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Controle de Constitucionalidade

Noções Introdutórias:

Proveniente da Rigidez Constitucional: preservação e garantia de


supremacia constitucional.

É a verificação de compatibilidade entre lei ou ato normativo e a


Constituição

Espécies de Inconstitucionalidade:

→ Material ou Formal/Procedimental

→ Total ou Parcial

→ Originária ou Superveniente (O STF não aceita a superveniente devido


à possibilidade de revogação).

→ Por Ação ou Por Omissão

→ “Chapada” (Clara, óbvia, flagrante  → Segundo Sepúlveda Pertence)

Formas de Controle:

A) Preventivo: Antes da promulgação  →  Político  → Presidente da


República ou Comissão de Constituição e Justiça
B) Repressivo: Após a Promulgação  → Jurisdicional  → Poder Judiciário.
Pode ser:

→ Difuso (concreto, via de defesa, incidental):

Caso Concreto, questão acessória

Órgão: Qualquer Tribunal ou juiz

Legitimidade: autor, réu, MP ou terceiro interveniente

Questão prejudicial (incidental)

Efeitos: inter partes e ex tunc

→ Concentrado (abstrato, via de ação):

Ação Principal

Competência: STF

Espécies:

ADIN (genérica, por omissão ou interventiva)

ADC
ADPF

Efeitos: vinculante, erga omnes e ex tunc

Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADIN/ADI)

→ Objeto: Lei ou ato normativo federal ou estadual

→ Competência: STF

→ Legitimidade para a propositura da Ação (art. 103, CF)

Presidente da República

Mesa do Senado Federal

Mesa da Câmara dos Deputados

Mesa da Assembleia Legislativa*

Mesa da Câmara Legislativa do DF*

Governador do Estado*

Governador do DF*

Procurador Geral da República


Conselho Federal da OAB*

Entidade de Classe de Âmbito Nacional*

Partido Político com representação no Congresso

Confederação Sindical ou entidade de classe de âmbito nacional*

*São legitimados especiais, logo, para a propositura da ADIN, devem


provar interesse, isto é, pertinência temática

→ Processo:

Uma vez proposta, não admite desistência.

Em caso de possibilidade de lesão irreparável, poderá ser concedida


medida liminar, suspendendo-se a eficácia da norma apontada como
inconstitucional, essa medida tem efeitos erga omnes e ex tunc.

Deferida ou não a liminar, o Advogado Geral da União (AGU) é citado para


defender a norma impugnada.

Por fim, realiza-se o julgamento pelo STF, desde que presentes pelo
menos 8 ministros, por maioria absoluta.

Intervenção de terceiros na ADIN: Amigos da Corte (Amicus Curiae) → Em


razão da relevância da matéria e representatividade dos postulantes.
Ação Direta de Constitucionalidade (ADC)

→ Objeto: Lei ou ato normativo FEDERAL

→ Competência: STF

→ Mesmos legitimados para propor a ADIN

→ Processo:

Petição Inicial comprovando prévia controvérsia judicial

Em caso de possibilidade de lesão irreparável, poderá ser concedida


liminar para suspender, por 180 dias, os processos que discutem essa lei.
(No caso da ADC, não é necessário maioria absoluta)

O Procurador Geral da República (PGR) tem o prazo de 15 dias para se


manifestar

O procedimento não prevê contestação, não sendo necessária


manifestação do AGU

Por fim, tem-se o julgamento pelo STF, não sendo necessária maioria
absoluta.

Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF)

→ É proposta perante o STF e tem como objetivo evitar ou reparar lesão a
preceito fundamental, em decorrência de um ATO DO PODER PÚBLICO
→ Preceito Fundamental:

Princípios Constitucionais Sensíveis (art. 34, VII, CF)

Direitos e Garantias Fundamentais (art. 1° ao 5°, CF)

Objetivos do Estado Brasileiro

Outras disposições constitucionais que se mostrem fundamentais para a


preservação dos valores mais importantes protegidos pela CF

→ Mesmos legitimados da ADI  e ADC

→ Natureza subsidiária: Só caberá ADPF quando não houver qualquer


outro meio eficaz para sanar a lesividade com efeito erga omnes (ADI OU
ADC)

→ Processo:

A petição inicial é distribuída e vai para o relator

É possível concessão

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