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Ebook Como Solucionar Nao Conformidades
Ebook Como Solucionar Nao Conformidades
Maio de 2013.
Elaborado por:
www.totalqualidade.com.br
Sumário
INTRODUÇÃO ................................................................................................................................ 3
1 – CONCEITOS INICIAIS ................................................................................................................ 3
1.1 – FERRAMENTAS DA QUALIDADE........................................................................................ 3
1.1.1 Diagrama de Ishikawa .................................................................................................. 3
1.1.2 – A Ferramenta 5 Porquês............................................................................................ 4
1.2 - Ação Corretiva .................................................................................................................. 4
1.3 – CORREÇÃO ........................................................................................................................ 5
1.4 - Abrangência de Não Conformidade .................................................................................. 5
2 – Fluxo da Solução do Problemas............................................................................................... 6
2.1 Aplicação de Correção a Não Conformidade e verificação da abrangência ....................... 6
2.2 Aplicação do Ishikawa para identificação de causas primárias........................................... 6
2.3 Aplicação dos 5 Porquês para identificação profunda de causas raízes. ............................ 6
2.4 Verificação da Abrangência da Causa ................................................................................. 6
2.5 Plano de Ação Corretiva ...................................................................................................... 7
2.6 Aplicação das Ações Corretivas ........................................................................................... 7
2.7 Evidência de Aplicação da Ação Corretiva .......................................................................... 7
2.8 Verificação da Eficácia da Ação Corretiva ........................................................................... 7
3 - NÃO CONFORMIDADES ............................................................................................................ 8
3.1 - NC Menor de Projeto ........................................................................................................ 8
3.1.1 – Descrição ................................................................................................................... 8
3.1.2 - ANÁLISE DE CAUSA .................................................................................................... 8
3.1.3 - CORREÇÃO E AÇÃO CORRETIVA ................................................................................. 9
3.1.4 - EVIDÊNCIA DE IMPLEMENTAÇÃO DA AÇÃO CORRETIVA ......................................... 10
3.2 – NC MAIOR de EPI ........................................................................................................... 11
3.2.1 – Descrição ................................................................................................................. 11
3.2.2 - ANÁLISE DE CAUSA ................................................................................................... 11
3.2.3 - CORREÇÃO E AÇÃO CORRETIVA ............................................................................... 12
3.2.4 - EVIDÊNCIA DE IMPLEMENTAÇÃO DA AÇÃO CORRETIVA ......................................... 12
3.3 – NC MENOR de Política da Qualidade ............................................................................. 14
3.3.1 – Descrição ................................................................................................................. 14
3.3.2 – ANÁLISE DE CAUSA .................................................................................................. 14
3.3.3 - CORREÇÃO E AÇÃO CORRETIVA ............................................................................... 15
3.3.4 - EVIDÊNCIA DE IMPLEMENTAÇÃO DA AÇÃO CORRETIVA ......................................... 16
CONCLUSÃO ............................................................................................................................ 17
INTRODUÇÃO
Este e-book tem como objetivo apresentar os principais termos e definições ligados a não
conformidades em Sistemas de Gestão da Qualidade e também, apresentar a solução de três
não conformidades reais, registradas durante uma auditoria externa.
Este documento está dividido em três partes principais. A primeira parte trata dos conceitos
iniciais sobre não conformidades, ações corretivas e ferramentas da qualidade. A segunda
parte apresenta o plano de investigação utilizado para identificar as causas raízes das não
conformidades, sua abrangência e como foram propostas as ações corretivas. A terceira e
última parte apresenta a aplicação desta metodologia em cada uma das três não
conformidades e os resultados finais que foram a identificação das causas raízes e as ações
corretivas e correções a serem aplicadas com nomeação de responsáveis e prazos.
Este documento foi elaborado com objetivo de ser mais um material informativo que integra a
coleção de e-books do Total Qualidade (www.totalqualidade.com.br) sobre a norma ISO 9001.
Para mais detalhes sobre nossos e-books visite também o link a seguir: E-books Total
Qualidade.
1 – CONCEITOS INICIAIS
Essa metodologia foi desenvolvida no sistema Toyota de Produção também conhecido como
Lean Manufacturing e também Produção Enxuta na década de 80, na fábrica de automóveis da
Toyota. Esse modelo e as constantes revoluções tecnológicas e filosóficas fizeram da Toyota
uma líder nesse segmento de mercado. A técnica consiste em perguntar várias vezes o motivo
do acontecimento de algum problema, questionando exaustivamente a razão pelo
acontecimento de uma não conformidade, na busca incessante por uma causa inicial.
(Requisito 3.6.5 da ISO 9000:2005) – Ação para eliminar a causa de uma não conformidade
identificada ou outra situação indesejável.
NOTA 1 – pode existir mais de uma causa para uma não conformidade.
NOTA 2- Ação corretiva é executada para prevenir a repetição, enquanto a ação preventiva é
executada para prevenir a ocorrência.
1.3 – CORREÇÃO
(Requisito 3.6.6 da ISO 9000:2005) Ação para eliminar uma não conformidade identificada.
NOTA 1 – Uma correção pode ser feita em conjunto com uma ação corretiva.
Quando um Auditor aponta uma não conformidade em uma auditoria, não adianta apenas
resolver o problema encontrado, é preciso fazer a abrangência. Quando falamos em
abrangência, estamos considerando a repetição em outros produtos, processos e unidades.
Exemplo de Abrangência
Outro Exemplo, quando um carpinteiro não utiliza um EPI e é registrada uma não
conformidade a equipe auditada deve se perguntar: Quais outros colaboradores podem não
estar utilizando EPI adequadamente?
2 – Fluxo da Solução do Problemas
Neste momento a equipe auditada deve corrigir a não conformidade e buscar encontrar
respostas para a abrangência do problema. Quando aqui é verificada a abrangência, o objetivo
é verificar se este problema pode estar ocorrendo em outro lugar.
Por exemplo,
Abrangência – Será que outros funcionários de outras atividades podem estar sem EPI´s?
Neste momento a equipe aplica o diagrama de Ishikawa para verificar quais dos 6 M´s podem
originar a(s) causa(s) raiz ( es) da não conformidade.
Na etapa seguinte é que são identificadas as causas secundárias, terciárias, assim por diante.
Identificado o M (s) principal (is) então a equipe deve através da ferramenta dos 5 porquês
aplica exaustivamente a identificação profunda da causa raiz.
Por exemplo:
Por exemplo, quais outros colaboradores em outras atividades podem não estar sendo
realmente conscientizados e ter procedimentos de controles sobre a importância de outros
fatos relevantes, por exemplo, meio ambiente, política da qualidade. Será que o problema de
falta de conscientização pode estar afetando outros processos, produtos e atividades?
Neste momento a equipe aplica uma ação que terá como objetivo evitar que este problema
aconteça novamente. É importante que no momento do registro da ação corretiva, prazos e
responsáveis sejam identificados, e o máximo de informações sobre como deve ser aplicada a
ação corretiva seja descrito.
Neste momento a equipe deve colocar em prática o plano de ação corretiva, realizando todas
as ações nos prazos previstos.
Por exemplo, fotos de treinamentos, registros que foram gerados pelos procedimentos
estabelecidos, fotos de situações de trabalho, e qualquer outro documento que possa ser
anexado para constatar a efetiva implantação da ação corretiva.
Essa etapa será realizada pelo auditor da certificadora durante a sua visita, para realização de
auditoria de follow – up com apoio total da equipe auditada.
3 - NÃO CONFORMIDADES
3.1.1 – Descrição
FALHA DE CONTROLE DE ALTERAÇÃO DE PROJETO
Porque o Projetista não foi informado dessa necessidade, o que não permitiu que o
Engenheiro Residente da Obra tivesse essa informação.
Abrangência da causa: Será que podem existir outras informações relevantes que não estão
sendo passadas aos projetistas?
De acordo com a não conformidade e análise de causas a equipe considera importante, além
de revisar o procedimento PQ-PRJ-024 no que diz respeito a comunicação com projetistas para
controle de alterações, melhorar a comunicação em outros requisitos como, por exemplo, a
criação de informações padrões para os carimbos e a manutenção por parte dos projetistas
terceirizados de uma lista mestra de controle de revisões e alterações, onde essa lista conterá
ao mínimo, nome do projeto, revisão atual, data de emissão, conteúdo de suas alterações.
a) O projetista deve manter uma lista mestra que conterá ao mínimo, nome do projeto, revisão
atual, data de emissão, conteúdo de suas alterações.
b) Os projetistas devem adotar em seus carimbos na parte frontal dos projetos no mínimo as
seguintes informações: número de revisão, quantidade de pranchas, data de emissão,
histórico de revisão, nome/identificação da prancha.
Essas informações devem ser verificadas pelo Engenheiro da obra (será critério de aceitação
dos projetos).
d) O Engenheiro da Obra, ou alguém designado por ele, fará a verificação e aprovação ou não
do projeto para ser usado na obra. Caso a aprovação não ocorra o projeto deve ser devolvido
ao projetista que deve corrigir as falhas apontadas pelo Engenheiro da Obra, ou alguém
designado por ele. Em caso de aprovação do projeto a lista mestra de projetos da obra deve
ser atualizada e o projeto deve receber o carimbo de aprovação pelo Engenheiro da Obra, este
projeto estará disponível para uso em campo.
1 - A primeira atividade que foi realizada foi realizar a análise crítica da alteração do PROJETO
ARQUITETONICO DE FACHADA PRANCHA 8/8 REV.01 e também o registro da alteração do
projeto.
Ação corretiva:
2 – Foi criada a IT-PRJ-028 - Requisitos para elaboração e entrega de projetos por projetistas
terceirizados visando a melhoria da comunicação entre obra e projetistas. Esse documento foi
apresentado a todos os projetistas, que hoje mantêm uma lista mestra dos projetos da obra
em questão.
3 - Foi realizada a Revisão 01 do PQ-PRJ-024 incluindo com mais clareza questões ligadas a
controle de alterações de projetos.
Porque não existe um procedimento padrão para conscientização, controle, punições claras
e identificadas e cobranças sistemáticas no que diz respeito ao uso do EPI.
Por que essa metodologia não existe e não está sendo aplicada?
Abrangência da Causa – outros EPI´s podem também não estar sendo atendidos em sua
plenitude e será desejável reanalisar e, se necessário, revisar documentos como PPRA e
PCMAT. A equipe neste momento busca então por outros EPI´s, além daqueles da não
conformidade que também podem não estar sendo utilizados na obra.
Correção - providenciar EPI para os colaboradores citados e dar advertência e, de acordo com
a abrangência, verificar quais outros colaboradores podem estar sem EPI adequados e corrigir
o problema. Responsável – Técnico de Segurança do Trabalho – Prazo – Imediatamente após
auditoria.
Ação Coretiva - Criar um procedimento para gestão de Segurança do Trabalho com enfoque
principal nas NR´s 06, 07, 09 e 18, respectivamente EPI, PCMSO, PPRA e PCMAT.
Conscientização semanal que alerte para condições seguras e o uso do EPI através dos DDS.
Aplicação de Advertências e punições, em alguns casos até demissões para funcionários que
se recusam a utilizar os EPI´s.
Foram anexadas também fotos de situações de trabalho com o uso adequado de EPI.
3.3 – NC MENOR de Política da Qualidade
3.3.1 – Descrição
FALHA NO ENTENDIMENTO DA POLÍTICA DA QUALIDADE EVIDENCIADO QUE OS
FUNCIONÁRIOS: FULANO DE TAL/ OPERADOR DE BETONEIRA, FULANO DE TAL / ARMADOR
(TERCEIRIZADA), FULANO DE TAL / ARMADOR (TERCEIRIZADA) E FULANO DE TAL / PEDREIRO,
NÃO ENTENDERAM A POLÍTICA DA QUALIDADE, NÃO ATENDENDO AO ITEM 5.3 DA ISO
9001:2008.
Porque só foi aplicado uma vez e não foi revisado, ou seja, foi muito simples.
Abrangência: Quais outros pontos relevantes do SGQ podem também estar com uma
conscientização de baixo impacto?
Os treinamentos passaram a ser feitos nos DDS, mas além disso, através de visitas de campo
onde a R.D, ou Técnico de Segurança podem verificar se existe o conhecimento da Política da
Qualidade por todos, conforme fotos anexo.
CONCLUSÃO
Solucionar uma não conformidade é muito mais do que apenas corrigir um problema, é uma
atividade de estabelecimento de controles e sistemáticas para que o mesmo não ocorra
novamente no futuro. Em outras palavras, não é apenas apagar um incêndio, mas sim
entender os reais motivos que levaram a esse acontecimento, padronizar soluções e evitar que
o mesmo volte a acontecer.