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RELIGIOSO
AULA 1
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CONVERSA INICIAL
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Idealismo e racionalismo: divide a realidade entre o mundo perfeito (das
ideias) e o mundo imperfeito (dos fenômenos sensíveis, com ênfase na
abstração das ideias);
Psicologismo: conhecimento desde um ponto de vista de predominância
psicológica (ênfase na subjetividade) e consciência história do modo
como as instituições religiosas atuaram em relação aos regimes políticos.
Em outras palavras:
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A experiência vivida não é inseparável de seus condicionamentos e nem
da sua interpretação.
A interpretação se dá em função de uma experiência vivida primordial sob
a qual se fundam as demais experiências, que vão se constituindo na tessitura
de sentido da vida, que demanda ser desvelada. É um traçado em meio à
confusão da realidade, que identifica como estrutura de sentido, constitutiva de
um todo orgânico que vai se compreendendo pelas suas partes.
Tal estrutura é experimentada e se desdobra na construção de uma
realidade significativamente organizada. Tal significação pertence, em parte, a
alguém que pretende compreendê-la em busca de conexão de sentido das
experiências vividas, sobre as múltiplas unidades de sentido experimentadas,
em busca de conexões que operam como semelhanças significantes. E toda
conexão é uma experiência vivida e ao mesmo tempo um tipo, em que o que se
mostra se dá como imagem.
Tal imagem vai se comportando no exercício de construção da realidade
vivida por contraste com outras imagens, que vão sendo organizadas em
nuances de posições centrais, periféricas, subordinadas, concorrentes,
distantes, próximas, e se aplicam a pessoas, situações históricas, uma religião;
algumas dessas imagens podem ainda assumir a forma de tipo ideal.
A fenomenologia trata de nomear aquilo que aparece, de modo a
classificar, separar e reunir. Em um segundo momento, ocorre a inserção desses
fenômenos na própria vida, e com isso a elucidação do que se vê; a reunião de
todos os elementos constitui a compreensão do fenômeno.
Essa significação da realidade caótica se torna uma revelação, uma
comunicação trazida ao conhecimento. O factum (empírico, ontológico,
metafísico) se torna um datum, uma palavra viva. A fenomenologia se torna uma
hermenêutica em busca da compreensão da experiência vivida, que se deixa
revelar algo.
Nesse sentido, a religião pode ser considerada como experiência vivida
compreensível, e um fenômeno em que a pessoa pode dar uma resposta ao que
é revelado. Tal resposta pode identificar na religião a recusa a se limitar a aceitar
simplesmente a vida que lhe é dada.
Aquele que não aceita simplesmente a vida tenta encontrar ali um sentido,
e assim organiza a vida em um conjunto significativo: aí onde nasce a cultura, e
mais ainda a relação entre religião e cultura (Van Der Leeuw, 2009, p. 173-189).
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TEMA 2 – MÉTODO FENOMENOLÓGICO
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A característica fundamental da consciência é a intencionalidade, que é
o modo pelo qual a consciência se direciona para um objeto. A consciência é
uma atividade direcionada (intencionalidade) para algo. Para cada tipo de
objeto, há uma intencionalidade (consciência de algo). A consciência intencional
é um “ir”, um movimento que em três tempos básicos:
Futuro (imaginação);
Presente (sensação);
Passado (memória).
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David Hume (1711-1776);
Johann Heinrich Lambert (1728-1777);
Immanuel Kant (1724-1804);
Georg Wilhelm Friedrich Hegel (1770-1831);
Franz Brentano (1838-1917).
NA PRÁTICA
FINALIZANDO
O que é fenomenologia?
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A fenomenologia não pretende dar solução a algo, mas oferecer a
descrição da relação entre sujeito cognoscente (que aprende) e objeto
cognoscível (que é aprendido) → consciência de algo (noesis), e aquilo de que
se tem consciência (noema).
Principais categorias do método fenomenológico:
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REFERÊNCIAS