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- TÍTULO DO TRABALHO:

Provocações sensoriais instrumentos de desenvolvimento infantil nos jardins sensoriais do


parque Madureira

- AUTORES DO TRABALHO:

Luiz F. B. Rocha,

- FILIAÇÃO INSTITUCIONAL DOS AUTORES:

Laboratório de Observação do Espaço Habitado / LObE-Hab, Departamento de Arquitetura


e Urbanismo – PUC-RIO

A produção do espaço urbano na cidade do Rio de Janeiro assim como em muitas das cidades
da América Latina vem ao longo dos anos seguindo a cega lógica do capital financeiro como
norte na sua evolução espacial. (Dameco, M. 2014). Logo a qualidade dos espaços coletivos
de lazer está intimamente atrelada as possibilidades trazidas pelo valor da terra. (Santos, A.
Manolescu, F. 2008). De fato, esta realidade é concretizada pela ocupação prioritária de
espaços coletivos de lazer privatizados como shoppings, parques de diversão, praças
privadas e similares. Os espaços públicos por outro lado oferecem de forma democrática o
lazer e com abertura de forma igualitária a qualquer cidadão, independente de seu poder
aquisitivo. (Santos, 1985). Dentro do universo de renovação trazida pelos jogos Olímpicos
de 2016, a cidade do Rio de janeiro introduziu uma série de equipamentos públicos
acessíveis a todos. Neste escopo, o Parque municipal de Madureira, oferece seus jardins
sensoriais como um meio acessível a todos os seres humanos, visto que está além do uso dos
sentidos da visão e audição. Esta análise busca discutir como os jardins sensoriais e suas
táticas de projeto podem tornar os espaços coletivos de lazer mais acessíveis a todos os seres
humanos, analisando a concepção dos jardins sensoriais do Parque municipal de Madureira,
localizado na zona norte da cidade do Rio de janeiro. Investigando e propondo intervenções
nos pontos críticos que impedem uma maior acessibilidade e uso direcionado para a
educação e apreciação contemplativa. Os jardins sensoriais do Parque linear de Madureira
serão analisados a partir do conjunto gráfico de seu projeto arquitetura, revisão bibliográfica,
visita de campo, observação e interpretação dos dados colhidos a luz dos conceitos da
arquitetura, neuroarquitetura e psicologia ambiental. Após todo processo o resultado guiará
a proposição de alterações projetuais. É esperado que o ambiente proporcionado pelos
jardins sensoriais trabalhe todos os sentidos do ser humano, principalmente aqueles
habitualmente não utilizados na arquitetura atual, atuando como uma forma de melhor
apreciar a arquitetura existente. (PALLASMAA, 2011, TUAN 1974). Existe a probabilidade
de que o espaço seja utilizado pela comunidade local como um ponto de abordagem
educacional para crianças especiais, assim como poderão existir elementos construtivos que
impeçam a melhor integração e acessibilidade universal. Concluímos que os jardins
sensoriais são elementos que podem abrir a percepção espacial da arquitetura por todos os
seres humanos, servindo de ponto de apreciação, educação e contemplação espacial.

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