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Apostila Inst Elet Area Classif MAR
Apostila Inst Elet Area Classif MAR
Áreas Classificadas
3a. edição
(Foto da capa mostra o resultado do acidente na planta Nypro, em Flixborough, U.K., 01 JUN 1974,
4:53 P.M., fonte HM Stationery Office)
2.5
Instrumentação e Segurança
Autor
Marco Antônio Ribeiro nasceu em Araxá, MG, em 27 de maio de 1943. Formou-se pelo
ITA, em Engenharia Eletrônica, em 1969.
Professor de Matemática do Instituto de Matemática, UFBA (1974-5), professor de
Eletrônica da Escola Politécnica, UFBA (1976-7), professor de Instrumentação e Controle
do Centec (1978-85) e professor convidado de Instrumentação e Controle dos cursos de
Engenharia de Petróleo da Petrobrás.
Gerente regional Norte-Nordeste da Foxboro Brasileira Instrumentação (1973-1986). Já
fez vários cursos de especialização em instrumentação e controle analógico e digital, na
Foxboro Co. em Foxboro, MA e Houston, TX e na Foxboro Argentina, Buenos Aires.
Possui dezenas de artigos técnicos publicados em revistas e Anais de Congressos;
ganhador do 2o Prêmio Bristol-Babcock, no Congresso do IBP, Salvador, BA, 1979, com
o trabalho Uso de Instrumentos em Áreas Perigosas e possui várias apostilas escritas e
usadas em seus cursos.
Deste agosto de 1987 é diretor da TeK Treinamento & Consultoria Ltda, firma
dedicada à instrumentação, controle de processo, metrologia, qualidade, medição de vazão
e de temperatura, aplicação de instrumentos elétricos em áreas classificadas, elaboração
de literatura e procedimentos técnicos.
Gosta de xadrez, corrida, fotografia, música (principalmente Beethoven e Schubert),
leitura, trabalho, curtir os filhos e a vida. Corre, todas as tardes cerca de 10 km e joga
xadrez relâmpago, todos os fins de semana. É provavelmente o melhor jogador de xadrez
entre os corredores e o melhor corredor entre os jogadores de xadrez (o que não é
nenhuma vantagem).
1.6
Conteúdo
2.5
Instalações Elétricas em Áreas Classificadas
1.6
Instalações Elétricas em Áreas Classificadas
9. Vedado a Pó 5.13
1.7
Instalações Elétricas em Áreas Classificadas
9. Inspeção 7.28
1.8
1
Instrumentação e Segurança
constituía motivação suficiente para a
Objetivos de Ensino melhoria e a otimização das técnicas de
segurança existentes. Mesmo se
1. Mostrar os aspectos de segurança considerando o alto custo e a baixa
associada à instrumentação eletrônica segurança dessas técnicas, a pequena
usada em áreas perigosas. quantidade de instrumentos elétricos não
2. Mostrar dados estatísticos acerca de justificava a redução dos custos da
acidentes em indústrias químicas. instalação e o aumento do grau de
3. Listar as normas e laboratórios do segurança com o mesmo custo. Essa
Brasil, Europa, Estados e Japão situação perdurou desde os primórdios da
relacionados com a segurança. instrumentação, circa de 1920 até a
década de 1950.
1. Introdução Atualmente, vários fatores concorrem
para o uso intensivo e extensivo de
O interesse dos fabricantes e usuários instalação com instrumentos eletrônicos,
de instrumentos de controle pelo problema como:
da segurança das instalações está 1. a necessidade de instalações cada
relacionado principalmente com o numero vez maiores, mais espalhadas,
dos instrumentos elétricos usados em mais integradas e interligadas.
áreas perigosas. Enquanto havia a 2. a utilização intensiva dos
predominância do uso da instrumentação computadores, microprocessadores
mecânica e pneumática para a medição e e sistemas digitais na medição e
controle de processos petroquímicos e de controle do processo,
refinarias de petróleo, não havia a 3. a exigência de controles mais
preocupação da segurança da planta, rápidos, mais eficientes, mais
relacionada com os instrumentos de versáteis e mais sofisticados.
controle, porque o ar comprimido de 4. a necessidade crescente do uso de
alimentação não constituía risco de instrumentos analíticos, tais como
incêndio ou de explosão na área industrial. cromatógrafos, analisadores de
Quando apareceram os primeiros composição, colorímetros,
instrumentos eletrônicos para o controle de medidores de pH, para suplementar
processo, sua quantidade era pequena e e otimizar o controle das malhas
seu uso era restrito a algumas áreas não convencionais de pressão, vazão,
perigosas da planta, Mesmo assim, foram temperatura e nível.
desenvolvidas as primeiras técnicas de Tais fatores deslocaram
proteção para evitar incêndio e explosão assimetricamente para a direção da
na área perigosa. A primeira técnica eletrônica a escolha da instrumentação,
desenvolvida e aplicada comercialmente mesmo para o uso em áreas perigosas.
foi a de prova de explosão ou a prova de Assim, grandes instalações com
chama. Porem, a pequena quantidade de instrumentação eletrônica, compreendendo
instrumentos eletrônicos utilizados não centenas e até milhares de equipamentos
2.5
Instalações Elétricas em Áreas Classificadas
1.6
Instalações Elétricas em Áreas Classificadas
Tanques Armazenagem
0 5 10 15 20 25 30
nuvem de vapor é responsável pela maior
percentagem destas grandes perdas. Fig. 1.3. - Equipamentos associados com grandes
A fig. 1.2 mostra as causas de perdas perdas (M&M Protection Consultants, 1987).
para os maiores acidentes de plantas
químicas. A maior causa é devida a falha
mecânica. Falhas deste tipo são A Fig. 1.3 apresenta os tipos de
usualmente devidas a problema com equipamentos associados com os grandes
manutenção. Bombas, válvulas e acidentes. Falhas no sistema de tubulação
equipamentos de controle falham se não representam a maioria dos acidentes,
tiverem uma manutenção adequada. seguidos por tanques de armazenagem e
A segunda maior causa é devida a erro reatores. Interessante notar que o estudo
operacional. Por exemplos, válvulas são mostra que os equipamentos mecânicos
abertas ou fechadas em seqüência errada, complicados (bombas e compressores)
reagentes não são colocados no reator na são pouco responsáveis por grandes
ordem certa. Distúrbios no processo acidentes.
causados, por exemplo, por falha de
resfriamento são cerca de 10% das 2.3. Processo do acidente
perdas. Os acidentes seguem um processo de
três etapas. O seguinte acidente de planta
química ilustra estes passos.
Sabotagem Um operador andando em uma rua de
Erro projeto uma planta de processo químico escorrega
Perigo natural
e cai em direção à planta. Para evitar a
Distúrbio processo
queda, ele segura a haste de uma válvula.
Miscelânea
Erro operacional
Infelizmente, a haste da válvula quebra e
Falha mecanica começa a liberar líquido inflamável. Uma
0 5 10 15 20 25 30 35 40 nuvem de vapor inflamável se forma
Fig. 1.2. - Causas de perdas em grandes acidentes rapidamente e entra em ignição por causa
de plantas químicas (M&M Protection Consultants, de um caminhão próximo. A explosão e o
incêndio se espalham rapidamente para os
Chicago, 1987).
equipamentos vizinhos. O fogo resultante
dura seis dias até todo o material
inflamável na planta ser queimado e a
O erro humano é freqüentemente
planta é completamente destruída.
usado para descrever uma causa de
Este desastre ocorreu em 1969 e deu
perdas. Quase todos os acidentes, exceto
um prejuízo de cerca de US$
aqueles causados pela natureza, como um
4.200.000,00. Ele demonstra um ponto
raio ou terremoto, podem ser atribuídos a
importante: mesmo o mais simples
erro humano. Por exemplo, a falha
acidente pode resultar em uma grande
mecânica pode ser devida a erro humano,
catástrofe.
como resultado de uma inspeção ou
A maioria dos acidentes segue uma
manutenção incorreta. O termo erro
seqüência de três passos:
operacional, usado na Fig. 1.2, inclui erros
1. início: o evento que começa o acidente,
humanos feitos no local que provocam
2. propagação: o evento ou eventos que
diretamente as perdas.
mantém e expandem o acidente,
1.7
Instalações Elétricas em Áreas Classificadas
Projeto do processo
Cuidados com propriedades perigosas de substâncias
Propagação Diminuição Transferência de emergência de material
Redução de materiais inflamáveis estocados
Layout e espaçamento maior entre equipamentos
Construção com materiais não flamáveis
Instalação de válvulas de bloqueio e de desligamento de
emergência
Terminação Aumento Procedimentos e equipamento de combate a incêndio
Sistemas de alívio
Sistemas de sprinklers
Instalação de válvulas de bloqueio e desligamento de
emergência (shut down)
1.8
3.2. Terminologia
3. Normas, Códigos e Para esclarecer os vários termos
Certificados usados em controle de acidentes, há o
seguinte consenso com relação ao
assunto de segurança.
3.1. Introdução
Critério
O assunto de norma, código,
certificação e aprovação causa Critério é qualquer regra ou conjunto
apreensão por causa da complexidade e de regras que pode ser usado para
variedade dos documentos envolvidos e controlar, dirigir ou julgar.
a tendência de novas normas serem
Norma
publicadas, significando modificações na
rotina de trabalho. Norma é um conjunto de critérios,
Qualquer norma deve ser preparada necessidades ou princípios.
através de um método democrático,
Código
aberto, transparente e consensual, que
permita uma larga discussão e revisão Código é uma coleção de leis,
publicas. Elas devem ser equilibradas, de normas ou critérios relacionados com um
modo que os interesses de um segmento determinado assunto. Exemplo clássico
não prevaleçam sobre os de outros. As de código é o NEC - National Electric
categorias de interesse envolvidos são: Code.
fabricante, projetista, usuário final,
Regulação
instalador, responsável pela manutenção,
autoridade governamental, entidade de Regulação é um conjunto de ordens
pesquisa e desenvolvimento, laboratório publicadas para controlar a conduta de
de teste e aprovação, firma de seguro e pessoas dentro da jurisdição da
consultor independente. autoridade reguladora.
Os atributos desejáveis de um
Especificação
laboratório de certificação são: ser
incorruptível, empregar pessoal Especificação é uma descrição
competente, educado e amigavelmente detalhada de necessidades técnicas.
disponível, cobrar os serviços
Prática
executados e emitir os certificados em
prazos aceitáveis. Deve possuir um Prática é uma série de
conjunto de normas e segui-las com recomendações de métodos, regras ou
responsabilidade, interpretando-as do projetos, geralmente sobre um único
modo menos oneroso possível. Não se assunto.
deve gastar o tempo sonhando e criando Manuais
razões para não emitir o certificado, em
vez de emiti-lo concretamente. Manuais, handbooks, guias ou
O ideal é que todos os equipamentos catálogos conte práticas obrigatórias,
elétricos do mundo fossem certificados e conceitos gerais e exemplos para ajudar
aplicados segundo normas aceitas o projetista ou operador.
internacionalmente, pois os perigos são
os mesmos, em todas as plantas
perigosas. Na prática isso não acontece.
Há muitos interesses comerciais e
políticos envolvidos que são perdoados
mas não aceitáveis. Há absurdo e
cinismo, como o voto americano que
aceita a norma de classificação de área
(1972), mas que não modifica suas
normas para ficarem de conformidade
com ela.
2.5
Instalações Elétricas em Áreas Classificadas
1.6
Instalações Elétricas em Áreas Classificadas
1.7
Instalações Elétricas em Áreas Classificadas
1.8
Instalações Elétricas em Áreas Classificadas
1.9
Instalações Elétricas em Áreas Classificadas
6.4. UL
Underwriters Laboratories Inc.
333 Pfingsten Road, Northbrook,
Illinois 60062, EUA.
O outro laboratório americano de
certificação é o UL, fundado em 1894,
para testar e examinar os equipamentos
elétricos para uso pessoal e industrial e
os perigos de incêndio para as
companhias de seguro. Em 1917 se
tornou uma organização independente,
auto-suficiente, não lucrativa. O UL
prepara suas próprias normas e lista os
serviços que estão relacionados com as
suas normas. Muitas normas do UL são
reconhecidas como normas americanas
7. Situação no Japão
RIIS (Research Institute of Industrial
Safety of the Ministry of Labour)
Shiba, Minatoku, Tokyo - Japan
Esta instituição governamental
japonesa está autorizada a fazer os
testes necessários para a certificação e
aprovação dos equipamentos elétricos
para uso em atmosferas perigosas. As
normas japonesas estão se alterando
rapidamente e ainda não se chegou a um
consenso.
A classificação de áreas estabelece
Zonas 0, 1 e 2. As construções
permitidas são: prova de chama,
Pressurização, imersão em óleo,
enchimento de areia, segurança
aumentada, segurança intrínseca,
proteção especial e proteção de placa
(bateria).
1.10
2
Explosão e Incêndio
Deflagração
Objetivos de Ensino
Uma explosão com uma onda de
1. Conceituar de modo simplificado choque resultante movendo em uma
explosão, ignição, combustão e velocidade menor que a velocidade do som
incêndio. no meio não reagente.
2. Listar as condições necessárias e
suficientes para provocar e evitar a Detonação
ignição. Uma explosão com uma onda de
3. Conceituar fonte de energia elétrica choque resultante movendo em uma
e térmica. velocidade maior que a velocidade do som
4. Mostrar os perigos do instrumento no meio não reagente.
elétrico.
5. Apresentar os princípios gerais de Explosão
redução do perigo. A explosão pode ser considerada como
uma expansão rápida de gases resultando
1.Conceitos Básicos em uma onda de choque ou de pressão se
movendo rapidamente. A expansão pode
ser
1.1. Definições 1. Mecânica, como a ruptura repentina
de uma vaso pressurizado, com gás
Combustão ou Fogo não reativo.
2. Química, como resultado de uma
Combustão é uma reação química em
reação química rápida.
que uma substância combina com um
O dano da explosão é causada pela
oxidante e libera energia, na forma de
pressão ou onda de choque.
calor e, às vezes, luz (chama). Parte da
energia liberada é usada para sustentar a Explosão confinada
reação.
Explosão que ocorre dentro de um
Quando a combustão envolve chama, é
vaso ou edifício. Ela é mais comum e
chamada de fogo.
usualmente mais perigosa que a não
A combustão é uma forma especial de
confinada para as pessoas que estão no
oxidação. Em qualquer lugar, em todo o
local confinado.
tempo, o oxigênio combina com outros
elementos. O ferro se combina com o Explosão não confinada
oxigênio para formar o óxido conhecido
Explosão não confinada ocorre no ar
como ferrugem. A prata escurece, o cobre
livre. Esta explosão geralmente resulta de
fica com um revestimento esverdeado. O
vazamento de gás flamável. O gás é
oxigênio se combina rapidamente com
disperso e se mistura com o ar, atingindo
certos tipos de combustíveis, tais como
uma concentração perigosa, e a mistura
carvão, óleo, gasolina, madeira e é
encontra uma fonte de energia. Explosão
liberada uma grande quantidade de calor.
2.1
Explosão e Incêndio
Onda de choque
Fig. 3.2. Explosão de um tanque de LPG em Onda de pressão se movendo através
Crescent City, IL, 21 JUN 1970 (Anderson Watseka) de um gás. Uma onda de choque em ar
aberto é seguida por um forte vento.
Ponto de Fulgor
Explosão de Vapor Expandindo de
Líquido Evaporando (BLEVE – Boiling O ponto de fulgor de um liquido é a
Liquid Expanding Vapor Explosion) mínima temperatura em que o liquido se
evapora, para formar uma mistura com ar
Explosão que ocorre se uma vaso
em concentração suficiente para provocar
rompe contendo um líquido, em uma
uma ignição, próxima da superfície do
temperatura acima do ponto de ebulição à
líquido. Em inglês, ponto de fulgor é flash
pressão atmosférica. Esta explosão ocorre
point.
quando uma fonte externa aquece o
conteúdo do tanque com material volátil. Ponto de Fogo
Quando o conteúdo do tanque se aquece,
O ponto de fogo é a mínima
a pressão de vapor do líquido dentro do
temperatura em que um vapor acima da
tanque aumenta e a integridade estrutural
superfície liquida contínua a queimar assim
do tanque diminui por causa do calor. Se o
que entra em ignição. A temperatura do
tanque se rompe, o líquido quente se
ponto de fogo é maior que a do ponto de
vaporiza, causando explosão (mecânica).
fulgor.
Se a nuvem vaporizada for combustível,
pode haver outra explosão ou combustão
(química).
2.2
Explosão e Incêndio
2.3
Explosão e Incêndio
2.4
Explosão e Incêndio
2.5
Explosão e Incêndio
2.6
Explosão e Incêndio
2.7
Explosão e Incêndio
2.8
Explosão e Incêndio
2.9
Explosão e Incêndio
2.10
Explosão e Incêndio
2.11
Explosão e Incêndio
2.12
Explosão e Incêndio
1
EC = CV 2
2
Fig. 3.4. Circuito com resistência, indutancia e
capacitância
onde
EC é a energia armazenada no circuito
capacitivo,
3.4. Circuito Resistivo
C é o valor da capacitância, efetiva e
parasita, Nos casos limites, quando a
V é a tensão aplicada ao circuito. capacitância e indutância tendem para
Quanto mais lento for o fechamento do zero, resta apenas o circuito resistivo.
contato capacitivo, maior o perigo de Embora pouco provável, é possível o
aparecer o arco voltaico. aparecimento de arco voltaico no
fechamento e abertura de um circuito
3.3. Circuito Indutivo resistivo. Como não há tensão induzida
para manter o arco, o processo é menos
Também, há a formação do arco
perigoso e menos provável. Mais
voltaico na abertura de contatos de
frequentemente e de mesma natureza que
circuitos indutivos. A energia elétrica está
a abertura de contato, é a queima de um
armazenada no circuito indutivo por causa
fusível que pode provocar o aparecimento
de um campo magnético e a energia é
de faísca.
liberada quando o contato se abre,
Um instrumento elétrico pode se
interrompendo a corrente. Outro modo de
transformar numa fonte térmica, através do
explicar o arco voltaico: pela lei de Lenz,
efeito Joule. Ou seja, componentes e fios,
quando se pretende interromper (desligar)
percorridos por corrente elétrica podem
a corrente de um circuito indutivo, aparece
dissipar energia, na forma de calor e se
2.13
Explosão e Incêndio
2.14
Explosão e Incêndio
2.15
Explosão e Incêndio
2.16
3
Classificação de Áreas
perigo inerente de eletrocutar pessoas,
Objetivos de Ensino quando energizado. Um alto grau de
perigo existe se o transformador está não
1. Mostrar a terminologia e o conceito protegido e colocado em uma área
de área perigosa e não-perigosa. movimentada com passagem de gente. O
2. Apresentar os conceitos de classe, mesmo perigo está presente mesmo
grupo e divisão ou zona segundo quando o transformador é completamente
normas americanas e européias. fechado e colocado em um cubículo
3. Estabelecer parâmetros para subterrâneo trancado. Porém, o grau de
classificar e desclassificar áreas. perigo é quase zero para o pessoal. Uma
4. Apresentar os métodos clássicos de instalação acima do chão, protegida e
classificação de áreas: generalizado trancada, possui um grau de perigo
e baseado na fonte de perigo. intermediário entre as duas anteriores.
5. Mostrar critérios para determinar a Um trabalhador em uma estrutura
extensão das zonas classificadas. elevada está sujeito ao perigo de cair e
6. Apresentar as recomendações morrer. Quando ele trabalha com um cinto
quantitativas para a classificação das de segurança adequado, o perigo é o
áreas. mesmo porém o grau de perigo é menor
7. Mostrar as figuras típicas de mas não é zero, pois o cinto pode se partir.
classificação de áreas em redor de
equipamentos. 1.3. Prejuízo (damage)
Prejuízo é a severidade da perda física,
1. Terminologia e Definições funcional ou monetária que resulta quando
se perde o controle do perigo. Um homem
1.1. Perigo (hazard) sem proteção caindo de uma altura de um
metro pode quebrar um braço ou deslocar
Perigo é uma condição com potencial o ombro. Porém, se ele cair de uma altura
de causar ferimento em pessoas, estrago de 20 metros, certamente morrerá. O
em equipamentos ou estruturas, perdas de perigo (possibilidade) e o grau de perigo
material ou redução da habilidade de (exposição) de cair são os mesmos, mas
desempenhar uma determinada função. os resultados finais das quedas são
Quando há um perigo, existe a totalmente diferentes.
possibilidade da ocorrência destes efeitos
adversos. 1.4. Segurança (safety)
3.1
Classificação de Áreas
1.5. Risco (risk) ocasião, porém não tão freqüentemente.
Exemplos de condições anormais de uma
Risco é a expressão da possível perda planta química moderna seriam:
de segurança, durante um determinado colapso do selo de uma bomba,
período de tempo ou número de ciclos falha na gaxeta de uma tubulação,
operacionais. O risco pode ser indicado perda de controle da operação manual de
pela probabilidade de um acidente vezes o drenagem de um tanque,
prejuízo em vidas, dólares, unidades fratura de um pequeno trecho de uma
operações ou tempo da planta parada. tubulação,
vazamento acidental de pequenas
1.6. Normal e Anormal quantidades de líquido flamável.
Os termos normal e anormal requerem Uma condição anormal é indesejável,
algumas explicações. Normal é o oposto imprevisível, pouco freqüente e não
de anormal. Normal não pretende significar catastrófica. Geralmente a condição
ideal ou perfeito ou outra conotação anormal pode ser evitada através de um
similar. Normal significa atual ou real, projeto correto e por uma manutenção
aplicado às condições existentes em uma preventiva eficiente. No caso da ocorrência
dada planta - a norma de projeto usada de uma condição anormal, ela pode ser
realmente, o estado conseguido pela rapidamente consertada. Sob condições
manutenção, as limitações esperadas do bem controladas, a condição anormal é um
ambiente, as operações usuais e as evento pouco freqüente e de curta
práticas de operação empregadas. duração.
Em plantas modernas manipulando
materiais flamáveis, o principal objetivo do 1.7. Ventilação
projeto, manutenção e operação é garantir A ventilação é um parâmetro
que haja poucos modos de ocorrência de fundamental na classificação de área,
uma atmosfera flamável. Isto será servindo até como meio de desclassificar
conseguido através de uma área perigosa. As definições
1. escolha correta do equipamento do apresentadas na norma NBR 8370 são:
processo,
2. colocação de ventilação especial, Ambiente adequadamente ventilado
3. layout adequado de produtos e Sala, prédio ou invólucro de
equipamentos, equipamento que possui ventilação natural
4. boa manutenção, ou artificial.
5. boa supervisão de produção,
6. precauções especiais similares. Ambiente com ventilação natural
Onde tais precauções podem ser Ambiente que não possui nenhum
consideradas como estado normal de obstáculo ao movimento do ar. São
tarefas, elas refletirão a ausência ou considerados ambientes com ventilação
diminuição no número de áreas natural:
designadas como Zona 1 e na extensão de 1. ambiente aberto para o meio externo
tais áreas. Quando o estado de normal é em todas as direções
menos rigorosamente controlado, a 2. ambiente protegido por telhado, parede
expectativa de classificação de Zona 1 e a ou tela e com área livre, sem
sua extensão é maior. fechamento nas paredes laterais ou
Anormal não se refere a eventos superiores, maior ou igual a 60% da
catastróficos, como a explosão de um área obtida multiplicando-se o
vaso, de um reator ou de uma grande perímetro (em metros) do ambiente por
tubulação. A classificação das áreas do 2,5. No caso de gases ou vapores mais
processo não consideram tais pesados que o ar, as áreas livres
eventualidades. devem abranger as partes inferiores e
Entre estes dois extremos, a catástrofe para gases mais leves que o ar, as
e a normalidade, se situa o evento partes superiores.
anormal, que pode ocorrer em alguma
3.2
Classificação de Áreas
Ambiente com ventilação limitada estiver presente junto com um material
Ambiente que possui obstáculos que flamável.
dificultam, porém não impedem a
circulação natural do ar.
Ambiente com ventilação impedida
Ambiente com ausência de
movimentação do ar e como
conseqüência, existe a probabilidade de
acúmulo de gases ou vapores flamáveis.
Ambiente com ventilação artificial
Ambiente com sistema artificial de
insuflamento de ar para evitar a formação
de mistura flamável. O sistema artificial de
insuflamento deve ser capaz de efetuar, no Fig. 3.1. Área de risco ou classificada
mínimo, 12 trocas de ar por hora ou capaz
3
de fornecer um fluxo de ar de 0,46 m /min
2
por m de área de piso do ambiente No projeto e layout da planta e de seus
considerado, o que for maior, nas equipamentos associados, é uma premissa
condições de pressão atmosférica e fundamental se evitar, sempre que
o
temperatura entre -10 e 40 C. possível, a criação de atmosfera flamável.
Quando não for possível a ausência
1.8. Densidade completa desta atmosfera, deve-se
empregar métodos de proteção ou
A densidade absoluta é expressa como
salvaguarda nos equipamentos elétricos
a relação entre a massa e o volume de
para reduzir, a proporções aceitáveis, a
uma substância, a uma determinada
probabilidade da ocorrência da atmosfera
pressão e temperatura. É comum se tomar
flamável.
a densidade relativa dos líquidos em
Para se ter uma ignição, deve-se ter
relação à da água e a densidade relativa
simultaneamente uma atmosfera flamável
dos gases em relação à do ar, nas
e uma fonte de ignição. Uma probabilidade
mesmas condições de pressão e
reduzida da existência de um destes
temperatura. As densidades da água e do
fatores permite uma probabilidade maior
ar são consideradas iguais a 1,0.
do outro, sem aumentar o risco final.
Para efeito da norma NBR 8370, tem-
Porém, na ausência de dados suficientes
se
para a avaliação quantitativa destas
Gás mais pesado que o ar é o com
probabilidades, o julgamento baseado na
densidade relativa igual ou maior que 1,1.
experiência deve ser aplicado na seleção
Gás mais leve que o ar é aquele com
dos métodos apropriados de salvaguarda a
densidade relativa igual ou menor que 0,75
ser usado em dada situação.
Gás com mesma densidade que a do O primeiro passo neste julgamento é a
ar tem densidade relativa entre 0,75 e 1,1. classificação da planta em zonas em que a
probabilidade da existência da atmosfera é
2. Área Perigosa grosseiramente assumida. Este
procedimento, conhecido como
classificação de área, será tratado aqui.
2.1. Avaliação do risco
Em plantas onde gases, vapores, 2.2. O que a área perigosa não é
líquidos ou pós flamáveis estão presentes, Para se entender o que seja uma área
podem-se formar atmosferas flamáveis, perigosa, é interessante entender primeiro
quando eles forem liberados. Pode existir o que ela não é.
também uma atmosfera flamável dentro do A simples presença ou probabilidade
equipamento da planta se ar ou oxigênio da presença de um material combustível
3.3
Classificação de Áreas
ou flamável não classifica 2.3. O que área perigosa é
automaticamente um local como área
perigosa. Por exemplo, a cozinha Locais perigosos são aqueles locais,
residencial que possui um fogão a gás áreas, espaços onde pode existir perigo de
natural de petróleo poderia ser classificada explosão, devido a gases ou vapores
como um local perigoso, pois pode haver flamáveis, líquidos flamáveis, pós
vazamento através das conexões, as combustíveis ou fibras flamáveis. De um
válvulas de bloqueio podem falhar e modo geral, diz-se que uma área industrial
realmente há vários casos de vazamentos é perigosa quando nesse local é
e de falhas de válvulas, resultando até em processado, armazenado, transportado e
explosões mortíferas. Porém, o número de manuseado material que possua vapores,
tais ocorrências é muitíssimo pequeno, gases, pós ou fibras flamáveis ou
quando comparado com o número de explosivos.
residências com fogão a gás. Em adição, a As áreas perigosas (classificadas), se
ignição da mistura flamável gás + ar é tratadas corretamente, não são
usualmente provocada por uma fonte não necessariamente mais perigosas para
elétrica, como fósforo, cigarro, acendedor trabalhar do que as áreas seguras. No
do fogão. Deste modo, a cozinha com um Brasil, muito mais pessoas são mortas no
fogão a gás NÃO é classificada como área tráfico e em acidentes industriais genéricos
perigosa, porque a retirada de do que em acidentes com explosões em
equipamento elétrico do local reduziria áreas perigosas. As áreas perigosas não
muito pouco a probabilidade de haver são necessariamente perigosas para a
acidentes catastróficos. saúde, se são tomadas precauções
A presença de materiais pirofóricos corretas, embora a maioria dos materiais
(materiais que entram em ignição (exceto hidrogênio e metano) seja perigosa
expontânea em contato com o ar), tais para a saúde, se liberados na atmosfera
como o fósforo, pó de zircônio, solução de em concentrações suficientes.
alquila alumínio e a presença de Na prática, em muitas normas e no
explosivos, como a dinamite, não presente trabalho, área perigosa, área de
significam que uma área deva ser risco e área classificada possuem o
classificada como perigosa. Onde há um mesmo significado. Também são
material pirofórico, o perigo de haver uma intercambiáveis os termos área, local e
explosão provocada por uma fonte elétrica espaço. Sempre que o termo for usado,
é muito pequeno, quando comparado com deve-se assumir um espaço tridimensional
o perigo de haver explosão provocada por e não uma área bidimensional.
outra fonte diferente de energia. As A possível presença de uma mistura
normas que regulam estas áreas incluem flamável gás e ar requer a tomada de
as exigências referentes aos dispositivos precauções especiais para reduzir a
elétricos presentes. probabilidade que qualquer equipamento
elétrico colocado no local se torne uma
fonte de ignição ou de explosão. Como
isso é muito vago e pouco operacional,
normalmente, se classifica uma área
perigosa considerando-se todos os
parâmetros que estão relacionados com o
grau de perigo presente.
3.4
Classificação de Áreas
geral, sem nenhuma técnica adicional ou 3. Classe, Grupo, Divisão
especial de segurança.
Numa indústria, são consideradas
(Zona)
áreas seguras: A classificação de área é uma das
¾sistemas fechados, mas sem exigências básicas para a operação do
nenhuma probabilidade de haver sistema e a classificação adequada da
vazamentos, mesmo que não haja área perigosa é um requisito legal. Na
ventilação forçada, prática, a classificação de área é o elo
¾sistemas fechados, mesmo com mais fraco na cadeia da segurança.
tubulações com válvulas, flanges e Os critérios de classificação das áreas
medidores, desde que seguramente da planta são:
exista ventilação positiva. 1. a natureza da atmosfera perigosa,
¾áreas para armazenamento em 2. a probabilidade da presença desta
vasos seguros (conforme normas atmosfera.
aprovadas, NB-98). A classificação de áreas perigosas
¾áreas onde há outras fontes de pode diferir de um pais para outro, mas na
ignição permanentes não elétricas, essência se obtém o mesmo resultado.
que não sejam queimadores ultra- Classificar uma área é lhe atribuir números
rápidos, como chaminés, maçaricos e letras relacionados com os seguintes
e tochas. parâmetros:
A sala de controle do processo deve 1. classe,
ser considerada área segura, mesmo 2. grupo,
quando situada dentro de áreas 3. divisão ou zona.
classificadas. Para ser considerada não A partir da classificação das áreas de
perigosa, devem ser satisfeitas as uma planta, especifica-se e usa-se o
seguintes exigências: equipamento com classificação elétrica
¾Pressurização na sala através de coerente, tornando a sua presença no local
compressor de ar limpo, localizado segura e simples para a avaliação do
em área segura ou com tomada especialista. Os critérios de classificação
especial, do equipamento são a máxima energia da
¾vedação nas portas e nas janelas, faísca que ele pode produzir e a
¾selos em todos cabos e conduites temperatura máxima de sua superfície.
que se comunicam com as áreas
classificadas, 3.1. Classe
¾controle nas entradas e saídas de
ar, A classe da área se relaciona com o
¾ventilação e temperatura estado físico da substancia flamável. A
adequadas. classe denota a natureza genérica do
Há ainda uma confusão semântica material perigoso e está relacionada com a
acerca do termo não classificada. Uma apresentação física do material.
área perigosa, antes de ser classificada, São aceitas e definidas três classes
pode ser chamada de não classificada. distintas:
Depois, da classificação, ela pode ser 1. Classe I - locais onde há gases ou
considerada perigosa ou classificada. vapores na presença com o ar em
Quando ela é classificada como segura é quantidades suficientes para
também chamada de não-perigosa ou não- produzir misturas explosivas e
classificada. flamáveis.
2. Classe II - locais onde o perigo é
devido à presença de pó
combustível.
3. Classe III- locais onde estão
presentes fibras e partículas
sólidas.
3.5
Classificação de Áreas
Classe I comparadas às da queima de gases e
Os locais de classe I envolvem gases e vapores. As diferenças básicas entre
vapores de líquidos voláteis flamáveis. explosões de pós e de gases são devidas
É geralmente aceito que o perigo às diferenças físicas dos materiais
apresentado pelo gás é maior que o do pó combustíveis:
e fibra e requer a proteção mais rigorosa. 1. Em geral, as nuvens de pó
Por isso, quando de se tem um local com a possuem energia mínima de
presença simultânea de gás e pó ou gás e ignição cerca de 10 a 20 vezes
fibras solidas, basta aplicar a proteção maior que aquelas da Classe I,
para o gás. Não faz sentido classificar um Grupo D; com exceção dos pós
local por causa da presença de líquido não metálicos, como alumínio e
volátil, porém, classifica-se a área vizinha magnésio.
ao armazenamento de líquido volátil, cujo 2. Classe II possui menor limite
gás é flamável ou explosivo. O que torna o mínimo explosivo, porém o seu
líquido perigoso são os seus vapores e limite superior é muito elevado.
gases. 3. os gases e os vapores são
Os materiais não precisam estar no uniformes; os pós não são
estado gasoso para ocorrer uma explosão. partículas uniformes, nem no
Pode haver explosão com pó combustível tamanho e nem na distribuição.
e líquidos finamente atomizados queimam 4. os pós podem se acumular e não
com extrema rapidez, mesmo à se dissiparem, se localizados
temperatura abaixo do ponto de fulgor. desigualmente. Por isso são
freqüentes explosões múltiplas de
Classe II pós perigosos.
O NEC define os locais de Classe II 5. as características de ignição dos
como aqueles que são perigosos por pós dependem do tamanho,
causa da presença de pó combustível. A formato, conteúdo de umidade,
intenção é evitar explosões e fogos por conteúdo de voláteis e da
causa da presença do pó. concentração.
Há pó combustível presente em
Classe III
pequenas quantidades em quase todos os
locais. A maioria dos pós orgânicos é O NEC define como local de Classe III
combustível. Assim, os locais onde se aquele que é perigoso por causa da
manipulam papeis, tecidos, carpetes e presença de fibras que entram facilmente
tapetes são tecnicamente capazes de criar em ignição mas em que tais fibras não são
uma explosão. Em tais locais, porém, a prováveis de estar em suspensão no ar em
quantidade de pó presente, mesmo se quantidades suficientes para produzir
todo ele fosse lançado em suspensão no misturas flamáveis.
ar ao mesmo tempo, é insuficiente para Não há subdivisão de Grupo na Classe
causar uma explosão. É necessária uma III. O agrupamento dos materiais em
concentração mínima de pó antes que uma Classes I e II é usado para separar
chama se propague do seu ponto de materiais com características de ignição
ignição. Somente os locais onde há grande que sejam facilmente afetadas pela
quantidade de pós são classificados como construção do equipamento elétrico. Não
Classe II. há tal condição em locais de Classe III. As
É raro em refinarias de petróleo o fibras são suficientemente grandes para
manuseio de pó. As aplicações típicas de penetrar em juntas flangeadas e não são
sistemas de segurança relacionados com eletricamente condutoras.
pós perigosos (Classe II) estão na área de Os materiais típicos são: algodão,
siderurgia, mineração de carvão e rayon, sisal, juta, fibra de coca, serragem
indústrias de artefatos de pneu e nos de madeira (embora o pó de madeira
ensacamentos de pós petroquímicos. também seja Classe II).
As características de ignição de pó são O principal perigo dos materiais da
mais facilmente entendidas, quando Classe III não é a explosão, mas o perigo
3.6
Classificação de Áreas
de incêndio. As fibras entram em ignição iguais relacionadas com a explosão. Isto
facilmente e se queimam rapidamente. permitiu a construção de equipamentos
que não fossem mais caros que o
necessário para sua aplicação específica.
Como mau resultado, isto impede que um
equipamento apropriado para um
determinado local perigoso (por exemplo,
em atmosfera de gasolina) possa ser
usado em outro local perigoso (por
exemplo, em atmosfera de hidrogênio).
Até a edição de 1971 do NEC, os
grupos eram selecionados através de três
critérios:
1. máximo espaçamento seguro
experimental (MESG - maximum
Fig. 3.3. Exemplo simplificado das áreas de risco experimental safe gap)
2. pressão final de explosão,
3. temperatura de ignição.
O agrupamento dos materiais é
3.2. Grupo usualmente especificado em normas e
A designação do grupo é mais códigos. As normas americanas diferem
específica e constitui uma subdivisão da levemente das européias.
classe. O grupo, associado a classe, é O NEC estabelece o seguinte:
uma especificação de natureza química. 1. Classe I possui os Grupos A, B, C e
Até a publicação da edição de 1937 do D.
NEC, a Classe I das áreas perigosas não 2. Classe II possui os Grupos E, F e
era dividida em grupos. Todos os gases e G.
vapores flamáveis eram classificados 3. Classe III não possui grupo
como um único grau de perigo. Foi associado.
No sistema europeu os grupos são
reconhecido, porém, que os graus de
diferentes:
perigo variavam e que o equipamento
1. Grupo I: minas subterrâneas,
conveniente somente para o uso onde a
onde pode haver gases. Assume-
gasolina era manipulada não era
se, na prática que o perigo é
adequado para uso onde o hidrogênio ou
causado pelo gás metano.
acetileno eram manipulados.
2. Grupo II: locais de superfície,
Foi também verificado que a fabricação
onde os materiais são indicados
de equipamentos e invólucros para uso em
pelos sufixos A, B e C.
atmosferas de hidrogênio era muito difícil e
IIC similar ao NEC Grupo A e B
mesmo que se fabricasse o equipamento,
IIB similar ao NEC Grupo C.
ele era muito caro. Assim, não era lógico,
IIA similar ao NEC Grupo D.
sob o ponto de vista de engenharia, exigir
que o equipamento à prova de explosão
para uso em local com vapores de
Tab. 2.1. Comparação dos Grupos de Gases
gasolina também fosse seguro para uso
Europa (IEC) e EUA (NEC)
em atmosfera de hidrogênio. Esta não
necessidade aumentaria os custos do
Gás Típico Grupo Grupo
equipamento e poderia tornar impossível a (EUA) (Europa)
construção de alguns tipos de D I
Metano
equipamentos. Até hoje, por exemplo, não
há motores classificados para uso em Propano D IIA
atmosferas de acetileno e de hidrogênio. Etileno C IIB
A solução foi dividir os locais perigosos
de Classe I em grupos, com cada grupo Hidrogênio B IIC
contendo materiais com características
3.7
Classificação de Áreas
Acetileno A (IIC) área contendo um material desconhecido e
não listado ou desconhecido? Há várias
publicações da NFPA com listas de
Grupos da Classe I produtos:
Em 1937, o NEC definiu os seguintes NFPA 49 que fornece as informações
grupos: relacionadas com os perigos de explosão e
1. Grupo A: atmosferas contendo fogo, perigo de vida, proteção pessoal e
acetileno. combate a incêndio.
2. Grupo B: atmosferas contendo NFPA 325 inclui informação acerca do
hidrogênio ou gases com perigo ponto de fulgor, temperatura de ignição,
equivalente. limites de flamabilidade, densidade do
3. Grupo C: atmosferas contendo éter vapor, densidade relativa, ponto de
etílico. ebulição, métodos de extinguir o fogo e a
4. Grupo D: atmosferas contendo identificação do perigo.
gasolina, nafta, petróleo, álcoois, NFPA 497 informa a identificação dos
acetona, gás natural. grupos e a temperatura de ignição.
Na edição de 1968, o NEC expandiu os A determinação dos grupos
grupos: apropriados dentro da Classe I se baseia
1. Grupo A: atmosferas contendo em três critérios:
acetileno. 1. máximo espaçamento seguro
2. Grupo B: atmosferas contendo experimental (MESG)
hidrogênio ou gases com perigo 2. pressão de explosão
equivalente. 3. temperatura de ignição
3. Grupo C: atmosferas contendo éter MESG (Máximo Espaçamento Seguro
etílico, etileno e ciclopropano.
Experimental)
4. Grupo D: atmosferas contendo
gasolina, nafta, petróleo, álcoois, Sabe-se desde antes do uso comercial
acetona, gás natural, hexano, da eletricidade, que a ignição de uma
benzina, butano, propano, benzol. atmosfera flamável pode ser evitada pela
A edição de 1971 do NEC acrescentou separação entre a atmosfera flamável não
mais materiais nos grupos B, C e D. A queimada e a fonte de ignição por uma
edição de 1981 do NEC identificava cerca tela ou material perfurado com aberturas
de 45 diferentes materiais no Grupo D. Por muito pequenas. Este princípio foi usado
causa da expansão contínua dos materiais, em operação nas minas, onde o gás
a edição de 1984 voltou a especificar metano é um perigo constante. Os
somente os grupos principais dos produtos mineiros portam lanternas, em que a fonte
químicos, como era feito no passado. de iluminação é uma chama, em
Atualmente, os gases constituintes dos atmosferas com gases flamáveis. A chama
grupos da Classe I estão listados na não causa ignição da mistura gasosa
Tab.2.2. circundante por que ela é cercada por uma
Com relação a classificação do NEC, e tela metálica fina. Este é o princípio da
dentro da Classe I, o perigo maior se lâmpada de Davy, inventada em 1815, por
refere ao grupo A e o menor se relaciona Humphry Davy. Esta lâmpada serve
com o grupo D. Como conseqüência, um também para detectar a presença de uma
instrumento classificado para uso em atmosfera flamável, pois o gás dentro da
grupo A certamente pode ser usado nos lâmpada próxima da chama entra em
grupos C e D e um equipamento para o ignição, criando uma chama mais
grupo C pode ser usado em local de grupo alongada quando há metano.
D mas não pode ser usado nos grupos B e Foram feitas pesquisas para determinar
A. Equipamento para o Grupo A não a dimensão da máxima abertura que
necessariamente pode ser usado no Grupo impedisse a propagação da chama de um
B. lado para outro, tendo-se uma mistura
Uma questão que se coloca perigosa de um lado e uma fonte de
freqüentemente é: como classificar uma ignição de outro. Este princípio foi usado,
3.8
Classificação de Áreas
quando se introduziu a eletricidade dentro chama). Além deste processo de
das minas, em invólucros de equipamentos resfriamento, há outros fenômenos de
elétricos, como motores, comutadores e mistura e ejeção em alta velocidade. Estes
chaves, de modo que as aberturas nos processos complicados tornam difícil a
invólucros para os eixos rotativos dos determinação do MESG para um
motores fossem pequenas. Deste modo, determinado material flamável. Na
pequenas aberturas entre as superfícies determinação do MESG devem ser
apresentam uma trajetória que impede a considerados os seguintes parâmetros:
propagação de uma explosão do interior 1. tamanho e formato do
para fora, mesmo que haja mistura espaçamento,
perigosa próxima do invólucro. 2. pressão forçando a ejeção do
Esta trajetória, conhecida como material,
caminho da chama, foi sujeita a muita 3. duração da ejeção dos gases
pesquisa, no esforço para determinar quentes,
como ela pode ser determinada, 4. temperatura do gás quente
baseando-se nas propriedades químicas e ejetados
de combustão do material flamável 5. grau de turbulência,
envolvido. Paralelamente, vários métodos 6. condutividade termal da mistura.
diferentes foram desenvolvidos para
determinar este espaçamento seguro entre
superfícies para testes de explosões. Este
intervalo assim determinado é conhecido
como MESG (maximum experimental safe
gap).
3.9
Classificação de Áreas
Tab. 2.2. - Grupos da Classe I 24. hexano
25. isopreno
Grupo A ou Grupo IIC (1 gás) 26. metano
1. Acetileno 27. metanol
28. metil etil cetona
Grupo B ou Grupo IIC (6 gases) 29. metil isobutil cetona
1. Acrolein (inibido) 30. 3-metil-1-butanol (álcool isoamil)
2. Butadieno 31. 2-metil-1-propanol (álcool isobutil)
3. Hidrogênio 32. 2-metil-2-propanol (álcool butil
4. Gases com >30% de H2 (por terciário)
volume) 33. nafta de petróleo
5. Óxido de propileno 34. octanos
6. Óxido de etileno 35. óxido mesitil
36. pentanos
Grupo C ou Grupo IIB (16 gases) 37. pentanol
1. acetaldeido 38. piridine
2. álcool alquil 39. propano
3. n-butil-aldeildo 40. 1-propanol
4. ciclopropano 41. 2-propanol
5. croto-aldeido 42. propileno
6. di-etil-amina 43. tolueno
7. dimetil hidrazine assimétrico 44. xileno
8. epiclorohidrin
9. éter dietil
10. etilenimina
11. etileno
12. monóxido de carbono
13. morfoline
14. 2-nitropropano
15. sulfeto de hidrogênio
16. tetrahidrofuran
Grupo D ou Grupo IIA (44 gases)
1. acido acético (glacial)
2. acetato etil
3. acetato vinil
4. n-acetato butil
5. acetato isobutil
6. acetona
7. acrilato etil
8. acrilonitrila
9. amônia
10. benzeno
11. butano
12. 1-butanol (álcool butílico)
13. 2-butanol (álcool butílico
secundário)
14. cloreto vinil
15. diamina etileno
16. dicloro etileno
17. di-isobutileno
18. estireno
19. etano
20. etanol (álcool etílico)
21. éter isopropílico
22. gasolina
23. heptano
3.10
Classificação de Áreas
A pressão forçando o jato para fora do conhecido como o Vaso de Teste de
invólucro através do espaçamento está Explosão de Westerberg.
relacionada com a composição da mistura
queimando no interior do invólucro,
formato do invólucro, volume do material, Pressão da Explosão
ponto e energia de ignição dentro do Depois das tentativas de classificação,
invólucro. ela é revista ainda, baseando-se nas
A duração se relaciona com o volume pressões de explosão registradas.
do material e sua taxa de queima. Em geral, verifica-se
O formato do jato dos gases quentes experimentalmente que os materiais tem
se relaciona com a configuração da junta maiores pressões de explosão e menores
nas condições de explosão. O MESG’s em condições turbulentas de teste
equipamento de teste projetado para do que sob condições quiescentes.
determinar o MESG é construído de modo Também se verifica que o MESG é
que o formato do espaçamento e a geralmente menor com a ignição próxima
distância entre as superfícies de encaixe ao espaçamento e que a pressão de
não se alterem como resultado da explosão é muito maior com a ignição no
explosão. Esta condição é improvável de fim do comprimento da tubulação.
se ter, na prática. Mesmo invólucros Este fenômeno de maior pressão de
pesados de ferro fundido com juntas explosão com um comprimento de tubo,
planas aparafusadas alteram a forma representando um conduite rígido, é
durante o processo dinâmico de uma conhecido como propagação de pressão
explosão dentro do invólucro. (pressure piling). Ela pode ser atribuída à
Quanto maior a pressão para um dado pre-pressurização da mistura não
invólucro, maior é o espaçamento entre os queimada adiante da frente de onda da
parafusos. Assim, mesmo que o chama móvel, embora isso seja algo muito
espaçamento seja menor que o MESG simplificado.
medido com um apalpador, ele pode ser Alguns materiais exibem a
muito maior nas condições reais de característica de propagação de pressão
explosão e permitir assim a propagação da em grau maior que outros. Estes materiais
explosão de dentro do invólucro para o possuem uma dupla classificação: para
exterior. uso normal e para uso onde há a
possibilidade de haver propagação da
pressão (invólucro ligado a conduite
longo). Por exemplo, o butadieno tem um
MESG de 0,787 mm, grupo D, para
aplicações comuns. Porém, em aplicação
com propagação de pressão, ele é
classificado como grupo C (mais perigoso).
Outros materiais com dupla
classificação são: óxido de etileno, óxido
de propileno e acroleína, que pertencem
ao grupo C (normal) e grupo B (com
propagação de pressão).
Embora o hidrogênio e o acetileno
tenham o mesmo MESG, o acetileno
Fig. 3.1. Vaso de teste de explosão Westerberg (UL) produz uma maior pressão de explosão e
por isso possui o próprio grupo A. O
hidrogênio pertence ao grupo B, (menos
O método usado para classificação de perigoso que A).
materiais de Classe I em grupos pelo NEC Temperatura de Ignição
e NFPA é o desenvolvido pelo Underwriter
A temperatura de ignição de um gás ou
Laboratories Inc. e descrito, em detalhes,
vapor flamável é crítica na determinação
na procedimento UL 58. O equipamento é
da aceitação do equipamento que opera
3.11
Classificação de Áreas
em temperatura de superfície externa conhecida. Uma quantidade de material,
relativamente alta, como em aquecedores cuidadosamente medida, é injetada no
e motores. O equipamento à prova de vaso de teste. Se não ocorrer ignição, a
explosão é projetado para conter uma temperatura do vaso é aumentada e o
explosão evitar a propagação da explosão teste é repetido. O teste é também
para a atmosfera externa. Mas, se a repetido usando-se várias concentrações
superfície externa do invólucro à prova de até se encontrar a mais baixa temperatura
explosão está a uma temperatura acima da de ignição para determinada concentração.
temperatura de ignição da mistura do gás O aumento do volume do vaso de
ou vapor, a superfície externa funciona teste normalmente resulta em uma
como uma fonte de ignição em si, diminuição da temperatura de ignição
eliminando o objetivo de proteção do observada. A mudança do formato do vaso
invólucro. (relação entre superfície e volume) afeta a
Altas temperaturas de superfície temperatura observada. O material do
externa podem ser criada pela operação vaso também a temperatura de ignição. O
normal do equipamento elétrico, como uma vidro de boro-silicato resulta na menor
lâmpada incandescente em uma luminária temperatura de ignição.
ou pela operação anormal do Como os testes são projetados para
equipamento, como a superfície de um aquecer a mistura flamável inteira em sua
motor quando o rotor fica bloqueado ou concentração mais facilmente ignitável, há
por causa de uma condição de falha, como um fator de segurança. Na maioria das
o arco voltaico de uma chave. instalações com equipamentos elétricos, a
Por definição, a temperatura de ignição mistura flamável será aquecida quando em
de uma substância, se sólida, líquida ou contato com a superfície quente e a
gasosa, é a temperatura mínima requerida turbulência resultante na superfície impede
para iniciar ou causar uma combustão que a mistura flamável nunca fique à
auto-sustentada, independente do mesma temperatura da superfície.
elemento de aquecimento ou aquecido. Ele Quando a mistura flamável estiver em
é também chamada, mais corretamente, uma câmara fechada aquecida, como um
de temperatura de auto-ignição ou forno de secagem, que tem volume muito
temperatura de ignição aparente (NFPA maior que o do vaso de teste, a ignição
325M). pode ocorrer em temperatura menor que a
As temperaturas de ignição observadas registrada.
em um conjunto de condições podem Antes de 1971, a temperatura de
variar muito, em função de mudança das ignição do material flamável era parte do
condições, incluindo o método de teste. processo de classificação do grupo. Os
Por isso, a temperatura de ignição deve equipamentos projetados para locais de
ser usada somente como aproximação. Grupo A, B e D eram limitados a uma
Algumas das variáveis que afetam as temperatura de superfície máxima de 280
o
temperaturas de ignição são: C. O equipamento para uso em Grupo C
1. percentagem da composição da mistura era limitado a uma temperatura de
o
gás - ar ou vapor - ar, superfície externa de 180 C, que, na
2. formato e tamanho do espaço onde época era a temperatura de ignição do éter
ocorre a ignição, etílico. Testes posteriores indicaram uma
3. taxa e duração do aquecimento, temperatura de ignição do éter etílico de
o
4. tipo e temperatura da fonte de ignição, 160 C. Assim, um novo material sendo
5. efeito catalítico dos materiais presentes, investigado para classificação e
6. concentração de oxigênio. classificado no Grupo D por causa da
A maioria dos dados encontrados nas pressão de explosão e MESG, deve ser
várias publicações para a determinação da classificado no Grupo C se a temperatura
o
temperatura de ignição foram obtidos do de ignição for menor que 280 C. Material
procedimento padrão: ASTM E659. com temperatura de ignição menor que
o
O método do teste envolve um frasco 180 C não precisa ser classificado; por
de vidro de boro silicato, aquecido em um exemplo, o bi-sulfeto de carbono, com
o
invólucro fechado até uma temperatura temperatura de ignição igual a 90 C.
3.12
Classificação de Áreas
Este problema foi entendido e o NEC, a magnésio e suas ligas comerciais e
partir de 1971, deixou de incluir a outras metais com características
temperatura de ignição do material como similares de perigo, tendo a
critério de classificação de grupo. Passou- resistividade menor ou igual a 102
se a ter uma classificação de temperatura Ω.cm.
do equipamento elétrico, onde a 2. Grupo F: atmosferas contendo pó
temperatura máxima da superfície de de coque, carvão ou negro de
algum componente ou superfície deve ser fumo, tendo mais de 8% de material
marcada. Um equipamento elétrico não volátil ou atmosferas contendo
pode ser usado em um local onde a estes pós misturados com outros
temperatura de ignição da mistura flamável materiais, tendo resistividade maior
seja menor que a sua temperatura da do que 102 Ω.cm mas igual ou
superfície externa. menor do que 108 Ω.cm.
3. Grupo G: atmosferas contendo pós
Grupos da Classe II
agrícolas ou pós químicos e
As normas do IEC não estabelecem plásticos combustíveis, tendo uma
grupo para as classes II e III. resistividade maior do que 108
As normas americanas dividiram os Ω.cm.
locais de Classe II em três grupos. Os A edição de 1984 do NEC eliminou o
critérios para agrupar os gases da Classe I Grupo F e alterou a descrição dos grupos
se baseavam na pressão da explosão, E e G:
temperatura de ignição e espaçamento 1. Grupo E: atmosferas contendo
seguro; os critérios para agrupar os pós da qualquer pó metálico combustível,
Classe II se baseavam na resistividade independente da resistividade ou
elétrica, tamanhos do pó e no efeito termal qualquer outro pó combustível de
das camadas de pó nos equipamentos característica de perigo similar
elétricos. Originalmente, o agrupamento tendo resistividade menor do que
dos pós se baseava na temperatura de 105 Ω.cm.
ignição da camada de pó, mas este 2. Grupo G: atmosferas contendo
conceito está sendo gradualmente qualquer pó combustível, com
abandonado. resistividade maior ou igual a 105
Os grupos dos pós, pelas normas Ω.cm.
americanas, foram estabelecidos pelas Na edição de 1987 do NEC o grupo F
condutividades térmica e elétrica dos pós. foi reinstalado com a mesma definição de
Deve-se tomar maior cuidado com o pó 1981, mas as definições de 1987
metálico pois ele é duplamente perigoso: continuaram válidas. Espera-se que a
porque é flamável e combustível e porque edição de 1990 do NEC ajuste as
é eletricamente condutor. definições dos grupos E e G com relação
A edição de 1937 do NEC dividiu a às resistividades, similares à edição de
Classe II nos seguintes grupos: 1981.
1. Grupo E: atmosferas contendo pó A intenção clara é a de classificar os
metálico. pós metálicos, condutores elétricos, no
2. Grupo F: atmosferas contendo pó grupo E e os pós químicos e plásticos,
de coque, carvão ou negro de isolantes elétricos, no grupo G. O
fumo. pensamento era o de eliminar o Grupo F,
3. Grupo G: atmosferas contendo pó dividindo os pós nos grupos E e G,
em grãos. baseando-se em suas resistividades
Estes grupos permaneceram elétricas e tomando como linha divisória a
essencialmente os mesmos, exceto pela resistividade de 105 Ω.cm. Os pós de
adição dos limites de resistividade e dos carvão seriam incluídos no Grupo G, por
pós químicos e de plásticos. causa de sua resistividade ser maior que
A edição de 1981 do NEC dividiu a
105 Ω.cm. Porém, descobriu-se nos EUA,
Classe II nos seguintes grupos:
pós de carvão com resistividade menor
1. Grupo E: atmosferas contendo pó
que
metálico, incluindo alumínio,
3.13
Classificação de Áreas
105 Ω.cm, que deveriam pertencer ao
Grupo E. O melhor, então, foi conservar os Grupo E Pós metálicos: alumínio, magnésio,
pós de carbono no original Grupo F. titânio e suas ligas metálicas
Os pós de zircônio, tório e urânio não Grupo F Pós carbonáceos: carbono coloidal,
são classificados como perigosos, porque carvão, negro de fumo, coque.
eles possuem uma baixa temperatura de Grupo G Pós agrícolas: polvilho, fécula, pó de
ignição (cerca de 20 oC) e muito baixa grãos, pós químicos e plásticos.
energia mínima de ignição.
Há dois critérios básicos para
classificar um pó em um de seus três Para obter informação acerca de
grupos: o tipo do material (o mais materiais desconhecidos há as seguintes
importante) e a sua resistividade elétrica. publicações:
Tradicionalmente, os pós metálicos tem NFPA 497M, que fornece informação
sido classificados no Grupo E, porque acerca da temperatura mínima para
apresentam dois problemas: provocar a ignição de camada deposta ou
1. eles são mecanicamente abrasivos. de nuvem de uma grande variedade de
Se eles entram em rolamentos pós.
mecânicos, o aquecimento O Bureau of Mines possui várias
resultante pode provocar ignição na publicações sobre o assunto: RI 5753, RI
camada de pó do lado externo e se 6516, RI 6597, RI 7132, RI 7208.
este rolamento é parte de um
equipamento elétrico, pode haver 3.3. Divisão - Zona
ignição ou explosão,
2. eles são eletricamente condutores. O NEC usa o termo Divisão,
Se eles entram em caixas contendo equivalente ao termo Zona, usado nas
partes descobertas com tensão, normas internacionais, brasileiras e
eles podem provocar curto circuito européias.
entre estas partes, provocando A divisão ou zona de uma área
ignição ou explosão. expressa a probabilidade relativa do
Os pós agrícolas e de alimentos, a material perigoso estar presente no ar
maioria dos pós químicos e os pós ambiente, formando uma mistura em
plásticos são pouco abrasivos e concentração perigosa e provável de
praticamente são isolantes elétricos. provocar uma explosão ou incêndio. A
Os pós do carbono são materiais com probabilidade varia de zero (local seguro)
resistividade elétrica media. Experiências até 1 (local onde a presença é certa e
em minas de carvão mostram que tensões contínua, como no interior de um tanque
menores de 600 V não apresentam contendo líquido volátil).
problemas; os problemas ocorrem com Do ponto de vista de engenharia,
tensões acima de 600 V. maiores precauções são necessárias se
Nos locais de Classe II os pós podem um particular conjunto de circunstancias é
estar suspensos no ar em uma nuvem ou provável de acontecer, tal como a
em uma camada depositada no presença de uma mistura flamável dentro
equipamento elétrico. Os dados publicados dos limites de explosividade e menores
indicam que a temperatura da superfície precauções são necessárias se é
quente necessária para causar ignição de improvável acontecer uma mistura
uma camada de pó é quase sempre menor perigosa. Esta é a razão de dividir os
que a temperatura requerida para queimar locais em duas ou três divisões.
uma nuvem de pó. Neste aspecto, as divergências entre
Atualmente, os grupos da Classe II as normas americana e européia são
são: maiores. As normas americanas definem
duas divisões: Divisão 1 e Divisão 2. As
normas brasileiras e européias se referem
a três divisões: Zonas 0, 1 e 2.
3.14
Classificação de Áreas
Divisão 1/Zona 1 mais o já difícil problema de diferenciar
Local onde é alta a probabilidade Divisão 1 da Divisão 2.
relativa de ocorrer alguma das seguintes
Divisão 2/Zona 2
situações:
1. concentração perigosa existe Local onde é baixa, porém não nula, a
continuamente, intermitentemente probabilidade de existência de misturas de
ou periodicamente, em condições produtos explosivos ou flamáveis com o ar
normais de operação. ambiente. Mais detalhadamente definem-
2. concentração perigosa existe se como Divisão 2:
freqüentemente, por causa de 1. os locais perigosos onde líquidos
operações de reparo e voláteis e gases flamáveis são
manutenção. manipulados, usados ou
3. concentração perigosa existe por transportados, porém estão
causa de vazamentos freqüentes. confinados em sistema fechados e
4. falha do equipamento ou do dos quais podem escapar somente
processo ocorre freqüentemente e em caso da ruptura ou quebra
provoca simultaneamente acidental dos sistemas ou em caso
desprendimento de concentração da operação anormal do
perigosa dos gases e defeitos equipamento.
elétricos. 2. locais que não são considerados
Todas as situações se referem a perigosos porque e quando há
concentração perigosa de gases, ventilação forçada, mas há a
significando que esta concentração se probabilidade de falha de
situa entre os limites mínimo e máximo de equipamento de ventilação
explosividade ou flamabilidade. tornando o local perigoso.
Na Divisão 1 é provável haver a 3. as áreas adjacentes a Divisão 1,
presença de gases flamáveis mesmo sem ventilação positiva e com
durante a operação normal da planta. A garantia que não há falha no
probabilidade da presença de uma sistema de ventilação.
atmosfera perigosa na Divisão 1 é A área de Divisão 2 é perigosa apenas
relativamente elevada e, na prática, é em situações anormais da planta, quando
considerada igual a 1. A divisão 1 é a área há acidentes, falhas de equipamentos,
de maior perigo, pela classificação das vazamentos de tanques, ruptura de discos,
normas americanas. corrosão entre flanges.
A Divisão 2 pode ser a área que separa
Zona 0 a Divisão 1 de áreas seguras. A Divisão 2
Nas normas européias, existe uma é uma área mais segura que a Divisão 1,
mais perigosa ainda: Zona 0, que é porém, é ainda um local perigoso,
definida como o local onde a presença da classificado. A probabilidade de ocorrer
mistura perigosa é constante e é igual a condições de perigo é pequena, quando
100%. Exemplos de Zona 0 são o interior comparada a probabilidade da Divisão 1,
de um tanque cheio de gás ou o espaço porém não é zero.
cheio de vapor dentro de um tanque com Outra característica da Divisão 2 é a
líquido volátil. curta duração da presença do gás
O principal argumento a favor do uso perigoso, que já é pouco provável.
da Zona 0 é que se deve tomar Tipicamente, em uma planta
precauções especiais em lugares onde a petroquímica e refinaria de petróleo, 90%
probabilidade de perigo é constantemente das áreas classificadas são Divisão 2.
elevada. As normas americanas não As eqüivalências são as seguintes: a
aceitam o conceito de Zona 0. O maior Divisão 1 equivale a soma das Zona 0 e
argumento contra o uso da Zona 0 é a falta Zona 1; a Divisão 2 é igual à Zona 2.
de demonstração prática da utilidade Algumas companhias individuais tem
dessa nova divisão, que complica ainda definido arbitrariamente e para seu uso
locais de Divisão 3, que estão além da
3.15
Classificação de Áreas
Divisão 2 e a única exigência básica é para 4. Classificação da Área
o uso de equipamento fechado.
3.16
Classificação de Áreas
O grupo responsável pela classificação certificado e as precauções devem ser
de área deve garantir que a classificação tomadas para garantir que eles não podem
seja importante para a planta quando ela ser inadvertidamente usados.
for comissionada. O gerenciamento do Também pode ocorrer o contrário,
processo deve considerar as alterações quando se tem um maior risco de
temporárias na classificação de área que ocorrência de atmosferas flamáveis
podem ser necessárias durante o temporárias, de modo que deve-se tomar
comissionamento quando materiais precauções especiais, tais como ventilação
flamáveis estão sendo introduzidos na mecânica temporária ou, em caso extremo,
planta, principalmente quando estes o desligamento dos equipamentos
materiais podem causar uma classificação elétricos.
mais onerosa do que a permitida
inicialmente. 4.2. Parâmetros
A determinação da classificação de
Quando se classifica uma área
área durante o projeto e construção é
perigosa devem-se considerar vários
baseada no julgamento de como o
fatores, entre os quais se destacam:
processo e o equipamento são esperados
1. quantidade do material perigoso,
funcionar. A classificação de área deve,
2. natureza do gás e suas
portanto, ser revista em função da
características
experiência de operação, o mais rápido
3. topografia do local: depressões e
possível após a partida e, em qualquer
colinas
caso dentro de alguns meses,
4. direção do vento
principalmente se for evidente que o
5. grau de ventilação
processo ou equipamento estão operando
6. planta e localização da indústria:
de um modo diferente que o projetado
edifícios e interligação de unidades
como ideal.
7. histórico e acidentes na indústria
A revisão da classificação deve
específica ou, se a planta nova, o
também ocorrer antes de qualquer
histórico de plantas de mesmas
alteração da planta existente, do seu
características: mesmo processo,
método de operação ou da disposição ou
mesmo produto e mesmas
tipos de materiais flamáveis, para garantir
dimensões.
que tais alterações não levem a um perigo
8. conseqüências da explosão e do
de maior grau do que aquele para o qual a
incêndio e se estão envolvidas
área já está classificada. Se o grau de
vidas humanas.
perigo é alterado significativamente, as
Como a segurança final da planta está
áreas relevantes devem ser
associada diretamente com a classificação
reclassificadas.
de sua área, como há pouca realimentação
Uma revisão similar deve ser feita
nesse campo, como os dados disponíveis
anualmente para verificar se a
possuem grandes desvios e
classificação de área está sendo afetada
principalmente, por motivos psicológicos, a
pela deterioração de desempenho do
tendência natural e humana é classificar
equipamento de processo ou por outras
uma área com maior rigor que o
alterações.
necessário. Como a classificação da área
Sob certas condições de desligamento
vai determinar o tipo de segurança a ser
(shutdown) ou outras condições especiais,
exigido dos instrumentos e dos métodos
pode não haver risco da ocorrência de
de manutenção, o exagero não justificado
uma atmosfera flamável durante um
tecnicamente da área acarreta uma série
período temporário. Se isto pode ser
de desvantagens ao usuário. A pior
garantido pela autoridade responsável (e
penalidade está relacionada diretamente
deve haver um certificado documentado
com os altos gastos adicionais na compra
para este efeito), é permissível o uso
e a restritiva manutenção futura dos
temporário de equipamentos elétricos sem
equipamentos.
proteção adicional. Tais equipamentos e
A classificação das áreas perigosas em
todas as ligações temporárias devem ser
uma planta é uma tarefa difícil. Não há
retirados da área antes de expirar o
3.17
Classificação de Áreas
números exatos. Porém, existem algumas pesados não sobem; os gases
recomendações para a classificação, onde pesados são detectados apenas ao
são ressaltados os seguintes tópicos: nível do chão.
1. o conhecimento das propriedades 2. Os gases leves tendem a subir e a
dos materiais e produtos do se acumular próximos aos
processo, relacionadas com a sua eventuais tetos. Os gases leves
flamabilidade: densidade do líquido, podem ser detectados, inclusive,
densidade do vapor ou do gás, pelo nariz humano. A toxicidade e
ponto notáveis de ebulição, irritância dos líquidos flamáveis,
sublimação e temperatura de com os vapores menos pesados
ignição. O ponto de partida é a que o ar, podem ser consideradas
Classe - Grupo. para a determinação da Zona -
2. o conhecimento dos dados de Divisão do local. O local que exige
processo: diagramas P & I (Piping & o uso de máscaras para o pessoal
Instruments), locais de que trabalha no local é certamente
armazenamento, pontos potenciais um lugar de Zona - Divisão 1.
de vazamento e escapamento de 3. Uma brisa leve pode ser portadora
produto, locais dos equipamentos de grande quantidade de gases a
críticos, como dos reatores, das grandes distâncias, tornando toda a
colunas de destilação, das torres de área perigosa. Porém, um vento
resfriamento e dos compressores. muito forte serve para dispersar o
Nas tubulações, os locais gás, eliminando o perigo.
propensos a liberar material são: Tipicamente, vento com velocidade
conexões das válvulas de controle, superior a 0,25 m/s já é
pontos de tomada de amostra, considerado suficiente para dissipar
tomadas dos elementos sensores, o perigo.
suspiros, drenos, válvulas de alivio, 4. Uma área pode ser contaminada
flanges e sensores de vazão. por produtos flamáveis produzidos
3. conhecimento das condições em outros locais. Os conduites e os
ambientais e de contorno do cabos podem servir como dutos
processo e das instalações: para transportar gases flamáveis a
elevação e depressão, ventilação grandes distâncias. A contaminação
natural e forçada, direção do vento é evitada com o uso de filtros e
mais comum, umidade, temperatura selos.
ambiente e corrosão do meio 5. Na maioria dos casos e exceto nos
ambiente. sistemas com purga, a classificação
4. estabelecimento da Zona - Divisão da área é a mesma do interior do
do local, tomando-se como base o instrumento de campo.
local das fontes de desprendimento 6. Os gases flamáveis liberados de
de materiais flamáveis e explosivos. vasos pressurizados ou contendo
A classificação para atribuição de líquidos voláteis produzem volumes
Divisão pode se basear em de gases na atmosfera muito
diagramas geométricos, curvas e maiores que o volume do recipiente
ábacos da literatura técnica e pressurizado ou o volume do líquido
cálculos teóricos diretos. que os formou.
Algumas idéias elementares e 7. É muito fácil e freqüente se adquirir
conhecidos conceitos de segurança devem um conceito exagerado do que seja
ser considerados e associados, para se Zona - Divisão 1. A maioria das
garantir uma classificação criteriosa e instalações petroquímicas e de
profissional. Eis algumas lembranças: refinarias de petróleo é constituída
1. os gases e os vapores mais de uma multiplicidade de áreas de
pesados que o ar se difundem Zona - Divisão 1, porém de
pouco, ficando próximos dos locais tamanhos extremamente pequenos
de liberação. Não existem em e limitados. Tipicamente, são Zona
lugares elevados, pois os gases - Divisão 1 apenas os espaços
3.18
Classificação de Áreas
compreendidos num raio de 0,5m A classificação de área não é uma
próximos aos vasos, tanques e ciência exata e inevitavelmente se baseia
torres de resfriamento que contém em um certo grau de experiência e de
material flamável, facilmente julgamento subjetivo. Isto é mais
vazado. facilmente aparente no método
8. Uma área de Divisão 2 geralmente generalizado de classificação de área.
limita uma Divisão 1 com área Há dois métodos básicos para
segura. Os arredores de bombas, classificar as áreas da indústria:
válvulas de controle, flanges de 1. Método das fontes de perigo
tubulações são considerados 2. Método generalizado.
Divisão 2, desde que sejam bem Os dois métodos de classificação
ventilados. possuem alguns pontos em comum, pois
9. As bombas que freqüentemente ambos procuram:
apresentam falhas de selagem, por 1. identificar as partes da planta em que o
causa de condições adversas de perigo existe, incluindo, onde
operação ou do meio ambiente já apropriado, o interior do equipamento
exigem a classificação de Divisão 1 do processo, como o espaço de vapor
em suas proximidades. em tanques e vasos,
2. estabelecer a severidade dos perigos
4.3. Métodos de Classificação identificados, estabelecendo a
classificação zonal apropriada em sua
Em toda planta, deve haver a
vizinhança,
classificação de área, onde se divide a
3. delinear os limites destas zonas.
planta em zonas de acordo com o risco
A diferença básica entre os dois
progressivamente decrescente de
métodos está na exatidão do enfoque. O
ocorrência de uma atmosfera flamável e
método mais recente e difundido
em áreas não - perigosas, onde este risco
atualmente, se baseia na fonte de perigo e
é inexistente ou desprezível.
no estabelecimento quantitativo do risco
As plantas onde os materiais flamáveis
resulta em uma classificação mais precisa
não são manipulados não apresentam
e por isso deve ser o preferido.
nenhum risco e elas são classificadas
evidentemente como não perigosas, mas
4.4. Método da fonte de perigo
este status deve ser formalmente
estabelecido. Uma fonte de perigo é definida como
Em plantas onde há manipulação de qualquer ponto do qual pode se
líquidos flamáveis, deve-se garantir que desprender material flamável capaz de
1. a temperatura do líquido não criar uma atmosfera flamável.
ultrapasse seu ponto de fulgor. Isto O método de classificação através
é conseguido através de cuidados fonte de perigo tem o duplo objetivo de
relativos às causas prováveis do 1. reduzir o grau de julgamento arbitrário e
aquecimento do líquido, como 2. produzir um resultado significativo em
processo, ambiente, solar ou termos práticos.
acesso acidental a superfícies Este método, diferente do
quentes. generalizado, que olha o risco potencial de
2. o risco de liberação do líquido sob grandes seções da planta, concentra a sua
pressão como uma mistura flamável atenção em cada item do equipamento do
seja desprezível. processo e, tendo identificado as fontes de
Todas as outras plantas devem ser perigo, faz uma graduação individualmente
classificadas em zonas, de acordo com o de acordo com o seu risco potencial. Para
grau de risco de ocorrência de uma se conseguir isso, são reconhecidas três
atmosfera flamável. fontes de perigo:
No estabelecimento da classificação de 1. fonte de risco contínuo
área de uma planta, a influência da 2. fonte de risco de grau primário
classificação de plantas adjacentes deve 3. fonte de risco de grau secundário
ser considerada.
3.19
Classificação de Áreas
Fonte de perigo 0 (contínua) operação, porém em menor quantidade
A fonte de perigo 0 ou de risco de grau que o indicado no item 1, tais como:
contínuo libera continuamente material • gaxetas de vedação, compressores,
flamável ou por longos períodos. Para misturadores sem vents
equipamento em uso contínuo, longos • gaxetas de vedação de válvulas de
períodos significa mais de 1000 horas/ano. controle, retenção e bloqueio
Exemplo de fonte de risco contínuo é o • respiros (vents) das válvulas de alívio
espaço contido de acima da superfície de e segurança e discos de ruptura
líquido flamável dentro de tanques de • respiros (vents) dos flares sem
armazenamento ou em vaso de processo queimador piloto permanentemente
acesos.
Fonte de perigo 1 (primário) 3. máquinas e equipamentos para
A fonte de perigo 1 ou de risco de grau transporte, manipulação ou
primário libera material flamável de modo armazenamento de substâncias
freqüente, ou mesmo se for infreqüente, flamáveis que podem liberar estas
pode persistir por um tempo considerável. substâncias durante as operações de
Para equipamento em uso contínuo, é controle ou manobra por um período
sugerido que o tempo considerável total entre 5 e 20 minutos a cada 24
significa entre 10 e 1000 horas/ano. A horas, tais como
liberação da substância flamável ocorre • bocas de visita e janelas de inspeção
em condições normais ou são causadas para acesso à parte interna de
por operações de reparo ou manutenção máquinas e recipientes fechados
freqüentes. Pode ainda ser causada por manualmente
rompimento ou falha no equipamento de • respiros (vents) abertos e drenos de
processo, que são causas anormais mas equipamentos de processo
previstas, onde aparece simultaneamente • pontos de coleta de amostra de
a mistura explosiva e a fonte de ignição gases ou líquidos voláteis flamáveis
o
elétrica. (ponto de fulgor abaixo de 21 C),
Exemplos de fontes de risco primário: sem dreno
1. equipamentos destinados ao transporte, • drenos de equipamentos de controle
manipulação ou armazenamento de de nível de líquidos voláteis
substâncias flamáveis, de onde há flamáveis.
liberação freqüente e em grande
quantidade destas substâncias para a Fonte de perigo 2 (secundário)
atmosfera, como A fonte de perigo 2 ou de risco de grau
• bocais de carregamento de secundário libera a substância flamável de
caminhões, tanques e navios para modo pouco freqüente e em períodos
carga e descarga ao ar livre, curtos. Para equipamento em uso
• dispositivos de descarga para a contínuo, é sugerido que a curta duração
atmosfera por período total de 20 significa menos que 10 horas/ano. A
minutos a cada 24 horas, liberação da substância flamável ocorre
• equipamentos abertos em condições anormais de operação ou
• respiros (vents) causadas por condições anormais e
• drenos previstas, mas com pouca freqüência ou
• tanques abertos com substâncias durante curtos períodos.
flamáveis Exemplos de fontes de risco de grau
• separadores secundário:
• equipamentos para carga e descarga 1. máquinas e equipamentos destinados
2. máquinas e equipamentos associados ao transporte, manipulação ou
para manipulação, transporte ou armazenamento de substâncias
armazenamento de substâncias flamáveis que podem liberar tais
flamáveis com probabilidade de substâncias somente em condições
liberação destas substâncias para a anormais mas previstas de operação
atmosfera, em condições normais de
3.20
Classificação de Áreas
dos dispositivos de vedação e Nestas circunstâncias, o método
segurança, tais como: generalizado é mais apropriado.
• visores de nível (LG) e vazão (FG) A classificação de área pelo método
• conexões de tubulações e de generalizado requer um julgamento a ser
instrumentos, como flanges, juntas feito, usualmente para grandes seções da
flexíveis e uniões planta (por isso o termo generalizado),
• gaxetas de vedação de bombas, atribuindo-se um perigo final alto (Zona 0
compressões e misturadores, com ou Zona 1) ou baixo (Zona 2). O
tubulação de segurança ou com julgamento é feito por referência a um
dispositivos de pressurização e conjunto de critérios arbitrários ou por
lavagem e vedações mecânicas do critérios totalmente subjetivos. Por causa
tipo sem vazamento disso, ele resulta em uma aplicação
• gaxetas de vedação de válvulas de aproximada de definições zonais. Os
operação manual em tubulação ou resultados obtidos da classificação da
dispositivo de segurança mesma área através dos dois métodos,
• gaxetas de vedação de válvula de fonte de perigo e generalizado, podem ser
controle na saída ou entrada de diferentes.
equipamento ou válvula que opere Os padrões de classificação do método
somente para bloqueio ou generalizado são os seguintes:
fechamento, no caso de avarias 1. uma Zona 1 é maior do que a ocupada
• selos mecânicos de máquinas ou de pelo equipamento do processo com
válvulas previstos sem perdas uma Zona 2 vizinha, separando-a de
2. máquinas e equipamentos para uma área não-perigosa.
transporte, manipulação ou 2. uma Zona 1 é maior do que a ocupada
armazenamento de substâncias pelo equipamento de processo e
flamáveis que podem ser liberadas limitada por uma linha sendo cercada
durante operações de controle ou por uma área não-perigosa.
manobra, por um período total de 5 3. uma Zona 2 é maior do que a ocupada
minutos em cada 24 horas, tais como pelo equipamento de processo e é
• portas para acesso aos internos de limitada por uma linha sendo cercada
máquinas e recipientes normalmente por uma área não-perigosa.
fechados Nos casos acima, pequenas Zonas 0
isoladas podem ser identificadas dentro de
• acessórios de tubulação de
uma Zona 1 ou 2.
drenagem de equipamentos de
O método generalizado geralmente
processo
resulta em maiores áreas de Zona 1, pois
• pontos de amostra de gases ou de
a tendência natural é atribuir uma
líquidos com ponto de fulgor menor
o classificação mais rigorosa, em caso de
que 21 C
dúvida. O método generalizado geralmente
• pontos de amostra de gases ou de
erra para o lado da segurança. A
líquidos com ponto de fulgor maior
o tendência comum do método generalizado
que 21 C sem dispositivo de
é a de classificar uma grande área como
drenagem
Zona 1, quando ela contém poucos pontos
• pontos de drenagem de condensado de alto risco de perigo. Outra tendência e a
e instrumentos de controle de de classificar toda a área como Zona 2,
líquidos. ignorando os pontos de perigo de alto
risco. O mais correto é classificar toda a
4.5. Método generalizado área como Zona 2, com poucas ilhas de
Quando não for possível identificar e Zona 1.
graduar as fontes de perigo em uma
planta, por causa da falta de dados
adequados, o método da fonte de perigo
não pode ser aplicado adequadamente.
3.21
Classificação de Áreas
4.6. Extensão de áreas em locais uma atmosfera flamável é capaz de se
bem ventilados mover antes de se dispersar e atingir uma
concentração menor que o seu limite
Uma situação bem ventilada é uma inferior de flamabilidade.
área ou edifício substancialmente aberto, Esta dispersão é afetada pela
onde há pequena ou nenhuma restrição 1. quantidade do escape
para a passagem natural do ar através 2. velocidade de escape
dela. Por exemplo, a carcaça de um 3. densidade do gás ou vapor
compressor com um grande ventilador no 4. taxas de difusão
teto e com os lados abertos para permitir a 5. correntes de ar de ventilação
livre passagem do ar através de todas as 6. características topográficas do local
partes do edifício é considerada como bem envolvido.
ventilada. Com gases ou vapores mais leves que
Considerações preliminares o ar, um escape em baixa velocidade irá
se dispersar muito rapidamente para cima
Com relação as condições afetando a em uma situação bem ventilada. Porém, a
formação de uma atmosfera flamável, os presença de um teto irá aumentar
seguintes pontos são importantes em inevitavelmente a área de dispersão sob
estabelecer o tamanho das áreas ele. Se o escape ocorre em alta velocidade
perigosas em todas as situações, bem em um jato livre, a ação do jato, embora
ventiladas ou não: entrando ar que dilui o gás, pode aumentar
1. misturas de gases ou vapores flamáveis a distância em que a mistura gás-ar
com ar são capazes de ignição somente permanece acima de seu limite mínimo de
dentro dos seus limites inferior e flamabilidade.
superior de flamabilidade, que variam Com gases ou vapores mais pesados
consideravelmente para os diferentes que o ar, um escape em baixa velocidade
materiais. Os limites de flamabilidade irá tender vazar para baixo e pode
das substâncias mais comuns são caminhar grandes distâncias sobre a terra
publicados na literatura técnica. antes de ser dispersado de modo seguro
2. a evolução do vapor de um material pela difusão atmosférica. Deve-se ter
flamável que é um líquido em atenção especial à topografia de qualquer
temperatura e pressão ambientes lugar sob consideração e também as áreas
normais é pequeno e, no evento do vizinhas, para determinar onde os gases
escape sob estas condições, a ou vapores podem ficar acumulados em
atmosfera flamável resultante é limitada buracos ou descer para níveis mais baixos.
a uma pequena área tem torno da Se o escape é em alta velocidade em um
superfície do líquido. Se, porém, o jato livre, a ação da mistura do jato pela
material que é líquido à temperatura e entrada de ar pode reduzir a concentração
pressão ambientes normais é aquecido da mistura a níveis mais baixos que o
acima de seu ponto de ebulição inicial, limites inferior de flamabilidade em uma
então o vapor irá flachear em grande distância muito mais curta em comparação
quantidade se houver um escape para a com o escape de baixa velocidade.
atmosfera. Quanto maior a temperatura, Em muitas situações da planta, um
maior o flacheamento; podendo chegar escape que começa com jato de alta
a 100%. velocidade pode bater em um obstrução,
3. De modo análogo, com gases flamáveis de modo que a energia cinética do jato é
liqüefeitos, a quantidade de vapor que dissipada e a dispersão ocorre
flacheia de um escape para a atmosfera simplesmente por difusão, como no caso
é sempre grande. O vapor resultante é de um escape de baixa velocidade.
frio e a tendência é compartilhar com A dispersão de gás ou vapor em uma
muitos outros vapores do líquido para atmosfera aumenta com a velocidade do
cair e se esparramar, pois eles são mais vento mas há uma velocidade mínima de 5
pesados que o ar. a 8 km/h requerida para iniciar uma
A dimensão da área perigosa depende difusão turbulenta. Abaixo deste limite,
da distância estimada ou calculada que ocorre a formação de camada de gás ou
3.22
Classificação de Áreas
vapor e a distância para a dispersão Zona 1. Exemplo de área mal ventilada é
segura é muito aumentada. As velocidades um buraco ou bandeja de cabos.
do vento geralmente são maiores que esta Depressões rasas e largas, como as
velocidade de 8 km/h mas em áreas vizinhas de tanque ou conjunto de bombas
fechadas ou engavetadas por grandes não exigem esse tratamento rigoroso de
vasos ou estruturas, a velocidade do ar consideração de Zona 1.
pode ficar muito abaixo de 5 km/h. Nestas
áreas, porém, a obstrução do movimento Método da fonte de perigo
do ar pelos equipamentos tende a manter Em situações bem ventiladas, as
a turbulência, mesmo em baixas seguintes regras determinam a extensão
velocidades do ar. das áreas classificada em torno de
Deve-se ter muito cuidado e ter diferentes graus de fontes de perigo:
conhecimentos especializados e
Fonte de perigo 0
experimentais para se estabelecer a área
Para liberação de produto flamável no
de dispersão do gás ou vapor antes da
modo de fonte de perigo 0, a Zona 0 se
diluição ficar abaixo de limite inferior de
estende da fonte até o limite em que se
flamabilidade. Quando não se tiver esta
julga que a atmosfera flamável tenha
experiência para determinar o tamanho da
concentração abaixo de seu limite mínimo
área ou se os dados não estiverem
de flamabilidade. Além desta linha, se
disponíveis para se fazer cálculos
aplicável, há uma Zona 1 ou 2 se
confiáveis, deve-se fazer testes
estendendo até outro limite, definido de
experimentais com detetores portáteis de
modo similar mas fornecendo o que é
gás. Tais testes devem ser feitos,
exigido pela liberação no modo de fonte de
variando-se os parâmetros de velocidade e
perigo 1 ou fonte de perigo 2.
direção do vento, topografia, tipos de
A área não perigosa começa no limite
gases. Os testes devem cobrir as
da Zona 1 ou 2, exceto nos casos raros
condições mais desfavoráveis possíveis.
onde nenhuma Zona 1 ou 2 é considerada
As dimensões de áreas de perigo
necessária e ela começa na Zona 0.
resultante de pequenos vazamentos em
situações bem ventiladas não devem ser Fonte de perigo 1
exageradas. Por exemplo, onde um selo Para liberação de produto flamável no
de bomba deve ser molhado para operar, modo de fonte de perigo 1, a Zona 1 se
isto significa que sempre há um pequeno estende da fonte até o limite em que se
vazamento, mas ele é normalmente tão julga que a atmosfera flamável tenha
pequeno que o perigo é desprezível. Vapor concentração abaixo de seu limite mínimo
de gotas de líquido volátil é improvável de de flamabilidade. Além desta linha, se
causar uma atmosfera flamável além de aplicável, haverá uma Zona 2 se
0,3 metro do vazamento. estendendo até outro limite, definido de
Vazamento que pode causar um perigo modo similar mas fornecendo o que é
significativo deveria ter uma vazão exigido pela liberação no modo de fonte de
contínua de líquido volátil e em uma planta perigo 2.
bem supervisionada, ele seria detectado e A área não perigosa começa no limite
corrigido em um curto intervalo de tempo. da Zona 2, exceto nos casos raros onde
Um maior perigo com vazamentos de nenhuma Zona 2 é considerada necessária
líquido é o que pode se esparramar sobre e ela começa na Zona 1.
uma superfície de água e então entrar em
Fonte de perigo 2
ignição em um ponto distante do ponto
Zona 2 se estende de uma fonte de
original de vazamento, colocando em risco
perigo até o limite em que é julgado que a
uma grande área da planta.
concentração da atmosfera flamável cairá
Quando se estabelece a extensão das
abaixo do limite mínimo de flamabilidade.
áreas perigosas, e importante considerar a
A área não perigosa começa neste
dispersão rápida da atmosfera flamável.
limite.
Em uma área mal ventilada, o que seria
Onde as zonas criadas por fontes de
uma classificação de Zona 2 passa a ser
perigo adjacentes se superpõem e são de
3.23
Classificação de Áreas
diferentes classificações zonais se aplica a 4.7. Extensão de áreas em locais mal
classificação de maior risco. Onde as ventilados
zonas superpostas são de mesma
classificação, a classificação comum deve A classificação de locais mal ventilados
ser aplicada, exceto em casos difere da classificação de situações bem
excepcionais que requerem uma ventiladas mais em grau do que em
classificação de maior risco. princípio. A área pode ser classificada por
qualquer um dos dois métodos (fontes de
Método generalizado perigo ou generalizado), mas a extensão
Quando uma seção da planta que é das zonas considera as condições menos
bem ventilada é classificada pelo método favoráveis, em que um desprendimento de
generalizado como inteiramente Zona 1 ou gás ou vapor flamável pode se dispersar
2, a extensão da área perigosa será para concentrações abaixo do limite
determinada pela máxima distância que mínimo flamável. Sem exceção, as
uma atmosfera flamável criada dentro da distâncias envolvidas são maiores do que
planta pode se mover em qualquer direção as distâncias estabelecidas para as
antes de ficar diluída abaixo de seu limite situações bem ventiladas.
mínimo de flamabilidade. Os seguintes pontos são muito
Se outros meios (recomendação do importantes para situações de interiores
especialista, medições com detetor de gás, não ventilados:
cálculos e experiência anterior de plantas 1. fontes contínuas de perigo devem ser
similares) não estão disponíveis, pode-se evitadas. Quando elas forem
determinar a distância das fontes de perigo inevitáveis, deve-se arrumar ventilação
para o limite das áreas perigosa e não- especial para o local.
perigosa através de dados tabelados da 2. cada sala de um edifício fechado deve
literatura técnica. A distância assim ser considerada separadamente para
determinada pode ser de 30 metros ou possíveis fontes de perigo. As aberturas
mais. Recomenda-se o mínimo de 3 de uma sala para outra e para o exterior
metros. requerem atenção especial.
Quando o padrão decidido da 3. muito processos que ocorrem em
classificação é de uma Zona 1 cercada por ambientes fechado envolvem o
Zona 2, o perigo diminui progressivamente movimento de vasos contendo líquidos
assim que se afasta dos pontos potenciais flamáveis. Deve-se tomar muito cuidado
de desprendimento de material flamável. A com as fontes móveis de perigo na
determinação da fronteira Zona 2 - área classificação de uma planta.
não-perigosa é análoga à determinação da 4. investimentos especiais devem ser
fronteira Zona 1 - Zona 2. O critério é que feitos para o maior risco resultante de
qualquer atmosfera flamável criada dentro vazamentos acidentais quando líquidos
da planta sob operação normal deve flamáveis são manipulados em vasos
dispersar até atingir concentrações abaixo portáteis e transportáveis ou quando a
do limite inferior flamável dentro da área manipulação é feita com o vaso aberto,
classificada como Zona 1 e também deve- como parte do processo.
se consultar um especialista. 5. onde uma sala que não contém uma
Os limites da Zonas 0 são fonte de perigo é situada em uma Zona
determinados de modo similar àqueles 1 ou Zona 2, a classificação a ser
usados com o método da fonte de perigo. adotado para o interior da sala depende
da probabilidade do material flamável
entrar na sala e da ventilação do
interior. Pode ocorrer três situações:
• no caso de ventilação inadequada,
onde há uma possibilidade de
material flamável entrar e ficar na
sala, a classificação do local deve
ser de Zona 1, mesmo que a
3.24
Classificação de Áreas
classificação da área externa seja de um sistema de intertravamento dos
Zona 2. equipamentos elétricos ou um sistema de
• no caso de uma sala com ventilação alarmes para evitar uma condição perigosa
mecânica adequada, o interior pode na eventual falha do sistema de ventilação.
ser classificado como não perigosa, Os termos pequena e grande sala se
mesmo que a área externa seja relacionam com a área provável de
classificada como Zona 2. Neste espalhamento da atmosfera flamável.
caso, deve-se considerar a A classificação de áreas vizinhas a
necessidade de colocar um alarme áreas internas contendo fontes de perigo
para operar na falha na ventilação. deve ser determinada pela consideração
• no caso de uma sala com sistema de da probabilidade de espalhamento da
pressurização mecânico, janelas e atmosfera flamável liberada através de
portas seladas convenientemente, o portas, janelas e outras aberturas.
interior pode ser classificado como
não perigoso, mesmo que a Método generalizado
classificação da área externa seja de Para situações externas mal ventiladas,
Zona 1. as recomendações para locais bem
6. onde se usa ventilação mecânica como ventilados se aplicam, tomando cuidado
um meio de reduzir o perigo em um especial de considerar piores as condições
espaço fechado, a classificação zonal de dispersão da atmosfera flamável.
do espaço pode ser modificado. Este Para áreas internas, os métodos
procedimento é uma forma de purga, generalizado e fonte de perigo não
que é uma proteção adicional. produzem classificações muito diferentes,
com o método da fonte de perigo tendendo
Método da fonte de perigo a convergir para o método generalizado.
O tratamento para classificar locais mal
ventilados é similar ao relacionado com
locais bem ventilados, exceto que as
distâncias cotadas devem ser aumentas
por um fator consistente com a diminuição
da ventilação e deve-se ter a opinião de
um especialista experiente.
O efeito disso em uma situação de
interior pode ser que, se é identificado um
número de fontes de perigo 1 na sala, a
classificação de Zona 1 deve ser estendida
por toda a sala.
Se forem identificadas somente fontes
de perigo 2, a classificação do interior deve
ser de Zona 2, desde que haja ventilação,
drenos e outros meios de controle que
garantam a dispersão rápida da atmosfera
flamável em menos de 5 minutos. Onde
isso não for possível, a classificação passa
para Zona 1 para toda a sala.
Em caso de grandes salas contendo
fontes de perigo, devem ser tomadas
precauções para localizar qualquer
atmosfera flamável (por exemplo,
ventilação especial), todo o ambiente da
sala não necessariamente deve ter a
mesma classificação e alguma parte da
sala pode mesmo ser não perigosa. Onde
se emprega ventilação forçada, deve-se ter
3.25
Fig. 3.4. Classificação de área para um local com um compressor reciprocante ou centrífugo manipulando um
gás mais leve que o ar, com laterais abertas e ventilação no teto (Imperial Chemical Industries Ltd, ICI/RoSPA
1972 IS/91)
Fig. 3.5. Classificação de área para um local com um compressor reciprocante ou centrífugo manipulando um
gás mais pesado que o ar, com laterais abertas e ventilação no teto (Imperial Chemical Industries Ltd,
ICI/RoSPA 1972 IS/91)
26
Classificação de Áreas
Fig. 3.6. Classificação de área para um tanque de armazenamento de líquido flamável com ponto de fulgor
menor que 32 oC e com teto fixo (Imperial Chemical Industries Ltd, ICI/RoSPA 1972 IS/91).
Fig. 3.7. Classificação de área para um tanque de armazenamento de líquido flamável com ponto de fulgor
menor que 32 oC e com teto flutuante (Imperial Chemical Industries Ltd, ICI/RoSPA 1972 IS/91).
3.27
Classificação de Áreas
Fig. 3.9. Classificação de área para local onde há carregamento de líquido flamável em caminhões tanque
3.28
explosão secundária e um incêndio
5. Pós consideravelmente mais perigoso do que a
primeira explosão de origem. Em uma
planta manipulando pó flamável deve
5.1. Princípios Gerais haver norma rigorosa de armazenamento.
Os problemas associados com as
A classificação de área deve ser feita
camadas e nuvens de pó são complexos.
para todas as plantas que manipulem pós
Os dados que podem ser relevantes no
flamáveis. A literatura técnica lista os
caso de ignição de camadas e nuvens de
principais pós que podem entrar em
pó são:
ignição, sob certas condições.
1. temperatura de ignição
Os princípios envolvidos são similares
2. mínima energia de ignição
aos usados para classificar plantas
3. estabilidade termal
manipulando gases, vapores ou líquidos
4. limite inferior flamável (caso de
flamáveis mas deve-se reconhecer que o
nuvem de pó)
comportamento dos pós flamáveis não é
Valores típicos para o limite mínimo
tão previsível quanto o dos gases ou
flamável estão na faixa de 0,01 a 0,06 kg
vapores. 3
de pó flamável disperso em cada m de ar
Quando um pó é liberado em uma
e tal concentração é claramente visível.
atmosfera ele dispersa no ar como uma
Porém, estes parâmetros não fornecem
nuvem ou pode se espalhar por grandes
uma medida direta da sensitividade do pó
áreas através do movimento do ar. Uma
para a ignição e estão sujeitas a certas
nuvem de pó flamável dentro de sua faixa
limitações.
flamável pode entrar em ignição e, em
No caso de camadas de pó, os dados
espaço confinado, pode explodir. Um pó
são afetados pela:
leve permanece em suspensão por mais
1. espessura da camada
tempo que um pó pesado, mas ambos
2. temperatura da superfície que recebe
eventualmente formam camadas nas
o pó
superfícies expostas. Se estas superfícies
3. vizinhança imediata
estiverem quentes ou se houver alguma
A temperatura de ignição pode cair
outra fonte de energia, uma camada de pó
quando a espessura da camada aumenta.
flamável é um risco constante e pode
No caso de nuvens de pó, os dados
entrar em ignição produzindo um incêndio
podem ser afetados por
cuja severidade depende das
1. conteúdo do solvente
características de queima do material.
2. presença de aditivos
Alguns pós flamáveis em forma de
3. distribuição do tamanho da partícula
camada quando entram em ignição
na nuvem.
possuem a habilidade de propagar a
Para um dado material, uma nuvem de
combustão pela chama ou se queimam
pó com uma maior proporção de pequenas
lentamente, particularmente quando estiver
partículas é mais provável de ter uma
em grande quantidade. Em alguns casos,
menor temperatura de ignição que a
quando a fonte de ignição é removida, a
nuvem com uma predominância de
combustão da camada de pó cessa. Em
grandes partículas. Assim, é essencial
outros casos, ela continua e a camada de
obter a orientação de um especialista para
pó é chamada de fogo trem.
fornecer tais dados.
Uma camada de pó flamável pode
sofrer perturbada para formar uma nuvem
de pó que pode se espalhar e
5.2. Método de classificação
eventualmente formar outra camada em Como uma nuvem de pó flamável pode
outro local. Este ciclo pode ser repetido de se formar como o resultado de liberação
tempos em tempos. Quando ocorrer uma de pó do equipamento da planta e também
pequena explosão, camadas de pó de distúrbios de depósitos de pó e por
flamável de uma grande área podem ser causa da dificuldade de quantificar o
perturbadas para formar uma nuvem que, tamanho da área de espalhamento das
entrando em ignição, pode criar uma nuvens de pó, é recomendado o uso do
29
Classificação de Áreas
3.30
Classificação de Áreas
3.31
4
Classificação dos Instrumentos
um instrumento elétrico de uso geral, em
Objetivos de Ensino um local onde existe um gás inflamável
ou explosivo. Em casos menos
1. Conceituar classificação mecânica aparentes, um processo pode falhar ou
do invólucro conforme NEMA e IEC se romper, por causa de um instrumento
IP. mal especificado. Essa ruptura pode
2. Conceituar a classificação de desprender alguma coisa indesejável às
temperatura e elétrica do instrumento pessoas ou aos equipamentos que
elétrico. estejam próximos, tais como pressão,
3. Apresentar o conceito de corrosão vapor, gás tóxico, liquido corrosivo ou pó
química, seus efeitos e como evitá-la. explosivo. Isso pode provocar mortes,
4. Listar e analisar os processos danos físicos, perda de materiais e de
típicos marginais, envolvendo equipamentos. O instrumento, em virtude
oxigênio, cloro, hidrogênio e enxofre de sua natureza funcional, pode ser o elo
mais frágil em uma linha de processo,
1. Introdução com relação à capacidade de conter o
processo rigoroso e resistir à corrosão.
De um modo simplificado, o A economia, embora menos visível, é
instrumento é construído por um também fundamental. É quase
fabricante, especificado por uma firma de impossível colocar em números o quanto
engenharia e aplicado pelo usuário final. custa a corrosão do instrumento. Porém,
Quando se considera essa cadeia de é fácil entender que ela custa a todos. A
eventos: fabricação, especificação e uso corrosão custa ao fabricante, em termos
do instrumento, há cuidados que devem de vantagem de competição, ela custa
ser considerados para garantir a ao usuário final em termos de
integridade e o funcionamento do manutenção, paradas forçadas, mau
instrumento. Deve ser entendido e aceito funcionamento do instrumento e pobre
que um instrumento, antes de eficiência do processo e finalmente, ela
desempenhar a sua função desejada, custa ao consumidor por causa do maior
deve sobreviver. Nenhum amontoado de custo do produto.
sofisticação na sua fabricação ou na sua O conhecimento da classificação da
especificação compensa a incapacidade área é fundamental e é o ponto de
do instrumento viver em um ambiente partida para a especificação correta dos
hostil. instrumentos. A especificação do
Há duas razões para justificar a instrumento enviada ao fabricante pela
harmonia de cooperação na fabricação, firma de engenharia ou pelo usuário,
especificação e uso do instrumento: deve determinar qual Classe, Grupo e
segurança e economia. Zona (Divisão) do local de montagem.
A segurança de um local pode ser
comprometida com a simples presença
de um instrumento. É o caso do uso de
4.1
Classificação dos Instrumentos
4.2
Classificação dos Instrumentos
0 sem proteção,
1 objetos com diâmetro acima de 50 mm
2 objetos com diâmetro acima de 12 mm
3 objetos com diâmetro acima de 2,5 mm
4 objetos com diâmetro acima de 1 mm
5 protegido contra pó
6 vedado a pó
4.3
Tab. 8.3. Proteção do equipamento contra ingresso de sólidos e líquidos, conforme IEC IP
4.4
Tab. 8.4. Resumo da denominação NEMA
2.2. Norma NEMA
NEMA 1 uso geral
A norma NEMA (National Electrical
NEMA 2 a prova de respingos
Manufacturers Association) fornece outro
NEMA 3 a prova de tempo
método de classificação do invólucro do
NEMA 4 vedado a jatos d'água
instrumento para indicar os vários
NEMA 5 vedado a poeira
ambientes para os quais o instrumento é
adequado. A norma cobre os detalhes de NEMA 6 uso imerso
construção e os procedimentos de teste NEMA 7 a prova de explosão, Classe I
para verificação se o instrumento está NEMA 8 prova de explosão, contato em óleo
conveniente com a classificação NEMA 9 a prova de explosão, Classe II
recebida. Todas as designações NEMA NEMA 10 a prova de explosão, minas
requerem invólucros resistentes à NEMA 11 resistente a ácidos
ferrugem. Basicamente, há dois locais de NEMA 12 resistente a choque mecânico leve
uso: interno ou externo. Os dígitos que NEMA 13 a prova de poeira, não vedado.
designam a classe NEMA variam de 1 a
13. Tab. 8.5. Conversão de Números NEMA para IEC
Há três termos chaves nas
designações NEMA: NEMA IEC
1. prova de - significa que o ambiente
não atrapalha o funcionamento ou 1 IP 10
operação do instrumento. Por 2 IP 11
exemplo, instrumento à prova de
3 IP 54
tempo funciona normalmente mesmo
quando submetido aos rigores do 3R IP 14
tempo: vento, umidade, orvalho. Ele
3S IP 54
não é necessariamente vedado ao
tempo, porém, se garante que, 4 e 4X IP 56
mesmo que o ambiente entre no seu
5 IP 52
interior, ele continua funcionando
normalmente. 6 e 6P IP 67
2. resistente a - significa que o 12 e 12K IP 52
instrumento não se danifica quando
na presença do determinado 13 IP 54
ambiente. O equipamento resistente
a é mais frágil que o a prova de. O Não pode ser usado para converter
equipamento resistente a geralmente IEC em NEMA.
possui uma restrição, por exemplo, Embora o NEC tenha algumas
de pressão máxima. Por exemplo, um classificações de invólucro que incluem a
relógio resistente a água para 100 classificação elétrica, a classificação
metros significa que funciona quando mecânica não pode ser confundida com
usado dentro d'água, sem se a classificação elétrica. Elas são
danificar, mas até uma profundidade independentes. Por exemplo, o uso do
de 100 metros. Além deste limite, ele instrumento em local externo nem
pode se danificar e deixa de sempre é necessário para um local de
funcionar. Zona 1. Assim como a classificação
3. vedado a - significa que o mecânica de uso externo não assegura
instrumento é hermeticamente selado que o instrumento possa ser montado em
para aquele determinado ambiente. local perigoso, a classificação para uso
Por exemplo, instrumento vedado a em área classificada não garante que o
pó evita a entrada de pó no seu instrumento possa ser montado em áreas
interior. externa. Pode haver qualquer
combinação entre as classificações
mecânica (uso externo e interno) e
4.5
Classificação dos Instrumentos
4.6
Classificação dos Instrumentos
cinco classes G (VDE 0171) de grupos Tab. 8.7. Temperaturas de ignição para os
de ignição e 14 classes de temperatura grupos
pelo NEC.
A classe de temperatura do Grupo Temperatura de Ignição (oC)
instrumento deve ser marcada na sua
A 280
plaqueta de identificação. Equipamentos
B 280
cujas superfícies ou componentes não
C 160
excedem a 100 oC não necessitam de
D 215
marcação explícita (Classes T5 e T6).
Para se usar um instrumento elétrico
em área perigosa é importante se
comparar sua classe de temperatura com 5. Agrupamento pelo Gás
a mínima temperatura de auto-ignição do
Nos anos recentes, é uma prática
gás presente. A máxima temperatura
quase universal usar o sistema IEC de
alcançada pelo instrumento deve estar
agrupar os aparatos de modo que seja
abaixo da mínima temperatura de auto-
indicado quando e onde o instrumento
ignição do gás presente. A norma
pode ser usado com certos gases.
brasileira (ABNT EB 239) estabelece que
Rigorosamente, em vez de se agrupar os
a temperatura máxima que o instrumento
gases, agrupam-se os equipamentos que
pode alcançar deve ser igual ou menor
podem ser usados na presença de
que 70% da mínima temperatura de
determinados gases. Sob o ponto de
ignição do gás inflamável.
vista prático de segurança, o
O instrumento a ser montado na área
agrupamento dos aparatos é equivalente
perigosa deve ter uma classe de
ao agrupamento dos gases perigosos. A
temperatura (classe T) quando
máxima temperatura da superfície do
certificado, ou no caso de aparato não
instrumento da área perigosa não pode
certificado, uma classificação de T4 (135
oC) é assumida se a saída de potência exceder a temperatura de ignição do gás.
Quanto maior a classificação de
da fonte de alimentação é igual ou menor
temperatura do instrumento, menor é a
que 1,3 watt na temperatura ambiente de
máxima temperatura de sua superfície e
40 oC.
mais seguro ele é.
O agrupamento internacional dos
Tab. 8.6. Classes de Temperatura gases aloca o numero romano I para os
ambientes subterrâneos de mina, onde
Classe T Classe G (NEC) Temperatura
há a predominância do metano e do pó
máxima (oC) de carvão.
Todos os equipamentos industriais,
T1 G1 T1 450
T2 G2
de superfície, são marcados com o
300
T2A 280
algarismo romano II e os grupos de
T2B 260 gases são subdivididos em função do
T2C 230 mais significativo:
T2D 215 IIA (propano)
T3 G3 200 IIB (etileno)
T3A 180 IIC (hidrogênio).
T3B 165 O grupo IIA é o menos inflamável e
T2C 160 requer o maior nível de energia da faísca
T4 G4 135 para entrar em ignição.
T4A 120 A principal vantagem da classificação
T5 G5 100 do gás é o uso da mesma classificação
T6 - 80 para a segurança intrínseca e para a
proteção de prova de chama.
A norma européia (EN 50014) coloca
o acetileno, bi-sulfeto de carbono e
nitrato de etileno no grupo IIC, o mais
4.7
Classificação dos Instrumentos
4.8
Classificação dos Instrumentos
4.9
Tab. 8.9. Condições de Transporte, Armazenamento e Operação (*)
Notas:
1. Embora o LCD (display de cristal líquido) não seja danificado em qualquer temperatura dentro dos
Limites de Armazenagem e Transporte, as atualizações ficam mais lentas e a facilidade de leitura piora
em temperaturas fora das Condições Normais de Operação
2. Com a tampa superior colocada e as entradas dos conduítes seladas.
3. Carga mínima de 200 Ω é necessária para a comunicação apropriada (Ver figura).
4. Parte molhada do diafragma sensor em um plano vertical.
5. Ver exigências de fonte de alimentação e limites de carga
4.11
corrosivo especifico. Ela é a causa de
7. Corrosão do Instrumento muitas falhas em ligas metálicas. A
corrosão por ruptura de tensão ocorre
De um modo simplificado, a corrosão comumente em materiais metálicos que
é o ataque destrutivo sofrido por um entram em contato com produtos de
material e causado por um produto exploração de petróleo, óleo ou gás, que
químico. Os engenheiros de corrosão possuam enxofre ou acido sulfídrico
conhecem de 50 a 60 tipos diferentes de como impurezas.
corrosão, embora as diferenças entre
alguns tipos sejam mais técnicas do que
práticas.
7.1. Tipos
Sob o ponto de vista de
instrumentação são importantes e mais
encontradas três modalidades de
corrosão: química, galvânica e ruptura
por tensão (stress cracking). Fig. 4.6. Efeito da corrosão em peça metálica
A corrosão química é, muito
simplesmente, o que o nome implica: o
produto químico de ataque dissolve ou 7.2. Efeitos
reage com o material com o qual ele está
em contato direto. Essa é a corrosão que Os resultados da corrosão de um
ocorre com as partes molhadas que instrumento dependem tanto do tipo da
estão em contato com o processo corrosão como do tipo ou função do
industrial. instrumento. Para efeitos didáticos pode-
A corrosão galvânica ocorre quando se dividir em duas grandes categorias as
dois metais diferentes são colocados em falhas resultantes da corrosão:
contato e expostos a uma solução contenção do processo e funcionais do
condutora. O efeito final é a destruição instrumento.
do metal mais reativo e proteção do A válvula de controle e alguns
metal menos reativo. Essa propriedade medidores de vazão contem em seu
pode ser usada, beneficamente, para interior o próprio processo a ser
proteção contra corrosão. A corrosão controlado,. com todos os seus rigores.
galvânica pode ocorrer em tubulações Quando tais instrumentos sofrem
com isolação térmica , simplesmente se corrosão, de modo a perder sua
forem usados dois metais levemente integridade física, a linha onde o
diferentes, por exemplo, aço carbono e instrumento está montado certamente
aço inoxidável, um para o tubo interno e vaza produto para o exterior. Os
outro para o externo. A corrosão resultados desse tipo de falha podem
galvânica pode ainda acontecer entre variar desde um pequeno inconveniente,
diferentes partes de um mesmo metal. facilmente reparável, até um prejuízo
Ou seja, quando se tem um mesmo pessoal, envolvendo fogo e explosão,
material, porém, com diferentes níveis de com perda de vidas e destruição de
tensão mecânica, com efeitos térmicos equipamentos.
de solda ou de tratamento, com As falhas funcionais podem ser de
impurezas, pode se ter a corrosão dois tipos:
galvânica entre suas partes. A corrosão 1. perda total da função, exigindo
galvânica é mais importante para as reparo ou substituição do
partes do instrumento expostas à instrumento completo ou
atmosfera. 2. perda parcial da função, que pode
A corrosão por ruptura de tensão é a resultar na queda da eficiência do
falha do metal devida à combinação da processo. A falha funcional parcial
tensão mecânica e um ambiente pode ficar totalmente
4.12
Classificação dos Instrumentos
4.13
Classificação dos Instrumentos
4.14
Classificação dos Instrumentos
4.15
Classificação dos Instrumentos
4.16
Classificação dos Instrumentos
4.17
5
Técnicas de Proteção
ocorrer uma explosão, provocada pelo
Objetivos de Ensino instrumento elétrico.
Quando existe um material combustível
6. Apresentar os princípios gerais de pode haver explosão ou incêndio. Mesmo
redução do perigo. que não haja a presença humana, mesmo
7. Apresentar as técnicas de proteção que não seja usado o equipamento
menos comuns a sistemas mas elétrico, em alguma ocasião, uma fonte de
igualmente importantes porque ignição pode aparecer e provocar uma
aplicadas à componentes e partes, combustão. A probabilidade de haver fogo
como segregação, ignição contínua, ou explosão nunca é absolutamente zero
não incenditivo, segurança aumentada, se uma substância combustível é
selagem, enchimento de areia ou pó, frequentemente presente. Do mesmo
imersão em óleo, respiração restrita, modo. a probabilidade de explosão nunca
diluição contínua e especial. é absolutamente igual a zero se uma fonte
8. Comparar as três principais técnicas de ignição está frequentemente presente.
de proteção, prova de explosão, purga Eventualmente, um material combustível
e segurança intrínseca. pode também estar presente, provocando
então um incêndio ou explosão.
1. Redução do Perigo Por isso é comum haver o incêndio de
um escritório, que no presente trabalho é
considerado um local seguro. Embora não
1.1. Introdução possua material flamável, ele possui
Na maioria das aplicações, reduzir o continuamente fontes de energia e de
perigo de explosão significa reduzir a ignição, como a alimentação elétrica dos
probabilidade de danos significativos as condicionadores de ar, luminárias,
instalações ou perda de vidas humanas, motores. Analogamente, é freqüente
como resultado de explosão ou incêndio incêndios em postos de gasolina, onde
em produtos flamáveis, provocados pelos constantemente há a manipulação de
instrumentos elétricos da área. Sob o materiais combustíveis, como gasolina,
ponto de vista de perigo industrial, o álcool, óleo diesel. Basta haver a
incêndio é mais catastrófico que a conjunção de uma fonte de energia,
explosão isolada. Infelizmente, muitos elétrica ou térmica, para provocar o
incêndios são provocados ou começam incêndio ou explosão.
com uma explosão. A redução do perigo não é portanto, um
Esse trabalho enfatiza a relação entre o exercício de números absolutos. É um
uso de instrumento elétrico e a segurança assunto de baixas probabilidades e,
de uma planta que possui materiais especialmente, incremento de baixas
flamáveis. O objetivo de reduzir o perigo é probabilidades. O princípio básico e
assegurar que a adição do instrumento fundamental da redução do perigo, através
elétrico a uma instalação não aumenta de técnicas alternativas de segurança, é o
significativamente a probabilidade de de fornecer, no mínimo, dois eventos
independentes, cada um com baixa
5.1
Técnicas de Proteção
5.2
Técnicas de Proteção
5.3
Técnicas de Proteção
5.4
Técnicas de Proteção
Área segura
FI
R R F Atmosfera perigosa
Suprimento
da purga
V
Z
Barreira de S.I.
Fig. 5. 5. Instrumento protegido por purga
Fig. 5.6. Esquema da segurança intrínseca
5.5
Técnicas de Proteção
5.6
Técnicas de Proteção
5.7
Técnicas de Proteção
5.8
Técnicas de Proteção
5.9
Técnicas de Proteção
5.10
Técnicas de Proteção
5.11
Técnicas de Proteção
5.12
Técnicas de Proteção
5.13
Técnicas de Proteção
5.14
Técnicas de Proteção
5.15
Técnicas de Proteção
Pó Diluição Contínua
Além da purga-pressurização, selagem
e respiração restrita existe a técnica de
proteção de diluição continua. Ela se aplica
Fig.4.14. Esquema simplificado da proteção de a equipamentos onde a mistura inflamável
enchimento de areia perigosa é injetada dentro do instrumento,
como em analisadores e cromatógrafos.
A diluição continua se baseia na
Respiração Restrita introdução de gás protetor em quantidade
suficiente para diluir qualquer mistura
O aparato com proteção de respiração
inflamável presente durante a operação
restrita é construído de tal modo que a
normal ou sob condições de falha do
ocorrência de misturas explosivas de gás
equipamento, como quebra do tubo de
ou vapor com o ar interno do invólucro é
amostragem. A diluição garante que a
evitada durante um certo tempo limitado e
mistura sempre fica abaixo do limite
que não causa explosão externa por suas
inferior de explosividade e inflamabilidade;
partes externas.
tipicamente 50% destes limites.
A respiração restrita se baseia na
selagem. O princípio básico é isolar as
3.7. Proteção Especial (Ex s)
partes elétricas dentro de um invólucro
através de um selo hermético que evita a Um conceito que foi adotado para
entrada casual de qualquer atmosfera permitir a certificação dos tipos de
inflamável externa. aparatos elétricos que, por sua natureza,
A certificação de uma caixa para não estão de conformidade com as
respiração restrita é determinada por teste. exigências de construção especificas do
Há dois tipos de testes: aparato com tipos estabelecidos de
proteção, mas que, mesmo assim, pode
5.16
Técnicas de Proteção
5.17
Técnicas de Proteção
5.18
Técnicas de Proteção
5.19
Técnicas de Proteção
IGNIÇÃO PERMITIDA
IGNIÇÃO EVITADA
Ignição contínua
ou Flare Segurança Controle da concentração Isolação da fonte
Respiração restrita
Fig. 5.15. Visão geral das técnicas de proteção de instrumentos, equipamentos e aparatos elétricos
5.20
6
Prova de Explosão
A definição dada pelo NEC para
Objetivos de Ensino equipamento a prova de explosão é a
seguinte:
1. Conceituar instrumento à prova de equipamento fechado em uma caixa
explosão ou prova de chama. que é capaz de suportar uma explosão
2. Apresentar os parâmetros envolvidos de uma mistura gasosa específica que
com o conceito de prova de explosão. pode ocorrer dentro dela e de evitar a
3. Resumir as principais recomendações ignição de uma específica mistura
relacionadas com a montagem, gasosa externa e em redor da caixa,
operação e manutenção de através de faísca, chama ou explosão
equipamentos à prova de explosão. da mistura gasosa interna e que opera
4. Listar as normas relacionadas com a em uma temperatura externa de modo
proteção de prova de explosão. que a mistura inflamável externa não
entre em combustão por causa dela.
1. Definições e Conceitos Esta definição inclui vários critérios e
conceitos.
A proteção de prova de explosão ou de 1. O circuito elétrico deve ser
chama é, possivelmente, o mais comum e envolvido por um invólucro ou caixa
facilmente reconhecível método alternativo (invólucro a prova de explosão),
de proteção aplicado a equipamentos 2. A caixa deve ser capaz de suportar
elétricos montados em áreas perigosas. O as pressões geradas pela explosão
conceito foi desenvolvido no início do que pode ocorrer no seu interior.
século, cerca de 1906, porém até hoje Para desempenhar sua função
ainda possui aspectos nebulosos e pouco protetora, a caixa a prova de
conhecidos. explosão é caracterizada por uma
Nos Estados Unidos é chamado de construção robusta, resistente,
prova de explosão; na Europa, de prova de contendo materiais apropriados,
chama. Aliás, a escolha do nome implica, com tampas rosqueadas ou
já, em diferenças de conceitos, embora o aparafusadas de modo diferente
resultado final seja equivalente: em ambos que o normal, com espaçamentos
os casos há uma proteção efetiva, através bem determinados, acabamentos
do confinamento da explosão no interior do especiais nas superfícies de
equipamento ou pelo resfriamento da contato dos flanges, volume e
chama quando ela escapa para o exterior. formatos adequados, colocação
Durante o trabalho se fará referência a correta do circuito elétrico. O
ambos nomes indistintamente, à prova de invólucro a prova de explosão ou
explosão e à prova de chama. prova de chama deve conter a
A sua abreviação é Ex-d, "d" de explosão sem se danificar ou
druckfest, alemão, que significa vedado a deformar.
pressão. 3. Os invólucros a prova de explosão
não são vedados à entrada de
6.1
Prova de Explosão
6.2
Prova de Explosão
6.3
Prova de Explosão
6.4
Prova de Explosão
está intimamente ligado a distancia de da conexão igual ou maior que 5 mm, para
extinção ou resfriamento da mistura caixas menores que 100 cm3 ou 8 mm,
gasosa. para caixas maiores que 100 cm3 de
Para caixa com volume menor que 100 volume. Os furos rosqueados não usados
3
cm o espaçamento é de 6 mm. devem ser preenchidos com tomadas ou
bujões de selagem, que os vedem
totalmente.
Tab. 5.1. Parâmetros de Explosão de Caixa Por causa do fenômeno de acúmulo de
Fechada pressão, todos os conduites devem ser
selados. Não deve haver união, conexão
Pmax kPa Tempo para MESG, ou caixa de acoplamento no conduite entre
Material o selo e ponto em que o conduite deixa a
(psig) Pmax, ms mm
área perigosa. Os cabos e condutores
Metano 704 (102) 70 1,17 elétricos também devem ser selados, a
Propano 842 (122) 46 0,96 não ser que sejam incapazes de
transportar gases.
Pentano 847 (123) 53 1,00 Quando se usam parafusos para
Éter 804 (131) 49 0,86 fixação de tampas ou flanges, as normas
estipulam o numero e a distancia mínimos.
Etileno 870 (126) 25 0,71 E o furo do parafuso não deve ser
Hidrogênio 725 (105) 7 0,10 considerado como trajetória da chama e
por isso não deve ser maior que o
Acetileno 1002 (146) 14 0,025
diâmetro de parafuso além de 0,045".
3. Juntas
2.5. Furos
Em princípio, os gases quentes da 3.1. Introdução
explosão interna só devem sair através dos
espaçamentos normalizados entre flanges. A eficiência de uma junta depende de
Qualquer outro furo ou buraco deve ser vários fatores. A experiência mostra que
evitado. Os furos na caixa para colocação uma junta simples, satisfazendo as
da plaqueta de identificação devem ser mínimas exigências de construção em uma
fechados por solda ou rebite. Furos para norma, não necessariamente satisfaz as
fixação dos mecanismos devem exigências de prova de explosão. Para
rosqueados e não podem ter menos que 5 fornecer segurança ao invólucro, os
filetes completos de rosca. Parafusos parafusos da devem ser suficientemente
removíveis não podem nunca traspassar a fortes e ter espaçamentos pequenos,
parede da caixa. A espessura metálica no principalmente para o equipamento
fim do furo do parafuso deve ser maior que projetado para locais de Grupo A e B.
1/3 do diâmetro do furo. Praticamente quase todo invólucro usado
É permissível a entrada para cabo ou em locais do Grupo A é rosqueado. Os
conduite. O tipo mais comum de junta é a fabricantes perceberam que é impraticável
rosca, usada em sistemas de conduites construir motores e geradores elétricos
para a fiação elétrica, em tampas redondas para uso em locais de Grupos A e B, não
e plugs. Para fins de proteção à prova de somente porque há pouca demanda para
explosão, a rosca é muito eficiente, pois tais equipamentos mas por que deveria
ela não se abre quando submetida às haver tolerâncias extremamente rigorosas
condições de explosão e apresenta uma entre o eixo girante e o estator que seria
longa trajetória para a chama, esfriando-a impraticável em uma produção de linha.
eficazmente. Todas as conexões devem
ser projetadas para permitir 5 filetes de
rosca (ABNT sugere 6), comprimento total
6.5
Prova de Explosão
6.6
Prova de Explosão
6.7
Prova de Explosão
que a pressão gerada pela explosão da por norma, usar gaxetas entre
mistura Acetileno + ar é muito maior que a flanges.
da mistura de Hidrogênio + ar. Mesmo que 3. alguns grupos, como por exemplo,
o Hidrogênio e o Acetileno possuam o acetileno + ar, não podem ser
mesmo MESG, a propagação da explosão usados com equipamentos
através de uma junta plana é mais flangeados. Usam-se, então, juntas
provável em uma explosão acetileno + ar cilíndricas.
do que uma explosão hidrogênio + ar, por 4. o acabamento das superfícies de
que o espaçamento entre as superfícies da contato dos flanges deve ser
junta provavelmente irá abrir mais sob as excelente, no mínimo de 6,3 um.
condições dinâmicas da explosão. 5. na montagem dos flanges, deve-se
A deformação da junta entre as duas garantir que não haja nenhum
superfícies depende de vários fatores: obstáculo, sujeira, graxa ou
1. resistência da caixa em si, qualquer partícula estranha,
resultante do seu formato, material, principalmente metálica, entre o
espessura e método de fabricação, intervalo dos flanges.
2. massa da caixa,
3. taxa de variação do aumento da
pressão da explosão,
4. material e tamanho dos parafusos,
5. espaçamento entre os parafusos.
A maior resistência do parafuso é
conseguida pelo aumento do seu diâmetro
e pelo uso de um material com maior
resistência à tensão. Para uma junta plana
típica, os parafusos são mais resistentes e
menos espaçados para o invólucro para
local de Grupo B ou C do que os
requeridos para uma caixa para local de Fig. 6.9. Os únicos invólucros permitidos pelo NEC
Grupo D. entre o selo e a caixa selada à prova de explosão
são: união, cotovelo e conduites tipo L, T e X.
4. Flanges
Nas caixas à prova de explosão com
flanges, é entre os flanges que os gases 5. Selos
quentes escapam para o exterior e por
Em locais de Classe I, Divisão 1, os
isso elas são responsáveis pelo
selos servem para vários propósitos:
resfriamento desses gases. No projeto dos
1. devem ser usados em cada
flanges devem ser considerados os
conduite que deixa um local mais
seguintes parâmetros: espaçamento,
perigoso (Divisão 1) para entrar em
tamanho, material, acabamento, possíveis
um local menos perigoso (Divisão
obstáculos entre os espaçamentos,
2) ou seguro, para impedir ou
quantidade de parafusos e distancias entre
minimizar a passagem de gases
furos.
através do conduite, que estaria
Considerando-se o flange como
agindo como um gasoduto,
dissipador de calor tem-se:
2. para completar a caixa a prova de
1. os flanges menores são menos
explosão, pois o conduite é parte do
eficazes, portanto devem ser
sistema do invólucro a prova de
montadas mais próximas, para
explosão, desde que ele é uma
manter a mesma proteção que
entrada.
flanges maiores e mais distantes.
3. para evitar a passagem da chama
2. os flanges devem ser também
ou explosão de uma parte da
metálicas e o contato deve ser
instalação para outra, através do
metal contra metal. Não se pode,
conduite (propagação da pressão).
6.8
Prova de Explosão
6.9
Prova de Explosão
7. Equipamentos Elétricos
Os artigos 500 e 501 do NEC fornecem
os parâmetros básicos para o equipamento
usado nas áreas perigosas de Classe I. O
artigo 500 contem definições, restrições de
temperatura e marcação. As exigências
principais estão no artigo 501; as
necessidades específicas nos artigos 511-
517.
Fig. 6.10. O NEC permite um único selo entre dois 7.1. Chave
invólucros, se o conduite não for maior que 0,9 m e A chave é um dispositivo atuado
o selo não seja mais distante que 0,6 m dos manual ou mecanicamente para ligar-
invólucros. desligar e selecionar ligações de circuitos
elétricos.
A chave pode gerar arco voltaico no
Não somente a pressão máxima da seu fechamento ou abertura. Por isso,
explosão é maior, como também o quando usada em áreas classificadas, ela
acúmulo de pressão aumenta a velocidade deve ter classificação elétrica compatível
de variação da pressão. Ou seja, o com a classificação da área. Na prática,
acúmulo de pressão torna a velocidade de ele deve ser ou à prova de explosão ou
combustão maior. A velocidade de queima purgada ou intrinsecamente segura. Em
6.10
Prova de Explosão
7.3. Solenóides
O solenóide é uma bobina energizada
eletricamente que produz um campo
magnético em seu interior. A criação deste
campo serve para movimentar a haste da
válvulo solenóide.
Em locais de Classe I, Divisão 1, os
solenóides devem ser aprovadas para este
local. As construções mais típicas
aprovadas são a prova de explosão e
intrinsecamente seguras.
Os solenóides a prova de explosão são
Fig. 6.13. Detalhe da botoeira à prova de explosão disponíveis em uma variedade de
tamanhos. Os solenóides intrinsecamente
seguras são limitadas a tamanhos
7.2. Transformadores pequenos. A limitação é devida a maior
O transformador consiste de duas indutancia e maior corrente que a maior
bobinas colocadas em indução mútua para solenóide necessita para operar. Sob
alterar níveis de voltagem, corrente ou condições de falha, a energia armazenada
impedância em circuitos de corrente pela indutancia pode se somar a corrente
alternada. de falha fornecida pela fonte de
Em locais de Classe I, Divisão 1, os alimentação. A energia combinada da
transformadores contendo líquidos que fonte de alimentação mais a indutancia
queimam, devem ser instalados fora da pode ser suficiente para provocar ignição
área em um poço separado. Este local da atmosfera perigosa.
deve ser arranjado de modo que a porta e
6.11
Prova de Explosão
6.12
Prova de Explosão
8. Prova de Tempo
A maioria das normas proíbe o uso de
gaxetas de vedação em espaços de
flanges, exceto sob tampas de vidro. Como
a gaxeta é que faz a vedação do
instrumento, tornando-se a prova de
tempo, é problemático a conciliação de
instrumento simultaneamente à prova de
explosão e à prova de tempo.
Fig. 6.15. Junta do eixo do motor que o torna à Na prática, são disponíveis
prova de explosão instrumentos a prova de explosão e a
prova de tempo. A solução é o uso de
Os motores e geradores em locais de anéis O, especiais, que não atrapalham o
Classe II, Divisão 1 devem ser de um dos resfriamento dos gases queimados, ao
dois tipos: ponto de provocar explosão exterior.
1. prova de ignição de pó ou Usam-se anéis O na conexão rosqueada,
2. totalmente fechado, ventilado por colocando-os na saída da rosca. Em
tubo. conexões flangeadas, os anéis O são
Para usar motor totalmente fechado e colocados na saída do flange. Deve-se
ventilado por tubo, a máxima temperatura projetar os flanges de modo que o
da superfície não pode exceder os valores espaçamento requerido para fornecer a
estabelecidos pela norma [NEC 500-3(d)]. segurança contra a explosão não seja
O tubo de ventilação não pode permitir a excedido pela inclusão do anel O. O anel
entrada de pó. O impede a entrada de água no interior da
Os motores para Classe III devem caixa, porém não impede o resfriamento
satisfazer as exigências da Classe II: ou dos gases queimados que saem da caixa,
seja: os anéis O devem ser movidos e
1. totalmente fechado sem ventilação, colocados apenas para operação real, pois
2. totalmente fechado com ventilação eles se danificam, irrecuperavelmente,
por tubo ou durante os testes de explosão.
3. totalmente fechado resfriado com Quando os instrumentos a prova de
ventilador. explosão não são a prova de tempo e
Em locais onde a autoridade necessitam ser instalados em área
responsável julga que somente ocorre externa, deve-se fornecer meios extras
acúmulo moderada de fibras e onde a que os protejam das intempéries, chuva,
máquina é facilmente acessível para umidade. Por exemplo, fazendo um
limpeza, permite-se o seguinte: pequeno abrigo para colocar o instrumento
1. motor têxtil com gaiola de esquilo a prova de explosão.
autolimpante,
2. motor aberto padrão sem contatos
deslizantes, centrífugo ou outros
tipos de mecanismos de
chaveamento, incluindo o
dispositivo de sobrecarga do motor.
3. motor aberto padrão tendo contatos
de chaveamento ou resistência
fechado dentro de invólucro rígido
sem ventilação ou outra abertura.
6.13
Prova de Explosão
6.14
Prova de Explosão
6.15
Prova de Explosão
6.16
Prova de Explosão
6.17
Prova de Explosão
6.18
Prova de Explosão
6.19
Prova de Explosão
14.2. Teste de Temperatura Fig. 6.23. Arranjo típico para teste de explosão, com
tubulações paralelas. A seção não metálica da
O teste de temperatura é usado para: tubulação serve para isolar eletricamente o
1. determinar se o produto satisfaz as
equipamento sob teste. As chaves colocam em
exigências de temperatura em
curto circuito o sistema no enchimento e purga, para
todos os componentes e
evitar o aparecimento de eletricidade estática.
2. colocar a marcação de temperatura
adequada.
Os testes de temperatura feitos no
14.4. Máximo Espaçamento Seguro
equipamento a prova de explosão são
essencialmente iguais aos feitos em Experimental
equipamento de uso geral, com duas Sabe-se, desde o século passado, que
exceções: a ignição de uma atmosfera inflamável
1. as temperaturas são medidas na pode ser evitada pela separação da
superfície externa da caixa a prova atmosfera da fonte de ignição por uma tela
de explosão para determinar a ou um material com pequenas aberturas.
temperatura de operação, no Este princípio foi usado em operações
ambiente de 40 oC, subterrâneas de minas, onde o metano é
2. os testes são feitos também em um perigo constante (lâmpada Davy,
condições anormais, com 1815).
sobrecarga, rotor bloqueado, com Este princípio foi usado quando os
apenas uma fase (motores e equipamentos elétricos começaram a ser
geradores) e com a armadura usados em atmosferas inflamáveis e
bloqueada (solenóides). explosivas. Fez-se muita pesquisa para
determinar os espaçamentos seguros em
invólucros contendo circuitos elétricos
6.20
Prova de Explosão
6.21
Prova de Explosão
6.22
7
Purga ou Pressurização
ar ou gás inerte é mantida através da caixa
Objetivos de Ensino para evitar a entrada de qualquer gás ou
vapor inflamável que pode estar presente
1. Conceituar equipamentos com a na atmosfera ambiente em que o invólucro
proteção de purga ou pressurização, está instalado.
mostrando vantagens, limitações e Em qualquer situação, o sistema de
aplicações, inclusive em purga-pressurização evita a entrada do
subestações. gás inflamável no interior do instrumento
2. Mostrar as características dos elétrico pela manutenção de uma vazão ou
diferentes tipos de purga conforme pressão de um gás inerte ou ar puro para
NEC. o interior do instrumento. Tem-se, assim,
3. Listar as normas concernentes uma área classificada no exterior do
aplicáveis. instrumento e uma área segura, sem
presença de gás inflamável, no interior do
1. Princípio de Funcionamento instrumento.
Os circuitos elétricos no interior do
Os conceitos de purga e de equipamento pressurizado são de uso
Pressurização são usados indistintamente, geral, manipulando alto nível de energia e
embora sejam diferentes. Rigorosamente, seus componentes podem atingir
a purga está relacionada com a vazão, a temperaturas elevadas. Os volumes,
Pressurização está associada com a diferentemente os aparatos a prova de
pressão. explosão, podem ser grandes, podendo
A purga ou a Pressurização (Ex "p") é o inclusive ter proporções de sala de
mais importante método alternativo de controle.
proteção de equipamentos elétricos
usados em atmosferas inflamáveis cujo
princípio de funcionamento se baseia no
controle da composição da atmosfera Atmosfera perigosa
perigosa. É também chamada de diluição
continua.
Embora a Pressurização seja uma
técnica complexa e cara, em algumas
aplicações, é a única solução disponível.
Um invólucro para maquinas e
equipamentos elétricos em que a entrada
de gases ou vapores inflamáveis é evitada ∆ Atmosfera
pela manutenção de ar ou outro gás não inerte
inflamável dentro do invólucro em uma
pressão especificada acima da atmosfera
externa.
Um invólucro para equipamentos
elétricos em que uma vazão suficiente de Fig. 7.1. Esquema simplificado da proteção purga
7.1
Purga ou Pressurização
7.2
Purga ou Pressurização
7.3
Purga ou Pressurização
7.4
Caixa do instrumento Caixa do instrumento
Placa de Placa de
advertência advertência
PA ou PI
Restrições
opcionais PI
Suprimento Suprimento
da purga da purga
Caixa do instrumento
Placa de advertência
Seguro
Falta de ar Entupido
PI
Restrição B
Restrição A
Suprimento
da purga
7.5
Purga ou Pressurização
Placa de Placa de
advertência advertência
Restrição opcional
Restrições
PS
opcionais PS
Suprimento Suprimento
da purga da purga
Caixa do instrumento
Placa de advertência
Seguro
Restrição B
Restrição A
Suprimento
da purga
7.6
Purga ou Pressurização
Fig. 7.4. Abrigo fechado com instrumentos de análise que requer pressurização se montado em local
classificado.
Fig. 7.5. Interior do abrigo com instrumentos de análise, que deve ser pressurizado se localizado em área
perigosa
Fig. 7.6. Interior da sala de controle, que deve ser pressurizado quando envolvido por área classificada
7.7
temperatura interna também não deverá
3. Pressurização e Ventilação ultrapassar um valor predeterminado,
normalmente 40 oC para subestações sem
de Subestação operador a fim de não causar danos aos
dispositivos elétricos.
3.1. Introdução O diferencial de pressão entre a
pressão interna e externa típico de projeto
Por motivos econômicos, operacionais é de 6 mm de coluna d'água. , valor esse
e disponibilidade de espaço os prédios considerado como de projeto. A
das subestações são geralmente temperatura do ar de insuflamento típica
localizados próximos às unidades de de projeto é a temperatura máxima medida
processo industriais e por isso eles ficam no local, no verão.
em locais de área classificada. Depois de definidos os valores da
A classificação da área requer pressão diferencial e da temperatura,
equipamentos elétricos com construção deve-se calcular a quantidade de calor
adequada compatível com o risco recebida pela fontes externas e gerada
apresentado (Classe, Grupo, Divisão). pelas fontes internas no ambiente. São
Considerando as desvantagens da exemplos de fontes internas de calor:
técnica alternativa de prova de explosão, luminárias, reatores, transformadores,
como alto custo de equipamentos e sua barramento, fiação, lâmpadas de
instalação, difícil manuseio de sinalização, resistores de aquecimento,
componentes por causa do grande peso e bobinas de solenóides e reles. A principal
volume, restrições de acesso e fonte externa de calor é o sol. Os dados de
impossibilidade de execução de dissipação térmica dos equipamentos
manutenção em circuitos vivos, a técnica internos do prédio geralmente são
de proteção mais usada é a de pressurizar fornecidos pelo respectivos fabricantes. O
a sala da subestação ou então fornecer calor devido à insolação, incluindo a
uma ventilação forçada para alterar a transmissão pelas paredes e teto deve ser
classificação da área para segura. calculado.
Se o local ficar seguro, por causa da Após levantados todos os dados
ventilação forçada ou da pressurização, térmicos, a vazão de ar necessária para
podem ser utilizados equipamentos de uso que o sistema opere dentro dos valores
geral, resultando em vantagens como esperados pode ser calculada. Este valor é
menor custo de aquisição e manutenção usado para o dimensionamento dos
dos equipamentos, facilidade de manuseio equipamentos. A pressão fornecida pelo
dos componentes, possibilidade de fazer ventilador deve levar em conta também as
manutenção em partes vivas do circuito, perdas de carga totais, incluindo eventuais
intercambialidade de componentes, os dutos de insuflamento.
facilidade de executar interligações e O ar insuflado será expelido para o
intertravamentos. meio externo através de venezianas
automáticas de pressão. A posição correta
3.2. Pressurização e Ventilação destas venezianas mantém o diferencial de
O sistema de pressurização e pressão necessário. Em caso de falta da
ventilação deve ser projetado pressão, um pressostato irá fecha-las
considerando-se a pressão, temperatura e automaticamente. Quando fechadas, elas
umidade internas. Através do insuflamento devem fornecer vedação completa.
de ar não contaminado para o ambiente a Quando o prédio da subestação possui
ser pressurizado, consegue-se que a sala de baterias de reserva, deve-se
pressão interna maior que a externa, manter a pressão nesta sala ligeiramente
evitando a entrada de misturas de gases inferior à dos demais ambientes, com a
ou vapores inflamáveis no ambiente onde finalidade de evitar que os gases
há a presença permanente de corrosivos emanados pelas baterias
equipamentos elétricos com nível de penetrem na sala de painéis e demais
energia elétrica e termina perigoso. A dependências. Isto é conseguido fazendo-
se com que o ar penetre na sala de
7.8
Purga ou Pressurização
7.9
Purga ou Pressurização
7.10
1
8
Segurança Intrínseca
1976 e 1984. Há ainda pequenas
Objetivos de Ensino divergências de terminologia entre a
comunidade européia e os EUA-Canadá.
1. Conceituar a proteção de segurança A técnica de segurança é muito usada
intrínseca e os parâmetros associados na Europa, recebida com confusão nos
de condição segura e insegura e EUA, pouco usada no Japão e pouco
componentes infalíveis. conhecida no Brasil. Muitos usuários tem
2. Apresentar a barreira zener de ouvido falar sobre ela e querem conhece-la
segurança intrínseca e unidades de mais, porém, se sentem confusos em
isolação e os meios de especificar, aplicar produtos com aprovação de
escolher, testar, instalar e inspecionar segurança intrínseca. Nos EUA, somente a
as diferentes barreiras. partir da edição de 1990 do NEC, a
3. Listar os cuidados relacionados com segurança intrínseca passou a ser parte da
a instalação e sistema intrinsecamente Seção 504. A grande variedade de
seguro, como aterramento, fiação, equipamentos no mercado e o aparente
segregação e inspeção. grande número de cálculos afugentam o
4. Listar as normas concernentes à instrumentista do conceito de segurança
segurança intrínseca. intrínseca.
8.1
Segurança Intrínseca
anormais específicas. A segurança determinam-se a tensão e a corrente
intrínseca evita explosões causadas por elétricas máximas permissíveis. Na prática
faíscas elétricas e superfícies quentes e felizmente, os níveis permitidos de
cuidando da fonte de energia. Essa tensão e corrente para o uso seguro são
definição se refere a sistema completo, compatíveis com os níveis de tensão e
porém, é aplicável também a instrumentos corrente típicos de instrumentação. Para
e equipamentos individuais, se estendendo facilitar as aplicações, são disponíveis
à fiasco do campo. curvas que fornecem diretamente a
O conceito genérico de segurança corrente de ignição versus a tensão do
intrínseca é extremamente simples, porém circuito aberto, para misturas específicas
os detalhes de aplicação são complicados. dos gases. Como as faixas de corrente e
Para a aplicação prática do conceito tensão para instrumentação são da ordem
devem ser atendidas três questões: de 4 a 20 mA cc e 24 V cc, mesmo para as
1. qual a energia necessária para misturas mais perigosas de acetileno e
causar a ignição, hidrogênio, há um grande fator de
2. como é definida a atmosfera segurança na aplicação de segurança
perigosa, intrínseca.
3. o que é condição anormal de
operação.
R L
Atmosfera perigosa
V C
8.2
Segurança Intrínseca
experimentais levantadas de testes de 4. as aberturas de qualquer um dos
laboratório e de aplicações. Assim, a partir fios do campo, curto circuito entre
da tensão máxima usado no sistema quaisquer dois fios de campo,
determina-se a máxima capacitância contato com o terra de qualquer fio
permissível. Analogamente, a partir da do campo do circuito
máxima corrente fornecida ao sistema, intrinsecamente seguro sendo
determina-se a máxima indutância considerado.
permissível.
8.3
Segurança Intrínseca
O curto-circuito, a abertura do circuito, 3. Aparato, Sistema e
o contato direto com o terra, situações
muito prováveis, são consideradas como
Componente
operação normal, pois o sistema é O equipamento em uma malha de
projetado de modo que elas não segurança intrínseca podem ser:
comprometam a segurança. 1. simples,
As falhas específicas se referem a 2. não simples
outros circuitos e a outros tipos de
problemas. Na segurança intrínseca, só se 3.1. Aparato Simples
perde a segurança quando ocorrem duas
falhas específicas e independentes entre Aparato simples é o equipamento que
si, o que constitui uma pequeníssima não gera tensão maior que 1.2 V e
probabilidade. corrente maior que 0.1 A e não armazena
É importante também ter a garantia de energia maior que 20 µ J ou a potência
que o circuito intrinsecamente seguro irá maior que 25 mW no sistema de
funcionar quando o sistema estiver nas segurança intrínseca, nas condições
condições normais. Com a colocação do normal e anormal, de acordo com as
resistor limitante de corrente, haverá uma especificações do fabricante. Os aparatos
queda de tensão através dos terminais simples são componentes ativos ou
entrada-saída da barreira. Esta queda de passivos puramente resistivos e seus
tensão deve ser considerada no projeto do exemplos típicos são: contatos simples,
circuito. termopares, RTDs, LEDs, fotocélulas,
strain-gages, potenciômetros não
2.5. Classificação ia e ib indutivos, resistores, caixas de passagem
e de terminais, plugs e soquetes.
A norma (CENELEC EN 50 020) define Os aparatos e componentes elétricos
dois graus de proteção: simples podem ser usados em sistemas
1. Ex ia - Segurança intrínseca com intrinsecamente seguros, sem certificação.
duas falhas, para uso em Zonas 0, Eles devem satisfazer as exigências de
1 e 2. isolação e distâncias das normas. A
2. Ex ib - Segurança intrínseca com classificação de temperatura dos aparatos
uma falha, para uso em Zonas 1 e é no máximo de T4 (135 oC). As caixas de
2, junção e as chaves devem ter classificação
O aparato elétrico da categoria ia deve de temperatura T6 (85 oC), por não
ser incapaz de causar ignição em conter componentes dissipadores de
operação normal, com uma única falha e energia.
com qualquer combinação de duas falhas, Um aparato simples, sem certificação
com o seguinte fatores de segurança: de segurança intrínseca, ligado a uma
1, 5 em operação normal e com uma barreira de segurança intrínseca, constitui
falha um sistema intrinsecamente seguro.
1,0 com duas falhas. O sistema simples é aquele em que
O aparato elétrico da categoria ib deve todos os aparatos elétricos são certificados
ser incapaz de causar ignição em como intrinsecamente seguros e por isso
operação normal e com uma única falha, não precisa ser certificado individualmente,
com os seguintes fatores de segurança: pois está completamente claro das
1. 1, 5 em operação normal e com informações disponíveis que o sistema é
uma falha intrinsecamente seguro.
2. 1,0 com uma falha, se o aparato
não contem contatos de chave 3.2. Aparato Não simples
desprotegidos em peças prováveis
de serem expostas a uma Aparato não simples é o equipamento
atmosfera potencialmente explosiva que gera tensão maior que 1.2 V e
e a falha é auto-revelante. corrente maior que 0.1 A e armazena
energia maior que 20 µJ ou potência
maior que 25 mW.
8.4
Segurança Intrínseca
Um aparato não simples pode criar ou componentes críticos, também chamados
armazenar energia, com parâmetros infalíveis:
indutivo e capacitivo. Exemplos típicos de 1. o arranjo mecânico e a disposição
aparatos não simples são: transmissor física dos componentes devem
eletrônico indutivo ou capacitivo, transdutor evitar a chance de haver curto
I/P, indicador, detector de proximidade, circuitos, mau contato e montagem
alto-falante, válvula solenóide e relé. Os errada.
aparatos armazenadores de energia 2. os componentes de montagem
devem ser certificados para fazer parte de devem resistir aos efeitos
um sistema intrinsecamente seguro ou ter previsíveis e normais de vibração e
os parâmetros de entidade dentro dos choque mecânico.
limites permitidos (tensão, corrente, 3. as tomadas e os receptáculos, bem
capacitância e indutância). como os cartões tipo plug in não
podem ser intercambiáveis, ou
então, deve haver uma marcação
simples e visível que diminua a
probabilidade de troca.
4. as distâncias dos terminais, tanto
no ar (clearance) como no circuito
impresso (creepage), devem
obedecer as normas, tendo valores
mínimos que dependem
principalmente do valor da tensão
aplicada.
Os componentes infalíveis são aqueles
cujas falhas reconhecidamente afetariam a
segurança do sistema e por isso tem
Fig. 8.4. Elementos sensores de temperatura (RTD construção especial para garantir seu
e termopar) que devem ter invólucros à prova de funcionamento sem falha. A garantia de
explosão mas que são considerados aparatos sua pequeníssima probabilidade de falha é
simples (não armazenadores de energia) em obtida através da construção e de testes
segurança intrínseca individuais ou através apenas dos testes. É
fundamental, também, que a pouco
provável falha do equipamento infalível
nunca leve o sistema para situação de
3.3. Componentes dos Circuitos perigo. Os mais comuns e usados
Os equipamentos de segurança componentes infalíveis são:
intrínseca não possuem componentes 1. os transformadores especiais,
especiais, mas utilizam componentes contendo enrolamentos
comuns e disponíveis comercialmente, independentes, com separação
com algumas características criticas positiva entre os enrolamentos de
comprovadas em testes individuais e potência, enrolamentos de
especiais. Por exemplo, os componentes segurança intrínseca e enrolamento
críticos são submetidos ao tratamento normais. Deve-se garantir que
termal de burn in que torna os nunca o primário entre em contato
componentes mais estáveis e imutáveis com os enrolamentos secundários.
com a idade e as condições ambientais. 2. os resistores limitadores de
Há normas de construção e desde que corrente, que devem ser de filme
elas sejam seguidas, admite-se que não metálico ou de uma única camada
haverá falhas. Com a advertência de que de fio enrolado. Sua resistência
não devam ser tomadas como resumo ou nunca deve cair de 10% do valor
sumario das normas existentes, eis os nominal e eles devem suportar até
principais cuidados tomados com os 1,5 vezes a tensão de falha e
quando falhar, nunca deve ficar em
curto circuito mas em circuito
8.5
Segurança Intrínseca
aberto. Por redundância, eles são 4.1. Conceito de Sistema
usados em serie.
3. os capacitores de bloqueio, devem O conceito de sistema foi o primeiro
suportar, em teste, a tensão de aplicado à segurança intrínseca. A
falha mais 1000 V RMS. Nunca segurança intrínseca se aplica a sistemas
podem ser eletrolíticos e são completos e não a componentes isolados.
geralmente usados em serie. Um sistema de segurança intrínseca
4. os diodos zener, sempre usados possui quatro tipos de componentes:
em dois ou três e em paralelo. 1. componentes de campo,
5. os fusíveis, que devem abrir dez 2. equipamento limitador de energia,
vezes mais rápido que o diodo usualmente a barreira zener
zener. Para se obter isso 3. fiação na área perigosa
geralmente se usa o circuito 4. equipamentos na área segura
eletrônico com efeito alavanca associados.
(crow bar). Geralmente são usados Neste conceito os componentes do
dois fusíveis em serie, com valores campo, chamados de aparatos
levemente diferentes para garantir intrinsecamente seguros, deviam ter uma
que eles sejam provenientes de certificação de determinado laboratório. A
lotes diferentes e para diminuir a barreira de segurança intrínseca ou o
probabilidade de haver falhas de aparato associado responsável pela
fabricação ou de armazenamento. limitação de energia devia ter certificação
6. as barreiras de energia, chamadas do mesmo laboratório. A fiação precisão
também de barreira Redding ou atender os requisitos da norma coerente
barreira zener. Normalmente são de certificação, quanto aos parâmetros de
circuitos passivos, contendo capacitância e indutância. Os
resistores, diodos zener (mínimo de equipamentos da área segura associados,
dois) e fusíveis (opcionais). É exceto a barreira, não necessitavam de
comum serem encapsuladas, para aprovação de segurança intrínseca,
se evitar a troca não autorizada de porém, a norma limitava o valor máximo de
componentes críticos à segurança. tensão de alimentação, típica de 250 V
7. as unidades de interface, fontes de RMS.
alimentação, instrumentos auto Este enfoque da segurança intrínseca
contidos, que fazem a mesma era pouco flexível e pratico. Era possível
função da barreira de diodos Zener, se usar instrumentos de fabricantes
mas que possuem componentes diferentes, porém, todos os instrumentos
ativos e oferecem segurança da malha precisam ser aprovados pelo
através da isolação galvânica. mesmo laboratório certificador.
Periodicamente, o laboratório publicava
listas com a combinação cruzada de todos
4. Enfoques da SI os aparatos aprovados e possíveis de ser
Há basicamente dois enfoques distintos combinados de modo seguro.
aplicados ao conceito de segurança
intrínseca:
1. conceito de sistema
2. conceito de entidade.
8.6
Segurança Intrínseca
8.7
Segurança Intrínseca
Fig. 8.6. Características de ignição, aparato de teste IEC com disco de estanho, circuitos resistivos
8.8
Segurança Intrínseca
Fig. 8.7. Características de ignição, aparato de teste IEC com disco de cádmio e estanho, circuitos capacitivos,
8,3% de metano com ar
8.9
Segurança Intrínseca
Fig. 8.8. Características de ignição, aparato de teste IEC com disco de cádmio e estanho, circuitos capacitivos,
22% de hidrogênio com ar
8.10
Segurança Intrínseca
8.11
Segurança Intrínseca
Fig. 8.10. Características de ignição, aparato IEC com disco de estanho, circuitos indutivos de 24 V
8.12
Segurança Intrínseca
Fig. 8.11. Relações entre corrente de ignição mínima e tensão de circuito aberto – aparato padrão IEC, para
mistura de metano.
8.13
Segurança Intrínseca
8.14
Segurança Intrínseca
8.15
Segurança Intrínseca
8.16
Segurança Intrínseca
8.17
Segurança Intrínseca
8.18
Segurança Intrínseca
8.19
Segurança Intrínseca
8.20
Segurança Intrínseca
8.21
Segurança Intrínseca
8.22
Segurança Intrínseca
8.23
Segurança Intrínseca
8.24
Segurança Intrínseca
8.25
Segurança Intrínseca
elimina qualquer possibilidade de seguro e por isso seu uso deve ser
ignição provocada por potenciais evitado. Como os instrumentos portáteis
eletrostáticos. estão sujeitos a maior desgaste e estrago,
8. a separação física dos terras do eles também devem ser mais
sinal intrinsecamente seguro, do frequentemente inspecionados e sua
sinal não intrinsecamente seguro e entrada na área perigosa deve ser
da potência de alimentação, pode controlada rigorosamente. Há
ser verificada através de diagramas especialistas, que sugerem a proibição do
de fiação e deve ser confirmada uso de qualquer instrumento de teste na
pela inspeção visual, no local. A área perigosa, mesmo com certificado, a
inspeção se resume no exame das não ser que se garanta a não presença de
terminações do cabo e nas gases inflamáveis na atmosfera. Seus
condições físicas do cabo. argumentos, bastantes lógicos, são que os
As barreiras devem ser ligadas ao equipamentos especiais, com aprovação
ponto de terra elétrico do sistema principal de segurança intrínseca, frequentemente
com uma resistência menor que 1 R. A se tornam de uso indiscriminado para tudo
resistência importante é entre o fio do terra que é medição necessária.
da barreira e o ponto de conexão da barra A manutenção de segurança intrínseca
de terra principal. exige a substituição exata do componente
A instalação das interfaces de isolação e o cuidado em manter as distâncias entre
deve ser similar a da barreira, embora as terminais no ar e no cartão do circuito
conexões de terra não sejam necessárias. impresso.
É extremamente difícil garantir o
8. Manutenção cumprimento de normas e regras de
procedimentos pelo técnico que executa os
A manutenção do sistema, relacionada serviços. Depois do reparo ou da
com o funcionamento e operação do modificação, a norma requer uma inspeção
sistema de controle pode ser feita, com por uma pessoa competente para garantir
poucas restrições, nos equipamentos do a conformidade com a documentação do
sistema de segurança intrínseca. Os sistema. O inspetor deve ser outra pessoa
instrumentos com aprovação de segurança diferente do reparador.
intrínseca podem ser abertos em locais O equipamento reparado deve ser
garantidamente perigosos. As medições e marcado convenientemente.
os ajustes de teste, como de zero, de As exigências de segurança durante a
largura de faixa, de sintonia dos manutenção são idênticas às requeridas
controladores, podem ser feitas durante a operação normal. Antes de fazer
normalmente em equipamentos qualquer medição, ajuste ou calibração, é
intrinsecamente seguros e na presença de essencial entender como o instrumento de
atmosfera perigosa. A exigência requerida teste interage com o sistema sob reparo.
é que tais medições e testes sejam feitos Nenhuma ação deve ser tomada a não ser
com instrumentos certificados para uso de que seja especificamente permitida ou que
segurança intrínseca. A limitação é todas as consequências possíveis sejam
justamente a pouca disponibilidade de previsíveis e não haja nenhum risco de
equipamentos de testes e medição com qualquer perigo.
aprovação de segurança intrínseca. De um modo geral, pode-se afirmar
A maioria dos instrumentos de teste é que, em sistemas intrinsecamente
portátil e para o uso em medições no seguros:
sistema intrinsecamente seguro, os 1. a manutenção só deve ser feita por
instrumentos devem ser obrigatoriamente pessoal competente.
auto-alimentados por baterias especiais, 2. é proibido o uso de voltímetros e
com baixa tensão e de alta resistência amperímetros, mesmo que não
interna. Geralmente há resistores em serie tenha alimentação interna, sem
para limitar a corrente em casos de falhas. aprovação de segurança intrínseca.
O fato de um instrumento ser portátil e O perigo de seu uso pode estar
transportável o torna pouco confiável e relacionado com armazenamento
8.26
Segurança Intrínseca
8.27
Segurança Intrínseca
8.28
Segurança Intrínseca
8.29
Segurança Intrínseca
8.30
9
Manutenção
duráveis) de equipamento elétrico e, deste
Objetivos de Ensino modo, traze-lo para suas condições
normais, para garantir as propriedades de
Descrever a manutenção dos seguintes proteção contra explosão.
equipamentos elétricos, bem como dos
ambientes de contorno: 1.4. Reparo
4. Equipamento elétrico e fiação
Reparo é o trabalho de levar o
instalados nas áreas perigosas.
equipamento elétrico para as condições
5. Equipamento associado e fiação
normais por conserto ou restauração,
intrinsecamente segura em áreas
dentro de um limite, de partes danificadas
perigosas.
ou desgastadas, para garantir as
6. Protegendo equipamentos
propriedades de proteção contra explosão.
indispensáveis para garantir as
propriedades da proteção contra
explosão. 2. Tipos de manutenção
O período da manutenção deve ser
1. Definições determinado considerando:
1. tipos de equipamento elétrico
2. tipo da proteção contra explosão
1.1. Manutenção 3. sistemas de fiação
Manutenção significa inspeções, 4. condições de operação
recondicionamento ou reparo de 5. condições ambientais
equipamento elétrico e seu ambiente de 6. registros históricos
contorno, como resultado de inspeção,
para garantir as propriedades da proteção 2.1. Manutenção diária
contra explosão.
A manutenção diária é o trabalho feito
Remodelagem ou atualização de
diariamente no equipamento elétrico e a
equipamento elétrico não é considerado
ênfase é colocada nas inspeções.
trabalho de manutenção.
2.2. Manutenção periódica
1.2. Inspeções
A manutenção periódica é o trabalho
Inspeção significa verificação (check
feito a períodos regulares e programados,
up) do equipamento elétrico e seu
no equipamento elétrico e a ênfase é
ambiente de contorno de modo visual,
colocada no recondicionamento e reparos.
áudio, táctil ou por meio de instrumentos.
2.3. Manutenção corretiva
1.3. Recondicionamento
A manutenção corretiva é o trabalho
Recondicionar significa o trabalho de
feito nem diariamente e nem
substituir peças descartáveis (não
periodicamente, mas quando solicitado
9.1
Manutenção
9.2
Manutenção
9.3
Manutenção
9.4
Manutenção
7. Manutenção de equipamento
6. Manutenção de equipamento elétrico à segurança
elétrico pressurizado para aumentada
proteção contra explosão
7.1. Preservação das propriedades
6.1. Preservação das propriedades
A proteção contra explosão com
A proteção contra explosão com segurança aumentada é garantida pela
pressurização ou purga é garantida pela aderência de cada item da norma
aderência de cada item da norma correspondente.
correspondente. A Tab. 4. sumariza os itens de
A Tab. 3. sumariza os itens de inspeção que devem ser considerados
inspeção que devem ser considerados durante a manutenção preventiva, diária e
durante a manutenção preventiva, diária e temporária, com relação às partes que
temporária, com relação a construção do garantem a segurança, bem como
invólucro que pode afetar a manutenção garantindo a operação normal.
da pressão, dispositivos relacionados com
o invólucro, aumento da temperatura das 7.2. Itens para restabelecer a
superfícies externas do invólucro. segurança aumentada
6.2. Itens para restabelecer a Para restabelecer a propriedade de
proteção de segurança aumentada, devem
proteção de prova de explosão
ser confirmados os seguintes itens:
Para restabelecer a propriedade de 1. Valores das medições de aumento de
proteção de pressurização ou purga, temperatura de todas as partes
devem ser confirmados os seguintes itens: relevantes devem ser menores que os
1. Gaxetas e buchas devem ser fixadas valores especificados
em porções relevantes e não devem ter 2. Espaçamentos entre componentes no
nenhum dano, ruptura, distorção ou ar e no circuito devem ser iguais a
deterioração valores especificados e função das
2. Todo equipamento elétrico dentro do tensões
invólucro deve ser o especificado e 3. O aperto dos parafusos deve ser
deve ser montado como especificado uniforme e conveniente
3. Dispositivos de proteção, estrutura dos 4. Os dispositivos de proteção devem
dutos de ventilação, válvulas e operar em valores especificados
dampers devem ser os especificados 5. As porções de ligação, principalmente,
4. O aperto dos parafusos deve ser feito devem ser evitadas de ferrugem,
de modo uniforme e apropriado aplicando-se tratamento anti-ferrugem
5. Equipamento que fornece o gás
protetor deve operar corretamente
como o especificado
6. Dispositivos de proteção devem ser
testados para confirmar seu
desempenho
9.5
Manutenção
9.5
Manutenção
Manutenção marcada com (*) deve ser feita de acordo com instruções e manuais publicadas pelo
fabricante.
9.6
Manutenção
Equipamento associado
8. Manutenção de 3. Quando a manutenção do
equipamento elétrico com equipamento associado é feita em
uma área não perigosa, a fiação
segurança intrínseca externa relevante para o equipamento
IS na área perigosa deve ser
8.1. Preservação das propriedades desligada do equipamento associado,
exceto no caso de inspeção visual.
A proteção contra explosão com 4. Quando a manutenção do
segurança intrínseca é garantida pela equipamento associado é feita em
aderência de cada item da norma uma área perigosa, os métodos de
correspondente. manutenção aplicados a outros tipos
A propriedade de segurança de proteção contra explosão devem
intrínseca é estabelecida com base na ser observados, quando apropriado,
construção mecânica e física do alem do item acima (3).
equipamento e também das 5. No caso do equipamento associado
características elétricas de circuitos e estar localizado em uma área não
componentes usados na área segura e perigosa, os resistores variáveis ou
na área perigosa. parafusos ajustáveis do equipamento,
A Tab. 5. sumariza os itens de que são operados do lado de fora do
inspeção que devem ser considerados invólucro podem ser variados ou
durante a manutenção preventiva, diária ajustados em condição energizada,
e temporária, de equipamentos sem desligar os fios do circuito IS que
intrinsecamente seguros. vão para as áreas perigosas.
9.8
Manutenção
9. Manutenção da fiação
elétrica
9.9
Manutenção
Estado de aperto da junções Visual Sem quebra, sem folga e sem corrosão
rosqueadas
Visão externa das conexões de Visual Sem danos
selagem
Conduites metálicos
estranhos no duto
Dutos, Visão externa dos suportes Visual e táctil Sem danos, sem corrosão, sem falha na pintura
buracos, metálicos
etc Estado dos buracos Visual Sem danos, sem quebras das bordas, sem ingresso
de água, óleo ou solvente
Estado dos selos Visual Sem cavidade no composto de enchimento
Estado das blindagens Visual Sem anormalidade nas blindagens
aterradas
Identificação do Visual Devem ser identificáveis
Fiação de equipamento e fiação
circuitos IS Estado da segregação Visual Sem contatos e sem mistura. Sem normalidade de
separação e barreiras de isolação
Visão externa dos Visual e táctil Sem danos, sem corrosão e sem desaperto
Condutores de condutores de terra
terra Resistência de terra Ler com instrumentos Sem contatos e intermitências.
Visão externa caixas de Visual e táctil Sem danos, sem corrosão e sem desaperto
conexão Sem ingresso de água e sem falhas na pintura
Caixas de Estado das porções de Visual e táctil Sem desaperto e com tomadas normais
conexão e conexão
passagem Estado das porções dos Visual e táctil Devem estar em condições normais
fios condutores
Posição e vista externa da indicação de cabos Visual Devem estar em posição e estado normais
queimados, condutores de terra
9.10
10
Perigos da Eletricidade
corrente dependerá do valor da diferença
Objetivos de voltagem e da resistência do corpo.
O corpo humano é também um
1. Conceituar choque elétrico, suas equipamento elétrico. Os seus sistemas
principais causas e efeitos, nervoso e muscular se baseiam em sinais
apresentando os meios de proteção elétricos e reações eletroquímicas. Porem,
e os cuidados a serem tomados estes sinais envolvem níveis de energia
com a eletricidade. extremamente baixos. Sinais elétricos
2. Mostrar o aparecimento e os externos facilmente perturbam o
métodos para eliminação da funcionamento correto do corpo humano.
eletricidade estática. Corrente elétrica de 20 µA passando
3. Apresentar o conceito de raio e os diretamente no coração pode causar
métodos de proteção. fabricação e morte. (Para passar 20 µA
através de uma resistência de 100 Ω do
1. Introdução coração requer a voltagem de 2 mV e a
potência de 0,04 µW.
Os perigos envolvendo a eletricidade e De um modo grosseiro, o nível de
os equipamentos elétricos podem ser perigo da eletricidade para o homem é
divididos em cinco categorias: algo menor que 1 W; para iniciar uma
1. choque para pessoal combustão de gás, 5 W e para incendiar
2. ignição e explosão de materiais materiais sólidos, cerca de 100 W.
combustíveis
3. superaquecimento com dano e 2.2. Classes de Circuitos
queima de equipamentos
4. explosões elétricas O artigo 725 do NEC estabelece três
5. ligamento acidental de tipos de circuitos elétricos relacionados
equipamentos. com os perigos de choque e incêndio.
1. Um circuito de classe 1 tem um
2. Choque máximo de 30 V RMS e uma
potência transferível de 2500 V-A.
Por causa de sua potência, este
2.1. Conceito circuito é perigoso para provocar
incêndio, porem, por causa de sua
Choque elétrico é um estimulo baixa voltagem, ele não é
repentino e acidental do sistema nervoso considerado perigoso para choque.
do corpo por uma corrente elétrica. A As regras prescritas para circuitos
corrente flui através do corpo quando ele de potência geralmente se aplicam
torna parte de um circuito elétrico que aos circuitos de Classe 1.
possui uma diferença de voltagem 2. Um circuito de classe 2 tem um
adequada. A voltagem através da máximo de 30 V RMS ou 60 V cc,
resistência do corpo faz circular uma corrente máxima de 5 A e potência
corrente através dele. O valor desta
1
Perigos da Eletricidade
10.2
Perigos da Eletricidade
10.3
Perigos da Eletricidade
10.4
Perigos da Eletricidade
10.5
Perigos da Eletricidade
10.6
Perigos da Eletricidade
10.7
Perigos da Eletricidade
10.8
Perigos da Eletricidade
10.9
Perigos da Eletricidade
10.10
Perigos da Eletricidade
10.11
Conclusão Final
12
Referências Bibliográficas
i
Instalações Elétricas em Áreas Classificadas
ii
Instalações Elétricas em Áreas Classificadas
10. Livros
01. Crowl, D.A. & Louvar, J.F., Chemical Process Safety: Fundamentals with Applications,
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02. Garside, R., Intrinsically Safe Instrumentation, Research Triangle Park, ISA, 1982.
03. Hammer, W., Occupational Safety Management and Engineering, 4a. ed., Englewood
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04. Kletz, T. C., What Went Wrong?, 2a ed., Houston, Gulf Pub. Co, 1988.
05. Laney, J.C., Site Safety, Hong Kong, Astros Printing, 1982.
06. Lees, F. P., Loss Prevention in the Process Industries, 2 vol, London, Butterworths,
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07. Magison, E. E., Intrinsic Safety, Research Triangle Park, ISA, 1984.
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10. Schram, P. J. & Earley, M. W., Electrical Installations in Hazardous Locations, Quincy,
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11. Traister, J., Electrical Inspection Guide Book, Reston, Prentice Hall, 1979
12. Tuve, R. L., Principles of Fire Protection Chemistry, Boston, NFPA, 1976.
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02. MTL, Instrumentation for Hazardous Areas, Catalogue 1994-5
03. Pepperl+Fuchs Mannheim, Proximity switches - Overview, 1987.
04. Sense, Segurança Intrínseca: Princípios e Fundamentos, 1994.
05. Stahl, Electronic modules for intrinsic safety, Abr 1986.
iii