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Roteiro de seminário

Introdução:

 O cafeeiro é um arbusto da família Rubiaceae, do gênero Coffea L.


 É amplamente cultivado em países de clima tropical, tanto para o consumo
quanto para a exportação.
 O Brasil é o maior produtor de café do mundo, seguido por Vietnã e Colombia.
 Principal doença do cafeeiro; Ferrugem do Cafeeiro, um fungo da espécie
Hemileia vastatrix, é a doença mais grave e prejudicial na lavoura cafeeira.
 Os danos estimados pela ferrugem estão estimados em média 35-40% da
produção (podendo em períodos de estiagem prolongada ultrapassar a 50%).
 O controle é feito com uso de fungicidas e deve ser feito de forma preventiva,
porém a variabilidade genética tem sido uma forma mais eficiente de controle da
doença, pois ela reduz o uso de defensivos no manejo da cultura.
 Os primeiros trabalhos de melhoramento genético do cafeeiro no Brasil, eram
voltados para o desenvolvimento da cultivar em termos de vigor, longevidade,
alta produção e adaptação para diferentes regiões do país.
 Mas foi somente em 1970, com o surgimento e rápida propagação da ferrugem,
que foram desenvolvidas outras linhas de pesquisa para o melhoramento do
cafeeiro.
 Além disso, grande parte das cultivares resistentes à ferrugem no Brasil, tem
como fonte de resistência o material Híbrido de Timor, desenvolvido de
cultivares resistentes à ferrugem por meio da variabilidade genética.

Material e Métodos:

 Foi utilizado o Banco de germoplasma de café, localizado no município de


Patrocínio em Minas Gerais.
 Foram selecionados e avaliados 20 acessos cafeeiros, no qual cada acesso foi
composto por 10 plantas, onde apenas 08 foram consideradas como parcela útil.
 No laboratório foram coletadas e avaliadas 03 folhas de cada acesso,
considerando cada folha como uma repetição.
 Essas folhas foram fixadas em álcool 70%, após 72hrs foram colocadas
novamente em uma solução de álcool 70%, para preservar o material até a
análise.

Resultados e Discussão:

 Tabela 02: (resumo da análise de variância-Teste F), podemos observar que as


características de PPA (parênquima paliçádico), importante no processo
fotossintético, e PEP (parênquima esponjoso) apresentaram coeficientes de
herdabilidade respectivamente de 97% e 88%.
1. Esses tecidos atuam como uma barreira estrutural, pois proporcionam para planta
mais resistência a proliferação dos patógenos, nesse caso a Ferrugem do Cafeeiro.
2. Os materiais genéticos que apresentaram alto coeficiente de herdabilidade (h²),
superior a 0,7, indicam mais chances de sucesso na seleção nos programas de
melhoramento genético.
 Tabela 03:
1. Foi aplicado um teste de Skott-knott, com 5% de probabilidade de erro para 10
características avaliadas.
2. 04 acessos apresentaram seis maiores médias entre as 10 características avaliadas.
(Villa Sarchi; Híbrido de Timor UFV 376-31; Híbrido de Timor UFV427-15 e
F840x Híbrido de Timor UFV 457-13).
3. 03 trabalhos se destacaram:
 Híbrido de Timor UFV 376-31: apresentou maior média para epiderme da face
adaxial (EAD), funciona como uma barreira reduzindo a radiação incidente;
parênquima esponjoso (PEP); espessura do mesofilo (MÊS); nº de vasos do
xilema (NVX), que otimiza a fotossíntese e promove o crescimento da planta);
densidade estomática (DEN) e índice estomático (INE).
 Híbrido de Timor UFV427-15: maiores médias para EAD, PEP, MÊS, diâmetro
do vaso do xilema (DVX); espaçamento do floema (ESF) e INE.
 F840x Híbrido de Timor UFV 457-13: maiores médias para EAD; epiderme da
face abaxial (EAB); PEP; MÊS; espessura do floema (EFL) e INE.
4. A maioria dessas cultivares tem como fonte de resistência o material do Híbrido de
Timor.
5. A utilização dessas características anatômicas é importante para a caracterização dos
genótipos em programas de melhoramento genético, pois é possível explorar mais os
materiais avaliados e auxiliar em trabalhos de pré-melhoramento de resistência de
patógenos.
 Tabela 04:
1. Os acessos MG 149 e MG 210 apresentaram ampla divergência genética, por
conta da origem do material, no qual o acesso 149 foi desenvolvido com
sementes de café provenientes da África e o acesso 210 é resultante de uma
mutação da cultivar Bourbon, proveniente da Costa Rica, por outro lado os
acessos MG 302 e MG 502 foram mais similares, por conta de exibirem menor
distância entre os pares de distância estimada.
 Tabela 05:
2. Apesar de existir uma grande diferença entre os acessos, a maioria é similar,
pois o café é uma cultura que possui uma base genética estreita.
 Tabela 06:
3. Por meio do método Singh, os resultados demonstraram que as características
que apresentaram maiores contribuições foram PPA (24,32%); NVX (22,46%) e
MÊS (17,41%). Entretanto EAD; EAB e DVX apresentaram poucas
contribuições.

LEIA A CONCLUSÃO!!!!!

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