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Cidadão Areiense
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Enviado por Luiz Carlos em Dec 04, 2011

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Dec 04, 2011
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Título original
AGRADECIMENTO TÍTULO DE CIDADÃO AREIENSE

Direitos autorais
© Attribution Non-Commercial (BY-NC)
DISCURSO DE AGRADECIMENTO AO TÍTULO DE CIDADÃO AREIENSE

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Luiz Carlos Silva
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Areia, Paraíba, em 18 de maio de 2011

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Excelentíssimo presidente, vereador Clodoaldo............., parlamentares da
“Casa de Manoel da Silva”, senhoras e senhores, bom dia.

Sinto-me imensamente honrado e feliz por estar aqui, hoje, recebendo o Título
Facebook
de Cidadão Areiense. Areia é umTwitter
município por onde tenho grande carinho e
estima, e receber o meu primeiro título de cidadão honorário por esta Casa é
motivo de imensurável alegria.

%
É Difícil conter a emoção ao ser contemplado com o título de Cidadão
Honorário que me está sendo concedido hoje. Foi grande a surpresa e alegria
queE-mail
me acometeu ao ser contemplado por tal honraria, embora sabedor, desde
sempre, da generosidade de que é pródigo o povo deste chão, que tem nos
ilustres vereadores desta Augusta Casa os seus representantes políticos.
Você considera este documento útil?
Diga-se a propósito, que para falar sobre os eminentes homens públicos da
nossa gloriosa Areia, precisaria certamente encontrar palavras, palavras que
me faltariam, pois palavras proferidas sem a existência das obras, são como
semear no deserto...

Não poderia, fugir, assim, de início, ao agradecimento bem mais do que formal
à Câmara Municipal e aos vereadores que votaram em meu nome para receber
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tal honraria.

Consigno, em especial, minha eterna gratidão ao vereador SOPA por ter


apresentado o projeto de Decreto Legislativo que me concede este título. A
homenagem que recebo aqui faz com que eu me sinta acolhido, e é com
profunda gratidão que garanto que Areia estará sempre em meu coração.

Alguém já disse em outra oportunidade que existem três maneiras de se


adquirir a cidadania de uma determinada localidade, quais sejam: 1º pelo
nascimento; 2º por adoção quando, isto é, quando o indivíduo adota a cidade

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* Não útil

como sua e 3º, também por adoção, quando somos adotados por seus filhos
naturais.

Este diploma, nobre Vereador SOPA, saiba Vossa Senhoria, tem um


significado muito especial para mim que aqui chegou nos idos anos de 1957,
numa tarde chuvosa do mês de julho e, iniciou seus estudos nesse mesmo ano
no Grupo Escolar Álvaro Machado, local que apenas deixei quando fui estudar
no Ginásio Coelho Lisboa; para em seguida ingressar no curso Colegial
Agrícola na antiga “Escola de Agronomia do Nordeste”, onde, também, colei
Grau de Bacharel como Engº Agrônomo.

Para dizer tudo, a infância é nossa primeira pátria e a terra onde passamos
nossos primeiros anos permanece em nós para sempre. Um dia, entretanto, o
tempo nos lembra que a infância, apesar de eternizar-se em nosso coração,
tem um fim e somos, de repente, lançados no duro ofício da construção de
nossas próprias vidas.

Uma outra jornada teve início quando vim para Areia, aos 7 anos, estudante na
Escola de Agronomia do Nordeste, hoje Universidade Federal da Paraiba, no
prédio central, tão caro a muitos dos presentes nesta sessão, aprendi que nós,
seres humanos, vivemos, para além da natureza, no horizonte que a cultura
propicia. À medida que avançava nos estudos, aprendia, com os mestres de
então, de forma tão inesperada quanto irreversível, o gosto de associar o
aprendizado da competência acadêmica pessoal à aquisição e ao
desenvolvimento da sensibilidade para as questões mais gerais que
atravessam e constituem permanentemente o espaço comunitário.
A tradição humanista, instância fundadora da instituição universitária, nos
ensina que nós, homens e mulheres, somos permanentemente convocados à
tarefa de edificar um mundo sobre o silêncio e a fugacidade da existência. Eras
históricas, civilizações e sociedades são apostas e embates que visam
sobrepor, mesmo que provisoriamente, uma ordem humana, à caótica teimosia
da vida. Culturas são, assim, tentativas intermináveis de saciar a nossa sede
de sentido, à luz do doloroso reconhecimento de que assim como morremos de
inanição física, morreríamos de inanição simbólica. Do conhecimento é muito
justo que esperemos que ele possa contribuir, de forma efetiva, para a

construção de um mundo sempre mais justo, sempre mais inclusivo, sempre


mais humano.
Um dia me tornei professor do Colégio Estadual de Areia e, aqui nesta casa
vejo diversos ex-alunos meus, dos quais sinto muito orgulho. Mas continuando,
diria que para além dos prédios que integram as instituições de ensino e dos
títulos que conferem, a Pedagogia é, antes de tudo, um duplo ideal: de um lado
a certeza de que podemos construir de forma livre e autônoma o nosso destino,
substituindo o apelo fácil à autoridade – não importa qual seja ela – pela
confiança nos recursos de uma razão sempre aberta, sempre renovada. As
várias áreas que a integram, as ciências da natureza, as ciências da vida, as
ciências humanas e sociais, as ciências aplicadas, o campo da literatura e das
artes, constituem formas variadas de um mesmo propósito: a defesa do saber
como instrumento continuado de libertação, de humanização. De outro lado, o
sentimento de que pertencemos a um país, o Brasil. Enquanto instituição
Estadual o Colégio no qual ensinei é parte integrante e inseparável do sistema
público de ensino do nosso País. Mais tarde, já diplomado Engenheiro
Agrônomo em uma entidade pública de ensino superior, ingressei na Embrapa,
também um sistema público de pesquisa, experimentação e estudos. Público
significa o que pertencendo, por princípio, a todos, não pertence, por isso
mesmo, a ninguém em particular. A lógica da rentabilidade, o estreitamento
ideológico, a urgência da utilidade, não podem orientar a atuação das
instituições públicas.
Foi essa a grande lição aprendida nesses anos de trabalho e de vivencia em
tais instituições. A existência do compromisso da lealdade incondicional para
com o avanço do conhecimento o do engrandecimento e desenvolvimento
social de forma humanitária, foram os valores que procurei para pautar minha
atuação.
Desse modo, entendo que a homenagem que hoje tenho a honra de receber -
a de cidadão honorário de Areia – é dirigida, principalmente, à instituição que,
enquanto pesquisador, represento. Vejo nessa homenagem a sensibilidade
dessa Casa Legislativa para com os valores que defendem a presença
responsável do Estado na vida social. A Embrapa e a Câmara de Vereadores
de Areia, respeitados os âmbitos de atuação de cada uma, estão irmanadas na
defesa da soberania do interesse público e da consolidação sempre mais plena

da experiência da cidadania. Agradeço penhoradamente a homenagem que me


é prestada nessa manhã. Mas eu a recebo, como signo de meu pertencimento
a Areia. Pois, se a minha infância me enraiza em Belém, minha história me
vincula a Areia. Aqui iniciei meus estudos e me formei, aqui construí minha
família e iniciei a minha carreira profissional, aqui tenho meus pais, aqui tenho
grandes amigos, e daqui parti para meus estudos de pós-graduação. Confesso,
Vereador Sopa, senhores Vereadores, que receber o título que hoje me
conferem me gratificou profundamente e me comove. Pois através dele, e
pelas mãos dos representantes do povo Areiense, sinto-me aceito e irmanado
com todos. Pertenço agora, também por direito, à minha querida cidade, a essa
cidade que por minha escolha, já a havia adotado.
Por fim, apesar de atualmente não prestar aqui meus serviços, apesar de não
ser um Areiense de nascimento, sou e serei ligado a este lugar por fortes laços,
em 1974 casei-me com uma cidadã Areiense, o que não me permite esquecer
desta maravilhosa cidade, onde tenho passado grande parte dos meus finais
de semana, e hoje com esta cidadania a mim outorgada, me sinto um Areiense
de fato e de direito, já que da cidade onde nasci, quase não me restaram
vínculos.

Neste lugar, já sorri, já chorei, me exaltei, discuti, dei mão à palmatória, venci e
fui vencido na defesa do que considero ser de interesse da nossa Sociedade.

Finalizo minhas palavras dizendo que a generosidade Areiense é tamanha que


no dia do seu aniversário distribui prêmios como este que acabo de receber, ao
invés de os receber. Agradeço-lhes, mais uma vez, por terem enxergado com
bons olhos as minhas virtudes e com os olhos míopes da bondade, as minhas
falhas e defeitos.

Muito obrigado a todos.

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