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FACULDADE DE LETRAS E CIÊNCIAS SÓCIAS

DEPARTAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO PUBLICA E CIÊNCIA


POLÍTICA

Administração pública Pós- Laboral II° Semestre

SPA II

Tema: Citação

Docentes: dr. Alexandrino José & Dr. Salvador Forquilha


Discente: Sarita

Maputo, Dezembro de 2021


SARITA

Trabalho semestral apresentado ao Docente, como


parte dos requisitos da cadeira de Seminário de
Pratica Aplicada II para efeitos de avaliação.

Orientador: dr. Alexandrino José

Maputo, Dezembro de 2021


Na elaboração do referencial teórico de trabalhos científicos é comum a utilização da citação de
parte do texto, que tem como objetivo provar ou reforçar ideias defendidas pelo pesquisador.

Citação é a menção no texto de informação colhida de outra fonte para esclarecimento do


assunto em discussão ou para ilustrar ou sustentar o que se afirma.

O pesquisador pode copiar literalmente, ou seja, palavra por palavra, ou transcrever as ideias que
permitam o entendimento fiel do texto original. A fonte utilizada deve ser sempre mencionada no
próprio parágrafo ou em nota de rodapé.

 Na citação literal a reprodução do texto é feita fielmente, transcrita entre aspas,


conservando a grafia, pontuação e uso de maiúsculas, obedecendo inclusive aos
eventuais erros de grafia do autor citado, em cuja indicação é utilizado entre parênteses o
termo sic, que significa ‘escrito assim’. As citações curtas se apresentam no corpo do
trabalho e as longas em parágrafo distinto.

Em resumo, a reengenharia é a resposta das empresas americanas ao reconhecimento das


pressões esmagadoras introduzidas por fatos da concorrência global.

 No caso de mais de uma citação no texto colocado entre aspas, transformase esta em
apóstrofes, ou seja, uma citação dentro de outra citação. “O ser equilibrado significa que
você deve insistir, sem, entretanto, ‘abusar’ desua insistência”.
 Quando se suprime palavras no início, no meio ou no fim do texto consultado, utilizase
reticência. O pesquisador deve utilizar esta técnica quando for necessário eliminar
trechos do texto, mas sem comprometer o entendimento do assunto.

[...] o jogo organizacional tem dupla pretensão: a de vencer, [...], o ser eficaz, [...]

 Citações de citações: deve ser indicado, primeiramente, o sobrenome do autor do


documento original, seguido da expressão latina “apud” (ou citado por) e sobrenome do
autor da obra consultada, fazendose dessa última a referência bibliográfica completa:
Silva apud Pessoa, 1998.
 As entidades coletivas podem ser citadas pela sigla, desde que na primeira citação seja
mencionada por extenso com a identificação da sigla entre parênteses.
 Quando os dados forem obtidos por informação oral (palestras, debates, comunicações,
etc) devese indicar entre parênteses a expressão “informação verbal”. Santos constatou
que as empresas que realizam programas de treinamento são mais eficazes. (citação
verbal).
 O destaque de trechos ou palavras do texto citado literalmente pode ser feito mediante a
utilização de grifos, que pode ser em negrito, itálico ou sublinhado, e deve estar seguido
da expressão ‘o grifo é nosso’ ou ‘o grifo é meu’.

“Existem duas maneira básicas de obterse um universo amostral: primeiro buscase na origem
amostras [...]” (O grifo é nosso)

As citações devem ser indicadas de acordo com:

a) Sistema Numérico

Nesse sistema, as citações devem ter numeração única e consecutiva, por artigo ou capítulo,
evitandose a numeração por página. A indicação da numeração pode ser entre parênteses, entre
colchetes ou sobre escrita.

Diz Rui Barbosa: “Tudo é viver, . . .” (15).

b) Sistema Alfabético

Os documentos são indicados pelo sobrenome do autor seguido da data da publicação, separados
por vírgula e entre parênteses. Num estudo sobre administração (BARBOSA, 1991) o autor
concluiu que . . .

 Quando o nome do autor estiver incluído na sentença, indicase a data entre parênteses.
Segundo Barbosa (1991) “a administração deve ser . . .”

Quando houver coincidência de autores com o mesmo sobrenome e data, acrescenta se a inicial
de seus prenomes.

(BARBOSA, C., 1998)

(BARBOSA, O., 1998)

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 As citações de diversos documentos de um mesmo autor e mesma data são acrescidas de
letra minúscula do alfabeto após a data e sem espacejamento.

(BARBOSA, 1998a)

(BARBOSA, 1998b)

Quando for necessário especificar no texto a página da obra consultada, esta deverá seguir a data,
separada por vírgula e precedida da página.

(BARBOSA, 1998, p. 513)

Barbosa (1998, p. 146)

A lista de referência bibliográfica relativa às citações deverá obedecer aos sistemas de chamada
escolhidos (numérico ou alfabético).

O entendimento sobre a capacidade da citação representar, de modo fidedigno, a ciência é


suportado pela ideia de que esta funciona como uma instituição com normas e valores que os
praticantes tendem a seguir. Neste modelo, a citação é vista como parte dos sistemas de
recompensa e reconhecimento existentes (como os prémios e bolsas), que atuam ajustando o
comportamento dos investigadores. O crédito dado a um pesquisador por outro, por meio de uma
citação, representaria uma forma de reconhecimento. O entendimento da citação como indicador
de impacto, influência ou desempenho de um pesquisador, instituição ou país (a unidade da
análise) é a principal proposta prática da junção entre os cientistas da informação, interessados
na mensuração e análise das citações, e a sociologia da ciência de Merton, Solla Price e outros.

O carácter “objectivo” dos dados obtidos a partir de um conjunto de trabalhos encerraria a


possibilidade de aplicar à ciência métodos (sobretudo de quantificação) da própria ciência. Neste
sentido, observa-se que a disciplina da cientometria deriva dessa pioneira análise quantitativa de
citações, na interface entre a ciência e a política científica, fortalecendo uma “cultura da citação”
(WOUTERS, 1999) típica da ciência do século XX.

Está implícita nessa noção de ciência a ideia de que existe uma correlação entre a quantidade e a
qualidade das citações. É isso que permite o tratamento quantitativo dos dados, supondo que as
citações possuem um valor equivalente. Desse modo, “a presença de uma citação deve significar

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que o autor A foi influenciado pelo trabalho do autor B, mas isso não torna possível, por si só,
dizer algo sobre a extensão ou a força da influência” (CRONIN, 1984, p. 26-27, grifo do autor).
Cronin (1984) nota, ainda, que essa posição que correlaciona citação e qualidade, chamada de
“normativa”, possui um teor metafísico, ao prescrever uma norma sem que a mesma possua
sólidos fundamentos empíricos.

É a partir de críticas como essa que a visão “transparente” sobre as citações torna-se mais
“opaca”, e uma série de pesquisadores, desde os anos 1970, criticam ou relativizam os resultados
das análises. Baseados nas evidências empíricas das múltiplas motivações e usos das citações,
alguns autores passaram a notar a dificuldade dos dados quantitativos serem utilizados como
conceitos, articulando-se a um sistema teórico de compreensão da ciência.

Por outro lado, outros autores partiam de um novo paradigma nos estudos da ciência, o
socioconstrutivismo, que era animado – na crítica ao teor normativo das citações – pelos estudos
microssociológicos da prática científica e suas evidências quanto ao caráter plural e persuasivo
da citação. Esta, por conseguinte, é vista mais como um instrumento retórico (COZZENS, 1989,
e cf. uma proposta teórica em LATOUR, 2000) do que como parte de um sistema de
recompensa.

Nesse contexto, desenvolve-se um debate sobre a necessidade de uma “teoria da citação”


(CRONIN, 1984 e 1998; COZZENS, 1989; LEYDESDORFF, 1998) ou de uma “teoria dos
indicadores científicos” (WOUTERS, 1999a). Tal teoria, para Leydesdorff (1998), implica o
entendimento da citação como algo que precisa ser explicado (“explanandum”), e não apenas
como um indicador que busca expressar algo (o crescimento da ciência, o surgimento de
especialidades ou disciplinas etc.), um “explanans”. Isso ocorre pois um “problema formulado
num contexto político [como a política científica] nem sempre precisa ser elaborado
teoricamente” (LEYDESDORFF, 1998). Porém, continua o autor, quando se formulam questões
sobre “qualidade”, “impacto” e “status”, tais conceitos precisam ter clara definição com
referência às unidades de análise. Por isso, é preciso, em tais situações, avançar na compreensão
da citação como “explanandum”, ou seja, como algo a ser explicado. É isso que muitas
propostas, detalhadas a seguir, procuram fazer.

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REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
CAVALCANTI, I. G. M. (1989). Padrões de citação em Comunicação: análise das dissertações
apresentadas à ECO/UFRJ. Dissertação de mestrado em Ciência da Informação, UFRJ.

BRANCO, Z. S. (2009). Uso de fontes de informação na Intercom – Revista Brasileira de


Ciências da Comunicação – análises das citações dos artigos publicados entre 1985 e 2008.
Trabalho de Conclusão de Curso em Biblioteconomia, FABICO-UFRGS.

MOSTAFA, S. P. (2002). Citações epistemológicas no campo da educomunicação.


Comunicação e Educação. n. 24, maio/ago, p. 15-28.

Creswell, J. W. (2007) Projecto de pesquisa: métodos qualitativo, quantitativo e misto. Porto


Alegre: Artmed.

Gil, A. C. (1999). Métodos e técnicas de pesquisa social. (5ª ed). São Paulo: Atlas.

Knechtel, M. D R. (2014). Metodologia da pesquisa em educação: uma abordagem teórico-


prática dialogada. Curitiba: Intersaberes.

Lakatos, E. M. e Marconi, M. D. A. (2003). Fundamentos da metodologia científica. São Paulo,


Atlas.

Lakatos, E. M. e Marconi, M. D. A. (2005). Metodologia de Trabalho Científico. (6ª ed). São


Paulo, Editora Atlas SA.

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