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Módulo 08

Alocação de Recursos

Gestão
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de Fazendas Consultoria de Agronegócios

CONFIDENCIAL: Este material foi preparado exclusivamente para alunos e parceiros da Maja Consultoria.
Este material não pode ser copiado, distribuído ou reproduzido - no todo ou parcialmente - sem a expressa concordância da Maja Consultoria.

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Agenda

I - A questão do tempo
II - 3 destinos para os lucros
III - Onde colocar o dinheiro do caixa
IV - Onde "pagar" o custo de depreciação

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I - A questão do tempo
Curto prazo X Longo prazo
Importante entender que estamos em um "jogo" de longo prazo, mas para ganharmos no longo prazo precisamos passar
bem pelo curto prazo

Estamos em uma maratona, não em uma corrida de 100 metros


Seu pensamento deve ser treinado para entender que o ideal é pensarmos na fazenda como um negócio para os próximos
10 ou 20 anos

O longo prazo é o somatório de vários "curtos prazos"


Mas para se chegar bem ao final da maratona é preciso que tenhamos bons desempenhos em cada passo. Não se esqueça
que o longo prazo pode demorar a chegar

Curso Gestão Profissional de Fazendas | A questão do tempo 3


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Cuidado com a armadilha...


Nosso negócio é cíclico
Se estiver iniciando no agronegócio, não caia na armadilha de achar que vai ganhar todo dinheiro em um ano. Vão ter anos
bons, mas vão ter anos ruins também. Procure pensar em ganhar dinheiro ao longo de vários anos

Curso Gestão Profissional de Fazendas | A questão do tempo 4


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Curto prazo x Longo prazo


O "jogo" está no longo prazo
Considere que em azul nós temos a rentabilidade do custo de oportunidade do produtor e em verde a rentabilidade da sua
fazenda. Podemos perceber que ao longo desse período de 10 anos, o produtor obteve sucesso de longo prazo com as
rentabilidades acumuladas no período. Mas, será que o caminho foi "tranquilo"?

*Retornos acumulados

Curso Gestão Profissional de Fazendas | A questão do tempo 5


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Curto prazo x Longo prazo


Um campeonato tem várias "rodadas" para definir o ganhador
Perceba que se olharmos os retornos (rentabilidade) ano a ano, o produtor ficou abaixo do custo de oportunidade em 5
dos 10 anos do período. Nestes anos, o desempenho de curto prazo foi ruim, mas no longo prazo, podemos dizer que o
desempenho foi bom

*Retornos ano a ano

Curso Gestão Profissional de Fazendas | A questão do tempo 6


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Olho no curto prazo, cabeça no longo prazo


Planos
Tenha um plano de negócios para a sua fazenda pensando no longo prazo. Revisite este plano de tempos em tempos para
saber se as coisas estão indo na direção planejada, caso contrário, investigue o que está desviando sua fazenda da rota

Não se esqueça dos ciclos


Lembre-se dos ciclos econômicos e ciclos de mercado. Vão existir anos em que sua fazenda poderá ser "perdedora" no curto
prazo, mas o importante é que você consiga passar pelos anos de vacas magras e se preparar para as fases de vacas
gordas. Nestes anos é que vão haver as oportunidades para que sua fazenda se saía "ganhadora" no longo prazo

Olhar crítico
No curto prazo, se o desempenho não estiver sendo bom, procure investigar os motivos de forma analítica e crítica. Estude
o que pode estar acontecendo. É um problema interno ou externo? É alguma falha sobre seu controle? É uma situação
para todo o mercado ou somente sua fazenda?

Curso Gestão Profissional de Fazendas | A questão do tempo 7


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II - 3 destinos para os lucros


Para onde vão os lucros?
Após todo o trabalho para a produção e colheita e da contabilização de todas as contas da fazenda, podemos chegar a um
resultado positivo, que seria o lucro líquido do negócio. E, obtendo este lucro, o que será feito? Onde vamos colocar este
dinheiro que foi o resultado do trabalho?

Curso Gestão Profissional de Fazendas | 3 destinos para os lucros 8


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3 destinos possíveis para os lucros

(1) Dividendos
A parcela do lucro que volta para o produtor como um retorno pelo seu investimento na fazenda

Dividendos
40%

Taxa de Retenção de Lucros


60%

A distribuição acima é só um exemplo e não uma referência. Os percentuais de dividendos e taxa de retenção de lucros devem variar conforme
decisão do produtor. Em módulos futuros, veremos como ele pode analisar o cenário para tomar esta decisão da melhor forma.

Curso Gestão Profissional de Fazendas | 3 destinos para os lucros 9


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3 destinos possíveis para os lucros

Dividendos
40%

Taxa de Retenção de Lucros


60%

Lucros retidos
Caso o produtor não retire 100% dos lucros como dividendos, ele ainda vai precisar decidir o que fazer com os lucros que
ficaram retidos no negócio. E aí ele pode "fazer caixa" (poupar) ou fazer novos investimentos

Curso Gestão Profissional de Fazendas | 3 destinos para os lucros 10


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3 destinos possíveis para os lucros

(2) Reserva de liquidez (poupar)


A segunda alternativa do que pode ser feito com os lucros é colocá-los para a reserva de liquidez da fazenda, ou a reserva
de lucros. Chamamos isso de "fazer caixa". Esta alternativa é interessante quando o produtor estiver sentindo insegurança
com o tamanho do caixa da fazenda ou quando não houver oportunidades claras ou boas de novos investimentos

(3) Novos investimentos


A terceira alternativa do que pode ser feito com os lucros é a realização de novos investimentos e aqui abrimos um leque
enorme de opções, tais como:

- reposição de ativos depreciados


- aquisição de novos ativos físicos para a fazenda (tratores, equipamentos, animais, construções)
- diversificação da produção (novos ramos de negócio na fazenda)
- diversificação de investimentos (novos investimentos em outros negócios não ligados à fazenda)

E da mesma forma da alternativa de fazer caixa, o produtor pode optar por esta posição quando identificar uma boa
oportunidade de investimento

Curso Gestão Profissional de Fazendas | 3 destinos para os lucros 11


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O que fazer com os lucros?

NOVOS
FAZER CAIXA
INVESTIMENTOS

Por ora, vamos nos concentrar sobre a opção de fazer caixa, ou seja, vamos ver o que
pode ser feito quando a decisão for aumentar a quantia em reserva de lucros e nos
próximos módulos iremos tratar sobre análise de investimentos para termos ferramentas
para tomar a decisão de qual caminho seguir: caixa, novos investimentos ou mesmo
dividendos.

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Atenção!

RESSALVA IMPORTANTE:
As estratégias que serão apresentadas à seguir são pensadas para o produtor
rural que gerencia as operações da fazenda na Pessoa Física (PF).

Para o produtor que gerencia as operações na Pessoa Jurídica (PJ) elas não
são aplicáveis. Ao final do módulo trazemos considerações sobre o que pode
ser feito como estratégia alternativa para os produtores que estão como PJ.

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III - Onde colocar o dinheiro do caixa

Onde guardamos a reserva de lucros?


A reserva de lucros (ou reserva de liquidez) é aquele dinheiro que será usado para as contas rotineiras da fazenda,
portanto, ele deve ter alta liquidez e não deve ser colocado em algum lugar em que haja risco de perda. Portanto, queremos
segurança e liquidez

Lembrando
Liquidez é a capacidade ou facilidade que se tem para converter algo em dinheiro sem que haja perda de valor

Curso Gestão Profissional de Fazendas | Onde colocar o dinheiro do caixa 14


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Vamos colocar o caixa para render!

Todo capital deve estar rendendo alguma coisa. Dinheiro parado, jamais!
Já não é fácil obtermos os lucros e boas rentabilidades, se deixarmos dinheiro parado, fica mais difícil ainda. Portanto,
temos que colocar a reserva de lucros, o caixa da fazenda, para render também

O que estamos procurando?


Liquidez imediata, se precisar do dinheiro, que seja fácil dele estar disponível

Segurança, não queremos ter risco de precisar do dinheiro e ele não estar lá ou ele estar em menor quantidade

Alguma rentabilidade, queremos que ele nos renda alguma coisa, mesmo que seja pouco, é melhor que ajude no retorno
do negócio

O que estamos procurando?


CDB bancário
Todos atrelado ao CDI (= SELIC),
Tesouro direto (Tesouro SELIC) a taxa livre de risco no mercado
Fundo DI (ou também chamado de Fundo Simples) brasileiro

Curso Gestão Profissional de Fazendas | Onde colocar o dinheiro do caixa 15


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Porque a SELIC (= CDI)?

Lembra da SELIC que falamos como custo de oportunidade?


Nós a tratamos como custo de oportunidade (ou custo do capital) básico, ou seja, aquele menor custo de oportunidade
que sua fazenda e seu patrimônio possui. Falamos isso, pois a SELIC é a taxa básica de juros brasileira, considerada a taxa
livre de riscos. Por ela render mais do que a poupança e render diariamente, nós não trataremos da poupança aqui como
opção.

Portanto, a SELIC atende aos requisitos que estamos procurando para o caixa, pois ela tem liquidez e a maior segurança
entre as opções que vão trazer algum retorno. Ou seja, vamos colocar o caixa em uma aplicação financeira que esteja ligada
à SELIC

Como colocar para "render a SELIC"?


Será necessário fazer uma aplicação financeira para render o que rende a SELIC
Se nunca fez, não se assuste. É bem simples. A poupança é uma aplicação financeira, que até poderia ser usada como caixa,
porém, nossa alternativa da SELIC rende mais do que a poupança e rende todo dia útil, enquanto a poupança rende
mensalmente

Curso Gestão Profissional de Fazendas | Onde colocar o dinheiro do caixa 16


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O que é preciso?

1) Abrir conta em uma corretora


Se preferir é possível investir pelo seu banco comercial também, os bancos possuem suas corretoras próprias, por onde
ocorrem os investimentos financeiros, você pode consultar com seu gerente como fazer, entretanto, as corretoras dos
grandes bancos comerciais costumam ter taxas bem mais caras

2) Transferir o dinheiro do seu banco para a corretora

3) Fazer a aplicação financeira

Curso Gestão Profissional de Fazendas | Onde colocar o dinheiro do caixa 17


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Opções de corretoras

Algumas opções de corretoras:


XP Investimentos
Rico
BTG Pactual Digital
Órama
Pi Corretora
Clear
Easy Invest
ModalMais

É totalmente gratuito para abrir conta nelas e depois de abrir a conta, não há obrigatoriedade para colocar dinheiro.
Portanto, você pode abrir conta em quantas quiser para conhecer. A abertura de conta é 100% online e o procedimento é
similar a abertura de conta em um banco comum, é preciso informar alguns dados e depois responder um questionário
para eles conhecerem o seu perfil

Curso Gestão Profissional de Fazendas | Onde colocar o dinheiro do caixa 18


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Após a abertura da conta

2) Transferir o dinheiro da conta da fazenda para sua conta na corretora


Com a conta aberta, você poderá transferir o dinheiro da conta da fazenda para a sua conta na corretora via TED. É uma
transferência entre contas normal, como outra qualquer

3) Fazer aplicação financeira


Com o dinheiro na conta da corretora que escolheu, basta agora fazer a aplicação financeira. Mas aqui que temos um
detalhe importante. QUAL APLICAÇÃO FINANCEIRA?

As próprias corretoras podem te ajudar com o serviço de suporte ao cliente, basta que você diga o que quer, que é um local
para colocar o dinheiro que vai servir de caixa, uma reserva de liquidez, conforme falamos no slide nº 15

Curso Gestão Profissional de Fazendas | Onde colocar o dinheiro do caixa 19


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Opção 1 - CDB (Certificado de Depósito Bancário)

Não há taxas

Atenção
Há várias opções, a que procuramos é a pós-fixada (ligada ao CDI, que por sua vez acompanha a SELIC). Portanto, CDB
pós-fixado

Escolher uma opção com liquidez diária e com rendimento de, ao menos, 98% do CDI

Pode ser via banco comercial ou corretora de investimentos, preferência para


corretoras

Para mais informações contate o banco ou a corretora

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Opção 02 - Tesouro Direto: título Tesouro SELIC

Há taxa de custódia, de 0,25% ao ano sobre o valor aplicado. Esta taxa é retida na
fonte

Há várias opções de títulos no Tesouro Direto, neste caso estamos tratando do


Tesouro SELIC

Tem liquidez diária, mas o dinheiro cai na conta somente com 1 dia útil.

Pode ser via banco comercial ou corretora de investimentos, preferência para


corretoras

Para mais informações contate o banco ou a corretora

Curso Gestão Profissional de Fazendas | Onde colocar o dinheiro do caixa 21


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Opção 02 - Tesouro Direto: título Tesouro SELIC

Site do tesouro direto


São títulos do governo federal. Há várias opções de títulos, mas o que rende a SELIC é o Tesouro Selic

O Tesouro Direto é um Programa do Tesouro Nacional desenvolvido em parceria com a B3 para venda de títulos públicos federais para pessoas físicas, de
forma 100% online.

Lançado em 2002, o Programa surgiu com o objetivo de democratizar o acesso aos títulos públicos, permitindo aplicações a partir R$ 30,00.

O Tesouro Direto é uma excelente alternativa de investimento pois oferece títulos com diferentes tipos de rentabilidade (prefixada, ligada à variação da
inflação ou à variação da taxa de juros básica da economia - Selic), diferentes prazos de vencimento e também diferentes fluxos de remuneração. Com
tantas opções, fica fácil achar o título indicado para realizar seus objetivos!

Além de acessível e de apresentar muitas opções de investimento, o Tesouro Direto oferece boa rentabilidade e liquidez diária, mesmo sendo a aplicação de
menor risco do mercado.

Trecho extraído do site do tesouro direto.


https://www.tesourodireto.com.br/conheca/conheca-o-tesouro-direto.htm

Curso Gestão Profissional de Fazendas | Onde colocar o dinheiro do caixa 22


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Opção 02 - Tesouro Direto: título Tesouro SELIC

Site do tesouro direto


São títulos do governo federal. Há várias opções de títulos, mas o que rende a SELIC é o Tesouro Selic

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Opção 03 - Fundo DI (ou Fundo Simples) de taxa zero

Há taxa de custódia, de 0,25% ao ano sobre o valor aplicado. Esta taxa é retida na
fonte

Tem liquidez diária e imediata se pedir o resgate até determinado horário do dia, ou
seja, se pedir resgate até certa hora, o dinheiro cai na conta ainda no mesmo dia

Somente via corretora de investimentos

Para mais informações contate o banco ou a corretora

Curso Gestão Profissional de Fazendas | Onde colocar o dinheiro do caixa 24


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O que é um fundo DI?

"Tesouro Selic por atacado"


Esta opção é um fundo de investimentos que compra títulos do tesouro Selic. Ou seja, eles fazem o que você pode fazer
diretamente também. Porém, a vantagem dele está na liquidez, isto é, na faciliade e rapidez com que você consegue ter o
dinheiro em mãos.

Comprando diretamente o título Tesouro Selic, em caso de solicitar a venda para resgatar o dinheiro, ele estaria na sua
conta somente no próximo dia útil. Através do Fundo DI (ou Simples) o dinheiro pode estar disponível na sua conta no
mesmo dia (dependendo da hora em que solicitar o resgate)

Mas essa vantagem do Fundo DI (ou Simples) só é válida se não houver taxas nestes fundos. E por isso, damos preferência
às 4 corretoras que foram destacadas anteriormente (Rico, BTG Pactual Digital, Órama e Pi)

Para mais informações contate o banco ou a corretora

Curso Gestão Profissional de Fazendas | Onde colocar o dinheiro do caixa 25


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Tributação

Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF)


Há Imposto de Renda, que é incidido sobre os rendimentos e já são descontados na fonte no momento em que ocorre a
solicitação de resgate da aplicação, conforme tabela ao lado.

E há também a cobrança de IOF para o caso de se fizer o resgate em menos de 30 dias da data de aplicação.

Portanto, não há chances de prejuízos por causa de tributação, pois ela é sobre o rendimento

Tabela de alíquota de IR

Prazo Alíquota

Até 180 dias 22,5%

De 181 até
20,0%
360 dias
De 361 até
17,5%
720 dias
Acima de 720
15,0%
dias

Curso Gestão Profissional de Fazendas | Onde colocar o dinheiro do caixa 26


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Portanto...

Aplicação em CDB pós-fixado com


liquidez diária de próximo a 100% do
CDI

Aplicação diretamente no título


Caixa da Aplicação
Corretora Tesouro SELIC
fazenda Financeira

Aplicação em Fundo DI/Simples

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Exemplo

Aplicação em Fundo DI/Simples com a taxa SELIC em 4,25% ao ano

Necessidade de
Caixa da Aplicação
Corretora pagar uma conta
fazenda Financeira
+1.000,00 (- 700)
+1.000 +1.000 Dias se passando e caixa rendendo...
Dia 27
Dia 01 Dia 01 Dia 01

Solicitação de
Restante do que Transferências e Saldo disponível
resgate no valor
ficou na aplicação pagamento da na corretora
da conta
continua rendendo... conta 700
(-700)

Dia 28 Dia 28 Dia 27

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Exemplo

Aplicação em Fundo DI/Simples com a taxa SELIC em 4,25% ao ano


SEG TER QUA QUI SEX

Dia 01 Dia 02 Dia 03 Dia 04 Dia 05


Aplic.: +1.000 Aplic.: 0,00 Aplic.: 0,00 Aplic.: 0,00 Aplic.: 0,00
Rend.: 0,00 Rend.: +0,16518 Rend.: +0,16521 Rend.: +0,16523 Rend.: +0,16526
Saldo.: 1.000 Saldo.: 1.000,17 Saldo.: 1.000,33 Saldo.: 1.000,50 Saldo.: 1.000,66

Dia 08 Dia 09 Dia 10 Dia 11 Dia 12


Aplic.: 0,00 Aplic.: 0,00 Aplic.: 0,00 Aplic.: 0,00 Aplic.: 0,00
Rend.: +0,16529 Rend.: +0,16532 Rend.: +0,16534 Rend.: +0,16537 Rend.: +0,16540
Saldo.: 1.000,83 Saldo.: 1.000,99 Saldo.: 1.001,16 Saldo.: 1.001,32 Saldo.: 1.001,49

Dia 15 Dia 16 Dia 17 Dia 18 Dia 19


Aplic.: 0,00 Aplic.: 0,00 Aplic.: 0,00 Aplic.: 0,00 Aplic.: 0,00
Rend.: +0,16542 Rend.: +0,16545 Rend.: +0,16548 Rend.: +0,16551 Rend.: +0,16553
Saldo.: 1.001,65 Saldo.: 1.001,82 Saldo.: 1.001,98 Saldo.: 1.002,15 Saldo.: 1.002,31
Continua...

Curso Gestão Profissional de Fazendas | Onde colocar o dinheiro do caixa 29


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Exemplo

Aplicação em Fundo DI/Simples com a taxa SELIC em 4,25% ao ano

SEG TER QUA QUI SEX

Dia 20 Dia 21 Dia 22 Dia 23 Dia 24


Aplic.: 0,00 Aplic.: 0,00 Aplic.: 0,00 Aplic.: 0,00 Aplic.: 0,00
Rend.: +0,16556 Rend.: +0,16559 Rend.: +0,16562 Rend.: +0,16564 Rend.: +0,16567
Saldo.: 1.002,48 Saldo.: 1.002,65 Saldo.: 1.002,81 Saldo.: 1.002,98 Saldo.: 1.003,14

Dia 27 Dia 28 Dia 29 Dia 30 Dia 01


Aplic.: -700,00 Aplic.: 0,00 Aplic.: 0,00 Aplic.: 0,00 Aplic.: 0,00
Rend.: +0,16570 Rend.: +0,05010 Rend.: +0,05011 Rend.: +0,05012 Rend.: +0,05013
Saldo.: 303,31 Saldo.: 303,36 Saldo.: 303,41 Saldo.: 303,46 Saldo.: 303,51

Dia 04
Cobranças de IR , IOF e taxa de custódia são feitos diretamente na sua conta e o
Aplic.: 0,00
que você vai visualizar é o Saldo Bruto e o Saldo Líquido, sendo o líquido já com os
Rend.: +0,05013
descontos. O saldo líquido seria o que você pegaria de volta caso zerasse a
Saldo.: 303,56 ... aplicação.

Curso Gestão Profissional de Fazendas | Onde colocar o dinheiro do caixa 30


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Exemplo

Pode parecer pouco os rendimentos, e realmente são... mas, qualquer rendimento a


mais é melhor do que nada, certo?

E lembre-se que os rendimentos são proporcionais ao montante da aplicação


E eles estão baixos, pois no momento o Brasil está melhorando suas condições econômicas e entrando em uma
"normalização" das taxas de juros. Já tivemos SELIC de 14,25% recentemente (em 2016) e não podemos prever se no futuro
não teremos um caos na economia brasileira novamente

Curso Gestão Profissional de Fazendas | Onde colocar o dinheiro do caixa 33


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Colocando o caixa para render

Portanto...
O caixa da fazenda pode (e DEVE) ficar rendendo e à medida que você for precisando do dinheiro para pagar as contas da
fazenda, você realiza o saque da aplicação (resgate) e realiza o pagamento normalmente. O ideal é que o rendimento seja
atrelado à SELIC (= CDI).

Quando tiver dinheiro para reserva de lucros novamente, realiza novas aplicações e assim seguimos gerindo o caixa da
fazenda...

Curso Gestão Profissional de Fazendas | Onde colocar o dinheiro do caixa 32


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IV - Onde "pagar" o custo de depreciação


Onde vamos colocar o dinheiro da depreciação?
A depreciação é um custo que representa a redução do valor do patrimônio do produtor. Portanto, o objetivo de se "pagar"
este custo é que o produtor tenha uma manutenção do seu patrimônio. Portanto, se ele inicia com 50 mil de patrimônio,
queremos que depois de tantos anos ele tenha, ao menos, os mesmos 50 mil, corrigidos pela inflação do período

Vamos colocar ele pra render também!


Todo capital deve estar rendendo alguma coisa. Dinheiro parado, jamais!

E para o custo de depreciação é mais importante ainda, pois temos o efeito da inflação! Queremos que o produtor, ao
menos mantenha seu patrimônio corrigido pela inflação

Curso Gestão Profissional de Fazendas | Onde "pagar" o custo de depreciação 33


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Caminho do dinheiro quando não damos atenção à


depreciação...

(-) (-)
(-) (-) (-)
Patrimônio Patrimônio
Inicial Final

DEPRECIAÇÃO (redução no valor do patrimônio)

Curso Gestão Profissional de Fazendas | Onde "pagar" o custo de depreciação 34


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Caminho do dinheiro quando damos atenção à depreciação...

(-) (-)
(-) (-) (-)
Patrimônio Patrimônio PATRIMONIO
Inicial depreciado (+) FINAL

(+) (+)
(+) (+) (=)
(+)
Depreciação
+
rendimentos

Curso Gestão Profissional de Fazendas | Onde "pagar" o custo de depreciação 35


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O que estamos procurando?

Segurança
O objetivo é ao menos manter o patrimônio do produtor, por isso, não precisamos correr riscos desnecessários. Lembre-se
que esse é um dinheiro que pretendemos usar no futuro para renovação dos ativos depreciados

Rentabilidade
Como o custo de depreciação é algo que pensamos e planejamos para o longo prazo, podemos procurar mais rentabilidade

Opções
Caixa (conforme falamos anteriormente), mas podemos procurar maiores rentabilidades, já que esse é um capital voltado
ao longo prazo

Aplicações financeiras mais rentáveis

Reinvestir no negócio da fazenda Agora, abrimos um leque muito


maior de possibilidades...
Reinvestir em outros negócios

Curso Gestão Profissional de Fazendas | Onde "pagar" o custo de depreciação 36


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Como "pagar" o custo de depreciação?

Aplicações financeiras
Neste momento, vamos focar na opção de aplicações financeiras mais rentáveis do que as alternativas para o caixa, pois nos
módulos seguintes, quando tratarmos sobre análises e decisões para investimentos, já estaremos indiretamente tratando
das outras possibilidades

Opções
CDBs com rendimentos maiores do que 100% do CDI

Tesouro direto: Tesouro IPCA+

LCI / LCA / CRI / CRA

Fundos de investimentos

Curso Gestão Profissional de Fazendas | Onde "pagar" o custo de depreciação 37


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a j
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Tesouro direto: Tesouro IPCA+

Rende o IPCA (inflação) anual acrescido de alguma taxa de juros.

Curso Gestão Profissional de Fazendas | Onde "pagar" o custo de depreciação 38


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Tesouro direto: Tesouro IPCA+

Algumas características
Diferentes prazos de vencimentos (permite "casar" com o planejamento da renovação do ativo)

Se levado até o vencimento, vai render exatamente o contratado, ou seja, IPCA + acréscimo de juros

Se resgatado antes do vencimento, há chances de perdas (quanto mais longo for o prazo de vencimento, mais oscilações
vão haver, portanto, é preferível os títulos de vencimento mais curto pensando em evitar oscilações)

Com ou sem juros semestrais: as opções de títulos com juros semestrais irão pagar juros a cada semestre (uma espécie de
antecipação dos rendimentos)

Curso Gestão Profissional de Fazendas | Onde "pagar" o custo de depreciação 39


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a j
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a

Vamos lembrar do nosso exemplo da aula de depreciação?

EXEMPLO 2: Necessidade de um trator para a fazenda


Parâmetros assumidos para o exemplo:
Perceba que por se tratar
Trator usado, já com 6 anos desde a fabricação; de um trator já usado, o
período de renovação precisa
Tempo de uso do trator na fazenda (período até a renovação) = 6 anos; levar em conta esta característica.

Valor do trator quando novo = R$ 50.000,00; Como nossa referência para vida
útil de máquinas é de 10 a 15
anos e o trator já possuía 6 anos
Valor de aquisição do trator = R$ 25.000,00;
de fabricado, mais 6 anos
completaria 12 e ficaria dentro da
Valor de sucata (assumindo 10% do valor novo) = R$ 5.000,00; faixa.

Custo anual da depreciação = R$ 3.333,33;

(25.000 - 5.000) = 20.000 = 3.333,33


6 6

Curso Gestão Profissional de Fazendas | Onde "pagar" o custo de depreciação 40


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a j
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a

Vamos lembrar do nosso exemplo da aula de depreciação?

Colocando a depreciação do exemplo anterior em termos mensais e simulando seu


"pagamento" com aplicações no Tesouro IPCA+
Resultaria em uma depreciação mensal de R$ 277,78. E procurando no site do Tesouro Direto, temos um título Tesouro IPCA
2026, com rentabilidade de IPCA + 3,52% e vencimento em 15/08/2026.

Vamos ver como ficaria o "pagamento" da depreciação realizando aplicações nesse título...

Curso Gestão Profissional de Fazendas | Onde "pagar" o custo de depreciação 41


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a j
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Vamos lembrar do nosso exemplo da aula de depreciação?

Curso Gestão Profissional de Fazendas | Onde "pagar" o custo de depreciação 42


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a j
j a
a

Vamos lembrar do nosso exemplo da aula de depreciação?

Lembrando do exemplo da aula que falamos sobre depreciação...


Naquele exemplo da aula de depreciação, o planejamento indicava que venderíamos o trator depreciado por R$ 5 mil ao
final do período e com os pagamentos da depreciação no valor R$ 20 mil teríamos o capital para renovação do ativo...

Perceba que
também cumpriu-
se o objetivo.

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Vamos lembrar do nosso exemplo da aula de depreciação?

Mas, com a estratégia das aplicações no Tesouro IPCA+...


Mas, com a estratégia de pagamento da depreciação em aplicações no tesouro IPCA teríamos ao final do período para
renovação do ativo:
R$ 5 mil (valor de venda do trator depreciado)
+
R$ 25,9 mil (valor acumulado dos pagamentos da depreciação acrescido dos juros recebidos)
R$ 30,9 mil (valor que será utilizado para renovação do ativo, no caso o trator)

É importante notar que se somente tivéssemos acumulado os pagamentos da depreciação, teríamos ao final do período R$
20 mil e acrescidos dos R$ 5 mil de valor estimado na venda do trator, resultaria R$ 25 mil. Porém, devido a inflação, ainda
assim, haveria uma redução no valor patrimonial do produtor

O mais interessante é que é bem provável que o valor de venda do ativo ao fim do período planejado seja maior do que o
considerado pelas contas da depreciação.
Portanto, o capital acumulado considerando
+ valor de venda do ativo depreciado
+ depreciação acumulada
+ rendimentos acumulados
seria ainda maior...

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Outras opções

LCI / LCA = Letras de Crédito Imobiliário / do Agronegócio


CRI / CRA = Certificado de Recebíveis Imobiliários / do Agronegócio
Principal vantagem: isenção de Imposto de Renda para Pessoa Física

Principal desvantagem: aplicações mínimas em valores maiores

Racional por trás da estratégia é o mesmo

Fundos de investimentos
Temos um mar de possibilidades aqui, há diversos tipos de fundos que podem apresentar várias combinações de risco e
retorno. Essas opções são interessantes quando se possui um bom planejamento, pois podem trazer grandes retornos
(aumentos de patrimônio). Mas é necessário que se tenha ciência dos riscos.

A principal desvatagem está no mínimo necessário para a aplicação, que pode ser alto

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Vamos lembrar do nosso exemplo mais uma vez...

EXEMPLO 2: Necessidade de um trator para a fazenda


Parâmetros assumidos para o exemplo:
Perceba que por se tratar
Trator usado, já com 6 anos desde a fabricação; de um trator já usado, o
período de renovação precisa
Tempo de uso do trator na fazenda (período até a renovação) = 6 anos; levar em conta esta característica.

Valor do trator quando novo = R$ 50.000,00; Como nossa referência para vida
útil de máquinas é de 10 a 15
anos e o trator já possuía 6 anos
Valor de aquisição do trator = R$ 25.000,00;
de fabricado, mais 6 anos
completaria 12 e ficaria dentro da
Valor de sucata (assumindo 10% do valor novo) = R$ 5.000,00; faixa.

Custo anual da depreciação = R$ 3.333,33;

(25.000 - 5.000) = 20.000 = 3.333,33


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Vamos lembrar do nosso exemplo mais uma vez...

Simulando o "pagamento" anual da depreciação do exemplo em dois fundos de


investimentos, um multimercado e outro um fundo de ações.

Fundo multimercado do exemplo: Paineiras Hedge II FIC FIM


Fundo de ações do exemplo: IP Participações IPG FIC FIA BDR Nível I
"Pagamento" da depreciação de R$ 3.333,33 todo início de ano, de 2014 a 2019, conforme no exemplo e retirada total das
aplicações ao final de 2019 para a renovação do ativo.

Fundo multimercado: valor acumulado ao final de 2019 = R$ 28.555,17


Fundo de ações: valor acumulado ao final de 2019 = R$ 34.390,79
*os cálculos dos valores acumulados foram feitos com base nas rentabilidades dos fundos no período.

Os fundos que usamos de exemplos, apesar de serem reconhecidamente excelentes fundos, são meros exemplos, há
diversos outros disponíveis. Cabe ao gestor definir a opção que julgar melhor.

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Como "pagar" o custo de depreciação?

Portanto...
O custo de depreciação deve ser usado de forma inteligente para que ao final do período planejado para uso do ativo e sua
posterior renovação, o produtor tenha capital para renovar e se possível algum adicional. Cabe ao gestor avaliar qual a
melhor alocação deste dinheiro da depreciação analisando riscos, retornos, liquidez e perspectivas econômicas.

A partir dos próximos módulos agora, iremos estudar como analisar as possibilidades para alocação de capital, seja um
investimento novo ou mesmo o destino do custo de depreciação conforme vimos com as outras possibilidades
(reinvestimento na fazenda ou investimento em outros negócios)

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Gestão
Profissional
de Fazendas

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Obrigado!!

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Consultoria de Agronegócios

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propósito fomentar o estudo de gestão e o debate entre os destinatários, estes, portanto,
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