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7 Coisas Que Aprendi Com o PSOL - Spotniks
7 Coisas Que Aprendi Com o PSOL - Spotniks
O QUE ESTÁ POR TRÁS DO AUMENTO O QUE AS 15 FAMÍLIAS MAIS RICAS AMIGO DE ESQUERDA, SE VOCÊ SE
DE 5455% EM UM REMÉDIO DO BRASIL TÊM EM COMUM? UMA PREOCUPA EM SERVIR AS PESSOAS,
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progressismo brasileiro,
TWEET 86 formado porPIN
dissidentes do
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7 coisas que aprendi com o PSOL - Spotniks
Nesses anos todos, o partido de Luciana Genro, Jean Wyllys, Marcelo Freixo e Chico Alencar, fez uma
série de discursos sobre muitos assuntos. Da economia aos direitos civis. Aqui, as 7 coisas que
aprendi com eles.
O PSOL afirma defender um novo socialismo, que rompe com a repressão revolucionária e garante
liberdade política – explícito no Art. 5º de seu Estatuto. Mas longe dos floreios retóricos, a realidade se
esconde nas entrelinhas.
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O partido apoia publicamente a ditadura venezuelana (e se você ainda tem alguma dúvida se o país
vive um regime de exceção, sugiro ler essa matéria). No ano passado, suas lideranças
acompanharam a eleição presidencial do país in loco e organizaram eventos de apoio a Maduro no
Brasil. Nesse ano, o PSOL lançou moção de repúdio aos senadores que viajaram a Caracas para
visitar lideranças políticas aprisionadas e perseguidas pela revolução, em apoio ao regime. Para o
PSOL, a democracia sem democracia venezuelana é exemplo para o continente.
Nas últimas eleições, Luciana Genro – que está na foto acima fazendo ode ao simbolismo do punho
cerrado na Praça da Revolução, em Havana – disse que Cuba não é exemplo de democracia. Há
alguns anos, porém, ela e outros membros do partido (como Chico Alencar e Ivan Valente) lançaram
nota em nome do PSOL em defesa da revolução.
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O PSOL acredita que a tributação sobre grandes fortunas é mais do que uma necessidade, mas “uma
obrigação moral num país com desigualdade abissal”, como o nosso.
No Brasil, cerca de 48,9% da renda dos mais pobres é destinada ao pagamento de impostos –
enquanto para os mais ricos, eles pesam 26,3%. A carga tributária é um peso robusto sobre a vida do
trabalhador brasileiro – que paga sempre muito caro em qualquer ocasião: quando nasce, quando
morre, quando fica são e doente, quando trabalha e quando viaja em descanso. Cerca de 53% dos
impostos coletados pelo governo brasileiros são pagos por pessoas que recebem até 3 salários
mínimos. Para o PSOL, no entanto, mais importante do que uma ampla redução na carga tributária
dos mais pobres, é o aumento dos impostos para os mais ricos. Só tem um problema: essa ideia não
apenas não funciona, como gera um processo completamente inverso.
Como publicamos aqui, taxar os ricos não significa que eles irão pagar. Um estudo do think tank
norte-americano Tax Foundation, um dos maiores e mais antigos centros de estudo dedicados à
divulgação de pesquisas sobre efeitos de impostos na economia, demonstrou que impostos sobre
patrimônio entre 0,5 e 2% para a camada mais rica da população traria uma diminuição de mais de 5%
na média salarial dos Estados Unidos, uma diminuição de 6% do PIB, destruiria 1 milhão vagas de
emprego e traria um ganho de somente 62 bilhões de dólares ao Estado – uma queda de 6% no PIB
representaria cerca de 991 bilhões de dólares a menos na economia todos os anos. Essas estimativas
foram feitas com base nas recomendações de Thomas Piketty, em O Capital no Século XXI.
Os estudiosos explicam que isso se deve a pelo menos um fator: os ricos não pagam essas taxas, de
diversas maneiras.
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Além da liberdade política, o PSOL também diz defender a liberdade de expressão no Art 5º de seu
Estatuto. Mas esse é um ponto inequivocamente traiçoeiro. Se há uma área em que o partido da
liberdade e do socialismo rejeita é aquela que permite aos indivíduos o direito de se expressarem
livremente.
Não foram poucos os casos em que o partido buscou a censura em relação a opiniões contrárias –
mesmo quando execráveis, dignas de boicote (outra faceta da liberdade de expressão). Como diz o
Partido da Causa Operária, outra agremiação de esquerda:
“A liberdade de expressão, completa e irrestrita é uma condição sine qua non para a existência das
outras liberdades democráticas, ela é uma liberdade que engloba toda a sociedade e que precede
todas as liberdades individuais.O primeiro dos direitos democráticos deve ser o de pensar, e
naturalmente transmitir suas ideias sem medo de repressão, e para isso não pode estar entre os
poderes do Estado decidir o que os cidadãos devem pensar e qual conteúdo pode ou não ser
veiculado, não é atribuição do Estado decidir como podem ou não ser transmitidas essas ideias.”
Não existe meia liberdade de expressão. Ou ela é possível integralmente, ou só é possível um discurso
pré-estabelecido. A liberdade de expressão não foi um conceito criado para que se defenda o direito
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de desejar bom dia no elevador – ela existe para que as maiores atrocidades possam ser ditas. Se
não aceitarmos que as coisas que repudiamos possam ser expressadas, não há qualquer
sentido em defendermos explicitamente a liberdade de expressão.
Para o PSOL, portanto, a liberdade é um valor importante. Mas só aquela que está em sintonia com os
desejos e os discursos do partido.
O PSOL acredita que empresas não doam para partidos políticos: fazem investimentos. E por isso, o
partido critica doações empresariais para campanhas eleitorais. Acredita que dessa forma, ajudará a
coibir a corrupção – ainda que a prática não possua qualquer relação empírica com o resultado
pretendido. Para o partido, campanhas devem ser pagas com dinheiro público – sim, sua
grana deveria bancar integralmente a atuação do PSOL, ainda que você não concorde com suas
ideias.
O que o partido não condena é o investimento político na corrupção: quando partidos alugam suas
bases distantes de quaisquer pretensões ideológicas em troca de cargos, comissões ou tempos de tv.
O próprio PSOL, em eleições locais, já se aliou com PT, PMDB, PR, PSB, PDT, PCdoB, PSC, PRB,
PTC e PTN – além de PSDB, DEM e PPS. Num momento em que, contra o impeachment, Dilma
oferece cinco ministérios ao PMDB como troca de moeda para acalmá-lo, a indignação do PSOL é
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seletiva.
O partido que brada ser contra a doação de grandes empreiteiras por seu caráter clientelista, não nega
as coligações de aluguel com as mesmas motivações.
O PSOL é um partido que se orgulha do protagonismo na luta contra a homofobia. Mas essa luta
também possui seus poréns. Quando políticos não alinhados com o partido vociferam
opiniões homofóbicas, o PSOL prontamente lança seu repúdio. Quando o mesmo ocorre com
lideranças alinhadas, porém, a situação não se repete.
Isso é escancarado no vídeo que editei abaixo, em relação ao apoio ao homofóbico Nicolás Maduro,
presidente da Venezuela.
aqui.http://spotniks.com/o-amor-nao-e-
vermelho/
Assim como em relação à democracia, a julgar seus apoios entusiasmados à revolução e à falta de
senso crítico às posições homofóbicas de políticos como Nicolás Maduro, aparentemente o PSOL
considera que hipotéticas conquistas sociais valem o sacrifício da comunidade LGBT que ele diz
defender.
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A solução é mágica. Quer resolver os problemas do país? Repita inúmeras vezes a palavrinha
educação. Políticos adoram repeti-la como um mantra sagrado, disposto a curar todos os males da
sociedade. E se a educação no Brasil é precária, qual a razão óbvia? Falta de dinheiro, claro. Não há
outra possibilidade.
Mas não pense que essa é uma boa estatística: dado o nosso baixo desempenho em diversos rankings
de educação (inclusive entre os realizados dentro do próprio país), é fácil entender como boa parte
desse dinheiro é mal administrado.
Mas isso não é o bastante: o partido de Luciana Genro quer aumentar ainda mais esse valor. Para o
PSOL, um sistema construído com claros problemas de gestão deve receber de forma
imediata dinheiro mal investido
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O meu corpo, minhas regras é um mantra repetido incansavelmente pelo movimento feminista, apoiado
e ecoado pelo PSOL. Mas sua base não morre aí: ele é também marca do liberalismo. Por entendê-lo
como propriedade das suas próprias motivações, os liberais acreditam que as pessoas são as
responsáveis por suas vidas – e pela sua proteção. E é isso que as feministas do partido bradam: o
seu corpo diz respeito apenas a você. Quando alguém busca violá-lo, é seu direito retrucá-lo.
Ou ao menos é o que deveria ser. Para o PSOL, a legítima defesa não é um direito humano. Desse
modo, o partido acredita que o direito à posse de armas deve ser violado – por isso, atua como
poucos contra essa bandeira.
O desarmamento, no entanto, é a política dos senhores de escravos, dos que proibiam negros de
possuírem até cães como forma de evitar que revidassem os abusos. É a política do fascismo, do
stalinismo, do nazismo, dos tiranos de todas as orientações e todos os credos que ameaçavam de
morte quem ousava não se desarmar. A base racional e ética da defesa do porte de armas ao cidadão
comum – homens e mulheres – é exatamente a mesma do meu corpo, minhas regras.
Portanto, para o PSOL, o meu corpo é meu e atende apenas àquilo que eu mando – mas não sem um
porém: eu não tenho o direito de proteger sua integridade. O que, na prática, como em outras políticas
defendidas pelo partido, não faz o mais remoto sentido.
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RODRIGO DA SILVA
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2015 Spotniks. Editor: Rodrigo da Silva. Midia kit: [email protected] Fale com a gente: [email protected]
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