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Máquinas elétricas
SENAI-SP, 2005
Trabalho organizado e atualizado a partir de conteúdos extraídos da Intranet por Meios Educacionais da
Gerência de Educação e CFPs 1.01, 1.13, 1.18, 2.01, 3.02, 6.02 e 6.03 da Diretoria Técnica do SENAI-SP.
Equipe responsável
Coordenação Airton Almeida de Moraes
Seleção de conteúdos Antônio Carlos Serradas Pontes da Costa
Revisão técnica Roberto Milagre
Capa José Joaquim Pecegueiro
E-mail senai@sp.senai.br
Home page http://www.sp.senai.br
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Sumário
Unidade I: Teoria
Eletromagnetismo 5
Transformador monofásico 43
Transformador trifásico 65
Motores de CA monofásicos 79
Motores trifásicos de CA 89
Motor trifásico com ligação Dahlander 103
Motor trifásico de rotor bobinado 109
Motores de aplicações especiais 115
Parâmetros mecânicos de máquinas elétricas 123
Máquinas de corrente contínua 131
Componentes mecânicos de sistemas elétricos 147
Medidores de rotação 163
Freio de Prony 167
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Eletromagnetismo
Agora você vai ver um assunto que, por sua origem, está intimamente ligado com o
magnetismo, que é o eletromagnetismo.
O campo eletrostático de uma carga elétrica é a região em torno da carga onde age
seu campo elétrico.
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O condutor estará, portanto, sob a ação de dois campos: campo elétrico e campo
magnético.
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Essa experiência é feita com o auxílio de uma agulha imantada e um condutor por
onde circulará uma corrente elétrica.
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O campo magnético criado em torno dos condutores desenvolve uma força que pode
ser de atração ou repulsão.
Observação
A atração ocorre quando o sentido da corrente é o mesmo em dois condutores,
estando estes posicionados paralelamente entre si.
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Identificação de polaridade
A identificação de polaridade de uma espira pode ser feita com a utilização de uma
bússola ou através da regra da mão esquerda.
Esta regra considera o sentido eletrônico ou real da corrente, ou seja, a corrente que
flui do pólo negativo para o positivo.
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Observação
Pode-se, também, determinar a polaridade da espira considerando o sentido
convencional da corrente, ou seja, a corrente que flui do pólo positivo para o negativo.
Solenóide
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Cada espira contribui com uma parcela para a composição do campo magnético.
Assim, as linhas de força atuarão, no solenóide, da mesma forma como ocorre com os
ímãs.
As linhas de força passam por dentro do solenóide e retornam por fora, formando,
assim, um único campo magnético.
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A força magnetomotriz é calculada multiplicando-se a corrente que flui nas espiras pelo
número de espiras do solenóide.
τ =N.I
Onde:
τ = força magnetomotriz, em ampères-espira;
N = número de espiras do solenóide;
I = intensidade da corrente, em ampères.
Exemplos
1. Qual é o valor da fmm de um solenóide com 100 espiras quando por ele circula
uma corrente de 5 ampères?
τ = N . I → τ = 100 . 5 = 500Ae
2. Qual é o valor da fmm de um solenóide com 1 000 espiras quando por ele circula
uma corrente de 0,5 ampère?
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Convencionalmente as linhas de força saem do pólo norte e vão para o pólo sul
magnético.
Essa linhas circulam continuamente por esse caminho formando o circuito magnético.
τ
H=
Pm
Onde:
H = intensidade do campo magnético em A/cm ou A/m;
τ = força magnetomotriz;
Pm = perímetro médio do circuito magnético.
Exemplos
1. Calcular a intensidade do campo magnético de um solenóide com 100 espiras
quando por ele circulam 5 ampères, sendo o perímetro médio do circuito
magnético igual a 20cm.
τ I . N 5 A . 100 500 A
1. H = = = = = 25 A / cm
Pm Pm 20cm 20cm
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τ I . N 5 A . 100
a) H = = = = 12,5 A / cm
Pm Pm 40cm
τ I.N 5 A . 100
b) H = = = = 1 250 A / m
Pm Pm 0,4m
Eletroímã
O campo magnético encontra maior facilidade para fluir em uma bobina com núcleo de
material ferroso.
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Máquinas elétricas
Notas
1. No solenóide com núcleo de ar, a densidade do fluxo magnético cresce
proporcionalmente com a corrente.
2. No solenóide com núcleo de material ferroso, a densidade do fluxo magnético
aumenta sensivelmente no período inicial.
1Mx
1 gauss = .
cm2
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1Wb
1 tesla = .
m2
Observação
Densidade de um campo magnético significa o número de linhas por unidade de
seção.
Conclusão
1 webber = 108 maxwell e, por conseguinte,
1 tesla = 104 gauss.
Por exemplo, o ferro fundido é mais difícil de ser magnetizado que o aço fundido.
Os resultados podem ser representados através de tabelas ou gráficos.
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Curvas dos valores de B em função das A/cm (para os materiais de qualidade média
normal)
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23 000 900
24 000 1 200
25 000 1 530
26 000 1 900
27 000 2 300
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Nota
No gráfico e na tabela, a densidade do fluxo magnético é fornecida em gauss
(maxwells por centímetro quadrado) e a intensidade do campo magnético em Ae/cm ou
A/cm (ampères-espiras por centímetro).
Fatores de conversão
Para transformar gauss em teslas, multiplicamos por 104, pois 1m2 = 10 000cm2.
Nota
Quando utilizarmos a tabela acima e transformarmos A/cm em A/m, necessariamente
teremos que transformar B, que é dado em gauss, para teslas.
Pe + Pi
Pm =
2
Onde:
Pm = perímetro médio;
Pe = perímetro externo;
Pi = perímetro interno.
Nota
Todas as medidas devem ser tomadas em centímetros.
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Exemplos
1. Calcular o perímetro médio do circuito magnético da figura abaixo.
Resposta: Pm = 150cm
π . D 3,14 . 80 251,2
Pec = calota = = = = 125,6cm
2 2 2
Piu = 30 + 30 + 40 = 100cm
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468,4
Pm = = 234,2cm
2
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Nota
Para uma atração de 4kg são necessários 10 000 gauss.
Pe + Pi
Pm =
2
π.D 3,14 . 10
Pec = = = 15,7cm
2 2
π . D 3,14 . 6
Pic = = = 9,45cm
2 2
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N.I
b) B = 1,256 . H → H =
Pm( ar )
NI
c) B = 1,256 .
Pm( ar )
B . Pm ( ar ) 2500 . 0,2
NI = = → NI = 398 A . e
1,256 1,256
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Logo:
3A _______________ 1mm2
2A _______________ Xmm2
2A
Xmm2 = = 0,666mm2
3A
Complementação
NI
B= µ0 . H = µ0 =
Pm
Onde:
µ o = 1,25, constante para o ar;
N = número de espiras do eletroímã;
I = intensidade de corrente;
B = densidade magnética dada 10 000G;
Pm = (no entreferro) = 1mm = 0,1cm.
NI
B = µ o . H → 10 000 = 1,25 . H → 10 000 = 1,25 . (entreferro)
Pm
10 000Pm = NI . 1,25
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Indução elétrica
A força eletromotriz induzida também aparece num condutor quando este se aproxima
ou se afasta de um ímã, isto é, quando o condutor é introduzido ou retirado do campo
magnético do ímã, conforme mostra a figura a seguir.
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Máquinas elétricas
As três situações a que nos referimos apresentam uma coisa em comum: a variação
das linhas de força cortadas pelo condutor.
Esta é a condição para que se produza uma força eletromotriz induzida e para isso é
necessário que exista movimento relativo entre o condutor e o campo magnético.
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Para ligar-se a espira a um circuito externo que aproveite a fem induzida são usados
contatos deslizantes.
Os pólos norte e sul do ímã que proporciona o campo magnético são as peças polares.
As extremidades da espira são ligadas aos anéis coletores, que giram com a
armadura.
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Máquinas elétricas
As escovas fazem contato com os anéis coletores e transferem para o circuito externo
a eletricidade gerada na armadura.
À medida que os lados da espira cortam as linhas de força do campo, eles geram uma
fem que produz uma corrente através da espira, anéis coletores, escovas, medidor de
corrente com zero central e resistor de carga - tudo ligado em série.
Imagine que a espira (armadura) está girando da esquerda para a direita e que A é sua
posição inicial (0º).
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Isto se aplica aos condutores da espira quando estão na posição A, pois não há fem
induzida e, portanto, não há corrente no circuito.
Em outras palavras, entre 0º e 90º a fem induzida nos condutores cresce de zero até o
valor máximo.
Observe que, de 0º a 90º, o condutor preto se desloca para baixo, enquanto o condutor
branco se desloca para cima.
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Agora o condutor preto se move para cima e o condutor branco, para baixo.
Da posição C, passando por D e até a posição A, a corrente tem sentido oposto ao que
tinha da posição A até a posição C, e a tensão nos terminais do gerador será igual à
que foi produzida de A até C, porém com a polaridade invertida.
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Retorno da espira à posição inicial (A) perfazendo uma volta completa, ou seja, 360º.
Concluindo, podemos definir: corrente alternada é a corrente que flui ora num sentido,
ora no sentido oposto.
Para tornar mais prática a determinação do sentido de uma força eletromotriz induzida,
existem as regras da mão esquerda e da mão direita, resultantes da observação
repetida do fenômeno em estudo.
A regra da mão esquerda consiste na utilização dos dedos indicador, polegar e médio.
O indicador indica o sentido do campo, o polegar indica o sentido do movimento do
condutor e o dedo médio incida o sentido do movimento dos elétrons (sentido da
corrente).
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Observação
Além da regra da mão esquerda existe também a da mão direita, conhecida como
regra de Fleming e que é anterior à da mão esquerda.
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A escova preta está ligada ao condutor preto, enquanto a escova branca está ligada ao
condutor branco.
Como a corrente varia com a fem induzida, ela também terá a sua intensidade máxima
a 90º.
Comutação - conversão de CA em CC
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Máquinas elétricas
Como a corrente no condutor que se move para cima se dirige para a escova, a
escova branca é o terminal negativo e a escova preta é o terminal positivo do gerador
de CC.
Como resultado, a polaridade da forma de onda da tensão gerada, entre 180º e 360º, é
a mesma da que foi gerada de 0º a 180º.
Portanto, a tensão de saída tem sempre a mesma polaridade mas varia de valor,
crescendo de 0º até um máximo, caindo outra vez a zero, crescendo novamente até
um máximo e, afinal, caindo outra vez a zero, sempre que a espira completa uma
rotação.
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Completando a volta da espira teremos 360º completos e uma onda de dois semiciclos
mostrando uma corrente contínua pulsante, sempre de mesma direção.
Melhorando a saída de CC
Antes de estudar os geradores, você estava familiarizado com as tensões contínuas
invariáveis, produzidas, por exemplo, por pilhas.
Agora você sabe que a saída de um gerador elementar de CC é uma tensão contínua
pulsativa, que varia, periodicamente, de zero até um máximo.
Embora essa tensão pulsativa seja contínua, seu valor não é adequadamente
constante para alimentar os equipamentos e aparelhos de CC.
Portanto, o gerador elementar de CC deve ser modificado para que produza uma
corrente contínua mais constante.
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Máquinas elétricas
A figura seguinte mostra um gerador cujo induzido tem duas bobinas (cada bobina com
apenas 1 espira) colocadas em ângulo reto.
Observe que o comutador tem agora quatro segmentos, conhecidos como lâminas do
comutador.
Na posição indicada na figura, as escovas estão ligadas à bobina branca, onde uma
tensão máxima está sendo gerada, porque ela está se movendo perpendicularmente
ao campo.
A 135º, há uma nova comutação e as escovas são outra vez ligadas à bobina branca.
A forma de onda da tensão de saída aparece no gráfico a seguir, durante toda uma
rotação, superposta à tensão de uma única espira.
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É claro que a tensão produzida pela armadura com duas bobinas aproxima-se muito
mais de uma CC constante do que a tensão produzida pelo gerador elementar.
Embora a saída do gerador com duas bobinas aproxime-se muito mais de uma CC
constante do que a saída do gerador com uma única bobina, ainda há ondulação
demais para aplicação em equipamentos elétricos.
Para tornar a saída mais constante, a armadura é construída com um grande número
de bobinas e o comutador é dividido em número igual de lâminas.
As bobinas são dispostas de tal modo que sempre haverá algumas delas cortando as
linhas de força do campo magnético.
Para produzir uma tensão de saída elevada, cada bobina da armadura de um gerador
consiste de muitas espiras de fio ligadas em série.
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Máquinas elétricas
Como resultado, a tensão de saída é muito maior do que a gerada em uma bobina com
apenas uma espira.
Bobinas com muitas espiras aumentam a tensão de saída.
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Transformador monofásico
Para ter sucesso no desenvolvimento dos conteúdos e atividades deste capítulo, você
deverá ter bons conhecimentos prévios sobre corrente alternada, indutores em CA,
relação de fase entre tensões e eletromagnetismo.
Transformador
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Máquinas elétricas
Funcionamento
Quando uma bobina é conectada a uma fonte de CA, um campo magnético variável
surge ao seu redor. Se outra bobina se aproximar da primeira, o campo magnético
variável gerado na primeira bobina corta as espiras da segunda bobina.
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Observação
As bobinas primária e secundária são eletricamente isoladas entre si. Isso se chama
isolação galvânica. A transferência de energia de uma para a outra se dá
exclusivamente através das linhas de forças magnéticas.
Esse núcleo tem a função de diminuir a dispersão do campo magnético fazendo com
que o secundário seja cortado pelo maior número possível de linhas magnéticas.
Como conseqüência, obtém-se uma transferência melhor de energia entre primário e
secundário.
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Máquinas elétricas
As perdas por histerese magnética são causadas pela oposição que o ferro oferece à
passagem do fluxo magnético. Essas perdas são diminuídas com o emprego de ferro
doce na fabricação do núcleo.
As perdas por corrente parasita (ou correntes de Foulcault) aquecem o ferro porque a
massa metálica sob variação de fluxo gera dentro de si mesma uma força eletromotriz
(f.e.m.) que provoca a circulação de corrente parasita.
Observação
As chapas de ferro contêm uma porcentagem de silício em sua composição. Isso
favorece a condutibilidade do fluxo magnético.
Transformador com
Transformador com Transformador com
Autotransformador derivação central em
dois enrolamentos três enrolamentos
um enrolamento
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Relação de transformação
Como já vimos, a aplicação de uma tensão CA ao primário de um transformador causa
o aparecimento de uma tensão induzida em seu secundário. Aumentando-se a tensão
aplicada ao primário, a tensão induzida no secundário aumenta na mesma proporção.
Essa relação entre as tensões depende fundamentalmente da relação entre o número
de espiras no primário e secundário.
Por exemplo, num transformador com primário de 100 espiras e secundário de 200
espiras, a tensão do secundário será o dobro da tensão do primário.
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Máquinas elétricas
3 VS = 3 . VP
5,2 VS = 5,2 . VP
0,3 VS = 0,3 . VP
Observação
A tensão no secundário do transformador aumenta na mesma proporção da tensão do
primário até que o ferro atinja seu ponto de saturação. Quando esse ponto é atingido,
mesmo que haja grande variação na tensão de entrada, haverá pequena variação na
tensão de saída.
Tipos de transformadores
Os transformadores podem ser classificados quanto à relação de transformação.
Nesse caso, eles são de três tipos:
• Transformador elevador;
• Transformador rebaixador;
• Transformador isolador.
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Relação de potência
Como já foi visto, o transformador recebe uma quantidade de energia elétrica no
primário, transforma-a em campo magnético e converte-a novamente em energia
elétrica disponível no secundário.
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Máquinas elétricas
Exemplo
Um transformador rebaixador de 110V para 6V deverá alimentar no seu secundário
uma carga que absorve uma corrente de 4,5 A. Qual será a corrente no primário?
VP = 110 V
VS = 6 V
IS = 4,5 A
IP = ?
VS .IS 6.4,5 27
IP = = = = 0,245 A ou 245 mA
VP 110 110
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Máquinas elétricas
Onde:
VP e IP são respectivamente tensão e corrente do primário;
VS1 e IS1 são respectivamente tensão e corrente do secundário 1;
VS2 e IS2 são respectivamente tensão e corrente do secundário 2;
VSn e ISn são respectivamente tensão e corrente do secundário n.
Exemplo
Determinar a corrente do primário do transformador mostrado a seguir:
PP = VP . IP
VP . IP = (VS1 . IS1) + (VS2 . S2) = (6 . 1) + (40 . 1,5) = 6 + 60 = 66 VA
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Máquinas elétricas
PP = 66 VA
P 66
IP = P = = 0,6 A
VP 110
IP = 0,6 A ou 600 mA
Existem dois tipos de transformadores cujo primário pode ser ligado para 110V e
220V:
• Transformador 110V/220V com primário a três fios;
• Transformador 110V/220V com primário a quatro fios.
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Máquinas elétricas
Essa derivação permite que se utilize apenas uma das metades do primário de modo
que 110V sejam aplicados entre uma das extremidades da bobina e a derivação
central.
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Máquinas elétricas
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Máquinas elétricas
Quando a chave HH está na posição 110 V, os terminais I1, I2, F1 e F2 são conectados
em paralelo à rede.
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Máquinas elétricas
Observação
Tanto na ligação para 110V quanto para 220V, a ordem de início e fim das bobinas é
importante. Normalmente, os quatro fios do primário são coloridos e o esquema indica
os fios.
I1 - início da bobina 1;
F1 - fim da bobina 1;
I2 - início da bobina 2;
F2 - fim da bobina 2.
58 SENAI-SP - INTRANET
Máquinas elétricas
O procedimento é o seguinte:
• Identificar, com o ohmímetro, o par de fios que corresponde a cada bobina.
Sempre que o instrumento indicar continuidade, os dois fios medidos são da
mesma bobina. Além de determinar os fios de cada bobina, esse procedimento
permite testar se as bobinas estão em boas condições;
• Separar os pares de fios de cada bobina;
• Identificar os fios de cada uma das bobinas com início e fim I1, F1 e I2, F2.
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Máquinas elétricas
Observação
É conveniente repetir o teste para verificar se os 220V são obtidos no primário.
Especificação de transformadores
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Máquinas elétricas
o
Isso significa que a tensão no secundário está defasada 180 da tensão no primário,
ou seja, quando a tensão no primário aumenta num sentido, a tensão do secundário
aumenta no sentido oposto.
Ponto de referência
Isto porém não significa que não ocorra a troca de polaridade no secundário. Em um
semiciclo da rede, o terminal livre é positivo em relação ao terminal aterrado
(referência).
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Máquinas elétricas
η)
Rendimento (η
Entre todas as máquinas elétricas, o transformador é uma das que apresentam maior
rendimento. Mesmo assim, ocorrem perdas na transformação de tensão.
O rendimento expressa a potência que realmente está sendo utilizada, pois, parte da
potência é dissipada em perdas no ferro e no cobre.
PS
η= .100%
PP
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Máquinas elétricas
PS 150
η= = .100% = 92,6%
PP 162
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Máquinas elétricas
Num dos semiciclos da rede, um dos terminais livres do secundário tem potencial
positivo em relação à referência. O outro terminal tem potencial negativo e a inversão
de fase (180o) entre primário e secundário ocorre normalmente.
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Máquinas elétricas
Transformador trifásico
Para aprender esses conteúdos com mais facilidade, você deve ter conhecimentos
anteriores sobre: corrente alternada, ligação em estrela, ligação em triângulo e
transformadores monofásicos.
SENAI-SP - INTRANET 65
Máquinas elétricas
O consumo de energia se faz, pois, em baixa tensão. Assim, antes de ser distribuída, a
tensão é reduzida outra vez nas subestações.
Transformadores trifásicos
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Máquinas elétricas
Trabalham com três fases e são de porte grande e mais potentes que os monofásicos.
Num transformador trifásico, cada fase funciona independentemente das outras duas
como se fossem três transformadores monofásicos em um só. Isso significa que três
transformadores monofásicos exatamente iguais podem substituir um transformador
trifásico.
SENAI-SP - INTRANET 67
Máquinas elétricas
As ligações internas entre as três fases do transformador trifásico podem ser feitas de
duas maneiras:
• Ligação em estrela (Y);
• Ligação em triângulo ( ∆ ).
Tudo o que já foi estudado sobre as ligações em estrela e em triângulo vale também
para os transformadores trifásicos.
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Máquinas elétricas
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Máquinas elétricas
Se, por exemplo, a fase 1 do secundário estiver recebendo mais carga, esse
desequilíbrio será compensado pela indução das duas colunas onde a fase 1 está
distribuída.
Dois transformadores de um pequeno grupo podem ser ligados em paralelo, desde que
exista entre eles correspondência de tensão e impedância.
70 SENAI-SP - INTRANET
Máquinas elétricas
∆/∆ Nx
Ex = . EH
NH
triângulo-triângulo
Y/Y Nx
Ex = . EH
NH
estrela-estrela
∆/
N x . EH . 3
triângulo-ziguezague Ex =
2 . NH
Finalmente, mede-se a tensão entre os vários pares de terminais. O resultado deve ser
o seguinte:
• Tensão entre H2 e X3 igual à tensão entre H3 e X2;
• Tensão entre H2 e X2 menor que a tensão entre H1 e X2;
• Tensão entre H2 e X2 menor que a tensão entre H2 e X3.
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Máquinas elétricas
∆/Y Nx
Ex = . 1,73 .EH
NH
triângulo-estrela
Y/∆ Nx . EH
Ex =
estrela-triângulo NH . 3
Y/ Nx EH . 3
Ex =
estrela-ziguezague 2 . NH
Observação
NH = número de espiras do primário
NX = número de espiras do secundário
72 SENAI-SP - INTRANET
Máquinas elétricas
Finalmente, mede-se a tensão entre os vários pares de terminais. O resultado deve ser
o seguinte:
• Tensão entre H3 e X2 igual à tensão entre H3 e X3;
• Tensão entre H3 e X2 menor que a tensão entre H1 e X3;
• Tensão entre H2 e X2 menor que a tensão entre H2 e X3;
• Tensão entre H2 e X2 menor que a tensão entre H1 e X3.
Esse líquido isolante exerce duas funções: isolação e resfriamento, pois transfere para
as paredes do tanque o calor produzido.
SENAI-SP - INTRANET 73
Máquinas elétricas
Observação
Existe também um óleo chamado de ascarel, mas seu uso é proibido porque é
altamente tóxico e, portanto, prejudicial à saúde.
Essas perdas são conhecidas como perdas no cobre e ocorrem pelo efeito da
histerese magnética e das correntes parasitas (ou correntes de Foucault).
Onde:
• PCU corresponde às perdas no cobre em watts;
• R1 é a resistência ôhmica do enrolamento primário, medida na temperatura de
trabalho (75C);
• I1 é a corrente primária em plena carga;
• R2 é a resistência ôhmica do enrolamento secundário, medida na temperatura de
trabalho (75C);
• I2 é a corrente secundária em plena carga.
Pode-se observar, através da fórmula, que as perdas no cobre sofrem dois tipos de
variação, ou seja:
• Através da variação da carga do transformador, pois, variando a carga, variam
também as correntes primárias I1 e correntes secundárias I2;
• Através da variação de temperatura de trabalho do transformador, variam também
as resistências ôhmicas dos enrolamentos primários R1 e R2.
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Máquinas elétricas
Rendimento
V2 . I 2
η~ = ou
V2 . I 2 + PCU + PFE
V2 . I2
η750°C =
V2 . I2 + PCU75º C + PFE
Onde:
• η:Rendimento na temperatura ambiente;
• η75ºC é o rendimento na temperatura de trabalho;
• V2 :Tensão secundária em volts;
• I2 : Corrente secundária em ampères;
• PCU: Indica as perdas no cobre à temperatura ambiente;
• PCU 75ºC: Indica as perdas à temperatura de trabalho;
• PFE: Indica as perdas no ferro.
SENAI-SP - INTRANET 75
Máquinas elétricas
VF2 . IF2
η = ou
VF2 . IF2 + PCU + PFE
VF2 . IF2
η 750ºC =
VF2 . IF2 + PCU75 º C + PFE
Onde:
• VF2 é a tensão secundária de fase;
• IF2 é a corrente secundária de fase.
Impedância percentual
VCC
Z% = . 100
UNP
Exemplo
Qual a impedância percentual de um transformador com as seguintes características:
• Tensão nominal do primário (UNP) = 500V
• Corrente nominal do secundário (INS) = 20A
• Tensão suficiente para fazer circular 20A no secundário quando fechado em curto-
circuito (VCC) = 30V.
30
Z% = . 100 = 6%
500
76 SENAI-SP - INTRANET
Máquinas elétricas
IN2
ICC = . 100
Z%
Exemplo
Calcular a corrente de curto-circuito do transformador do exemplo anterior.
20
ICC = . 100 = 333A
6
Nesse tipo de ligação, a diferença entre as impedâncias dos transformadores não deve
exceder a 10%.
SENAI-SP - INTRANET 77
Máquinas elétricas
78 SENAI-SP - INTRANET
Máquinas elétricas
Motores de CA monofásicos
Para melhor entender o funcionamento desse tipo de motor, você deverá ter bons
conhecimentos sobre os princípios de magnetismo e eletromagnetismo, indução
eletromagnética e corrente alternada.
Motores monofásicos
Motor universal
Os motores do tipo universal podem funcionar tanto em CC como em CA; daí a origem
de seu nome.
SENAI-SP - INTRANET 79
Máquinas elétricas
A ilustração a seguir mostra o rotor (parte que gira) e o estator (parte fixa) de um motor
universal.
O motor universal é o único motor monofásico cujas bobinas do estator são ligadas
eletricamente ao rotor por meio de dois contatos deslizantes (escovas). Esses dois
contatos, por sua vez, ligam em série o estator e o rotor.
Observação
É possível inverter o sentido do movimento de rotação desse tipo de motor, invertendo
apenas as ligações das escovas, ou seja, a bobina ligada à escova A deverá ser ligada
à escova B e vice-versa.
80 SENAI-SP - INTRANET
Máquinas elétricas
Funcionamento
A construção e o princípio de funcionamento do motor universal são iguais ao do motor
em série de CC.
Motor de indução
Os motores monofásicos de indução possuem um único enrolamento no estator. Esse
enrolamento, gera um campo magnético que se alterna juntamente com as
alternâncias da corrente. Neste caso, o movimento provocado não é rotativo.
Funcionamento
Quando o rotor estiver parado, o campo magnético do estator, ao se expandir e se
contrair, induz correntes no rotor.
SENAI-SP - INTRANET 81
Máquinas elétricas
Se o rotor estiver girando, ele continuará o giro na direção inicial, já que o conjugado
será ajudado pela inércia do rotor e pela indução de seu campo magnético. Como o
rotor está girando, a defasagem entre os campos magnéticos do rotor e do estator não
será mais de 180°.
Assim, conforme o tipo de partida, o motor monofásico de indução pode ser de dois
tipos: de campo destorcido (ou motor de anéis em curto) e de fase auxiliar.
O motor de campo destorcido constitui-se por um rotor do tipo gaiola de esquilo e por
um estator semelhante ao do motor universal. Contudo, no motor de campo destorcido,
existe na sapata polar uma ranhura onde fica alojado um anel de cobre ou espira em
curto-circuito. Por isso, este motor é conhecido também como motor de anel ou de
espira em curto-circuito.
82 SENAI-SP - INTRANET
Máquinas elétricas
Uma vez que no motor de campo destorcido, o rotor é do tipo gaiola de esquilo, todas
as ligações encontram-se no estator.
Esse tipo de motor não é reversível. Sua potência máxima é de 300W ou 0,5cv; a
velocidade é constante numa faixa de 900 a 3.400rpm, de acordo com a freqüência da
rede e o número de pólos do motor.
Funcionamento
Quando o campo magnético do estator começa a aumentar (a partir de zero) as linhas
de força cortam o anel em curto. A corrente induzida no anel gera um campo
magnético que tende a se opor ao campo principal.
Com o aumento gradativo do campo até 90°, a maior parte das linhas de força fica
concentrada fora da região do anel. Quando o campo atinge o máximo, ou seja, os 90°,
não há campo criado pela bobina auxiliar, formada pelo anel e ele se distribui na
superfície da peça polar.
SENAI-SP - INTRANET 83
Máquinas elétricas
De 90° a 180° o campo vai se contraindo e o campo da bobina auxiliar tende a se opor
a essa contração, concentrando as linhas de força na região da bobina auxiliar.
De 180 a 360°, o campo varia do mesmo modo que de 0 a 180°, porém em direção
oposta.
O movimento do campo produz um conjugado fraco, mas suficiente para dar partida ao
motor. Como o conjugado é pequeno, esse tipo de motor é usado para alimentar
cargas leves.
Assim, no estator há dois enrolamentos: um de fio mais grosso e com grande número
de espiras (enrolamento principal ou de trabalho) e outro de fio mais fino e com poucas
espiras (enrolamento auxiliar ou de partida).
84 SENAI-SP - INTRANET
Máquinas elétricas
Funcionamento
O motor monofásico de fase auxiliar funciona em função da diferença entre as
indutâncias dos dois enrolamentos, uma vez que o número de espiras e a bitola dos
condutores do enrolamento principal são diferentes em relação ao enrolamento.
As correntes que circulam nesses enrolamentos são defasadas entre si. Devido à
maior indutância no enrolamento de trabalho (principal), a corrente que circula por ele
se atrasa em relação à que circula no enrolamento de partida (auxiliar), cuja indutância
é menor.
SENAI-SP - INTRANET 85
Máquinas elétricas
Depois da partida, ou seja, quando o motor atinge aproximadamente 80% de sua rpm,
o interruptor automático se abre e desliga o enrolamento de partida. O motor, porém
continua funcionando normalmente.
Os de quatro terminais são construídos para uma tensão (110 ou 220V) e dois sentido
de rotação, os quais são determinados conforme a ligação efetuada entre o
enrolamento principal e o auxiliar.
Os motores de seis terminais são construídos para duas tensões (110 e 220V) e para
dois sentido de rotação.
86 SENAI-SP - INTRANET
Máquinas elétricas
A potência deste motor varia de 1/6cv até 1cv, mas para trabalhos especiais existem
motores de maior potência.
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Máquinas elétricas
88 SENAI-SP - INTRANET
Máquinas elétricas
Motores trifásicos de CA
Para isso, é necessário que você tenha conhecimentos anteriores sobre magnetismo e
eletromagnetismo, indução eletromagnética e corrente alternada.
Motores trifásicos de CA
SENAI-SP - INTRANET 89
Máquinas elétricas
Motores assíncronos de CA
O motor assíncrono de CA é o mais empregado por ser de construção simples, forte e
de baixo custo. O rotor desse tipo de motor possui uma parte auto-suficiente que não
necessita de conexões externas.
90 SENAI-SP - INTRANET
Máquinas elétricas
Funcionamento
Quando a corrente trifásica é aplicada aos enrolamentos do estator do motor
assíncrono de CA, produz-se um campo magnético rotativo (campo girante).
O campo magnético gerado por uma bobina depende da corrente que no momento
circula por ela. Se a corrente for nula, não haverá formação de campo magnético; se
ela for máxima, o campo magnético também será máximo.
Como as correntes nos três enrolamentos estão com uma defasagem de 120°, os três
campos magnéticos apresentam também a mesma defasagem.
O esquema a seguir mostra como agem as três correntes para produzir o campo
magnético rotativo num motor trifásico.
SENAI-SP - INTRANET 91
Máquinas elétricas
92 SENAI-SP - INTRANET
Máquinas elétricas
Esses motores são usados para situações que não exijam velocidade variável e que
possam partir com carga. Por isso, são usados em moinhos, ventiladores, prensas e
bombas centrífugas, por exemplo.
SENAI-SP - INTRANET 93
Máquinas elétricas
Como o rotor é suspenso por mancais no centro do estator, ele girará juntamente com
o campo girante e tenderá a acompanhá-lo com a mesma velocidade. Contudo, isso
não acontece, pois o rotor permanece em velocidade menor que a do campo girante.
VS - VR
S= . 100
VS
Onde:
• VS é a velocidade de sincronismo,
• VR é a velocidade real do rotor.
94 SENAI-SP - INTRANET
Máquinas elétricas
O rotor bobinado usa enrolamentos de fios de cobre nas ranhuras, tal como o estator.
O enrolamento é colocado no rotor com uma defasagem de 120° e seus terminais são
ligados a anéis coletores nos quais, através das escovas se tem acesso ao
enrolamento.
SENAI-SP - INTRANET 95
Máquinas elétricas
Deve-se lembrar porém, que o motor de rotor bobinado é mais caro que os outros
devido ao elevado custo de seus enrolamentos e ao sistema de conexão das bobinas
do rotor, tais como: anéis, escovas, porta-escovas, reostato.
96 SENAI-SP - INTRANET
Máquinas elétricas
Observação
É importante verificar na plaqueta do motor as correntes do estator e do rotor.
Funcionamento
O princípio de funcionamento do motor com rotor bobinado é o mesmo que o do motor
com rotor em gaiola de esquilo.
Na figura abaixo, vemos que o campo magnético no estator gira no sentido horário,
porque as três correntes alternadas se tornam ativas, seqüencialmente, nos três
enrolamentos do estator, também no sentido horário.
SENAI-SP - INTRANET 97
Máquinas elétricas
f . 60
n= (rpm)
p
Motor síncrono de CA
O motor síncrono de CA apresenta a mesma construção de um alternador e ambos
têm o rotor alimentado por CC. A diferença é que o alternador recebe energia
mecânica no eixo e produz CA no estator; o motor síncrono, por outro lado, recebe
energia elétrica trifásica CA no estator e fornece energia mecânica ao eixo.
Funcionamento
A energia elétrica de CA no estator cria o campo magnético rotativo, enquanto o rotor,
alimentado com CC, age como um ímã.
98 SENAI-SP - INTRANET
Máquinas elétricas
Um ímã suspenso num campo magnético gira até ficar paralelo ao campo. Quando o
campo magnético gira, o ímã gira com ele. Se o campo rotativo for intenso, a força
sobre o rotor também o será. Ao se manter alinhado ao campo magnético rotativo, o
rotor pode girar uma carga acoplada ao seu eixo.
Quando parado, o motor síncrono não pode partir com aplicação direta de corrente CA
trifásica no estator, o que é uma desvantagem. De modo geral, a partida é feita como a
do motor de indução (ou assíncrono). Isso porque o rotor do motor síncrono é
constituído, além do enrolamento normal, por um enrolamento em gaiola de esquilo.
Essas fases são interligadas formando ligações em estrela (Y) ou em triângulo (∆),
para o acoplamento a uma rede trifásica. Para isso, deve-se levar em conta a tensão
em que irão operar.
SENAI-SP - INTRANET 99
Máquinas elétricas
Na ligação em estrela, o final das fases se fecha em si, e o início se liga à rede.
Na ligação em triângulo, o início de uma fase é fechado com o final da outra, e essa
junção é ligada à rede.
Os motores trifásicos com 6 terminais só podem ser ligados em duas tensões uma a
3 maior do que a outra. Por exemplo: 220/380V ou 440/760V.
Os motores com 12 terminais, por sua vez, têm possibilidade de ligação em quatro
tensões: 220V, 380V, 440V e 760V.
O motor trifásico de indução tipo Dahlander é um motor cujas bobinas são conectadas
de forma diferente da convencional, pois em certos momentos funciona por polarização
ativa e, em outros, por pólos conseqüentes.
Este é o assunto desta unidade e, para estudá-lo com mais facilidade é necessário ter
conhecimentos anteriores sobre motores trifásicos, ligações estrela e triângulo e tipos
de enrolamentos.
Ligação Dahlander
Esse tipo de ligação permite que, com dois grupos de bobinas, se obtenham dois ou
quatro pólos; com quatro grupos de bobinas, se obtenham quatro ou oito pólos e, com
seis bobinas, seis ou doze pólos, conforme figuras abaixo.
6 bobinas - 12 pólos
6 bobinas - 6 pólos
Esse tipo de ligação é de grande utilidade para aplicação em máquinas industriais, pois
a ligação Dahlander permite que se consigam velocidades diferentes com um número
de engrenagens bem reduzido.
Enrolamento
O enrolamento mais usual para ligação tipo Dahlander é o tipo cadeia concêntrico ou
progressivo, sendo também comum o tipo meio imbricado.
Observação
Nas ligações Dahlander recomenda-se Yf = 120 E + 120 E para uma distribuição mais
harmônica de saída dos condutores e para uma partida mais vigorosa do motor, pois:
Assim, os dois grupos de cada fase ficam em série, formando dois pólos ativos e dois
conseqüentes.
Para formar dois pólos, ligar os terminais U, V e W em estrela e aplicar corrente nos
terminais X, Y e Z, formando dois pólos ativos.
Esta ligação também se chama dupla estrela, porque os grupos de bobinas são ligados
em paralelo, pela união dos bornes U, V e W.
Observação
Segundo a norma VDE, os terminais podem ser ligados pelas letras Ua, Va e Wa,
equivalente a U, V e W, e Ub, Vb e Wb, equivalendo a X, Y e Z.
∆/YY Y/YY
8 pólos Fa + Pa R 8 pólos Fa + Fb + Fc
∆ Fa + Pb S Y
Fb = Pc T abertos Pa R Ma abertos
Ma, Mb, Mc Pb S Mb
Pc T Mc
4 pólos Fa + Pa 4 pólos Fa + Fb + Fc
YY Fa + Pb YY
Fb + Pc Pa + Pb + Pc
Mc R
Mb S
Ma T Ma T
Mb S
Mc R
Esse motor permite um arranque vigoroso com uma pequena corrente de partida. Por
essa razão, é o motor preferido para potências elevadas, geralmente superiores a 5cv.
Sobre estes anéis se apoiam escovas coletoras e, através dos anéis, é estabelecido o
contato elétrico entre o enrolamento do rotor e o reostato externo, chamado reostato
de partida.
Veja, na figura, uma ligação típica de um motor trifásico de rotor bobinado e reostato
de partida conjugado em estrela.
É também utilizado para realizar trabalhos que exigem variações de velocidade, pois o
enrolamento existente no rotor desses motores, ao fazer variar a intensidade da
corrente que percorre o induzido, faz variar a velocidade do motor.
Não é possível conseguir essa variação nos motores de rotor em gaiola de esquilo
porque sua construção não permite ligação de resistores adicionais externos nos seus
circuitos.
É bom lembrar que, nos motores de rotor em curto, essa corrente atinge até oito vezes
a corrente em plena carga.
Porém, os motores de rotor bobinado são menos econômicos que os outros, devido ao
elevado custo de seus enrolamentos e ao sistema de conexão das bobinas do rotor,
tais como: Anéis, escovas, porta-escovas, reostato, etc.
A descrição feita aqui é de um tipo desses motores. Outros processos, porém, também
são usados para se conseguir os mesmos resultados.
Nos motores menores, ainda são usados os enrolamentos do tipo meio imbricado e
principalmente o tipo cadeia com bobinas concêntricas. Observe nas figuras abaixo
cada um desses tipos.
Nr 24
Yp = = = 6 dentes ou 1 a 7
24 4
Ybi = Yp = 6 dentes ou 1 a 7
Nb 24 24
Grupo = = = = 2 bobinas por pólo e fase
p.f 4.3 12
GET 720°E
GE/r = = = 30°E
Nr 24
120°E 120°E
Yf = = = 4 dentes ou 1 a 5
GE / r 30°E
Esquema planificado:
Note que uma extremidade de cada circuito ou fase de rotor está ligada a um anel
coletor e a união das duas outras extremidades, ao anel central. O reostato também é
de dois circuitos.
Observação
As orientações sobre os estatores de motores trifásicos também são válidas para o
fechamento das bobinas dos rotores.
Motores de aplicações
especiais
Além dessas características, um motor sem escovas será sempre composto por:
• Distribuidor de energização dos enrolamentos (comutador);
• Conversor de pulsos eletrônicos.
Funcionamento
No motor com escovas, a comutação e distribuição das correntes aos enrolamentos é
realizada pelo comutador.
No motor sem escovas, essa tarefa é realizada pelo estágio de controle e pelo
comutador de potência (conversor) eletrônico.
Vantagens
O motor sem escovas apresenta uma série de vantagens, a saber:
• Peso e volume reduzidos;
• Inexistência de coletor mecânico;
• Maior vida útil;
• Melhores propriedades dinâmicas;
• Menor inércia do motor;
• Torques elevados.
Isso traz melhor dissipação de calor, pois o motor sem escovas, com seu rotor “frio”,
gera calor na região em que este é melhor dissipado, ou seja, no estator. Esse fato
permite que o motor opere em regime muito elevado.
Acima dessa curva-limite ocorre a queima das escovas e isso destrói o coletor.
Como esse tipo de motor não possui coletor mecânico, altos conjugados ao longo de
todo o espectro de rotações podem ser alcançados com ele.
A forma de onda senoidal tem a vantagem de permitir que sejam satisfeitas as mais
altas exigências com relação à baixa rotação, homogeneidade de movimento e
exatidão de posicionamento.
Torques elevados
Com a finalidade de atingir um torque tão alto quanto possível nos motores com ou
sem escovas, efetua-se a comutação dos enrolamentos de tal forma que o campo
magnético do estator mantenha com o campo magnético do rotor um ângulo tão
próximo de 90º quanto possível.
Nos motores com excitação separada, pode-se reduzir essa limitação da rotação
através do enfraquecimento do campo de excitação.
O motor sem escovas com ímã permanente permite que se efetue uma variação das
constantes de motor mediante uma defasagem no tempo da energização das correntes
nos enrolamentos em relação à posição do rotor.
Motor de passo
O motor de passo permite que seu eixo sofra deslocamentos precisos sem que seja
necessária uma realimentação externa feita por algum dispositivo a ele acoplado. Isso
caracteriza um sistema aberto.
Se, por exemplo, é necessário que o eixo gire meia volta 180°, basta fornecer
adequados e ele fornece deslocamento com precisão.
Funcionamento
Normalmente, os motores de passo possuem enrolamentos que, na sua forma mais
simples, constituem-se de quatro bobinas dispostas no estator em ângulos de 90, uma
em relação a outra.
O rotor é uma pequena peça de material ferromagnético que se constitui num ímã.
Observação
A descrição acima refere-se a um motor de passo de 4 passos por revolução e 90º por
passo. Verifica-se assim que um dos fatores determinantes do número de passos por
volta corresponde ao número de bobinas no estator.
Veja na ilustração a seguir, como é possível obter o dobro dos passos, excitando-se as
bobinas da seguinte maneira:
Essa seqüência faria o motor girar no sentido horário, completando uma volta e 8
passos.
As bobinas do estator são também denominadas fases. Muitas vezes, cada fase é
subdividida num conjunto de bobinas ao longo do estator. Dessa forma, mesmo que
existam muitas bobinas no estator, eles normalmente constituem 8 fases.
Tipos de rotor
Os rotores do motor de passo são divididos em dois tipos:
• Ímã permanente;
• Relutância variável.
O rotor de ímã permanente permite obter maior força de atração entre o estator e o
rotor. Todavia, é tecnologicamente mais difícil obter um grande número de elementos
do rotor previamente magnetizados e cuja magnetização seja estável. Por causa disso,
o número de passos é geralmente menor nesse tipo de motor.
Circuitos de acionamento
Os circuitos de comando para motor de passo são circuitos de chaveamento
seqüencial geralmente seguidos de amplificadores cuja potência é determinada pelas
dimensões do motor.
Parâmetros mecânicos de
máquinas elétricas
Para usar uma máquina elétrica, é necessário conhecer, além de suas propriedades
elétricas, seus parâmetros mecânicos, tais como a rpm, o torque e a potência
mecânica.
RPM
Para obter tensão alternada dependente da rotação, podem ser usadas barreiras
óticas (células fotoelétricas) em lugar do gerador taquimétrico. Essas células são
usadas em combinação com discos perfurador ou geradores Hall juntamente com
ímãs.
Cálculo da rpm
Para realizar o cálculo da rpm, é necessário conhecer a freqüência da rede e a
quantidade de pólos do motor. A fórmula para esse cálculo é:
f . 60
n=
p
Onde:
• n é a rpm,
• f é a freqüência ,
• p são os pares de pólos.
Exemplo
Calcular as rpm de um motor de 2 pólos, ligado a uma rede de 60Hz.
60 . 60
n= = 3660rpm
1
f . 60
n=
p
Exemplo
Calcular a rotação do campo girante de um motor de quatro pólos ligado a uma rede
de 60Hz.
60 . 60 3600
n= = = 1800
2 2
nf - n
s=
nf
nf - n
s= . 100%
nf
Exemplo
Calcular o deslizamento percentual de um motor assíncrono trifásico de 4 pólos que
recebe uma freqüência de excitação de 60Hz, cujo rotor gira a uma velocidade de
1440rpm.
f . 60 60 . 60 3600
nf = = = = 1800rpm
p 2 2
nf - n
s% = . 100 = 20%
nf
Observação
Quando o rotor está em repouso, podemos considerar o motor assíncrono trifásico
como um transformador trifásico.
Para a velocidade sincronismo, ou seja, quando as duas velocidades são iguais, até a
tensão induzida será nula.
Torque ou momento
Torque (M) (ou momento) é a força (F) atuando sobre um corpo e causando seu
movimento através de uma distância (s).
Mesmo que esse corpo não gire, o torque existe como produto daquela força pela
distância radial em relação ao centro do eixo da rotação, ou seja, torque é o produto da
força pelo comprimento do braço da alavanca. Matematicamente, isso significa:
M=F.s
Onde:
• M é o torque ou momento em Newtons por metro;
• F é a força em Newtons;
• s é o comprimento em metros.
Sabemos também que o rotor se compõe de um tambor de ferro doce magnético com
ranhuras nas quais são colocados os condutores. Esses condutores dentro de um
campo magnético e percorridos por uma corrente elétrica estão submetidos a uma
força. O valor dessa força é:
F=Φ.I.1
Onde
• F é a força em Newtons;
• Φ é a indução magnética em teslas;
• I é a corrente em ampères;
• 1 é o comprimento do condutor em metros.
Quando esse torque for igual ou suficiente para que o rotor (que possui um movimento
resistente) gire, obtém-se uma rotação constante.
Obtenção do torque
Nas máquinas elétricas, o torque se mede com a ajuda de freios, como por exemplo, o
freio de corrente de Focault.
No motor elétrico o torque (M) e as rotações (n) estão relacionados, pois a rotação
diminui quando se aumenta o torque.
Na partida, a rotação é zero e o torque, que atua sobre o eixo nesse instante, é
chamado de torque de arranque.
Exemplo
3. Monta-se o gráfico;
Observação
Para qualquer motor CA de indução tipo gaiola, o torque de partida é apenas função da
tensão aplicada ao enrolamento do estator. Quando se reduz à metade a tensão
nominal aplicada por fase durante a partida, o torque de partida produzido é 1/4 do que
seria produzido a plena tensão.
Potência
A potência está relacionada com a rotação e o torque desenvolvidos pela máquina.
O eixo de uma máquina que gira com uma rotação n transmite um torque.
2
P= .n.M
60 . 100
Onde:
• P é a potência;
• 2 é a constante;
• n são as rotações em rpm;
• M é o torque em Nm.
n . M . 10 - 3
Ou: P =
3
Máquinas de corrente
contínua
Para melhor assimilar esse conteúdo, é necessário ter conhecimentos anteriores sobre
magnetismo, eletromagnetismo e indutores.
Geradores e motores
Construção
O estator (ou carcaça) é a parte fixa da máquina. Nele se alojam as bobinas de campo
cuja finalidade é conduzir o fluxo magnético.
Gerador de CC
O funcionamento do gerador de CC baseia-se no princípio da indução eletromagnética,
ou seja, quando um condutor elétrico é submetido a um campo magnético, surge no
condutor uma tensão reduzida.
O gerador de CC funciona segundo esses dois princípios. Assim, ao ser girado com
velocidade (n), o induzido (rotor) faz os condutores cortarem as linhas de força
magnética que formam o campo de excitação do gerador CC.
Nos condutores da armadura aparece, então, uma força eletromotriz induzida. Essa
força depende da velocidade de rotação (n) e do número de linhas magnéticas que tais
condutores irão cortar, ou do fluxo magnético (Φ) por pólo do gerador.
EΦ = k . n . Φ
Onde:
• k é uma constante que depende das características construtivas da máquina,
• n é a velocidade de rotação,
• Φ é o fluxo magnético.
Quando esse gerador começa a funcionar, mesmo sem excitação, aparece uma força
eletromotriz (fem) de pequeno valor devido ao magnetismo remanente.
Quando o gerador é posto em carga, a tensão por ele fornecida diminui. Isto se deve a
três fatores:
• Resistência do enrolamento do induzido;
• Resistência de contato nas escovas;
• Diminuição do fluxo indutor pela reação do induzido.
Nesses tipos de geradores, para que a tensão se mantenha constante, para cada
aumento de carga deve haver, manual ou automaticamente, um aumento da excitação.
Um exemplo desse tipo de gerador de CC é o dínamo do automóvel.
Tipos de geradores
Conforme o tipo de ligação entre as bobinas de campo e o induzido, os geradores são
classificados como:
• Gerador de CC em série;
• Gerador de CC em paralelo;
• Gerador de CC misto.
Ao acrescentar carga ao gerador, uma corrente circula pela carga e pela bobina de
excitação, fazendo com que aumente o fluxo indutor e, por conseguinte, a tensão
gerada.
Observações:
• Antes da saturação magnética, a tensão pode alcançar valores perigosos.
• Para evitar que a tensão se eleve, quando se acrescenta uma carga ao circuito,
coloca-se um reostato em paralelo com a excitação.
A corrente do gerador deve alimentar tanto a carga como a bobina de campo, pois
ambas estão em paralelo. Assim, a tensão gerada diminui com o aumento de carga.
A cada aumento de carga há uma diminuição na excitação e, consequentemente, uma
queda na tensão. Se ocorrer um curto, ocorre também uma elevação instantânea da
corrente. Em seguida, o gerador deixa de gerar energia, pois a tensão nos terminais
será nula, não havendo, portanto, excitação.
Neste gerador, a tensão mantém-se constante, tanto em carga como em vazio, já que
ele reúne as características dos geradores em série e em paralelo.
Observação
A relação entre as tensões em vazio e em carga de qualquer tipo de gerador é
denominada de tensão de regulação e é dada em porcentagem pela seguinte fórmula:
Eo - Et
Et
O motor de corrente contínua funciona sob o mesmo princípio. Nele existe um campo
magnético fixo formado pela bobinas de campo. Há também condutores instalados
nesse campo (no rotor), os quais são percorridos por correntes elétricas.
Podemos observar que a corrente que circula pela espira, faz isso nos dois sentidos:
por um lado, a corrente está entrando e, por outro, saindo. Isso provoca a formação de
duas contrárias de igual valor (binário), das quais resulta um movimento de rotação
(conjugado), uma vez que a espira está presa à armadura e suspensa por mancal.
Essas forças não são constantes em todo giro. À medida que o condutor vai se
afastando do centro do pólo magnético, a intensidade das forças vai diminuindo.
Nos motores, para que haja força constante, as espiras colocadas nas ranhuras da
armadura devem estar defasadas entre si e interligadas ao circuito externo através do
coletor e escova.
A força eletromotriz induzida, por ser de sentido contrário à tensão aplicada, recebe o
nome de força contra-eletromotriz (fcem).
A corrente total que circulará pela armadura (Ia) será dada por:
E - EO
Ia =
Ra
Onde:
• E é a tensão aplicada,
• EO é a força contra-eletromotriz,
• Ra é a resistência.
Tipos de motores
Esse tipo de motor é indicado para casos em que é necessário partir com toda a carga.
Por isso, eles são usados em guindastes, elevadores, e locomotivas, por exemplo.
Por sua vez, o reostato da armadura (Ra), ligado em série com o induzido, limita a
corrente no momento da partida. Após a partida, o cursor RC é deslocado para ajuste
da velocidade.
Comutação
Para que o motor ou o gerador não sejam danificados, devido ao faiscamento, o curto
deverá ocorrer quando a bobina estiver passando pela zona neutra do campo
magnético, já que aí não há tensão induzida.
Reação do induzido
Nas máquinas de CC, quando não circula corrente no induzido, o campo magnético
produzido pelas bobinas do estator é constituído por linhas retas, e a densidade do
fluxo é praticamente uniforme.
Quando uma corrente é aplicada ao induzido com uma fonte externa qualquer e se
interrompe a corrente das bobinas do estator, o campo magnético produzido no
induzido será constituído por linhas concêntricas.
Isto pode ser observado quando analisamos as figuras a seguir, as quais indicam os
sentidos dos campos magnéticos do estator do rotor.
Em conseqüência, ocorre uma redução das linhas nos campos magnéticos das
extremidades A e D e uma intensificação nas extremidades B e C. Todavia, a
intensificação em B e C não compensa a redução que se verifica em A e D. Isto se
deve à saturação magnética que provoca a redução do fluxo magnético total.
Elemento Norma
DIN ASA
Componentes mecânicos de
sistemas elétricos
Introdução
Muitas vezes, um defeito eletroeletrônico pode ser causado por uma falha mecânica ou
vice-versa. Assim, veremos nesta unidade, alguns componentes mecânicos básicos,
tais como: transmissões mecânicas, hidráulicas e pneumáticas, e rolamentos.
Observação
Num sistema de transmissão por atrito existe um deslizamento que, nas correias
trapezoidais é menor que nas correias planas.
Acoplamento fixo
O acoplamento fixo serve para unir duas extremidades de eixos. As superfícies de
aperto podem ser paralelas ou perpendiculares ao eixo como mostram as figuras a
seguir.
Acoplamento extensível
O acoplamento extensível serve para unir eixos separados por grandes distâncias.
Acoplamento de desengate
Esse tipo de acoplamento é usada para desengatar rapidamente um eixo em
movimento.
Observação
Esse acoplamento só engata em repouso.
Acoplamento elástico
O acoplamento elástico é usado em eixos equiaxiais e é capaz de absorver choques e
vibrações.
Transmissão hidráulica
Transmissão pneumática
Rolamentos
Rolamentos são componentes mecânicos criados para diminuir o atrito nos eixos
rotativos que transmitem movimento.
Os rolamentos radiais que podem ser de esferas ou de roletes servem para suportar
eixos rotativos, solicitados exclusivamente para forças radiais, como por exemplo, a
força exercida por uma polia em uma máquina girante.
Observação
Se um eixo for solicitado axialmente e radialmente, ele deverá ser provido dos dois
tipos de rolamentos.
Manutenção dos rolamentos
Como os rolamentos são usados em máquinas girantes, é importante conhecê-los para
realizar montagens, desmontagens, verificações e lubrificações de maneira correta
para aumentar sua vida útil.
Ouvir
Como mostra a figura abaixo, coloque uma chave de fenda ou um objeto similar contra
o alojamento, o mais próximo possível do rolamento.
Ponha o ouvido na outra extremidade e ouça. Se tudo estiver bem, um ruído suave
deverá ser ouvido. Um ruído uniforme, porém metálico, indica falta de lubrificação. O
som de um rolamento danificado é irregular.
Sentir
Verifique a temperatura usando um termômetro, giz sensível ao calor, ou
simplesmente, colocando a mão no alojamento do enrolamento.
Se a temperatura parecer mais alta que o normal, ou com variações bruscas, isto é
indicação de que existe algo errado.
SENAI-SP - INTRANET 155
Máquinas elétricas
Observar
Assegure-se de que o lubrificante não escape através de vedadores defeituosos ou
bujões insuficientemente apertados. Verifique as condições dos vedadores,
assegurando-se de que não permitam que líquidos quentes ou corrosivos penetrem no
conjunto.
Lubrificar
A relubrificação deve obedecer às instruções do fabricante do equipamento.
Quando a caixa do rolamento não possuir engraxadeira, a relubrificação deve ser feita
na parada programada da máquina. As tampas deverão ser removidas para retirar toda
a graxa usada antes de colocar a graxa nova.
Mesmo que as caixas possuam engraxadeiras, a graxa usada deve ser removida e
substituído por nova, sempre que as caixas forem abertas e seus componentes
lavados.
Quando se efetua a troca, o óleo usado deve ser drenado completamente e o conjunto
lavado com óleo limpo, de preferência o mesmo que será usada na reposição.
Esse tipo de inspeção deve ser feito preferivelmente durante as paradas programadas
da máquina ou quando ela for desmontada por alguma razão, tanto para inspeção
quanto para reparos.
A operação de inspeção deve ser feita numa área de trabalho a mais limpa possível.
Para iniciar a desmontagem da máquina, limpe sua superfície externa.
Lave o rolamento exposto onde é possível fazer inspeção sem desmontagem. Use um
pincel molhado em aguarrás ou querosene.
Seque o rolamento com um pano limpo e sem fiapos ou com ar comprimido e verifique
se algum componente do rolamento entrou em rotação.
Um pequeno espelho com haste, semelhante aos usados por dentistas, pode ser útil
na inspeção das pistas, gaiola e corpos rolantes do rolamento.
Quando não é possível alcançar a face do anel interno, o extrator poderá ser aplicada
na face do anel externo. Entretanto, é muito importante que o anel externo seja girado
durante a desmontagem, de modo a distribuir os esforços pelas pistas e evitando que
elas sejam marcadas pelos corpos rolantes.
Nesse caso, o parafuso deve ser travado ou preso com uma chave e as garras
deverão ser giradas com as mãos ou com uma alavanca .
As pistas e corpos rolantes devem ser inspecionados para verificar se existem sinais
de danos. Um rolamento está em boas condições quando não possui marcas ou outros
defeitos nas pistas, anéis, corpos rolantes ou gaiolas e gira uniformemente sem ter
folga interna radial anormalmente grande.
Um rolamento nessas condições pode ser montado novamente sem risco algum.
O tubo deve estar bem limpo e ter extremidades planas, paralelas e sem rebarbas.
Coloque a ferramenta contra o anel interno. Com um martelo comum, aplique golpes
sempre bem distribuídos ao redor da extremidade do tubo. Tome cuidado para que o
rolamento não entre enviesado no eixo.
Observação
Os martelos de chumbo ou outro metal macio não são indicados porque podem soltar
fragmentos que penetram no rolamento.
Nunca aplique golpes diretos nos rolamentos, pois isso poderá trincar os anéis e
danificar as gaiolas além do perigo de partículas metálicas se destacarem e causarem
avarias quando o rolamento for colocado em operação.
Não aplique força contra o anel quando o rolamento for montado no eixo. Isso danifica
as pistas e os corpos rolantes e reduz consideravelmente a vida útil do rolamento.
Quando se dispõe de uma prensa mecânica ou hidráulica, esta poderá ser usada na
montagem de rolamentos pequenos e médios.
Observação
Use uma “caneca” ou um pedaço de tubo entre a prensa e o anel interno.
O óleo deve ser limpo e ter um ponto de fulgor superior a 250ºC. O recipiente deve
estar limpo e conter óleo suficiente para cobrir completamente o rolamento. Este não
deve estar em contato direto com a base do recipiente, devendo ser colocado sobre
uma plataforma ou calço adequado para evitar aquecimento direto.
O banho deve ser aquecido numa chapa elétrica, bico de gás ou equipamento
semelhante.
Observação
Um rolamento nunca deverá ser aquecido sobre chama direta.
Medidores de rotação
Na unidade anterior, vimos que existem dois equipamentos para medir a rotação (rpm)
das máquinas elétricas: o gerador taquimétrico e o gerador Hall.
Gerador taquimétrico
Ele é acoplado ao eixo da máquina e gera uma tensão quando o eixo gira. Essa tensão
realimenta o circuito dando, em forma de tensão, uma informação da velocidade da
máquina.
Geralmente, essa tensão é da ordem de 60V para cada 1000rpm. Porem, pode haver
outros valores de relação, como por exemplo, 20V/1000rpm; 100V/1000rpm.
Gerador Hall
Esse sensor é o gerador Hall que consiste de uma placa de material semicondutor,
geralmente uma liga de índio e antimônio, percorrida longitudinalmente por uma
corrente (I1) sob um campo magnético B.
Funcionamento
Uma diferença de potencial surge entre os pontos x e y e que é chamada de efeito
Hall. Essa tensão é dada por:
RH
VH = . B. I1
d
Onde:
• VH é a tensão Hall;
• d é a espessura do condutor;
• B é a intensidade do campo magnético;
• I1 é a corrente no condutor.
O gerador Hall fornece uma tensão polarizada em função do campo e da corrente, por
isso, formatos diferentes fornecem rendimentos diferentes, ou seja:
• Forma retangular: alta tensão Hall de saída;
Aplicações
O gerador Hall tem várias aplicações a saber:
• Em sistemas de ignição de automóveis nos quais evita contatos mecânicos que
implicam no desgaste das peças e permite ajustagem contínua do sistema;
• Na medição de fluxo disperso de transformadores em circuitos onde existem
mecanismos sensíveis a pequeno campo magnético estranho;
• Na verificação de transmissão de sinais, captando um sinal emitido em outro ponto
do circuito, evitando os contatos elétricos.
Freio de Prony
O freio de Prony é um dispositivo que deve ser adaptado ao eixo de um motor com a
finalidade de carregar o motor mecanicamente. Observe o freio de Prony na figura
abaixo.
Observação
Há vários tipos de freios Prony. As maneiras de se aplicar a frenagem também variam.
Portanto, você pode encontrar diferentes tipos de freios de Prony, mas o princípio de
funcionamento de todos eles é o mesmo.
Desenvolvimento teórico
Conjugado de um binário
Este conceito você já estudou, mas vamos repeti-lo.
Potência
A fórmula de potência é:
trabalho
potência =
tempo
T
P =
t
kgm
O símbolo utilizado é
s
Transformação de unidades
A potência dos motores elétricos é dada nas unidades de medida cavalo-vapor ou
cavalo-força. O símbolo de cavalo-vapor é CV e o de cavalo-força é HP.
O valor da força lida no dinamômetro é indicado pela letra F. O valor do raio da polia é
indicado pela letra r. Observe, a seguir, a dedução de uma fórmula para o cálculo da
potência.
170 SENAI-SP - INTRANET
Máquinas elétricas
Fórmula da potência
T
P=
t
Fórmula do trabalho
T=F.d
F.d
P=
t
Veja:
F.d
p=
t
d=2.π.r.n
F.2.π.r.n
Portanto, p = .
t
n
Isto significa que, na fórmula anterior, a razão deve ser transformada para podermos
t
fazer a substituição. Acompanhe as passagens abaixo.
número de rotações n n n
rpm = = = =
tempo em min t 1min 60 s
F.2.π.r.n
p =
60 s
N.m kgm
=
s s
kgm
Mas como já vimos, 1CV = 75 .
s
1kgm 1CV
Logo, =
s 75
Concluímos que a fórmula deve ser dividida por 75. A potência vai ser calculada em
cavalos-vapor.
F.2.π.r .n
Pcv =
75 . 60
No numerador temos uma multiplicação de vários fatores. A ordem dos fatores não
altera o produto. Por isso, vamos reescrever a fórmula acima na forma mais usual:
2.π.r.n.F
Pcv =
75 . 60
2.π.r .n.F
PHP =
75,6 . 60
C=F.r
Exemplo
Observe na figura abaixo um modelo de freio de Prony. A força F indicada no
dinamômetro vale 2N. A medida do raio r é 0,2m. A velocidade angular do motor é de
1.770rpm.
A fórmula é:
2.π.r .n.F
Pcv =
75 . 60
4 446,2
Pcv =
4 500
C=F.r
C = 0,2 . 2
Portanto C = 0,4N . m7
Comprovar o funcionamento
de transformador
Portanto, neste ensaio, você deverá comprovar a indução numa bobina com um ímã e
eletroímã e, movimento. Verificará a indução produzida por um campo magnético
variável e, finalmente, observar a relação entre a variação do número de espiras e a
variação de tensão.
Procedimentos
1. Para comprovar a tensão induzida por ímã, conecte o voltímetro do multímetro à
bobina de maior número de espiras.
2. Movimente o ímã de tal forma que um dos pólos passe o mais próximo possível do
orifício da bobina.
3. Observe a geração da tensão e anote seu valor máximo nas bobinas 1 e 2
4. Coloque o núcleo da bobina e repita os passos 2 e 3.
5. Houve aumento de tensão? Por quê?
6. Substitua a bobina e repita os passos 1 a 4.
7. Qual das bobinas gerou maior tensão? Por quê?
8. Aproxime o ímã da bobina sem movimentá-lo. Houve geração de tensão? Por quê?
9. Para comprovar a indução de tensão por eletroímã, monte o núcleo na bobina de
800 espiras e aplique 12VCC e obtenha um eletroímã.
10. Movimente o eletroímã de tal forma que seu núcleo passe pelo orifício da bobina
conectada ao voltímetro (sem núcleo). O que aconteceu com o eletroímã?
11. Anote o valor da tensão induzida.
12. Coloque o núcleo da bobina e repita o passo 10. Anote o valor da tensão induzida.
13. Por que nos passos 2 e 10 existe geração de tensão?
14. Aproxime o eletroímã da bobina sem movimentá-lo. Houve geração de tensão?
Por quê?
15. Analise os passos realizados até o momento. Para que haja geração de tensão em
uma bobina, como deve ser o campo magnético a que ela deve ser submetida?
Identificar tapes de
transformador
Agora que você já estudou a parte teórica do transformador, está na hora de testá-lo
para ver se funciona. Neste ensaio, você vai identificar os terminais de um
transformador monofásico e testá-lo para verificar seu comportamento com carga.
Procedimentos
1. Para identificar o primário e o secundário do transformador, meça as resistências
das bobinas e anote seus valores.
Observação
Caso a tensão seja próxima de zero volts, inverta os terminais do enrolamento B e
certifique-se de que a tensão está correta.
10. Feche a chave e anote no quadro do passo anterior o valor da corrente com
máximo valor de resistência do reostato.
11. Varie o valor do reostato para obter 2ª. Anote esse valor de corrente e o valor da
tensão do secundário.
Observação
Esse valor representa o percentual de queda de tensão do transformador a plena
carga comparado ao mesmo transformador funcionando a vazio.
16. Calcule o rendimento para cada carga do transformador. Use os dados das tabelas
e a seguinte fórmula:
Potência de saída
η = x 100%
Potência de entrada
Passo Rendimento
10
11
12
13
13
13
Polarizar bobinas de
transformadores trifásicos
Neste ensaio, você vai polarizar corretamente as bobinas do primário e secundário das
três fases de um transformador trifásico.
Procedimentos
1. Com o multímetro, identifique os enrolamentos do primário e do secundário do
transformador.
2. Mantendo os terminais dos secundários abertos, ligue o primário em estrela e
alimente-o com 220V conforme diagrama a seguir.
Observação
Pode ocorrer uma pequena diferença a menor da corrente na bobina central em
virtude da dispersão magnética dessa bobina ser menor.
8. Alimente apenas uma das fases do primário (fase A, B ou C) com uma tensão de
110V.
9. Meça a tensão nos secundários.
10. Identifique os secundários referentes à fase alimentada e ligue-os em série aditiva.
Observação
Os secundários da fase alimentada são os que apresentam maior tensão. A série
será aditiva quando a tensão nas extremidades da associação for o dobro da
tensão do secundário, e deve permanecer em série até o final da experiência.
11. Para identificar as outras duas fases (B e C), repita os passos 9 e 10.
12. Siga o esquema abaixo e faça a ligação das séries aditivas em estrela.
13. Alimente o primário, ligado em estrela, com 220VCA e meça as tensões de linha no
secundário.
Observação
As tensões encontradas deverão ter o mesmo valor. Caso os valores sejam
diferentes, uma das fases do secundário está invertida. Para acertá-la, deve-se
fazer tentativas no sentido de inverter uma fase por vez e medir a tensão a cada
inversão até encontrar valores iguais, o que indica que as fases estão ligadas
corretamente.
Observação
Essas marcações serão usadas no próximo ensaio.
As ligações internas entre as três fases do transformador trifásico podem ser feitas em
estrela e em triângulo.
Procedimentos
1. Observe o esquema abaixo e faça a ligação Y/Y indicada.
Observações
• Aplique tensão reduzida, por exemplo, 220V ou menos, se o transformador for
de tensão elevada (acima de 600V).
• Aplique tensão nominal se o transformador for de baixa tensão (até 600V).
Precaução
Se, ao aplicar tensão no transformador, o amperímetro registrar corrente acima de
1A, desligue imediatamente o circuito, pois há ligação errada.
Primário
Y ∆
EX1 X2
EX1 X3
EX2 X3
5. Compare o valor calculado (passo 2) com os valores das medições e escreva sua
conclusão.
6. Faça a ligação estrela-triângulo, conforme o esquema a seguir.
NX EH
EX = .
NH 3
Primário
Y ∆
EX1 X2
EX1 X3
EX2 X3
NX
EX = 2 . EH
NH
Primário
Y ∆
EX1 X2
EX1 X3
EX2 X3
NX
EX = 2 . EX
NH . 3
Primário
Y ∆
EX1 X2
EX1 X3
EX2 X3
15. Refaça os ensaios desde o passo 4 com o primário conectado em triângulo. Anote
os resultados na coluna ∆.
Observação
A tensão a ser aplicada na ligação em triângulo deve ser igual à aplicada na ligação
em estrela, dividida pela raiz de 3.
Montar banco de
transformadores
Procedimentos
1. Com o ohmímetro, identifique os enrolamentos de 127 e 220V dos
transformadores, marcando com H1 e H2 os terminais de 220V (resistência mais
alta) e X1 e X2 os terminais de 127V (resistência mais alta).
Observação
Se a tensão medida for maior que 110V (polaridade aditiva), a identificação dos
terminais H1, H2 e X1 , X2 está correta. Contudo, se a tensão for menor do que 110V
(polaridade subtrativa), inverta a identificação nos terminais X1 e X2.
Identificar elementos de
máquina CC
Neste ensaio, você vai aprender a identificar os elementos das máquinas de CC. Vai
também medir a resistência desses elementos.
Procedimentos
1. Meça a resistência da bobina de campo em paralelo, da bobina de campo em série
e da armadura da máquina de CC.
2. Anote o maior valor de resistência encontrado e o elemento que apresentou esse
valor.
3. Com a fita crepe, identifique as duas extremidades do elemento que apresentou
maior resistência.
4. Meça novamente o campo série e a armadura. Qual é o elemento de mais baixa
resistência? Qual seu valor ôhmico?
5. Anote o valor ôhmico do último elemento.
6. Gire lentamente o eixo da máquina. O que acontece com o valor ôhmico da
armadura? Por quê?
7. Mostre os resultados obtidos ao seu instrutor. Explique oralmente como você
chegou aos resultados e como pode afirmar com segurança que os elementos
identificados estão corretos.
Verificar o funcionamento
de gerador CC
Procedimentos
1. Para a comprovação das características de carga do gerador de excitação
independente, monte o circuito a seguir.
2. Faça a ligação do motor trifásico em triângulo. Não ligue o motor antes de conferir
a ligação com o seu instrutor.
3. Verifique o sentido de rotação e inverta-o se for necessário.
4. Conserve o reostato de campo na máxima resistência e mantenha as lâmpadas
desligadas. Aplique tensão no campo através da ponte retificadora. Ajuste o
reostato para que a tensão de saída do gerador seja 125V (tensão nominal).
6. Ligue mais uma lâmpada e anote os valores na tabela do passo 5. Repita esse
procedimento até que todas as lâmpadas estejam acesas (isso deve corresponder
à potência máxima do gerador).
7. Qual é o comportamento da corrente de campo à medida a carga é imposta ao
gerador? Por quê?
8. Calcule o valor da regulação empregando a seguinte fórmula:
12. Faça a ligação do motor trifásico em triângulo. Não ligue o motor antes de conferir
a ligação com o seu instrutor.
Verificar o funcionamento
de motor de CC
Procedimentos
1. Monte o circuito da figura a seguir.
2. Monte o circuito abaixo para que seja simulada uma carga para o motor de CC.
Observação
Este tipo de ligação é atípico e deve ser usado apenas em ensaios de curta
duração. Neste circuito, nunca se deve deixar que a corrente exceda a corrente
nominal do motor trifásico para ligação Y.
Verificar o funcionamento
de motor de passo
Neste ensaio, você vai movimentar o motor de passo por meio do acionamento
sequenciado de chaves simulando um circuito eletrônico lógico.
Procedimentos
1. Com o auxílio do catálogo do fabricante, identifique os terminais do motor de passo
e desenhe-o no espaço a seguir.
Observação
A ligação dos terminais deve ser feita de acordo com o catálogo do fabricante de
modo que se S1, S2, S3 e S4 forem fechadas seqüencialmente, o motor girará no
sentido horário.
4. Feche seqüencialmente as chaves S1, S2, S3, S4, S1, S2, etc. Observe o que
aconteceu com o eixo do motor e descreva esse efeito a seguir.
5. O que deve ser feito para que o motor gire em sentido inverso?
6. Inverta o sentido do giro do motor de passo.
7. Faça com que o eixo do motor se desloque por 270. Quantas vezes a seqüência
S1, S2, S3 e S4 foi acionada?
Procedimentos
1. Antes de desmontar a máquina giratória, anote os dados retirados da placa do
fabricante.
2. Solte e retire o parafuso da polia.
3. Retire a polia com o auxílio de um extrator apropriado.
4. Retire a chaveta.
Observação
Guarde todas as peças em recipiente destinado a esse fim.
Observação
É importante marcar o lado da saída do eixo para que, após a montagem, o motor
fique com as características originais.
Observação
Se a máquina tiver mancais de rolamentos, remova os parafusos e solte a tampa
do mancal.
Observação
Ao retirar o conjunto da tampa traseira e rotor, tome cuidado para não danificar o
enrolamento.
Precaução
Cuidado para não danificar o encaixe.
Observações
• Alguns motores dispõem de orifícios rosqueados nas tampas para facilitar a
remoção. Nesse caso, não bata na tampa para afrouxá-la, solte os parafusos.
• Se houver interruptor centrífugo com acoplamento mecânico, solte-o ou desfaça
a ligação. Faça um diagrama das ligações para facilitar a religação na
montagem
Observações
• Se os mancais forem de buchas, verifique o lado do encosto, e saque-o pelo
lado oposto ao encosto. Use um tarugo de bronze e martelo.
• Se os mancais forem de rolamento, ajuste o saca-rolamento do anel interno do
rolamento. Gire o parafuso até que o rolamento se solte como mostra a figura a
seguir.
Observação
Verifique se o eixo está retificado em toda a sua extensão, pois ele pode ter sido
danificado durante a desmontagem. Providencie a retificação, caso isso seja
necessário.
Observação
Certifique-se de que a ponta do eixo esteja do lado correto, de acordo com a
marcação efetuada durante a desmontagem.
21. Levante o rotor com ambas as mãos e introduza-o na carcaça sem roçar nas
bobinas.
Precaução
Quando os rotores são muito pesados, deve-se pedir auxílio a outra pessoa, ou
então, usar uma talha apropriada.
23. Coloque umas das tampas levemente com macete de borracha sobre diversos
pontos da borda onde o enrolamento está alojado.
Observação
Verifique se essa tampa está colocada no lado e na posição corretos, conferindo
com a marcação feita com o punção durante a desmontagem.
Observação
Não aperte os parafusos totalmente.
Verificar o funcionamento de
motor monofásico
Neste ensaio, você vai verificar como funciona esse tipo de motor e identificar os
seguintes parâmetros: resistência de isolação, resistência dos bobinados, rpm,
velocidade angular, potência, fato de potência, corrente, tensão, rendimento.
Procedimentos
1. Meça a resistência de isolação. Anote os valores medidos em M.
2. Meça as resistências dos bobinados. Anote os valores medidos.
3. Faça a ligação para que o motor funcione em 110V. Deixe a ponta no 5 isolada em
separado.
4. Energize rapidamente o motor. O que aconteceu? Por quê
6. Ligue a ponta 5 corretamente e ligue o motor novamente. Qual o sentido do giro?
7. Qual enrolamento ficou desenergizado?
8. Qual a função da ponta 5 no motor?
9. Faça a ligação para 220V e energize o motor. Qual é o sentido de rotação?
10. Inverta a rotação do motor.
Levantar parâmetros de
motor trifásico
Procedimentos
1. Faça o teste de isolação e anote os valores a seguir.
2. Meça a resistência dos condutores do bobinado e complete a tabela a seguir.
3. Calcule a potência aparente deste motor a plena carga. Use a fórmula
Pa = EL . IL . 3.
4. Calcule a potência real deste motor a plena carga. Use a fórmula
P = Pa . cos. Considere cos = 0,85.
5. Faça o teste de funcionamento.
6. Para testar o motor com carga, acople-o ao freio.
7. Monte o circuito conforme o diagrama a seguir.
9. Energize o motor e coloque carga até atingir a corrente nominal do motor. Faça a
leitura dos instrumentos e anote o resultado na tabela a seguir na linha que indica
100% de carga.
10. Varie a carga nas frações indicadas na tabela do passo anterior e anote os valores
indicados pelos instrumentos.
11. Calcule o fator de potência a plena carga.
12. Calcule a potência mecânica (em cv) fornecida no eixo do motor a plena carga.
13. Calcule o conjugado do binário do eixo a plena carga.
14. Calcule o deslizamento a plena carga.
15. Calcule o rendimento do motor a plena carga.
16. Na tabela a seguir, anote os valores calculados anteriormente e calcule os valores
referentes às frações de carga.
19. À medida que a carga é aumentada, o que acontece com a rotação do motor?
26. Energize o motor na sua tensão nominal e verifique o sentido de rotação de acordo
com o dinamômetro, Inverta-o, se necessário.
27. Energize o motor e retire o shunt do amperímetro.
28. Ligue o circuito do freio.
29. Aumente a carga lentamente até que a corrente do motor atinja o valor nominal.
30. Com o auxílio do tacômetro, meça a rpm do motor.
31. Retire lentamente a carga do motor.
32. Desligue o freio.
33. Anote o valor da força (em N) indicado pelo ponteiro de arrasto do dinamômetro.
34. Calcule o conjugado nominal no eixo do motor. Use a seguinte fórmula: Cn = F . R.
35. Para realizar o teste de rotor travado, acople o disco de alumínio ao disco de
eletroímãs com o auxílio do trava-disco rotativo.
36. Coloque o ponteiro de arrasto do dinamômetro no valor zero.
38. Aplique alguns volts ao circuito e verifique se o sentido de rotação está correto,
Corrija-o se necessário.
39. Aumente a tensão do varivolt trifásico lentamente até a corrente do motor atingir o
valor nominal.
40. Abaixe o valor do varivolt até zero e desligue-o.
41. Anote o valor da força (em N) indicado pelo ponteiro de arrasto do dinamômetro.
42. Retire o trava-disco rotativo.
43. Calcule o valor do conjugado de partida. Use a fórmula: CP = F . r
Verificar o funcionamento de
motor com rotor bobinado
Procedimentos
1. Meça a resistência de isolação do estator.
R ( medida a _____________°C )
R ( medida a _____________°C )
Resistência Resistência
calculada Medida
RA = R1 + R2 = RA =
RB = R2 + RR = RB =
RC = R3 + R1 = RC =
5. Ajuste o reostato para a resistência máxima (100%). Energize o motor sem carga e
meça o valor de tensão ER. Anote o resultado no quadro do passo 7.
6. Diminua o valor da resistência em 50% e meça o valor e ER, da corrente do estator
e a rotação. Anote o resultado no quadro do passo 7.
7. Diminua totalmente o valor da resistência, colocando o reostato em curto-circuito
(fechado) e meça o valor de ER, da corrente do estator e a rpm. Anote o resultado
no quadro a seguir.
Referências bibliográficas