A marcha humana é uma forma de locomoção terrestre caracterizada por reciprocidade dos membros inferiores, proporcionando segurança e economia de energia. A avaliação da marcha envolve análises cinéticas e cinemáticas, sendo esta última mais utilizada na prática clínica e dividida em qualitativa e quantitativa. Protocolos como o de Cerny auxiliam na quantificação de parâmetros da marcha e identificação de alterações.
A marcha humana é uma forma de locomoção terrestre caracterizada por reciprocidade dos membros inferiores, proporcionando segurança e economia de energia. A avaliação da marcha envolve análises cinéticas e cinemáticas, sendo esta última mais utilizada na prática clínica e dividida em qualitativa e quantitativa. Protocolos como o de Cerny auxiliam na quantificação de parâmetros da marcha e identificação de alterações.
A marcha humana é uma forma de locomoção terrestre caracterizada por reciprocidade dos membros inferiores, proporcionando segurança e economia de energia. A avaliação da marcha envolve análises cinéticas e cinemáticas, sendo esta última mais utilizada na prática clínica e dividida em qualitativa e quantitativa. Protocolos como o de Cerny auxiliam na quantificação de parâmetros da marcha e identificação de alterações.
DA MARCHA Profª. Camila Reinbold LOCOMOÇÃO X MARCHA HUMANA Locomoção é toda ação que move o corpo de um animal através do espaço aéreo, aquático ou terrestre.
A Marcha é um tipo de locomoção. É um dos atos
motores mais automatizados. MARCHA HUMANA
Uma forma de progressão com reciprocação de
membros inferiores, que tem como características segurança e economia de energia. Qualquer desvio da marcha, há uma perda de um ou mais destes princípios.(SAAD, 1999). CICLO DE MARCHA
Um ciclo completo de marcha é determinado por
dois contatos consecutivos do mesmo calcanhar. Um ciclo de marcha: fase de apoio e fase de balanço. Passada: distância percorrida durante um ciclo.
Duração da fase de apoio: duração de um ciclo.
CICLO DA MARCHA • Fase de apoio: Período de contato (60%) Apoio médio (Aplainamento do pé, Médio apoio) Duplo apoio terminal (retirada do calcanhar e retirada dos dedos)
• Fase de balanço: Balanço inicial/Aceleração
(40%) Balanço médio Balanço terminal/ Desaceleração • Determinantes da marcha: rotação pélvica; inclinação pélvica; flexão do joelho; movimentos de tornozelo e pé; deslocamento lateral do corpo. CICLO DA MARCHA ORIGEM DO DISTÚRBIO DE MARCHA Componentes do movimento voluntário: • Fonte de movimento • Alavancas articuladas • Conscientização do movimento desejado • Controle do movimento • Energia AVALIAÇÃO DA MARCHA Cinética
Cinemática: Qualitativa e/ou
Quantitativa. ANÁLISE DA MARCHA Análises Cinéticas:
Compreendem a determinação das forças
envolvidas nas articulações quando o indivíduo se desloca no ambiente. Finalidade de pesquisa. Mais fidedigna, precisa e confiável. ANÁLISE DA MARCHA Análises Cinéticas:
Pessoal qualificado e ambiente adequado
(laboratórios). O instrumental é complexo e dispendioso: acelerômetro e eletrogoniômetro. ANÁLISE DA MARCHA Análises Cinemáticas:
Empregadas para descrever os eventos do
movimento, através do deslocamento do indivíduo pelo ambiente. Pode ser feita por dois métodos: a aplicação de protocolos de deambulação e a análise observacional da marcha. ANÁLISE DA MARCHA Análises Cinemáticas:
• Análise cinemática qualitativa – É a mais utilizada
na prática clínica. • Vantagens: pouco ou nenhuma instrumentação, baixo custo e tempo reduzido. • Desvantagens: subjetividade, moderada confiabilidade. ANÁLISE DA MARCHA Análises Cinemáticas:
A observação deve ser feita por estágios: pé,
tornozelo, joelho, quadril e pelve. Duas etapas: observação lateral (harmonia e a regularidade dos passos, movimentos sagitais do tornozelo e pé, joelhos e quadril) e vistas anterior e posterior (afastamento entre os passos, os joelhos, e básculas laterais da pelve). ANÁLISE DA MARCHA Análises Cinemáticas: • Análise cinemática quantitativa: parâmetros mensuráveis da marcha. • Largura da base de sustentação, comprimento do passo e passada, velocidade, cadência. Indicadores de disfunção e parâmetros de melhora do padrão de marcha, ganho de estabilidade, FM, ADM, e melhora da coordenação motora. ANÁLISE DA MARCHA Protocolos clínicos na avaliação da marcha de idosos.
Protocolo de Cerny (1983).
Quantificação de variáveis : comprimento do passo e passada; largura da base de suporte; freqüência dos passos; e velocidade da marcha. PARÂMETROS NORMAIS DA MARCHA Para uma população entre 8 e 45 anos de idade. A largura da base de suporte = 5-10cm. Ampliação da BS (tontura e insegurança). O CG situa-se 5 cm à frente de S2. Na deambulação normal o CG verticalmente não oscila mais que 5 cm. A pelve e o tronco desviam-se lateralmente 2,5 - 5cm. Rotação pélvica total de 8º.
Comprimento do passo = 35 a 41 cm.
PARÂMETROS NORMAIS DA MARCHA Comprimento da Passada = Não é duas vezes o comprimento de um passo.
Cadência = 90-120 passos/min.
Velocidade da Marcha = Calculada a partir do
tempo necessário para perceber uma determinada distância. ALTERAÇÕES FUNCIONAIS DA MARCHA Em casa: marcha com ou sem auxílio (bengala ou muletas), marcha com órtese, locomoção e independência nos aposentos, nas atividades domésticas, no banheiro e nas atividades de higiene.
Fora de casa: subir/descer escadas, subir/descer
na calçada, deambulação na rua, deambulação com carga, subir/descer rampa, e independência no transporte. OUTROS EXAMES DINÂMICOS Marcha em várias velocidades = verificar organização sensoriomotora, rapidez de resposta, qualidade do esquema da resposta motora , verificar diferenças de resposta entre MIE e MID. Marcha sobre uma linha ou tábua: verificar equilíbrio. Subida de escadas: exige boas ADM’s do quadril e joelho. Descida de um degrau: o joelho precisa de uma amplitude maior, em média 95º. MARCHAS PATOLÓGICAS Marcha da Hemiparesia Espástica: pé em flexão dorsal com equino-varismo. A claudicação é caracterizada pelo transporte ceifante do membro atingido (elevação da hemipelve e circundução do quadril).
A espasticidade do músculo tríceps sural provoca
choque da ponta do pé com o solo. MARCHAS PATOLÓGICAS Marcha Atáxica de origem Central. Causada por déficit sensorial. Movimentos rápidos, bruscos e desconexos. A velocidade está aumentada. A BS está aumentada e os MMII afastados.
Os MMSS afastados do corpo. O paciente não
caminha em linha reta, e sim em ziguezague.
Movimentos excessivos de flexão do Qd e joelho
durante a fase de balanço. MARCHAS PATOLÓGICAS
Marcha do Parkinsoniano. O padrão consiste de
passos curtos, deslocamentos “em bloco”, dificuldade para iniciar, parar e mudar o sentido do movimento. ANÁLISE DA MARCHA Inspeção do calçado
O sapato deve se deformar durante a marcha,
principalmente na região das dobras sobre a base dos dedos.
O sapato ideal deve ter estreitamento na região
posterior para prender o calcanhar e quanto mais largo o salto mais seguro. ANÁLISE DA MARCHA A pista de marcha deve ter pelo menos 10 metros de comprimento e a distância entre o paciente e o fisioterapeuta deve ser constante.
O número de passos analisados deve ser pequeno
e os primeiros e os últimos passos não são boa referência para a avaliação da marcha. ANÁLISE DA MARCHA Protocolos clínicos na avaliação da marcha de idosos.
Protocolo de Cerny (1983).
• Material: um cronômetro; duas canetas de hidrocor de tinta lavável; e uma passarela medida e marcada com fita crepe em quatro pontos. • Uma passarela central de 6 metros de comprimento e 5 metros de largura.