Você está na página 1de 4

AGÊNCIA NACIONAL DE ENERGIA ELÉTRICA - ANEEL PORTARIA N° 1.

284, DE 15 DE JUNHO DE
2009 Relatório Voto SÚMULA ANEEL Nº 11 O DIRETOR-GERAL DA AGÊNCIA NACIONAL DE
ENERGIA ELÉTRICA – ANEEL, no uso das atribuições regimentais, tendo em vista o disposto no
art. 10, §1º, do Regimento Interno da ANEEL, aprovado pela Portaria MME nº 349, de 28 de
novembro de 1997, e em conformidade com o art. 8º, §1º da Norma de Organização ANEEL nº
23, de 31 de janeiro de 2006, aprovada pela Portaria nº 224, de 31 de janeiro de 2006, de
acordo com deliberação da Diretoria e do que consta no processo nº 48500.001678/2009-41,
resolve: Art. 1° Aprovar a criação da Súmula ANEEL nº. 011, que trata do cancelamento no
âmbito administrativo da cobrança da diferença de consumo por procedimento irregular
prevista no art. 72 da Resolução nº 456, de 29 de novembro de 2000, nos casos de revisão de
faturamento motivados por irregularidade, respaldando-se apenas pela ausência de lacres
e/ou queda de consumo, nos seguintes termos: “O rompimento, manipulação ou ausência dos
selos do medidor de energia elétrica, por si só e na inexistência de outros elementos
probatórios aptos a comprovar a irregularidade, não autorizam a cobrança de recuperação de
consumo prevista no inciso IV do art. 72 da Resolução ANEEL nº 456/2000, mesmo quando
associados a uma queda de consumo, devendo-se proceder apenas a cobrança do custo
administrativo adicional, nos termos do art. 36, parágrafo único, da supracitada Resolução”.
Art. 2º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação. NELSON JOSÉ HÜBNER
MOREIRA Este texto não substitui o publicado no D.O. de 13.07.2009, seção 1, p. 55, v. 146, n.
131. (grifo nosso)

2005.700.013269-2 Juiz(a) SIMONE CAVALIERI FROTA FORNECIMENTO DE ENERGIA – ELÉTRICA


IRREGULARIDADE CONSTATADA ATRAVÉS DE LAUDO DA RÉ TERMO DE OCORRÊNCIA
INVÁLIDO, EIS QUE REALIZADO DE FORMA UNILATERAL PELA EMPRESA RÉ, NÃO PERMITINDO
O CONTRADITÓRIO – DESNECESSÁRIA A REALIZAÇÃO DE QUALQUER PERÍCIA, DILIGÊNCIA OU
DILAÇÃO PROBATÓRIA PARA O DESLINDE DO FEITO – PORTANTO, INCABÍVEL A PRELIMINAR
SUSCITADA PELA CERJ – CANCELAMENTO DA MULTA QUE SE IMPÕE — SUSPENSÃO DO
FORNECIMENTO EFETUADA SEM CAUSA LEGÍTIMA – DANO MORAL CONFIGURADO –
SENTENÇA QUE CORRETAMENTE APRECIOU A QUESTÃO, MERECENDO PARCIAL REFORMA
PARA MAJORAÇÃO DA INDENIZAÇÃO POR DANO MORAL, CONSIDERANDO O TEMPO DE
PERMANÊNCIA SEM LUZ (DEZ DIAS) – ASSIM, ATENTANDO PARA A REPROVABILIDADE DA
CONDUTA ILÍCITA E GRAVIDADE DO DANO POR ELA PRODUZIDO, ARBITRA-SE A VERBA
INDENIZATÓRIA EM R$5.000,00 – PROVIMENTO PARCIAL DO RECURSO. TJ-RJ - APELACAO APL
00001518620068190054 RJ 0000151- 86.2006.8.19.0054 (TJ-RJ) Data de publicação:
02/10/2013 Ementa: APELAÇÃO CÍVEL. ENERGIA ELÉTRICA. SUPOSTA IRREGULARIDADE NO
MEDIDOR DE ENERGIA ELÉTRICA. COBRANÇA DE DÉBITO DECORRENTE DE RECUPERAÇÃO DE
CONSUMO NÃO FATURADO BASEADA EM TERMO DE OCORRÊNCIA DE IRREGULARIDADE (TOI)
LAVRADO UNILATERALMENTE POR PREPOSTOS DA CONCESSIONÁRIA. INTERRUPÇÃO DO
FORNECIMENTO DO SERVIÇO. PROVA PERICIAL REALIZADA. AUSÊNCIA DE IRREGULARIDADE
DO MEDIDOR. CORRETA A SENTENÇA AO DECLARAR A NULIDADE DO TOI E A INEXISTÊNCIA
DOS DÉBITOS. DANO MORAL. FALHA NA PRESTAÇÃO DO SERVIÇO CONFIGURADA ATRAVÉS DE
PROVA PERICIAL. RECURSO DA CONCESSIONÁRIA DE SERVIÇO PÚBLICO. PROVIMENTO
PARCIAL. REDUÇÃO DO QUANTUM ARBITRADO. 1. O cerne da presente questão cinge-se à
legalidade do procedimento administrativo de vistoria, constatação de irregularidade no
medidor residencial da autora e da suspensão de fornecimento de energia elétrica efetuado no
caso concreto. 2. Segundo os fatos narrados pelo autor-apelado, em 28 de dezembro de 2005
recebeu uma notificação emitida pela ré na qual constava a informação de violação dos selos
oficiais e desativação de bobina, e ameaça de suspensão no fornecimento de energia. Relata
que compareceu à agência da ré e foi informado acerca da existência de uma multa no valor
de R$2.736,20 atribuída à prática de fraude no medidor. 3. Apelação cível interposta pelo réu
em face de sentença de procedência de pedidos de obrigação de fazer de restabelecimento de
fornecimento de energia elétrica; de declaração de nulidade do então denominado Termo de
Ocorrência de Irregularidade com o consequente cancelamento do débito oriundo do referido
documento. A apelada trouxe aos autos cópia de faturas que apresentavam consumo de
energia nos meses anteriores à data da lavratura do TOI, sendo certo que houve pequena
alteração após a inspeção realizada, não sendo, portanto, coerente a irregularidade imputada
pela apelante. 4. A responsabilidade civil das pessoas jurídicas de direito público e das pessoas
jurídicas de direito privado prestadoras de serviço.

SÚMULA TJ Nº 256 O TERMO DE OCORRÊNCIA DE IRREGULARIDADE, EMANADO DE


CONCESSIONÁRIA, NÃO OSTENTA O ATRIBUTO DA PRESUNÇÃO DE LEGITIMIDADE, AINDA QUE
SUBSCRITO PELO USUÁRIO. REFERÊNCIA: PROCESSO ADMINISTRATIVO Nº. 0032040-
50.2011.8.19.0000 - JULGAMENTO EM 16/01//2012 - RELATOR: DESEMBARGADORA LETÍCIA
SARDAS. VOTAÇÃO UNÂNIME. (VER: CONSUMIDOR, TERMO DE OCORRÊNCIA DE
IRREGULARIDADE - TOI)

A própria resolução nº 456/00 da ANEEL em seu artigo 72, inciso II, determina que, após
constatada a irregularidade, a concessionária deverá promover a perícia técnica, realizada por
terceiro legalmente habilitado, do relógio medidor no qual foi constatada a irregularidade.

Porém a norma da ANEEL condiciona a realização desta perícia à solicitação do consumidor,


que invariavelmente, por desconhecer a Resolução nº 456, não a requer, muito embora
inúmeras decisões judiciais prestigiem a posição do consumidor, incumbindo a concessionária
da produção da prova pericial apta a comprovar a existência de irregularidade, seja pela
comunicação à autoridade policial da suposta irregularidade ou pelo envio do aparelho para
perícia junto a órgão técnico capaz ou vinculado a segurança pública. Daí a importância da
informação prévia por parte da ré, ao consumidor. Cabe à ré informar ao consumidor todas as
informações necessárias ao procedimento, principalmente no que tange à sua defesa e
contestação, conforme preconiza o CDC.
APELAÇÃO. DIREITO DO CONSUMIDOR. AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER CUMULADA COM
INDENIZATÓRIA. SUSPENSÃO DO FORNECIMENTO DE ENERGIA ELÉTRICA. TERMO DE
OCORRÊNCIA DE IRREGULARIDADE (TOI). UNILATERALIDADE DO TOI. IRREGULARIDADE DE
CONSUMO NÃO COMPROVADA. ART. 14 DO CDC. CANCELAMENTO DO TOI E DOS DÉBITOS A
ELE VINCULADOS QUE SE IMPÕE. COBRANÇA INDEVIDA E CORTE DE ENERGIA QUE ATENTOU
CONTRA A DIGNIDADE DA PARTE. DEVIDA A REPETIÇÃO EM DOBRO, PORQUANTO NÃO SE
CUIDA A HIPÓTESE DE ENGANO JUSTIFICÁVEL. DANO MORAL CONFIGURADO. Verba
reparatória arbitrada em R$4.000,00 (quatro mil reais) que se revela necessária e suficiente
para a reprovação e prevenção do dano moral, de modo a consultar a razoabilidade e a
proporcionalidade. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS FIXADOS DE ACORDO COM OS CRITÉRIOS DO
ART. 20, § 3º, DO CPC. ACERTO DA SENTENÇA. NEGATIVA DE SEGUIMENTO AO RECURSO, COM
BASE NO ART. 557, CAPUT, DO CPC. (TJ-RJ - APL: 00130625620068190208 RJ 0013062-
56.2006.8.19.0208, Relator: DES. CLAUDIO LUIS BRAGA DELL ORTO, Data de Julgamento:
03/04/2014, VIGÉSIMA QUINTA CAMARA CIVEL/ CONSUMIDOR, Data de Publicação:
08/04/2014 00:00) PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS - ENERGIA ELÉTRICA - TERMO DE OCORRÊNCIA
DE IRREGULARIDADE - TOI. Declaração de emissão unilateral. O TOI, por si só, não é suficiente
para comprovar a irregularidade do medidor. Fraude não comprovada. Ausência de
contraditório acerca da suposta irregularidade. Ônus probatório não desvencilhado. Sentença
mantida. Recurso improvido. (TJ-SP - APL: 90005413620088260506 SP 9000541-
36.2008.8.26.0506, Relator: Fábio Podestá, Data de Julgamento: 08/10/2014, 8ª Câmara
Extraordinária de Direito Privado, Data de Publicação: 15/10/2014)

CONSUMIDOR – INDENIZAÇÃO – COBRANÇA ABUSIVA DE SERVIÇOS TELEVISIVOS POR


ASSINATURA, CULMINANDO NA INTERRUPÇÃO DA SOLUÇÃO DE CONTINUIDADE DOS
SERVIÇOS CONTRATADOS – FATOS QUE GERAM NÃO SÓ A DEVOLUÇÃO EM DOBRO DO VALOR
COBRADO ABUSIVAMENTE, NOS TERMOS DO ART. 42, PARÁGRAFO ÚNICO, DA LEI 8.078/90,
COMO TAMBÉM O RESSARCIMENTO DO DANO MORAL – VERBA DEVIDA QUE GANHA ASPECTO
PUNITIVO, QUE DEVE SER CONSIDERADO NA FIXAÇÃO DO QUANTUM. A cobrança abusiva de
serviços televisivos por assinatura, culminando na interrupção da solução de continuidade dos
serviços contratados, gera não só a devolução em dobro do valor cobrado abusivamente (art.
42, parágrafo único, da Lei 8.078/90) como também dano moral, indenização que ganha
aspecto punitivo, que deve ser considerado na fixação do quantum devido (1º TACivSP, ApCiv
783.839-1, 4ª Câm., Rel. Des. Rizzato Nunes). (...) Ressalte-se na espécie, além do caráter
ressarcitório, o viés preventivo-pedagógico do instituto do dano moral, a indicar aos
fornecedores-rés, que, no futuro, outra deve ser a conduta adotada em relação aos seus
clientes, oferecendo-lhes tratamento respeitoso para que tenham satisfeitas as suas legítimas
expectativas, buscando outrossim adequar seu desempenho comercial à principiologia do CDC,
cujos ditames protetivos estão em vigor há quinze anos (TJRJ, 2ª Turma Recursal dos Juizados
Especiais Cíveis, Recurso Inominado n.º 2005.700.0522433, Relatora Juíza Cristina Tereza
Gaulia) (Grifei) TRANSPORTE AÉREO – ATRASO DE VÔO – DANO MORAL. Responsabilidade
Civil. Transporte aéreo. Atraso de vôo. Candidato que não pôde realizar prova de concurso
público de ingresso à magistratura. Falha na prestação do serviço. Ofensa a direito
constitucionalmente protegido. Dano moral. Caráter educativo. A condenação no pagamento
de indenização não-patrimonial é instrumento eficaz para desestimular ofensa aos direitos e
garantias individuais. Manutenção da sentença (TJRJ, ApCiv 2005.001.6012, 5ª CamCiv, Rel.
Des. Antonio César Siqueira). (Grifei)

Você também pode gostar