Inovar é explorar com sucesso novas idéias...

Compatibilidade de misturas
NBR/BR:
Uma análise do composto versus o
elastômero obtido por polimerização

Isabela Pedrinha – IPG Ltda.

Madalena Forte – Lapol/ UFRGS
 OBJETIVO

• Avaliar a influencia das condições de

mistura de elastômeros NBR e BR
na miscibilidade e interação com
negro de fumo, comparando suas
propriedades físicas com as de um
elastômero de NBR com mesmo teor
de acrilonitrila.
 ÍNDICE
1. INTRODUÇÃO
– CONCEITOS SOBRE MISTURA
2. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
3. RESULTADOS
– PROPRIEDADES
– RPA - COMPORTAMENTO VISCOELÁSTICO
4. CONCLUSÃO
 INTRODUÇÃO

MISTURA DE POLÍMEROS

Combinar características
desejadas e inerentes a Vantagens:
cada um dos produtos em Econômica e
um único material Tecnológica
MISTURA DE TERMOPLÁSTICOS
A mistura é realizada no estado fluido ou “fundido”

Viscosidade baixa Boa Distribuição

Má Dispersão
Tempo de
cisalhamento

BOA DISPERSÃO
MISTURA DE ELASTÔMEROS
• Combinar características desejadas inerentes
a cada um dos elastômeros em um único
material.

Aditivos
Elastômero
1
Agente
Composto
Vulcanizante Otimizado
Elastômero
2 Cargas de
Reforço
 PROCESSO DE MISTURA
Duas etapas básicas: Incorporação e Dispersão
A mistura é realizada no estado sólido maleável (alta
viscosidade), seguido de um estado de menor viscosidade

Início: Viscosidade Alta Má incorporação/boa dispersão

Final: Viscosidade Baixa Boa incorporação /boa dispersão

Em alguns casos não se consegue atingir

propriedades satisfatórias podendo até mesmo
haver perda de propriedades.
PROPRIEDADES SATISFATÓRIAS
Fatores de Mistura
A homogeneidade da mistura de dois ou mais
elastômeros é influenciada pelas características
de processamento inerentes a cada um dos
elastômeros (comportamento viscoelástico).
Procedimentos de mistura semelhantes podem
levar a resultados diferentes de propriedades do
composto .
A adequação do processo de mistura contribui
para melhoria de propriedades, garantindo
também um bom desempenho da mistura.
Comportamento Viscoelástico

REGIÃO
EXPLICAÇÃO CIENTÍFICA

1 O elastômero é muito rígido ou seja o módulo

é muito alto. Quando a borracha é forçada a
entre os rolos ela quebra em pedaços por que
a tensão de deformação na ruptura é baixa. A
elasticidade da borracha é fator predominante.

2 Comportamento ideal do elastômero: módulo

baixo o suficiente e sua tensão de deformação
na ruptura é alta. A elasticidade da borracha é
fator predominante.
Comportamento Viscoelástico

REGIÃO EXPLICAÇÃO CIENTÍFICA

3 Limite entre as regiões 2 e 4. Os comportamentos

viscoso e elástico coexistem.Nas áreas onde o
comportamento viscoso predomina falta tensão e a
borracha descola do cilindro (“barriga”). Nas áreas
onde o comportamento elástico predomina, áreas
fracas, deformam permanentemente e esgarçam.

4 Módulo menor do que o da Região 2. A elasticidade é

muito baixa, acarretando grande deformação
permanente. O estado viscoso (fluido) se manifesta
como um aumento significativo da adesividade do
elastômero.
 Comportamento Viscoelástico:
NBR x BR
• Elastômeros NBR de médio a alto valor de
Viscosidade Mooney apresentam comportamento de
laminação observado nas Regiões 1 e 2.
• Elastômeros de NBR de baixa Viscosidade Mooney
apresentam comportamento na laminação
observado nas Região 3 e 4.
• Polibutadieno alto cis tende a ter o comportamento
de laminação observado nas Regiões 3 e 4, mesmo
quando são lineares. Isso está ligado ao baixo valor
de Tg desses produtos (-110 C).
 Preparo das misturas NBR/BR

• As misturas de NBR/BR foram preparadas em

misturador Interno com rotor do tipo tangencial.
• O controle das misturas foi realizado através do
monitoramento das principais variáveis do processo:
energia, potência, temperatura e velocidade do rotor
.
• As misturas foram consideradas completas partir do
ponto onde se observou estabilização da curva de
potencia e da posição do pistão. A partir desse ponto,
a velocidade de rotação do rotor foi reduzida para
minimizar o efeito de elevação da temperatura no
interior do misturador.
Condição de mistura – Compostos Série 1 e 3

Rotação - 60 rpm Temperatura Inicial: 60 °C

TEMPO PRODUTO COMENTÁRIOS

0 NBR28/BRNd ou NBR 18+ antioxidante +enxofre Mistura

Metade do NEGRO DE FUMO + Óxido de zinco
00:30 Temp Final:
+ auxiliar de fluxo
Restante do NEGRO DE FUMO + DIBP + ácido
02:00 140 °C
esteárico
04:30 Descarregar
Homogeneização e Aceleração
00:00 Homogeneizar a massa Homogeneização
02:00 Resfriar a massa até 90 °C Resfriamento
03:00 Adicionar os dois aceleradores juntos Aceleração
10:00 Descarregar FIM
Condição de mistura – Composto Série 2
Rotação - 60 rpm Temperatura Inicial: 60 °C
ETAPA 1 - PREPARO DA MISTURA NBR28/BRNd
TEMPO PRODUTO COMENTÁRIOS
0 NBR28+ antioxidante Mistura
00:20 BRNd Temp Final: 120 °C
02:00 Fim da Etapa 1
ETAPA 2 - PREPARO DO COMPOSTO NBR28/BRNd
TEMPO PRODUTO COMENTÁRIOS
0 Mistura ETAPA 1 +enxofre Mistura
Metade do NEGRO DE FUMO + Óxido de zinco
00:30 Temp Final:
+ auxiliar de fluxo
Restante do NEGRO DE FUMO + DIBP + ácido
02:00 140 °C
esteárico
04:30 Descarregar
ACELERAÇÃO EM CILINDRO
00:00 Homogeneizar a massa Homogeneização
02:00 Resfriar a massa até 90 °C Resfriamento
03:00 Adicionar os dois aceleradores juntos Aceleração
10:00 Descarregar Fim da ETAPA 2
 Influencia do BR no S" de m istura NBR/BR -70/30, RPA
2000, 140°C
35
30
25
S", dNm

20
15
10
5
0
0,05 0,1 0,5 1 10 20 50
Deform ação, Grau

BR/NBR 100% BR 100% NBR

Variação do Torque Viscoso com o Teor de

Polibutadieno
s", dNm33
31
29
27
25 RPA 2000
Teor de BR
23
21
19
17
15
0 20 40 60 80 100
na mistura
%BR
 Mistura NBR/BR
• Efeito do BR na processabilidade da mistura.
• Varr 1 – Primeira Varredura
• Varr 2 – Segunda Varredura

5
4,5
4
3,5
Tan Delta

3 NBR/BR Varr 1
2,5 NBR/BR Varr 2
2
1,5 BR Varr 1
1 BR Varr 2
0,5 NBR Varr 1
0
NBR Varr 2
0 20 40 60 80 100
Deformação
Composição NBR28/BR -65/35 e NBR 18

VARIAÇÃO DE PLASTIFICANTE VARIAÇÃO TEOR DE NEGRO DE FUMO

PRODUTO
S1F1 S2 F1 S3 F1 S1F2 S2F2 S3F2 S1F3 S2F3 S3F3 S1F4 S2F4 S3F4 S1F5 S2F5 S3F5
NBR 28 65,0 65,0 65,0 65,0 65,0
BRNd 35,0 35,0 35,0 35,0 35,0
NBR28/BRNd 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0
NBR18 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0
N550 50,0 20,0 50,0 70,0
DIBP 0,0 4,0 4,0
Antioxidante 2,5
Auxiliar de Fluxo 1,5
Óxido de Zinco 3,0
Ácido Esteárico 1,0
Enxofre 0,7
CBS 1,5
TMTD 0,7
Influencia do Teor de Negro de Fumo

NBR/BR
1000000
Log viscosidade
complexa, Pa-s

100000

NBR/BR -20N550
NBR/BR 50N550
NBR/BR -70N550
10000
10 60 110 160 210
Temperatura, °C
Propriedades Físicas do Composto
Reometria, MDR 200. 160°C, 0,5°

Efeito do Teor de
35,0 33,3

30,0
NBR/BR
24,4
25,0 20 NF550
NBR/BR
Negro de Fumo
Torque

20,0 50 NF550
14,2
15,0 NBR/BR
70 NF550
10,0
4,9 5,7 4,7
3,0 4,4
5,0 2,8 2,5 2,2
1,3
0,0
ML MH Ts2 T'90 NBR/BR - 65/35 - Propriedades Físicas X phr N550

200,0 600,0
180,0
500,0
Tensão de Ruptura, kgf

160,0

Alongamento, %
140,0
400,0
120,0
100,0 300,0
80,0
200,0
60,0
40,0
100,0
20,0
0,0 0,0
20 50 70
phr N550
Propriedades Físicas do Composto

NBR/BR- 65/35: Propriedades Físicas x phr

N550

50,00 27,00
26,50
45,00
Abrasão, Desg cm3

26,00
40,00 25,50

DPC, %
25,00
35,00 24,50 Teor de Negro
24,00
30,00 23,50 de Fumo
25,00 23,00
22,50
20,00 22,00
20 50 70
phr N550
PROPRIEDADES FÍSICAS
ELASTÔMERO
PROPRIEDADES
NBR/BR NBR
65/35 18%ACN
Tensão de Ruptura 177,0 177,0
Módulo 100% 60,0 32,0
Alongamento 280,0 380,0
Abrasão "DIN" - Desg.em volume 35,90 63,30
DPC ( 100°C, 70h, Deflexão 25%) 23,00 28,70
Dureza Sh A 68,6 65,8
Reometria MDR 2000, 160 C, 0,5 GRAU
ML 2,75 2,00
MH 24,39 21,94
Ts2 2,47 1,97
T'50 3,06 2,38
T'90 4,70 3,48
 CONCLUSÃO

• Foi observado existir uma relação entre o S” (RPA) e o teor de BR na

mistura na condição de análise utilizada.
• A condição de preparo da mistura NBR/BR parece ter influencia
significativa na interação com negro de fumo, observada através do
comportamento viscoelástico do composto no RPA.
• A interação elastômero - NF pode ser avaliada através da variação
do coeficiente angular das retas obtidas do torque viscoso (S”) em
baixa deformação redução da resposta viscosa da fase
elastomérica diluída pela resposta não viscosa da carga de reforço.
• A resistência à abrasão e a DPC nas misturas NBR/BR foram
otimizadas quando comparadas com a NBR com mesmo teor de
acrilonitrila.
• O aumento do teor de NF nas misturas NBR/BR provoca aumento da
velocidade de vulcanização e aumento da viscosidade real dos
compostos.
 Agradecimentos:
Petroflex S.A. (Lanxess)
ABTB
UFRGS - LAPOL
OBRIGADA PELA ATENÇÃO

Isabela Pedrinha
Diretora de Inovação
inovacao@inprogroup.com.br

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