Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
INSTITUTO DE TECNOLOGIA
FACULDADE DE ENGENHARIA ELÉTRICA
Todo processo de uma usina a vapor tem como objetivo a conversão de energia
térmica em energia mecânica nas turbinas que, posteriormente, será transformada em energia
elétrica. As centrais termelétricas convencionais são constituídas basicamente de bomba,
caldeira, turbina e condensador e podem trabalhar em circuito (ou ciclo) aberto ou fechado. O
processo cíclico fechado em que se baseia a maioria das instalações a vapor garante que o
fluido de trabalho, ao final de um certo período, recupere o seu estado inicial (figura 2.1).
CALDEIRA
TURBINA ALTERNADOR
BOMBA CONDENSADOR
REATOR TURBOGERADOR
CONDENSADOR
Considerem-se, então, duas fontes de calor interligadas por uma tubulação que
contém uma máquina térmica (MT) através da qual escoa uma massa m (em kg/s), como
mostra a figura 2.3:
m m
Fonte de 1 2 Fonte de
MT
calor1 calor2
p1 v12 p v2
E1 = u1 + + + gz1 e E2 = u2 + 2 + 2 + gz 2
ρ1 2 ρ2 2
onde:
p1v12 v 22
p2
E1 − E2 = u1 − u2 + − + − + g( z1 − z 2 )
ρ1 ρ 2 2 2
3
p1 p2
Mas: h1 = u1 + e h2 = u2 +
ρ1 ρ2
onde:
γ = E1 - E2 = h1 - h2 (J/kg)
onde:
1
ΔA(S) 1+ STs ΔPm(S)
onde:
ΔA(S): variação na válvula de entrada de vapor
ΔPm(S): variação na potência mecânica da turbina
Ts: constante de tempo
4
ΔPm ( S ) 1
=
ΔA( S ) 1 + STs
1
ΔPm ( S ) = ΔA
S (1 + STs )
Sabendo-se que:
L-1
1 1
(1 - e-at)
S(S + a) a
ΔPm(t)
ΔA
Fig.2.5: Variação na potência de saída para um ciclo térmico sem reaquecimento (entrada = degrau)
5
m1 Reaquecedor m2
dρ
m1 − m2 = V
dt
onde:
dρ dPR ⎛ ∂ ρ ⎞
Mas: = ⎜ ⎟ T = To
dt dt ⎝ ∂ PR ⎠
com:
Mas: m2 = KPR
6
m2 o
Com: K =
PRo
onde:
K: constante de proporcionalidade
PR: pressão do reaquecedor (kg/m2)
m2o: fluxo nominal (kg/s)
PRo: pressão nominal (kg/m2)
Logo:
⎡P ⎛∂ρ ⎞ ⎤ dm
m1 − m2 = V ⎢ Ro ⎜ ⎟ T = To ⎥
2
⎣ m2 o ⎝ ∂ PR ⎠ ⎦ dt
⎡P ∂ρ ⎤
Com: TR = V ⎢ Ro T = To ⎥ : constante de tempo do reaquecedor
⎣ m2 o ∂ PR ⎦
Logo:
1
m2 ( S ) = m (S )
1 + STR 1
A potência mecânica total para um ciclo com reaquecimento é igual a soma das
potências individuais para o ciclo de alta pressão e para o ciclo de baixa pressão, então:
Com:
1
ΔPm1 ( S ) = ΔA( S )
(1 + STs )
e
1
ΔPm2 (S) = K1Δm2 = K1 Δm1 ( S )
1+ STR
7
1
Δm1 ( S ) = K 2 ΔA( S )
(1 + STs )
1 1
ΔPm2(S) = K1 K 2 ΔA( S )
(1 + STR ) (1 + STs )
⎡ 1 1 1 ⎤
ΔPm(S) =⎢ +K ⎥ΔA( S )
⎣ (1 + STs ) (1 + STR ) (1 + STs ) ⎦
⎡ C 1− C ⎤
ΔPm ( S ) = ⎢ + ⎥ΔA( S )
⎣ (1 + STs ) (1 + STR )(1 + STs ) ⎦
ΔPm ( S ) 1 + CTR S
=
ΔA( S ) (1 + STR )(1 + STs )
1 + CTR S
ΔA(S) ΔPm(S)
(1 + STs )(1 + STR )
ΔPm(t)
1-C
C: 0,25 a 0,5
TR: 3 a 5 segundos
Inicialmente será feita uma breve descrição das características gerais das
turbinas hidráulicas e, em seguida, a determinação da função de transferência.
v=G H
onde:
∂v ∂v
Δv = ΔG + ΔH
∂G ∂H
1 −1
Logo: Δv = H 2 ΔG + GH 2 ΔH
1
1 1 −1
Δv = H o 2 ΔG + Go H o 2 ΔH
2
Δv ΔG 1 ΔH
= + (pu)
vo Go 2 H o
1
Com: v o = Go H o 2
d ( Δv )
LAρ = − Aρ gΔH
dt
onde:
L d ( Δv ) ΔH
=−
gH o v o dt H o vo
ou
Lv o d ( Δv ) ΔH
=−
gH o dt v o Ho
Δv ΔH
Tw S =− (i)
vo Ho
onde:
Lv o
Tw = : tempo de partida da água na tubulação, em segundos, ou tempo necessário para
gH o
acelerar a água na tubulação até atingir a velocidade nominal vo sob o nível Ho.
ΔH
Pode-se, agora, substituir o valor de na equação normalizada de vo
Ho
deduzida anteriormente:
Δv ΔG 1 ΔH
= + (pu)
vo Go 2 H o
Obtendo-se:
Δv ⎡ 1 ⎤ ΔG
⎢1 + Tw S ⎥ = (pu) (ii)
vo ⎣ 2 ⎦ Go
Pm = αQH
onde:
Logo: Pm = αvAH
∂ Pm ∂ Pm
ΔPm = Δv + ΔH
∂ v ∂ H
ΔPm Δv ΔH
= + (pu) (iii)
Pmo vo H o
⎛ ⎞
ΔPm ⎜ 1 ⎟ ΔG Δv
=⎜ ⎟ − Tw S
Pmo ⎜ 1 G vo
1+ T S ⎟ o
⎝ 2 w ⎠
⎛ ⎞ ⎛ ⎞
ΔPm ⎜ 1 ⎟ ΔG ⎜ 1 ⎟ ΔG
=⎜ ⎟ − Tw S ⎜ ⎟
Pmo ⎜ 1 G 1
⎜1 + Tw S ⎟ Go
1 + Tw S ⎟ o
⎝ 2 ⎠ ⎝ 2 ⎠
Logo:
⎛ ⎞
ΔPm ⎜ 1 − Tw S ⎟ ΔG
=⎜ ⎟ (pu)
Pmo ⎜ 1 G
1 + Tw S ⎟ o
⎝ 2 ⎠
ou
⎛ ⎞
⎜ 1 − Tw S ⎟
ΔPm ( S ) = ⎜ ⎟ΔG ( S ) (pu)
1
⎜ 1 + Tw S ⎟
⎝ 2 ⎠
1 − Tw S
ΔG(S) 1 ΔPm(S)
1 + Tw S
2
ΔPm(t)
ΔG
-2ΔG
Fig. 2.10: Variação na potência de saída de uma turbina hidráulica para uma entrada degrau
Tw
A constante de tempo para o modelo estudado é igual a .
2
Valores típicos para Tw: 0,5 a 4 segundos.
13
ΔPD
D=
Δf
onde:
Graficamente, tem-se:
f1
Δf
f2
ΔPD
PD
PD2 PD1
d( X − Xo )
= −k1 ( f − f o )
dt
onde:
Xo
k1 = k 2
fo
Logo:
d( X − Xo ) X
= −k2 o ( f − f o )
dt fo
Então:
d( X − Xo )
Xo f − fo
= −k2
dt fo
dΔX
Xo Δf
= −k2
dt fo
dΔX
= − k 2 Δf
dt
k2
ΔA = − Δf
S
Ou seja:
Δf k2 ΔA
−
S
Fig. 2.13- Diagrama de blocos do regulador isócrono
Fig. 2.14- Variação da velocidade e da potência do sistema para uma saída de carga
w1
Ps
Como pode ser visto na figura 2.15, o erro de regime permanente desse tipo de
regulador é nulo, o que significa que, para qualquer variação na potência de saída fornecida
ao sistema, a velocidade ou freqüência do sistema permanece a mesma.
Para um sistema com mais de uma unidade geradora, no entanto, a variação na
potência consumida deve ser suprida efetuando-se a repartição adequada da potência entre as
máquinas, de acordo com a capacidade de cada uma. Então, para que se garanta que a
capacidade de nenhuma máquina será ultrapassada, a freqüência final do sistema pode atingir
um valor de regime diferente do nominal, inviabilizando a utilização do regulador isócrono
para um sistema multimáquinas.
O regulador isócrono, portanto, é utilizado somente nos casos de se ter uma
única máquina suprindo uma carga isolada ou quando somente um gerador em um sistema
multimáquinas é designado para suprir as variações de carga, sob pena de, nos casos de mais
de uma máquina, se introduzir problemas de instabilidade no sistema.
Δf + k2 ΔA
−
+ S
k3
− k2 S
Δf ΔA
k k
1+ 2 3
S
Resultando em:
Δf − 1 k3
ΔA
1
1+ S
k 2 k3
Logo, tem-se:
ΔA −G1
=
Δf 1 + ST1
com:
19
1 1
G1 = =
k3 R
e
1
T1 = : constante de tempo do regulador.
k 2 k3
ΔA ∝ ΔP
Logo:
ΔP − 1 R
=
Δf 1 + ST1
ΔP 1
=−
Δf R
w,
P
Fig. 2.20- Comportamento dinâmico de um regulador com queda de velocidade para uma saída de carga
20
w, Ps
wo
w1
Ps
Po Psmáx
Fig. 2.21- Comportamento estático de um regulador com queda de velocidade para uma entrada de carga
onde:
Pe: potência de entrada do sistema (MW)
Ps: potência de saída fornecida pelo sistema (MW)
w: rotação das turbinas (rpm)
wo, Po: rotação e potência nominais, respectivamente.
Wref. + +
Servomotor G
-
-
+
W Rp
+
STR
RT
Rp: ganho de regime permanente 1 + STR
RT: ganho de regime transitório
Fig. 2.22- Regulação com Compensação de Queda Transitória
21
2.6- REFERÊNCIAS
4- Kundur, P., “Power System Stability and Control”, The EPRI Power System Engineering
Series, McGraw-Hill, Inc. , 1994.