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NATAL/RN
2021
ANDERSON CAMILO SILVA DOS SANTOS
NATAL/RN
2021
Dedicatória
Dedico este trabalho aos meus pais, a meu irmão, minha filha Laura, meu filho
Bernardo, minha esposa Joyce, à minha avó Severina e a meu tio Genilson que
acreditaram sempre em mim, mesmo antes dessa minha trajetória.
Agradecimentos
Agradecer também aos meus colegas e amigos de sala, que sem eles com certeza
essa minha trajetória acadêmica seria bem mais difícil.
Por fim, agradeço aos meus filhos, Laura e Bernardo, que me deram um
propósito para sempre me esforçar para o melhor.
RESUMO
Dentre as categorias de aços que podem ser temperados, o aço SAE 1045 é um
aço que tem a temperabilidade baixa, ou seja, baixa penetração de dureza na sua seção
transversal, não recomendado seu uso para seções superiores a 60 mm, e para grandes
seções deve-se utilizar o tratamento de normalização.
Apresentando baixo custo e uma boa resistência, o aço 1045 apresenta em sua
liga 0,45% de carbono. É largamente utilizado na fabricação de componentes de uso
geral como cilindros, parafusos, pregos, pinos, entre outros. Com o objetivo de
compreender as mudanças relacionadas ao comportamento mecânico do aço quando
tratado realizou-se o tratamento de têmpera em um corpo de prova de aço 1045
(resfriado em óleo mineral), seguido de análises de dureza a metalográfica do material.
2 REFERÊNCIAL TEÓRICO
A Figura 1 ilustra a estrutura CCC, presente na ferrita ou ferro (a) e na ferrita delta.
Figura 7- Curvas de temperabilidade para cinco aços diferentes contendo 0,4% p C Fonte:
(Callister, 2015)
A figura 7 ilustra cinco aços com a mesma porcentagem de carbono (0,4%), mas com
elementos de liga diferentes:
3. MATERIAIS E METODOLOGIA
Para a realização deste trabalho foi utilizado como corpo de prova o aço SAE
1045 em formato cilíndrico, um forno tipo mufla para o aquecimento, um recipiente
contendo óleo lubrificante mineral de motor para o resfriamento, materiais para a
preparação metalográfica e EPI’s para que o procedimento fosse realizado com
segurança.
Foi realizado o corte desta barra de aço com o auxilio de uma serra para obter-
se o tamanho desejado, as dimensões finais do corpo de prova foram de 24,5 mm de
diâmetro e 10 mm de altura como mostra a figura 10 e 11.
24,5 mm
Antes que a análise metalográfica fosse feita, o corpo de prova passou por uma
preparação, foi realizada uma sequência de lixamento manual como ilustra a figura 18,
com lixas de granulometria, utilizando lixas padronizadas com uma sequência numérica
de 150, 200, 220, 280, 600 e 1200. Em seguida o corpo de prova foi polido com o
auxilio do aglomerante de alumina, figura 19, para que a peça ficasse com uma
superfície uniforme e totalmente livre de impurezas. Na sequência foi realizado um
ataque químico, foi utilizado o NITAL (5% Ácido nítrico e 5% álcool elítico) para que
fossem revelados os grãos e as estruturas do corpo de prova.
Figura 18- lixamento manual Fonte: (Própria) Figura 19- Polimento Fonte: (Própria)
Neste ensaio foram aplicadas três cargas de 50g, calculando-se a média, a fim
de encontrar a microdureza do corpo de prova. Como se pode perceber, a dispersão dos
valores de dureza apresentou um valor bem menor quando comparado à dispersão do
ensaio de microdureza. Tal comportamento condiz com a natureza dos ensaios, uma vez
que a microdureza, por ter a capacidade de avaliar a dureza dos microconstituintes,
apresentam os resultados em um intervalo maior.
A A
5. CONCLUSÃO
O objetivo proposto para esse trabalho foi submeter um corpo de prova de aço
1045 a um tratamento térmico de têmpera em óleo, com o intuito de obter a martensita
em sua estrutura, então se pode concluir que:
Com base nos resultados das análises obtidas neste trabalho, pode-se concluir
que a obtenção da martensita através do processo de têmpera que o corpo de prova foi
submetido, não atingiu o objetivo esperado. O aumento percentual de dureza de 76%
que foi encontrado no ensaio rockwell C, e a média encontrada de 217,07 HV da
microdureza vickers, foram abaixo do que se pode esperar para um aço 1045 temperado,
e as imagens obtidas na metalografia não caracterizam com um aço com a presença da
martensita em sua microestrutura. E a justificativa mais plausível que se pode chegar
com os resultados dessa conclusão, é que o aço que foi adquirido para esse
procedimento não se trata de um aço 1045, mas sim de um aço com teor de carbono
baixo, com pouca susceptibilidade ao tratamento de têmpera.
6. REFERÊNCIAS
CHIAVERINI, Vicente. Aços e Ferros fundidos, 7. ed. Revista e atualizada. São Paulo:
Associação Brasileira de Metalurgia e Materiais, 2008;
ABM WEEK, 2016 têmpera de aço SAE 1045 utilizando diferentes meios de
resfriamento. Disponível em: < file:///C:/Users/USER/Downloads/28088.pdf> Acesso
em 8 de maio. 2021.
BRUNATTO, Silvio Francisco, Introdução Ao Estudo dos Aços, 2016. Disponivel em:
<http://ftp.demec.ufpr.br/disciplinas/TM052/Prof.Silvio/INTRODU%C3%87%C3%83
O%20AO%20ESTUDO%20DOS%20A%C3%87OS-Parte%201.pdf> Acessado em
10/04/2020