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AVALIAÇÃO DA

MARCHA
O QUE É MARCHA?
- Mais comum de todos os movimentos humanos;

- Atividade complexa (envolve todo o corpo);

- Simples ato de Deambular;

- O padrão de variabilidade de uma passada no dia-a-dia é


moderadamente baixo.

(WINTER, 1991)
“Uma certa pessoa irá executar sua marcha de uma maneira muito
repetitiva e característica, e tão única que é possível reconhecer
uma pessoa a distância pela sua marcha.”

(WINTER, 1991)
FISIOTERAPIA

“o resultado desejado da maior parte das intervenções


fisioterapêuticas é restaurar ou melhorar o estado de deambulação do
paciente.”

“compreender as características da marcha de um distúrbio particular;


auxiliar no diagnóstico do movimento; orientar a seleção do
tratamento; e avaliar a eficiência do tratamento.”

(O’Sullivan, 2007)
CICLO DA MARCHA

- Ponto de partida para estudo da marcha;

- Dois toques consecutivos do mesmo pé;

- Dois passos ou uma passada;

- Possui todos “eventos” analisados na marcha.


CICLO DA MARCHA
ANALISANDO APENAS UM
MEMBRO
Fases da Marcha - (Apoio)

(Perry, 2005)
Fases da Marcha - (Balanço)

(Perry, 2005)
CICLO DA MARCHA
VARIÁVEIS AVALIADAS NA MARCHA
Espaço-temporais

- Tempo de duplo apoio


- Tempo de apoio simples
- Comprimento do passo
- Comprimento da passada
- Largura da base
- Cadência – passos por minuto
Angulares – Plano Sagital

- Ângulo do Joelho

- Ângulo do quadril

- Ângulo do tronco

- Ângulo do tornozelo
FORMAS DE AVALIAÇÃO DA MARCHA
Qualitativa – Observacional, não mensurável

- Ritmo, fluidez e harmonia

- Precisão e dinamismo

- Frequência e rapidez

- Sequência e ligação

- Amplitude de movimento
Quantitativa - mensurável

Recursos Biomecânicos

- Cinéticos: possibilita avaliar força de impacto, impulso, momento e


pressão.
- Eletromiográficos: possibilita avaliar a ativação eletroquímica enviada pelo
SNC para a ativação muscular.
- Cinemáticos: possibilita avaliar tempo, distância, posição, ângulo,
velocidade e aceleração.
INDICADORES CINEMÁTICOS

- Utilização de Câmera filmadora(60 hertz) e software específico


(VICON;SKILSPECTOR).
MARCADORES
Ativos (Leds) Passivos (refletem)
VALORES DE REFERÊNCIA DA MARCHA NORMAL
Na literatura observa-se muita variação entre diferentes autores sobre parâmetros “normais”. Há
muitas explicações para isso, desde características da população estudada até condições da coleta
de dados.
De modo geral, pode-se adotar os valores citados por J. Perry (Gait Analysis: normal and pathological
function – 1992) como referências para adultos normais:

Velocidade: 82 m/min
Cadência: 113 passos/min
Cumprimento da passada: 1,4 m
Medida do passo: 0,75 m
Tempo de balanço: 40% do ciclo
Tempo de apoio: 60% do ciclo
MARCHA PATOLÓGICA

- Alteração do padrão da marcha

- Apresenta claudicação

- Diferença na distribuição da carga corpórea

- Diferença na recepção da carga de reação do solo


DIFERENTES MARCHAS PATOLÓGICAS

- Marcha Antálgica

- Marcha Atáxica

- Marcha Hemiplégica

- Marcha dos Flexores Plantares

- Marcha Parkinsoniana

- Marcha do Quadríceps
MARCHA ANTÁLGICA

- Auto-protetora

- Decorrente de uma lesão no joelho, quadril, tornozelo ou do pé.

- Lesão a nível de joelho (cirurgia de LCA, menisco lesionado, etc)


- Diminuição da velocidade da marcha
- Diminuição da cadência
- Alteração nos ângulos
MARCHA ANTÁLGICA

- Tempo de apoio do membro afetado (MA) <

- Fase de balanço do membro não afetado (MnA) <

- Comprimento do passo no MA >

- Tempo de duplo apoio <


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

- O’SULLIVAN, S. B.; SCHMITZ, T. J. Fisioterapia: avaliação e


tratamento. 5 ed. São Paulo: Manole, 2005.

- PERRY, J. Análise de marcha: marcha normal. v.1. São Paulo: Manole,


2005.

- WINTER, D. A. Biomechanics and motor control of human gait: normal,


elderly and patological (2 ed.). Waterloo: Waterloo Biomechanics, 1991.

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