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Avaliação de

Empresas
aula 1

Ricardo Mollo, PhD


ricardo.mollo@brainbs.com.br

1
Recomendações
Avisos extrasiniciais
•  Aula começa pontualmente às 19:30hs às segunda
e quartas
•  Ler cases e slides antes das aulas como
preparação
•  Perguntas são sempre bem vindas – peço apenas
para levantarem a mão indicando sua intenção
•  Usem sempre em aula os prismas com seus
nomes
•  Mantenham celulares e internet desligados durante
a aula
•  Tragam computador, tablet ou HP12C
•  Evitem conversas paralelas durante a aula
Aula 1 - Objetivos

ü Para que serve Valuation?

ü Apresentar os tipos de ferramentas de


Valuation

ü Rever as Demonstrações Financeiras


Para que serve valuation ?
ü Para negociações societárias, análise de
investimentos e tomada de decisões estratégicas
ü Compra, venda, cisão, fusão, incorporação,
liquidação e dissolução de negócios
ü Captação de recursos e fechamento de capital
ü Ligação entre finanças e management (VBM)
ü Valor dos novos projetos
ü Análise de rentabilidade e risco
ü Controle de performance
Como avaliar um empresa?
Companhias vale pela capacidade de gerar fluxos de caixa futuros
Valuation
ü Instrumento de gestão e tomada de decisão.

ü “Value is a function of cash, time and risk” (AD)

ü Criação de valor está associada à percepção sobre


o retorno sobre um capital investido, sendo que este
retorno tem que ser maior que a taxa de risco
exigida pelo investidor.

ü Quanto maior o fluxo de caixa da empresa maior


será o valor percebido pelo mercado.
Valor - definição acadêmica

Ø As empresas de uma forma geral geram valor


quando tem retornos sobre o capital investido
maiores que seus custos, inclusive o custo de
capital.

Ø Se retorno sobre capital investido é maior que


o custo de capital estamos criando valor.

Ø O que é custo de capital?


Damodaran
“Valuation is not an objective exercise, and any
preconceptions and biases that an analyst
brings to the process will find their way into the
value.”
“Number crunching is not enough. Tell a story
that ties it together.”
“Great companies can be bad investments at
the wrong price. Bad companies can be good
investments with a good price and a good plan.”
Video AD
Valuation tem papel importante em diversas áreas

ü  Fusões e Aquisições (M&A, LBO, MBO e JV)


ü  Corporate Finance (IPO, primárias, secundárias e
fechamento de capital)
ü  Financiamento de Projetos (Project Finance, PPP e
Privatizações)
ü  Administração de Fundos (Asset Management)
ü  Investimentos privados (Private Equity e Venture Capital)
ü  Planejamento Estratégico (Corporate Strategy e VBM)
Valuation na Pesquisa – Equity Research
Metodologias e usos de Valuation
•  Análise Fundamentalista – Fundamentos que indiquem
perspectiva de crescimento sustentável dos fluxos de caixa

Company Situational Analysis


Strategic Analysis Economia
Macro economic conditions
Industry Analysis
Competitiveness Gestão Setor
Demand Analysis
Financial Analysis
Capital Analysis
People Analysis
Future profit outlook
Pricing Analysis Finanças Riscos
Efficiency
Growth Potential
Risk Analysis
Fatores que influenciam o valuation
ü  Potencial de crescimento
ü  Modelo de negócio e oferta de valor
ü  Potencial de inovação
ü  Diferenciação
ü  Concorrência e maturidade do mercado
ü  Barreiras de entrada
ü  Time e maturidade
ü  Plano de ação
ü  Capacidade de execução
ü  Riscos e diversificação
ü  Recorrência de receitas
ü  País
ü  Custo do capital
ü  Rentabilidade
ü  Marca
ü  Canais de distribuição
ü  Etapa de desenvolvimento da companhia
Metodologias e usos de Valuation

•  Análise Grafista – pregam que os preços são


impulsionados pela psicologia do investidor.
Analisa-se o gráfico de preços das ações e quando
se identifica uma imagem, entende-se que esta
situação indica uma tendência.

•  O analista técnica considera ferramentas como:


médias móveis, formato dos candle sticks, ondas de
Elliot, gaps, suportes e resistências, canais de alta
e de baixa, bandas de Bollinger, formatos de figuras
(triângulos, cunhas, retângulos, bandeiras e
flâmulas, etc.).
Análise Grafista (Technical Analysis)

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Metodologias e usos de Valuation

ü Investidores ativistas – tomam posições em


empresas com má reputação ou gestão, e por força
de seu patrimônio, promovem mudanças na forma
de administrar. Algumas vezes são pequenos
minoritários que ganham força por meios jurídicos.
ü Negociadores de informações – negociam ações
baseados no fluxo de informações ou se
antecipando à elas.
ü Avaliação para fins legais – liquidação, arresto
fiscal, inventário, disputas judiciais entre sócios,
processos de separação matrimonial, etc.
Valor
ü O que é?

Ø As empresas de uma forma geral geram valor


quando tem retornos sobre o capital investido
maiores que seus custos, inclusive o custo de
capital.

Ø Se retorno sobre capital investido é maior que


seu custo de capital estamos criando valor.
Recomendações
Valor extras
ü Como calcular?

Ø Múltiplos, desconto de fluxo de caixa,


opções reais.

Ø VPL é uma metodologia de análise de


geração de valor

Ø Estudaremos nas próximas aulas


Valor

ü Podemos gerar lucro e caixa e não gerar


valor?

ü E x. A empresa XYZ tem Capital


Investido de 10 milhões e teve lucro de
1,5 milhão. A empresa é lucrativa? É
rentável? Gerou valor?
Recomendações
Valor extras

ü Podemos gerar lucro e caixa e não gerar


valor?

Ø Lucrativa – 1,5 milhão

Ø Rentável? – Rentabilidade = 1,5/10 = 15%


Ø Se custo de oportunidade menor que 15%,
OK.
Recomendações
Valor extras
ü Podemos gerar lucro e caixa e não gerar
valor?

Ø Gera valor? Necessário saber o custo de


capital. Se custo de capital menor que 15%,
logo, gera-se valor.

Ø Ex. Se custo de capital é 18%, logo a


empresa gerou lucro, mas destruiu 3% de
valor.
Recomendações
Valor extras

ü Devemos monitorar o lucro ou o valor


gerado?

Ø Valor
Valor ou Preço, qual é o maior?

ü Qual a diferença?

Investidores decidem não


só pelo potencial de
retorno, mas também pelo
risco associado
Valuation - Instrumento de Gestão
•  Criação de valor está associada à percepção sobre
o retorno sobre um capital investido, sendo que este
retorno tem que ser maior que a taxa de risco
percebida pelo investidor.

•  Valor não é somente um fator a ser realizado pelo


investidor, deve ser tratado dentro da empresa. A
percepção do investidor em relação à administração
com foco em valor pode trazer benefícios em termos
de precificação de financiamentos e sobre o valor
das ações.
Valuation - Instrumento de Gestão
•  Internamente cada vez mais as empresas estão
buscando ter foco em valor e não somente no lucro
que é uma mensuração contábil a ser apresentada
ao fisco.

•  A contabilidade é uma fonte de dados para a


administração gerencial de valor. Cada gestor na
companhia é cobrado pelo seu desempenho em
termos de geração de valor em sua unidade de
negócio. Ex.- Valuation é como fazer comida:
precisa de bons ingredientes.
Valuation - Instrumento de Gestão
•  Quando falamos em criação de valor de forma
consistente, falamos em um processo de
planejamento com objetivos de longo prazo e
resultados e decisões gerenciais de curto prazo.

•  O c o n c e i t o d e v a l o r é a l g o i n e r e n t e a o
relacionamento entre os acionistas e os gestores da
organização. Este relacionamento pode ter conflitos
em relações às decisões - investimentos,
financiamentos e dividendos.
Valuation - Instrumento de Gestão
•  O Mercado está cada vez mais rigoroso em relação
às companhias (escândalos, fraudes, falências),
desta forma há uma exigência maior sobre a gestão
de valor fundamentada por objetivos claros, baseada
em parâmetros competitivos utilizando instrumentos
de gestão integrados.

•  A apuração e a percepção de valor está diretamente


relacionada à isto.
Valuation - Instrumento de Gestão
•  O que gera valor? Genericamente, todas as
decisões que proporcionam à empresa a
sinalização ao mercado de potencial geração de
fluxo de caixa.

•  Muito embora fatores externos possam causar


oscilações de curto prazo, as decisões corretas dos
administradores serão reconhecidas e tenderão a
se refletir nos preços de mercado.
Valuation - Instrumento de Gestão
•  A idéia básica de criação de valor está em adquirir
ativos, investir em novos produtos e serviços
aonde se espera que o retorno exceda o seu
custo, inclusive o custo de capital.

•  Investindo em produtos e projetos, a organização


cria valor se o retorno esperado excede o retorno
exigido pelo mercado financeiro e de capitais em
termos de risco envolvido.
Valuation - Instrumento de Gestão

•  Apesar de o tema valor estar relacionado à todas


as empresas, aquelas que tem ações em bolsa são
as mais beneficiadas pelo método pois o valor
criado ou destruído é automaticamente precificado
pelo mercado.

•  Quanto maior o fluxo de caixa da empresa maior


será o valor percebido pelo mercado e, desta
forma, maior o valor das suas ações.
Valuation - Instrumento de Gestão

•  No caso de empresas abertas, uma tendência é a da


correta comunicação externa, com transparência,
dando o direcionamento correto do futuro da
companhia em termos de criação de valor. Isto traz
efeitos diretos sobre o valor das ações e sobre o risco
percebido.

•  Logo o valor intrínseco é o que deve ser gerenciado


periodicamente pelas organizações.
Valuation - Instrumento de Gestão
•  O valor de mercado também deve ser monitorado
porém é uma proxy do valor intrínseco se o mercado
tiver a correta percepção do planejamento de longo
prazo da empresa. Ele é fundamental para gestão
pois determina o preço para novas capitalizações.

•  Copeland: Gestão de valor é um processo interativo


designado a aperfeiçoar as decisões estratégicas e
operacionais da organização com foco em seus
direcionadores de valor (value drivers).
Se dois avaliadores avaliarem uma companhia,
os valores calculados devem ser iguais?

ü Por que?

ü Não - Percepções, conhecimento,


experiências, sinergias, oportunidades
diferentes
Valuation é futurologia? Matemática pura?
Imaginação?
6000

5000

4000

3000 Precisamos imaginar


como será o futuro e como
FCL

2000 estruturaremos o roteiro para


capturarmos o valor.
1000

0
1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25 27 29 31 33 35 37 39 41 43 45 47 49 51 53 55 57 59 61

-1000
Mês
-2000
Um bom valuation é uma ponte que conecta uma história aos números (AD)

Brain Business School Vídeo Derman 35


Valuation é uma ferramenta de precisão, assim,
quando analisamos uma companhia, encontramos
um valor justo? Por quê?
8000

7000 Incertezas!!
6000

5000

4000
FCL

3000

2000

1000

0
1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25 27 29 31 33 35 37 39 41 43 45 47 49 51 53 55 57 59 61
-1000

-2000 Mês
FCL FCL' FCL"
Valuation não é precisa!!!
•  Realidade – Mesmo sendo cuidadoso na análise e usando
dados bem precisos, existe uma incerteza muito grande
nos números finais de uma análise, baseado nas
suposições de nossos inputs.
•  Logo usamos sempre uma boa margem de erro nas
projeções e análises de sensibilidade.
•  Valuation de empresas grandes e maduras tem menor erro,
porém empresas pequenas, com grandes crescimentos e
em países emergentes tem erro previsto maior, logo mais
risco pela incerteza. O prêmio também deve ser maior.
Quando avaliamos companhias, quanto mais
quantitativo o modelo de análise melhor? Melhor
qualitativo? Por quê?
ü Apesar de os modelos serem quantitativos, os inputs
podem ser qualitativos, altamente subjetivos e sujeitos
a julgamentos. Trazemos ao processo diversos dados
e vieses parciais o que pode afetar o valor.
ü Geralmente menos detalhes em valuation, levam a
melhores resultados, ou resultados que explicamos
melhor.
ü Detalhes demais levam ao erro e complexidade dos
modelos podem gerar o que se chama de “Síndrome
da caixa preta”, onde o analista não consegue
entender o seu próprio modelo.
Quanto mais eu faturar, mais valor eu tenho?
Por quê?

Se eu fizer um valuation bem feito, não


precisamos mais mudá-lo no futuro?
Por quê?

Quando avaliamos uma companhia o mais


importante é encontrarmos o valor?
Por quê?
Incertezas – são diversas em Valuation
Incertezas – são diversas em Valuation
ü  Mesmo nas melhores avaliações há incertezas. Fazemos
previsões para o futuro, e mesmo que sejamos profundos e
usarmos ferramentas estatísticas, há sempre fatores de risco
envolvidos.

ü  O ideal é sempre usarmos informações públicas disponíveis


de boas fontes para que entendamos cada um dos fatores
que podem sensibilizar o valor dos ativos.

ü  Há erros que cometemos quando coletamos dados, erros na


análise, nos números que produzimos e principalmente, na
falta de visão sobre a estratégia e arena competitiva da
empresa. Ex. Ir na fonte!!!
Incertezas – são diversas em Valuation
ü  Informações são abundantes. O segredo está em saber
qual informação é relevante e qual que sensibiliza o
valor das companhias.

ü  Geralmente menos detalhes em valuation, levam a


melhores resultados, ou resultados que explicamos
melhor.

ü  Detalhes demais levam ao erro e complexidade dos


modelos podem gerar o que se chama de “Síndrome da
caixa preta”, onde o analista não consegue entender o
seu próprio modelo.
Como calcular o valor de uma empresa?
Qual a melhor metodologia?

ü Ativos
ü Patrimônio Líquido
ü Faturamento
ü Lucros
ü Fluxo de Dividendos
ü Ativos Intangíveis
ü Fluxo de Caixa
ü Valor contingente
Tipos de ferramentas de Valuation
ü Avaliação contábil
ü Avaliação patrimonial pelo mercado
ü Avaliação relativa - múltiplos
ü Fluxo de caixa descontado e cenários
ü Precificação de opções
ü Venture Capital model
ü Berkus
ü Scorecard
ü Multi-factor
Fluxo de Caixa Descontado
ü Todo ativo vale pelo seu potencial de geração de
fluxos de caixa futuro, independentemente da forma
como os ativos são financiados.
ü Desconta-se o fluxo de caixa por uma taxa que
representa a incerteza, o risco e por conseqüência,
seu custo de capital.

FCL1 FCL 2 FCL n VPn


VP= 1
+ 2
+...+ n
+ n
(1+r) (1+r) (1+r) (1+r)
6000

5000

4000

3000 Quanto maior o risco,


menor o valor!!
FCL

2000

1000

0
1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25 27 29 31 33 35 37 39 41 43 45 47 49 51 53 55 57 59 61

-1000
Mês
-2000

Taxa de desconto 60% 50% 40% 30% 20% 10%


Valor da companhia 32.723 42.509 57.773 86.021 159.435 613.903

Brain Business School


Fluxo de Caixa Descontado
ü Vantagens
ü Exige que analista conheça o negócio que está avaliando
e entenda a sustentabilidade de seus fluxos de caixa.
ü A análise é Fundamentalista – buscam-se fundamentos
para determinação do valor e não simplesmente a
percepção do mercado.
ü Desvantagens
ü Pode haver manipulação de números
ü Necessidade de maior quantidade de informações
ü São analises que levam tempo para serem feitas e
atualizadas
ü Precisam ser atualizadas periodicamente
Fluxo de Caixa Descontado
ü Usando-se o DCF estamos estimando o valor
intrínseco da empresa, que é o valor da empresa
considerando que o analista sabe de todos os
dados sobre a empresa, ou seja, estratégias,
receitas, despesas e custos, inclusive o custo de
capital.

ü O valor de mercado é diferente do intrínseco pela


percepções. Quanto maior a transparência e melhor
o seu entendimento pelos analistas e investidores,
mais estes valores convergirão.
Como saber o retorno ou o valor
adicionado pelo investimento ?
•  Deve-se descontar o fluxo de caixa livre de todos os
anos do projeto pela taxa de retorno exigida, ou
pelo custo de capital, para este determinado tipo de
investimento e somar todos os valores.

•  Se a soma destes valores for maior que o valor do


investimento, está se criando valor econômico.
Ex. Descontando um Fluxo de caixa - VPL
Ano 0 1 2 3 4
Projeto S -1000 500 400 300 100
PV - Proj S -1000 455 331 225 68
VPL S 78,82
Projeto L -1000 100 300 400 600
PV - Proj L -1000 91 248 301 410
VPL L 49,18

WACC 10%

VPL S = -1000/(1,10)^0 + 500/(1,10)^1+ 400/(1,10)^2+300/(1,10)^3+ 100/(1,10)^4


VPL S = 78,82

VPL L = -1000/(1,10)^0 + 100/(1,10)^1+300/(1,10)^2+ 400/(1,10)^3+ 600/(1,10)^4


VPL L = 49,18
FCD ou DCF – utilidade e limitações
•  Empresas em dificuldades – não funciona
bem pelos fluxos negativos e pelo potencial
de falência – deve-se analisar a empresa
sobre nova direção – veremos mais adiante.
•  Empresas cíclicas – deve-se levar em
consideração ciclos de preços, novas
capacidades produtivas, moda, safras, etc.
Funciona melhor que nos demais modelos.
•  Empresas com capacidade ociosa - Funciona
melhor que nos demais modelos.
FCD ou DCF – utilidade e limitações

•  Empresas com patentes e opções de produção


- Funciona melhor que nos demais modelos,
exceto com opções reais se conseguirmos
dados dos riscos.
•  Empresas em processos de reestruturação -
As empresas podem vender ativos, mudar
estrutura de capital e política de dividendos.
Funciona melhor que nos demais modelos,
exceto com opções reais se conseguirmos
dados dos riscos.
FDC ou DCF – utilidade e limitações

•  Empresas envolvidas em M&A – deve-se


inserir o potencial das sinergias e os riscos da
potencial mudança da administração.

•  Empresas fechadas – Usam-se comparativos


de risco, mas há a necessidade de flexibilidade
para as suposições.
Múltiplos – são usados para comparar ativos.
Pergunta - As empresas são comparáveis?

Devemos comparar todos os fatores !!

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Múltiplos - Avaliação relativa
•  Base para a utilização desta metodologia é que o
valor do ativo é um múltiplo de algum indicador como
Receitas, Lucros, EBITDA, etc.
•  Os mais usados são o P/L (P/E), P/EBITDA, P/
Receitas, P/PL , P/Dividendos, P/Transações de
mercado.
•  A suposição principal é que a média dos preços de
um setor ou de um ativo é comparável com o preço
de um determinado ativo.
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Avaliação relativa – bom como filtro inicial
•  As análise são mais sujeitas à erros e usos indevidos.
Como não existem empresas iguais, logo a
comparação é subjetiva.
•  Diferentemente do FDC, não leva em consideração o
potencial de crescimento acelerado e de aquisições.
•  Tudo o que podemos analisar é se a empresa parece
barata ou cara em relação aos seus comparáveis.
•  Como é quase uma ilusão imaginarmos duas empresas
rigorosamente comparáveis, a avaliação apesar de ser
matemática e estatística, tem conclusões subjetivas.
Avaliação relativa
•  Tem base no mercado e não no valor intrínseco.
Assume-se portanto que o mercado é eficiente em
precificar em média os ativos, porém
individualmente há erros.
•  Supomos também que estes erros são avaliados
comparativamente e que o mercado vai corrigi-los
erros periodicamente, diminuindo as arbitragens.
•  São de uso simples e de fácil cálculo. Logo,
sinalizam oportunidades e risco rapidamente e
podem ser utilizados por traders, market timmers
e mesmo por fundamentalistas e investment
bankers.
Avaliação relativa
•  As análise são mais sujeitas à erros e usos indevidos.
Como não existem empresas iguais, logo a
comparação é subjetiva.
•  Diferentemente do DCF, não leva em consideração o
potencial de crescimento acelerado e de aquisições.
•  Tudo o que podemos analisar é se a empresa parece
barata ou cara em relação aos seus comparáveis. Ou
seja, a eficácia da utilização vem da capacidade que
temos em encontrar empresas comparáveis.
•  Como é quase uma ilusão imaginarmos duas empresas
rigorosamente comparáveis, a avaliação apesar de ser
matemática, tem conclusões subjetivas.
Avaliação de opções

•  Também chamada de avaliação contingente,


prevê a opção de uma tomada de decisão
futura que alteraria o valor da empresa.
•  Logo o valor é contingente à ocorrência ou não
ocorrência deste evento. Esta opção tem valor,
e o seu valor presente é incorporado ou
decrescido do valor intrínseco da empresa.
•  A opção é avaliada levando em consideração o
seu valor corrente, a variância do preço, o
preço de exercício, a data de exercício e a taxa
livre de risco.
Ações para aumentar valor da empresa

ü Por que o valor aumenta?

§  Lucros com valor econômico

§  Novos projetos

§  Mudança da estrutura de capital


Ações para aumentar valor da empresa

ü O que fazer?


Ø Cortar custos
Ø Cortar despesas
Ø Aumentar lucros
Ø Diminuição de custo de captação
Ø Mudar Estrutura de Capital
Ø Incentivos Fiscais
Ø Antecipar lucros e recebimentos
Por que o preço das ações variam?
ü Aspectos externos :
Ø Economia (dólar, juros, etc)
Ø Setoriais
Ø Petróleo e Energia
Ø Impostos
Ø Mercado de Capitais
Ø Leis
Ø Concorrentes externos
Por que o preço das ações variam?
ü Aspectos internos :
Ø Estratégia

Ø Produtividade

Ø R&D ou P&D

Ø Passivos ocultos

Ø Intangíveis
Recomendações
Demonstrações contábeisextras
e gerenciais

§ Base para a análises financeiras

Ø Balanço Patrimonial
Ø D emonstração de Resultados do
Exercício
Ø Fluxo de Caixa
Recomendações
Demonstrações contábeisextras
e gerenciais

Por que utiliza-las?

Ø Para entender a situação financeira e de


caixa da companhia
Ø Entender sua capacidade de pagamento,
rentabilidade, liquidez, endividamento e
riscos
Ø Indicadores apontam oportunidades de
melhoria e reestruturação
Recomendações extras
Balanço Patrimonial
ü Fotografia num determinado momento
ü Longo Prazo e Curto Prazo
ü Liquidez dos ativos e vencimentos dos passivos
Recomendações extras
Estrutura de Capital

Aplicações Origens
Recomendações
Curto prazo, longo prazoextras
e liquidez
Recomendações extras
Balanço Patrimonial

ü Capital Próprio – é representado pelo


capital dos acionistas, o Patrimônio
Líquido total. (não é somente a conta
Capital)

ü Capital de Terceiros – é representado


pelas contas de Passivo. (Circulante e
Não Circulante)
Recomendações extras
Balanço Patrimonial
ü Ativos e Passivos Operacionais – utilizados
para gerar resultados operacionais dentro da
atividade fim da companhia.

ü Ativos e Passivos não Operacionais – ativos


e passivos que podem ou não gerar
resultados em atividades não operacionais e
fora da atividade fim da empresa. Ex: aluguel
de imóveis não utilizados na operação.
Recomendações extras
Balanço Patrimonial
ü Endividamento oneroso – É o endividamento
que paga juros. Ex. financiamentos, títulos
emitidos e empréstimos de acionistas.

ü Endividamento não oneroso – Recursos de


terceiros que entram na companhia e são
devidos, mas não pagam juros. Ex.
fornecedores e impostos a pagar.
Recomendações extras
Estrutura de Capital
Capital de Terceiros
Passivo Circulante

Capital de Terceiros
Passivo não Circulante

Capital Próprio
Patrimônio Líquido

ü Qual a melhor estrutura de capital para a


companhia?
ü Qual gera mais valor?
Recomendações extras
Estrutura de Capital
ü P ara financiar os ativos da companhia
podemos optar por usar recursos próprios
(capital) e ou recursos de terceiros (dívidas)

ü Os custos para cada tipo de recurso são


diferentes. O custo do capital próprio é por
definição mais caro que o custo do capital de
terceiros por incorporar uma componente de
risco, que é um prêmio pelo risco do negócio.
Estrutura de Capital
Recomendações
Demonstração extras
de Resultado
ü U sada principalmente para análise de
resultado de um período e para questões
fiscais
ü  O que é EBITDA e EBIT?
ü O que é resultado operacional e não
operacional?
ü Q ual a diferença entre custos fixos e
variáveis?
ü Qual a diferença entre custos e despesas?
Demonstração
de Resultados
do Exercício
DRE
Para que serve o EBITDA?
Como o analisamos?
Recomendações extras
Fluxo de Caixa

Ø  Principal ferramenta para gestão de valor


– 3 tipos (gerencial, contábil e para
análise de investimentos)

ü  Geração operacional de caixa


ü  Geração não operacional de caixa
ü  Depreciação e amortização
Fluxo de Caixa
Receita Líquida
Custo dos Produtos/Serviços (-)
Lucro Bruto (=) Itens do fluxo
Despesas Gerais e Administrativas (-) operacional de
DRE caixa a partir do
Despesas com Vendas (-)
Resultado Operacional (EBIT) (=) demonstrativo de
Despesas Financeiras Líquidas (-) resultados (DRE)
Resultado antes dos Impostos (EBT)
da empresa
IR + Cont. Social (-)
Resultado Líquido (=)

Investimentos em Capex (-)


Investimento em Capital de Giro (-)
FCL
Depreciação e Amortização (+)
Despesas Financeiras Líquidas (+)
Fluxo de Caixa Livre (=)
Exemplo de Fluxo de Caixa
Receita Líquida + 5000
Custo dos Produtos/Serviços - 3000
Lucro Bruto = 2000
DRE Despesas Gerais e Administrativas - 200
Despesas com Vendas - 300
Resultado Operacional (EBIT) = 1500
Despesas Financeiras Líquidas - 250
Resultado antes dos Impostos (EBT) = 1250
IR + Cont. Social - 425
Resultado Líquido = 825

Investimentos em Capex - 75
Investimento em Capital de Giro - 50
FCL
Depreciação e Amortização + 150
Despesas Financeiras Líquidas + 250
Fluxo de Caixa Livre = 1100
Qual a diferença entre Lucro, EBITDA, fluxo de
caixa e geração de valor?

ü Lucro – dado contábil


ü EBITDA – dado contábil que tem boa
relação com geração de caixa
ü Fluxo de caixa – entradas e saídas de
caixa (geração menos absorção de caixa)
ü Valor – fluxo de caixa menos custos de
capital
Extra - Análise de Índices
Análise de índices financeiros
ü  Liquidez
ü  Endividamento
ü  Produtividade
ü  Rentabilidade
Fazer comparações com outros períodos,
benchmark e média do setor

•  Quais variações são relevantes?


•  Evite analisar um índice isoladamente. Procure
cruzar informações.
•  Entender não se subiu ou desceu, mas porque isto
aconteceu.
Índices de Liquidez

ü  Liquidez Corrente ⇒ AC / PC
ü  Liquidez Seca ⇒ (AC - E) / PC
ü  Liquidez Geral ⇒ (AC - RLP) / (PC-ELP)
ü  Liquidez Imediata ⇒ Disponibilidades /
PC
ü  Capital Circulante Líquido (CCL) ⇒ AC -
PC
Índices de Endividamento
ü  Endividamento Geral ⇒ (PC+ELP) / AT
ü  Endividamento Oneroso ⇒ Emp. Fin. / AT
ü  Capitalização ⇒ PL / AT
ü  Endividamento de LP ⇒ ELP / AT
ü  Endividamento de CP ⇒ PC / AT
ü  Dívidas Financeiras / EBITDA
ü  Despesas Financeiras / EBITDA
ü  Cobertura de Juros ⇒ (EBIT + DF – RF) /
(DF-RF)
Índices de Endividamento
ü  Evolução de Vendas ⇒ ((R1/R0)-1)*100
ü  Giro de Ativos ⇒ R. Líq. / AT
ü  Giro de Estoques ⇒ R. Líq. / Estoques
ü  Giro de Permanente ⇒ R. Líq. / AP
ü  P M Recebimento ⇒ ((CAR-PDD) / R. Líq.) *
365
ü  P M Pagamento ⇒ Fornecedores / CMV * 365
ü  P M Estocagem ⇒ Estoque / CPV * 365
ü  Ciclo Op. ⇒ PMP – PME - PMR
Índices de Rentabilidade
ü  ROE ⇒ LL / PL
ü  ROA ⇒ LL / Ativo Total
ü  Margem Operacional ⇒ Lucro Operacional /
Receitas
ü  Margem Líquida ⇒ LL / Receitas
ü  Margem Bruta ⇒ Lucro Bruto / Receitas
ü  EBITDA % ⇒ EBITDA / Receitas
ü  EBIT % ⇒ EBIT / Receitas
ü  Obs: LL = Lucro Líquido e Receitas = Receitas Líquidas
Quais as conclusões destes números?

Esta empresa está bem?


Está melhor?
Você a financiaria?
Você investiria nela?
Tipos de Análise
ü  Demonstrações Financeiras
ü  Índices
ü  Vertical e Horizontal
ü  Concorrência
ü  Setorial
ü  Macroeconômica
ü  Gerência e Administração
ü  Nível de Tecnologia
ü  Inserção no Mercado
Revisão das Demonstrações Financeiras
•  Contabilidade é a base para valuation,
principalmente quando não se está dentro da
companhia.
•  Analistas usam dados apresentados pelas
companhias abertas, dados estes que são
disponibilizados para todos ao mesmo tempo.
São principalmente as DFC e as
apresentações públicas.
•  Quando estamos dentro da companhia, todos
os departamentos devem prover as
informações: comercial, industrial, MKT,
contábil, fiscal, etc.
Revisão das Demonstrações Financeiras
•  Buscar que dados?
•  Volumes de vendas (internas e externas),
projeções e capacidades produtivas
•  Preços – como variam (históricos também)
•  Custos – como variam (históricos também)
•  Despesas gerais, administrativas, vendas, etc.
•  Endividamento (bancário, investidores,
impostos e acionistas), taxas, vencimentos,
covenants, garantias, etc.
•  Q u a n t i d a d e d e a ç õ e s ( o r d i n á r i a s e
preferenciais)
Revisão das Demonstrações Financeiras
•  Buscar que dados:
•  Depreciação e amortização (Notas explicativas ou FC)
•  Investimentos (capital de giro, capex, aquisições e
expansões de capacidade)
•  Ativo permanente – Investimentos, o que são ?
Equivalência patrimonial
•  Caixa e aplicações – marcados a mercado, taxas e
impostos.
•  Analisar cada conta do balanço e DRE e saber como
elas variam.
•  Analisar contas do ELP e RLP – podem existir
“cadáveres” (ex. fiscais, trabalhistas, ativos
obsoletos,etc).
Revisão das Demonstrações Financeiras
•  Analisar se caixa é suficiente ou se está em excesso.
•  Avaliar ativos intangíveis como goodwill, patentes e marcas.
Será que eles tem realmente valor ? Quanto valem ?
•  Avaliar incentivos fiscais e impostos diferidos.
•  Avaliar leasings se são operacionais ou financeiros. Analisar
o valor residual.
•  Avaliar fundos de pensão – dívidas da companhia
•  Lembrar que ações preferenciais tem tratamento
diferenciado em alguns países, com dividendos fixos.
•  Benefícios aos acionistas podem ser pagos como juros
sobre capital próprio no Brasil, ou seja, deduzir até a TJLP
sobre o PL, como sendo despesas financeiras o que cria tax
shield.
Revisão das Demonstrações Financeiras
•  Analisar:
•  eventos não recorrentes nos estoques, nas receitas e
despesas
•  descontinuidade de unidades de negócio
•  novas capacidades produtivas e suas curvas de
aprendizado
•  aquisições
•  mudança de estrutura de capital
•  mudança de política de dividendos
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