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Moradores reclamam que a construção das casas do CDHU teria causado problemas nas es

truturas antigas da cidade.


Rachaduras e fissuras teriam aparecido depois que a construção começou. Além dos problem
as estruturais, os moradores reclamam também da poeira que a obra está gerando. Os m
oradores ainda pedem agilidade na entrega do sistema de esgoto, que deveria ter
sido entregue há um mês.
A Prefeitura se comprometeu a concluir este serviço esta semana e reforçou que um ca
minhão pipa tem passado diariamente no bairro para amenizar a poeira. Sobre as rac
haduras, a prefeita Ana Lúcia Billard afirma não ser responsabilidade do governo mun
icipal.
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Não é apenas o barulho do bate-estaca e a poeira que perturba os moradores dos arred
ores de um prédio em construção. Segundo o Conselho Regional de Engenharia, Arquitetur
a e Agronomia do Rio de Janeiro (Crea-RJ), é cada vez maior o número de ações judiciais
envolvendo danos a imóveis vizinhos à obra.
Nesses casos, orienta o órgão, o ideal é que o condomínio tenha em mãos um laudo técnico qu
aponte as condições estruturais do prédio antes do início da construção.
O laudo é uma forma de reunir provas antecipadamente. Portanto, pode ser usado para
solicitar reparos caso haja algum dano, conforme prevê o artigo 572 do Código Civil ,
explica o engenheiro civil Antônio Eulálio Araújo.
ENGENHEIROS DAS DUAS PARTES PARTICIPAM DA VISTORIA - Os moradores devem contrata
r um engenheiro perito de confiança. A vistoria, por sua vez, é feita em conjunto co
m um engenheiro indicado pela construtora. Feito o laudo, ambos assinam o docume
nto, atestando que ele retrata, de forma fiel, a situação atual do prédio. Isso garant
irá que nenhuma das partes desminta a outra em caso de uma ação judicial.
O laudo relata a existência ou não de vícios de construção, como trincas, por meio de foto
rafias e descrições técnicas. Além disso, avalia a situação de revestimentos e aponta infil
rações e deformidades estruturais em parapeitos e esquadrias , acrescenta.
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Casas ao redor de prédio apresentam rachaduras, problemas estruturais e sujeira
Moradores reclamam que a obra para construção de um prédio, que começou em 2006, tem ger
ado muitos transtornos.
Há quatro anos ele se mudou e o motivo seria a construção de um prédio, bem atrás do quint
al dele. De acordo com o vizinho da obra, que é engenheiro, assim que foram feitos
os trabalhos de alicerce, começaram os problemas na residência. Na primeira estaca q
ue foi batida, a sensação é que a casa iria cair. A casa tremia toda e, de imediato co
meçou a cair azulejo da cozinha, trincas começaram a aparecer , afirma Edson de Souza.

Os problemas são visíveis. Paredes com trincas, com fissuras grandes e sem azulejos.
Desde que se mudou, Edson tenta alugar o imóvel. Mas ninguém quer pagar para morar
num lugar assim. A casa se tornou sem condições de moradia , completa Edson.
Na casa de dona Irene Gomes, a sujeira é o principal problema. O cimento da obra v
em parar no quintal da casa dela. A rede de proteção fica longe das paredes e está com
furos. Já atrapalhou tudo. Não tem saúde física, nem mental que agüente , reclama a apose
da.
Ela e outros moradores já fizeram de tudo. Na polícia, registraram boletim de ocorrênc
ia e pediram um laudo pericial. O documento apontou falta de rede de proteção e peri
go aos vizinhos. Perigo que acompanha também os funcionários.
Operários sem capacete de proteção, que é um equipamento obrigatório, foram flagrados trab
alhando na obra. A maioria usava apenas boné.
A construção, que está em fase final, chegou a ser embargada por falta de documentação. Ma
s o problema teria sido resolvido.
A assessoria de imprensa da prefeitura informou que a obra apresenta todos os re
quisitos legais e, hoje, é totalmente regular. Por isso não pode ser embargada, pelo
menos, pela administração municipal. Ninguém da construtora quis dar entrevista.
Por telefone, o engenheiro responsável pela obra disse que os trabalhos devem ser
finalizados em 90 dias. Sobre a rede de proteção, ele alegou que ela havia sido dest
ruída pela chuva na segunda-feira (25), e que já foi substituída por uma nova. Já sobre
o fato dos operários não estarem usando capacete, ele informou que já reforçou com os fu
ncionários a necessidade de utilizar todos os equipamentos de segurança.
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