Você está na página 1de 12

Centro Universitário de Desenvolvimento do Centro Oeste - UNIDESC

Tatiana Estér Thainá Morais da Silva

O Direito Internacional dos Refugiados e a Relação Nacional Econômica


Brasileira face aos Refugiados Venezuelanos

Luziânia
2020
Tatiana Estér Thainá Morais da Silva

O Direito Internacional dos Refugiados e a Relação Nacional Econômica


Brasileira face aos Refugiados Venezuelanos

Projeto apresentado como pré-requisito para


aprovação na disciplina de Oralidade e
Argumentação Jurídica, ministrada pelo Prof.
Esp. Gianni Nery Mota.

Prof. Orientador: Gianni Nery Mota

Luziânia
2020
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO 4

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 6

3. JUSTIFICATIVA 8

4. OBJETIVO GERAL 9

4.1. Objetivos Específicos 9

5. METODOLOGIA 10

6. CRONOGRAMA DE ATIVIDADES 11

REFERÊNCIAS 12
4

1. INTRODUÇÃO

O acolhimento de refugiados em territórios estrangeiros não é apenas algo


humanitário. Com muitos conflitos decorridos de guerras, perseguições étnicas, raciais,
políticas e econômicas, identifica-se, por intermédio da mídia, a veiculação de notícias de
famílias fugindo de seu país natal para países estrangeiros.
Em 1951, as Organizações das Nações Unidas (ONU), constatando a grande
necessidade de uma proteção especial a esses grupos de pessoas, realizou uma reunião
tratando como tema os direitos dos refugiados, nascendo a Convenção Relativa ao Estatuto
dos Refugiados (Convenção de 1951), sendo recepcionada por muitos Estados-Membros,
incluindo o Brasil, em 1952.
Apesar de ter sido um grande passo, há de se atentar que “os problemas dos
refugiados tem portanto peso numérico” (Celso Lafer, apud JUBILUT, 2007, p.30), pois
muitos países delimitam limites para a grande demanda advinda dos refugiados, fazendo
com que muitos países fechem suas fronteiras, sendo uma grande preocupação a
subsistência dos refugiados acolhidos pelo país que os abriga.
O Brasil, porém, continua acolhendo refugiados em sua grande demanda, tendo
como caso mais recente os refugiados venezuelanos que começaram a ingressar em
território nacional desde 2018, devido a crise política enfrentada na Venezuela, que
segundo dados do próprio Alto Comissariados das Nações Unidas para os Refugiados
(ACNUR), chegam atualmente a mais de 37 mil venezuelanos reconhecidos no território
nacional, tornando-se o país com maior número de refugiados venezuelanos da América
Latina. (UNHCR ACNUR, 2020)
Por fim, este estudo tem como problematização: qual o proveito econômico que o
Brasil adquiriu com a chegada e recepcionamento dos refugiados da Venezuela desde o
ano de 2018? A importância da presente problemática se dá devido ao fato que os
venezuelanos não terem sido “vistos com bons olhos pelos governos, vistos que os novos
habitantes daquele estado contribuíram com o crescimento econômico deste, através da
tributação do oferecimento de seus conhecimentos específicos”. (JUNIOR, 2017, p. 200)
Assim, vale questionar, também, e analisar, se com a Convenção de 1951 solucionou
todos os problemas advindo das migrações forçadas e qual seria seu objetivo principal
alcançado? Com isso, é importante entender a definição, primeiramente, de refugiados
prevista no artigo 1° da Lei 9.474/97, verificando a sua extensão, sendo tratado também, o
papel fundamental da ACNUR no Brasil.
Deste modo, esta pesquisa tratará de forma a compreender a eficácia da Lei n°.
9.474/97 diante do governo nacional mediante a economia que advém, proporcionando
subsistência aos novos migrantes.
Desta feita, delimitou-se como tema, para a realização da pesquisa, “O Direito
Internacional dos Refugiados e a Relação Nacional Econômica Brasileira face aos Refugiados
Venezuelanos”, procurando compreender até onde consegue o Estado Nacional Brasileiro
recepcionar tantos refugiados, estando este ainda em crise econômica. Procurando ainda de
forma eficaz, dentro da norma internacional delimitar limites e controle adequados a esse
quadro.
Ainda, no que cerne ao objetivo geral e específicos, determinou-se como objetivo
geral, para a realização da pesquisa analisar se o Brasil, como Estado-membro, recepcionou a
Convenção de 1951 - Convenção relativa ao Estatuto dos Refugiados, bem como examinar se a Lei n°
9.474/97 demonstra-se eficaz na positivação do direito dos refugiados Venezuelanos em relação a
economia brasileira. Determinando como objetivos específicos para a conclusão do objetivo geral: (1)
comparar a normatização nacional com outros países próximos e sua aplicabilidade; (2)
demonstrar se houve evolução nacional em benefício dos novos refugiados desde 2018 e (3)
Analisar economicamente o dano ou proveito dos refugiados no Brasil.
5

Assim, para o desenvolvimento da pesquisa, delimitar-se-á como fonte de pesquisa e


embasamento as bibliografias dos autores JUBILUT (2007), SILVA JR. (2017), ANNONI
(2018), bem como artigos que abordam sobre o tema proposto, seguido, por fim, de dados
atuais do site oficial UNHCR ACNUR.

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

O direito internacional dos refugiados é de bastante relevância como modo de


6

proteção e garantias de direitos às pessoas que se encontram desamparadas e vulneráveis. O


Brasil assumiu tal comprometimento ao ratificar a convenção de 1951, e mais tarde
promulgando a Lei n° 9.474/97, sendo visto pela Ordem das Nações Unidas como um
referencial para outros países.
Porém é importante destacar o que seria refúgio que é um lugar que serve de
proteção para pessoas que fogem de perseguições étnicas, raciais, guerras, políticas,
econômicas e sociais. Assim, como menciona Silva Jr.,

“a maior parte dos refugiados, como os que escapam de guerras, não se


enquadram nas categorias previstas na Convenção de 1951, o que levou à
adoção de diversos atos normativos específicos ampliando os motivos de
perseguição que permitem a caracterização do refúgio”.

Diante disso e de muitos problemas globais, cada vez se vê notícias de pessoas


fugindo de seu país de origem, muitas delas em busca de reconstruir uma nova vida.
O Brasil, por muitos anos vem acolhendo novos refugiados a cada ano, por essa
razão, muitos têm buscado em solo nacional brasileiro o reconhecimento e acolhimento
como refugiado, tendo como exemplo, os refugiados venezuelanos que por causa da grande
crise política enfrentada em seu país, tem buscado desde 2018 refúgio em solo brasileiro, o
qual segundo dados do próprio Alto Comissariados das Nações Unidas para os Refugiados
(ACNUR), “chegam atualmente a mais de 37 mil venezuelanos reconhecidos no território
nacional, tornando-se o país com maior número de refugiados venezuelanos da América
Latina”. (UNHCR ACNUR, 2020).
Desta forma, o ordenamento jurídico brasileiro em face aos refugiados tem se
mostrado de grande eficácia, sendo observado por Jubilut, como destaque que para a

“acolhida dos refugiados abrange três programas principais, que são: (1)
Proteção: realizada pela fiscalização da aplicação dos diplomas legais
sobre refugiados (que no Brasil são a Lei 9.474/1997 e a Convenção de
1951, revisada pelo Protocolo de 1967); e (2) Assistência e (3) Integração:
que tratam dos aspectos sociais e cotidianos dos refugiados, visando à sua
integração à sociedade brasileira e o resgate de sua dignidade”.

Porém, no tocante aos outros país, muitos já não conseguem recepcionar mais
grandes números de migrantes, pois não basta só recebê-los, devendo ser observados a
economia do próprio país. O Brasil continua recepcionando cada vez mais novos migrantes,
parecendo não se importar com a crise econômica enfrentada em seu país.
Todavia, como esclarece Annoni,

“No Brasil, a sociedade civil, via de regra, é quem tem se mobilizado para
garantir aos refugiados e aos contemplados com visto humanitário seus
direitos sociais. O setor privado também tem proposto e implementado
iniciativas de responsabilidade social para a efetivação de direitos sociais
de refugiados e migrantes”.

Com isso, é possível perceber que apesar da eficácia trazida no ordenamento jurídico
referente aos refugiados e ao reconhecimento como tal, alguns princípios como o princípio
da dignidade humana passam despercebidos pelo Estado Nacional, sendo que muitos
refugiados venezuelanos, para a subsistência ao novo país conta com o apoio da própria
população local.
Apesar da grande evolução do direito ao longo dos anos,ainda sim, muitos princípios
e direitos são inobservados e algumas vezes, até mesmo, ignorados. Não bastando apenas
cumprir com a exigência da Lei.
7

3. JUSTIFICATIVA

Com do desenvolvimento e evolução cada vez mais acelerado da humanidade, o


direito como ciência tenta acompanhar tais evoluções, procurando sanar conflitos, com o
8

objetivo de que as leis tragam mais harmonia a vida em sociedade. Com isso, não se pode ter
olhos apenas para sua própria pátria mãe, mas como um todo global. Por esta razão, o Direito
Internacional é de grande relevância, pois traz consigo soluções a situações problemas
sofridos mundialmente que também influenciam a vida em sociedade.
O Direito Internacional dos Refugiados é de grande destaque, visto os grandes
números de refugiados em solo brasileiro, como por exemplo, que se irá analisar no decorrer
da pesquisa, os refugiados venezuelanos que começaram a se deslocar em grande demanda no
ano de 2018. Por esta razão se aborda a eficácia do Estatuto dos Refugiados nos últimos anos,
destacando ainda o impacto socioeconômico no Brasil.
Desta forma, ao enxergar o avanço globalizado e as catástrofes da atualidade, o direito
internacional de forma silenciosa vem ganhando espaço no cotidiano social, em busca de que
relações internacionais sejam fortalecidas e crises globais sejam solucionados de forma mais
humanitária. Assim, delimitou-se como tema, e realização do projeto de pesquisa “O Direito
Internacional dos Refugiados e a Relação Nacional Econômica Brasileira face aos Refugiados
Venezuelanos”.
Tendo como objetivo geral do tema proposto analisar se o Brasil, como Estado-membro,
recepcionou a Convenção de 1951 - Convenção relativa ao Estatuto dos Refugiados, bem como
examinar se a Lei n° 9.474/97 demonstra-se eficaz na positivação do direito dos refugiados
Venezuelanos em relação a economia brasileira. Sendo determinado como objetivo específico de
forma a abranger melhor o objetivo geral: (1) comparar a normatização nacional com outros
países próximos e sua aplicabilidade; (2) demonstrar se houve evolução nacional em benefício
dos novos refugiados desde 2018 e (3) Analisar economicamente o dano ou proveito dos
refugiados no Brasil.
Buscando como metodologia, embasamentos teóricos e fonte de pesquisa para o
desenvolvimento da pesquisa, delimitar-se-á como fonte de pesquisa e embasamento as
bibliografias dos autores JUBILUT (2007), SILVA JR. (2017), ANNONI (2018), bem como
artigos que abordam sobre o tema proposto, seguido, por fim, de dados atuais do site oficial
UNHCR ACNUR.

4. OBJETIVO GERAL

Analisar se o Brasil, como Estado-membro, recepcionou a Convenção de 1951 - Convenção


relativa ao Estatuto dos Refugiados, bem como examinar se a Lei n° 9.474/97 demonstra-se eficaz na
9

positivação do direito dos refugiados Venezuelanos em relação a economia brasileira.

4.1. Objetivos Específicos

➢ Comparar a normatização nacional com outros países próximos e sua aplicabilidade.

➢ Demonstrar se houve evolução nacional em benefício dos novos refugiados desde


2018.

➢ Analisar economicamente o dano ou proveito dos refugiados no Brasil.

5. METODOLOGIA

Tanto o projeto de pesquisa quanto o artigo científico terão como bases metodológicas
a pesquisa indutiva qualitativa, esta, respaldada sob o espeque de produções bibliográficas,
documentais, descritivas e inferenciais.
10

Desta feita, é importante explicitar o conjunto de abordagens, técnicas e processos


utilizados para formular e resolver de maneira científica o problema proposto, contendo
explicações acerca de como é possível atingir os objetivos da pesquisa, aplicando a
metodologia proposta.

6. CRONOGRAMA DE ATIVIDADES

Etapas da execução do projeto.

AÇÕES JAN FE MA AB MAI JU JUL


11

V R R O N
Definição do tema e entrega do X
apêndice K
Pesquisa Bibliográfica X X X
Desenvolvimento da escrita do X X
Projeto de Pesquisa
Revisão Ortográfica X
Entrega e qualificação do projeto de X
pesquisa

REFERÊNCIAS

JUBILUT, Liliana Lyra. O Direito internacional dos refugiados e sua aplicação no


ordenamento jurídico brasileiro. São Paulo: Método, 2007.
12

ANNONI, Danielle. Direito Internacional Dos Refugiados e o Brasil. Curitiba: Gedai/


UFPR, 2018.

SILVA JR. Eraldo. Direito Internacional dos Refugiados no Século XXI: Desafios ao
Estado Brasileiro. Rev. secr. Trib. perm. revis. Año 5, No 10; 2017.

Brasil torna-se o país com o maior número de refugiados venezuelanos reconhecidos na


América Latina. UNHCR ACNUR, 2020. Disponível em: <https://www.acnur.org>. Acesso
em: 07 de maio de 2020.

Você também pode gostar