UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

CENTRO DE EDUCAÇÃO
DEPARTAMETO DE FUNDAMENTOS E POLÍTICAS EDUCACIONAIS

ORGANIZAÇÃO DA EDUCAÇAO BRASILEIRA

Prof. Joilson de Sousa

Outubro/2020
A legislação é importante referência para aqueles que, de
uma forma ou de outra, lidam com a educação no âmbito
acadêmico ou nas diferentes esferas do Poder Público.
 Significado histórico Pesquisas
Acadêmicas
Legislação Ideias

Valores Campo – Política Educacional

 Primeiros Jesuítas no Brasil Ratio Studiorum

Império Constituição de 1824

Reforma Januário da Cunha Barbosa (1827)
Reforma Couto Ferraz (1854)
Reforma Leôncio de Carvalho (1878/79)

Primeira República (1889-1930) Reforma Benjamin Constant (1890-91)

Constituição de 1891
Reforma Epitácio Pessoa (1901)
Reforma Rivadávia Corrêa (1911)
Reforma Carlos Maximiliano (1915)
Reforma João Luis Alves (1925)
A Organização do campo educacional e o aumento da
demanda por escola deram continuidade a proposições de
reforma historicamente situadas.

Anos 1930
Constituição de 1934
Reforma Francisco Campos
Constituição de 1937 Anos 1940

Leis Orgânicas do Ensino

Constituição de 1946
Com a Constituição de 1946, as expectativas de
mudanças no campo educacional seriam traduzidas na
ideia de uma Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional (LDB) – LDB Lei n. 4.024 de 1961.
 Constituição de 1967
Com a Ditadura Militar inaugurada em 1964, o país teria
uma nova constituição em 1967.
1) Reforma Universitária - 1968
2) Reforma do Ensino de 1º e 2º graus - 1971
 Constituição de 1988
Expectativas de uma nova LDB

Brasil vivenciou mudanças significativas

em diversas esferas da vida econômica e
social.

A organização e a estrutura do sistema

educacional, como parte desse contexto
mais amplo, também passaram por
inúmeras transformações expressas,
tanto na base legal, como nos contornos
que a gestão passou a assumir desde
então.
Algumas mudanças estruturais da educação brasileira têm origem
na Constituição de 1988.

Em 1996, modificações foram introduzidas no capítulo da educação

da Carta Magna, através da Ementa Constitucional n.14/96.

Capítulo II
Dos Direitos Sociais
Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o
trabalho, a moradia, o transporte, o lazer, a segurança, a
previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a
assistência aos desamparados, na forma desta Constituição.
 O capítulo da educação na Constituição de 1988 é o mais detalhado
de todos os textos constitucionais que, de uma forma ou de outra,
trataram da educação no Brasil.

Capítulo III
Da Educação, da Cultura e do Desporto
Seção I
Da Educação

Art. 205 – Sobre a Finalidade da Educação

Art. 206 – Sobre os Princípios orientadores da educação
Art. 207 – Sobre as Universidades e sua autonomia
Art. 208 – Sobre o Dever do Estado e suas garantias
Art. 209 – Sobre a abrangência a iniciativa privada
Art. 210 – Fixação dos conteúdos mínimos – assegurando: cultura e arte
Art. 211 – Sistemas de Ensino (União, Estados, Municípios e o DF)
Art. 212 – Financiamento da Educação
Art. 213 – Recursos - Escolas comunitárias, confessionais ou filantrópicas
Art. 214 – Sobre o Plano Nacional de Educação – PNE (decenal)
 O Capítulo III da C.F de
1988, trata em sua Seção
I da Educação, desde o
Artigo 205 até o 214.

Capítulo III
Da Educação, da Cultura e do Desporto
Seção I
Da Educação
Art. 205. A educação, direito de todos e
dever do Estado e da família, será
promovida e incentivada com a
colaboração da sociedade, visando ao
pleno desenvolvimento da pessoa, seu
Fonte: Site do Senado Federal
preparo para o exercício da cidadania e
https://www.senado.leg.br/atividade/const/co
sua qualificação para o trabalho. n1988/con1988_07.05.2020/CON1988.asp
Emenda Constitucional nº 59
1. Desvinculação das Receitas da União;
2. Obrigatoriedade do Ensino de quatro a dezessete anos.

(Carol Pires, Agência Estado. 29 de outubro de 2009)

 Educação – direito e dever

A Educação, tal como a saúde, o trabalho, o lazer, a segurança, a

previdência social, a proteção a maternidade e à infância é um
direito social assegurado a todos os brasileiros pela Constituição
Federal (CF), promulgada em 1988 (Art. 6).

Direito a Educação
Escola

Desafios de Ensinar e
No compartilhamento de sua responsabilidade – Aprender
Estado e Sociedade em prol da Educação, o
poder público em suas diferentes instâncias Infantil – Fundamental
(União, Estados, Municípios e o Distrito Federal) – Médio – Superior
 Direito público Ensino Fundamental
subjetivo

“O acesso ao ensino obrigatório e

gratuito é direito público subjetivo”
(CF, Art. 208 §1º)

É possível a qualquer cidadão,

grupo ou associação comunitária,
sindical, entidade de classe ou o
Ministério Público acionar o Poder
Público para assim o exigir.
Fins e princípios

Conforme a Constituição, o fim da educação é o “pleno

desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da
cidadania e sua qualificação para o trabalho” (CF, Art. 205).

I - Igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;

II - Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber;
III - Pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas, e coexistência de instituições
públicas e privadas de ensino;
IV - Gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais;

V - Valorização dos profissionais da educação escolar, garantidos, na forma da lei, planos

de carreira, com ingresso exclusivamente por concurso público de provas e títulos, aos
das redes públicas;
VI - Gestão democrática do ensino público, na forma da lei;
VII - Garantia de padrão de qualidade;
VIII - Piso salarial profissional nacional para os profissionais da educação escolar pública,
nos termos de lei federal.