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7 Diretrizes para passar em um bom concurso

novembro 25, 2010 by Wallace


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ajustando o foco para não errar o alvo


Muitos veem o passar em um concurso público como uma panacéia, a salvação da lavoura ou até
mesmo a salvação da pátria. Eu sou um crítico dessa visão, porque ilude as pessoas e não as prepara
para as verdadeiras “provas” da vida profissional, que são, muitas vezes, mais difíceis e complicadas que
as aplicadas pela ESAF, CESPE, FCC, etc. E, não raro, não aceitam recurso.
Pessoas iludidas com a idéia que o serviço público é um mar de rosas vão, eventualmente, ferir-se
bastante  nos espinhos rosáceos quando estiverem remando seu barquinho em direção à praia de seus
sonhos. Outros, por pensar que existe um órgão perfeito, vão ficar pulando de galho em galhode órgão
em órgão em busca de um tesouro perdido. Se estiverem fazendo concurso para vigia de zoológico, já
podem se considerar aptos na prova física.
Mas, não se engane: não existe Indiana Jones dos concursos nem o Eldorado dos órgãos, ou Órgão
Dourado, embora a saga para se passar em um bom concurso seja uma verdadeira aventura, cheia de
perigos, inimigos ferozes e uma emoção a cada esquina… risos

O número de pessoas que, atualmente e voluntariamente, submete-se a prestar concursos é


elevadíssimo. Claro, enxugando aqueles que apenas pagam a inscrição e vão – quando vão – fazer a
prova, há uma drástica redução de aproximadamente 3/4 dos inscritos. Mas, ainda assim, é um número
alto em se tratando da relação concorrente/vaga.

Há um número quase infindável de cursinhos e professores dedicados a preparar os concurseiros para os


editais que puLULAm na praça, desde 2003-2004. A esse respeito, abrindo um parêntese, havia, de fato,
uma necessidade premente de readequar e reconstruir os quadros do funcionalismo público, após quase
uma década de sucateamento pelo governo anterior. Não que meu endosso nesse caso seja extensivo a
todas as políticas do governo atual, que se encerra em 2010, mas não posso deixar de reconhecer o que
julgo acerto, em minha humilde opinião, claro. Fecha o parêntese.

Mas, enfim, apesar de haver uma profusão de cursinhos preparatórios para concursos, ainda não existe –
não que eu conheça – um cursinho que ensine não a estudar as matérias dos concursos, mas a estudar
corretamente, ou seja,  aprender a estudar. Algo voltado especificamente para concursos, com esse foco,
desconheço. Mas, o fato de não existir não quer dizer que não seja necessário. Se eu soubesse como
explorar esse nicho, já estaria ganhando muito dinheiro… risos

Logo, pela falta de uma fonte que possa ensinar os concurseiros essas coisas, lancei um protótipo de
consultoria em concursos, que denominei de coaching. A procura foi boa, os resultados foram razoáveis,
inclusive com algumas pessoas me agradecendo por evolução nos estudos e/ou aprovação, mas o
modelo que adotei não se mostrou adequado às necessidades dos alunos e minha.

Estou tentando fazer a dupla dinâmica (Tico & Teco, meus 2 neurônios de estimação) achar uma saída,
mas eles andam meio molengas com a proximidade do fim do ano, sabe? Pois é… cruel isso. Mas, se
eles descobrirem uma forma viável para reativar o coaching, em 2011 haverá “O RETORNO”. Então,
enquanto não posso ganhar dinheiro com minhas dicas, dou de graça mesmo, por isso aproveite
enquanto eu sou pobre, humilde e desconhecido, enquanto a fama não sobe a minha cabeça (risos).
Após esse longo prefácio, vamos ao assunto do título, mas antes é necessário dizer que foi inspirado e
adaptado do seguinte post: 7 Dicas para encontrar o emprego ideal, do Produzindo.net, um blog com
dicas muito legais que acompanho. Um trecho do texto que gostei e me chamou a atenção foi este:

Lia Fonseca, diretora executiva da Volare Recursos Humanos, define o que seria o trabalho dos sonhos.
“É aquele que na maior parte do tempo o profissional realiza atividades prazerosas, já que faz o que gosta
e faz bem porque sabe fazer. Quando há identidade com o trabalho e com a empresa há emprego ideal.”

Adaptando-o aos concursos, eu digo: estude para um concurso de um órgão ou área que case com sua
vocação, pois você estudará mais motivado e seus esforços renderão mais e melhor. É uma ilusão
estudar tendo unicamente o montante do contracheque como motivação, ou mesmo a maior motivação.
Apesar de ser importante e trazer satisfação, o dinheiro, por si só, não é garantia de felicidade
profissional, seja no setor público, seja no privado.
Por isso, entre outras coisas, resolvi adaptar o post ao tema mais lido por 10 entre 10 concurseiros: o que
fazer para passar em um [bom] concurso? Leia e veja se as dicas podem ajudá-lo a encurtar a distância
[e o tempo] entre seus estudos e a tão sonhada aprovação, afinal, todo concurseiro que se preze tem o
sonho de, um dia, conquistar seu lugar ao sol no DOU.
7 Diretrizes para passar em um bom concurso
1. Conheça-se
Essa é antiga: Sócrates, o Dr. Ateniense (pensou que era o Corinthiano, né?), já no V século a.C. dizia
isso aos seus alunos. Mas, por que você precisa se conhecer para se sair melhor nos concursos que
prestar? Simples: para identificar seus pontos fortes e fracos. Os fortes para explorá-los e potencializá-los
e os fracos para trabalhá-los e minimizá-los.
2. Desenvolva-se
Por desenvolver-se, entenda o seguinte:

a) Aprenda a estudar, e a dica que dou é fazer uso de uma técnica que desenvolvi a partir da leitura de
um excelente livro chamado “As 7 Leis do Aprendizado”, do mesmo autor de “A oração de Jabez”, um dos
maiores best-sellers do mercado editorial americano. A técnica, que denominei de 4 I’s, é a seguinte:
classifique as matérias a serem estudadas em Indispensável (sem perda de tempo), Importante (assim
que tiver tempo), Interessante (se der tempo) e Irrelevante (pura perda de tempo).
b) Aprenda a responder as questões das provas com rapidez e agilidade, aliando rapidez com acurácia.
Ok, gênio, e como se faz isso? Com treino, treino e, de quebra, algum treino, ou seja, responder à
exaustão provas anteriores.
c) Aprenda a controlar suas emoções. Nem sempre é a falta de estudo que derruba um candidato. Às
vezes, aliás, muitas vezes, é a falta de controle emocional, é o nervosismo de última hora que traz o
terrível e tormentoso “branco” a reboque que detona os mais desavisados e preparados, não
necessariamente nessa ordem. Procure resguardar suas emoções ANTES (no estudo, para
render), DURANTE (para não ser mais uma vítima do terrível “branco”) e DEPOIS (para não entregar os
pontos, por não ter sido, ainda, aprovado).

3. Conheça a Concorrência
Sobre a concorrência, é necessário derrubar alguns mitos. Primeiro: nem todos são seus concorrentes,
mesmo estudando e concorrendo para o mesmo cargo que você. A rigor, só considero alguém um
concorrente direto se houver apenas UMA vaga em disputa, senão, estou concorrendo comigo mesmo.
Transforme seus concorrentes em seus colegas para lutar pelos mesmos objetivos. Segundo: a
concorrência não é um bicho-papão, de quem você tem que se esconder embaixo da cama, ou
do homem-do-saco (vixe, fui longe agora…), que quer te levar para não sei onde.
A concorrência é apenas um número que serve para, se não passar, servir de desculpa “eram tantos por
vaga, por isso não passei…”, ou se passar, servir de parolagem “eram tantos por vaga… mas eu passei!”.
Portanto, se você não é um coitadinho, cheio de não-me-toques e outras bobagens semelhantes, ou não
é arrogante, chato e insuportável, encare a concorrência como um dado estatístico interessante, mas
pouco útil para seus estudos.
4- Conheça o Órgão
Apesar de ser considerado um “paraíso” para alguns, todo órgão público (Administração Direta ou
Indireta) tem suas idiossincrasias e características próprias. É óbvio que, para quem está desempregado,
assim como de cavalo dado não se olha os dentes, concurso passado não se olha o assento. Escolher é
coisa para quem pode, e é para esses que me dirijo: procure conhecer o órgão para o qual está
estudando, para não se decepcionar depois e voltar a estudar para sair dele.

Parece absurda a idéia? Infelizmente, é a mais dura, pura e crua realidade. Não existe lugar perfeito para
se trabalhar. Sabe aquele anúncio para trabalhar em uma ilha paradisíaca e tal? Pois é, viajar ao paraíso
pode ser uma boa, mas trabalhar no paraíso pode ser um inferno… Nem sempre o salário mais polpudo
casa com o melhor ambiente de trabalho, sabia?

5- Tenha Foco
Se você ainda continua com o mesmo problema do tópico anterior, ou seja, está matando cachorro a grito
e dando beliscão em azulejo, não se sinta constrangido se não puder – ainda – se dar ao luxo de ser um
especialista em uma determinada área ou concurso em particular.

Mas, se você já superou o limbo, que é aquela zona (no bom sentido) povoada pela classe
dosdespossuídos, ou seja, que ainda não tomaram posse (o sabor é boooooooom… risos) em um
concurso, está na hora de pensar sua estratégia e mirar bem para não desperdiçar chumbo à toa.

Já encontrou estabilidade suficiente para galgar os degraus em direção ao seu sonho de consumo
(também conhecido por concurso dos sonhos)? Especialize-se e concentre seus recursos para atingir sua
meta, seja reunindo material focado naquele concurso, seja estudando as matérias voltadas ao tema, seja
participando de grupos de discussão que têm o mesmo alvo que o seu.

Enquanto a aprovação do concurso não sai, aproveite afiando suas garras para não deixar escapar pelos
dedos a tão sonhada vaga.

6- Atualize-se
Eu ia colocar “atualize-se constantemente“, mas então percebi que era um pleonasmo desnecessário,
exatamente como dizer que pleonasmo é desnecessário… mas, você entendeu, não é? Bom garoto. O
Brasil é um dos poucos países que tem uma Constituição que, dizem, é rígida mas que muda quase toda
semana. Nossa Constituição não tem só reimpressões, tem edições, reedições, correções e confusões,
não necessariamente nessa ordem.
Já experimentou estudar direito constitucional com uma apostila do período jurássico? Isso, em termos
geológicos concurseiros, usando a tecnologia de datação radioisotópica Carbono-14, é precisamente
datada no II Milênio d.C, ou seja, uma apostila ou livro lançado no ano 2000. Se você estudar por uma
apostila dessas, talvez , quem sabe, você passe em um concurso do IPHAN, que é o órgão que cuida dos
museus…

Não se iluda: quer passar em um bom concurso? Não economize em literatura atual, que é não apenas
essencial para sua aprovação, mas crucial.

E, por fim:

7- Cultive Parcerias
Como disse antes, no tópico Concorrência, às vezes, é entre aqueles que você considerava inimigos que
vai achar os melhores parceiros! Nada como uma prova para unir pessoas, sabia? E não me refiro
apenas aos concursos não. Um filme que assisti, gostei e recomendo é Saint or Soldiers. Pessoas que
seriam, em tese, inimigos em outras situações, agem em conjunto para atingirem uma meta comum. Por
que não utilizar essa filosofia nos estudos para concursos?

Eu fiz uso disso e afirmo: vale a pena.

Para isso existem os fóruns, os grupos de estudo e discussões (virtuais ou presenciais), sites e até blogs,
como este em que você está lendo, agora, este artigo.

;o)
Para concluir
O serviço público atrai multidões a cada publicação de edital na praça, vide o último do Ministério Público
da União – MPU. As razões são simples e fáceis de entender: boa remuneração, em média, em relação à
iniciativa privada; estabilidade no emprego; melhor qualidade de vida, por conta de, em tese, menos
pressão no trabalho e, em alguns casos, status social do cargo ou órgão.

Mas, justamente por isso, os concurseiros estão se especializando em passar nas provas, e existe uma
“tropa de elite” concurseira por aí, mirando nos editais ninjas dos órgãos black-belt (faixa preta), e se
você não fizer um planejamento EECA  (lê-se ÉCA), que significa Específico, Eficaz eComprometido com
seu Alvo, você será apenas mais um número no meio da concorrência, que foi justamente aquilo que eu
lhe disse que não precisava se preocupar.

Captou?

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conquistar um cargo público. Prestigie nosso trabalho: gostou? Avalie e deixe seu comentário.

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