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4// OS JARDINS,
o u
A ARTE DE AFORMOSEAR AS PAIZAGENS ,
P O E M A
D E
Mr. D E L I L L E,
DA ACADEMIA FRANCEZA,
T R A D U Z I D O EM VERSO
DE ORDEM
D E
S. A L T E Z A REAL
O PRÍNCIPE R E G E N T E ,
N O S S O S E N H O R ,
P O R
M A N O E L M A R I A DE BARBOSA
DU BOCAGE.
LISBOA.
5TA TYPOGRAPHIA C H A LC OGR APH I C A ,
E LITTERARIA EO ARCO DO CEGO.
— —— Hic inter fluminei nota
Et fontes sacros frigus cãptabis opacum
Virg. Eclog. I.
P ROL O G O
DP '
A u T rr o R.
V. Árias peíssoas de grande merecimento escreverão
em prosa A cerca dos Jardins. O Author deste Poema
colheo dellas alguns preceitos , e até descripções. Em
bastantes passagens teve a dita de encontrar-se com tâo
bons Escritores , porque este Poema foi começado an-
tes que elles publicassem as suas obras. Confessa que dá
ao prelo com extrema desconfiança huma composição
muito esperada , e engrandecida de mais : a indulgência
excessiva , dos que a ouvirão, lhe agoira a severidade, dos
que a lerem.
Este P o e m a , além disso, tem hum grave inconve-
niente , o de ser didáctico. Tal gênero he necessaria-
mente hum pouco frio, e mais o deve parecer á huma
Nação , que lhe custa muito (como se tem observado
repetidas vezes ) a tolerar versos , em não sendo os
compostos para o T h e a t r o , os que pintâo as paixões,
ou as baldas dos Homens. Poucas Pessoas , digo mais , até
poucos Litteratos lem as Geórgicas de Virgilio, e quasi
todos , os que aprenderão Latim , sabem de cor o quarto
Canto da Eneida.
N o primeiro destes dois Poemas , dA o Poeta a en-
tender que sente nao lhe permittirem os limites do seu
assumpto cantar os Jardins. Depois de haver lutado lon-
gamente com as miúdas, e hum tanto ingratas particu-
laridades da cultura geral dos Campos , a modo que
deseja repousar sobre mais risonhos objectos. Mas estrei-
tado no de que trata , vinga-se desta sujeição com hum
bello , e rApido esboço dos Jardins, e com o pathetic 0
* a
IV
PRÓLOGO
„ DO
T R A D U C T O R .
CH A N T PREMIER.
CANTO PRIMEIRO.
CHANT SECOND.
* >• '
CANTO SEGUNDO.
Pour pãrer son berceau c'est trop peu que des fleurs;
Apportez les lauriers , les palmes des vainqueurs.
Qu'á ses premiers regards brillent des jours de gloire ;
>Qu'iI entende ennaissant l'hymne de Ia victoire ;
C*est Ia fête q u o n doit au pur sang de Bourbon.
Et toi, p . r qui le ciei nous fit cet heureux d o n ,
Toi , q u i , le plus beau noeud, Ia châine Ia plus chère
Des Germains , des François , d'un époux _ et d'un frère t
Les unis , comme on voit de deux pompeux ormeaux
Une guirlande en fleurs enchaíner les rameaux ;
Soeur , mère , épouse auguste ; enfin Ia destinée
Joint au deuil du trépas les fruits de 1'hyménée ,
Et mêlant dans tes yeux les larrrreB , et les r i s ,
Quand tu perds une mère , elle te donne un fils.
D'autres , dans les transports que ce beau jour inspire p
Animeront Ia to.ile , ou le marbre , ou Ia lyre ;
Moi, 1'humble ami des champs , j'irai dans ce séjour
Oii Flore , et les Zéphirs composent seuls ta cour ,
J,'irai dans Trianon : lá , pour unique hommage,
Je consacre á ton fils des arbres de son à g e ,
Un bosquet de son nom. Ce simple m o n u m e n t ,
Ces tiges , de tes bois le plus cher ornement _
T e s yeux les verront croitre , et croissant avec elles £
T o n fils viendra cher cher les ombres fraternelles.
Enfin vous jouissez , et le coeur , et les yeux
Chérissent de' vos bois Fabri délicieux^
Au plaisir voulez-vous joindre encore Ia gloire?
Voulez-vous de votre art remporter Ia victoire ?
Péjá de nos jardins heureux décorateur,
C A N T O II. 63
FIN DU SECOND C H A N T ;
C A N T O II. 69
C H A N T T R OI SI EME.
CANTO TERCEIRO.
F í N DU TROI5IEME C H A i p y
C A N T O III. io3
U n i d o s , maviosos caracteres?
Tocão meus olhos desviada Gruta :
Ah ! dize-me se os vistes yenturosos,
Guarida opaca? ( e u pronuncio) Hum tronco
Toldava eucanecido A fonte A margem ?
Laura dormido havia A sombra delle.
Alli por Laura perguntava aos Ecos ,
E os Ecos o seu nome inda sabião.
Buscaveis , olhos meus, Petrarca, e Laura
Em toda a parte , e em toda a parte os vieisi
Erão já m o r t e , e cinza os dois Amantes,
Mas inda com seus Manes amorosos
Mais bello se tornava o sitio bello.
CHANT QUATRIEME.
CANTO QUARTO.
Do G u e r r e i r o , do Amante a venturosa
Arvore tu não e s , porém teu luto
Compadece-se. e diz co'as nossas penas.
Em todos estes monumentos n a d a ,
Nada de apuros vãos. Aliar podes
Acaso , ante pstes lugubres objectos
A arte co'a dor - e c o a riqueza os campos?'
Longe principalmente o fingimento,
Longe túmulo falso , urnas sem magoa,
Q u e o capricho formou ; longe as estatuas
De " animal ladrador , d e ave nocturna :
Isso profana o l u t o , insulta as cinzas.
Ah ! Se as de algum amigo alli não honras,.
D e envelhecidos Teixos IA debaixo
Não vês a sepultura onde esconder-se
Hão de ir aquelles , q u e , por ti curvados r
Por ti suando sobre ingratos sulcos ,
N o seio da indigencia a morte esperão ?
Pejo de ornar-lhes o sepulcro humilde
Terás acaso ! H e certo , que não podes
Gravar illustres aventuras nelle
Desde o inoerto crepúsculo , em que os chama
Ave madíugadora a seus trabalhos ,
T é ao serão em que a família tenra
Com elles vai sentar-se ao l a r , que estala ,
Em paz , e em lida igual seus dias correm.
Nem guerras , nem tratados os distinguem r
Nascer , soffrer, morrer , eis sua historia.
Mas o seu coração a h ! não he surdo
Da memória ao rumor. E qual dos Homens-
N o momento fatal da ausência eterna,
Qual se não v o l v e , e tristemente alonga
A vista pelos campos da Existência ?
Não tem na idéa de deixar saudades
Algum gosto , e dos olhos de hum amigo>
n8 O S J A R D I N S ,
P. a
124 OS J A R D I N S,'
PRIMEIRO CANTO.
( P a g . 5. vers. 7. )
(Pag. g. vers, 1. )
( I b i d . vers. 16.)
È parecido
ComtigO T r i a n o n , Deosà, que o r e g e s , etc.
SEGUNDO CANTO,
Sempre verdes ,
•Oh Mouceaux, teus Jardins são disto exemplo.
QUARTO CANTQ.
F I M D.A S NOTAS..
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