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Caderno de Aula Compilado – Direito Penal

Princípios básicos do direito penal. Direito penal e política criminal. Parte Geral do Código Penal. Parte
Especial do Código Penal (Decreto-Lei nº 2.848/1940) e suas alterações; crimes contra a incolumidade
pública; contra a paz pública; contra a fé pública; contra a administração pública. Leis Penais Especiais: Lei
nº 11.343/2006 (Tráfico ilícito e uso indevido de substâncias entorpecentes). Lei 12.850/2014 (Crime
organizado). Lei nº 9.613/1998 (Lavagem de dinheiro). Lei nº 4.898/1965 (Abuso de autoridade). Lei nº
10.826/2003 (Estatuto do Desarmamento). Lei nº 9.296/1996 (Interceptação telefônica). Lei nº
13.260/2016 (Crimes de Terrorismo). Lei nº 7.170/1983 (Crimes contra a segurança nacional).

1. Princípios Básicos do Direito Penal

Três elementos: agente (pessoa praticante); fato ilícito/deletério; pena (reprimenda, punição).

PRINCÍPIO RELACIONADO À MISSÃO DO DIREITO PENAL

- Princípio da Intervenção Mínima. Fragmentariedade (princípio da insignificância); Subsidiariedade.

AO AGENTE

-Princípio da responsabilidade pessoal.

-Princípio da responsabilidade subjetiva.

-Princípio da Culpabilidade.

AO FATO:

Materialização/exteriorização dos fatos. Não se pune pelo que se é, mas pelo que se fez. Exceção é o
crime de vadiagem (sim, existe essa contravenção penal). Lesividade/ofensividade. Não há crime sem
perigo ou lesão ao bem jurídico.

À PENA:

Legalidade: não há crime sem previsão legal anterior; não há pena sem prévia combinação. Reserva legal
mais anterioridade; reduz o poder estatal e seus abusos; respeito à tripartição de poder; relaciona-se ao
garantismo; leis incompletas com ausência valorativa ou normativa; crime, contravenção penal, pena.
Individualização da pena: agente, conduta, proporcionalidade. Intransmissibilidade/pessoalidade da pena:
a pena não pode passar do condenado. Proporcionalidade da pena: de acordo com a gravidade do fato e
com as condições do agente. Inevitabilidade/inderrogabiidade da pena: exceção é o perdão judicial.
Dignidade da pessoa humana: vedada pena indigna (cruel, desumana, degradante); humanização das
penas, vedadas penas de morte, perpétuas, de trabalho forçado, cruéis ou de banimento.

2. Direito Penal e Política Criminal

- Movimento de Lei e Ordem.

- Direito Penal do Inimigo (Gunther Jakobs).

- Garantismo (Luigi Ferrajoli).

- Abolicionismo.
4. Direito Penal, Parte Geral: ilicitude e culpabilidade

1 –Ilicitude (sumário)

-Conceito

-Teorias explicativas da relação existente entre ilicitude e tipicidade

-Previsão Legal das causas excludentes de ilicitude (descriminantes)

-Excludentes da Parte Geral do Código Penal (artigo 23 do CP)

a) Estado de Necessidade (artigo 24 do CP)

b) Legítima de defesa (artigo 25 do CP)

c) Estrito Cumprimento de um dever legal

d) Exercício regular de um direito

e) Ofendícula/ Ofensácula

f) Consentimento do ofendido

•1.1 –Teorias Acerca da Ilicitude

a) Corrente da autonomia / absoluta independência (Ernest Beling): tipicidade não gera juízo de valor na
ilicitude

b) Corrente da indiciariedade/ ratiocognoscendi (Beling-Mayer): a tipicidade faz presumir a ilicitude.


Prevalece na doutrina

c) Corrente da absoluta dependência / ratioessenci (Mezger) : ilicitude é essência da tipicidade.

•1.2 –Excludentes da Parte Geral do Código Penal (artigo 23 CP)

•Exclusão de ilicitude

•Art. 23-Não há crime quando o agente pratica o fato:

I -em estado de necessidade;

II -em legítima defesa;

III -em estrito cumprimento de dever legal ou no exercício regular de direito.

Excesso punível

Parágrafo único-O agente, em qualquer das hipóteses deste artigo, responderá pelo excesso doloso ou
culposo.

•1.3 –Estado de Necessidade (artigo 24 CP)

-Requisitos
a) Perigo Atual: fruto de comportamento humano, da natureza ou (em regra) de ataque de animais. Sem
destinatário certo.

b) Perigo não causado voluntariamente (dolosamente) pelo agente

c) Visa salvar direito próprio ou de terceiro

d) Inexistência do dever legal de enfrentar o perigo

-Teoria Unitária: só reconhece estado de necessidade justificante. Ou seja, se o bem protegido for de valor
igual (=) ou maior (+) ao do bem sacrificado.

Assim, se o bem protegido tiver valor menor (-) ao sacrificado, haverá redução de pena.

Art.24- Considera-se emestado de necessidade quem pratica o fato para salvar de perigo atual, que não
provocou por sua vontade, nem podia de outro modo evitar, direito próprio ou alheio, cujo sacrifício, nas
circunstâncias, não era razoável exigir-se.

§1º-Não pode alegar estado de necessidade quem tinha o dever legal de enfrentar o perigo.

§2º-Embora seja razoável exigir-se o sacrifício do direito ameaçado, a pena poderá ser reduzida de um a
dois terços.

•1.4 –Legítima Defesa (artigo 25 CP)

-Requisitos

a) Agressão Injusta: conduta humana que ataca bem jurídico de alguém.

Obs1: a conduta por se dar por ação ou omissão.

Obs2: o fato de ser injusto não significa que o fato seja típico

Obs3: a injustiça é na percepção do ofendido, não importando a consciência do agressor.

Obs4: Pode abarcar ataque de animal na situação de o ataque ter sido ordenado por alguém

b) Atual ou iminente (prestes a ocorrer)

c) Uso dos meios necessários de forma moderada: no caso, o meio menos lesivo que seja capaz de repelir
a agressão.

Art.25-Entende-se em legítima defesa quem, usando moderadamente dos meios necessários, repele
injusta agressão, atual ou iminente, a direito seu ou de outrem.

•Diferenças

•Estado de Necessidade (artigo 24CP)

-conflito de vários bens jurídicos

-perigo decorre de fato humano/ natural, sem destinatário certo

-interesses em conflito são legítimos. Possível, assim, haver Estado de Necessidade x Estado de
Necessidade
•Legítima Defesa (artigo 25 CP)

-ameaça ou ataque a um bem jurídico

-agressão humana, com destinatário certo

-Interesse do agressor é ilegítimo. Por isso, inviável haver Legítima Defesa Real x Legítima Defesa Real

•1.5 –Descriminantes em branco

-Estrito Cumprimento do Dever Legal

-Exercício Regular de um Direito.

•1.6 –Ofendícula/ Ofensácula

•1.7 –Consentimento do Ofendido (causa supralegal de exclusão da ilicitude)

-Requisitos

a) o consentimento não pode vir no tipo, pois, se assim o for, afasta a tipicidade

b) ofendido deve ser capaz de consentir

c) bem renunciado deve ser próprio e disponível

d) consentimento deve ser livre e consciente (manifestado antes ou durante a prática do ato. Se depois,
pode ser renúncia ou perdão e afastar a punibilidade)

•2–Culpabilidade

-Elementos:

a) imputabilidade

b) potencial consciência da ilicitude

c) exigibilidade de conduta diversa.

•2.1 –Imputabilidade (artigo 26, 27 e 28 CP)

-Conceito

-Sistemas de inimputabilidade

a) Sistema biológico: adotado para menoridade

b) Sistema Psicológico

c) Sistema Biopsicológico: adotado para anomalia psíquica e embriaguez

•-Causas de Inimputabilidade:

a) Menoridade (artigo 27 CP)


Art.27-Osmenoresde18(dezoito) anos são penalmente inimputáveis, ficando sujeitos às normas
estabelecidas na legislação especial

b) Embriaguez (artigo 28 CP)

b.1)Espécies de embriaguez:

Quanto ao grau: completa (sem capacidade de entendimento e autodeterminação) e incompleta (diminui


o grau de entendimento e autodeterminação)

Quanto à origem: acidental (caso fortuito ou força maior), não acidental (voluntária ou culposa),
patológica e preordenada

b.2) Teoria da actiolibera in causa

Art. 28, §1º-É isento de pena o agente que, por embriaguez completa, proveniente de caso fortuito ou
força maior, era, ao tempo da ação ouda omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do
fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento.

c) Debilidade Psíquica (artigo 26 CP).

Art. 26-É isento de pena o agente que, por doença mental ou desenvolvimento mental incompleto ou
retardado, era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do
fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento

Obs: Art. 28-Não excluem a imputabilidade penal:

I -a emoção ou a paixão;II -a embriaguez, voluntária ou culposa, pelo álcool ou substância de efeitos


análogos

•2.2 –Potencial Conhecimento da Ilicitude

-Erro de proibição normativo

a) se inevitável/ escusável –isento de pena

b) se evitável / inescusável –reduz a pena (dolo brando)

•2.3 –Exigibilidade de Conduta Diversa

-Coação Moral Irresistível

-Obediência Hierárquica

•Inimpuabilidade

-Menoridade

-Embriaguez

-Debilidade Psíquica

•Potencial conhecimento da ilicitude

-Erro de proibição normativo


•Exigibilidade de conduta diversa

-Coação Moral Irresistível

-Obediência Hierárquica

5. Direito Penal, Parte Geral: iter criminis e concurso de agentes

• 1 – Iter Criminis

1.1 - Fases

a) Fase Interna

- Cogitação : ideia do crime

- Atos preparatórios: agente cria condições para praticar o crime

b) Fase Externa

- Atos Executórios: agente atua exteriormente para realizar o crime

- Consumação: instante da composição plena do fato criminoso. (artigo 14, inciso I, CP)

1.2 – Tentativa / Conatus / Crime Manco (artigo 14, inciso II, do CP)

- Elementos

a) início da execução

b) não se consuma por circunstâncias alheias a vontade do agente

c) Resultado possível

– Consequência da tentativa: redução de 1/3 a 2/3 da pena

– Classificação da tentativa

a) Quanto ao iter criminis percorrido: tentativa perfeita / acabada / crime falho ou tentativa imperfeita /
inacabada

b) Quanto ao resultado produzido: tentativa cruenta / vermelha ou tentativa incruenta / branca

c) Quanto a possibilidade de alcançar o resultado: tentativa idônea ou tentativa inidônea / crime


impossível / crime oco

- Não admitem tentativa

a) crime culposo (salvo culpa imprópria – descriminante putativa)

b) crime preterdoloso

c) contravenção penal

d) Crime habitual
e) Crime unissubsistente (crimes omissivos puros ou crime de mera conduta)

1.3 – Pontes de Ouro (Espécies de Tentativa – artigo 15 CP)

a) Desistência Voluntária

- Ocorre na tentativa inacabada

- Admite interferência externa de outra pessoa. Se interferência exterior (v.g. dispara alarme), há tentativa

- Consequência: responde pelo residual remanescente típico (atos já praticados).

b) Arrependimento Eficaz

- Ocorre na tentativa acabada

- O agente, desejando retroceder na atividade delituosa percorrida, desenvolve nova conduta

- Consequência: se eficaz, responde pelo residual remanescente típico (atos já praticados) ; se ineficaz,
apenas interfere na dosimetria da pena

1.4 – Ponte de Prata / Arrependimento Posterior (artigo 16 do CP)

- Consequência: diminui a pena, de 1/3 a 2/3, de acordo com a celeridade na reparação da coisa

- Requisitos:

a) crime, já consumado, sem violência ou grave ameaça

b) Deve ser reparado o dano ou restituída a coisa de forma integral e voluntária

c) Até o recebimento da denúncia (ação penal pública) ou de queixa crime (ação penal privada).

• 2 – Concurso de Agentes

- Conceito: número plural de pessoas concorrendo para o mesmo evento

- Classificação doutrinária do crime

a) Crime monossubjetivo / concurso eventual: praticado por 1 ou mais pessoas

b) Crime plurissubjetivo / concurso necessário

b.1) de condutas paralelas: condutas se auxiliam (v.g. associação criminosa)

b.2) de condutas contrapostas (v.g. rixa)

b.3) de condutas convergentes: as condutas se encontram (v.g. bigamia)

• 2.1 – Autor

- Conceito dualista: realiza o núcleo do tipo (autor), não entra no núcleo (partícipe)

- Coautoria: pode ser concomitante ou sucessiva (se até a consumação)

- Autor Mediato
- Participação

a)Moral (induz ou instiga)

b)Material (auxilia)

- Requisitos do Concurso de Pessoas (PRELI)

a) Pluralidade de agentes

b) Relevância causal das várias condutas

c) Liame subjetivo entre os agentes

d) Identidade de infração penal

• 2.2 – Possíveis questionamentos de prova

- Teoria monista / unitária: é a regra. Se concorrem para o mesmo fato, respondem pela mesma pena

Art. 29 - Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este cominadas, na medida
de sua culpabilidade

- Cooperação dolosamente distinta / participação em crime menos grave

a) Queria crime menos grave -> sofre a pena do crime que pretendia.

b) O crime diverso era praticado era previsível -> sofre a pena do crime que pretendia, com aumento de
pena

c) Crime ocorrido era previsto -> sofre a pena do crime que ocorreu.

Art.29, § 2º - Se algum dos concorrentes quis participar de crime menos grave, ser-lhe-á aplicada a pena
deste; essa pena será

aumentada até metade, na hipótese de ter sido previsível o resultado mais grave.

- Comunicabilidade das circunstâncias

Art. 30 - Não se comunicam as circunstâncias e as condições de caráter pessoal, salvo quando elementares
do crime

6. Direito Penal, Parte Geral: teoria geral da pena

•1 –Teoria Geral da Pena

1.1 -Finalidades

-Teoria absoluta / retribucionista

-Teoria preventiva / utilitarista

-Teoria Eclética / Mista

1.2 –Tipos de Pena


-Penas proibidas (art.5, LVII, CRFB)

Art.5, XLVII -não haverá penas:

a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos do art. 84, XIX;

b) de caráter perpétuo;

c) de trabalhos forçados;

d) de banimento;

e) cruéis;

-Penas permitidas

1.3 –Aplicação da Pena (art.68 CP)

1.3.1-Critério trifásico / Nelson Hungria

Art. 68-A pena-base será fixada atendendo-se ao critério do art. 59 deste Código; em seguida serão
consideradas as circunstâncias atenuantes e agravantes; por último, as causas de diminuição e de
aumento

1.3.2 -1 fase / Fixação da pena base (circunstâncias judiciais –artigo 59 CP)

-Características:

a) Juiz atrelado a pena mínima e máxima

b) Juiz parte da pena mínima

c) Quantumde aumento fica a critério do juiz

-circunstâncias:

a) subjetivas: culpabilidade (reprovabilidade), antecedentes, conduta social do agente (ambiente familiar,


de trabalho), personalidade do agente (retrato psíquico) e motivos do crime.

b) Outras circunstâncias: circunstâncias do crime (modus operandi), consequências do crime (para vítima
e familiares) comportamento da vítima.

1.3.3 –2 Fase (agravantes / atenuantes)

-Características:

a) Juiz atrelado a pena mínima e máxima

b) Juiz parte da pena fixada na 1 fase

c) Quantumde aumento fica a critério do juiz

-Agravantes (artigos 61 e 62 CP): em regra, agravam a pena (salvo: se constituem ou qualificam o crime, se
a pena base foi fixada no máximo e quando a atenuante for preponderante)

Obs: Reincidência: TJ da sentença condenatória de crime anterior + novo crime (artigos 63 e 64 CP)
-Atenuantes (artigos 65 e 66 CP): em regra, atenua (salvo: se constituem ou privilegiam o crime, se a pena
base foi fixada no mínimo, quando a agravante for preponderante)

•1.3.4 –3 Fase (causas de aumento / de diminuição)

-Características:

a) Pena pode extrapolar os limites mínimos e máximos

b) Quantum de pena a ser aplicado está previsto em lei

•1.4 –Fixação do Regime Inicial de Cumprimento de Pena

a) Tipo de pena: reclusão, detenção ou prisão simples

b) Quantidade de pena (art.33, parágrafo 2 CP)

c) Condições pessoais do condenado: se reincidente ou não

d) Circunstâncias judiciais (artigo 59 CP)

-Pena de Reclusão

a) Regime inicial fechado (pena suplanta 8 anos)

b) Regime inicial semiaberto ( 4 anos < Pena <= 8 anos)

c) Regime aberto (Pena <= 4 anos)

Obs: será fechado o regime sempre que o condenado for reincidente (Súmula 269 STJ), salvo se a pena for
inferior a 4 anos e tiver circunstâncias judiciais favoráveis

-Pena de Detenção

a) Regime inicial semiaberto (4 anos <Pena)

b) Regime inicial aberto (Pena < 4 anos)

Obs1: não se admite regime inicial fechado. Porém, pode ir para tal regime em caso de regressão de pena

Obs2: Se reincidente, regime inicial semiaberto

-Prisão Simples

É pena privativa de liberdade adotada para contravenções penais.

O regime inicial pode ser semiaberto ou aberto. Jamais fechado, nem mesmo pela regressão

•1.5 –Substituição por penas alternativas

-1.5.1 –Penas restritivas de direito.

-Conceito

-Espécies de penas restritivas de direito (artigo 43 CP)


a) Prestação de serviços à comunidade

b) Limitação de final de semana

c) Interdição temporária de direitos

d) Perda de bens e valores

e) Prestação Pecuniária

-Características das penas restritivas de direito

a) Autonomia

b) Substitutividade

-Requisitos (cumulativos) para substituir a pena privativa de liberdade por restritiva de direito

a) Se o crime for doloso: pena não superior a 4 anos e o delito sem violência ou grave ameaça

Se culposo: sempre possível a substituição

b) Réu não reincidente em crime doloso

Exceção (artigo 44, parágrafo 3 CP) : se a medida for socialmente recomendada e a reincidência não se
tenha operado em virtude da prática do mesmo crime (reincidência específica)

-Critério para aplicação da restritiva de direito (artigo 44, parágrafo 2 CP)

a) Se pena não superior a 1 ano -> pode substituir por uma restritiva de direito ou uma pena de multa

b) Se pena superior a 1 ano -> deve substituir por 2 restritivas de direito ou uma restritiva de direito
cumulada com uma pena de multa

Observações: conversão (parágrafo 4 CP) e superveniência de condenação de privativa de liberdade,


enquanto se cumpria uma restritiva de direito (parágrafo 5 CP)

1.5.2 –Multa

-Substitui privativa de liberdade não superior a 1 ano

-Em caso de descumprimento, deve ser executada como dívida ativa (competência da vara de execuções
fiscais).

-Destinatário dela é o Estado

-Fixada num patamar de 10 a 360 dias-multa (artigo 49 CP)

a)Para fixar a quantidade de dias-multa, se observa o critério trifásico

b) Fixada a quantidade de dias-multa, o juiz deve fixar o valor do dia-multa, que varia de 1/30 a 5x o
salário mínimo.

Obs1: para fixar o valor, o juiz considera a capacidade econômica do sentenciado (art.60 CP)

Obs2: Se o valor não for suficiente, poderá ser triplicado (artigo 60, parágrafo 1 CP)
Obs3: o valor da multa deve ser atualizado pelo índice de correção monetária (artigo 49, parágrafo 2 CP)

Obs4: multa não pode ser convertida em privativa de liberdade e não pode ser abatida de eventual
condenação na esfera civil.

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