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Aula 04
• Sistemas de Suporte
• Sistemas de Reforço
Sistemas de Suporte
Especialização em Fundações e Obras de Terra
Disciplina: Obras Subterrâneas
Concreto Projetado
O nascimento do Concreto Projetado (sprayed
concrete ou shotcrete) remonta ao ano de 1907,
quando nos EUA, se utilizou uma mistura a seco
para obras de fins artísticos.
Originalmente recebeu o nome de Gunite, o qual
ainda é utilizado em alguns lugares para
referenciar o Concreto Projetado.
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Disciplina: Obras Subterrâneas
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Câmera de
ingresso do
material
Entrada ar comprimido
Saída de concreto
Regulagem no bico da
mangueira
Água pressurizada
Foto: Eloi
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DESVANTAGENS
-Custo produtivo elevado, em função do grande
desgaste das peças, especialmente nas gaxetas e
discos de fricção;
-Baixa produção, limitada a 8 m³/h;
-Elevada formação de pó, a qual pode ser reduzida
pela adequada pressão d´água;
-Alta taxa de reflexão, ficando na ordem de 20 a 25%.
VANTAGENS
-Menor custo de mobilização, em função do
tamanho compacto das unidades;
-Fácil deslocamento, e possibilidade de trabalho
em área confinadas ou de difícil acesso (taludes,
por exemplo);
-Pode, também, ser aplicado via sistema
mecanizado;
-Há boa disponibilidade de equipamentos no
mercado, devido a produção nacional;
-Ideal para aplicação de pequenas quantidades.
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DESVANTAGENS
VANTAGENS
Traços - exemplo
Traço de concreto projetado, por metro cúbico, para aplicação Via Seca:
400 kg Cimento CP-IV
1075 kg Pedrisco (pó de brita) A relação a/c deve ser
710 kg
12 kg
Areia média
Acelerador de pega em pó
menor que 0,5
155 Litros de Água
Densidade aproximada: 2,35
Equipamentos e aplicação
Equipamento robotizado Alpha 15TDH,
produzido no Chile pela Normet, com
capacidade nominal de produção de 15
m³/h.
Preço: € 230 mil, + importação
Desgaste: 15 a 20% do custo horário
produtivo, por m³. Bico
Motor/Bomba Aditivo
Massa
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Concretando um
invert
Segurança operacional, em
função da lança
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ADITIVOS
ENSAIOS
NORMAS TÉCNICAS
NBR 13044 Concreto projetado - Reconstituição da
mistura recém-projetada;
NBR 13069 Concreto projetado - Determinação dos
tempos de pega em pasta de cimento Portland, com ou
sem a utilização de aditivo acelerador de pega;
NBR 13317 Concreto projetado - Determinação do índice
de reflexão por medição direta;
NBR 13354 Concreto projetado - Determinação do índice
de reflexão em placas;
NBR 14026 Concreto projetado - Especificação;
NBR 14278 Concreto projetado - Determinação da
consistência através da agulha de Proctor; e
NBR 14279 Concreto projetado - Aplicação por via seca -
Procedimento.
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Utilização de Fibras
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Hooked
‘ganchos’
Crimped
‘crespa’
Gluded
‘colada’
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ATENÇÃO:
Concreto Moldado
O Concreto Moldado, conforme o próprio nome
diz, consiste na aplicação de concreto estrutural
convencional à estrutura, por meio da utilização de
formas.
Em função dos volumes lançados, é convencional
a utilização de formas rolantes (deslizantes),
montadas em estruturas ajustáveis, que se
retraem para desformar e permitir o avanço.
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Exemplo de cálculo de um
revestimento definitivo.
Com 60 cm de concreto,
sem armação, foi suficiente
para resistir às solicitações
de carregamento.
Fonte: ANAS S.p.A. (Galleria
Ramaione)
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Aplicação de manta
Detalhe: nicho para hidrante impermeabilizante (lona
PVC), e posterior armação
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Detalhe:
Após concluir a concretagem,
é necessário fazer injeção de
nata de cimento na parte
superior da seção, pois
sempre ficam vazios de
concretagem, inerentes à
execução.
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Cambotas Metálicas
O sistema de suporte formado por cambotas
metálicas e treliças metálicas, pode ser composto
por peças retas, ou curvadas, de maneira a
acompanhar o formato da escavação.
Em alguns casos, não há função estrutural plena,
mas de segurança operacional e de garantia de
geometria.
No passado, tal tarefa era desempanhada por
peças de madeira.
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Cambotas perfiladas
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Tipos de Cambotas Exemplo de projeto de Cambota I 6”
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Treliça
As cambotas metálicas treliçadas, fabricadas
geralmente com aço CA-50, apresentam maior
facilidade executiva, e com resistência estrutural
suficiente para a maioria das aplicações.
O espaçamento de instalação varia de acordo com
o projeto, mas costuma ficar entre 0,5 m a 1,0 m.
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Reforços
Treliças depois
Treliça, reforçada,
antes usada como falso
túnel.
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TRELIÇA COM 3 BARRAS
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TRELIÇA COM 4 BARRAS
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Emendas
Bancada de
montagem de
cambota metálica
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L. Redaelli
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Estrutura Tubular
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Sistemas de Reforço
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Enfilagens
As enfilagens metálicas tubulares representam a
execução de um pré-suporte, que atuará como
reforço do maciço.
Consiste na cravação de tubos de aço na face de
escavação, em disposição tronco-cônico.
Difere-se, entretanto,
que antigamente o
único material utilizado
para isto era a
madeira, e não havia a
possibilidade de
escavação que os
equipamentos de
perfuração permitem,
atualmente.
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Disciplina: Obras Subterrâneas
Entretanto, há muitos
casos de obras em que as
cambotas permanecem
com um único tamanho,
fazendo com que a
enfilagem não tenha um
contato direto com a
cambota, e alterando a
conceitação de cálculo.
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CRAVAÇÃO DE
ENFILAGENS
Tubos de =4” Foto: Eloi
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Disciplina: =4”,Subterrâneas
Tubo Obras com injeção de
cimento, e barra de aço CA-50
no interior do tubo, para
aumento da resistência
Foto: Eloi
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Cambotas
Enfilagens
Espaçador de cambota
É um sistema em que,
durante a perfuração,
já é feita a instalação
do tubo de
revestimento
definitivo, não
permitindo que haja
deslocamentos
internos no furo.
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Tirantes e Chumbadores
Os tirantes e os chumbadores são peças de aço,
de formato circular, que são inseridos no maciço
rochoso, visando melhorar as condições de
resistência da rocha.
A diferença entre um e outro é a seguinte:
TIRANTE: É ativo, por meio da aplicação de pré
e/ou pós tensão.
CHUMBADOR: É passivo, e só começa a atuar
quando da mobilização do maciço.
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Tirante
Arco
Tipos de Fixação
QUÍMICA: Entre a barra de aço e a parede do
furo, o espaço é preenchido por resina química, ou
argamassa de cimento Portland.
MECÂNICA: Por técnicas de expansão, o contato
direto entre as peças do tirante e a parede do furo
faz com que a barra seja ‘travada’, para posterior
tensionamento.
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FIXAÇÃO QUÍMICA
Fonte: DSI-Fosminas
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Cimento
injetado
Barra
Placa de face
Detalhe dos elementos para
injeção da nata de cimento
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Barra expandida
33 a 39 mm de diâmetro
É visto que, ao
arrancamento, o tirante
de fibra de vidro
apresenta até maior
resistência que as peças
de aço. Porém, tais
elementos possuem
pouca resistência ao
corte, sendo evitado em
maciços com provável
deslocamento de blocos.
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Procedimento executivo
Para os tirantes com fixação de resina, que são os
mais utilizados, o procedimento é o seguinte:
i. Realizar a perfuração do maciço, geralmente
com o próprio jumbo eletro-hidráulico;
ii. Inserir os cartuchos de resina no interior do
furo;
iii. Inserir a barra do tirante, em movimentos
circulares, para romper os cartuchos e misturar
a resina e o acelerador;
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Disciplina: Obras Subterrâneas
Existem equipamentos
especiais para a colocação de
tirantes, a fim de este serviço
seja desenvolvido de maneira
independente da utilização do
Jumbo
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Tirantes Autoperfurantes
Eliminam a necessidade da divisão das atividades
(perfuração e instalação dos tirantes), resultando
em ganho de velocidade da obra. O próprio tirante
realiza a perfuração, e depois a injeção química é
realiza no espaço anelar.
É ideal para locais em que o maciço causa um
rápido fechamento do furo, após a escavação.
Jet Grouting
O Jet Grouting (cimentação a Jato) é, em suma,
uma técnica de melhoramento das características
do solo, por meio da injeção de cimento.
Sem escavar, e em níveis estritamente
necessários, são formados corpos sólidos
suficientemente impermeáveis, a partir do solo do
próprio maciço, mediante a ação de jato de calda
consolidante (geralmente, água + cimento).
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Emprego de JG a
partir da superfície
L. Redaelli
Aplicação de JG a
partir da face de
escavação
Guatteri et. al,
2005
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Jet Grouting
Enfilagens
Equipamento de perfuração
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SUSTENTAÇÃO
DO TERRENO
SUSTENTAÇÃO DA
FRENTE
Nível d´ água
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Procedimento executivo
Inicialmente, é realizado um pré-furo, com ou sem
tubo de revestimento. Depois, é baixado o
conjunto de injeção, que inicia a aplicação de jato
de baixo para cima.
Bomba de
injeção
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Fonte: jet-grouting.com
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Fonte: http://www.ib.pwr.wroc.pl/zmg/sgem/n34-04/art03_n034_2004.pdf
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Congelamento do Solo
A técnica de congelamento do solo (soil freezing),
como o próprio nome já indica, consiste na
aplicação de baixíssimas temperaturas na área do
entorno da uma escavação (ou fundação de
edifícios, por exemplo), visando a congelar a água
do lenços freático.
Com o congelamento, solidificam-se as camadas
instáveis, passando este material a absorver
esforços provenientes da estrutura. Ainda, reduz o
grau de permeabilidade, permitindo o trabalho à
seco.
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Ciclo fechado
(Sistema Brine)
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Tubulação de cobre