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Universidade de Évora

Escola de Ciências Sociais

Departamento de Psicologia
Psicologia do Desenvolvimento Infantil

1º Semestre – Ano Letivo 2019/2020

Docente
Prof. Dr. Vítor Franco

Entrevista sobre gravidez

Discente

Beatriz Lagareiro (45247)

Data de Entrega

16 de janeiro de 2020
Índice
Introdução ......................................................................................................................... 3
Transcrição da Entrevista ................................................................................................. 4
Análise da Entrevista ........................................................................................................ 9
Conclusão ....................................................................................................................... 12
Anexos ............................................................................................................................ 14

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Introdução
No âmbito da unidade curricular de Psicologia de Desenvolvimento Infantil,
lecionada pelo docente Vítor Franco, foi proposta a realização de uma entrevista a uma
recém mãe afim de analisar as suas respostas relativamente ao período da gravidez e do
pós parto, à luz da temática da gravidez lecionada.

O presente trabalho está divido em três partes, sendo iniciado com a transcrição
da entrevista, posteriormente encontra-se a análise teórica e crítica e, por fim, a conclusão.

Para a realização deste trabalho, foi realizada uma entrevista a uma mulher com
37 anos, que já foi mãe de duas meninas, das quais a última que teve, tem agora 1 ano.
Com isto, pretende-se analisar todo o processo de gravidez, assim como o
desenvolvimento do bebé nos primeiros tempos.

No que toca ao enquadramento histórico relativamente à maternidade, nota-se


uma grande evolução tanto na importância atribuída à gravidez como nos cuidados
durante a gravidez e com o bebé.

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Transcrição da Entrevista
1. Com que idade foi mãe?

R: Tive a minha primeira filha aos 31 anos e a segunda aos 37.

2. Desde quando sabia que queria ser mãe?

R: Desde sempre que tive vontade ser mãe, tanto que já vou na minha segunda filha,
mas não tenciono ter mais.

3. A gravidez foi planeada?

R: A da Inês [primeira filha] foi planeada, mas a da Carolina [segunda filha] não foi
planeada, mas não é por isso que não é desejada.

4. Qual foi a sua reação ao descobrir que estava grávida da segunda vez? E a
do pai?

R: Inicialmente, não esperava e entrei em pânico, no bom sentido. Era algo que até
ansiávamos, estávamos sujeitos a que acontecesse, mas não tão cedo, digamos. Foi
algo inesperado para o momento e para ambos, ainda me lembro do momento em que
contei ao meu marido, ele ficou tão nervoso e emotivo ao mesmo tempo, as emoções
dele deviam estar um turbilhão no momento em que lhe contei, a única coisa que ouvi
da boca dele foi “E agora quando vamos ao médico?”. Foi de facto uma reação
bastante engraçada, nunca o tinha visto assim!

5. E o resto da família reagiu bem?

R: Sim, claro. Cada um chorava para seu lado, mas senti-me muito apoiada e isso foi
deveras importante para mim, sentia-me um passarinho no ninho. Tanto os meus pais
como os meus sogros me tratavam como se fosse algo frágil, que se fosse partir,
confesso que fui muito mimada.

6. Como foi a sua experiência enquanto estava grávida? (Por trimestres)

R: Nos primeiros três meses, tinha medo e receio. Apesar de já ser mãe pela segunda
vez, todos os bebés são diferentes e nunca sabia ao certo se estava tudo bem, se o
crescimento dela estava a ser bom, se ela estava saudável… Com isto, consigo
perceber que apesar de já ser a 2ª filha, parecia ser a primeira… Até à morfológica,

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andei com a ansiedade a pico, queria acreditar que estava tudo bem, mas lá está, todos
os bebés são diferentes.

No trimestre seguinte, a minha ansiedade reduziu um bocado, mas surgiram os enjoos,


coisa que quando estava grávida da Inês [primeira filha] não tive. Arrisco-me a dizer
que aqueles primeiros movimentos foram confundidos com o meu estômago às voltas,
eu já não sabia se queria vomitar ou se era o bebé a mexer-se… E o meu marido
(risos)… Esse parecia que estava mais grávido que eu. Mas bem, neste segundo
conjunto de três meses, foi quando criei as primeiras impressões com a minha bebé,
foi o início de uma nova felicidade!

Por fim, nos últimos três meses, a minha ansiedade voltou a picos… A ansiedade para
ela nascer mas ao mesmo tempo receio do momento do parto, uma vez que o parto da
minha primeira filha foi muito suave, tinha sempre medo de que o desta fosse para
sofrer a sério.

7. Quais foram as alterações que sentiu ao longo da gravidez?

R: Bem… Além do mimo todo que recebi, fisicamente mantive-me em forma. Não
deixei de fazer a minha vida antes de estar grávida, por exemplo, quando estive
grávida da Inês, deixei de fazer as caminhadas que fazia. Na segunda gravidez,
mantive as minhas caminhadas e até aproveitava para cantarolar e interagir com a
minha bebé. Só no fim da gravidez, é que tive mais dificuldades, sentia-me uma
avestruz, além de já não ver o caminho (risos)… Foi algo engraçado, tinha que ser o
meu marido a guiar-me.

8. E a primeira ecografia? O que a fez sentir?

R: Sentia-me ansiosa, não pelo processo porque já o conhecia, mas sim pelo que se ia
passar, visto que foi na primeira ecografia que ouvi o coração da minha bebé a bater,
foi o primeiro contacto, digamos. Já na primeira gravidez, me senti assim, porque em
relação ao processo, eu já tinha conhecimento desde que a minha irmã esteve grávida.

9. Como foi sentir a sua bebé pela primeira vez?

R: Confundi-a com os meus enjoos como disse antes, eu já não sabia distinguir se era
a Carolina ou se era vómito. Foi uma sensação boa com um gostinho a amargura, eu
estava farta de vomitar, implorei a Deus que não me desse mais vómito, e parece que

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me ouviu, deu-me um alívio e uma felicidade inocente, como se estivesse a acontecer
tudo pela primeira vez!

10. Quais foram as suas preocupações durante a gravidez relativamente ao


crescimento, à saúde e ao desenvolvimento do seu bebé?

R: Foram algumas, foi uma gravidez atribulada e incomodada pela ansiedade.


Ansiava sempre o momento da consulta porque tinha medo que a Carolina não
estivesse bem ou que não se estivesse a desenvolver como era suposto, a irmã era
muito mais agitada do que ela, tive noites em que pensei o pior, uma vez que ela não
se mexia nem dava sinais de vida, mas graças a Deus que correu tudo bem.

11. Idealizou como seria a sua bebé?

R: Claro, o pai era sempre o da mente fértil que dizia que vinha uma bebé loira de
olhos cinzentos, como os dele, e por acaso acertou, mas foi só nos olhos (risos). Em
relação a mim, idealizei mais a maneira como a ia vestir em certas ocasiões, não
conseguia mesmo imaginar o rosto dela nem nada, só mesmo as roupitas.

12. E a bebé quando nasceu correspondia às vossas expetativas, ao que tinham


idealizado?

R: Os olhos cinzentos idealizados pelo pai, sim, corresponderam, mas foi só mesmo
isso. Loira demais sabia eu que não vinha! Em relação às minhas idealizações na
roupa, sim, correspondeu (risos).

13. Pensou muito no momento do parto?

R: Pensei, se iria sofrer muito ou não, mas não me preparei. Acho que se fosse às tais
aulas de preparação para o parto ainda ficaria mais perturbada e ansiosa para o dia.

14. Como evoluiu a sua relação com o pai durante a gravidez? E com a família?

R: Fui muito mimada por todos, inclusive pelo meu marido. Nunca o tinha visto tão
empenhado, acho que nem na primeira gravidez. Ele andava louco, como disse, (risos)
parecia que era ele que estava grávido e não eu. O resto da família mimavam-me como
se não houvesse amanhã, foi um período de má habituação, sentia-me uma rainha e
um bebé ao mesmo tempo.

15. Como foi o parto?

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R: Foi bom, porque ela nasceu e bem, mas mau porque entrei em trabalho de parto e
não fiz a dilatação desejável, o que me levou ao parto por cesariana, de emergência,
uma vez que ela tinha o cordão umbilical enrolado ao pescoço e isso não fora detetado
antes, o que me levou a crer que se tivesse nascido por parto normal, provavelmente
não estaria cá hoje.

16. No que toca à amamentação, amamentou? Se sim/não, porquê?

R: Amamentei, já que da experiência da Inês não consegui. Mas a primeira refeição


da minha bebé foi por um copinho dos comprimidos que os enfermeiros nos dão
quando estamos internados [Anexo], foi muito engraçado. A amamentação já não foi
tão engraçada quanto isso, sofri um bocadinho, ela mordia-me e beliscava-me muito,
e nesta última fase, é muito preguiçosa, parece que tem agora um mês…

17. Sofreu muito com as alterações físicas tanto durante a gravidez como do pós
parto?

R: Nem por isso, como disse há bocado, mantive-me sempre em forma. A única coisa
que mudou no pós parto, foi a barriga, que diminuiu, e o peso consequente dela, o que
até foi um alívio. Posso voltar às minhas caminhadas sem me sentir uma autêntica
ceguinha por não conseguir ver onde ponho os pés (riso).

18. Após o parto, como foram as primeiras semanas? Foi difícil a adaptação à
vida com o bebé?

R: Não foi difícil adaptar-me à vida com a minha Carolina, uma vez que já tinha
lidado com a Inês, mas não foi uma adaptação nada igual. Durante a gravidez, só
imaginamos os bebés como uns seres sossegados, fofinhos e não sei quê mas quando
eles vêm cá para fora é que são elas. A Carolina é muito irrequieta, não me dá noitadas,
enquanto que a Inês dava, mas durante o dia… É um bicho carpinteiro, quer passar o
tempo fora do berço, ora ao colo, ora a caminhar, ultimamente tem sido uma maluca.
Já se consegue sentar, mas ainda está muito frágil, receio que esteja a querer aprender
tudo muito depressa e isso a prejudique, o pediatra diz para eu a deixar ir e eu deixo!

19. Como é que tem sido o desenvolvimento da bebé? E como é que isso a tem
afetado a si? E ao pai?

R: Tem estado a correr tudo bem. Quer aprender tudo muito rápido, não pára
sossegada e isso de certa forma dá-nos cabo da cabeça. Chegamos cansados do
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trabalho, e foi uma coisa que mudou… Por exemplo, antes da Inês, chegávamos e era
a típica vida de casal, banhos, jantar, ver televisão e dormir. Depois da Inês, mudou
muito, havia que dedicar tempo a ela e agora são duas a pedir pela nossa atenção,
sobretudo a Carolina que quer fazer tudo ao mesmo tempo e não pára quieta. Ao início
foi muito complicado e cansativo, mas agora já é rotina!

20. A níveis psicológicos, qual foi o impacto de ser mãe?

R: A minha preocupação triplicou. Quando era só eu e o meu marido, a preocupação


era com ele, mas não da mesma forma, agora é a triplicar, com ele e com as meninas.
Mas de resto, é uma sensação muito boa e satisfatória, há sempre alegria em casa,
mesmo quando estou cansadíssima do trabalho.

21. O que a marcou mais como mãe até agora?

R: No que toca à Inês, ela ter-me dito há pouco tempo que sou o anjo dos olhos dela
e ter-me provado isso a cada dia que passa. No que toca à Carolina, o momento em
que ela me pede para ir para o chão e fazer força para esticar as perninhas e andar, a
única coisa que se ouvia daquela boca era um “Tu, tu” como se estivesse a querer
dizer que queria andar como nós. Mas sinto que todos os dias há algo que me marca,
nem que seja uma birra.

22. Gostava de voltar a ser mãe?

R: Ai não! Com duas já estou a dar em maluca, imagine-se se fossem três. Meu Deus,
até me dá uma pontada na cabeça só de imaginar isso!

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Análise da Entrevista
A gravidez é um desafio à maturidade e estrutura da personalidade da mulher, uma
vez que a mulher está exposta a diversos conflitos que requerem, em certa parte, uma
resolução, reestruturação e reajustamento a níveis fisiológicos, sociais e psicológicos.
Ainda assim ocorrem modificações a níveis corporais e mentais, nos relacionamentos e
compromissos.

Numa adaptação psicológica dos pais à realidade que lhe espera, deparamo-nos
com 3 fases: a aceitação da notícia, em que são exigidas novas responsabilidades, uma
reorganização da vida, das relações e da vida, sendo que a gravidez implica desafios
hormonais e corporais que a mulher terá que aprender a conviver e a lidar, além dos
sentimentos ambivalentes. De acordo com Brazelton (2007), quando há conhecimento da
notícia sobre a gravidez, há um “shift” no pensamento e na perspetiva dos pais, ou seja,
a euforia e a consciencialização da gravidez envolvem uma noção de responsabilidade e
não possibilidade de retroceder.

Como analisado ao longo da entrevista, a gravidez interfere diretamente na relação


do casal, tendendo a tornar-se mais forte, onde o casal se torna mais próximo; mas
também há relações que terminam, seja entre o casal ou com entre familiares. Assim,
conclui-se que a gravidez provoca uma alteração afetiva no que toca à grávida, ao
companheiro, à sua família e ao próprio feto (Silva & Silva, 2009).

Relativamente ao “bebé imaginário”, esta mãe demonstrou ter passado por essa
fase. Consiste no nascimento do bebé no pensamento dos pais muito antes de nascer, o
que implica que a relação da mãe com o bebé exista desde antes da gravidez, nas fantasias
da mulher relacionadas com a possibilidade de ter um filho. É como se ocorressem três
gestações ao mesmo tempo: o desenvolvimento físico do feto no útero, uma atitude de
mãe no psiquismo materno e a formação do bebé imaginado na sua mente, ou seja,
conclui-se que o bebé imaginário é o portador dos sonhos, esperanças e ilusões da mãe.

Como mencionado anteriormente, esta condição (gravidez) envolve também uma


mudança nos hábitos de vida, nos valores e nos princípios. À medida que o tempo vai
passando é natural que se alterem as rotinas da mãe, visto que esta deixa de trabalhar e
vai para casa para poder repousar e não fazer esforços. Além disso, quando uma mulher
engravida pode não saber lidar, por exemplo com as alterações físicas que advêm da
gravidez e isso afeta o seu psicológico, no que toca à autoestima. Além disso, a partir do

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momento em que se recebe a notícia, tanto a mulher como o seu parceiro, e até a família,
vivem momentos de ansiedade e preocupação devido à saúde do bebé e ao seu
desenvolvimento e, é por isso que é tão importante e imprescindível ter uma família
equilibrada e ter o apoio do companheiro, além do apoio médico.

A ansiedade e o medo sentidos pelos pais revelam o receio da possibilidade do


filho nascer com deformações ou que não seja um bebé saudável como é esperado
(Brazelton, 2007). Por si só, a ansiedade pode ser um mecanismo saudável de ajustamento
da grávida a uma nova situação, provocada, por um lado, pelo desejo da mãe em sair da
situação de gravidez e, por outro lado, o medo de o bebé não estar saudável. Factos estes
traduzem-se na enorme adaptação que tem de ser feita por parte dos pais, ao longo da
gravidez, aumentando o senso de responsabilidade e preocupação pelo bem estar do bebé,
ou seja, a ansiedade mostra que a mulher já interiorizou que vai ser mãe, o que ajuda na
sua adaptação à nova vida. A mãe preocupa-se com o filho, e mostra que a mãe poderá
cuidar do bebé, aumentando a sua atenção e cuidados para com o filho.

No que toca à questão de todo o bebé ser prematuro porque precisa dos cuidadores
para poder sobreviver física e psiquicamente, a Carolina (bebé em análise) mostrou ser
uma bebé dependente tal como todos os outros bebés, apesar de ter um ano e já ter
necessidade de se desapegar, no sentido que já quer aprender a andar e a fazer tudo o que
um adulto faz.

Esta mulher revelou que durante a sua gestação, um fator importante a ter em conta
durante uma gravidez é a prática regular de exercício físico, uma vez que melhora a
circulação, a respiração e também promove uma gravidez mais confortável e um parto
mais seguro. Em conjugação com o exercício físico é necessário que haja uma
alimentação correta e equilibrada.

No que toca ao parto, no caso da entrevistada, recorreu-se ao parto cesariano, não


por escolha dos pais, mas por ser a opção mais fiável uma vez que acreditou-se na altura
que a criança teria o cordão umbilical enrolado ao pescoço e caso nascesse por parto
normal, a criança poderia morrer asfixiada. Apesar disto, é importante referir que estudos
revelam que um parto cesariano priva o bebé de importantes benefícios do nascimento
normal, como o aumento do nível de hormonas que limpam o excesso de fluído nos
pulmões, a mobilização de nutrientes para alimentar as células e circulação de sangue

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para o coração e para o cérebro. No entanto, conseguiu-se constatar que o bebé em análise
nasceu saudável e sem qualquer tipo de anomalia.

Posto o parto, a mulher referiu que comparativamente à sua primeira criança, esta
é mais sossegada durante a noite, mas no que toca ao seu desenvolvimento físico, mostra-
se uma bebé bastante irrequieta e apta para aprender tudo o que há para aprender, dando
mais trabalho aos pais que a sua primeira filha. No que toca à sua alimentação, a bebé foi
amamentada desde o primeiro dia, sendo que continua a ser amamentada até à atualidade,
sendo que fez um ano há relativamente pouco tempo.

Apesar de todos os desafios colocados à mãe e ao seu parceiro, estes


demonstraram desde início uma relação de vínculo com o seu bebé, tendo sido
transformado em amor incondicional depois do seu nascimento.

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Conclusão
Com este trabalho de investigação, foi-me possível compreender melhor todo o
processo da gravidez, durante e após esta, inclusive os primeiros meses de vida do bebe.
Foi possível apreender que todos estes processos devem ser tratados de forma seria e
delicada, pois qualquer tipo de problema, interno ou externo, pode afetar de forma grave
o bebé.

Além disso, consegui perceber que o contacto entre a mãe e o bebé é tão
importante, uma vez que permite à mulher compreender os processos cognitivos e mentais
do bebé (por exemplo: as expressões faciais, vocalização, choro e amamentação).

A realização da entrevista foi bastante útil, pois permitiu o relacionamento entre


a matéria teórica com um caso real e prático.

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Referências Bibliográficas

BRAZELTON, B, T. & CRAMER, G, B. (2007). Gravidez: o nascimento da


vinculação. In. Addison-Weasley (Ed.), A relação mais precoce, os pais, os bebés e a
interação precoce (Parte 1, pp. 17-56). Terramar, Lisboa.

Papalia, D. E., & Feldman, R. D. (2013). Desenvolvimento humano. Artmed


Editora.

SILVA., J., L. & SILVA., R., L. (2009). Mudanças na vida e no corpo: vivências
diante da gravidez na perspetiva afetiva dos pais. Esc Anna Nery Ver Enferm, 13 (2),
393-401

Teixeira, I., & Leal, I. P. (1995). Expectativas e atitudes de mães primíparas com
filhos prematuros. Análise Psicológica, 12, 191-194.

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Anexos
Guião da entrevista

1. Com que idade foi mãe?

2. Desde quando sabia que queria ser mãe?

3. A gravidez foi planeada?

4. Qual foi a sua reação ao descobrir que estava grávida da segunda vez? E a do pai?

5. E o resto da família reagiu bem?

6. Como foi a sua experiência enquanto estava grávida? (Por trimestres)

7. Quais foram as alterações que sentiu ao longo da gravidez?

8. E a primeira ecografia? O que a fez sentir?

9. Como foi sentir a sua bebé pela primeira vez?

10. Quais foram as suas preocupações durante a gravidez relativamente ao


crescimento, à saúde e ao desenvolvimento do seu bebé?

11. Idealizou como seria a sua bebé?

12. E a bebé quando nasceu correspondia às vossas expetativas, ao que tinham


idealizado?

13. Pensou muito no momento do parto?

14. Como evoluiu a sua relação com o pai durante a gravidez? E com a família?

15. Como foi o parto?

16. No que toca à amamentação, amamentou? Se sim/não, porquê?

17. Sofreu muito com as alterações físicas tanto durante a gravidez como do pós
parto?

18. Após o parto, como foram as primeiras semanas? Foi difícil a adaptação à vida
com o bebé?

19. Como é que tem sido o desenvolvimento da bebé? E como é que isso a tem afetado
a si? E ao pai?

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20. A níveis psicológicos, qual foi o impacto de ser mãe?

21. O que a marcou mais como mãe até agora?

22. Gostava de voltar a ser mãe?

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