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NOTÁRIOS E TABELIÃES

PROF: GRACIANO
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 denominação;
 em Nome Coletivo – utilizada razão social;
 Comandita Simples – utiliza razão social, e;
 LTDA (1052 e ss) – utilizada razão ou denominação
social.
mudanças na Lei Geral da Microempresa e da Empresa de
Pequeno Porte.
Transferência de controle de quotas: deve ser
entendida como transferência de mais da metade do capital social
(entendimento da Corregedoria, em razão de um caso de Barueri).

Dentre as hipóteses de Apresentação das Certidões


estão, por exemplo:
 a redução do capital social;
 transferência de controle de quotas;
 transformação (que é a mudança de tipo societário,
diferente de mudança de natureza). Pela LC nº
128/08, agora é possível a transformação de
sociedade empresária em empresário individual e
vice-versa.
 fusão (duas sociedades se extinguem para formar
uma 3a);
 cisão (pode ser total ou parcial; se total a sociedade
cindida deixa de existir; se parcial é parecido com a
incorporação, mas seu capital social deve ser
reduzido);
 incorporação (uma sociedade assume o ativo e o
passivo de outra sociedade que deixa de existir).
Não há necessariamente que ser aumentado o
capital social da sociedade incorporadora; e,
 dissolução.

1o Dissolução – ato dos sócios em que eles resolvem


parar as atividades da sociedade para, na seqüência, entrar-se na

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fase de liquidação. Não há que se falar em perda da personalidade


jurídica.
2o Liquidação – Fase da apuração de haveres e deveres.
Também nesta fase, não a sociedade não perde personalidade
jurídica.

3o Extinção – sociedade perde a personalidade jurídica.

Unipessoalidade temporária (art. 1033, IV do CC): há


decisão da Corregedoria Permanente (1ª. Vara de Registros Públicos
da Comarca da Capital/SP) no sentido de que se a sociedade não
recompor o quadro societário no prazo de 180 dias, ainda assim ela
não precisará ser extinta (lembre-se que o CC/02 faz distinção entre
dissolução e extinção). Contudo, haverá uma punição para o sócio
remanescente, qual seja, responderá o mesmo, ilimitadamente, pelas
obrigações assumidas pela sociedade no período em que ela
permanecer unipessoal irregularmente (após o prazo de 180 dias) –
Processo 583.00.2005.116192-6.
Pela Lei Complementar nº 128/08, foi dada nova redação
ao art. 1033 do Código, sendo a ele acrescentado um parágrafo
único, com a seguinte redação: “Não se aplica o disposto no inciso IV
caso o sócio remanescente, inclusive na hipótese de concentração
de todas as cotas da sociedade sob sua titularidade, requeira no
Registro Público de Empresas Mercantis a transformação do registro
da sociedade para empresário individual, observado, no que couber,
o disposto nos artigos 1.113 a 1.115 deste Código”.
O inverso também é possível, segundo o disposto no
parágrafo 3º do art. 968 do Código Civil (parágrafo este acrescentado
pela LC nº 128/08).

Artigo 1.029 do CC – P: A simples notificação vale em


relação aos sócios e em relação a terceiros como título hábil a
indicar a retirada do sócio ou precisaria do registro do instrumento de
alteração contratual? R: O Juiz Corregedor Permanente – 1ª. Vara
de Registros Públicos da Comarca da Capital/SP (Dr.Venício Salles)
- entendeu que não precisa de alteração, ou seja, basta a
notificação, inclusive em relação a terceiros (Proc. 000.05.002897-9).

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Mais recentemente, há decisão da mesma 1ª. Vara de


Registros Públicos modificando tal posicionamento e indicando a
necessidade de alteração contratual, além da notificação (Proc.
583.00.2007.266523-7, decisão administrativa proferida em 20 de
maio de 2008, pelo Juiz Sang Duk Kim).
Há o Parecer CJ/JUCESP nº 909/2006, entendendo ser
necessária a alteração contratual.

Participação de espólio como sócio: decisão do Juiz


Corregedor Permanente: em razão do falecimento dos sócios é
possível o espólio figurar como sócio da sociedade (por se tratar
de situação transitória). Lembre-se que espólio não é pessoa e,
como tal, não pode ser sócio de sociedade, que é uma reunião de
pessoas.
Participação de menor como sócio: é possível a
participação do sócio menor, especialmente na sociedade limitada,
desde que observados três requisitos: a) o capital social esteja
totalmente integralizado; b) seja o menor assistido ou representado;
e, c) não seja o menor administrador da sociedade. Vide PL 1309/07,
do Deputado Eliene Lima, neste sentido.

MATRÍCULA (livro B):


Visa impedir que uma determinada publicação periódica
venha a circular clandestinamente e indicar quem são as pessoas
envolvidas nessas publicações, para eventual responsabilização
por crime de imprensa.
Para o Prof. Graciano não há necessidade de busca com
relação ao nome, porque a matéria vem tratada na Lei nº 9.610/98
(atual lei de direito autoral).
Segundo a regra do art. 10 da aludida lei, “a proteção de
obra intelectual abrange o seu título, se original e inconfundível com
o de obra do mesmo gênero, divulgada anteriormente por outro
autor”. E acrescenta o seu parágrafo único: “O título de publicações
periódicas, inclusive jornais, é protegido por um ano após a saída do
seu último número, salvo se forem anuais, caso em que esse prazo
se elevará a dois anos”.
Com relação à obra intelectual, o fato de alguém ser autor
independe de qualquer registro (art. 18 da Lei nº 9610/98), apesar de

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existirem órgãos para tanto – Biblioteca Nacional, no Rio de Janeiro,


por exemplo, conforme faculta o art. 17 “caput” e seu parágrafo 1º da
Lei nº 5988/73 (antiga lei de direito autoral), diferentemente do que
ocorre com a propriedade industrial, que deve ter o registro no INPI
para ser considerado o titular da marca ou da patente de invenção.
Vale observar que, segundo o disposto no art. 222 da
CF/88, “a propriedade de empresa jornalística e de radiodifusão
sonora e de sons e imagens é privativa de brasileiros natos ou
naturalizados há mais de dez anos, ou de pessoas jurídicas
constituídas sob as leis brasileiras e que tenham sede no País
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 36, de 2002)”, sendo
que, “em qualquer caso, pelo menos 70% do capital total e do capital
votante das empress jornalísticas e de radiodifusão sonora e de sons
e imagens deverá pertencer, direta ou indiretamente, a brasileiros
natos ou naturalizados há mais de dez anos, que exercerão
obrigatoriamente a gestão das atividades e estabelecerão o
conteúdo da programação” (parágrafo 1º do art. 222 da CF/88, com a
redação dada também pela Emenda Constitucional nº 36, de 2002).

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