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1º Ano do II Semestre
Cadeira de Introdução ao Direito
Discente:
Norlito Massingue
Docente:
Sergio Vinculos
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1. Igual liberdade para todos
Para Rawls, a justiça e a primeira virtude das instituições sociais. A solução para uma sociedade
promissora é um contrato social justo entre o Estado e os indivíduos. Este contrato social para ser
justo precisa que as necessidades de todos os indivíduos envolvidos sejam tratadas igualmente.
Para assegurar tratamento igual, as instituições sociais devem ser justas: devem ser acessíveis a
todos e redistribuir onde for necessário, assim apenas instituições justas podem produzir uma
sociedade promissora.
Em regra, o cidadão deve possuir três tipos de juízo: apreciar a justiça da legislação e da
política social; decidir sobre as soluções constitucionais que, de um modo justo, podem con-
ciliar as opiniões contrárias quanto à justiça; ser capaz de determinar os fundamentos e limites do
dever e da obrigação políticos.
Para ele o primeiro princípio é mais importante, visto que, conforme melhoram as condições
econômicas, pelo avanço da civilização, as questões da liberdade se tornam mais significativas.
Tais princípios exercem o papel de critérios de julgamento sobre a justiça das instituições básicas
da sociedade, que regulam a distribuição de direitos, deveres e demais bens sociais. Eles podem
ser aplicados (em diferentes estágios) para o julgamento da constituição política, das leis
ordinárias e das decisões dos tribunais.
Conceito de liberdade
O conceito de liberdade pode ser explicado a partir de três elementos: quais os agentes que são
livres, as restrições ou limitações das quais eles estão livres e aquilo que eles são livres ou não de
fazer.
Para Rawls,a descrição geral de uma liberdade, assume a seguinte forma, esta ou aquela
pessoa(ou pessoas) está (ou não esta) livre desta ou daquela restrição (ou conjunto de restrições)
para fazer (ou não fazer) isto ou aquilo. Diante disto o autor, em seu texto aborda que as
associações assim como as pessoas físicas podem ou não estar livres, e as restrições serão desde
deveres e proibições definidos por lei até a influências coercitivas causada pela opinião pública e
pela pressão social. Há de se falar em uma liberdade em conexão com limitações legais e
constitucionais.
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Dentre os aspectos citados, o segundo conceito nos traz condições razoavelmente favoráveis,
sempre com um modo de definir essas liberdades de forma que as aplicações principais de cada
uma possam ser simultaneamente asseguradas e os interesses mais fundamentais protegidos, ou
que seja pelo menos possível no contexto adequado.
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os hereges com o fundamento de que é muito mais grave corromper a fé, que é a vida da alma,
do que falsificar moeda, que é o suporte da vida.
Segundo o autor ainda é possível comparar os princípios da justiça aos imperativos categóricos
no sentido que derivam do desejo racional e não do particular e se aplicam a todos independente
de vontades individuais.
As instituições de enquadramento
O sistema social deve ser concebido por forma a que o resultado seja justo, aconteça o
que acontecer. Para atingir este objetivo, é necessário que o processo econômico e social
seja enquadrado por instituições políticas e jurídicas adequadas. Compete à função das
transferências a fixação de um mínimo social. Os mercados ponderam as regras convencionais
ligadas aos salários e aos ganhos, enquanto a função das transferências garante um certo nível de
bem estar e satisfaz as exigências decorrentes das carências existentes. A função de distribuição
visa manter uma situação relativamente justa no que respeita à distribuição, por meio da
tributação e dos necessários ajustamentos dos direitos reais.
Os preceitos da justiça
Rawls enuncia o principio da liberdade igual, que garante igual sistema de liberdades e direitos o
mais amplo possível, sendo a liberdade igual a todos os indivíduos, e depois anuncia o principio
da diferença que assegura que as eventuais desigualdades econômicas na distribuição de renda e
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riqueza somente são aceitas caso beneficiem especialmente os menos favorecidos, em ambos,
nenhuma vantagem pode existir moralmente se isto não beneficia aquele em maior desvantagem.
Este princípio é criticado por muitos filósofos com base na argumentação de que se uma
vantagem é obtida sem prejuízo dos demais, isto não pode criar uma obrigação para com
terceiros. Para ele, somente a comunhão dos dois princípios de justiça e que ajudarão a nortear
esta problemática.
Assim sendo, entende que estes os indivíduos devem necessariamente concordar com os dois
princípios, onde direitos e liberdades devem ser tão extensos quanto possível, para cada
indivíduo, até o ponto que não infringisse direitos e liberdades dos outros indivíduos e as
desigualdades sociais e econômicas devem estar igualmente disponíveis para qualquer posição
prover o melhor benefício pela menor desvantagem.
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oponha à normativa e possa tentar esconder o seu ato contrário ao estabelecido, supõe-se que as
autoridades
possuam o conhecimento da ação do indivíduo.
De acordo com Rawls, podemos diferenciar a objeção de consciência da desobediência civil de
várias formas. Primeiramente, o indivíduo não busca agir como uma forma de apelo ao senso de
justiça da maioria que detém o poder político, visto que suas ações não são praticadas
publicamente. Para aquele que se objeta, geralmente não há a esperança de um convencimento
público das suas convicções, não buscando ocasiões de tornarem públicas as suas ações como é o
caso quanto a desobediência civil.
Portanto, são menos otimistas do que aqueles que praticam a desobediência civil e talvez não
alimentem nenhuma expectativa de mudar leis ou políticas.
Uma sociedade procedimental aos moldes de Rawls e sua posição original, geraria indivíduos
isolados e sem vínculos patrióticos. A questão que fica para os comunitaristas, principalmente
para Sandel, é como encontrar princípios de justiça social que poderiam comandar a submissão
voluntária de todas as pessoas racionais, até de pessoas com perspectivas bastante diferentes
sobre a vida boa. Sob as circunstâncias de uma ontologia social, a posição moral ou política
adotada, é diferente do ponto de vista dos liberais e comunitaristas. Enquanto os liberais
(atomistas) dão primazia aos direitos individuais e às liberdades, os comunitaristas (holistas) dão
maior prioridade à vida comunitária ou ao bem das coletividades.
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Michael Sandel oferece-nos uma crítica à filosofia política de Rawls e ao pensamento liberal em
geral. Sandel não aceita a explicação de pessoa introduzida por Rawls na posição original. Neste
artifício de representação é pedido às partes que escolham princípios de justiça que seriam
segundo Rawls os princípios justos para fundar uma sociedade bem-ordenada. Para Sandel, seria
difícil aceitar, como propôs Rawls, a explicação da pessoa como sujeito moral, suficientemente
desligado de sua vida real na hora da escolha de tais princípios. O conceito de pessoa e sua
constituição ou sua identidade seria abstrato e totalmente desvinculado do mundo real. Na
concepção de Ubiratan Macedo, a teoria de Michael Walzer é a mais razoável nos dias de hoje. É
o que se está debatendo no mundo, em torno da idéia de justiça. Na crítica comunitária ao
liberalismo de Rawls, parte das idéias de modernidade e não de filosofia. A sua grande
preocupação é entender como se pode fazer
crítica moral às instituições de uma comunidade, a partir de um ponto de vista universal, sem
renunciar a tese da comunalidade da conceituação da justiça, nem à sua universalidade ética.