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1654-(2) Diário da República, 1.ª série — N.

º 56 — 20 de março de 2015

PRESIDÊNCIA DO CONSELHO DE MINISTROS coesão social, o enriquecimento humano e material do país


e o envolvimento e ligação à diáspora portuguesa.
Resolução do Conselho de Ministros n.º 12-B/2015 Esta estratégia deve primar pela absoluta garantia da
dignidade da pessoa humana, em estreita articulação com
O Programa do XIX Governo Constitucional compro- as políticas públicas de segurança interna e com as políticas
meteu-se a implementar políticas adequadas à integração externa e dos negócios estrangeiros.
social da população imigrante, assumindo como prioritárias De forma a garantir a atuação concertada de todos os
as áreas da cultura e da língua, da educação e do emprego ministérios prevê-se a criação de um Grupo Técnico de
e qualificação profissional. Acompanhamento para colaborar com o Alto Comissariado
Por outro lado, o mesmo Programa determinou como para as Migrações, I. P., com o Serviço de Estrangeiros e
objetivo dar um novo impulso à ligação efetiva entre Por- Fronteiras e com a Direção-Geral das Comunidades Portu-
tugal e os cidadãos residentes no estrangeiro. guesas e dos Assuntos Consulares, na execução, monitori-
Em matéria económica, o fomento do empreende- zação e avaliação do Plano Estratégico para as Migrações
dorismo, da inovação e uma maior internacionalização 2015-2020. O plano será objeto de avaliação externa.
foram também definidos como objetivos prioritários do Foi ouvido o Conselho para as Migrações.
Governo. O Plano Estratégico para as Migrações 2015-2020 foi
Portugal tem vindo já a implementar planos de integra- submetido a consulta pública.
ção de imigrantes e dos seus descendentes, consolidando Assim:
um acervo de boas práticas conhecidas e reconhecidas. Nos termos da alínea g) do artigo 199.º da Constituição,
Contudo, o fenómeno migratório do nosso país tem passado o Conselho de Ministros resolve:
por múltiplas alterações. Desde o início do século XXI 1 — Aprovar o Plano Estratégico para as Migrações
tem-se assistido a nova alteração do nosso perfil migrató- (2015-2020), doravante designado por PEM, que consta do
rio. Houve um decréscimo da população imigrante, numa anexo à presente resolução e da qual faz parte integrante.
tendência que se confirmou igualmente no ano de 2014.
2 — Determinar a criação de um nível de coordenação
Paralelamente, registou-se um aumento gradual da emi-
política do PEM, integrado pelo Secretário de Estado Ad-
gração de portugueses para o estrangeiro. Não sendo a
experiência emigratória portuguesa um fenómeno recente, junto do Ministro Adjunto e do Desenvolvimento Regional,
e tendo Portugal uma emigração acumulada bastante su- pelo Secretário de Estado da Administração Interna e pelo
perior ao número de imigrantes residentes no país, foi a Secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, que
partir do fim da última década que o país retomou os saldos reúne uma vez por ano, ou sempre que necessário, para
migratórios negativos. avaliar o cumprimento do PEM ou promover as alterações
Nas Grandes Opções do Plano para 2015, o Governo adequadas.
expôs um conjunto de áreas de intervenção da política 3 — Criar o Grupo Técnico de Acompanhamento do
migratória nos domínios demográfico, social, profissio- PEM, constituído por dois representantes de cada minis-
nal, económico e externo. Para além do aprofundamento tério, um efetivo e um suplente, para colaborar com o Alto
de linhas de política em vista de uma gestão adequada e Comissariado para as Migrações, I. P. (ACM, I. P.), com o
coordenada dos fluxos migratórios e da consolidação de Serviço de Estrangeiros e Fronteiras e com a Direção-Geral
políticas de integração, destaca-se a definição de medidas das Comunidades Portuguesas e dos Assuntos Consulares,
orientadas para o apoio ao regresso e à reintegração de na execução, monitorização e avaliação do PEM.
cidadãos nacionais emigrados, bem como para o reconhe- 4 — Estabelecer que os membros do Grupo Técnico de
cimento e valorização dos talentos portugueses que vivem Acompanhamento do PEM não são remunerados.
no estrangeiro. 5 — Determinar que a assunção de compromissos para
O desenvolvimento destas áreas torna essencial o dese- a execução das medidas do PEM, incluindo os inerentes
nho de uma estratégia transversal e articulada para lhes dar à ação das suas estruturas de operacionalização, depende
resposta. O Plano Estratégico para as Migrações 2015-2020 de fundos disponíveis por parte das entidades públicas
visa adequar politicamente o país a uma realidade migrató- competentes.
ria mais complexa e desafiante, adequando-se à estratégia 6 — Determinar que a presente resolução produz efeitos
do fomento industrial para o crescimento e o emprego, no dia seguinte à sua publicação.
bem como à prioridade da «Abordagem global para a
Presidência do Conselho de Ministros, 12 de março de
migração e mobilidade» definida pela Comissão Europeia.
2015. — O Primeiro-Ministro, Pedro Passos Coelho.
Com efeito, esta «Abordagem global para a migração
e mobilidade», ao estabelecer um quadro abrangente para
ANEXO
gerir a migração e a mobilidade com países terceiros, em
coordenação com a política externa da União Europeia,
(a que se refere o n.º 1)
surgiu como uma resposta natural à crescente complexi-
dade do fenómeno das migrações. É neste quadro que a Plano Estratégico para as Migrações (2015-2020)
União Europeia prossegue o diálogo com países e regiões
estratégicos, de origem e trânsito dos fluxos migratórios. Parte I
O plano agora aprovado será sustentado pelo financia-
mento europeu 2014-2020, coincidindo o seu horizonte 1 — Enquadramento
temporal com esse mesmo período, e sem onerar por isso,
de forma acrescida, o orçamento nacional. Dará um novo O perfil migratório dos países tem mudado significati-
impulso às políticas migratórias, ajustando as iniciativas vamente, a um ritmo acelerado, nos últimos anos. O fenó-
desenvolvidas às necessidades atuais e projetando novas meno da globalização, as crises financeiras e as assimetrias
ações que, com sensibilidade e eficácia, contribuam para a entre blocos económicos justificam estas mudanças.
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Os impactos das migrações internacionais são múltiplos, Portugal encontra-se numa situação de fragilidade de-
tendo inerentes a diversidade cultural das sociedades, o mográfica. É neste contexto que deve ser analisado o fenó-
aprofundamento das relações entre países, o empreende- meno migratório em Portugal e ser desenhada uma política
dorismo e a inovação, a abertura de mercados, os contri- transversal que atenda à evolução deste sistema. A política
butos líquidos para as finanças públicas e os efeitos na de imigração em Portugal deve refletir as mudanças dos
demografia. perfis migratórios.
O fenómeno migratório também se complexificou. Estudos demonstram o efeito positivo da imigração nas
Já não estamos apenas a falar da imigração sul-norte. As contas públicas, sendo os imigrantes contribuintes líquidos.
populações migrantes tornaram-se mais diversificadas Mas o impacto pode ainda ser medido por outras dimen-
em razão dos países de origem, dos países de destino, da sões. Em paralelo com o investimento na área da educação,
duração migratória e dos motivos para a imigração. da investigação e desenvolvimento das infraestruturas
No caso português, o perfil migratório alterou-se profun- públicas e das políticas de emprego, o investimento em
damente desde os anos 60 do século passado. De um país políticas migratórias contribui diretamente para a inovação,
fortemente marcado pela emigração transformou-se, na para a gestão e mobilização do talento, para o progresso
década de 90 do mesmo século, num país muito procurado tecnológico, para a captação de riqueza, para a abertura
por imigrantes para viverem e trabalharem. cultural e para o aumento da qualificação e mobilidade
Esta alteração de perfil tem várias explicações: a melho- do capital humano.
ria das condições económicas e sociais, que conduziu a uma Finalmente, a circularidade em que hoje se processam
maior atratividade para trabalhadores de outros Estados; muitas migrações e a crescente mobilidade de migrantes
um vasto programa de obras públicas e de construção de portugueses e estrangeiros que aproveitam oportunidades
infraestruturas, que permitiu a capacidade de absorção de profissionais em diferentes países, aconselham a que os
muitos trabalhadores nesses setores, maioritariamente em fluxos migratórios sejam considerados com uma visão de
posições pouco qualificadas; e, finalmente, a instabilidade conjunto. É neste contexto que alguns países tradicional-
política e social em países com os quais Portugal tem mente sujeitos a significativos fluxos de imigração e de
históricas relações culturais e afinidades linguísticas, que emigração têm procurado gradualmente articular e inte-
justificou a procura desses trabalhadores por melhores grar as políticas migratórias, quer as relativas às entradas,
condições de vida em Portugal. quer as relativas às saídas, evitando visões parcelares ou
Os fluxos migratórios em Portugal apresentam uma va- atomistas e internalizando uma visão integrada do fenó-
riabilidade assinalável ao longo dos últimos anos. No pas- meno imigratório e emigratório, de modo a permitir o
sado recente, os fluxos migratórios de entrada foram muito desenvolvimento consolidado de respostas. Deste modo,
expressivos, conduzindo a um aumento significativo da é hoje evidente que uma política migratória eficaz deve
população estrangeira residente entre os anos de 2000 fundar-se na gestão integrada e equilibrada dos fluxos
e 2010. Os fluxos migratórios de saída permaneceram migratórios.
constantes durante o início da década, tendo-se verificado Em face deste enquadramento, é certamente necessário
um acréscimo assinalável desde 2008. O saldo migratório consolidar o trabalho de acolhimento e de integração social
apresentou, entre 2000 e 2010, valores sempre positivos, e, sobretudo, redobrar esforços na correta inclusão das se-
apesar de tendencialmente decrescentes. Já nos últimos gundas e terceiras gerações daqueles que, descendendo de
anos, os saldos migratórios têm tido valores negativos. imigrantes, já são novos cidadãos portugueses, através de
O decréscimo na população estrangeira residente nos mais ações de integração em escola, formação e emprego
últimos anos não reflete, contudo, uma diminuição de todos e de mais boas práticas que inculquem nos jovens uma
os perfis de imigrantes. Se em 2008 as autorizações de cultura de responsabilidade, participação e confiança em
residência para o exercício de uma atividade profissional si e na sociedade de que fazem parte.
subordinada e de reagrupamento familiar eram os títulos Para além disso, é também vital, neste seguimento,
mais representativos, a sua importância veio a decrescer perspetivar as migrações como parte de uma estratégia
ao longo dos últimos anos. Entre 2008 e 2012, a concessão de valorização e crescimento económico de Portugal, de
destas autorizações de residência teve quebras bastante gestão e valorização do talento, de gestão e valorização
mais acentuadas (-65,1 % e -77,7 %, respetivamente) que da mobilidade, reforçando e promovendo o contributo das
a quebra associada ao total de residentes (-5,3 %). Em con- populações migrantes para esse objetivo. Não podendo,
traste, o número de residentes estrangeiros titulares de au- nem devendo, ser uma política vocacionada apenas para a
torização de residência para estudantes do ensino superior situação do mercado laboral interna, a política migratória
aumentou entre 2008 e 2012 (+109,1 %). deve ter em consideração uma perspetiva económica e so-
Por outro lado, verificou-se um aumento do número dos cial mais ampla e renovada que se traduza, nomeadamente,
descendentes de imigrantes nascidos em Portugal, que, por num maior reconhecimento e valorização das competências
via das alterações à Lei n.º 37/81, de 3 de outubro (Lei da dos migrantes e nas condições de criação de novos empre-
Nacionalidade), introduzidas pela Lei Orgânica n.º 2/2006, gos e novos projetos económicos em Portugal. Devemos,
de 17 de abril, adquiriram a nacionalidade portuguesa, por isso, olhar para as migrações como uma via essencial
tendo hoje cidadania nacional. O enquadramento legal para gerir e valorizar o talento. O fenómeno das migrações
português foi reconhecido como uma boa política de in- é estratégico no processo de transformação de talentos
tegração de imigrantes ao nível internacional. produzidos em talentos concretizados, que provocam um
Adicionalmente, a partir de 2010, e associando saldos impacto na sociedade e no contexto empresarial.
naturais negativos à descida do saldo migratório, Portugal O amplo consenso político em torno do tema das migra-
assiste a saldos populacionais totais negativos. Por outras ções, em Portugal, tem permitido o sucesso das políticas
palavras, nos últimos anos, o saldo migratório em Portugal migratórias. Este consenso tem sido expresso na prática
deixou de conseguir compensar os valores negativos do política e, também, nas expressivas maiorias de aprovação
saldo natural. na Assembleia da República dos principais instrumentos
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legislativos de que são exemplo as alterações ao regime perentório o desenho de uma nova estratégia nacional para
jurídico de entrada, permanência, saída e afastamento as migrações que seja articulada transversalmente.
de estrangeiros do território nacional, aprovado pela Lei Esta estratégia deverá promover a igualdade entre ho-
n.º 23/2007, de 1 de fevereiro, e a Lei da Nacionalidade. mens e mulheres em todos os eixos prioritários.
Este consenso verifica-se não apenas quanto à neces-
sidade de adequada integração dos imigrantes mas tam- 2 — Principais desafios
bém quanto à imprescindível promoção da legalidade
migratória, à erradicação de redes de imigração ilegal e à 2.1 — Défice demográfico
fiscalização e punição de empregadores coniventes com Portugal enfrenta um problema de défice demográfico
estas redes. Este controlo e consciência são tanto mais que é hoje uma emergência social, económica e política
importantes quanto é sabido que o país atravessa uma crise nacional.
económica ao mesmo tempo que as fronteiras externas As tendências demográficas recentes em Portugal são
da União Europeia são objeto de uma pressão migratória caraterizadas pelo aumento continuado da esperança de
sem precedentes, revelando situações de grande carência vida, redução da mortalidade infantil, aumento da emi-
humanitária. gração, saldos migratórios negativos, declínio acentuado e
Só esta prática integrada e o consenso existente permi- persistente da fecundidade e o consequente envelhecimento
tem que o país continue a honrar a sua tradição personalista da população. É, pois, neste contexto que se vem agravando
em todas as instâncias onde Portugal está integrado. nos últimos anos o défice demográfico.
No debate sobre a política europeia de migrações, Por- Apesar de se verificar uma tendência de decréscimo
tugal deve ter uma participação ativa e clara. Para além populacional residente em Portugal, o último recensea-
da experiência histórica de migrações, o nosso país tem mento da população realizado pelo Instituto Nacional de
uma das fronteiras exteriores mais importantes da União Estatística, I. P., (Censos 2011) reafirmou o contributo
Europeia. positivo da população estrangeira para a demografia por-
Portugal deve afirmar a sua política aberta à migração tuguesa. Nos últimos 10 anos, a população cresceu 2 %
legal e atenta aos novos fluxos migratórios. Essa opção (206.061 indivíduos), sobretudo como consequência do
opõe-se a uma visão de Europa Fortaleza que não produz saldo migratório (que explica 91 % desse crescimento).
resultados e está condenada ao fracasso. Coerentemente, A população estrangeira tem sido responsável não só pelo
o país deve defender a evolução para novas formas de aumento de efetivos em idade ativa, mas também por uma
gestão de fronteiras, possibilitando maior comodidade percentagem significativa dos nascimentos em Portugal.
aos seus utilizadores e maior segurança para o espaço A diminuição do índice de fecundidade e dos saldos mi-
europeu. É com esse espírito que Portugal é pioneiro no gratórios e o aumento da esperança média de vida, acompa-
projeto «Smart Borders». Por fim, na importante ques- nhando a tendência verificada em outros Estados-Membros
tão humanitária existente em várias fronteiras da União da União Europeia, induz ao reforço do envelhecimento
Europeia, o nosso país deve estar do lado da valorização demográfico.
da resposta de busca e salvamento que é a mais coerente Neste âmbito, Portugal apresentou em 2013 um índice
com a matriz humanista do projeto europeu. Prevenindo e sintético de fecundidade de 1,21 filhos por mulher, abaixo
evitando o efeito chamada que esta política pode ter, devem da média da União Europeia, e uma taxa líquida de migra-
ser desenvolvidos os mecanismos de cooperação com os ção negativa (-3,6 %), face a uma média positiva da União
países de origem, no sentido de encontrar soluções para a Europeia. Ora, atendendo a que, segundo um estudo do
redução da procura pela imigração ilegal. EUROSTAT, a partir de 2015 se prevê que o crescimento
Sendo clara esta posição, Portugal deve manter-se na populacional dos Estados-membros se consiga apenas com
linha da frente do combate à migração ilegal e à utilização saldos migratórios positivos.
perversa das migrações para exploração laboral, sexual Tal como demonstrado por inúmeros investigadores
ou para recrutamento de combatentes estrangeiros para nacionais, sem o contributo das migrações e sem a manu-
conflitos armados. tenção de um saldo migratório positivo, as possibilidades
Nesse sentido, reconhecendo que as migrações têm um de Portugal inverter a tendência de decréscimo de efetivos
impacto positivo na sociedade em diferentes dimensões, em idade ativa serão bastante mais difíceis, correndo-se
Portugal enfrenta hoje cinco desafios particularmente deci- o risco de se agravar cada vez mais o problema demo-
sivos que convocam as migrações: (i) o combate transversal gráfico associado ao envelhecimento da população. Um
ao défice demográfico e o equilíbrio do saldo migratório; saldo migratório positivo permite compensar este efeito
(ii) a consolidação da integração e capacitação das comu- a curto e médio prazo. É, aliás, essa a política de muitos
nidades imigrantes residentes em Portugal, continuando a Estados europeus, para quem o fenómeno do envelheci-
tradição personalista de Portugal; (iii) a inclusão dos novos mento da população se tornou realidade mais cedo do que
nacionais, em razão da aquisição de nacionalidade ou da em Portugal.
descendência de imigrantes; (iv) a resposta à mobilidade Estas tendências implicam duas linhas de intervenção:
internacional, através da internacionalização da economia uma agenda para a natalidade, também uma prioridade do
portuguesa, na perspetiva da captação de migrantes e da Governo, e outra para as migrações, que o presente plano
valorização das migrações e do talento como incentivos ao visa desenvolver.
crescimento económico; (v) o acompanhamento da emi-
2.2 — Integração e capacitação
gração portuguesa, através do reforço dos laços de vínculo
e do reforço das condições para o regresso e reintegração Os benefícios da imigração têm sido sentidos em Por-
de cidadãos nacionais emigrados. tugal, não só no plano económico, mas também na expan-
Estes cinco desafios ao nível da integração, da inclusão, são da diversidade, qualificações, ambiente de tolerância,
da captação e do regresso dos nossos emigrantes tornam criação de emprego e abertura ao mundo. O novo contexto
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exigiu da sociedade portuguesa o desenvolvimento de 2.3 — Inclusão e capacitação dos novos nacionais
uma política de acolhimento e integração de imigrantes. As políticas de integração visam uma melhor inserção
A implementação de medidas de reconhecimento, gestão na sociedade portuguesa dos imigrantes e seus descenden-
e valorização da diversidade cultural e religiosa teve em tes, incluindo desta forma todos aqueles que obtiveram a
vista prevenir focos de tensão baseados no desconheci- nacionalidade portuguesa, seja por nascimento, seja por
mento e hostilidade mútua, fazendo das boas práticas de
naturalização.
integração de imigrantes um ativo do país e contribuindo
Este universo de novos cidadãos portugueses alargou-se
para a coesão social.
nos últimos anos. De acordo com os dados dos últimos
Nas várias dimensões da integração, Portugal apresenta
Censos 2011, residiam em Portugal 871 813 portugueses
resultados positivos, em termos de baixos índices de dis-
nascidos no estrangeiro, o que representa mais do dobro
criminação, políticas de reagrupamento familiar, acesso a
dos estrangeiros residentes em Portugal (394 496). Através
educação, mobilidade no mercado laboral ou passagem de
visto a autorização de residência temporária e posterior- da mesma fonte, conclui-se ainda que 92 700 cidadãos de
mente a permanente, reconhecidos internacionalmente. nacionalidade portuguesa têm pelo menos um progenitor
Se estes bons resultados devem hoje ser consolidados e de nacionalidade estrangeira. Estes dados, ainda que por
aprofundados, é também necessário ter em consideração aproximação, permitem ter em conta a efetiva importância
novos problemas e dimensões no domínio da integração e dos descendentes de imigrantes na sociedade portuguesa,
capacitação, atendendo à maior diversidade e mobilidade bem como o ritmo e eficácia do processo de naturalização
dos perfis migratórios. de imigrantes nos últimos anos.
Desde logo, nas duas últimas décadas as políticas de imi- A naturalização é, de resto, apresentada no relatório
gração privilegiaram os projetos migratórios de permanên- International Migration Outlook 2014 da Organização
cia, dirigindo uma parte substancial do esforço legislativo para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE)
para a inserção e integração de imigrantes, na perspetiva como uma das justificações para a diminuição do número
de uma estada longa com uma inserção laboral estável. de imigrantes em Portugal.
A integração foi essencialmente laboral, tentando-se por Entre 2007 e 2013, o número de cidadãos a quem foi
essa via uma melhor inserção na sociedade portuguesa. concedida a nacionalidade portuguesa atingiu os 268 831,
Aliás, a integração laboral foi condição para um conjunto quando entre 2001 e 2006 esse número se situava apenas
de regularizações extraordinárias e é hoje central enquanto nos 14 865. Com a atual política de aquisição de nacio-
condição de entrada e permanência regular. nalidade, todos os residentes estabelecidos e que desejam
As políticas públicas privilegiaram a integração dos permanecer no país podem aceder à nacionalidade portu-
imigrantes pouco qualificados que se encontram já em ter- guesa e tomar parte da vida coletiva portuguesa.
ritório nacional. Atualmente, Portugal tem uma imigração Novos cidadãos portugueses são também os que nasce-
muito polarizada, com entrada de imigrantes altamente ram no estrangeiro, filhos de pai ou mãe portuguesa. Mais
qualificados e imigrantes de baixas qualificações, com de 1/3 dos novos cidadãos portugueses nos últimos anos
fenómenos de imigração sazonal e circular, importando de- estão nesse perfil.
senhar políticas de integração para ambos. Nessa medida, Mesmo sendo escassa a informação estatística a seu
há que apostar em esforços de captação e integração dos respeito, dado que esta é apenas recolhida segundo a na-
imigrantes altamente qualificados e de procura de soluções cionalidade do indivíduo, estes novos cidadãos portugueses
para os seus problemas. carecem de medidas ativas que previnam e combatam
Nestes termos, é hoje crucial promover uma maior cor- situações de exclusão social, fomentem o aproveitamento
respondência entre as qualificações dos imigrantes e a e a criação de oportunidades e reforçam as integrações em
utilização destas qualificações pelo mercado de trabalho educação, formação e emprego.
nacional, de modo a prevenir o recrutamento de indivíduos No plano da educação, Portugal teve uma evolução
qualificados para o exercício de profissões em que essas positiva da integração dos alunos de origem imigrante de
qualificações não são aproveitadas. Serão desenvolvidas acordo com os resultados do Programme for International
novas medidas de integração que atinjam o melhor apro- Student Assessment, OCDE, 2013, que avalia os sistemas
veitamento das competências dos imigrantes e promovidos de ensino dos vários países da OCDE. Este relatório indica
estudos de caracterização das necessidades a nível local e que Portugal é um dos exemplos de evolução positiva
regional. Serão também alargadas as políticas de integração entre os 34 países analisados pela OCDE. Em 2012, 7 %
a perfis migratórios que delas estavam excluídas, como é dos alunos avaliados eram imigrantes ou descendentes de
o caso dos estudantes internacionais. imigrantes, quando em 2009 representavam 5 % do total
Serão ainda reforçadas as medidas tendentes à promoção de alunos avaliados.
da igualdade de género e ao reforço da integração pessoal, A este nível, é fundamental dar continuidade ao trabalho
profissional e cívica nas mulheres imigrantes na sociedade desenvolvido na promoção da inclusão de crianças e jovens
portuguesa. provenientes de contextos socioeconómicos vulneráveis,
O país precisa de reforçar a prevenção e luta contra a tendo em vista a promoção da igualdade de oportunidades
discriminação racial, particularmente em contexto de tra- e o reforço da coesão social. O Programa Escolhas será
balho, combater situações de exploração de mão-de-obra alargado, em todas as áreas, até aos jovens de 30 anos, de
sazonal, melhorar a interação com os serviços e agentes maneira a aumentar as respostas para os jovens sem em-
públicos, descentralizar intervenções públicas, e direcionar prego ou formação, designados NEET, de forma a combater
recursos para medidas de educação, formação e capacitação o desemprego jovem.
dos imigrantes e seus descendentes. Novos programas de O reforço da autonomia, da responsabilidade e do em-
acompanhamento social e relacional dos imigrantes, de que preendedorismo traduzir-se-á no aprofundamento das ações
é exemplo o programa mentores, serão igualmente postos no âmbito dos projetos de empreendedorismo inclusivo e
em prática para alcançar estes objetivos. económico.
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Pretende-se uma maior focalização em problemas espe- Neste contexto, o Governo tem vindo a aprovar medi-
cíficos, garantindo uma lógica de «maior resposta, maiores das nos diferentes setores que reforçam a atratividade e
recursos». internacionalização da economia nacional, tirando maior
Tratando-se de um universo com um peso populacional partido da mobilidade, com as quais o presente plano se
relevante e em que a experiência migratória é também de- encontra em consonância.
finidora de identidades pessoais, um plano estratégico para No desenvolvimento das políticas de captação e de
as migrações não pode deixar de refletir a realidade mais boa gestão dos fluxos, a gestão integrada da imigração e
atual do que é a cidadania portuguesa. Por isso mesmo, emigração é outra condição indispensável para o sucesso
a participação cívica e política é também uma área espe- e para a manutenção da confiança pública na política mi-
cialmente visada no presente plano. gratória.
A prossecução de uma estratégia de captação de fluxos
2.4 — Mobilidade internacional, gestão do talento e valorização migratórios não pode deixar de considerar em primeira
da atratividade do país
linha os portugueses na diáspora ou os luso-descendentes,
Até hoje, a imigração tem sido considerada de um ponto considerando as suas qualificações, conhecimento e
de vista essencialmente passivo. Portugal recebia os imi- experiências. Dispondo Portugal de uma vasta e muito
grantes que procuravam o nosso país para viver e trabalhar, qualificada diáspora, hoje enriquecida por novos perfis
tudo fazendo para os acolher e integrar condignamente. migratórios de jovens que têm procurado outros destinos,
Porém, num mundo de competição pelo talento o inves- estará aí a primeira fonte de migrantes que nos interessa
timento nas políticas migratórias é também um instrumento enquanto nação captar.
de modernização e competitividade, que exige organização Sendo certo que o país deve explorar este espaço de
e proatividade. O capital humano é hoje considerado o mobilidade migratória para atrair e reter talento, sem dife-
principal catalisador da mudança e crescimento económico. renciar entre cidadãos, é indisputável que os portugueses
Em muitos casos, os imigrantes apresentam taxas de au- no estrangeiro constituem o primeiro grupo de migran-
toempregabilidade cada vez mais elevadas. Os imigrantes tes com os quais devemos reforçar as nossas relações,
contribuem positivamente para a economia nacional, não mantendo vivas as suas ligações ao território nacional e
só em termos fiscais, mas também em criação líquida de criando condições que apoiem e acompanhem no regresso
emprego, bens e serviços. Segundo dados dos Censos 2011, a Portugal. Além do dever de solidariedade nacional que
entre 1981 e 2011, a importância relativa de empregadores lhe está inerente, estabelecer como prioridade a criação
estrangeiros no total de empregadores do país passou de de canais reforçados de ligação e apoio ao regresso dos
1,4 % para 5,2 %. Este crescimento é ainda mais relevante portugueses na diáspora contribui também para reter e
se se considerar que de 1981 a 2011 a taxa de variação potenciar o capital humano nacional.
de empregadores estrangeiros foi seis vezes superior à
registada para os portugueses. 2.5 — Melhor articulação entre imigração e emigração e o apoio
O país precisa de uma política migratória mais ampla ao regresso e à reintegração dos emigrantes portugueses
e moderna, que se concentre na manutenção de um saldo
migratório positivo, pela gestão integrada dos fluxos de Num contexto de maior mobilidade e de ampliação dos
emigração e imigração, e promova soluções criativas para instrumentos de ação, as políticas migratórias modernas
os problemas da economia nacional. Este saldo só poderá não podem ignorar a gestão integrada do binómio imigra-
ser alcançado se forem desenvolvidas políticas de captação ção/emigração.
de migrantes que possam contribuir com os seus talentos e Hoje, mais do que nunca, os governos dos países dos
competências para o desenvolvimento nacional e regional. dois lados do movimento migratório — origem e acolhi-
As referidas soluções implicam o reforço da capacidade de mento — reconhecem a importância deste envolvimento
intervenção transversal, não devendo a política de imigra- estratégico dos emigrantes e procuram novas formas de
ção ser uma política exclusivamente assente no mercado cooperação. Os países de origem procuram atrair o talento
laboral interno. Uma perspetiva económica de conjunto e os recursos da diáspora, enquanto os países de destino
afigura-se fundamental. procuram otimizar a eficácia das políticas de integração.
Portugal pode aproveitar este espaço de mobilidade mi- Os dois lados têm um objetivo comum: fortalecer o papel
gratória para captar talento e empreendedores qualificados. das populações migrantes no desenvolvimento do seu país.
As migrações permitem novos investimentos, atividades, O caminho reconhecido de Portugal no domínio da
serviços e movimentos económicos. É possível, através dos integração de imigrantes deve ser acompanhado por ou-
fluxos migratórios, alcançar novos mercados, com produtos tro caminho no aprofundamento do apoio à reintegração
diferenciados e novos públicos e sedimentar relações eco- de emigrantes portugueses regressados. Torna-se, assim,
nómicas mais profundas. Os migrantes são portadores de fundamental fortalecer o conhecimento e a ligação às mi-
conhecimento, redes e competências de trabalho. Portugal grações portuguesas, criando, em seguida, condições para
pode aumentar os benefícios provenientes deste ambiente, a manutenção de uma relação estável, tendo por base in-
geradores de riqueza e indutores de emprego. formação específica, constante e atualizada.
Outros países avançaram já com enquadramentos le- Nesse sentido, torna-se também fundamental empreen-
gais para captar novas migrações económicas, que podem der estratégias focadas de apoio ao regresso dos emigrantes
passar pelo incentivo à criação de pequenas e médias em- portugueses, bem como o desenvolvimento de vias cria-
presas, ao autoemprego e ao desenvolvimento de projetos tivas e inovadoras de ligação entre o país e os seus novos
que promovam a retenção, o regresso e a integração ao emigrantes.
nível regional. A integração progressiva de serviços migratórios inter-
O recurso à diplomacia migratória é, a este respeito, nos, a nível local, de apoio aos imigrantes e emigrantes,
essencial para valorizar Portugal enquanto destino de mi- permitirá uma melhor articulação entre políticas e um
grações. melhor aproveitamento de recursos.
Diário da República, 1.ª série — N.º 56 — 20 de março de 2015 1654-(7)

O país deve incentivar e apoiar o regresso e a inte- e de todos aqueles que entretanto acederam à nacionali-
gração de emigrantes portugueses que desejem voltar, dade portuguesa, através de ações nos domínios da edu-
trazendo consigo a valorização que obtiveram com a sua cação, formação profissional, transição para o mercado de
experiência no estrangeiro. Estudos recentes demonstram trabalho, participação cívica e política, inclusão digital,
que existe uma expetativa dos emigrantes portugueses, empreendedorismo e capacitação.
particularmente da emigração temporária, quanto ao re-
gresso. Além disso, o país deve estimular a aproximação iii) Eixo III — Políticas de coordenação dos fluxos migratórios
e o estreitamento de laços mais profundos com a nova
Os objetivos deste eixo dirigem-se à valorização e
emigração portuguesa, mais dispersa e menos organizada
nas tradicionais comunidades portuguesas. promoção internacional de Portugal enquanto destino de
Políticas com estes objetivos — incentivar o retorno de migrações, através de ações nacionais e internacionais
emigrantes e incentivar a religação à diáspora — têm sido de identificação, captação e fixação de migrantes, contri-
aplicadas noutros países com amplo sucesso. Na verdade, buindo para uma gestão mais adequada e inteligente dos
são os migrantes oriundos do próprio Estado os primeiros fluxos migratórios e para o reforço da atração e circulação
e mais sensíveis a reagirem a políticas ativas de captação, de talento e capital humano.
retorno e aproximação.
Esta política permite atingir, pelo menos, importantes iv) Eixo IV — Políticas de reforço da legalidade migratória
objetivos: e da qualidade dos serviços migratórios

1) Reequilibrar o saldo migratório, através da reentrada Os objetivos deste eixo prendem-se com o reforço da
de pessoas que haviam saído; capacidade de intervenção transversal na execução da
2) Promover e facilitar o processo de reintegração de política migratória, através do aprofundamento da rede
emigrantes socialmente vulneráveis em território nacional; de parcerias com entidades públicas e privadas, do enqua-
3) Envolver os profissionais e talentos portugueses dramento e acompanhamento dos potenciais migrantes, do
emigrados, ou os novos cidadãos portugueses luso-des- recurso a ferramentas eletrónicas, da flexibilização dos
cendentes, cuja valorização académica e profissional no procedimentos de entrada e da afirmação de uma cultura
estrangeiro constitua uma mais-valia para os próprios e reforçada de qualidade e de boas práticas na prestação dos
para o país; serviços migratórios.
4) Criar e promover os incentivos e condições existentes
para o regresso de cidadãos emigrados a Portugal, respon- v) Eixo V — Políticas de incentivo, acompanhamento e apoio
ao regresso dos cidadãos nacionais emigrantes
dendo à sua mobilidade de forma positiva e contribuindo
para a captação e remigração de profissionais, trabalha- Os objetivos deste eixo visam ações e programas, em
dores e empreendedores portugueses; articulação estreita com o Ministério dos Negócios Estran-
5) Fortalecer a relação entre as instituições governa- geiros, que promovam, acompanhem e apoiem o regresso
mentais, as comunidades portuguesas e stakeholders num de cidadãos nacionais emigrados no estrangeiro ou o re-
trabalho conjunto de mobilização da diáspora portuguesa. forço dos seus laços de vínculo a Portugal, contribuindo
por essa via para a reversão do movimento emigratório de
3 — Eixos prioritários cidadãos portugueses para o estrangeiro.
As exigências do momento presente, nos planos de-
mográfico, económico e social, impõem uma estratégia 4 — Avaliação e monitorização do Plano Estratégico
para as Migrações (2015-2020)
transversal articulada tendo por base políticas que permi-
tam maximizar os recursos disponíveis. Para efeitos de uma rigorosa avaliação e acompanha-
Depois dos I e do II Plano para a Integração dos Imi- mento da implementação do presente plano, é elabo-
grantes aprovados, respetivamente, pela Resolução do rado, pelo Alto Comissariado para as Migrações, I. P.
Conselho de Ministros n.º 63-A/2007, de 3 de maio e pela (ACM, I. P.), um relatório bianual da respetiva exe-
Resolução do Conselho de Ministros n.º 74/2010, de 12 de cução, o qual é apresentado ao Conselho para as Mi-
agosto, os atuais desafios impõem o desenvolvimento de grações.
um plano estratégico na área das migrações assente em Compete aos membros do Grupo Técnico de Acompa-
cinco eixos políticos prioritários: nhamento apresentar ao ACM, I. P., até 31 de janeiro de
cada ano, informação sobre execução das medidas previstas
i) Eixo I — Políticas de integração de imigrantes no PEM relativo ao ano anterior, depois de validado pelo
respetivo membro do Governo.
Os objetivos deste eixo visam a consolidação do traba- Os dados relativos à execução das medidas, que repor-
lho de integração, capacitação e combate à discriminação tem a pessoas, são sempre desagregados por sexo.
dos imigrantes e grupos étnicos na sociedade portuguesa, No ano de 2017, deve ser realizada uma avaliação inter-
tendo em vista uma melhor mobilização do seu talento e calar, externa e independente, das medidas que se encon-
competências, a valorização da diversidade cultural e reli- tram na parte II do anexo I ao presente plano. Deste modo,
giosa, o reforço da mobilidade social, da descentralização o mecanismo de monitorização e avaliação previsto reflete
das políticas de integração e uma melhor articulação com a capacidade do presente plano de se adaptar e ajustar a
a política de emprego e o acesso a uma cidadania comum. novos desafios e oportunidades que se venham a verificar
ao longo do seu período de implementação, de forma a
ii) Eixo II — Políticas de promoção da integração dos novos nacionais
potenciar as ações e objetivos definidos.
Os objetivos deste eixo têm em vista o reforço de me- Para além da monitorização e avaliações intercalares, o
didas de promoção da integração e inclusão dos novos PEM deve ser, no final do seu período de vigência, objeto
nacionais, nomeadamente dos descendentes de imigrantes de uma avaliação externa e independente.
1654-(8) Diário da República, 1.ª série — N.º 56 — 20 de março de 2015

Parte II

Medidas

EIXO I — Políticas de integração de migrantes

N.º Medida Ação Indicador Interveniente Calendarização

1 Definição de estratégias locais que Criar planos locais para as migrações 50 planos municipais em MADR/ 2015-2020
garantam uma ação concertada enquanto ferramenta de desenvol- implementação. ACM, I. P.;
das diversas entidades envolvidas vimento de políticas locais na área MAI/SEF;
na área das migrações, visando a do acolhimento e integração de municípios.
promoção e captação, bem como migrantes.
a integração dos migrantes.

2 Implementação de ferramenta de Implementar o Índice dos Municí- 60 municípios envolvidos MADR/ 2015-2020
apoio às políticas locais na área pios Amigos dos Imigrantes e da no IMAD. ACM, I. P.;
das migrações. Diversidade (IMAD), enquanto municípios.
ferramenta de concretização e
monitorização na área das migra-
ções, em articulação com o Portal
da Transparência.

3 Desenvolvimento de iniciativas de Dinamizar ações de formação e sen- 5 ações de sensibilização MADR/ 2015-2020
prevenção e combate ao racismo sibilização contra a discriminação anuais. ACM, I. P.;
e à discriminação racial. racial, designadamente através de MPAP/
meios eletrónicos. IPDJ, I. P.

Promover eventos, culturais e ou des- 5 000 pessoas abrangidas


portivos, em parceria com entida- por ano.
des públicas e privadas, destinados
a consciencializar a população em
geral contra a discriminação ra-
cial.
4 Revisão do quadro legislativo atual Prevenir e melhorar a instrução dos Elaboração e aprovação MADR/ 2015
referente às contraordenações pela processos contraordenacionais por da proposta de alteração ACM, I. P.
prática de atos discriminatórios em discriminação racial. legislativa até final de
função da nacionalidade ou ori- 2015.
gem étnica.
Alterar as competências e composi-
ção da Comissão para a Igualdade
e Contra a Discriminação Racial
(CICDR), de modo a assegurar
uma melhor representatividade e
um funcionamento mais eficaz.

5 Restruturação da página eletrónica Rever a atual presença online da Lançamento da página ele- MADR/ 2015
da CICDR. CICDR, reformulando a página trónica da CICDR até fi- ACM, I. P.
eletrónica e tornando-a autó- nal de 2015.
noma face à página eletrónica do
ACM, I. P.

6 Melhoria dos dados oficiais sobre a Criar novos indicadores e melhorar os Elaboração de um relató- MADR/ 2015-2020
integração dos migrantes. já existentes nas fontes oficiais das rio analítico anual, com ACM, I. P.,
várias tutelas que acompanham, de disponibilização online e INE, I. P.;
forma direta ou indireta, o nível de de dados promovido pelo MSESS/
integração dos migrantes. Observatório das Migra- ISS, I. P., e
ções do ACM, I. P., e todas as
aprofundar as estatísticas entidades
dos movimentos migra- com dados
tórios pelo INE, I. P. estatísticos
relevantes
sobre os fluxos
migratórios.

Desenvolver o sistema de informação Disponibilização do sis- MAI/SEF. 2015-2016


estatística do Portal de Estatística tema e da informação.
do SEF — SEFSTAT sobre fluxos
migratórios e titulares de autoriza-
ção de residência e disponibilizar
informação em ambiente web e
mobile.

Criar sinergias com o portal dados. Disponibilização de dataset. MADR/AMA,I.P 2015-2020


gov.pt para disponibilização de
dados administrativos.
Diário da República, 1.ª série — N.º 56 — 20 de março de 2015 1654-(9)

N.º Medida Ação Indicador Interveniente Calendarização

7 Promoção do associativismo junto Promover o associativismo junto 4 ações por ano. MADR/ 2015-2020
das comunidades imigrantes. das comunidades, através da di- ACM, I. P.
vulgação de material informativo
e formativo, bem como através da
realização de ações de formação/
sensibilização.

Alterar a legislação, promovendo Elaboração e aprovação da 2015-2016


uma maior consolidação do mo- proposta de alteração le-
vimento associativo imigrante, gislativa.
apoiando as suas estruturas, cla-
rificando as regras de acesso e
financiamento do regime.

8 Promoção do envolvimento co- Estimular o associativismo jovem e São apoiadas 10 associa- MPAP/ 2015-2020
munitário dos jovens migrantes, a educação não-formal, enquanto ções Registo Nacional IPDJ, I. P.
através do associativismo jovem, instrumentos de coesão social, in- de Associativismo Ju-
reforçando a coesão identitária e a tegração, afirmação identitária e venil (RNAJ) com 10
afirmação multicultural. atividade de expressão e permuta projetos apoiados, por
cultural. ano, dos seus planos de
atividades, inseridos ou
contribuintes no contexto
definido na medida.

9 Promoção da participação das mu- Mobilização das mulheres imigrantes Promover campanhas de in- MPAP/CIG; 2015-2020
lheres imigrantes no movimento para a participação no movimento formação e de sensibili- MADR/
associativo. associativo. zação; produzir/atualizar ACM,I. P.
folhetos informativos.
Informação às mulheres imigrantes
sobre os seus direitos e deveres
específicos enquanto mulheres.
10 Criação de um plano de formação Desenvolver formação aos técni- Três ações: norte, centro MADR/ 2015-2020
nacional para os técnicos que de- cos da rede de Centros Locais de e sul. ACM, I. P.;
senvolvem trabalho na integração Apoio à Integração de Imigrantes MSESS/ACT;
dos imigrantes. (CLAII) e a outros técnicos de municípios.
serviços locais, nomeadamente
de saúde e da rede escolar.

11 Promoção de iniciativas com vista à Disponibilizar ferramentas online Lançamento de sistema MADR/ 2015-2020
sensibilização da opinião pública que permitam a formação e cer- online de formação e ACM, I. P.
para a importância da diversidade tificação na área da gestão da di- certificação.
cultural. versidade, nomeadamente através
da criação de módulos de forma-
ção e de um teste que certifique
competências na área da gestão da
diversidade.

Reforçar a formação na qualifica- 2 000 formandos em


ção de profissionais de diversas 30 ações de formação
áreas, tais como o ensino, saúde, por ano.
emprego, media, entre outras.

Promover eventos que valorizem a 20 eventos.


diversidade, nomeadamente atra-
vés de parcerias estratégicas.

12 Promoção do exercício da cidadania Promover informação regular e rea- 20 eventos. MADR/ 2015-2020
ativa pelos membros das comuni- lizar eventos sobre os direitos e ACM, I. P.;
dades migrantes. deveres cívicos e políticos dos imi- MAI/SGMAI;
grantes, nomeadamente através do ANMP;
incentivo ao recenseamento. ANAFRE.

13 Sensibilizar para o papel dos media Promover concursos de comunica- Realizar um concurso anual- MADR/ 2015-2020
no tema das migrações, diversi- ção, bem como peças de comuni- mente; 1 ação de forma- ACM, I. P.
dade cultural, religiosa e discri- cação e cursos de formação para ção.
minação racial. jornalistas que divulguem a tole-
rância pela diversidade cultural e
religiosa.

14 Sensibilizar a opinião pública para Dinamizar um programa televisivo. Criação de um programa MADR/ 2015-2020
a temática e importância das mi- de televisão sobre mi- ACM, I. P.;
grações. grações. MAI/SEF.
1654-(10) Diário da República, 1.ª série — N.º 56 — 20 de março de 2015

N.º Medida Ação Indicador Interveniente Calendarização

Produzir conteúdos na área da ges- Emissão de 30 peças em MADR/ 2015-2020


tão da diversidade para divulgação média por ano. ACM, I. P.
em meios audiovisuais e multimé-
dia.

15 Reestruturar o projeto de colocação Rever os projetos de mediação do 50 mediadores em exercí- MADR/ 2015
de mediadores ACM, I. P., reforçando esta dimen- cio. ACM, I. P.
são com a criação de um programa
integrado de maior alcance.

Consolidar e dinamizar uma Rede 10 entidades do ensino su- MADR/ 2015-2020


de Ensino Superior em Mediação perior/ 2 encontros pre- ACM, I. P.; e
Intercultural com o objetivo de senciais anuais. outros.
criar sinergias ao nível da investi-
gação, formação e consultoria no
âmbito da mediação intercultural
e da gestão da diversidade.

16 Capacitação dos imigrantes empreen- Promover o envolvimento dos imi- 200 formandos por ano; MADR/ 2015-2020
dedores. grantes nos programas de incen- 20 negócios criados por ACM, I. P.,
tivo à criação do próprio emprego, ano. MPAP/CIG;
através da sua capacitação e me- outros.
lhor aproveitamento das linhas de
financiamento existentes.

17 Dinamização do Programa Mentores Promover experiências de troca de 100 participantes em média MADR/ 2015-2020
para Imigrantes. entreajuda e apoio entre cidadãos envolvidos por ano em ACM, I. P.
portugueses e imigrantes para co- ações de mentoria (men-
nhecimento mútuo, resolução de tores e mentorados).
dificuldades e desafios.

18 Divulgação de informação de apoio Promover sessões públicas de escla- Uma sessão de esclareci- ME/ASAE. 2015-2020
aos operadores económicos de recimento relativas às regras de mento anual.
origem estrangeira com estabele- segurança alimentar aplicáveis a
cimentos em território nacional. estabelecimentos de restauração
especializados em gastronomia
estrangeira.

19 Atribuição do Selo Diversidade Em- Criar um selo para reconhecer e dis- Criação de selo/n.º de selos MADR/ 2015-2020
presarial tinguir a promoção da diversidade atribuídos anualmente. ACM, I. P.;
cultural nas empresas públicas e
privadas.

20 Prevenção e combate à exploração da Criar rede de interlocutores nacio- 1 ação/ano por direção re- MAI/SEF; MF/ 2015-2020
utilização e contratação de estran- nais e regionais de combate à gional de sensibilização AT; MSESS/
geiros em situação irregular para o exploração de mão-de-obra ilegal entre as entidades da rede ACT-ISS, I. P.;
exercício de atividade laboral. imigrante. e associações empresa- MADR/
riais e de imigrantes. ACM, I. P.

Intensificar o combate à utilização de 2000 operações de fisca- MSESS/ACT;


mão-de-obra ilegal através do re- lização efetuadas por MAI/SEF.
forço da atividade inspetiva junto ano.
das entidades empregadoras.

21 Promoção de informação sobre di- Dinamizar ações de sensibilização/ Duas ações por ano. MADR/ 2015-2020
reitos e deveres dos trabalhadores informação com as redes locais ACM, I. P.;
imigrantes. de integração dos imigrantes, nas MSESS/ACT;
áreas das relações laborais, segu- municípios;
rança e saúde no trabalho. outros.

Ações de sensibilização e informação 10 ações de sensibilização e MSESS/CITE;


promovidas pelo ACM, I. P., em informação por ano. MPAP/CIG.
articulação com a Comissão para
a Igualdade no Trabalho e no Em-
prego (CITE) e com a Comissão
para a Cidadania e Igualdade de
Género (CIG), relativas à igual-
dade e não discriminação de gé-
nero, nomeadamente na área da
parentalidade, igualdade salarial,
conciliação entre trabalho e famí-
lia e assédio moral e sexual.
Diário da República, 1.ª série — N.º 56 — 20 de março de 2015 1654-(11)

N.º Medida Ação Indicador Interveniente Calendarização

22 Promoção de informação sobre di- Dinamizar ações de sensibilização/ Duas ações por ano. MSESS/ACT; 2015-2020
reitos e deveres dos empregadores informação com associações de outros.
estrangeiros, nas áreas das rela- empregadores.
ções laborais e segurança e saúde
no trabalho.

23 Promoção da melhoria das condições Realizar ações inspetivas nos locais Sinalização e reporte à ACT MSESS/ACT; 2015-2020
do trabalho. de trabalho, promovendo a cidada- de situações de incum- MPAP/CIG
nia e a igualdade de género atra- primento da legislação; todas
vés da integração dos imigrantes, 300 visitas a locais de as entidades
do combate à utilização ilegal de trabalho por ano. envolvidas.
mão-de-obra (nomeadamente o
trabalho não declarado), da dis-
criminação racial e do tráfico de
seres humanos.

24 Desenvolvimento de instrumentos Elaborar guia da legislação, normas Elaboração do guia; n.º de MAM/DGADR; 2015-2016
para melhorar a integração dos e procedimentos aplicáveis aos consultas do guia; n.º de MSESS/
imigrantes no mercado de traba- trabalhadores imigrantes no setor downloads. IEFP, I. P.
lho agrícola. agrícola.

Construir um roteiro das atividades Construção do roteiro; MAM/DGADR/ 2015


sazonais agrícolas por região, a n.º de consultas. DRAP.
disponibilizar na página eletró-
nica da Direção-Geral de Agri-
cultura e Desenvolvimento Rural
(DGADR).

25 Identificação das intervenções po- Monitorizar e analisar, de forma in- Relatório anual. MSESS/ 2016-2020
tencialmente mais adequadas para tegrada, o fluxo de inscrições nos IEFP, I. P.,
promover a integração da popula- serviços de emprego e a integração outros.
ção no mercado de trabalho. em medidas ativas de emprego e
no mercado de trabalho.

26 Clarificação da aplicação do quadro Elaborar despacho ministerial que Publicação de despacho MS/DGS- 2015-2017
normativo relativo ao acesso de clarifique a situação. ministerial. ACSS, I. P.;
imigrantes, em situação documen- MADR/
tal irregular, ao Serviço Nacional ACM, I. P.
de Saúde (SNS).

27 Implementação e monitorização do Assegurar a implementação do Ma- Implementação do Manual MS/DGS- 2015-2020


Manual de Acolhimento no Sis- nual de Acolhimento no Sistema de Acolhimento no Sis- ACSS, I. P.;
tema de Saúde de Cidadãos Es- de Saúde de Cidadãos Estrangei- tema de Saúde de Cida- MADR/
trangeiros. ros junto dos serviços e dos imi- dãos Estrangeiros. ACM, I. P.;
grantes. MPAP/CIG.

28 Incremento da monitorização da Elaborar um estudo transversal, Apresentação de estudo em MS/DGS. 2015-2020


saúde em populações vulneráveis, com resultados desagregados por 2015.
nomeadamente imigrantes. sexo.

29 Criação de informação acessível so- Criar brochuras de informação e dis- Publicação da informação. MS/DGS; 2015-2020
bre o sistema de saúde. ponibilizar informação na página MADR/
eletrónica da Direção-Geral da ACM, I. P.
Saúde (DGS) e Portal da Saúde,
em vários idiomas, sobre o sistema
de saúde e em matéria de direitos
de cidadania e saúde nos diferentes
países.

Divulgar, através da rede consular Publicação da informação. MS/DGS; 2015-2020


portuguesa, informação sobre os MNE/DGACCP;
direitos dos migrantes aos servi- MADR/
ços de saúde locais e ao sistema ACM, I. P.
nacional português, através de
brochuras de informação dispo-
nibilizadas na página eletrónica da
DGS e Portal da Saúde, em vários
idiomas.

30 Promoção de formação a profissio- Realizar ações de formação especí- 5 ações de formação. MS/DGS-ARS; 2015-2020
nais de saúde acerca das neces- ficas. MPAP/CIG.
sidades dos migrantes na área da
saúde.
1654-(12) Diário da República, 1.ª série — N.º 56 — 20 de março de 2015

N.º Medida Ação Indicador Interveniente Calendarização

31 Melhoria do conhecimento nacional Promover investigação no domínio 2 estudos qualitativos e MS/DGS. 2015-2020
e europeu na área da saúde dos da saúde dos migrantes, com resul- quantitativos.
migrantes. tados desagregados por sexo.

32 Promoção da integração de imigran- Ações de melhoria das condições de Número de famílias de mi- MAOTE/ 2015-2020
tes na área da habitação. alojamento dos imigrantes. norias étnicas e de imi- IHRU, I. P.;
grantes realojadas em municípios.
habitação social/ano.

33 Melhoria da eficácia da tramitação Reduzir o tempo de tramitação in- Assegurar em seis meses o MJ/CRC. 2015-2020
e informação dos processos para terna dos processos para a obten- tempo de tramitação in-
obtenção da nacionalidade. ção da nacionalidade e disponi- terna dos processos para
bilizar apoio informativo, não só aquisição da nacionali-
sobre as condições de acesso à na- dade, e assegurar anual-
cionalidade, mas também ao nível mente o atendimento de
dos processos pendentes. 40 000/ano chamadas
para apoio e informação
sobre o estado dos pro-
cessos de nacionalidade
pendentes.

34 Definição de estratégias que garan- Desenvolver ações/sessões de infor- N.º de ações/sessões reali- ME/DGC; MF/ 2015-2020
tam uma ação concertada das di- mação e esclarecimento sobre os zadas. BdP;
versas entidades com vista a infor- direitos e deveres dos imigrantes municípios.
mar e sensibilizar os consumidores e novos nacionais enquanto con-
imigrantes e os novos nacionais, sumidores.
nomeadamente para as questões
do sobrendividamento.
Desenvolver ações/sessões de sen-
sibilização relativas ao endivida-
mento e os mecanismos de prote-
ção existentes.

35 Incentivar e facilitar o acesso e o Realização de questionário para afe- 1 questionário para aferição ME/DGAE. 2016
exercício de atividades económi- rir as necessidades/dificuldades de necessidades/dificul-
cas em Portugal aos migrantes, no dos migrantes quanto ao acesso e dades.
âmbito das políticas de responsa- ao exercício de atividades econó-
bilidade social das empresas. micas em Portugal.

Desenvolvimento de brochuras de 1 brochura informativa. ME/DGAE. 2016-2020


apoio aos migrantes para o acesso
e exercício de atividades econó-
micas em Portugal enquanto fer-
ramenta facilitadora de empreen-
dedorismo.

36 Reforço do ensino da língua portu- Revisão do Programa Português para Revisão da Portaria MSESS/IEFP, I. P.- 2016
guesa. Todos, através da alteração dos n.º 1262/2009, de 15/10. -ANQEP, I. P.;
números mínimos e máximos de MEC/SEE-SEBS;
formandos exigidos por lei para MADR/
a constituição dos grupos de for- ACM, I. P.
mação.

Promover o ensino da língua portu- 5000 formandos média por MADR/ 2015
guesa aos migrantes, crianças e ano e 2500 formandos ACM, I. P.;
adultos com o envolvimento das certificados. MEC/DGES;
escolas, do IEFP, I. P., associa- MSESSS/
ções, ONG e empresas. IEFP, I. P.

37 Consolidação dos programas de Disponibilizar informação atuali- Divulgação de informação MEC/DGE- 2015-2020
aprendizagem do português como zada sobre o funcionamento do atualizada sobre o fun- -DGEstE.
língua não materna. Português Língua Não Materna cionamento do PLNM
(PLNM) no sistema educativo. nos ensinos básico e
secundário, nos canais
de comunicação insti-
tucionais da DGE, da
DGEstE e do ACM, I. P.,
entre outros, sempre que
se justifique.
Diário da República, 1.ª série — N.º 56 — 20 de março de 2015 1654-(13)

N.º Medida Ação Indicador Interveniente Calendarização

Elaborar proposta de um normativo re- Elaboração de uma pro- MEC/DGE. 2015


gulamentador do funcionamento do posta de normativo regu-
PLNM no sistema educativo, tendo lamentador do PLNM no
em vista a promoção do acesso sistema educativo.
equitativo ao currículo e, conse-
quentemente, do sucesso educativo.

Divulgar estudos de avaliação de im- Publicação, na página ele- MEC/DGE. 2015


pacto das medidas de política edu- trónica da DGE, do Estu-
cativa definidas para o PLNM. do — Português Língua
Não Materna no Sistema
Educativo: Avaliação de
Impacto e Medidas Pros-
petivas.

Conceber uma formação, acreditada Divulgação das formações MEC/DGE- 2015-2017


pelo Conselho Científico-Peda- a 100 % dos CFAE. -CFAE.
gógico da Formação Contínua
(CCPFC), dirigida aos professores
titulares de turma do 1.º ciclo do
ensino básico, e de uma forma-
ção dirigida aos professores de
PLNM e de Português dos 2.º e
3.º ciclos do ensino básico e do
ensino secundário, no âmbito da
especificidade do ensino do Por-
tuguês como língua não materna,
tendo em vista a sua cedência aos
Centros de Formação de Associa-
ção de Escolas (CFAE).

38 Alteração das normas de aquisição Rever a Portaria n.º 1262/2009, de 15 Alteração legislativa até ao MSESS/ 2015-2016
do nível de proficiência linguís- de outubro, em articulação com o início de 2016. IEFP, I. P.;
tica para dispensa de realização Despacho n.º 13567/2010, de 24 MEC.
do teste de nacionalidade. de agosto.

39 Consolidação do mecanismo de rea- Assegurar a realização da prova de Realização da prova de MEC/ 2015-2020
lização da prova de conhecimento conhecimento da língua portu- língua portuguesa com IAVE, I. P.;
da língua portuguesa para efeitos guesa para efeitos de aquisição periodicidade quadrimes- MAI/SEF; MJ/
de aquisição da nacionalidade. da nacionalidade. tral, em território nacional IRN, I. P.
ou no estrangeiro em lo-
cais acreditados pelo Ca-
mões — Instituto da Coo-
peração e da Língua, I. P.
(Camões, I. P.)

40 Promoção da área da Educação In- Apoiar a integração da Educação In- Conceção de um Referen- MEC/DGE; 2016
tercultural nas escolas. tercultural no currículo e na prática cial de Educação Inter- MADR/
pedagógica das escolas. cultural, enquanto área ACM, I. P.;
da Educação para a Ci- Fundação Aga
dadania. Khan.

Conceber e acreditar, por parte do Divulgação da oficina de MEC/DGE- 2017-2020


CCPFC, uma oficina de formação formação a 100 % dos -CFAE.
na área da Educação Intercultural, CFAE.
destinada a docentes da educação
pré-escolar e dos ensinos básico e
secundário.

Realizar ações de informação/sen- N.º de ações de informação/ MEC/DGE. 2016-2020


sibilização sobre a temática da sensibilização desenvolvi-
Educação Intercultural. das e um seminário na In-
ternet (webinar) por ano.

Reconhecer e divulgar boas práticas N.º de Selos de Escola In- MEC/DGE; 2015-2020
das escolas na área da Educação tercultural atribuídos, MADR/
Intercultural, através da atribuição por cada nível de certi- ACM, I. P.;
do Selo de Escola Intercultural. ficação. Fundação Aga
Khan.

Divulgar na página eletrónica da Divulgação de recursos e MEC/DGE. 2015-2020


DGE recursos pedagógicos e pro- projetos na página ele-
jetos interculturais. trónica da DGE.
1654-(14) Diário da República, 1.ª série — N.º 56 — 20 de março de 2015

N.º Medida Ação Indicador Interveniente Calendarização

41 Medidas de promoção e conheci- Realizar ações de sensibilização di- Realização de duas ações de MEC/DGES. 2015-2020
mento sobre o reconhecimento rigidas às instituições de ensino sensibilização por parte
académico e profissional. superior. da DGES, junto das ins-
tituições de ensino supe-
rior, no prazo de vigência
do presente plano, com o
objetivo de esclarecer e
promover os instrumen-
tos em vigor em matéria
de reconhecimento aca-
démicos de qualificações
estrangeiras.

Sensibilizar os Centros Nacionais Realização de duas ações MEC/DGES; 2015-2020


de Apoio ao Imigrante (CNAI)/ de sensibilização por MSESS/DGERT-
CLAII em articulação com o Gabi- parte da DGES, junto dos -IEFP, I. P.
nete de Apoio ao Reconhecimento CNAI/CLAII, no prazo
de Qualificações do CNAI para as de vigência do presente
práticas do reconhecimento aca- plano, com o objetivo de
démico e reconhecimento profis- esclarecer e atualizar os
sional. centros tendo em conta
a sua atividade neste
âmbito.

Compilar testemunhos e experiências Criação de uma brochura. MEC/DGES. 2015-2020


de imigrantes que, através do re-
conhecimento das suas qualifica-
ções, puderam realizar-se pessoal
e profissionalmente.

Adequar e atualizar a legislação so- Revisão da atual legisla- MEC/DGES. 2015-2020


bre o reconhecimento de diplomas ção, de forma a adequar
obtidos através de cursos de ensino a mesma aos novos cur-
superior de curta duração, confe- sos de ensino superior de
ridos por instituições de ensino curta duração, possibili-
superior estrangeiras. tando o reconhecimento
dos diplomas de igual
natureza atribuídos pe-
las instituições de ensino
superior estrangeiras,
durante o período de vi-
gência do presente plano.

42 Medidas educativas e promotoras do Medidas e intervenções promovi- Reduzir em 25 % o valor da MEC/DGE. 2015-2020
sucesso educativo e da redução do das por escolas, especificamente taxa de abandono escolar
abandono escolar. orientadas para a promoção da precoce face ao valor ve-
qualidade do ensino e da aprendi- rificado em 2013/14.
zagem, do sucesso escolar, para a Reduzir em 25 % o valor da
prevenção do abandono, a redução taxa de retenção escolar
da indisciplina e do absentismo es- face ao valor verificado
colares, nomeadamente através: em 2013/14.
I. Da constituição de grupos tempo-
rários de homogeneidade relativa
como por exemplo, fazendo recurso
às metodologias que resultaram do
Programa Mais Sucesso Escolar;
II. Do aprofundamento do Programa
Territórios Educativos de Inter-
venção Prioritária (TEIP), nos
termos regulados pelo Despacho
Normativo n.º 20/2012, de 3 de
outubro;
III. Do desenvolvimento de Progra-
mas Integrados de Educação e
Formação criado pelo Despacho
Conjunto n.º 882/99, de 28 de se-
tembro, na sua redação atual;
IV. De outras iniciativas a concor-
rentes para os objetivos da política
educativa e da Agenda ET2020.

43 Integração de estudantes internacio- Organizar workshop com universida- Realização de 1 workshop/ MADR/ 2015
nais. des sobre captação e integração de ano. ACM, I. P.
estudantes internacionais.
Diário da República, 1.ª série — N.º 56 — 20 de março de 2015 1654-(15)

N.º Medida Ação Indicador Interveniente Calendarização

44 Reforço da cooperação estabelecida Atualizar o Protocolo de Cooperação 1 protocolo atualizado. MAI/SEF; MJ/ 2015
entre o Serviço de Estrangeiros assinado em 2009 entre o SEF e DGRSP.
e Fronteiras (SEF) e a Direção- a ex-direção-geral dos Serviços
-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais.
Prisionais (DGRSP).

45 Reforço da cooperação entre a Definir metodologia de trabalho com 10 entidades. MJ/DGRSP; 2015-2020
DGRSP e as entidades consulares entidades consulares. MNE.
dos países de origem no apoio aos
reclusos estrangeiros.

46 Promoção da inclusão social dos ci- Realizar ações de formação, e de 6 ações em média, por ano MJ/DGRSP; 2015-2020
dadãos estrangeiros que se encon- outra natureza, orientadas para MEC; MPAP/
tram sob a tutela da DGRSP. cidadãos estrangeiros. CIG.

47 Promoção de atividades culturais Realizar anualmente um concurso 6 edições do concurso. SEC/IGAC; 2015-2020
junto da população imigrante, em nacional, enquanto ferramenta de outros.
especial para a população resi- sensibilização para a temática do
dente em ambientes economica- Direito de Autor, junto da popula-
mente vulneráveis. ção imigrante residente em bairros
desfavorecidos.

Valorizar talentos desconhecidos, Divulgação de 60 autores


provenientes de bairros desfavo- imigrantes desconheci-
recidos. dos.

48 Divulgação da cinematografia inter- Desenvolver nas atividades diárias Organização de cinco ati- SEC; outros. 2015-2020
nacional e promoção do acesso por da programação regular da Cine- vidades anuais, em co-
público estrangeiro. mateca Portuguesa — Museu do laboração com entidades
Cinema, I. P., que inclui cinema- representativas de outros
tografia de outros países, ciclos países.
organizados em colaboração com
embaixadas e outras entidades de
representação estrangeira.

Realizar ações de promoção espe- Incremento até 20 % de SEC/ 2015-2020


cíficas para captação de público público estrangeiro re- TNSJ, E. P. E.
estrangeiro. gistado.

49 Dinamização de grupos de trabalho Promover seminário promovido pela 1 seminário/ano. MNE/ 2015-2020
sobre integração de imigrantes Subcomissão para as Migrações Camões, I. P.
criados entre os países de origem do Camões, I. P.
e Portugal.

50 Implementação do Protocolo cele- Desenvolver uma campanha nacio- Implementação de 1 cam- MADR/ 2015-2016
brado entre Portugal e Cabo Verde, nal para regularização de crianças panha em 2015. ACM, I. P.
para a integração de imigrantes da indocumentadas de origem cabo-
comunidade cabo-verdiana em -verdiana a residir em Portugal.
Portugal.
Criar programas especiais que per- 3 ações previstas no Pro-
mitam o regresso de idosos cabo- tocolo.
-verdianos em situação vulnerável
ou, quando possível, a melhoria da
sua integração em Portugal.

EIXO II — Políticas de promoção da inclusão dos novos nacionais

N.º Medida Ação Indicador Interveniente Calendarização

51 Combate à exclusão social, escolar e Consolidação do Programa Escolhas Taxa de sucesso escolar MADR/ 2015-2020
profissional dos descendentes de na procura de respostas integradas anual superior a 70 %. ACM, I. P.
imigrantes. a situações de exclusão social, es-
colar e profissional das crianças
e jovens mais vulneráveis, pro-
movendo uma integração mais
efetiva.
2 000 (re)integrações es-
colares, em formação
profissional e emprego
por ano.
1654-(16) Diário da República, 1.ª série — N.º 56 — 20 de março de 2015

N.º Medida Ação Indicador Interveniente Calendarização

52 Participação de jovens descendentes Consolidar programas de inclusão 1 evento desportivo; 5 pro- MADR/ 2015-2020
em atividades desportivas. social, nomeadamente através da tocolos celebrados. ACM, I. P.;
organização de eventos desporti- MPAP/
vos pela celebração de protocolos IPDJ, I. P.
com entidades do setor.

53 Inclusão digital. Dinamizar espaços vocacionados 30 000 certificados no do- MADR/ 2015-2020
para o acesso a atividades ocupa- mínio das TIC; 50 000 de ACM, I. P.
cionais e de desenvolvimento de participantes.
competências, cursos de iniciação
às Tecnologias de Informação e
Comunicação (TIC), num mínimo
de oito horas por semana, e ativi-
dades de apoio ao sucesso escolar
e à empregabilidade.

Promoção da inclusão digital (learn Aumentar em 25 % a utili- MADR/ 2015-2020


by doing) através do atendimento zação dos serviços públi- AMA, I. P.
digital assistido para serviços pú- cos eletrónicos.
blicos.

54 Bolsas de estudo para jovens univer- Atribuir bolsas de estudo a jovens 50 bolsas por ano. MADR/ 2015-2020
sitários. universitários, residentes em ter- ACM, I. P.
ritórios vulneráveis, procurando
evitar o abandono neste ciclo de
estudos.

55 Promoção da atribuição de naciona- Criar mecanismos de valorização da Criar momentos cerimo- MADR/ 2015-2020
lidade portuguesa, nomeadamente atribuição da nacionalidade portu- niais, incluindo envio ACM, I. P.;
entre descendentes de imigran- guesa, promovendo os valores da de carta no momento de MJ/IRN, I. P.;
tes. cidadania. obtenção da nacionali- municípios.
dade.

Criar uma campanha de MADR/


valorização da atribuição ACM, I. P.;.
da nacionalidade portu-
guesa, promovendo os
valores da cidadania.
Criação de grupo de tra- MADR/
balho com a adesão de ACM, I. P.
15 jovens novos nacio-
nais por ano.

56 Apoio à criação de soluções de Promover concurso anual de ideias 30 projetos anualmente MADR/ 2015-2020
empreendedorismo económico e para jovens. concretizados. ACM, I. P.,
social pelos descendentes de imi- MPAP/
grantes. IPDJ, I. P.;
outros.

57 Capacitação dos descendentes de Criar um programa anual de capaci- Realização de um curso MADR/ 2015-2020
imigrantes para a participação cí- tação, de forma a dar a conhecer os por ano, com o envolvi- ACM, I. P.,
vica e política. órgãos de soberania portugueses, mento de 20 formandos outros.
bem como dos países de origem, por ano.
reforçando a participação política
e social.

Criar programa de formação de 1 programa de formação. MADR/ 2015-2016


jovens líderes de origem cabo- ACM, I. P.
-verdiana, no âmbito do Proto-
colo assinado entre Portugal e
Cabo Verde.

58 Apoio à transição dos descendentes Implementar medidas de fomento 50 experiências anuais com MADR/ 2015-2020
para o mercado de trabalho. da responsabilidade social das efetiva colocação em ACM, I. P., e
empresas, no sentido de acolher posto de trabalho. outros.
em estágio e ou emprego jovens
descendentes qualificados.
Diário da República, 1.ª série — N.º 56 — 20 de março de 2015 1654-(17)

N.º Medida Ação Indicador Interveniente Calendarização

59 Consolidação do Programa SEF em Facilitar o relacionamento com os Dois protocolos; 10 parce- MAI/SEF, MJ/ 2015-2020
Movimento e seus subprogramas e grupos vulneráveis de cidadãos, rias locais; seis relatórios DGRSP; MEC;
alargamento do programa às ques- propiciando um atendimento e de avaliação. Comissão
tões de reinserção social e prote- acompanhamento individuali- Nacional de
ção de menores em risco. zado, salvaguardando os direitos Proteção das
fundamentais e oportunidades de Crianças
inclusão na sociedade. e Jovens
em Risco
(CNPCJR)
e Comissões
de Proteção
de Crianças e
Jovens (CPCJ);
municípios.

Divulgar programas SEF em Movi- Desenvolvimento de sítio MAI/SEF;


mento e SEF vai à Escola. eletrónica para o SEF MJ-DGRSP;
em Movimento; n.º de CNPCJR;
participantes nas ações CPCJ; MEC.
de sensibilização/for-
mação.

60 Criação do Conselho para o Talento Contribuir para o aumento do debate Criação do Conselho para MADR/ 2015
e da consciência sobre a realidade o Talento 2015 ACM, I. P.
e a oportunidade do talento em
Portugal e definir linhas estraté-
gicas necessárias para o desen-
volvimento e realização máxima
de cada talento — conselheiros
estrangeiros, residentes em Por-
tugal, vão promover uma cultura
organizacional orientada para a va-
lorização dos talentos nacionais.

EIXO III — Política de coordenação dos fluxos migratórios

N.º Medida Ação Indicador Interveniente Calendarização

61 Alargamento dos «vistos talento» Rever regime de vistos para promover Enquadramento que estabe- MAI/MADR; Até ao final
a atribuição de autorizações de resi- leça as regras e procedi- MNE/ME. de 2015
dência, nomeadamente para empre- mentos para a atribuição
endedores e jovens qualificados no dos «vistos talento.»
período pós-estudos

62 Promoção da atração e mobilidade no Ampliar a Plataforma ISU — Interface Atingir 70 % de taxa de MAI/SEF; 2018
ensino superior. SEF — Universidades a todos os cobertura de estabeleci- CRUP; estabe-
estabelecimentos de ensino superior mentos de ensino superior lecimentos de
público, de forma a garantir a quali- integrados na Plataforma ensino superior.
dade e celeridade na tramitação dos ISU — Interface SEF.
procedimentos tendentes à concessão
de título de residência a estudantes
internacionais de modo a agilizar o
procedimento de inscrição dos estu-
dantes internacionais nos estabeleci-
mentos de ensino.

Criar uma plataforma comum de co- Lançamento da plataforma de MAI; MNE; 2015-2017
municação entre os diversos organis- comunicação online, atra- MEC/DGES;
mos e instituições envolvidos neste vés de um grupo de traba- CRUP; Conse-
processo. lho, para a agilização dos lho Coordena-
procedimentos de conces- dor dos Institu-
são de vistos a estudantes, tos Superiores
num prazo de três anos. Politécnicos;
Associação
Portuguesa de
Ensino Supe-
rior Privado.
1654-(18) Diário da República, 1.ª série — N.º 56 — 20 de março de 2015

N.º Medida Ação Indicador Interveniente Calendarização

Preparar guia para acolhimento e inte- Publicação do guia. MEC/DGES; 2015


gração do estudante/professor/inves- CRUP;
tigador internacional, nomeadamente estabelecimentos
tornando clara e acessível toda a in- de ensino
formação necessária para ingresso superior.
no ensino superior em Portugal,
prosseguimento de estudos ou para
fins de reconhecimento académicos
e profissionais.

63 Promoção da imagem de Portugal no Criar um plano de comunicação para a Concretização de dois roa- MNE/ 2015-2018
exterior. atração de migrantes (imagem, supor- dshows anuais; dissemi- DGACCP;
tes, conteúdos, etc.) através da infor- nação anual de produtos e MADR/
mação e sensibilização sobre direitos de conteúdos. ACM, I. P.;
e deveres, procedimento de obtenção MAI/SEF;
de autorização de residência/reagru- VPM/
pamento familiar, condições de vida, AICEP, E. P. E.;
emprego, investimento, acesso a cui- MSESS/
dados de saúde, regimes de segurança ISS, I. P.
social, entre outros aspetos no sentido
de facilitar a futura integração na so-
ciedade portuguesa.

64 Caraterização e identificação das prin- Apoiar o desenvolvimento de políticas e Elaboração de cinco estudos MAI/SEF; 2015-2020
cipais necessidades, áreas de inte- medidas que permitam o cruzamento relativos a cada país de ori- MNE/
resse e especificidades de cada país entre as necessidades dos países de gem e conceção de suporte DGACCP.
de origem. origem, potenciando a negociação de gráfico.
acordos para promoção do desenvol-
vimento socioeconómico e da capa-
cidade diplomática.

Colocar oficiais de ligação de imigração 6 países com oficiais de liga-


junto das embaixadas dos países de ção e imigração colocados
origem relevantes. por ano.

65 Continuidade do VIS — Sistema de Garantir os níveis esperados de perfor- 80 % utilização do VIS até MNE/ 2015-2020
Informação de Vistos. mance do sistema, mediante a mo- 2017. DGACCP;
dernização tecnológica dos centros MAI/SEF.
emissores de vistos.

Agilizar o procedimento de validação Execução de projetos de inter-


da informação sobre vistos do VIS e venção tecnológica.
os sistemas de controlo de entrada e
permanência em território nacional;
Desenvolver a interoperabilidade en-
tre o VIS e o Sistema Integrado de In-
formação do SEF (SIISEF)/Sistema
Nacional de Vistos(SNV) e o SIISEF/
Passagem Automática e Segura de
Saídas e Entradas (PASSE).

66 Agilização dos processos de receção, Criar sistema de credenciação prévia Elaboração e aprovação da MAI/SEF; 2015
tramitação e emissão dos vistos de de sponsors através da certificação proposta de alteração le- MADR/
longa duração. de entidades recrutadoras mediante gislativa até 2015. ACM, I. P.;
avaliação da idoneidade e legitimi- MNE/
dade pelo SEF. DGACCP, rede
consular

Criar possibilidade de formulação de re-


querimentos para a emissão de vistos
em território nacional junto do SEF.

67 Reformulação da plataforma de rece- Possibilitar a formulação dos pedidos Data de entrada em funcio- MNE/ 2015-2016
ção e de decisão de pedidos de vistos em qualquer lugar do mundo, dimen- namento da nova plata- DGACCP;
em linha (Portugal Vistos — online), sionar como plataforma de trabalho forma. MAI/SEF.
com possibilidade de ligação com a para os intervenientes na tramitação
plataforma da nova página eletrónica do pedido e na sua instrução e emis-
do ACM, I. P. são de vistos, simplificar a apresen-
tação de comprovativos.
Diário da República, 1.ª série — N.º 56 — 20 de março de 2015 1654-(19)

N.º Medida Ação Indicador Interveniente Calendarização

68 Potenciar a mobilidade de nacionais Criar um sistema comum automatizado Data de entrada em funcio- MNE/ 2015-2020
de países terceiros que viagem fre- para circulação de cidadãos, designa- namento da nova plata- DGACCP;
quentemente para Portugal, através damente oriundos da Comunidade forma. MAI/SEF.
do sistema eletrónico de pré-registo dos Países de Língua Portuguesa,
de viagem. através do sistema eletrónico de pré-
-registo de viagem.

Celebrar acordos com estados terceiros N.º de acordos de agilização MAI/SEF.


relevantes, tendentes à agilização e celebrados.
facilitação dos procedimentos de
emissão de vistos.

69 Qualificação-Vistos. Qualificar e formar os intervenientes 70 % de pessoal nas fronteiras MNE/ 2015-2020


nos procedimentos de concessão de formado até 2016. DGACCP;
vistos, incidindo especialmente no MAI/SEF.
domínio do Código de Vistos, docu-
mentação de identificação e viagem,
conhecimento tecnológico dos opera-
dores nos locais e de suporte.

70 Promoção das melhores práticas identi- Alargar a rede de cooperação local a N.º de ações de sensibilização, MNE/ 2015-2020
ficadas no âmbito do Centro Comum outros intervenientes. divulgação e promoção da DGACCP;
de Vistos na Praia — Cabo Verde. atividade desenvolvida. MAI/SEF.

71 Qualificação e formação dos interve- Dotar todos os elementos do SEF inter- 90 % do efetivo CIF/SEF com MAI/SEF. 2015-2020
nientes nos procedimentos do âm- venientes com conhecimentos para ações de formação Carreira
bito do controlo de fronteiras, direitos melhorar a prestação do serviço ao de Investigação e Fiscaliza-
fundamentais e fraude documental, cidadão e promover a salvaguarda ção do SEF (CIF).
em acordo com o Quadro Comum da segurança interna.
de Formação da Agência Europeia
de Gestão das Fronteiras Externas
(FRONTEX).

72 Promoção do conhecimento para melhor Dinamizar o Centro de Situação de 1 terminal de acesso ao Euro- MAI/SEF. 2015-2020
atuação segundo o modelo de gestão Fronteiras (CSF), nomeadamente pean Border Surveillance
integrada de fronteiras (IBM — Inte- pela recolha, tratamento e análise System (EUROSUR) dis-
grated Border Management Model), de informação sobre fronteiras, per- ponibilizados no CSF;
centralizando a informação técnica e manência e regresso, assim como a n.º de produtos que auxi-
operacional. elaboração de documentos tendentes liem a tomada de decisão
ao direcionamento da atividade ope- relativamente ao risco
racional para as principais tendências migratório.
e riscos.

73 Participação de elementos nas opera- Prevenir, detetar e combater a entrada 80 % taxa de participação nas MAI/SEF; 2015-2020
ções promovidas pela Agência Eu- ilegal de cidadãos estrangeiros, em operações: operações com MPAP/CIG.
ropeia FRONTEX. particular no que refere ao auxílio à participação portuguesa/
imigração ilegal e ao tráfico de seres operações previstas.
humanos.

74 Agilização dos procedimentos de con- Atualizar o Sistema RAPID às frontei- Quatro postos de fronteiras MAI/SEF. 2015-2020
trolo de fronteiras e reforçar a troca ras marítimas relevantes e ampliar a marítimas com o Sistema
de informação no contexto da gestão capacidade na utilização da fronteira RAPID instalado; quatro
integrada de fronteiras, através da eletrónica e reduzir o tempo de pas- postos de fronteira com o
gestão tecnológica das fronteiras. sagem na fronteira. Cartão do Cidadão (CC)
instalado.

Desenvolver a interoperabilidade en- 80 % de execução. MAI/SEF. 2016-2020


tre os vários sistemas de controlo
de fronteira externa e de vistos
existentes e a desenvolver (PASSE-
Entry/Exit System (EES), RAPID-
Automated Border Control (ABC),
Visa Information System (VIS), Ad-
vance Passenger Information Sys-
tem (APIS), Schengen Information
System II (SIS II), International Cri-
minal Police Organization (Interpol),
European Police Office (Europol),
Registered Traveller Programme
(RTP), considerando as especifica-
ções da União Europeia.
1654-(20) Diário da República, 1.ª série — N.º 56 — 20 de março de 2015

N.º Medida Ação Indicador Interveniente Calendarização

75 Preparação de um plano de contin- Capacitar Portugal com um plano de Publicação de um Plano em MAI/SEF; 2015
gência perante afluxos massivos de contingência que permita a disponi- 2015. MADR/
imigrantes. bilização de meios e resposta huma- ACM, I. P.;
nitária perante afluxos massivos de MDN; MSESS/
imigrantes. ISS, I. P.;
outras entidades.

76 Agilização e otimização dos procedi- Promover a eficácia, agilização, celeri- Redução do tempo médio de MAI/SEF; 2015
mentos de concessão e reagrupa- dade e segurança dos procedimentos decisão. MNE/
mento familiar, nomeadamente para de autorização de residência; promo- DGACCP.
Autorização de Residência para Ati- ver a interoperabilidade com diferen-
vidade de Investimento (ARI) e res- tes sistemas de informação.
petivas renovações, para autorização
de residência de investigadores e ou
altamente qualificados.

77 Desenvolvimento e otimização do Garantir a manutenção e eficiência do Elaboração de relatório anual MAI/SEF. 2015-2020
SIISEF. SIISEF, promovendo a interoperabili- sobre as necessidades evo-
dade com outros sistemas e ferramen- lutivas.
tas de análise de informação.

Implementação de medidas
evolutivas/corretivas evi-
denciadas nos relatórios
anuais.

Elaboração de relatório de
avaliação do SISEF.

Agilizar o modelo de troca de infor- Desenvolvimento e imple- MAI/SEF-FSS.


mação sobre cidadãos estrangeiros mentação do novo modelo
no âmbito da colaboração interins- de troca de informação.
titucional.

78 Desenvolvimento de instrumentos de Permitir a verificação documental, da- Início de testes com um pro- MAI/SEF; 2017-2020
emissão, verificação e validação de tiloscópica e de segurança em tempo tótipo. INCM, S. A.
vistos nos postos de atendimento e de real, bem como a recolha de elemen-
fronteira do SEF e centros de coope- tos tendentes à concessão e emissão
ração policial e aduaneiros (contro- de títulos de residência e vistos.
los móveis) — VISAMOBILE — no
âmbito da cooperação policial direta,
adotando um equipamento móvel ca-
paz de proceder à verificação e emis-
são de vistos e títulos de residência.

79 Promoção do conhecimento sobre a Realizar estudo sobre o retorno volun- Realização de estudo bienal. MAI/SEF; 2015-2020
dimensão do regresso (pré-regresso tário em Portugal. outras entidades.
e regresso coercivo, voluntário e as-
sistido).

Promover ações de sensibilização re- Seis ações por ano. 2015-2020


lativas às alternativas à detenção no
contexto do regresso, destinadas a
operadores policiais e judiciais; pro-
mover ações de sensibilização sobre
a dimensão regresso para atores re-
levantes (técnicos sociais, comunica-
ção social, juristas, etc.).

80 Melhoria da qualidade e capacidade Operacionalizar os centros de instalação Abertura de um novo centro. MAI/SEF; 2016-2018
de instalação de nacionais de países temporária e espaços equiparados. outras entidades.
terceiros em situação irregular em
momento prévio ao regresso, salva-
guardando os direitos fundamentais e
garantindo a prestação de assistência
em diversos domínios (social, saúde,
jurídico, linguístico).

Desenvolver uma aplicação 2016


informacional de work-
flow para a vertente de
regresso e gestão dos CIT
e EECIT.
Diário da República, 1.ª série — N.º 56 — 20 de março de 2015 1654-(21)

N.º Medida Ação Indicador Interveniente Calendarização

81 Monitorização das ações de afasta- Desenvolver mecanismos de normaliza- Duas ações de controlo in- MAI/SEF. 2016
mento, incluindo o regresso, pro- ção e certificação de procedimentos, terno executadas.
cedendo à certificação do procedi- incluindo a promoção de ações de
mento de identificação, detenção e controlo interno e a verificação de
afastamento de nacionais de países conformidade das práticas.
terceiros.

Implementar o sistema de monitorização Operacionalização do sis- MAI/IGAI- 2016


de regresso e avaliação das práticas tema de monitorização até -SEF.
de retorno. 2016.

82 Promoção de mecanismos de retorno Fomentar a utilização da figura de Aumentar o rácio fomentando MAI/SEF; 2015-2020
voluntário e da reintegração no país regresso voluntário e o apoio ao o regresso voluntário MPAP/CIG;
de origem, garantindo o acesso prio- imigrante enquanto instrumentos MSESS/
ritário das vítimas de tráfico de seres essenciais na gestão das migrações, ISS, I. P.,
humanos. nomeadamente através do Programa outras entidades.
VolREG (retorno voluntário e rein-
tegração).

Rácio de vítimas apoiadas/


sinalizadas — 20 % na
1.ª fase.

Implementar ações de pré-embarque e N.º de ações de pré-embarque MAI/SEF; 2015-2020


afastamento de nacionais de países a afastamento. outras entidades.
terceiros/regresso voluntário, assis-
tido ou coercivo, nomeadamente
através do Programa de Regresso ao
País de Origem.

83 Operacionalização dos acordos de read- Desenvolver a capacidade dos países no 10 pontos de contacto até MAI/SEF; 2015-2020
missão. âmbito da readmissão e reintegração 2020 com relatório de outras entidades.
dos nacionais regressados e promo- avaliação anual.
ver a gestão dos fluxos migratórios,
através do Programa de Acordos de
Readmissão.

EIXO IV — Políticas de reforço da legalidade migratória e da qualidade dos serviços migratórios

N.º Medida Ação Indicador Interveniente Calendarização

84 Promoção de um melhor nível de aten- Operacionalizar o Centro de Contacto Implementação da informação MAI/SEF; 2015
dimento (agendamento, notificação SEF e respetiva evolução da pla- automatizada para renova- associações de
e prestação de informação sobre os taforma tecnológica, recorrendo a ção de título de residência imigrantes.
procedimentos administrativos indi- mediadores culturais. (notificação automática)
viduais). até 2015.

Dinamizar a possibilidade de agenda- N.º de marcações feitas atra- MADR/ 2015-2020


mento de atendimento junto do SEF, vés dos espaços do cida- AMA, I. P.,
através do atendimento digital assis- dão/ano. MAI/SEF.
tido («espaços do cidadão»).

85 Agilização do relacionamento entre o Redimensionar o Balcão Único SEF, Operacionalização do Por- MAI/SEF. 2016-2018
cidadão e o SEF, permitindo com- transformando-o num portal dinâ- tal do SEF como Balcão
plementar o serviço prestado pelo mico e relacional (Administração Único.
Centro de Contacto SEF. Pública e utente) e potenciando assim
as boas práticas de e-government.

86 Facilitação da comunicação dos nacio- Alargar o Programa Mediadores Cul- 5 unidades orgânicas com MAI/SEF; 2015-2020
nais de países terceiros e agilização turais à generalidade das atribuições serviços de atendimento associações de
da conclusão dos procedimentos ad- do SEF. ao público com mediado- imigrantes.
ministrativos. res culturais.
1654-(22) Diário da República, 1.ª série — N.º 56 — 20 de março de 2015

N.º Medida Ação Indicador Interveniente Calendarização

87 Agilização dos procedimentos adminis- Alargar a outras instituições da Admi- 10 protocolos implementados. MAI/SEF; 2015-2020
trativos que implicam a validação da nistração Pública com interação com MSESS/
situação de regularidade documen- migrantes para validação da situação ISS,I. P.; outras
tal em território nacional, através do documental (por exemplo, emissão entidades.
Programa IS-AP/Interface SEF-Ad- de cartas de condução, cuidados de
ministração Pública. saúde, educação e formação, em-
prego, segurança social, desporto).

88 Modernização dos procedimentos em Automatizar os procedimentos de emis- Desenvolvimento e imple- MAI/SEF. 2015-2020
matéria de migrações, potenciando são de títulos de residência, garan- mentação de interface de
a eficácia e celeridade dos mesmos e tindo a evolução e manutenção do interoperabilidade en-
promovendo a criação de informação Sistema Integrado de Gestão Auto- tre o sistema de gestão
com maior qualidade e passível de matizada de Processos (SIGAP), de documental do SEF e o
maior partilha. modo a garantir uma maior quali- SIGAP.
dade, celeridade e segurança na pro-
moção das medidas de imigração e
integração prosseguidas.

Elaboração de relatório anual


sobre as necessidades evo-
lutivas.

Implementação de medidas
evolutivas/corretivas evi-
denciadas nos relatórios
anuais.

Elaboração de relatório de
avaliação do SIGAP.

89 Promoção da legalidade na gestão dos Rever enquadramento aplicável aos in- Publicação de enquadramento PCM. 2015
fluxos migratórios. termediários de serviços migratórios legal.
através da criação de quadro legal ou
regulamentar.

90 Criação de novo portal com potenciali- Atualizar e adaptar o portal do Lançamento do novo portal. MADR/ 2015
dades ao nível da gestão dos serviços ACM, I. P., às suas novas atribuições ACM, I. P.;
migratórios, de forma desmaterializa- promovendo a imagem internacio- MAI/SEF;
da — «Simplex Migrante». nal de Portugal enquanto destino de MNE; VPM/
migrações; a prestação de serviços AICEP, E. P. E.
migratórios online e iniciativas com
vista à sensibilização da opinião pú-
blica para a importância da diversi-
dade cultural.

Integrar os sistemas de informação com N.º de webservices disponi- MADR/AMA, 2015-2020


a plataforma de interoperabilidade da bilizados
Administração Pública, para execu-
ção do princípio «só uma vez» («only
once»).

91 Reequacionamento dos serviços de Avaliar os CNAI e os CLAII, em ter- Estudo de avaliação até ao MADR/ 2015
apoio às migrações. mos de capacidade de resposta dos 1.º trimestre de 2015. ACM, I. P.;
gabinetes e serviços que o integram,
nomeadamente face às novas atribui-
ções do ACM, I. P.

Promover uma nova abordagem ao Seis gabinetes de atendimento


relacionamento com determinados especializado até 2020.
grupos de cidadãos migrantes nos
gabinetes de atendimento especia-
lizado.

Instalar os «espaços do cidadão» nos Instalação de 2 espaços do MADR/ 2015-2020


CNAI e lançar um projeto-piloto nos cidadão nos CNAI e lança- ACM, I. P.;
CLAII. mento de 1 projeto-piloto AMA, I. P.
nos CLAII.
Diário da República, 1.ª série — N.º 56 — 20 de março de 2015 1654-(23)

N.º Medida Ação Indicador Interveniente Calendarização

92 Elaboração de estudos em áreas chave Promover a investigação dos fenómenos Publicação de cinco estudos. MADR/ 2015-2020
para as políticas de migrações com migratórios, integração de imigran- ACM, I. P.
vista a contribuir para a definição e tes, valorização da diversidade.
avaliação das políticas migratórias.

Lançamento do Observatório das Mi- Entrada em vigor do Regula- 2015


grações (OM). mento do OM.

EIXO V — Políticas de reforço da ligação, acompanhamento e apoio ao regresso dos cidadãos nacionais emigrantes

N.º Medida Ação Indicador Interveniente Calendarização

93 Prevenção, deteção e combate à contra- Criar uma rede de interlocutores locais, N.º de intervenções para cor- MNE/ 2015-2020
tação irregular e à exploração laboral públicos e privados, que apoiem a reção de situações; n.º de DGACCP —
do emigrante. rede consular, incluindo o associa- ações de sensibilização rede consular;
tivismo. para a respetiva prevenção. outras entidades.

94 Implementação de medidas de apoio ao Reforçar as ferramentas da rede consu- N.º de atos consulares; n.º de MNE/ 2015-2020
cidadão emigrante. lar, incluindo permanências e antenas permanências e antenas; DGACCP; rede
consulares e expansão da rede CC n.º de postos dotados de consular;
e SIRIC. CC e SIRIC. outras entidades.

Promover o atendimento digital assis- N.º de consulados que pres- MNE- 2015-2020
tido na rede consular. tam atendimento digital -DGACCP;
assistido. rede consular;
MADR/
AMA, I. P.

95 Estímulo e consolidação dos vínculos Atribuir apoios a iniciativas e projetos N.º de iniciativas e eventos MNE; 2015-2020
de pertença a Portugal, promovendo do movimento associativo que para patrocinados. ICA, I. P.; rede
e divulgando a língua e cultura por- tal contribuam. consular; outras
tuguesa e o movimento associativo entidades.
em benefício das comunidades por-
tuguesas.

96 Incentivo à integração e participação Apoiar a escolaridade; fomentar a par- Taxa de sucesso escolar; iden- MNE/ 2015-2020
cívica e política do emigrante nas ticipação política e cívica. tificação e diálogo com DGACCP —
sociedades e comunidades de aco- luso-eleitos. rede consular.
lhimento.

97 Dinamização das relações culturais, Promover iniciativas de incentivo e N.º de ações de promoção. MNE/ 2015-2020
económicas e empresariais do emi- atracão de relações comerciais e do DGACCP, rede
grante com Portugal. investimento das comunidades por- consular; VPM/
tuguesas com e em Portugal. AICEP, E. P. E.;
outras entidades.

Promoção de um encontro de jovens 1 encontro de jovens qua- MNE/


quadros que colaborem com organi- dros/ano. DGACCP;
zações internacionais ou transnacio- rede consular,
nais públicas e privadas. MADR/
ACM, I. P.

98 Atracão do emigrante empreendedor. Contribuir para o retorno de emigrantes Lançamento do Programa MADR/ 2015-2016
através do incentivo à criação de ne- VEM ACM, I. P.;
gócios a desenvolver em Portugal MNE, rede
consular.

99 Promoção de políticas de apoio ao re- Constituir e acompanhar os Gabinetes N.º de GAE constituídos e de MNE/ 2015-2020
gresso dos cidadãos nacionais, atra- de Apoio ao Emigrante (GAE), nas ações de formação realiza- DGACCP;
vés da divulgação de informação re- câmaras municipais; dinamizar um das; n.º de atendimentos. MADR/
lacionada com as questões inerentes Portal específico. ACM, I. P.;
ao regresso e reinserção em todas as municípios;
suas vertentes: social, jurídica, eco- outras entidades.
nómica, investimento, emprego, edu-
cação, fiscal, administrativa, etc.
1654-(24) Diário da República, 1.ª série — N.º 56 — 20 de março de 2015

N.º Medida Ação Indicador Interveniente Calendarização

100 Melhoria dos dados oficiais sobre a Recolher e tratar dados estatísticos, para N.º de entradas na base de MNE/ 2015-2020
dimensão e estrutura das comunida- a construção de uma base de dados dados; n.º de relatórios DGACCP —
des e sua integração dos países de adequada. produzidos. rede consular;
acolhimento e em Portugal no pós- MADR/
-regresso. INE, I. P.

101 Promoção de políticas de apoio à reinte- Apoiar a criação de emprego por conta N.º de novos negócios criados MADR/ 2015-2020
gração de emigrantes, não residentes própria. por não-residentes; n.º de ACM, I. P.;
em território nacional há mais de um novos postos de trabalho MNE/
ano. subordinado. DGACCP;
ME; MSESS.

Apoiar a formação profissional e a


ligação à plataforma de emprego
nacional.

Apoiar estágios profissionais, no âmbito


do programa «Reativar», para reinte-
gração no mercado de trabalho e ou
reconversão profissional dos desem-
pregados de longa e média duração.

102 Criação do Programa Mentores para Promover experiências de troca de en- Lançamento de projeto-piloto MADR/ 2015-2020
Emigrantes. treajuda e apoio entre cidadãos nacio- em 2015; Implementação ACM, I. P.;
nais residentes e não-residentes, com anual do Programa Mento- MNE/
vista ao apoio ao regresso sustentado res para Emigrantes. DGACCP.
em projeto profissional.

103 Apoio à criação de empresas por na- Divulgar o Balcão do Empreendedor Lançamento de 1 campanha/ MADR/ 2015-2020
cionais não residentes em território junto dos emigrantes, como ponto ano promocional junto das AMA, I. P.;
nacional único de contacto com a Administra- comunidades portuguesas. MNE/
ção Pública para licenciamento das DGACCP, rede
atividades económicas. consular; ME/
DGAE, I. P.

Apoiar projetos de empreendedorismo N.º de projetos de elevada MADR/ME. 2015-2020


de elevada mobilidade internacional, mobilidade internacional
considerados de interesse estratégico criados.
para a economia nacional ou de de-
terminada região.

104 Internacionalização do Programa Es- Apoiar crianças e jovens mais vulnerá- Lançamento de dois projetos MADR/ 2015-2016
colhas veis, em situação de exclusão social, internacionais. ACM, I. P.;
escolar ou profissional, promovendo MNE/
uma integração mais efetiva na socie- DGACCP, rede
dade e comunidade de acolhimento. consular, outras
entidades.

105 Apoio à contratação de portugueses Realizar ações de apresentação e ligação 1 roadshow anual. MADR/ 2015-2020
altamente qualificados que residam de empresas a jovens residentes no ACM, I. P.;
no estrangeiro. estrangeiro. ME/
IAPMEI, I. P.;
VPM/
AICEP, E. P. E.

Promover e divulgar oportunidades de Lançamento de portal de MADR/


trabalho em Portugal através de fer- emprego em 2016; lança- ACM, I. P.;
ramentas online. mento de primeiro portal- MNE/
-piloto com a Ordem dos DGACCP.
Engenheiros em 2015.

Promover o regresso a Portugal de N.º de bolsas concedidas MEC/DGES. 2015-2020


estudantes, investigadores e douto-
rados portugueses residentes no es-
trangeiro através da concessão, em
processo competitivo, de bolsas de
estudo, bolsas de doutoramento, de
doutoramento empresarial e de pós-
-doutoramento

106 Divulgação no estrangeiro dos incenti- Informar os portugueses residentes N.º roadshows; N.º de ações MADR/ 2015-2020
vos financeiros disponíveis no âm- no estrangeiro sobre os incentivos de formação junto da rede ACM, I. P.;
bito do Portugal 2020, na perspetiva financeiros disponíveis no Portugal consular; N.º de material Agência, I. P.;
do apoio ao regresso. 2020. informativo MNE/
DGACCP; rede
consular.

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