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Fís.

Professor: Silvio Sartorelli


Monitor: Arthur Vieira

Fís.
Exercícios sobre impulso e quantidade 05
de movimento out

EXERCÍCIOS
1. Duas esferas, A e B, de mesma massa e de dimensões desprezíveis, estão inicialmente em repouso
nas posições indicadas na figura. Após ser abandonada de uma altura h, a esfera A, presa por um fio
ideal a um ponto fixo O, desce em movimento circular acelerado e colide frontalmente com a esfera
B, que está apoiada sobre um suporte fixo no ponto mais baixo da trajetória da esfera A. Após a
colisão, as esferas permanecem unidas e, juntas, se aproximam de um sensor S, situado à altura 0,2 m
que, se for tocado, fará disparar um alarme sonoro e luminoso ligado a ele.

Compare as situações imediatamente antes e imediatamente depois da colisão entre as duas esferas,
indicando se a energia mecânica e a quantidade de movimento do sistema formado pelas duas esferas
se conservam ou não nessa colisão. Justifique sua resposta. Desprezando os atritos e a resistência do
ar, calcule o menor valor da altura h, em metros, capaz de fazer o conjunto formado por ambas as
esferas tocar o sensor S.
2. O gol da conquista do tetracampeonato pela Alemanha na Copa do Mundo de 2014 foi feito pelo
jogador Götze. Nessa jogada, ele recebeu um cruzamento, matou a bola no peito, amortecendo-a, e
chutou de esquerda para fazer o gol. Considere que, imediatamente antes de tocar o jogador, a bola
tinha velocidade de módulo V1 = 8 m / s em uma direção perpendicular ao seu peito e que,
imediatamente depois de tocar o jogador, sua velocidade manteve-se perpendicular ao peito do
jogador, porém com módulo V2 = 0,6 m / s e em sentido contrário.

Fís.

Admita que, nessa jogada, a bola ficou em contato com o peito do jogador por 0,2 s e que, nesse
intervalo de tempo, a intensidade da força resultante (FR ), que atuou sobre ela, variou em função do
tempo, conforme o gráfico.
Considerando a massa da bola igual a 0,4 kg, é correto afirmar que, nessa jogada, o módulo da força
resultante máxima que atuou sobre a bola, indicada no gráfico por Fmáx , é igual, em newtons, a
a) 68,8.
b) 34,4.
c) 59,2.
d) 26,4.
e) 88,8.

3. Um móvel de massa 100 kg, inicialmente em repouso, move-se sob a ação de uma força resultante,
constante, de intensidade 500 N durante 4,00 s. A energia cinética adquirida pelo móvel, no instante
t = 4,00 s, em joule (J), é
a) 2,00  103
b) 4,00  103
c) 8,00  103
d) 2,00  104
e) 4,00  104
4. A figura representa o gráfico velocidade-tempo de uma colisão unidimensional entre dois carrinhos A
e B.

a) Qual é o módulo da razão entre a força média que o carrinho A exerce sobre o carrinho B e a força
média que o carrinho B exerce sobre o carrinho A? Justifique sua resposta.
b) Calcule a razão entre as massas mA e mB dos carrinhos.
c) Calcule o valor do coeficiente de restituição.
5. Uma granada de mão, inicialmente em repouso, explode sobre uma mesa indestrutível, de superfície
horizontal e sem atrito, e fragmenta-se em três pedaços de massas m1, m2 e m3 que adquirem
velocidades coplanares entre si e paralelas ao plano da mesa.
m
Os valores das massas são m1 = m2 = m e m3 = . Imediatamente após a explosão, as massas m1 e
2

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m2 adquirem as velocidades v1 e v 2 , respectivamente, cujos módulos são iguais a v, conforme o
desenho abaixo.
Desprezando todas as forças externas, o módulo da velocidade v 3 , imediatamente após a explosão é
2
a) v
4
2
b) v
2
c) 2v
3
d)  2v
2
e) 2  2v
6. Enquanto movia-se por uma trajetória parabólica depois de ter sido lançada obliquamente e livre de
resistência do ar, uma bomba de 400 g explodiu em três partes, A, B e C, de massas mA = 200 g e
mB = mC = 100 g. A figura representa as três partes da bomba e suas respectivas velocidades em
relação ao solo, imediatamente depois da explosão.

Analisando a figura, é correto afirmar que a bomba, imediatamente antes de explodir, tinha velocidade
de módulo igual a
a) 100 m / s e explodiu antes de atingir a altura máxima de sua trajetória.
b) 100 m / s e explodiu exatamente na altura máxima de sua trajetória.
c) 200 m / s e explodiu depois de atingir a altura máxima de sua trajetória.
d) 400 m / s e explodiu exatamente na altura máxima de sua trajetória.
e) 400 m / s e explodiu depois de atingir a altura máxima de sua trajetória.

7. Um trabalhador de massa m está em pé, em repouso, sobre uma plataforma de massa M. O conjunto
se move, sem atrito, sobre trilhos horizontais e retilíneos, com velocidade de módulo constante v.

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Num certo instante, o trabalhador começa a caminhar sobre a plataforma e permanece com velocidade
de módulo v, em relação a ela, e com sentido oposto ao do movimento dela em relação aos trilhos.
Nessa situação, o módulo da velocidade da plataforma em relação aos trilhos é
a) ( 2 m + M) v / (m + M)
b) ( 2 m + M) v / M
c) ( 2 m + M) v / m
d) ( M − m) v / M
e) (m + M) v / (M − m)
8. Lótus é uma planta conhecida por uma característica muito interessante: apesar de crescer em regiões
de lodo, suas folhas estão sempre secas e limpas. Isto decorre de sua propriedade hidrofóbica. Gotas
de água na folha de lótus tomam forma aproximadamente esférica e se deslocam quase sem atrito até
caírem da folha. Ao se moverem pela folha, as gotas de água capturam e carregam consigo a sujeira
para fora da folha.
a) Quando uma gota de água cai sobre uma folha de lótus, ela quica como se fosse uma bola de
borracha batendo no chão. Considere uma gota, inicialmente em repouso, caindo sobre uma
folha de lótus plana e na horizontal, a partir de uma altura hi = 50 cm acima da folha. Qual é o
coeficiente de restituição da colisão se a gota sobe até uma altura de hf = 2 cm após quicar a
primeira vez na folha?
b) Considere uma gota de água com velocidade inicial vi = 3 mm s deslocando-se e limpando a
superfície de uma folha de lótus plana e na horizontal. Antes de cair da folha, essa gota captura o
lodo de uma área de 2 cm2 . Suponha que a densidade superficial média de lodo na folha é de
2,5  10−3 gramas cm2 . Estime a massa da gota de água e calcule sua velocidade no instante em
que ela deixa a folha.
9. Em um teste realizado na investigação de um crime, um projétil de massa 20 g é disparado
horizontalmente contra um saco de areia apoiado, em repouso, sobre um carrinho que, também em
repouso, está apoiado sobre uma superfície horizontal na qual pode mover-se livre de atrito. O projétil
atravessa o saco perpendicularmente aos eixos das rodas do carrinho, e sai com velocidade menor que
a inicial, enquanto o sistema formado pelo saco de areia e pelo carrinho, que totaliza 100 kg, sai do
repouso com velocidade de módulo v.

O gráfico representa a variação da velocidade escalar do projétil, vP , em função do tempo, nesse


teste.

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Calcule:
a) o módulo da velocidade v, em m s, adquirida pelo sistema formado pelo saco de areia e pelo
carrinho imediatamente após o saco ter sido atravessado pelo projétil.
b) o trabalho, em joules, realizado pela resultante das forças que atuaram sobre o projétil no intervalo
de tempo em que ele atravessou o saco de areia.
10. O pêndulo balístico é um sistema utilizado para medir a velocidade de um projétil que se move
rapidamente. O projétil de massa m1 é disparado em direção a um bloco de madeira de massa m2,
inicialmente em repouso, suspenso por dois fios, como ilustrado na figura. Após o impacto, o projétil
se acopla ao bloco e ambos sobem a uma altura h.

a) Considerando que haja conservação da energia mecânica, determine o módulo da velocidade do


conjunto bloco-projétil após o impacto.
b) A partir do princípio da conservação da quantidade de movimento, determine a velocidade inicial
do projétil.

Fís.
GABARITO
Exercícios

1. A energia mecânica não é conservada, pois o choque é inelástico. A parcela de energia mecânica
dissipada é transformada em energia térmica, energia sonora e em trabalho mecânico nas deformações.
Somente ocorre conservação da energia mecânica numa colisão quando ela é perfeitamente elástica.
Desprezando variações infinitesimais ocorridas nas direções das velocidades, a quantidade de movimento
(ou momento linear) é conservada, pois o sistema formado pelas duas esferas é mecanicamente isolado.
Após a colisão, o sistema é conservativo. Adotando como referência o plano horizontal que passa pelo
ponto de colisão, utilizando a conservação da energia mecânica, vem:
2
2m v 'AB
= 2mgh S  v 'AB = 2ghS = 2  10  0,2  v 'AB = 4m/s.
2
Aplicando a conservação da quantidade de movimento à colisão, calcula-se a velocidade da esfera A,
imediatamente antes da colisão:
Qantes depois
sist = Qsist  mv A = 2mv'AB  v A = 2v'AB = 2 ( 2)  v A = 4 m/s.
Aplicando novamente a conservação da energia mecânica durante a descida da esfera A, até
imediatamente antes da colisão com referencial no ponto de colisão:
mv 2A v2 42
mgh =  h= A =  h = 0,8m.
2 2g 20
2. b
Orientando a trajetória no sentido da velocidade de chegada, V1 = 8 m/s e V2 = − 0,6 m/s. Durante a
colisão, o impulso da força resultante é numericamente igual à área entre a linha do gráfico e o eixo dos
tempos. Assim, aplicando o teorema do impulso:
Fmáx Δt 2 m Δv 2  0,4  −0,6 − 8
IF = ΔQ  = m Δv  Fmáx = = 
2 Δt 0,2
Fmáx = 34,4 N.
3. d
Aplicando o teorema do impulso de uma força:
Ι = ΔQ
F  Δt = m  v

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Assim temos a velocidade ao final de 4 segundos:
F  Δt 500 N  4 s
v= v=  v = 20 m / s
m 100 kg
A energia cinética será,
100 kg  ( 20 m / s )
2
m  v2
Ec =  Ec =  Ec = 2,00  104 J
2 2
4.
a) Durante o choque eles trocam forças que obedecem ao Princípio da Ação e Reação, pois trocam
forças que tem a mesma intensidade, mesma direção, mas sentidos contrários. Como essas forças
tem a mesma intensidade, FA=FB e FA/FB=1
b) Qa=Qd mA.(10) + mB.(-6) = mA.(-3) + mB(9) 13mA=15mB mA/mB = 15/13.
c) e=Vrdepois/Vrantes= (3 + 9)/(10 + 6) e = 3/4.
5. e
Para a conservação da quantidade de movimento, devemos ter:
Q3 = Q12 + Q22  Q32 = Q12 + Q22
Logo:
2
m  v 32
 v
 2 3 = ( m  v ) 2
+ ( m  v ) 2
 = v 2 + v 2  v 3 = 8v 2
  4
 v 3 = 2 2v
6. b
Dados: M = 400 g; mA = 200 g; mB = mC = 100 g; v A = 100 m/s; vB = 200 m/s e vC = 400 m/s.
Empregando a conservação da Quantidade de Movimento nas duas direções, para antes e depois da
explosão:
Na vertical (y):
Qantes
y = Qdepois
y  Qantes
y = m B v B − m A v A = 100  200 − 200  100 

Qantes
y = 0  a bomba explodiu no ponto mais alto de sua trajetória.
Na horizontal (x):
Qantes
x = Qdepois
x  M v 0 = mC v C  400 v 0 = 100  400 

v 0 = 100 m/s.

7. a
Na figura, a situação (I) mostra o trabalhador em repouso em relação à plataforma que se desloca com
velocidade de módulo v em relação aos trilhos.
Na situação (II) o trabalhador move-se em sentido oposto ao do movimento da plataforma, com
velocidade de módulo v em relação a ela, passando a ser v ' a velocidade da plataforma em relação aos
trilhos.

Fís.

Sejam, então, v t e vp = v ' as velocidades finais do trabalhador e da plataforma, respectivamente, em


relação ao trilhos.
A velocidade do trabalhador em relação à plataforma tem módulo v. Orientando a trajetória no sentido
da velocidade inicial da plataforma, ou seja para a direita na figura acima, tem-se:
v t/p = −v  v t − vp = −v  v t = vp − v  v t = v '− v.
Pela conservação da Quantidade de Movimento:
Q(I) = Q(II)  ( m + M) v = m v t + Mv p  (m + M ) v = M v ' + m ( v '− v ) 
m v + M v = M v '+ m v '− m v  2 m v + M v = ( M + m ) v ' 
(2 m + M) v = ( M + m ) v ' 

(2 m + M) v
v' = .
(M + m)
8.
a) Desprezando a resistência do ar e considerando que a velocidade é nula no início da descida ( v0 = 0 )
e no final da subida ( v3 = 0) , pela equação de Torricelli, têm-se:
Queda: v 2 = v 2 + 2gh  v 2 = 0 + 2gh  v = 2gh
 1 0 i 1 i 1 i
 2 2 2
Subida: v3 = v 2 − 2gh f  0 = v 2 − 2gh f  v 2 = 2ghf
O coeficiente de restituição (e) é:
v2 2ghf hf 2 1 1
e= = = = = =  e = 0,2.
v1 2ghi hi 50 25 5
b) Estimando a massa da gota:
Considerando uma gota de diâmetro D = 3mm = 3  10−1 cm e a densidade da água da = 1 g cm3 e
π = 3, a massa da gota é:

( )
3
π D3 3 3  10−1
mg = da Vg = da  = 1  mg = 13,5  10−3 g.
6 6
Para simplificar, esse valor pode ser arredondado para mg = 15  10−3 g.

Calculando a massa de lodo capturada (m) : m = σA = 2,5  10−3  2  m = 5  10−3 g.


A situação pode ser assimilada a um choque inelástico entre a gota e o lodo. Então, pela conservação
da Quantidade de Movimento:
Qisist = Qsist
f
 mg v i = (mg + m)v f  (15  10 −3 )(3) = (15 + 5)  10 −3 v f 

v f = 2,25 mm s.

9.
a) Como o atrito com o solo é desprezado, o sistema formado pelo projétil, saco de areia e carrinho
não sofre ação de força resultante externa. Logo, a quantidade de movimento total do sistema se
conserva. Em termos de equação, tem-se que:
Qinicial = Qtotal
mP vP0 = mP vPf + Mv
mP (vP0 − vPf )
v=
M
Sendo mP a massa do projétil, v P a velocidade do projétil, M a massa do carrinho e do saco de areia
e v a velocidade do conjunto carrinho + saco de areia após a passagem do projétil.
Substituindo os valores dos parâmetros conhecidos, tem-se que:

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−20  10−3 (80 − 500) 20  10−3 (500 − 80)
v= =
100 100
v = 0,084 m s
b) O trabalho da força resultante sobre o projétil é igual à variação a energia cinética desse elemento:
τR = ΔEC = ECf − EC0
Sendo τR o trabalho da força resultante, EC a energia cinética final do projétil e EC0 a energia
f
cinética inicial.
mP vPf 2 mP vP0 2
τR = −
2 2
1
(
τR = mP vPf − vP0 2
2
2
)
Substituindo os valores dos parâmetros conhecidos, tem-se que:
1
(
τR =  20  10−3  802 − 5002 = −2436 J
2
)
10.
a) Após a bala ter atingido o bloco e lhe comunicado uma velocidade o bloco oscila como um pêndulo
mantendo a energia mecânica conservada.
A figura mostra a situação.

1
Pela conservação da energia, vem: MV 2 = Mgh → V = 2gh
2
b) A figura mostra as situações imediatamente antes e após a colisão.

Temos um sistema isolado de forças externas e podemos aplicar o Princípio da Conservação da


Quantidade de Movimento.
(m1 + m2 ) 2gh
QTf = QTi → (m1 + m2 )V = m1V0 → V0 =
m1

Fís.

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