2
𝜌. 𝑣𝑓2 𝜌. 𝑣12 𝐴2 2 𝐴2 2
𝑃𝑓 − 𝑃1 − 2 𝑃𝑓 − 𝑃1 (𝑣 .
2 𝐴 ) − (𝑣2 𝐴 )
.
2 1 𝑛
2 = 2 ⇒ 2 = 2
𝜌. 𝑣2 𝜌. 𝑣2 𝜌. 𝑣2 𝑣2
2 2 2
𝐴2 2 𝐴2 2 (11)
ΔPadteórica = ( ) −( )
𝐴1 𝐴𝑛
Por fim, tem-se a eq. (12) para retornar a diferença de pressão real no
projeto.
Finalizando o conteúdo introdutório, atenta-se à inclusão do número de
Reynolds ao trabalho. O número de Reynolds é definido pela relação entre as
forças viscosas e inerciais de um fluido, e, portanto, indica qual a importância
dessas forças para seu escoamento. Uma pequena variação das forças que
definem Reynolds pode causar grande alteração nesse coeficiente, mudando a
forma de escoamento e, portanto, suas características. A zona de transição entre
escoamento laminar e turbulento, porém, é complexa e não se tem completo
entendimento de seus fenômenos [1].
Para fins do relatório em questão, será possível utilizar o número de
Reynolds para relacionar com o coeficiente de descarga em diversos pontos do
tubo. O detalhamento do processo será realizado posteriormente, com base na
seguinte equação de Reynolds:
𝜌. 𝑣. 𝐷 (13)
𝑅𝑒 =
𝜇
pág. 9
2 Objetivos
3 Materiais e métodos
• Tubo de Venturi
Diâmetro maior: ⌀ 26 cm
pág. 10
• Reservatório com água e medidor:
pág. 11
• Medidor de volume do reservatório de água:
• Bomba de água
pág. 12
• Cronômetro
Metodologia
pág. 13
Após todas as alturas serem anotadas, assim como a vazão ter sido
estimada através do nível de água e do cronômetro, a válvula de saída foi aberta
um pouco mais, aumentando assim a vazão do sistema e obtendo uma nova
distribuição de pressões. O processo todo foi feito 8 vezes, obtendo em cada um
dos casos, a distribuição das alturas para cada vazão. A tabela 3.1 mostra os
Experimento 1 2 3 4 5 6 7 8
Tempo (s) 57,97 35,82 25,41 19,78 16,19 14,47 13,25 12,19
Volume (L) 5 5 5 5 5 5 5 5
A 334 330 322 312 300 290 276 252
B 330 326 320 310 298 288 274 250
C 326 316 300 278 254 234 210 176
D 318 300 268 226 184 148 108 54
E 320 302 272 240 202 172 138 90
F 322 310 288 264 234 210 186 148
G 324 312 296 276 252 232 210 180
H 326 316 302 286 266 250 230 202
J 328 320 308 294 278 262 246 220
K 330 320 312 298 284 268 252 228
L 330 322 312 300 286 270 254 230
dados coletados na prática:
TAB. 3.1 Dados coletados durante a prática
pág. 14
4 Resultados
Foi possível obter o gráfico relacionando a vazão real com a vazão teórica
em cada experimento, como pode ser observado na figura 4.1. Podendo ser
calculado também o coeficiente de descarga (Eq. 9) em cada caso, como é
mostrado na tabela 4.3:
pág. 15
Vazão Real x Vazão Teórica y = 1,0564x - 0,0401
0,45
0,4
0,35
Vazão Real (L/S)
0,3
0,25
0,2
0,15
0,1
0,05
0
0 0,05 0,1 0,15 0,2 0,25 0,3 0,35 0,4 0,45
Vazão Teórica (L/s)
pág. 16
TAB. 4.4 ΔPad real para cada vazão e o teórico
ΔPad ΔPad ΔPad ΔPad ΔPad ΔPad ΔPad ΔPad ΔPad
Local Exp 1 Exp 2 Exp 3 Exp 4 Exp 5 Exp 6 Exp 7 Exp 8 Teórico
A 0 0 0 0 0 0 0 0 0
B -0,426 -0,162 -0,040 -0,024 -0,016 -0,013 -0,011 -0,009 -0,082
C -0,853 -0,570 -0,450 -0,422 -0,382 -0,372 -0,367 -0,358 -0,428
D -1,706 -1,221 -1,106 -1,067 -0,965 -0,943 -0,936 -0,933 -0,856
E -1,493 -1,140 -1,024 -0,894 -0,815 -0,784 -0,768 -0,764 -0,681
F -1,279 -0,814 -0,696 -0,596 -0,549 -0,531 -0,501 -0,490 -0,422
G -1,066 -0,733 -0,532 -0,447 -0,399 -0,385 -0,367 -0,339 -0,253
H -0,853 -0,570 -0,409 -0,322 -0,282 -0,265 -0,256 -0,235 -0,144
J -0,639 -0,407 -0,286 -0,223 -0,183 -0,186 -0,167 -0,150 -0,070
K -0,426 -0,407 -0,204 -0,173 -0,133 -0,146 -0,133 -0,113 -0,018
L -0,426 -0,325 -0,204 -0,149 -0,116 -0,132 -0,122 -0,103 0
ΔPad x L
0
-0,2 0 20 32 46 61 76 91 106 121 136 156
-0,4
-0,6
-0,8
ΔPad
-1
-1,2
-1,4
-1,6
-1,8
L (mm)
1 2 3 4 5 6 7 8 Teórico
pág. 17
C) Coeficiente de descarga X Número de Reynolds
Uma análise a ser feita é como se altera a perda de carga, no caso sendo
medida em função do coeficiente de descarga com a variação do número de
Reynolds da garganta, portanto, o número de Reynolds precisa ser calculado.
O número de Reynolds pode ser calculado a partir da eq. (13),
utilizando 𝜌 = 1000 𝑘𝑔/𝑚3 , 𝜇 = 10 − 3 𝑁. 𝑚. 𝑠, 𝐷 = 0,016 𝑚 e a velocidade
sendo calculada como:
𝑉𝑎𝑧ã𝑜 𝑅𝑒𝑎𝑙
𝑉𝑔 = (14)
𝐴𝑔
Cd x Re
1,2
0,8
Cd
0,6
0,4
0,2
0
0 5000 10000 15000 20000 25000 30000 35000
Re
pág. 18
Como pode ser observado no coeficiente de descarga, existem desvios da
idealidade, o primeiro fator a ser pensado é nas perdas de carga do sistema,
porém, imprecisões na medida das alturas, assim como na cronometragem do
tempo, para o cálculo da vazão podem contribuir para essas diferenças entre o
valor de vazão teórico e real.
5 Conclusão
No corpo do trabalho, foram destacados em análise: a diferença entre
vazão teórica e vazão real, a distribuição de pressão adimensional ao longo do
tubo horizontal e o perfil do coeficiente de descarga em função do número de
Reynolds.
A diferença existente entre a vazão teórica, calculada a partir da velocidade
de deslocamento do fluido na garganta e da área dessa, e a vazão real, aferida
com medida de volume e marcação de tempo, é um resultado das perdas de carga
no tubo e estão em acordo com o esperado dado o perfil interno do tubo horizontal.
O cálculo teórico na garganta desconsidera as perdas de carga a frente dessa,
fator que só pode ser observado na última aferição de vazão ocorrida no tanque
no final do aparato.
A distribuição de pressão no tubo foi apresentada de forma gráfica de modo
que é possível observar tanto o formato similar para as diversas vazões como o
padrão sequencial com o qual a elevação da vazão se manifesta nas pressões ao
longo do tubo. Uma característica também perceptível dessas curvas é que o
aumento da vazão torna as curvas mais próximas umas das outras e mais
próximas da vazão teórica.
Por fim, a análise do coeficiente de descarga em função do número de
Reynolds, função da velocidade de deslocamento do fluido e, portanto, da vazão,
gerou o gráfico que mostra o coeficiente de descarga se aproximando da unidade.
Isso sugere que as perdas de carga são reduzidas percentualmente com o
aumento do número de Reynolds e, consequentemente, da vazão, e o gráfico
apresenta um perfil assintótico com a reta horizontal.
6 Bibliografia
[1] FOX, R.W.; MCDONALD, A.T.; PRITCHARD, P.J. Introdução à mecânica dos
fluidos. Rio de Janeiro: Editora LTC, 2014
pág. 19