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INSTITUTO SUPERIOR DE CONTABILIDADE E AUDITORIA

DE MOÇAMBIQUE

CONTABILIDADE DE GESTÃO II

CAPÍTULO I

SISTEMAS DE CUSTEIO

TEXTO DE APOIO

MAPUTO, 2021
CAP.II - SISTEMAS DE CUSTEIO
2.1. INTRODUÇÃO
Para determinar o custo industrial dos produtos, temos que considerar os custos de produção
que a empresa suporta em cada mês.

Mas, uma parte dos custos de produção é fixa e outra parte é variável.

Ao apurar o custo industrial dos produtos, podemos considerar só os custos de produção


variáveis, ou estes mais uma parte ou a totalidade dos custos de produção fixos. Dito de outra
forma, podemos utilizar o sistema de custeio variável, ou um dos sistemas de custeio total
(sistema de custeio total completo ou sistema de custeio racional).

2.2. SISTEMAS DE CUSTEIO TOTAL


Os sistemas de custeio total caracterizam-se por considerarem como custos dos produtos não
apenas os custos variáveis industriais, mas também os custos fixos industriais, ou uma parte
destes.
Existem assim dois sistemas de custeio total:
- Sistema de custeio total completo;
- Sistema de custeio racional.
Custeio Total Completo
O sistema de custeio total completo caracteriza-se por considerarmos todos os custos
industriais (fixos e variáveis) como custos de produtos.
Por este sistema, as existências de produtos acabados são avaliadas pelo custo total de
produção.

Exemplo:
Admita-se o caso de uma empresa produtora de pavimentos que tem uma capacidade de
produção de 100 000 m ²/ mês, custos industriais fixos mensais de 15 000 contos e variáveis
(proporcionais) de 200$ por m ². Se num dado mês a empresa produzir 50 000 m ² e vender 40
000 m ², verifica-se o seguinte:

Fabricação Existências de Custo Industrial


Prod.Acabados Prod.Vendida

Custos Variáveis 10 000


Industriais Custos Industriais 25 000
dos Produtos (20 000) Custo da Venda 20 000
Custos Fixos 15 000 Acabados 5 000

25 000
Por este sistema, os custos fixos industriais, como também os custos variáveis, são custos dos
produtos, só se tornando custos dos períodos a medida que a produção é vendida.

Referimo-nos apenas aos custos de produção, pois, como sabemos, os custos não industriais
são sempre considerados custos dos períodos.

-1-
Imputação Racional dos Custos Fixos
O sistema de custeio racional caracteriza-se por considerarmos como custos dos produtos, os
custos variáveis industriais e um valor de custos fixos industriais que resulta da multiplicação
dos custos fixos industriais do mês pelo quociente do volume real pelo volume normal de
produção.

Representando os custos fixos industriais do mês por Cf, a produção real por Qr e a produção
normal por Qn, considerar-se-ão como custos fixos da produção do mês (custos dos produtos),
os que resultam do produto dos mesmos pelo quociente entre a produção real e a normal.
Cf = Qr/Qn

E, por conseguinte, como custos fixos industriais não incorporados, ou seja, como custos do
período, o seguinte valor:

Cf (1-Qr) (sendo Qn>Qr)


Qn
No nosso exemplo (vide dados anteriores) admitindo que a produção normal seria de 80
000m²/ mês, teríamos:
- Custos fixos industriais a imputar a produção :
15 000x (50 000m²/ 80 000m²) = 9 375 contos, ou seja, 187$50/m²
- Custos industriais não incorporados:
15 000 – 9 375 = 5 625 contos
- Custos da produção acabada:
Custos variáveis 200$00/m²
Custos fixos industriais 187$50/m²
387$50/m²

As entradas de produtos acabados em armazém durante o mês são pois avaliadas a 387$50/m².
Fabricação Exist. Prot. Acabs. Custo Indust. Prod. Vends.

Cº Var
Indust 10 000 Cº industriais Cº das Vendas Cº
19 375 Pe
Cº Fixos fixos 9 375 prodt. Acabs. 15 500
(15 500)
(15000)
19 375 3 875

Custo dos produtos


Custos Industriais não
Incorporados

5.625

-2-
2.3. SISTEMA DE CUSTEIO VARIÁVEL

O sistema de custeio variável caracteriza-se por considerarmos como custo dos produtos
apenas os custos variáveis industriais.

Desta forma:
- Apenas os custos variáveis industriais constituem custos dos produtos, pelo que
somente os custos de produção variáveis são considerados na avaliação das existências
de produtos acabados;
- Os custos fixos de produção são, na sua totalidade, custos do período em que ocorrem:

Fabricação Exist. Prodt Acabados Custo Indust. Prodt.Vendidos

10.000
Cº V. 10 000
Indt.
Custos indust. (8.000) Custo das Custos
10000 vendas 8 000 Período

Dos P.Acab.
10 000 2.000

Custos dos produtos Custos industriais


Não incorporados

15 000

O que referimos implica que também a nível do apuramento do custo das matérias (matérias
primas, subsidiárias e de consumo), se considerem apenas os custos variáveis.

As existências de matérias são avaliadas apenas pelos custos variáveis. Os custos fixos com
elas relacionadas, nomeadamente os custos de armazenagem, constituem custos do período em
que ocorrem e não custos dos produtos.

2.4. ALTERNATIVAS DE CUSTEIO E RESULTADOS


Em certas situações, o resultado que apuramos por certo sistema de custeio que adoptamos
difere do que seria encontrado por outro que seria tomado como alternativo.

Tal facto deve-se aos custos fixos industriais cuja consideração como custos de produtos varia
com os sistemas de custeio.

Na análise desta problemática devem distinguir-se, por outro lado, as seguintes situações de
produção e vendas:

- A produção é igual as vendas (P = V)


- A produção excede as vendas (P > V)

-3-
- A produção é inferior as vendas (P < V) (neste caso venderam-se também as
existências iniciais)

Por outro lado, devido ao custeio racional, devem ter-se em conta as situações que derivam da
relação entre a produção real e a produção normal, que podem ser as seguintes:

- A produção real é igual a normal (Pr = Pn)


- A produção real excede a normal (Pr > Pn)
- A produção real é inferior a normal (Pr < Pn)

Acompanhemos a exposição com o seguinte exemplo:

A empresa X dedica-se ao fabrico do produto A. No mês de Maio de determinado ano os seus


custos foram os seguintes:

(em contos)
Fixos Variáveis Total
Custos industriais(MD + MOD + GGF) 9 000 18 000 27 000
Custos de distribuição 4 200 4 800 9 000
Custos administrativos e financeiros 5 700 300 6 000

18 900 23 100 42 000

A empresa fabricou no mês em questão 100 000 unidades do produto A, enquanto que a
produção normal é de 120 000 unidades, não havendo produtos em vias de fabrico, nem no
inicio nem no fim do mês. O preço de venda unitário do produto A foi de 500$00.

No que respeita a relação entre o nível de produção normal e o nível de produção real,
verifica-se que se está perante a terceira hipótese mencionada, isto é Pr < Pn e quanto aos
níveis de produção e de vendas vamos admitir, sucessivamente, as três hipóteses consideradas,
ficando ao cuidado do leitor a resolução das outras alternativas referentes a primeira relação.

A. Produção igual as Vendas

Admitiremos que a produção e as vendas no mês de 100 000 unidades.

A demonstração dos resultados e a valorização de existências pelos três sistemas de custeio


são a seguir apresentadas, calculando-se previamente o custo da produção acabada por cada
três custeios:

Custeio total = 27 000 000$/ 100 000 unid. = 270$/ unid.


Custeio variável = 18 000 000$/100 000 unid. = 180$/ unid.
Custeio racional = 18 000 000$ + (100 000/120 000) x 9 000 000$)/ 100 000 unid. =
255$/unid.

Logo, as demonstrações dos resultados são as seguintes:

Custeio Total

-4-
(em contos)
Vendas (100 000 unid. x 500$) 50 000
Custo das vendas (100 000 unid. X 270$) 27 000
Resultado bruto 23 000

Custos de distribuição 9 000


Custos administrativos e financeiros 6 000 15 000

Lucro líquido antes de impostos 8 000

Como a produção é igual as vendas, admitindo-se não haver existências iniciais, todos os
custos fixos de produção são custos do período considerado, pelo que no mês de Maio, os
custos fixos industriais incluídos no custo das vendas são de:

9 000 000$__ x 100 000 unid. = 9 000 000$


100 000 unid.

Custeio Variável
(em contos)
Vendas (100 000 unid. X 500$) 50 000
Custo das vendas (100 000 unid. X 180$) 18 000
Margem bruta industrial 32 000
Custos de distribuição variáveis 4 800
Custos administrativos e financeiros variáveis 300 5 100
Margem de contribuição 26 900
Custos fixos
Indústrias não incorporados 9 000
Distribuição 4 200
Administrativos e financeiros 5 700 18 900
Lucro líquido antes de impostos 8 000

Independentemente do facto de o volume de produção ser igual ao das vendas, no sistema de


custeio aos custos fixos de produção são custos do período considerado, ou seja, do mês de
Maio, pois pelo custeio variável são sempre custos dos períodos e não dos produtos pelo que
os custos fixos industriais incluídos em custos industriais não incorporados (custos do
período) são de 9 000 000$.

-5-
Custeio Racional

Vendas (90 000 unid. X 500$) 45 000


Custo das vendas (90 000 unid. X 255$) 25 000

Resultado bruto 24 500

Custos fixos industriais não incorporados 1 500


Custos de distribuição 9 000
Custos administrativos e financeiros 6 000 16 500

Lucro líquido antes de impostos 8 000

Como o volume de produção é igual ao das vendas, os custos fixos incorporados no custo da
produção acabada, que são custos dos produtos, acabam por ser custos do período, o mesmo
sucedendo com os custos fixos não incorporados, mas estes independentemente do facto de o
nível ser igual ao das vendas:

- custos fixos industriais incluídos no custo das vendas


(demonstração dos resultados) 7 500 000$
- custos fixos industriais incluídos em custos industriais
não incorporados (demonstração dos resultados) 1 500 000$
9 000 000$

B. Produção superior às Vendas

Nesta hipótese admitiremos que as vendas foram apenas de 90 000 unidades, sendo a
produção de 100 000 de unidades.

Como nem o custo de produção nem o seu volume se alteraram, os custos unitários
industriais são os que se calcularam anteriormente.

As demonstrações dos resultados pelos três sistemas de custeio são as seguintes:

Custeio Total
(em contos)
Vendas (90 000 unid. X 500$) 45 000
Custos de vendas (90 000 unid. X 270$) 24 300

Resultado bruto 20 700

Custo de distribuição 9 000


Custos administrativos e financeiros 6 000 15 000
Lucro líquido antes de impostos 5 700

Como a produção é superior as vendas, os custos fixos industriais serão repartidos entre o
custo de vendas e as existências finais, como segue:

-6-
- custos fixos industriais incluídos no custo das vendas
(demonstração dos resultados)
9 000 000$ x 90 000unid. =8 100 000$
100 000 unid.

- custos fixos industriais incluídos nas existências finais:

9 000 000$ x 10 000unid. = 900 000$


100 000 unid. 9 000 000$

Custeio Variável
(em contos)
Vendas (90 000unid. X 500$) 45 000
Custos das vendas ( 90 000unid. X 180$) 16 200

Margem bruta industrial 28 800

Custos de distribuição variáveis 4 800


Custos administrativos e financeiros variáveis 300 5 100
Margem de contribuição 32 700
Custos fixos
Industriais incorporados 9 000
Distribuição 4 200
Administrativos e financeiros 5 700 18 900
Lucro líquido antes de impostos s/ lucros 4 800

Pelo custeio variável, os custos fixos industriais são sempre custos do período, pelo que os
custos fixos industriais incluídos nem custos industriais não incorporados (custos do
período) são de 9000 000$.

Custeio Racional
(em contos)
Vendas (90 000unid. X 500$) 45 000
Custo das vendas (90 000unid. X 255$) 22 950

Resultados brutos 22 050

Custos fixos industriais não incorporados 1 500


Custos de distribuição 9 000
Custos administrativos e financeiros 6 000 16 500

Lucro líquido antes de impostos 5 550

-7-
Neste caso os custos fixos incorporados são repartidos entre o custo das vendas e o custo
das existências e, como se sabe, os não incorporados são sempre custos dos períodos:

- custos fixos industriais incluídos no custo das vendas


(demonstração dos resultados):

7 500 000$ x 90 000 unid. 6 750 000$


100 000 unid.
- custos fixos industriais incluídos em custos industriais
Não incorporados 1 500 000$

C. Produção inferior as Vendas

Nesta situação admitiremos que a produção foi apenas de 90 000 e que as vendas foram de
100 000 unidades.

Admite-se, também para este efeito que as existências iniciais eram de 10 000 unidades e que
estavam valorizadas ao mesmo custo unitário do mês de Maio, mantendo-se os custos globais
apresentados no início do exemplo.

Custeio Total
(em contos)

Vendas (100 000 unid. X 500$) 50 000


custo de vendas:
(90 000 unid. X 300$)
(100 000 unid. X 300$) 30 000
Resultado bruto 20 000
Custos de distribuição 9 000
Custos administrativos e financeiros 6 000 15 000
Lucro líquido antes de impostos 5 000

Não obstante a produção ter baixado de 100 000 para 90 000 unidades, os custos fixos
industriais mantiveram-se. Admitindo que se adopta o critério LIFO, o custo das vendas
considera primeiramente a produção do mês, pelo que temos:

- custos fixos industriais incluídos no custo das vendas referentes a produção do mês:

9 000 000$ x 90 000 unid. = 9 000 000$


90 000 unid.

- custos fixos industriais das existências incluídos no custo das vendas:

10 000 unid. X 100$ = 1 000 000$

10 000 000$
-8-
Custeio Variável

(em contos)
Vendas (100 000 unid. x 500$) 50 000
Custo de vendas ( 90 000 unid. X 200$)
( 10 000 unid. X 200$) 20 000

Margem bruta industrial 30 000


Custos de distribuição variáveis 4 800
Custos administrativos e financeiros variáveis 300 5 100
Margem de contribuição 24 000
Custos fixos
Industriais não incorporados 9 000
Distribuição 4 200
Administrativos e financeiros 5 700 18 900
Lucro líquido antes de impostos 6 000

Como se sabe, os custos fixos industriais incluídos em custos industriais não incorporados são
de 9 000 000$.

Custeio Racional
(em contos)
Vendas (100 000 unid. X 500$) 50 000
Custo das vendas ( 90 000 unid. X 275$)
( 10 000 unid. X 275$) 27 500

Resultado bruto 22 500


Custos fixos industriais não incorporados 2 250
Custos de distribuição 9 000
Custos administrativos e financeiros 6 000 17 250
lucrto líquido antes de impostos 5 250

Como estamos a utilizar o LIFO, consideramos como vendidas em primeiro lugar as


quantidades produzidas no mês. Os custos fixos industriais que são custos do mês são:

- custos fixos industriais incluídos no custo das vendas


Produção do mês:
6 750 000$ x 90 000 unid. 6 750 000$
90 000 unid.
Existências iniciais vendidas: 10 000 x 75$ 750 000$

- custos fixos industriais incluídos em custos industriais não incorp. 2 250 000$

9 750 000$

-9-
D. Síntese dos Resultados e Conclusões

Apresentamos seguidamente as demonstrações dos resultados atrás elaborados para cada


uma das situações de produção e de vendas descritas e tiremos as conclusões.

Produção igual às Vendas


(em contos)
Custeio Custeio Custeio
Total Variável Racional
Vendas 50 000 50 000 50 000
Custo das vendas 27 000 18 000 25 000
Margem industrial 23 000 32 000 24 000
Custos industriais n/ incorporados - 9 000 1 500
Resultado bruto 23 000 23 000 23 000
Custos não industriais 15 000 15 000 15 000
Lucro líquido antes de impostos 8 000 8 000 8 000

Tenha-se presente que os custos fixos industriais foram de 9 000 contos e os variáveis de
18 000 contos.

Os resultados de certo período podem deferir como vimos com os sistemas de custeio
devido ao facto de ser diferente o montante de custos fixos industriais que constituem
custos desse período, isto é, que chegam a conta de resultados.

Nesta situação constata-se o seguinte:

- Pelo custeio total, os custos fixos industriais são custos dos produtos mas como
toda a produção do mês é vendido (1) o momento total de custos fixos industriais
(9 000 contos ) do período chega á conta de resultados através do custo das vendas;

- No custeio variável, os custos fixos industriais são custos do período, não são
inventariáveis, pelo que temos na conta de resultados os custos fixos ocorridos (9
000 contos);

- Pelo custeio racional, os custos fixos industriais ocorridos podem não ser na
totalidade custos dos produtos, dependendo, como vimos, da relação entre a
produção real e a produção normal. Neste exemplo foram considerados custos dos
produtos 7 500 contos e do período 1 500 contos, mas como toda a produção foi
vendida também os primeiros foram custos do mês através do custo das vendas,
pelo que todos eles (9 000 contos) foram debitados na conta de resultados.

Em conclusão, nesta situação de produção igual às vendas, quando se adopta o LIFO como
critério de custeio das saídas, os resultados são iguais pelos diversos sistemas de custeio
dado que é debitado na conta de resultados o mesmo montante de custos fixos industriais.

-10-
Produção superior às Vendas
(em contos)
Custeio Custeio Custeio
Total Variável Racional
Vendas 45 000 45 000 45 000
Custo das vendas 24 300 16 200 22 950
Margem industrial 20 700 28 800 22 050
Custos industriais n/ incorporados - 9 000 1 500
Resultado bruto 20 700 19 800 20 550
Custos não industriais 15 000 15 000 15 000
Lucro líquido antes de impostos 5 700 4 800 5 550

Temos nesta situação em que a produção foi de 100 000 unidades e as vendas de 90 000
unidades.

- Pelo custeio total, os custos fixos industriais ocorridos no período (9 000 contos)
são repartidos, dado que se adopta o LIFO, pela produção vendida (8 100 contos
incluídos no custo das vendas) e pelas existências finais (900 contos), pelo que
apenas os primeiros são debitados na conta de resultados do período;

- Pelo custeio variável, a conta de resultados é debitada no período pela totalidade


dos custos fixos industriais nele ocorridos (9 000 contos) e daí a diferença nos
resultados apurados entre este e o custeio total (900 contos);

- Pelo custeio racional, os custos fixos industriais que são custos dos produtos (7
500 contos) são repartidos, dado que se adopta o LIFO, pela produção vendida (6
750 contos incluídos no custo das vendas) e pelas existências finais (750 contos);
acresce que é custo do período a parte dos custos fixos industriais ocorridos que
não são custos dos produtos (1 500 contos), parte esta que acrescida à que vai a
custo de vendas (6 750 contos), dá um total de custos fixos industriais debitados na
conta de resultados (8 250 contos) que difere dos encontrados nos outros sistemas
de custeio. Neste exemplo, a diferença é de 150 contos relativamente ao custeio
total e de 750 contos em relação ao custeio variável, valores que são, como se vê,
iguais às diferenças de resultados.

Por conseguinte, quando a produção é superior às vendas os resultados apurados pelo


custeio total são superiores aos do custeio variável dado que uma parte dos custos fixos
industriais ocorridos no mês são imputados à produção acabada que não é vendida, isto é,
com os custeios da variável.
Idêntica conclusão, e pelas mesmas razões, se retira relativamente aos resultados apurados
pelo custeio racional quando comparados com os do custeio variável.
Quanto aos resultados do custeio total quando comparados com os do custeio racional, a
sua situação relativa depende da relação produção real/produção normal. No entanto,
quando aquela relação for inferior a I, como é o caso deste exemplo, o custeio total
apresenta resultados superiores, uma vez que os custos fixos imputados à produção não
vendida são superiores aos que se imputam pelo custeio racional.

-11-
Produção inferior às Vendas
(em contos)

Custeio Custeio Custeio


Total Variável Racional

Vendas 50 000 50 000 50 000


Custo das vendas 30 000 20 000 27 500
Margem industrial 20 000 30 000 22 500
Custos industriais n/ incorporados - 9 000 2 250
Resultado bruto 20 000 21 000 20 250
Custos não industriais 15 000 15 000 15 000
Lucro líquido antes de impostos 5 000 6 000 5 250

No nosso exemplo admitimos que a produção foi de 90 000 unidades, pelo que se
venderam 10 000 unidades das existências iniciais.

Verifica-se o seguinte nesta situação:

- Pelo custeio total, a conta de resultados é debitada por todos os custos fixos
ocorridos no período (9 000 contos)- adopta-se o LIFO e toda a produção foi
vendida - e anda pelos que se encontravam incorporados nas existências que foram
vendidas (1 000 contos), pelo que somam 10 000 contos;

- Pelo custeio variável, a conta de resultados é debitada apenas pelos custos fixos
ocorridos no mês (9 000 contos), pelo que diferem dos debitados pelo custeio total,
explicando a diferença entre eles (1 000 contos) a diferença de resultados;

- Pelo custeio racional, a conta de custo das vendas é debitada, pelas razoes
referidas atrás para o custeio total, pelos custos fixos ocorridos que são custos dos
produtos (6 750 contos) e pelos que se encontravam incorporados nas existências
iniciais que foram vendidas (750 contos); a conta de resultados é ainda debitada
pela parte dos custos fixos industriais ocorridos que é o custo (2 250 contos), pelo
que a soma das 3 parcelas (9 750 contos) difere do valor encontrado pelos outros
custeios (diferença de 250 contos relativamente ao custeio total e de 750 contos
quanto ao custeio variável), o que explica as diferenças de resultados.

As diferenças de resultados apurados pelos diversos sistemas de custeio podem ser


determinadas através de custos fixos industriais debitados nas contas de resultados. No
entanto, chegar-se-ão a iguais conclusões comparando o valor das existências calculado
pelos diversos sistemas de custeio. É o que se faz seguidamente em relação ao exemplo
que temos vindo a seguir, considerando apenas os custos fixos, dado que os custos
vaiáveis são sempre iguais.

-12-
Custos fixos incorporados nas existências finais e diferenças de resultados

Custeio Total Custeio Racional Custeio Variável

Produção igual às vendas 0 0 0


Produção superior às vendas 900 750 0
Produção inferior às vendas (1 000) (750) 0

Na primeira situação os resultados são iguais, pois, como toda a produção é vendida, não há
em qualquer custeio custos fixos do período incorporados em existências finais.

Na segunda, pelo custeio total incorpora-se na produção não vendida um valor de custos fixos
superior ao do custeio racional e ao do custo variável, é sempre nulo.

Finalmente, se a produção for inferior às vendas é porque se vendem existências iniciais, pelo
que, nos casos dos custeios total e racional, baixa o valor dos custos fixos incorporados nas
existências.

Daquele quadro podem retirar-se as diferenças de valor das existências entre os diversos
custeios, que hão-de ser iguais à diferenças de resultados encontrados nas demonstrações atrás
representada, como segue:

Custeio Total Custeio racional Custeio Variável


Custeio Total
P=V 0 0
P>V 150 900
P<V (250) (1 000)
Custeio Racional
P=V 0 0
P>V (150) 750
P<V 250 (750)
Custeio Variável
P=V 0 0
P>V (900) (750)
P<V 1 000 750

E. Implicações do Critério de Custeio das Saídas

Convirá ter presente que as conclusões atrás encontradas foram retiradas no pressuposto de
que se adoptava o critério LIFO no custeio das saídas de produtos de armazém.

É necessário adoptar aquele critério para encontrar aquelas conclusões sempre que nas
diversas situações assinaladas haja existências iniciais.

Com efeito, repara-se que se fosse adoptado o FIFO, como se considerariam como vendidas
em primeiro lugar as existências iniciais, os custos fixos nelas incorporados poderiam diferir
dos ocorridos no mês e consequentemente alterar as conclusões.

-13-
Adoptando o critério LIFO, em qualquer das situações considerar-se-ão primeiramente como
vendidas as unidades produzidas no mês e, por conseguinte, podemos concluir:

- Na situação de produção igual às vendas, consideraremos como vendida toda a


produção do mês e portanto todos os custos fixos industriais que são custos dos
produtos constituem também custos do período que estiver em causa;

- No caso de produção superior às vendas, consideraremos como vendida a produção do


mês e consequentemente são custos do período em causa dos custos dos produtos que
equivalem àquelas vendas;

- Finalmente, se a produção for inferior às vendas como consideramos vendida toda a


produção do mês, chegarão à conta de resultados não só todos os custos fixos
industriais ocorridos no período, que são custos dos produtos, mas também os que se
encontravam incorporados nas existências iniciais que foram vendidas.

No quadro seguinte sintetizam-se as conclusões sobre resultados.

Sistemas de Custeio e Resultados

Produção e vendas P=V P>V P<V


Produção normal
P<Pn RT=RR=RV RT>RR>RV RT<RV
RR<RV
P=Pn RT=RR=RV RT>RR>RV RT<RV
RR<RV
P>Pn RT=RR=RV RT>RR>RV RT<RV
RR<RV

A. Utilização da Capacidade Instalada

O custeio variável proporciona de forma sistemática informação para a tomada de decisões


sobre o tema em epigrafe, conforme se pode constatar pelo exemplo que se segue.

Determinada empresa trabalha abaixo do seu nível normal de capacidade instalada, sendo a
estrutura dos seus custos de produção a seguinte:

(por unidade)

Matérias directas 600$


Mão-de-obra directa
Fixos 190$
Variáveis 10$
Gastos gerais de fabrico
Fixos 200$
Variáveis 250$ 1 250$

Admitindo-se que recebeu uma proposta de compra de 1 000$/unid., sem quaisquer encargos
adicionais, a empresa deverá aceitá-la?
-14-
A resposta será favorável se os custos variáveis industriais unitários forem inferiores ao preço
de venda, pois a diferença (margem de contribuição) cobrirá parte dos custos fixos,
melhorando os resultados.

Determinação do custo variável unitário:

Matérias directas 600$


Mão-de-obra directa 10$
Gastos gerais de fabrico 250$ 860$

Portanto é de aceitar a proposta, dado que por cada unidade vendida se cobrem 140$ de custos
fixos.

Também aqui se trata de uma decisão de curto prazo, isto é, a alternativa escolhida é válida
enquanto não for possível eliminar a situação de prejuízo – embora minimizado – a que
conduz, o que poderá ser seguido ou através de alternativas de utilização de capacidade
disponível ou pela sua redução com a consequente diminuição de custos fixos.

B. Análise de Sensibilidade dos Resultados face à Variação do Volume

funções de resultados e custos

vejamos a formação dos resultados de exploração da empresa.

Os resultados (R) da empresa referidos a certo período são, como sabemos, a diferença entre
os proveitos (P) e os custos (C) imputáveis a esse período, ou seja:

R=P-C

Admitindo que a empresa não tem quaisquer outros proveitos além dos que resultam das suas
vendas (V), temos:

P=V=p x Q
Em que:
p= preço de venda
Q= quantidades vendidas

O que quer dizer que os proveitos são função das quantidades vendidas e dos preços
praticados.

Se se tratar de uma empresa produtora dos bens ou dos serviços que vende, podemos admitir,
como hipótese, que as quantidades vendidas em certo período são iguais às produzidas.
No que respeita aos custos podemos distinguir os custos fixos (Cf) dos custos variáveis (Cv),
ou seja, os custos totais (C), são:

C=Cf+Cv

Por conseguinte, o resultado do período é:


-15-
R=p x Q - (Cf+Cv)

Volume relevante

Quando analisamos uma empresa com a capacidade de produção, de venda e administrativa e


financeira de que dispõe, constatamos que geralmente podemos definir um intervalo de
variação do seu volume de produção e de vendas dentro do qual os custos fixos praticamente
não se alteram e em que os custos variáveis (de produção, de distribuição, administração e
financeiros) são razoavelmente proporcionais ao volume.

Na verdade, a observação do comportamento dos custos com as variações de volume de


produção e de vendas permite admitir que para baixos níveis de utilização da capacidade (ou
capacidades…) os custos variáveis são inicialmente progressivos, com o aumento de volume
são depois degressivos, seguindo-se um intervalo de volume em que são proporcionais.
Também os custos fixos podem aumentar, embora em escada numa fase inicial de baixa
utilização da capacidade, seguindo-se um intervalo dentro do qual, não obstante as alterações
de volume, os custos fixos se mantêm.

Por outro lado, quando nos aproximamos da utilização plena da capacidade existente, os
custos fixos aumentam e os custos variáveis passam a ser progressivos, isto é, variam mais do
que proporcionalmente com o volume de produção e de vendas.

O gráfico seguinte ilustra o que acabamos de referir:

Custos

Custos variáveis

Custos fixos

Volume

Volume relevante capacidade de produção

-16-
Pelo exposto, admitimos que é geralmente possível definir numa empresa, em concreto, um
intervalo de volume da sua produção e das suas vendas, que designamos por volume relevante
dentro do qual as suas operações não ocasionam alterações sensíveis nos seus custos fixos em
que os custos variáveis são proporcionais ao volume.

Custos

Custos Totais

Custos variáveis

Consideramos que aquela observação e o conceito de volume relevante são muito importantes
para se tornar acessível a utilização da informação sobre custos classificados segundo a sua
variabilidade, como veremos seguidamente:

Volume relevante e funções de custos

As funções de custos definidas para o intervalo que acabamos por designar de volume
relevante terão como constantes o custo unitário variável (cv) e os custos fixos globais (Cf),
pelo que teríamos:
C = Cf + Cv . Q

Se se verificar também que os preços de venda se mantêm constantes naquele intervalo (pv) os
proveitos serão:

P = pv .Q

E os resultados de exploração podem ser obtidos a partir da função:

R = pv . Q -|Cf + cv . Q|

Ponto crítico das vendas

No quadro dos pressupostos acabados de referir em que, para diversos níveis de volume:

- o custo variável unitário é proporcional ao volume;


- os custos fixos globais não se alteram com as variações do volume de produção e de
vendas;
- o preço de venda mantém-se constante, não obstante as alterações de volume;
- o volume de produção é igual ao volume de vendas.

-17-
Os resultados de certo período podem ser determinados pela função:

R = pv . Q – Cf – cv . Q

O volume de produção e de vendas (Q*) que conduz ao resultado nulo é:

O = pv . Q* – Cf – cv . Q*

Ou seja:

Q* = Cf
Pv –cv

Graficamente tem-se:

Vendas

Custos Totais

Ponto
Critico
(V”) Margem de
Segurança

Quantidades vendidas
Ponto Crítico Volume de vendas
(Q”) esperado

A margem de segurança deve utilizar-se nas empresas para medir o risco. Uma empresa com
uma margem de segurança elevada é menos vulnerável, isto porque o ponto crítico está longe
do volume de vendas esperado.

Pelo contrário, numa empresa com uma reduzida margem de segurança o risco é elevado, uma
vez que o seu ponto crítico pouco se distancia das vendas esperadas, por conseguinte, as
variações negativas na procura e nos preços de venda e bem assim os agravamentos não
previstos nos seus custos podem colocá-la em situação de prejuízo.

Convirá ter sempre presente nas aplicações dos conceitos relacionados com o ponto crítico os
pressupostos simplificadores atrás admitidos que raramente se verificam para grandes
variações nos volumes de produção e de vendas. No entanto, saliente-se que, como atrás
dissemos, com frequência pode ser definido um intervalo de variação do volume - que
designamos por volume relevante – dentro do qual aqueles pressupostos se verificam.

-18-
C. Análise dos Resultados dos Diferentes Produtos

a maior parte das empresas fabrica e vende mais do que um produto. Veremos seguidamente o
impacto das alterações do “product mix” nos resultados dos diferentes produtos e da empresa
no seu conjunto.

Exemplo:

De uma empresa que fabrica três produtos, designados por A, B e C, dispõe-se dos seguintes
elementos em relação ao mês de Maio de 19x1:

Produto A Produto B Produto C


Vendas (unidades) 12 500 10 000 10 000
Preço de venda 2 000$ 1 000$ 500$
Custo variável unitário 1 500$ 600$ 200$
Margem de contribuição:
Valor 500$ 400$ 300$
Percentagem 25% 40% 60%

Os custos fixos do mês foram de 8 000 contos.

O peso do valor das vendas de cada produto no valor de vendas total é o seguinte:

Produto unidades vendidas vendas (contos) total%


A 12 500 25 000 62,5
B 10 000 10 000 25,0
C 10 000 5 000 12,5
32 500 40 000 100,0

A margem de contribuição deste “product mix” (62,5-25-12,5) é de aproximadamente 33,1%,


distribuindo-se como segue:
(em contos)
Produto vendas margem de contribuição margem de contribuição(%)
A 25 000 6 250 25,0
B 10 000 4 000 40,0
C 5 000 3 000 60,0
40 000 13 250 33.125

Como os custos fixos são de 8 000, o ponto crítico em valor do “product mix” é o seguinte:
V* = 8 000 = 24 151 contos
0,331

-19-
A contribuição de cada produto do “product mix” para o ponto crítico, tendo em conta que
cada um deles contribui de acordo com a sua percentagem no “mix”, é a seguinte:

(em contos)
Produto vendas % V* contribuição cada produto
A 25 000 62,5 24 151 15 094
B 10 000 25,0 6 038
C 5 000 12,5 3 019
40 000 100,0 24 151

Suponha-se agora que se alterou o “product mix” de forma a que o peso percentual de cada um
passe para (30-35-30) sem que o valor das vendas totais e dos custos fixos se alterem. O
impacto nos resultados dos produtos será o seguinte:

Margem de produção do “product mix”


(em contos)
Produto vendas margem de contribuição margem d contribuição(%)
A 14 000 3 500 25,00
B 14 000 5 600 40,00
C 12 000 7 200 60,00
40 000 16 300 40,75

Como os custos são de 8 000 contos, o ponto crítico, o ponto crítico em valor do “product
mix” seria o seguinte:
V* = 8 000 = 19 608 contos
0,408

Aquela quantidade (Q*) que é necessário produzir e vender para que os proveitos igualem os
custos, ou seja, para que não haja lucro nem prejuízo, é designado por ponto crítico das
vendas, também chamado de umbral do lucro ou ponto morto das vendas.

O ponto crítico pode também ser apresentado em valor, para o que basta multiplicar Q* pelo
preço de venda, como segue:
V* = pv. Q*

Podendo ser obtido pela fórmula:


V* = Cf
1-cv
Pv

Designando por margem de contribuição m a diferença entre o preço de venda e o custo


variável (industrial e não industrial), o ponto crítico é dado pelas seguintes fórmulas:

-em quantidade:
Q* = Cf ou Q* = Cf
pv-cv m

-20-
-em valor:

V* = Cf ou V* = Cf ou V* = Q* . pv
1-cv m’
pv

em que m’ é o quociente da margem de contribuição em relação ao preço de venda.

Graficamente tem-se:

Zona de Lucro
Custos Vendas

Zona de Prejuízo Custos Totais


Ponto
Crítico
(V”)

Custos Fixos

Volume

Ponto Crítico (Q”)

Note-se que para simplificar, considerámos, incorrectamente, que os custos e proveitos variam
linearmente com o volume de produção e de vendas para qualquer intervalo deste, o que é
apenas válido, como referimos, para o volume relevante.

Dever-se-á também ter presente esta incorrecção propositada nos gráficos que se seguem.

Resultado esperado ou estimado

Conhecido o ponto crítico pode rapidamente estimar-se o resultado antes de impostos, pois
ficando os custos fixos cobertos pela margem de contribuição proporcionada pelo ponto
crítico (também se define ponto crítico o volume de actividade em que a margem de
contribuição é igual aos custos fixos), o resultado estimado será igual à margem de
contribuição proporcionada pelas quantidades vendidas para além desse ponto:

R = (Q –Q*) . (pv-cv) ou R= (Q-Q*).m

Em que:

Q= quantidades vendidas
Q*= ponto crítico em quantidades
pv= preço de venda
cv= custo variável unitário industrial e não industrial
Graficamente tem-se:

-21-
Zona de Lucro
Custos Vendas

Zona de Prejuízo Custos Totais


Ponto Marg
Crítico Segu
(V”) Custos variáveis

Custos Fixos

Volume

Ponto Crítico (Q”)

Este gráfico salienta que, até se atingir o ponto crítico das vendas, a empresa tem prejuízo, que
é dado pela diferença entre qualquer ponto de recta de proveitos e igual ponto de recta de
custos, dado que a primeira assume valores inferiores à segunda (zona de prejuízo). Para
quantidades superiores ao ponto crítico a situação inverte-se (zona de lucro).

Salienta também, o que pode ser visto pela área correspondente à zona de lucro, que
ultrapassado o tempo crítico, o lucro aumenta mais do que proporcionalmente com o
crescimento do volume de vendas, sendo igual à margem de contribuição proporcionada pelas
quantidades vendidas para além do ponto crítico.

Margem de segurança

Designa-se por margem de segurança o quociente da diferença entre as vendas previstas e o


ponto crítico e o próprio ponto crítico:

MS = Q-Q* ou MS = Q -1
Q* Q*

A contribuição de cada produto para o ponto crítico é pois:

Produtos Vendas % V* contribuição cada produto

A 14 000 35 19 608 6 863


B 14 000 35 6 863
C 12 000 30 5 882
40 000 100 19 608

-22-
Os resultados da empresa para os dois “mix” são:
1º mix 2º mix
Vendas 40 000 40 000
Custos
Fixos 8 000 8 000
Variáveis 26 750 23 700
Lucro 5 250 8 300

Ou efectuando os cálculos de outra forma:

R mix (62,5-25-12,5)=(40 000 x 0,33125- 8 000)= 5 250 contos


R mix (35-35-30)=(40 000 x 0,4075-8 000)= 8 300 contos

Verifica-se assim, que variações no “product mix”, independentemente de alterações no valor


total das vendas, implicam alterações no ponto crítico, nos resultados e na contribuição
individual dos diferentes produtos para o mesmo.

Graficamente tem-se:

Lucro
Custos Vendas

Prejuízo Custos Totais


Ponto
Crítico
(V”)
24 151 Cts
Custos Fixos

Quantidades
Vendidas

Ponto Crítico (Q”)

-23-

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