Você está na página 1de 12

UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS

CENTRO DE TECNOLOGIA

INSTITUTO DE FÍSICA

CURSO DE ENGENHARIA QUÍMICA

Carlos Aparecido Flor Filho


Luiz Eduardo de Araujo Oliveira
Yasmin de Araújo Xavier

CORRENTE E MAGNETISMO

MACEIÓ-2020

Carlos Aparecido Flor Filho


Luiz Eduardo de Araujo Oliveira
Yasmin de Araújo Xavier

CORRENTE E MAGNETISMO

Relatório do experimento corrente e


magnetismo realizado sob
orientação do professor Wandearley
Dias, como requisito avaliativo da
disciplina de Laboratório de Física
2.

MACEIÓ-2020
Sumário
1. INTRODUÇÃO 3
2. OBJETIVOS 4
3. MATERIAIS E MÉTODOS 5
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO 8
5. CONCLUSÃO 10
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 11
3

1. INTRODUÇÃO

Depois da constatação que correntes elétricas criavam campo magnético, os


cientistas começaram a pesquisar sobre o efeito inverso, ou seja, se um campo
magnético criaria correntes elétricas. Após 6 anos de tentativas Michael Faraday
com seguiu comprovar experimentalmente em 1831 essa teoria. Esse fenômeno
ficou conhecido como indução eletromagnética ou Lei de Faraday. [1]

De acordo com a lei de Faraday, o surgimento de correntes elétricas depende


da mudança de fluxo magnético, a lei pode ser descrita matematicamente da
seguinte forma:[1]

ε =−d Φ /dt (I)

Se o fluxo magnético através de uma bobina de N espiras sofre variação, uma


força eletromotriz é introduzida em cada espira e a força eletromotriz total é a soma
dessas forças eletromotrizes. Se as espiras estiverem muito próximas, o mesmo
fluxo magnético atravessa as espiras, ou seja, a força eletromotriz pode ser descrita
da seguinte maneira:[2]

ε =−N∗d Φ /dt (II)

Pouco depois da descoberta de Faraday, Heinrich Friedrich Lenz propôs uma


regra que posteriormente seria conhecida como Lei de Lenz, ela pode ser enunciada
da seguinte maneira: A corrente induzida surge em um sentido tal que produz um
fluxo induzido em oposição à variação do fluxo indutor que lhe deu origem. [1]

Tais descobertas foram muito importantes para a Física. Antes da descoberta


das leis enunciadas anteriormente a energia elétrica não podia ser utilizada em larga
escala, pois era obtida por meio de transformação de energia química em
acumuladores. Com a nova descoberta a energia começou a ser obtida a partir de
energia mecânica proveniente de quedas de água, como ocorre hoje nas usinas
hidrelétricas.[1]

2. OBJETIVOS
4

Verificar a Lei de Indução de Faraday, mediante a indução de uma corrente


em uma bobina utilizando um eletroímã.

3. MATERIAIS E MÉTODOS
a. Materiais, reagentes e equipamentos
5

 14m de fio de cobre esmaltado tipo 32;


 Fita isolante;
 Bateria CR2016 de 3V;
 Lâmpada LED;
 Transistor tipo 2N2222A,
 Lixa.
a. Construção do experimento

Para realizar o experimento, precisou-se de fio de cobre esmaltado, o


utilizado foi de 0,2 mm de diâmetro e precisou-se de 7m para cada bobina. Além
de uma lâmpada de LED, um transistor 2N222A e uma bateria de 3V.

Primeiro construiu-se a bobina que continha a LED, para isso utilizou-se


como molde um objeto circular, o empregado foi um copo de plástico. Deixou-se
cerca de 5cm de fio antes de começar a fazer as espiras e o mesmo no final.
Retirou-se a bobina do molde com cuidado e colocou-se fita isolante em alguns
pontos para mantê-la no formato desejado. Lixou-se as extremidades da bobina
para retirar o esmalte isolante e a enrolou aos terminais da lâmpada de led (ver
figura 1).

Figura 1: Bobina 1 finalizada. Construída utilizando como molde um copo de plástico e para
auxiliar na manutenção do formato desejado fita isolante.

Fonte: AUTOR, 2020.

Em seguida, procedeu-se a construção da segunda bobina de forma análoga


a primeira, porém, ao final da 16º volta fez-se um laço e continuou-se o processo
como no caso anterior.

A inserção do transistor no sistema foi feita da seguinte forma, tomando


como referência o lado do dispositivo que contém sua referência, conectou-se uma
extremidade da bobina a sua perna direita e a outra a do meio. A perna esquerda foi
6

conectada a parte negativa da bateria utilizando a fita isolante.

Figura 2: Transistor utilizado no experimento.

Fonte: ProtoSupplies, 2020.

O laço feito no meio da bobina 2 teve seu esmalte retirado e foi conectado
a parte positiva da bateria. A configuração final dessa bobina está exposta
abaixo.

Figura 3: Bobina 2 finalizada.

Fonte: AUTOR, 2020.

Posteriormente aproximou-se a bobina 2 da bobina 1 e observou-se que a


LED acendeu.

3.3 Procedimento experimental

Incialmente enrolou-se o fio esmaltado de forma circular formando uma


bobina (bobina 2) com aproximadamente 32 espiras deixando 5cm de fio em cada
7

ponta. Descascou-se a ponta do fio da bobina com o auxílio de uma lixa e conectou-
se cada ponta do fio ao LED.

Enrolou-se novamente outra bobina (bobina 1), repetindo o procedimento


anterior, sendo que nesta deixou-se na metade dela (cerca de 16 espiras) um pouco
de fio formando um laço que foi lixado para retirar o esmalte. Conectou-se ao
terminal da perna esquerda do transistor um fio, a perna do meio e da direita do
transistor foi conectada as extremidades da bobina (Figura 1). Conectou-se o fio da
parte esquerda do transistor na parte negativa da bateria com o auxílio de uma fita
adesiva. Por fim, o laço da bobina foi conectado a parte positiva da bateria e
realizou-se a aproximação das duas bobinas.

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Com a aproximação das bobinas, observou-se que a lâmpada de led


acendeu. Esse comportamento evidencia que o contato entre elas produziu uma
corrente na bobina que continha a LED.
8

O fenômeno descrito acima é explicado pela Lei de Indução de Faraday, a


qual prevê que a variação do fluxo magnético, ou mesmo, a variação do número
de linhas de campo que atravessam a espira – bobinas são formadas por espiras
circulares muito próximas – induz uma força eletromotriz que é proporcional a
essa variação. Essa força eletromotriz induzida, por sua vez, refere-se ao
trabalho realizado para colocar em movimento os elétrons de condução
responsáveis pela corrente induzida que acendeu a lâmpada.

O campo magnético que atravessa a bobina 1, a que continha a LED, é


produzido pela bobina 2 que atua como um eletroímã, ou seja, utiliza a corrente
elétrica obtida mediante a bateria para criar um campo. Esse é calculado com
base na Lei de Ampére. A figura abaixo ilustra as linhas de campo geradas.

Figura 4: (a) Corrente da bobina 1. (b) Campo magnético gerado na bobina 1.

Fonte: MARQUES, 2010.

A utilização do transistor é justificada por essa necessidade de se variar o


campo magnético que atravessa a bobina. Ao ligarmos o terminal da bobina a
bateria, a corrente vai aumentando e com isso o campo magnético aumenta e,
portanto, varia. Até que ocorre uma estabilização da corrente e do campo.
Quando o terminal é desconectado, a corrente diminui. Ou seja, conectar e
desconectar os terminais da bobina 2 a bateria mantém o campo variando. O
transistor tinha essa função dentro do sistema, manter a variação da corrente e
com isso, a variação do campo gerado por essa. Os terminais do transistor
estavam ligados a dois dos terminas da bobina e a bateria, a função deste era
fazer a corrente passar por um terminal da bobina, depois fechar a “chave” que o
9

conectava e abrir a do outro terminal.

5. CONCLUSÃO

Mediante os experimentos realizados e os fatos observados neles, constatou-


se que a lâmpada LED acendeu ao haver aproximação entre as duas bobinas,
mediante a presença de corrente, onde esta manteve-se acesa com o auxílio do
transistor, verificando, portanto, que a variação do fluxo magnético induziu uma força
eletromotriz, ou seja, a lei de indução de faraday.
10

REFERÊNCIAS BLIBIOGRÁFICAS

[1] Helou, Gualter e Newton. Tópicos de Física, Vol. 03, 16ª Saraiva Educação Ltda.,
São Paulo, 2016.
[2] HALLIDAY, David; RESNICK, Robert; WALKER, Jearl. “Fundamentos de Física
Volume 3 Eletromagnetismo”. Ed. LTC. Rio de Janeiro, 2007
11

Você também pode gostar