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República de Angola

Ensino Particular
Complexo Escolar Privado Emirais
Língua Portuguesa
A Rainha Ginga

Docente:_______________________
Abrantes Fernantes

08/10/2021
-A Rainha Ginga E de como os africanos inventaram o mundo-

Classe:11ª
Sala: 5
Turma: A
Curso: CEJ

Integrantes Do Grupo:
Edgar Vaz- Nº7

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Índice

1. Introdução----------------------------------------------------------------------------pág. 4
2. Desenvolvimento -------------------------------------------------------------------pág. 5-13
2.1 Biografia------------------------------------------------------------------------------pág. 5
2.2 Categorias da Narrativa-------------------------------------------------------------pág. 6-12
2.3 Resumo da obra----------------------------------------------------------------------pág. 13
3. Conclusão---------------------------------------------------------------------------- pág. 14
4. Bibliografia---------------------------------------------------------------------------pág. 15

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Introdução

O meu objetivo para este trabalho foi poder aprender mais sobre a história da Rainha
Ginga e como diz o título descobrir como os africanos inventaram o mundo.
Ao elaborar este trabalho tive como motivação alcançar uma boa nota, e o reconhecimento
do professor.
Este trabalho está organizado de forma a realçar os aspetos mais importantes encontrados
através da minha leitura e entendimento da obra.

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Vida de José Eduardo Agualusa
Nasceu na cidade do Huambo, em Angola, a 13 de Dezembro de 1960.
Estudou Agronomia e Silvicultura no Instituto Superior de Agronomia da Universidade
Técnica de Lisboa. Sendo membro da União dos Escritores Angolanos, colaborou com vários
jornais e revistas, como o Expresso, o Semanário, o África Jornal e o Público. As suas
obras estão traduzidas em várias linguas e muitas delas foram premiadas. O seu primeiro
romance “A Conjura”, 1989, recebeu o Prémio de Revelação Sonangol. Com o Nação
Crioula recebeu o Grande Prémio Literário RTP. Fronteiras Perdidas obteve o Grande
Prémio de Conto Camilo Castelo Branco da Associação Portuguesa de Escritores, enquanto
que a sua obra Estranhões e Bizarrocos obteve o Grande Prémio Gulbenkian de Literatura
para Crianças e Jovens, em 2002.

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Categorias da Narrativa
 Acão
Acão principal: Fala sobre as aventuras do Padre mostrando assim outra realidade sobre
o Reino do Soyo, e de como o mesmo virou o secretario a Ginga e o seu conselheiro.
“Mais se conta de como este padre veio a ser secretário da Ginga — depois Dona Ana de
Sousa, rainha do Dongo e da Matamba” (pág. 10)
Acão secundária: No capítulo 5 deste livro, acontece um flashback onde nos conta a
história de infância do nosso narrador.
“Regressamos, neste capítulo, à infância de Francisco José da Santa Cruz, em
Pernambuco.” (pág. 53)
Sequência: A obra usa uma sequência de alternância.
Um exemplo disso é quando o narrador parou de contar a história principal para contar o
desfecho da história de Henda, que foi usada pela Ginga como assento e depois virou
uma pitonisa, virando assim “governadora” da cidade.
“Não estarei exagerando muito se disser que Henda governava a cidade.” (pág. 90)
Delimitação: A delimitação da obra é fechada. Pois os nossos conflitos literários foram
resolvidos, tendo terminado com as últimas páginas o final de uma guerra. E o Epílogo
ainda nos mostra alguns pequenos detalhes.
“Cristóvão casou com uma judia portuguesa chamada Sara. Tiveram quatro filhos, um
menino e três meninas.” (pág. 109)
 Espaço
-Espaço físico: Continente africano
-Espaço social: Reino do Soyo “Foi isto no Reino do Sonho, ou Soyo,…” (pág. 10)
-Espaço psicológico: Já que o espaço psicológico pode ser também os sonhos dos
personagens, o nosso Narrador teve um sonho que dizia o seguinte: “regressei com o
coração descompassado à casa que me fora entregue. Nessa noite, um sonho ruim me
afligiu. Achava-me sozinho na selva confusa, e um exército de ferozes pássaros negros,
cada qual do tamanho de um cavalo, […], sentindo-me como uma criança perdida na cova
do leão (pág. 13).
 Tempo
-Tempo histórico: o tempo histórico pode ser visto logo no início do primeiro paragrafo.
“Aconteceu isto nos idos de 1620” (pág. 10)

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 Personagens
-Sendo um romance, é normal ter uma variedade de personagens, os que eu encontrei são:
 Principal
-Francisco José da Santa Cruz: Personagem principal, caracterização mista.
-Caracterização física: jovem de 21 anos (pág. 15), da sua mãe herdou a “espessa melena
negra e muito lisa,” (pág. 11)
-Caracterização psicológica: “moço ainda imberbe, sossegado e curioso” (pág. 15)
 Secundários
-Rainha Ginga: Personagem Secundário
Uma fala está na página 102 onde diz: “Foi então que a Ginga pronunciou a frase, hoje
famosa: «Quanto maior um rei, menor lhe parece o mundo.»”
-Ngola Mbadi: Personagem Secundário
Uma fala está na página 13 onde diz: “Ngola Mbandi sossegou. Ordenou-me que
escrevesse uma carta,”
Domingos Vaz: Personagem Secundário
Uma fala está na página 34 onde diz: “Perguntei a Domingos Vaz o que acontecera com a
sua família e restantes mulheres e crianças. Sossegou-me, assegurando que vinham atrás.
Encarou-me com gravidade: — Estou doente — disse. — Estou com bexigas.”
Henda: Personagem Secundário
Uma fala está na página 90 onde diz: “Foi ter com Henda e contou-lhe o sonho. A pitonisa
cerrou as pálpebras, atirou a cabeça para trás e, finalmente, deu o seu parecer: — Aquele
que esperas está de volta — disse-lhe em quimbundo. — Prepara-te para o receber.”
Muxima: Personagem Secundário
Uma fala está na página 105 onde diz: “disse a Muxima que deveríamos preparar-nos para
a derrota dos flamengos.”
Diogo de Menezes: Personagem Secundário
Uma fala está na página 20 onde diz: “Diogo de Menezes aconselhou-me a abrir os olhos,
pois, com batina ou sem batina,”
Tandala: Personagem Secundário
Uma fala está na página 26 onde diz: “O tandala disse-me que eu fora acometido por
grandes febres e passara três dias e três noites a delirar.”

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Cacusso: Personagem Secundário
Uma fala está na página 25 onde diz: “Disse-me Cacusso que Ngola Mbandi enviara um
grupo de jagas para me prender,”
Cornélio Jol: Personagem Secundário
Uma fala está na página 83 onde diz: “Jol exasperou-se: — Vossas senhorias largaram
destas costas para o Brasil, passearam-se por elas, e não as reconhecem?!”
Simorgh: Personagem Secundário
Uma fala está na página 51 onde diz: “Simorgh diz-lhes — sem que linguagem alguma
seja necessária — que é chegado o momento da dissolução no absoluto: «Regressem os
átomos perdidos ao centro de tudo / e sejam — vós! — o espelho eterno em que se miram.
/ Aquele puro esplendor que voga na larga escuridão / deve voltar agora a ser parte do
Sol.»”
Lambona: Personagem Secundário
Uma fala está na página 92 onde diz: “A cada amanhecer, ao abrirmos os olhos,
pensávamos que podia ser o último — disse-me uma bodegueira, mulher alta, de rijas
carnes, que era por todos conhecida apenas pela alcunha de Lambona.”
Ingo: Personagem Secundário
Uma fala está na página 61 onde diz: “Ingo ajudou-me a levantar: — Não passeies à noite
pela floresta — disse-me num tom de censura,”
Messias: Personagem Secundário
Uma fala está na página 59 onde diz: “— Dizem que a senhora Inês se comporta como se
fosse mesmo filha dela — murmurou.”
Hongolo: Personagem Secundário
Uma fala está na página 98 onde diz: “Hongolo ficou feliz por me ouvir falar em
quimbundo. Alegrava-o a minha visita. — Os padres não gostam de mim, porque vieste?”
Joao Mauricio de Nassau: Personagem Secundário
Uma fala está na página 80 onde diz:: “João Maurício de Nassau não perdeu tempo.
Disse-nos que, finalmente, a Companhia conseguira os meios necessários para tomar
Luanda, Benguela e as ilhas de São Tomé e Príncipe.”
Rafael Salem: Personagem Secundário
Uma fala está na página 78 onde diz:: “Rafael surgiu aos gritos: — Chegou um barco
português ao porto,”
Cristóvão: Personagem Secundário
Uma fala está na página 89 onde diz: “Foi Cristóvão quem nos esclareceu: — Dona Henda
habita no Palácio.”

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Mateus do Rosário: Personagem Secundário
Uma fala está na página 29 onde diz: “Então Mateus gritou-lhe — «A esposa de vossa
mercê, a senhora Dona Vicência, folgando de o saber tão longe, está agora divertindo-se
com um escravo, como em tempos se divertiu comigo.»”
Quifungi: Personagem Secundário
Uma fala está na página 49 onde diz: “Quifungi, ao contrário, estava muito calma — mas
não queria ir. — Devo ficar, posso ser mais útil a minha irmã permanecendo em Luanda.”
Faísca: Personagem Secundário
Uma fala está na página 85 onde diz: “Sentou-se o Faísca — ainda chispando lume pelos
olhos — e disse que transportava no seu navio algumas senhoras de Luanda,”
Samba N´Zila: Personagem Secundário
Uma fala está na página 41 onde diz: “O homem disse chamar-se Samba N’Zila e ser uma
das esposas do rei. Tive um outro momento de perturbação, que logo ele compreendeu,
pois, voltando a sorrir, acrescentou: — O rei, a Ginga.”
Sula: Personagem Secundário
Uma fala está na página 47 onde diz: “Como o vamos chamar? — perguntou Sula”
Caetano: Personagem Secundário
Uma fala está na página 55 onde diz: “Caetano contou que o amo o forçara a deitar-se
com ele na cama, em muitas ocasiões, umas vezes de noite, outras à tarde, servindo-se
dele pela parte traseira”
Artur: Personagem Secundário
Uma fala está na página 66 onde diz: “Artur, a quem o meu pai ajudara em várias
ocasiões, reconheceu-me. Trouxeram-no à minha cela. Encarou-me com espanto — com
sincero nojo: — É ele, o maldito apóstata, o herético. O traidor.”
Ambrósio: Personagem Secundário
Uma fala está na página 55 onde diz: “Quis saber se ele maltratava os escravos. Ambrósio
estranhou a pergunta: — Não mais do que os outros comerciantes — assegurou”
Locana: Personagem Secundário
Uma fala está na página 89 onde diz: “A velha ajoelhou-se aos pés dele. — Meu senhor,
meu senhor, não vos reconheci! Ingo ajudou a mulher a levantar-se. Ela disse chamar-se
locana”
Issac Pinto da Fonseca: Personagem Secundário

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Uma fala está na página 74 onde diz: “o capitão Isaac Pinto da Fonseca, fidalgo que eu
supunha ser próximo ao governador. O capitão surgiu instantes depois. Veio até nós num
grande alvoroço, saudando-nos em português: — Bem-vindos!”
Lobo: Personagem Secundário
Uma fala está na página 46 onde diz: “A Sula gostaria de lhe ler a mão — disse Lobo.”
Pedro: Personagem Secundário
Uma fala está na página 43 onde diz: “Pedro falava português com a desenvoltura de um
lente. Contou que as duas fidalgas gozavam de boa saúde.”
Vo Clemencia: Personagem Secundário
Uma fala está na página 54 onde diz: “Pode matar-me, meu senhor! — gritou-lhe. — Ou
pode ser que o mate eu primeiro”
Cipriano Gaivoto ou Abdullah: Personagem Secundário
Uma fala está na página 37 onde diz: “Deus, disse-me Cipriano, é o que somos
dormindo.”
Alonso De La Mata: Personagem Secundário
Uma fala está na página 84 onde diz: “Alonso de la Mata apontou com um dedo ossudo
para um ponto da praia, distante meio caminho entre o Forte do Penedo e o de
Cassondama: — Veja aquela praia, excelência — disse para Jol.
 Figurantes

Ezequiel: Figurante
Arquelau: Figurante
Henrique Dias Figurante
Ali Murato: Figurante
Eurico Congo: Figurante
Caza Cangola: Figurante
Bernardo de Menezes: Figurante
Culaxingo: Figurante
Silvestre Bettercourt: Figurante
Andrew Battel: Figurante
Anna: Figurante
Rodrigo de Araújo: Figurante
João Correia de Sousa: Figurante
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Luís Mendes de Vasconcelos: Figurante
André Ferreira Pereira: Figurante
Ngola Quiluange: Figurante
Miguel de Vasconcelos: Figurante
Simão Janduí: Figurante
Francisco: Figurante
Benedita: Figurante
José: Figurante

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 Narrador

O nosso narrador é o personagem principal, por isso, quanto a presença ele é


autodiegético.
A nossa obra está na primeira pessoa e o nosso narrador é o personagem principal.
“A seguir, a Ginga quis saber se eu estava ali com o propósito de a servir como
secretário e como conselheiro,” (pág. 11)

O nosso narrador quanto à ciência: focalização externa.


Quando o narrador chegou a África pela primeira vez, ele desafiou a Igreja por ir ver a
rainha Ginga.
“Ao ir ter com a Ginga estava na verdade fugindo da Igreja – mas nessa altura ainda
não o sabia,” (pág. 15)

Quanto a posição, o narrador é subjetivo. Dando pequenas opiniões à medida que


narra.
“umas contra a Igreja e contra os padres, que acusavam de destruir as tradições
indígenas, o que era certo,”. (pág. 15)

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Resumo
Esta obra literária por mais que tenha escrito Ginga no título, ela não é muito bem centrada
nela, na verdade esta obra fala-nos sobre a Rainha Ginga mas narrada de um padre
pernambucano, que está a passar por uma crise de fé. Nós acompanhamos a história desse
padre desde a saída de Pernambuco até a chegada em Angola, onde ele se tornou o secretário
pessoal da Ginga. Já que a Rainha Ginga não é o foco principal, talvez alguns fiquem
desiludidos com este livro, isso se vieram apenas pra conhecer este “rei” incrível que ela foi.
Mas não posso não dizer que o nosso protagonista não foi alguém interessante de se
acompanhar, a partir do momento que ele começa a servir como Secretário da Ginga e
apaixona-se por uma certa personagem chamada Muxima ele abandona toda a sua identidade
como padre rejeitando assim também as suas ideias católicas e adquirindo uma nova
personalidade a medida que o livro avança, ou seja, é a construção de todo um ser em meras
páginas. É mais uma boa obra que nos mostra este tesouro perdido que foi a Ginga.

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Conclusão

Os meus objetivos foram quase todos cumpridos, pude aprender uma coisa ou outra da
obra. Concluí o trabalho da melhor maneira possível e vou entregar o trabalho dentro do
prazo. Faltou saber se o professor aprova o trabalho.
A minha opinião sobre o trabalho não é a melhor que já tive, pois, ler algo que não me
produz interesse é bastante difícil. Pensei que seria mais fácil, mas não é só ler e sim entender
a obra de Agualusa, mas tirando isso tive algum prazer em fazer o trabalho o que ajudou um
pouco as dificuldades.
Com este trabalho aprendi aspetos sobre a Rainha Ginga e a sua história, aprendi ótimos
aspetos que a fazem um ótimo “rei”, com um alto sentido de liderança e confiança nos seus
soldados.

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Bibliografia
AGUALUSA, José Eduardo. A Rainha Ginga:  E de como os africanos inventaram o mundo.
Lisboa: Quetzal. 2014.

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