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Prova imunologia

1) MHC (molécula de histocompatibilidade) são usadas pelas APCs para se ligar e apresentar
os antigenos aos antígenos
a ) As MHC I : Composto por subunidades diferentes; é composta por duas cadeias de
glicoproteínas associadas a cadeia α, com domínios externos α1, α2 e α3 (composto por
vários aminoácidos) altamente polimórfologicos e uma subunidade chamada molécula β2M
(microglobulina) que serve para estabilizar a estrutura. O sítio de ligação ao antígeno nas
moléculas de classe I é formado pelos domínios α1 e α2. As MHC I são expressas nas células
nucleadas, e atuam na apresentação de antígenos endógenos aos linfócitos T citotóxicos
(CD8+)
MHC II: Também compostas por subunidades diferentes, é composta por duas cadeias
proteicas, domínio α e β, e um sítio de ligação em α1 e β1. O sítio de ligação ao antígeno é
formado por ambas as cadeias peptídicas (α e β). As MHC II são expressas em células APCs,
como os macrófagos, linfócitos B e células dendríticas, e atuam na apresentação de antigenos
exógenos aos Linfócitos T Auxiliares. (CD4+)
B) via exógenas: A via de MHC II atua na apresentação de antígenos exógenos (bactérias), no
qual são receptores das superfície celular que irão se ligar aos fragmentos peptídicos
processados, no qual antígeno é englobado e jogado para dentro dos fagossomos, e através
das enzimas, eles são quebrados em fragmentos peptídicos de tamanhos variados, onde os
fragmento peptídicos irão ser levados para o endossomos, onde se ligam as MHC II e
translocam o receptor para a superfície, onde irão se ligar aos linfócitos T, apresentando então
o antígeno.
Via endógenas: A via de MHC I atua na apresentação de antígenos endógenos (Vírus) na
forma intracelular. O vírus ao injetar seu material proteico dentro da célula, a proteína
ubiquitina (polipeptídio presentes nas células eucariontes) irá se ligar ao peptídeo viral e
desativar o peptídeo viral, clivando então esses peptídeos (quebrados pelos proteassomas) e
após ser quebrado, é transportado para o reticulo endoplasmático, onde ao se juntar aos MHC
I, serão então transportados para a superfície celular, apresentando então o antígeno (peptídeo
viral) aos linfócitos T citotóxicos.
2) Anticorpos, chamados de imunoglobulinas; são glicoproteínas (produzidas pelos
plasmócitos) compostas por quatro cadeias peptídicas ligadas e dois pares idênticos:
cadeias pesada e leve (que varia entre as espécies) que são ligadas por pontes
dissulfídicas. Nas cadeias pesadas; com 60 kDa e cerca de 400 a 500 aminoácidos. E nas
cadeias leves; 25 kDa e cerca de 110 aminoácidos. Essa molécula tem forma de letra Y,
quando se encontra ligada à superfície de um linfócito B, atua como receptor de antígeno,
e quando secretada por um linfócito B ou livre na circulação, atua como anticorpo. Essas
imunoglobulinas possuem atividades biológicas diferentes, e são compostas por IgG,
IgM, IgA, IgD e IgE, possuindo estruturas variadas.
IgG: Imunoglobulina G (monômero) ela contém menor Ig, está localizado no baço,
Linfonodos e M.O, e atua na produção de plasmócitos, aglutinação, opsonização, e
ativação do sistema complemento.
IgM: Imunoglobulina M (pentâmero) 6 monômeros, ela atua na produção e plasmocitos e
estar presente no baço e linfonodos. Sua produção ocorre durante a resposta imune
primária, ela atua na neutralização viral, aglutinação, opsonização e ativação do sistema
complemento.
IgA. Imunoglobulina A (dímero) atua na produção de plasmócitos, e estar presente nas
mucosas intestinais, respiratórias, urinárias, dérmicas e das glândulas mamárias. Ela é
transportada pelas células epiteliais para secreções externas, atuando nas ivasoes
microbianas, defesas da mucosa, aglutinação de antígenos e neutralização de vírus.
IgE. Imunoglobulina E, atua na produção de plasmócitos presentes nas mucosas, e
desencadeiam inflamação aguda, atuando como sinalizadores e na mediação de reações
alérgicas (hipersensibilidade do tipo I)
IgD: Imunoglobulina D, estão ligadas aos linfócitos T, porém tem função desconhecida.

3) Nunca teve contato com o patógeno: IgG negativo e IgM negativo.


Apresenta infecção aguda a alguns dias: IgG negativo e IgM positivo.
Apresenta infecção recente há algumas semanas: IgG positivo e IgM positivo
Apresentou infecção antiga há alguns anos ou apresentou sucesso vacinal: IgG positivo e IgM
negativo

4) A anemia hemolítica imunomediada (AHIM) é um tipo de doença auto imune, causada


por reações de hipersensibilidade tipo II, ocorre devido a destruição ou fagocitose de
hemácias opsonizadas por imunoglobulinas (IgM e IgG), que recrutam proteínas para a
ativação do sistema complemento e promove a destruição/fagocitose (Celulas NK e
fagócitos) e de antígenos não danosos. Resultando em uma resposta auto imune indesejada,
por afetar células saudáveis do próprio corpo.
5) Os soros antiofídicos são produzido através do veneno extraído da serpente, para atuar
contra antígenos específicos, após a extração do veneno a substancia é inoculada em um
equino que irá produzir imunoglobulinas (anticorpos) contra o antígenos do mesmo tipo, e
será feita a retirada do sangue encaminhado para o laboratório, após passar por algumas
etapas, serão transferidos através da imunização ativa, por administração (injetando) de
antígeno no animal, desencadeará uma resposta imunológica, atuando contra antígenos
específicos/substancia tóxica presente no organismo/tecidos do animal. A essa coleta de
sangue no equino é realizada em intervalos, para que só após reduzir a quantidade de
anticorpos, ele receba um novo reforço do antígeno, pois se ainda houver anticorpos
circulantes no equino quando ele apresentar uma resposta imunológica, os imunocomplexos
podem ocasionar uma hipersensibilidade tipo III, chamada de doença do soro. Por isso, é
importante que não haja níveis elevados de anticorpos equinos circulantes, pois esses níveis
altos poderão interferir na imunização ativa contra o mesmo antígeno.
6) Hipersensibilidade do Tipo I; é conhecida como imediata ou hipersensibilidade anafilática,
a reação se inicia entre 2-30min após o contato com o antígeno, estão relacionadas a alergias
(alérgenos). Quando o antígeno se liga as moléculas de IgE na superfície dos mastócitos,
mastócitos/basófilos liberam uma grande quantidade de moléculas inflamatórias, elas irão
desencadear a inflamação/alergia. Essas reações alérgicas podem ser simples ou até mesmo
causar morte por anafilaxia alérgica/choque anafilático nos órgãos.
Hipersensibilidade do Tipo II; é conhecida como hipersensibilidade citotóxica, a reação se
inicia entre 5/8h após o contato com o antígeno, ela é mediada por anticorpo/imunoglobulinas
(IgM e IgG) que ao recrutar proteínas para a ativação do sistema complemento, irão
promover a destruição/fagocitose de antígenos do próprio corpo.
Hipersensibilidade do Tipo III; de classe IgG, é também conhecida como hipersensibilidade
imune complexa, ocorre 2/8h após o contato com o antígeno, ela é mediada por complexos
imunes solúveis, quando os antígenos e os anticorpos se juntam, por ter alto peso molecular,
podem ficar depositados em grandes quantidades nos tecidos ou na corrente sanguínea,
provocando lesão/inflamação.
Hipersensibilidade tipo IV; é conhecida como hipersensibilidade tardia, acontece entre
24/72h após o contato com o antígeno, ela é mediada por células T ou NK, que ao entrar em
contato com os antígenos, irá provocar uma resposta inflamatória tardiamente.
7) a) Imunização passiva: Ocorre através da transferência de anticorpos produzidos por um
outro animal/pessoa, atuando na produção imediata de anticorpos no indivíduo, apesar de
rápida e eficiente, seu “estoque” é limitado, e ao anticorpo se ligar ao antígeno, e atuar na
defesa, será “esgotado” e então o indivíduo não estará mais protegido, pois o anticorpo foi
pedido. Um exemplo é os anticorpos transferidos via placenta da mãe para o filho.
Imunização ativa: Antígenos serão administrados no individuo, onde irão demorar um pouco
para atuar na sua função, por atuar de forma tardia, porém, quando atuar, irá produzir células
de memória que irão reconhecer o antígeno quando estiver em contato novamente, agindo de
forma eficaz e rápida contra ele. Resultando em uma longa imunização contra aos antígenos
que teve contato. Um exemplo desse tipo de imunização são as vacinas, que atuam com uma
longa durabilidade, contra antígenos específicos que foram administrados atraves das vacinas.
B) Erros adversos; na administração, na contaminação, na fabricação através de falhas como
contaminação viral, bacteriana, toxicidade atípica, virulência residual, provocando diversas
consequências. Toxicidade gerada por reações, consideradas normais na maioria dos casos,
através de sintomas, como febre, dor, indisposição e até mesmo inflamação. E tambem,
respostas inadequadas, como hipersensibilidades do tipo I, II, IV causadas por
anticorpo/imunoglobulinas e células do sistema imune. Reações contra o corpo estranho, e até
mesmo reações neurológicas.

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