1. O documento discute o melhoramento genético do cafeeiro para resistência à ferrugem, avaliando 20 acessos de café.
2. Foram analisadas características anatômicas foliares e encontrados 4 acessos com as maiores médias, incluindo o Híbrido de Timor, fonte de resistência à ferrugem.
3. Análises genéticas mostraram divergência entre dois acessos e similaridade entre outros dois, indicando origem e base genética dos materiais avaliados.
1. O documento discute o melhoramento genético do cafeeiro para resistência à ferrugem, avaliando 20 acessos de café.
2. Foram analisadas características anatômicas foliares e encontrados 4 acessos com as maiores médias, incluindo o Híbrido de Timor, fonte de resistência à ferrugem.
3. Análises genéticas mostraram divergência entre dois acessos e similaridade entre outros dois, indicando origem e base genética dos materiais avaliados.
1. O documento discute o melhoramento genético do cafeeiro para resistência à ferrugem, avaliando 20 acessos de café.
2. Foram analisadas características anatômicas foliares e encontrados 4 acessos com as maiores médias, incluindo o Híbrido de Timor, fonte de resistência à ferrugem.
3. Análises genéticas mostraram divergência entre dois acessos e similaridade entre outros dois, indicando origem e base genética dos materiais avaliados.
O cafeeiro é um arbusto da família Rubiaceae, do gênero Coffea L.
É amplamente cultivado em países de clima tropical, tanto para o consumo quanto para a exportação. O Brasil é o maior produtor de café do mundo, seguido por Vietnã e Colombia. Principal doença do cafeeiro; Ferrugem do Cafeeiro, um fungo da espécie Hemileia vastatrix, é a doença mais grave e prejudicial na lavoura cafeeira. Os danos estimados pela ferrugem estão estimados em média 35-40% da produção (podendo em períodos de estiagem prolongada ultrapassar a 50%). O controle é feito com uso de fungicidas e deve ser feito de forma preventiva, porém a variabilidade genética tem sido uma forma mais eficiente de controle da doença, pois ela reduz o uso de defensivos no manejo da cultura. Os primeiros trabalhos de melhoramento genético do cafeeiro no Brasil, eram voltados para o desenvolvimento da cultivar em termos de vigor, longevidade, alta produção e adaptação para diferentes regiões do país. Mas foi somente em 1970, com o surgimento e rápida propagação da ferrugem, que foram desenvolvidas outras linhas de pesquisa para o melhoramento do cafeeiro. Além disso, grande parte das cultivares resistentes à ferrugem no Brasil, tem como fonte de resistência o material Híbrido de Timor, desenvolvido de cultivares resistentes à ferrugem por meio da variabilidade genética.
Material e Métodos:
Foi utilizado o Banco de germoplasma de café, localizado no município de
Patrocínio em Minas Gerais. Foram selecionados e avaliados 20 acessos cafeeiros, no qual cada acesso foi composto por 10 plantas, onde apenas 08 foram consideradas como parcela útil. No laboratório foram coletadas e avaliadas 03 folhas de cada acesso, considerando cada folha como uma repetição. Essas folhas foram fixadas em álcool 70%, após 72hrs foram colocadas novamente em uma solução de álcool 70%, para preservar o material até a análise.
Resultados e Discussão:
Tabela 02: (resumo da análise de variância-Teste F), podemos observar que as
características de PPA (parênquima paliçádico), importante no processo fotossintético, e PEP (parênquima esponjoso) apresentaram coeficientes de herdabilidade respectivamente de 97% e 88%. 1. Esses tecidos atuam como uma barreira estrutural, pois proporcionam para planta mais resistência a proliferação dos patógenos, nesse caso a Ferrugem do Cafeeiro. 2. Os materiais genéticos que apresentaram alto coeficiente de herdabilidade (h²), superior a 0,7, indicam mais chances de sucesso na seleção nos programas de melhoramento genético. Tabela 03: 1. Foi aplicado um teste de Skott-knott, com 5% de probabilidade de erro para 10 características avaliadas. 2. 04 acessos apresentaram seis maiores médias entre as 10 características avaliadas. (Villa Sarchi; Híbrido de Timor UFV 376-31; Híbrido de Timor UFV427-15 e F840x Híbrido de Timor UFV 457-13). 3. 03 trabalhos se destacaram: Híbrido de Timor UFV 376-31: apresentou maior média para epiderme da face adaxial (EAD), funciona como uma barreira reduzindo a radiação incidente; parênquima esponjoso (PEP); espessura do mesofilo (MÊS); nº de vasos do xilema (NVX), que otimiza a fotossíntese e promove o crescimento da planta); densidade estomática (DEN) e índice estomático (INE). Híbrido de Timor UFV427-15: maiores médias para EAD, PEP, MÊS, diâmetro do vaso do xilema (DVX); espaçamento do floema (ESF) e INE. F840x Híbrido de Timor UFV 457-13: maiores médias para EAD; epiderme da face abaxial (EAB); PEP; MÊS; espessura do floema (EFL) e INE. 4. A maioria dessas cultivares tem como fonte de resistência o material do Híbrido de Timor. 5. A utilização dessas características anatômicas é importante para a caracterização dos genótipos em programas de melhoramento genético, pois é possível explorar mais os materiais avaliados e auxiliar em trabalhos de pré-melhoramento de resistência de patógenos. Tabela 04: 1. Os acessos MG 149 e MG 210 apresentaram ampla divergência genética, por conta da origem do material, no qual o acesso 149 foi desenvolvido com sementes de café provenientes da África e o acesso 210 é resultante de uma mutação da cultivar Bourbon, proveniente da Costa Rica, por outro lado os acessos MG 302 e MG 502 foram mais similares, por conta de exibirem menor distância entre os pares de distância estimada. Tabela 05: 2. Apesar de existir uma grande diferença entre os acessos, a maioria é similar, pois o café é uma cultura que possui uma base genética estreita. Tabela 06: 3. Por meio do método Singh, os resultados demonstraram que as características que apresentaram maiores contribuições foram PPA (24,32%); NVX (22,46%) e MÊS (17,41%). Entretanto EAD; EAB e DVX apresentaram poucas contribuições.