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SPA II
Tema: Citação
O pesquisador pode copiar literalmente, ou seja, palavra por palavra, ou transcrever as ideias que
permitam o entendimento fiel do texto original. A fonte utilizada deve ser sempre mencionada no
próprio parágrafo ou em nota de rodapé.
No caso de mais de uma citação no texto colocado entre aspas, transformase esta em
apóstrofes, ou seja, uma citação dentro de outra citação. “O ser equilibrado significa que
você deve insistir, sem, entretanto, ‘abusar’ desua insistência”.
Quando se suprime palavras no início, no meio ou no fim do texto consultado, utilizase
reticência. O pesquisador deve utilizar esta técnica quando for necessário eliminar
trechos do texto, mas sem comprometer o entendimento do assunto.
[...] o jogo organizacional tem dupla pretensão: a de vencer, [...], o ser eficaz, [...]
“Existem duas maneira básicas de obterse um universo amostral: primeiro buscase na origem
amostras [...]” (O grifo é nosso)
a) Sistema Numérico
Nesse sistema, as citações devem ter numeração única e consecutiva, por artigo ou capítulo,
evitandose a numeração por página. A indicação da numeração pode ser entre parênteses, entre
colchetes ou sobre escrita.
b) Sistema Alfabético
Os documentos são indicados pelo sobrenome do autor seguido da data da publicação, separados
por vírgula e entre parênteses. Num estudo sobre administração (BARBOSA, 1991) o autor
concluiu que . . .
Quando o nome do autor estiver incluído na sentença, indicase a data entre parênteses.
Segundo Barbosa (1991) “a administração deve ser . . .”
Quando houver coincidência de autores com o mesmo sobrenome e data, acrescenta se a inicial
de seus prenomes.
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As citações de diversos documentos de um mesmo autor e mesma data são acrescidas de
letra minúscula do alfabeto após a data e sem espacejamento.
(BARBOSA, 1998a)
(BARBOSA, 1998b)
Quando for necessário especificar no texto a página da obra consultada, esta deverá seguir a data,
separada por vírgula e precedida da página.
A lista de referência bibliográfica relativa às citações deverá obedecer aos sistemas de chamada
escolhidos (numérico ou alfabético).
Está implícita nessa noção de ciência a ideia de que existe uma correlação entre a quantidade e a
qualidade das citações. É isso que permite o tratamento quantitativo dos dados, supondo que as
citações possuem um valor equivalente. Desse modo, “a presença de uma citação deve significar
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que o autor A foi influenciado pelo trabalho do autor B, mas isso não torna possível, por si só,
dizer algo sobre a extensão ou a força da influência” (CRONIN, 1984, p. 26-27, grifo do autor).
Cronin (1984) nota, ainda, que essa posição que correlaciona citação e qualidade, chamada de
“normativa”, possui um teor metafísico, ao prescrever uma norma sem que a mesma possua
sólidos fundamentos empíricos.
É a partir de críticas como essa que a visão “transparente” sobre as citações torna-se mais
“opaca”, e uma série de pesquisadores, desde os anos 1970, criticam ou relativizam os resultados
das análises. Baseados nas evidências empíricas das múltiplas motivações e usos das citações,
alguns autores passaram a notar a dificuldade dos dados quantitativos serem utilizados como
conceitos, articulando-se a um sistema teórico de compreensão da ciência.
Por outro lado, outros autores partiam de um novo paradigma nos estudos da ciência, o
socioconstrutivismo, que era animado – na crítica ao teor normativo das citações – pelos estudos
microssociológicos da prática científica e suas evidências quanto ao caráter plural e persuasivo
da citação. Esta, por conseguinte, é vista mais como um instrumento retórico (COZZENS, 1989,
e cf. uma proposta teórica em LATOUR, 2000) do que como parte de um sistema de
recompensa.
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REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
CAVALCANTI, I. G. M. (1989). Padrões de citação em Comunicação: análise das dissertações
apresentadas à ECO/UFRJ. Dissertação de mestrado em Ciência da Informação, UFRJ.
Gil, A. C. (1999). Métodos e técnicas de pesquisa social. (5ª ed). São Paulo: Atlas.