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Índice

Girassóis...................................................................................................5
Falta um minuto........................................................................................6
O fim da última aula.................................................................................7
Coexistência em combustão.....................................................................9
Uma história meio merda........................................................................10
Um Dia Após o Outro.............................................................................12
Um amigo invisível.................................................................................13
Gaiola......................................................................................................14
Irreprimível.............................................................................................14
Transformando sonhos em realidade......................................................15
Valor da amizade.....................................................................................16
Lua..........................................................................................................16
Daniel......................................................................................................17
Link.........................................................................................................17
Samuel....................................................................................................18
Aprendendo Com a Vida – Na Escola....................................................19
A recordação que me sobra.....................................................................20
Escola......................................................................................................21
Afrodite...................................................................................................21
Lembranças Intactas...............................................................................22
Menina Feliz...........................................................................................23
Não era meu reflexo que eu via no espelho............................................24
Futuro com o olhar do passado...............................................................25
Memórias................................................................................................25
Adrenalina...............................................................................................26
O desastre ou o paraíso?.........................................................................27
Se a memória for esquecida, será um trajeto perdido.............................29
Vida Escolar............................................................................................29
Pagando o mal com o bem......................................................................31
K.F...........................................................................................................32
Meu Querido Diário Texto Meu.............................................................32
A escola como um outro planeta.............................................................33
Guilherme...............................................................................................34
O início de uma história..........................................................................35
Amanda...................................................................................................36
Nem sempre às mil maravilhas...............................................................37
Barbara....................................................................................................38
Memórias da escola................................................................................38
Uma viagem dentro de mim...................................................................39
Minhas Memórias Escolares:..................................................................40
Primeira Fase..........................................................................................41
Saudade do tempo da escola...................................................................42
Saudade do tempo da escola II...............................................................43
Mudanças................................................................................................44
Memórias Escolares................................................................................44
Bianca.....................................................................................................45
Memorial Escolar:..................................................................................45
André......................................................................................................46
Minha vida escolar..................................................................................47
Patryck....................................................................................................48
O que é ser um estudante........................................................................48
Memórias................................................................................................50
Acontecimento escolar............................................................................51
Sobre uma fase da minha vida................................................................52
Empodere-se, você é a força...................................................................52
A Última Nota Dos Professores....................................................................55
Era Uma Vez...........................................................................................57
Só Mais Uma Coisa................................................................................58
Queridos alunos formandos....................................................................59
In this night.............................................................................................60
Caminhos…............................................................................................60
Memórias…............................................................................................61
Queridos alunos:.....................................................................................62
Queridos alunos,.....................................................................................63
FORMANDOS…...................................................................................64
Galeria JK.....................................................................................................67
Nosso 301...............................................................................................76
Nosso 302...............................................................................................77
Nosso 303...............................................................................................78
Nosso 304...............................................................................................79
Nosso 305...............................................................................................80
Equipe Julius Karsten...................................................................................81
Falta Um Minuto – O fim da última aula

Girassóis
Existia um girassol.
Ele não girava em direção ao Sol.
Girava em direção ao que sentia.

Girassol sentia demais para uma “flor”.


Já passou por muita coisa,
não sabia lidar,
mas crescia e aprendia.

Enquanto os outros vão ao Sol por instinto,


como uma única escolha
(que trará sucesso).
O girassol não queria seguir o Sol
(e não seguiu).

Ele não queria se tornar uma flor.


Ele já era uma flor.
E uma flor também é alguém.
Girassol não queria ser regado,
queria regar.
Ele cresceu.
Como? Não sabemos.
Não morreu, cresceu.

Se o girassol for muito regado, ele morre.


É nas vezes que te afogam,
que você começa a acreditar que deve mesmo seguir o Sol

– Fabiane Abigail.

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Escola J.K.

Falta um Minuto
Ciclos começam e terminam… E que bom, pois assim nos dão
a possibilidade de recomeçar, trilhar novos caminhos e conhecer
novas pessoas!
Nesse tic-tac acelerado da vida muitas vezes nem percebemos
que o sinal está tocando …e o engraçado fica a cargo da marcação
cronológica que se torna tão importante e simplesmente não
queremos que esse acabe.
Quantas histórias, quantas amizades, quantos sonhos, quanta
saudade ainda não sentida e que só de imaginar já aperta o coração
deixando nossos olhos marejados ao constatarmos que não
ouviremos mais nosso amigo lá do fundão gritar “ prô, deixa a gente
sair, falta só um minuto”.
O tempo não perdoa e agora nos resta desta etapa vencida,
essas páginas que seguem para num dia saudoso e de coragem,
abri-lo nem que seja Só por um minuto!

– Professora Adriana Antunes Galli.

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Falta Um Minuto – O fim da última aula

O Fim da Última Aula


— Deixem todo o material guardado na mochila! Na mesa
somente lápis, borracha e caneta. Desliguem o celular e guardem
dentro da bolsa. Se eu pegar alguém usando ele na prova, vou
recolher, e quem vai vir buscar aqui na escola serão os pais de
vocês! Se eu pegar algum de vocês colando, vou recolher a prova e
será zero!
Quem nunca desfrutou de um horrendo frio na barriga ao
ouvir um professor bradar em voz retumbante, tais ameaças, não
sabe o que é sofrer! Não sabe o que é ser um estudante.
Os longos anos escolares são extremamente significativos.
Marcam um sujeito em diversas áreas de seu desenvolvimento.
Embebidos em vastos conteúdos novos a cada dia, os
estudantes se veem entre as maravilhas e os assombros de
constantemente chocarem seus conhecimentos prévios com os
novos.
Mas não se aprende somente Matemática, Português, Física
ou Filosofia. Aprende-se lições importantes como: lidar com a
timidez, reatar amizades especiais, os inesquecíveis amores…, se
superar, ganhar, perder, perdoar e pedir perdão.
O que fica decantado no fundo de um copo de aprendizado
adquirido, de todo um processo que vai desde os intensos até os
mais banais momentos escolares, são as lembranças destas
experiências que marcam para sempre a identidade do sujeito.
Momentos estes que se traduzem em um ser-no-mundo a partir de
um olhar, um “sim”, um “não”. Trata-se de uma coletânea artesanal
de inúmeras primeiras vezes para tantas coisas,…um ensaio para
muitas vivências que virão com a vida adulta.
Como toda professora, começamos a vida na escola como
estudante, para depois nos tornarmos aqueles que ensinam, que
encenam, como fadas e monstros, um espetáculo esculpido num
palco feito de tempo: de 45 em 45 minutos. Teatros da vida real que
encantam ou assombram os nossos queridos pupilos. Sabemos um
pouquinho do que eles vivem, do que podem estar sentindo, ao nos
debruçarmos em nossas próprias lembranças de quando estávamos

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Escola J.K.
nós lá, neste lugar de tantas novidades; mas jamais saberemos o
que realmente significou para cada um passar por essa peregrinação
escolar de pouco mais de dez anos.
A cada ano que passa, por mais que as instalações físicas
sejam pertencentes à mesma escola, ela jamais é a mesma. A cada
período que se finda, a cada aluno ou professor que entra ou sai
dela, a escola se reinventa.
Pois bem, e o que foi a Escola Julius Karsten aos alunos que
saem dela em 2019?
O que será da JK sem a eterna rivalidade entre 301 e 302? :P
O que todos estes estudantes dos terceirões – o 301, o 302, o
303, o 304 e o 305 – levarão como legado tatuado em suas almas?
Eu até explicaria, mas… falta um minuto!

– Professora Karin Stahlke Rotta.

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Falta Um Minuto – O fim da última aula

Coexistência em combustão
Relacionamentos, conexões e dependências, palavras
totalmente ligadas a pessoas. Sempre exigindo algo ou alguém,
precisando ter suas ligações com aquilo que as rodeia para se sentir
incluso, onde suas memórias consistem baseadas nessas três
palavras, independente do quão boa ou ruim for, ela sempre estará
persistindo em cada um de nós.
Relações sociais começam na infância, principalmente com a
família e suas concepções do que é vida; colocando as experiências
e ponto de vista deles como a linha de início da sua própria
experiência dentro da sociedade; construindo seus ideais e princípios
mais simples; trazendo assim sua primeira vivência. Logo, vem a
escola, expondo de forma mais implícita o que é aceitável e o que é
estar em sociedade, partindo de uma visão totalmente diferente da
sua primeira suposição do que é viver em conjunção com outras
pessoas.
Deste ponto, se está cada vez mais longe dos seus primeiros
conceitos que familiares te impuseram, onde cada vez mais há mais
explicações e mais perguntas para lidar, trazendo novas
informações, mas sem saber o que fazer com elas, destruindo seus
princípios e construindo novos, onde sua cabeça não para um
segundo sequer. Certo ou errado? Raiva ou dor? Família, amigos,
solidão, sonhos, dinheiro, notas boas, faculdade, festas, amor??
Continua-se em silêncio…
Cada vez tendo mais influências, mais regras a serem
seguidas e questionando cada vez mais, mas sem ânsias de
respostas. Tudo ao tempo de um adolescente que pode se
preocupar consigo mesmo, suas inseguranças e incertezas.
A espera dessa fase da vida acaba, lembrando-se das vezes
que tentou ser alguém que não era. Sintonizar-se em grupos que as
frequências não produziam nenhum som que lhe interessasse,
tentando ser um receptor daqueles que apenas emitem mensagens
que não conseguia compreender, fazendo o máximo para que
aquelas pessoas o completassem para não precisar fazer isso por si,
acreditando que apenas elas poderiam ajudar com seus problemas;

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Escola J.K.
não sabendo que estariam elas no mesmo lugar e com os mesmos
pensamentos.
Todos jovens tentando ser fortes no maior momento de
fraqueza, a maior obra teatral, com vários personagens
extremamente fortes e autoconfiantes, onde seu único objetivo na
vida é ser notado, mesmo não fazendo nada de notório. Ser
almejado, mesmo não oferecendo coisa alguma. Ser algo pra alguém
que não se importa e tentando o tempo todo produzir o melhor de si
mesmo, não sabendo de suas próprias capacidades ou desejos,
sendo mais um dentre os que sentem e não falam.
– AMNNS.

Uma história meio merda


Eu estudei do primeiro ano até o sétimo ano do ensino
fundamental na mesma escola. Nunca tive problema para aprender,
sempre gostei de fazer os outros rirem, conversava com todos,
considerava todos meus amigos, porque todos também falavam
comigo, e adorava educação física.
Quando eu comecei o sétimo ano, senti que alguma coisa
estava diferente. Eu não sabia o que, e por quê. Mas com o passar
daquele ano, meus “amigos” estavam se afastando de mim (ou eu
deles), e isso me afetou um pouco. Comecei a pensar que, na
verdade, eu não tinha amigos e a cada dia me afastava mais deles,
porém isso deixou de importar. No final daquele ano, eu sairia
daquela escola e iria me mudar para outra por conta do emprego
dos meus pais. Contei isso a todos, e mesmo assim, naquele final de
ano, nenhum de meus amigos veio me dar tchau, nem mesmo um
toque de mão, e foi ai que comecei a não me importar mais com a
felicidade de ter amigos.
A nova escola. A pior época de todas até agora em minha
vida. Eu estava no oitavo ano, na época um pouquinho gordo pro
meu tamanho que era 1,60. Nesta nova escola só me importava em
tirar minhas notas precisas. Eu sofria bullying, o motivo até hoje eu
não sei. Mas acho que muitos não foram com minha cara. Não fiz
nenhuma amizade, porém naquele ano eu conheci amigos fora da
escola que me apresentaram jogos diferentes, porque sempre fui fã

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Falta Um Minuto – O fim da última aula
de jogos eletrônicos, e ao entrar nesse cenário totalmente diferente,
fui conhecendo pessoas boas e que me ajudaram. Quando aparecia
gente nova pra jogar comigo, aí fui eu que comecei a ajudar.
Nono ano. Pela primeira vez na minha vida gostei de verdade
de alguém, mas digamos que não foi muito agradável a experiência.
Nesse ano consegui emagrecer, e conhecer pessoas da escola que
também jogavam o jogo que eu jogava. Pelo menos nesse ano tive
colegas para conversar, e não só o meu telefone para olhar
enquanto ouvia músicas nas escadas.
Vários acontecimentos ocorreram em 2017. Meus pais
continuavam na empresa, mas iríamos voltar a morar onde eu
morava antes. E eu sabia que iria me encontrar com os meus velhos
amigos. Mesmo tendo passado por aquele triste fato de ninguém ter
lembrado de mim, eu sentia muita saudade, e mantinha contato com
uma grande amiga, contei a ela meus problemas, e ela me ajudou a
seguir em frente.
Comecei o primeiro ano do ensino médio, vi meus antigos
amigos, criei amizades novas incríveis e algumas inimizades. Mais
uma vez, alguns não foram com a minha cara, mas não me importei.
Eu estava com amigos que agora posso considerar amigos de
verdade. Fui à minha primeira festa com eles, e nos divertimos
muito. Sinto que foi o melhor ano de todos, só que todo ano tem seu
fim, e tive que me esforçar pra passar de ano.
O segundo ano foi um pouco mais tranquilo. Mesmos rostos,
mesmas amizades e por incrível que pareça, as inimizades viraram
um relacionamento tranquilo e fiquei feliz por isso, porque nunca
gostei de estar de mal com alguém ou alguém mal comigo. Me
esforcei um pouco mais na aula e passei com tranquilidade. Liderei
minha turma na gincana, e todos amaram eu ser o líder deles (mês
seguinte fui nomeado líder da sala) e eu também gostei de ser líder,
descobri que era muito bom nisso. O ano acabou e agora eu iria
para o terceiro ano, e também comecei a trabalhar, infelizmente, no
período da manhã.
Mais uma vez, tive que sair de uma escola ótima, com amigos
ótimos para poder trabalhar no período da manhã. O destino me
levou novamente à escola anterior, e pela primeira vez, e

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Escola J.K.
provavelmente única, estou estudando de noite, está sendo uma
experiência nova e até legal. Quem praticava bullying comigo na
época não pratica mais (cresci um pouquinho mas não que isso
fosse importe). Estou conversando com o mesmo pessoal que
daquela época, e até mesmo com algumas pessoas novas,
aparentemente todos vão com a minha cara.
Pretendo não ter muitas amizades. Mantenho muito contato
com meus amigos de verdade, e não sei se seria uma boa misturar
eles com pessoas novas. Não me sinto bem ao tentar fazer isso. Vou
continuar tranquilo e me esforçando (quase sempre) para passar de
ano e descobrir o que quer fazer da vida, porque, querendo ou não,
já estou chegando ao fim de uma grande jornada. Esse ano vou
apenas estudar, conversar um pouco, e seguir minha vida
conversando com pessoas que eu amo e gosto muito, trabalhando e
vivendo com aquilo que eu mais amo.

– Grey.

Um Dia Após o Outro


A escola é um lugar de memórias boas e ruins, erros e
acertos, aquele lugar onde tem que estar preparado para tudo.
Na infância era bem gordinha e, como muitos, fui julgada pela
minha aparência: “Olha a gordinha”, “Dá espaço para a gordinha
passar”, foram as frases que mais ouvi na escola. Já estava vivendo
um pesadelo, minhas notas foram reflexo do que eu vivia nesse
tempo.
Certo dia, resolvi que queria voltar para a minha antiga escola.
Melhor escolha que fiz, havia muitos amigos, ninguém me julgava.
Seguimos todos juntos durante quatro anos, até que chegou a hora
de encarar o Ensino Médio. Cada um foi para uma escola, pois a que
estávamos não tinha Ensino Médio, mas cada um conseguiu e está
conseguindo superar todos os desafios.
Hoje no terceiro ano – último ano na escola – posso dizer que
não foi fácil chegar até aqui, mas vejo que algumas coisas foram
necessárias, para nos fortalecer e nos deixar prontos para mais

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Falta Um Minuto – O fim da última aula
desafios.
Não desista de seus sonhos. Não será fácil, mas tudo no final
valerá apena.
– Grazieli Miguel Dorow.

Um amigo invisível
Memórias são basicamente a lembrança de um passado,
próximo ou não, que afloram sentimentos no presente, sendo eles,
por sua maioria bons. A nostalgia vem ao lembrar-me de memórias
escolares.
Uma das piores lembranças que tenho na minha vida escolar
foi quando mudei de escola pela primeira vez. Eu era muito tímido
para fazer novas amizades, então, passei metade de um ano sem
amigos, isolado.
Os anos seguintes foram bons, fiz amizades que sei que irão
durar por muitos anos, outras que me causaram dores de cabeça.
Mas tenho certeza que todos ficarão na memória.
Entre todas as boas lembranças, a que mais me marcou foi a
festa junina de 2018, quando eu estava na escola Lino Floriani. Meus
amigos e eu elaboramos uma apresentação, e naquela noite a gente
apresentou, sem vergonha alguma, somente nos divertimos. Até
hoje guardo aqueles momentos em minha memória, junto com
aquelas pessoas que levarei para a minha vida.
Durante certo período eu fui muito tímido, e vi muitas pessoas
sofrerem também. Com o tempo percebi que esta timidez faz as
pessoas perderem a chance de fazer novas amizades, e para quê
coisa melhor que um amigo ou um abraço quando precisamos Por
este, e vários outros motivos, as pessoas devem perder esta timidez.
A melhor forma é praticando, apresentando trabalhos em
frente à classe ou falando em público. É sempre bom antes de falar,
respirar fundo, se concentrar e manter a calma, para com o tempo ir
vencendo este medo.
– Felipe Machado Dionizio.

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Escola J.K.

Gaiola
Em todos os anos em que frequentei a escola me senti como
um pássaro preso em uma gaiola, onde as grades eram feitas de
brigas, julgamentos e fofocas. Na maioria das vezes, era tratada com
muita falsidade e preconceito. Via pessoas sendo más e odiando
umas às outras. Bullying é o que mais se tinha ao redor.
Meu alimento diário era uma porção de pressão, o que, com o
passar do tempo resultou na pessoa ansiosa e cheia de inseguranças
que sou hoje. Algumas pessoas tem, pelo seu tempo na escola, a
lembrança de momentos alegres e repletos de felicidade. Para mim a
escola foi o meu câncer, onde eu só queria poder ser um pássaro
fora de uma gaiola para poder voar.
– Bird.

Irreprimível
Muitas crianças possuem um ideal de escola formado a partir
do que viam nos filmes, algo como “ a escola é um parquinho onde
nós vamos para fazer amigos” , enquanto os mais velhos, que já
passaram por essa fase, vasculham suas mentes à procura de
memórias, boas ou ruins, de sua infância e juventude, procurando
dali extrair algum conselho do que deveríamos fazer.
Memórias, segundo o site google, nada mais são do que
“aquilo que ocorre ao espírito como resultado de experiências já
vividas”; e, obviamente, nem só de experiências boas é feita a vida,
as que mais marcam são as que machucam e consequentemente
vão nos ensinando a viver.
Assim como ferro quente, – que ao marcar dói, mais que
tudo! Porém deixando só a cicatriz no final para lembrar como doeu
– são as memórias, que só ficam ali, esperando serem relembradas
para mostrarem qual é o seu objetivo.
O período escolar ocupa pelo menos um terço da vida do ser
humano, o início dela e o intermediário entre a inocência de sua
infância e o vislumbre de quem ele se tornará no futuro. Sendo
assim, como poderia durante todo esse tempo não haver todo tipo
de memórias?

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Falta Um Minuto – O fim da última aula
Até mesmo o suposto Deus já falou que a juventude é o
momento de fazer “tudo o que der na telha ”, como dizem por aí. É
este o momento de fazer e se arrepender depois, não de se reprimir
e arrepender-se no final por não ter feito. Qual seria a graça? Como
dizem os antigos pensadores amadores: “ mais sábio é aquele que
errou na juventude e aprendeu a ser alguém com isso” . Eis o que
deve ser feito, digo isso sem mesmo precisar de um conselho ancião
para chegar a essa conclusão.
Lembrar-se de seus erros ou acertos passados é justamente o
conceito de envelhecer e como a escola é o primeiro contato do ser
humano com a sociedade, é ali que se baseia todo o resto. Viver?
Sobreviver? Qual a diferença? Objetivos? Qual o segredo? É ali que
podemos descobrir, é o começo de um todo, é o “ start”; do jogo,
então que comecemos realmente a vida a partir dessas limitadas
memórias.
– Gabriela Alves Veiga.

Transformando sonhos em realidade


Memória é a capacidade de conservar e relembrar estados de
consciência passados. Memória pode assim, ser concretizada, com
momentos marcantes, alegres ou tristes, até mesmo aqueles que lhe
dão calafrios ou te fazem sorrir inesperadamente.
Nossas memórias são meios de mantermos o passado em
nosso dia a dia, afinal, somos feitos delas. Algumas, gostaríamos de
esquecer, mas são tão importantes quanto as alegres. São elas que
nos dão coragem para seguir em frente sem cometer os mesmos
erros. Não somos feitos de pedra, lembramos de momentos que, ao
falar ou pensar, derramam as lágrimas inexplicavelmente.
O fim de um ciclo (escolar) é muito doloroso, todos ao seu
redor tem outro rumo. Talvez, um de seus colegas pense no mesmo
curso que o seu, a grande maioria almeja alcançar o estudo no
exterior, outros, nem faculdade pensam em fazer. Nos pegamos
pensando que não sentiremos saudades da escola; porém, passamos
momentos incríveis que serão impossíveis deixarmos de recordar
sem sentirmos falta de estar em sala de aula.
A formatura do terceiro ano do ensino médio vai lhe fazer

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Escola J.K.
chorar, mesmo você sendo o cara durão da turma. São momentos
que não voltam mais, momentos que necessitam da devida atenção,
podemos revivê-los em fotos, vídeos ou aquele áudio do seu amigo.
Mas o que vai lhe trazer um sentimento inexplicável, esboçando
aquele sorriso espontâneo, será sua memória.
O primeiro dia da faculdade não será a mesma coisa que o
primeiro dia de aula, reencontrando todos, até aqueles que temos
repulsa. Vamos aproveitar cada minuto, pois será inesquecível.
– Daniele Cristiane Borges Follmann.

Valor da amizade
É a capacidade de lembrar acontecimentos do passado,
lembranças, recordações que já tenham ocorrido. É o
armazenamento de dados e fatos obtidos ou vividos.
Algumas coisas que acontecem em nossas vidas iremos
guardar na memória, sejam boas ou ruins.
Muitas pessoas guardam na mente coisas que aconteceram na
escola, amizades, começam na escola e duram anos ou uma vida
inteira.
Porém também guardamos lembranças ruins, brigas. Isso
ocorre para que nós possamos perceber que essa forma de amizade,
não irá fazer bem, precisando que às vezes elas sejam abandonadas.
Por mais que no início doa, mas no futuro vai te fazer bem.
Toda lembrança é constituída por momentos bons ou ruins,
até podemos esquecer por alguns momentos mas, mais cedo ou
mais tarde iremos lembrar, porque está guardado em nossa
memória, para sempre.
– Bianca Meier.

Lua
Na escola aprendi muitas coisas, coisas importantes que
possivelmente levarei para o resto da vida. Estudo na Julius desde
que tinha o pré, tive vários professores até aqui.
Quando íamos ao ensino fundamental, do 1º ao 5º, sempre

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Falta Um Minuto – O fim da última aula
fazíamos viagens para vários lugares diferentes. Foram anos muito
bons e que deixam uma grande saudade. Do 6º ao 9º ano foi o
começo da dificuldade, não só nos estudos, mas psicologicamente
também: sofri bullying durante um bom tempo por ser uma criança/
pré-adolescente gordinha.
Na fase adolescente começam os novos amores. No fundo
quebramos muito a cara, pensamos com o coração em vez de
pensar com a cabeça e vivemos a partir do outro. Mas deveríamos
realmente aproveitar mais essa fase e aprender que não precisamos
de ninguém além de nós mesmos para sermos felizes.
– Lua

Daniel
Quando cheguei em Jaraguá do Sul em 2009 vim estudar na
escola Julius Karsten no 2º ano.
No começo das aulas foi difícil fazer amigos na escola.
Com tempo passo tive vários amigos; algumas amizades
deixam mágoas por coisas que fiz de errado com eles.
Teve um ano que eu passei por uma grande dificuldade.
Todos os meus amigos me ajudaram a superar o desafio.
Quando acabar a escola vou sentir muita falta dos meus
amigos e professores. Aprendi muito neste ambiente.
Desejo para todos os meus amigos, professores e diretorias
que Jesus os abençoe.
Que todos meus amigos tenham um ano com muitas sortes.
Que possamos nos reencontrar para relembrar as infensa da
escola que nós passamos ao longo do tempo.
– Daniel Vieira Paludo.

Link
O ano era 2005, caminhava, eu, tranquilamente observando o
mundo enquanto me dirigia para a escola. Meu pai, um homem de
barba curta e olhos escuros como o céu noturno me levava a escola.

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Escola J.K.
O local era gigante, cheios de atrativos com cores vibrantes,
decorações, desenhos e formas. Fiquei surpreso ao ver tantas
pessoas da mesma idade juntas, tantos pais, tantas mães. Me senti
como um grão de areia na imensidão da praia. Haviam muitas
crianças para brincar, porém, a timidez me prendia. Contudo, esse,
deve ter sido o melhor ano escolar da minha vida.
Nos anos seguintes: 2006, 2007 e 2008, não foram legais.
Conheci um garoto com quem tinha uma amizade complicada. Esse
garoto, praticava Bullying comigo todos os dias, me humilhava na
frente dos outros, me batia, falava coisas sobre mim que não eram
verdade, entre outras “zoeiras” de mau gosto. Não consigo me
lembrar de muita coisa nesse período, pois as agressões, sejam elas
verbais ou físicas, me machucavam muito.
Após algum tempo consegui me socializar, com meus amigos.
Fui aprendendo muita coisa na escola, obviamente, mas sempre
buscava conhecer e estudar ainda mais quando estava só em casa.
Minhas notas eram boas, meus amigos eram legais, foi uma
aventura e tanto. Todavia, sempre tem um “ porém” no fim da
história: gosto de ir à escola atualmente, mas, sofro constantemente
com minha baixa autoestima e minhas notas estão indo por água
abaixo novamente.
Isso tudo pode ser um reflexo da minha ansiedade e
fragilidade emocional.
– Luiz Carlos Fernandes Oliveira.

Samuel
Durante minha infância passei por momentos bons e outros
nem tanto, mas todos contribuíram para o meu próprio aprendizado
principalmente na escola pois infância passei boa parte lá. Nessa
época obtive boas recordações isto nada mais é do que atitudes que
tomamos no passado e resultaram nas lembranças de hoje.
Lembro-me de quando tinha 8 anos e estudava numa escola
estadual em que passei pelo primeiro momento escolar de
dificuldade.
Estava estudando numa escola onde havia uma professora

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Falta Um Minuto – O fim da última aula
chamada Luci, e esta por sua vez também estava passando por
problemas difíceis, sendo um deles ou a mais aparente: o aumento
de peso!
Lembro-me quando era avisado que teríamos uma viajem
determinada para tal dia. Nossa! Quantas expectativas criávamos! O
lanche que a mãe fazia com tanto amor, o sono que era perdido pela
ansiedade e expectativa que eram colocadas por mim, as risadas
que dávamos nas rodas de amigos.
Acredito que cada momento que passei contribuiu para a
formação das minhas lembranças que são frutos das escolhas
tomadas.
O importante é sempre lembrarmos de que um dia essas
nossas ações serão lembradas como memórias tanto boas como
ruins.
– Samuel Bernardo da Silva.

Aprendendo Com a Vida – Na Escola


Como tudo nessa vida, todos temos memórias de algo, seja
ela material, pessoal ou até mesmo sentimental. Momentos que
passaram em nossas vidas e de alguma maneira ficaram marcadas,
incluindo a famosa vida escolar, na qual muitas coisas acontecem e
mudam. Para alguns ela pode ser tranquila, para outros,
atormentada! Assim como foi a minha.
O início da minha vida escolar não me vem muitas
lembranças, mas recordo de fatos que marcaram muito minha
infância. Desde pequena fui muito zoada por ser “gordinha”; e
“dentuça”. Apelidavam-me de nomes horríveis, porém de certa
forma acabava não ligando muito para os apelidos, por mais que, no
fundo, machucavam.
Era 2015, meus pais se divorciaram, acabei perdendo alguns
vínculos com a família e tudo mudou: Nova cidade, nova escola,
casa, pessoas, responsabilidades e um novo “eu” também estava por
vir.
Comecei na escola nova e confesso que me senti uma intrusa,
alguém que não deveria estar ali. Olhares feios de todos os lados,

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Escola J.K.
cochichos vindo de todos os cantos, foi uma caminhada um tanto
quanto complicada até então.
Logo no 1º ano do ensino médio (um ano muito esperado,
haha), foi quando tive meu primeiro relacionamento, Gustavo.
Gustavo foi uma pessoa muito importante em vários aspectos, me
incentivou muito nos estudos e nos meus sonhos, apesar do
término, por motivos pessoais, continuamos amigos, apoiando um
ao outro sempre independente da situação.
Já o 2º ano do ensino médio poderia descartar da memória e
não me arrependeria. Bem no início do ano letivo minha irmã veio a
ganhar neném. Foi alegria e festa por muito tempo, mas o “destino”
não estava ao meu favor naquela época. Passei por uma situação
traumática, que acabou com o meu psicológico. Foram meses de
choro e inseguranças, sem vontade de sair de casa e principalmente
da cama. Obviamente acabou atrapalhando muito meus estudos,
mas tive apoio de pessoas incríveis e hoje lido muito bem com a
situação.
Agora desde então venho levando a vida escolar a sério,
cursando o 3º ano do ensino médio, me dedicando muito para a tão
sonhada formatura e em seguida dar continuidade na vida
acadêmica, garantindo meu futuro.
– Bruna Geovana Mueller.

A recordação que me sobra


O dicionário define a memória como relatos de alguém a partir
de acontecimentos dos quais participou ou foi testemunha.
Uma das únicas lembranças que tenho e que me marcou
permanentemente foi do primeiro texto que li. Era um poema de
Shakespeare que ficava no fundo da minha agenda e eu lia todos os
dias para a minha mãe, com o intuito de melhoria.
Lembro também de sempre correr, brincar e até mesmo lutar
com os colegas no horário de recreio, o que me deixava muito
cansada e às vezes acabava em briga de verdade.
Durante todo esse período escolar mudei de escola, amigos,
professores e cada um trouxe um ensinamento diferente e com um

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Falta Um Minuto – O fim da última aula
jeitinho diferente. Mas independente de todos os descasos e
também acasos, essa foi uma fase que levarei, com muito amor e
saudade no peito, como aprendizado para tudo o que está por vir.
– Caroline Santos.

Escola
Lugar que passamos muitos anos da nossa vida, que a
experiência vivida é diferente para cada um e que só valorizamos ou
quando está próximo de acabar, ou quando acaba, pois significa o
começo de um novo ciclo.
Recordo-me vagamente do que senti no meu primeiro dia de
aula, mas meu pai me conta que fui super animado, e já na segunda
semana não queria mais ir e chorava. Lembro-me quando aprendi a
ler e escrever que foi muito fácil e gostei muito, principalmente de
ler, uma das coisas que mais gosto, ainda recordo do primeiro livro
que li, que foi Dom Quixote.
A minha experiência escolar foi muito tranquila e agora
próxima de acabar continua sendo, porém com aquele frio na barriga
de “como vai ser depois?” Mais forte.
O medo de concluir essa fase, seja por conta das prioridades
que vão mudar, ou das novas etapas que vou passar, é grande; mas
o que me deixa em paz é que todo mundo também vai passar por
isso é está tudo bem.
– Gabriel de Souza Granado.

Afrodite
Quando penso em memórias, uma das primeiras coisas que
passa pela minha cabeça é que elas são lembranças, tanto boas
quanto ruins. Tudo isso sempre fará parte da minha vida, mas eu sei
que a maioria dessas lembranças irá me fazer sorrir e pensar que
valeu a pena.
Sempre fui muito tímida, e isso virou um problema com o
passar dos anos, pois sempre tive dificuldade em me enturmar, fazer
amigos ou até mesmo na hora de apresentar algum trabalho. Eu
considero isso algo ruim em mim, mas tento lidar com esse meu lado

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Escola J.K.
”ruim”; na maioria das vezes.
Eu tive muitos momentos tristes na escola, relacionados a
amizades, mas isso mudou completamente minha vida a partir de
2014, quando fiz duas grandes amizades que considero até hoje.
Outra memória que gosto muito foi a de 2017, quando tive
que elaborar um teatro para a aula de Arte, mas como sempre fui
muito tímida, achei que daria errado…no final deu tudo certo, era
como se aquela timidez que existia em mim tivesse sumido, e foi a
primeira vez que apresentei um trabalho sem medo e sem vergonha.
Tenho muito orgulho dessa lembrança.
Durante esses anos que passei na escola, aprendi muitas
coisas…Levei broncas, tirei notas baixas, pessoas entraram em
minha vida e outras foram embora, mas lidei com isso muito bem.
Lembro-me vagamente de cada trabalho, de cada amizade, de
cada momento que aprendi algo diferente, e isso foi o que fez a
diferença em mim.
– Marcela Vicente.

Lembranças Intactas
Memórias são informações – de algo ou de alguém – que nós
armazenamos e recuperamos, tanto internamente quanto
externamente, quando vemos algo que nos faça lembrar; e fatos
que temos de experiências que vivemos ou ouvimos.
Todos esses anos escolares, fizeram-me parar e pensar: e
agora?
Lembro-me como se fosse ontem, de quando meu pai ainda
me levava para aula, de quando eu brincava e até de quando eu
brigava com amigos por motivos bobos; era tudo muito bom. A
grande decepção foi que cresci e então meu pai não precisava mais
me levar para aula e nem buscar.
A partir dos meus 15 anos minha vida mudou: novos amigos,
novos problemas para encarar…Mudou tão rápido que não percebi,
mas que agora penso que tudo valeu a pena, por mais que muitas
vezes eu me arrependa de ter crescido, eu sei que aprendi muitas
coisas.

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Falta Um Minuto – O fim da última aula
Agora estou no meu último ano, talvez perca muitos amigos,
mas nunca me esquecerei, são lembranças intactas.
– Ismaély Araújo da Silva.

Menina Feliz
Memórias escolares são tudo aquilo que um dia vivemos e que
um dia vamos contar para nossos filhos e netos como uma linda
recordação.
Tudo começa quando eu ainda era uma criança. Lembro como
se fosse hoje, não sabia ler nem escrever. Fui para a escola pela
primeira vez…entrei na sala de aula. Sentei na cadeira, abri meu
caderno e comecei a aprender coisas que me fizeram crescer, me
fizeram conhecer um mundo que eu não imaginava ser possível; um
mundo cheio de descobertas onde cada dia você aprende uma coisa
nova, e faz novas amizades. Era um período em que passava boa
parte das horas no colégio, aprendendo e brincando com meus
amigos.
Então quando cheguei na quinta série, comecei a perceber
que estava cada vez mais difícil. Os conteúdos mudaram e assim foi
ano após ano. E então, passei para o nono ano, e fui estudar na
cidade porque fiz até o oitavo ano em uma escola no interior.
Fiquei na cidade estudando até o primeiro ano, depois acabei
me mudando para Jaraguá do Sul onde tudo era diferente: escola,
professores e alunos.
E tive que me adaptar a essa rotina deixando para trás
família, amigos e professores que eu gostava muito.
E por fim você aprende e lembra o quanto os amigos, família
e professores são de extrema importância em um trajeto escolar. Se
dá conta do quanto irá sentir saudades e falta de estar na escola
todos os dias, e aí percebe que cresceu e tudo mudou.

– Joziele Barbosa de Souza.

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Escola J.K.

Não era meu reflexo que eu via no


espelho
Segundo o dicionário, memórias são uma recordação
biográfica, reprodução de uma vida. As minhas recordações
escolares são divididas entre boas e ruins, pois quando estava
cursando o 7º ano minha mãe sofreu um AVC (Acidente Vascular
Cerebral).
Sempre eu e minha mãe fomos muito grudadas uma à outra.
Todos os dias ela me levava para a escola e para mim não tinha
coisa melhor do que isso. Me lembro que eu era a única da sala em
que a mãe levava e buscava da escola, isso para mim era tão
maravilhoso!
Mas um dia tudo mudou. Ela teve que fazer uma cirurgia de
emergência. Após isso ela sofreu um AVC, ficou 3 meses na UTI em
estado vegetativo. Depois ficou mais 2 meses no quarto. Para mim
foram 5 meses mais horríveis da minha vida. Na escola decaí de uma
forma tão grande…meu caderno era sempre completo, deveres
sempre em dia. Depois que a minha mãe foi pro hospital, quem
assumiu tudo em casa fui eu. Eu limpava, lavava e até aprendi a
cozinhar.
Mas o pior disso tudo era que eu me esforçava muito para
fazer tudo e meu pai, que sempre foi um pai ausente, nunca me
ajudou em nada. Na verdade ele só piorava. Para ele, nada que eu
fazia estava bom. Mas eu tive a grande sorte de ter uma ótima
professora que sempre me ajudava em tudo, em dar conselhos, e
até entender os motivos de eu não conseguir fazer os deveres.
Eu aprendi muito na escola durante esses 5 anos. Sei que
posso contar com os professores, amigos. Agora minha mãe já está
melhor. Ela ficou com várias sequelas… e eu estou indo bem melhor
na escola.
– Adrielli Costa Silveira.

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Falta Um Minuto – O fim da última aula

Futuro com o olhar do passado


Segundo a filosofia a memória é a capacidade de reter e
guardar o tempo, que foi se salvando do esquecimento, e o grande
“barato” da nossa memória é que conseguimos lembrar exatamente
o lugar, o cheiro e o sentimento que tínhamos em relação à
experiência vivida. Durante a nossa vida escolar vivenciamos uma
grande loucura de sentimentos.
A excitação do primeiro dia de aula, a curiosidade de conhecer
os novos colegas, o receio em ver os professores, o medo da
primeira atividade avaliativa, o pavor em tirar uma nota baixa, a
felicidade de quando a hora do lanche chega, a euforia em brincar
de esconde-esconde e pega-pega, o coração acelerado quando uma
paixonite chega, o desespero quando os professores chamam
atenção …O alívio em encontrar amigos, daqueles que podemos
contar tudo, mesmo sabendo que talvez a amizade se perca com o
tempo. E agora na reta final dessa parte incrível e doida da vida nos
perguntamos: o que faremos no futuro?
Tudo isso que passamos no decorrer desses anos nos levam a
acreditar que o futuro é cheio de incertezas e sentimentos confusos,
mas entendemos que os problemas irão passar, a cada dia algo novo
irá surgir e estaremos prontos para enfrentar e superar.
– Bucker.

Memórias
Estudos afirmam que a memória é a base do nosso
sentimento de identidade, orienta nossos pensamentos e nos
permite aprender. Lembrar é viver, reviver, sorrir, chorar …É seguir,
mas ter o “poder” de voltar e ir novamente quando bem entender.
Lembrar é guardar coisas que um dia nos fizeram bem, ou não.
Primeira paixão, primeiro abraço que marca, perfume que fica,
primeiro dia na escola…Ah a escola! Tantos momentos vividos em
anos de aprendizado, quantos “eu não sei fazer isso”, “isso é muito
difícil” e por fim “não é tão difícil assim”…tantas coisas que somente
nossas lembranças explicam. Dentre tantos acontecimentos que
marcaram uma grande Era de nossas vidas, aquele que nunca

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Escola J.K.
esquecerei e sempre lembrarei de cada detalhe será o primeiro dia.
[…]
Aquele dia que a ingenuidade de uma criança deixara o medo
tomar conta, o coração na ponta da língua, o desespero por começar
algo novo e diferente. Tudo apontava para o começo de um grande
pesadelo, que cabeça a minha!
Nos primeiros minutos, tudo estava estranho, rostos que
jamais havia visto antes, não era minha casa e nem a rotina que
preenchia meus dias. Com o passar do tempo (que parecia uma
eternidade), todos foram se conhecendo e logo, o que era péssimo,
já não estava tão ruim assim. No final da manhã, já éramos todos
amigos e eu já estava ansiosa para o próximo dia.
Os dias foram passando, as fases, os jeitos e os amigos foram
mudando. Tudo o que foi naquele primeiro dia, hoje já não é mais. A
vida nos ensina a crescer, deixar para trás tudo que um dia foi bom,
e assim, tornam-se lembranças, as quais guardam aprendizados,
amigos, risadas, discussões, brincadeiras, coisas que só quem viveu
entende.
– A.

Adrenalina
Segundo os filósofos, a memória é a garantia de nossa própria
identidade. Além da memória de longo prazo obtida pelo ato da
repetição, há a memória pura, que está diretamente ligada ao
envolvimento emocional com o fato, como por exemplo, situações
vivenciadas na escola.
Quando se trata do assunto escola, é impossível não se
recordar do período mais intenso do ano letivo. Estamos falando do
acontecimento mais esperado por centenas de alunos, as inter-
séries, evento que ocorre uma vez ao ano, proporcionando a
competição entre classes nas modalidades voleibol e futsal, também,
o período escolar nos corredores só se escuta falar sobre estratégias,
formação de time, torcida e a busca pela vitória.
Em dia de jogo nada mais importa, os jogadores estão
ansiosos e as torcidas fervorosas, ambos prontos para atingir seus

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Falta Um Minuto – O fim da última aula
objetivos com maestria. A cada segundo o espírito de
competitividade e a vontade de conquistar a vitória aumenta.
Lembro-me como se fosse ontem, estávamos na nona série e tudo
que mais queríamos era ter posse do primeiro lugar nas inter-séries,
com muita garra e esforço conquistamos o primeiro lugar nas inter-
séries de voleibol e futsal! Foi o essencial para fecharmos o ensino
fundamental realizados. Nos sentimos como se estivéssemos prestes
a ganhar as Olimpíadas.
Quando finalmente a vitória é conquistada, tudo ao redor
desaparece e a sensação de realização domina cada artéria do
corpo. É possível sentir a vibração positiva e a felicidade da turma
denominada campeã, é um momento inesquecível ligado a diversas
emoções.
Querendo, ou não, memórias relacionadas à escola sempre
estarão presentes, passamos 13 anos do instituto de ensino, ou,
considerando a expectativa de vida no Brasil, que se baseia em 76
anos, passamos um sexto (1/6) de nossas vidas no colégio. Sejam
elas lembranças boas ou ruins, cada uma delas foi necessária para
nos tornarmos o que somos hoje. Devemos levar em consideração
que lembranças vêm e vão, mas em vão, nenhuma vem.
– Andrieli Borges.

O desastre ou o paraíso?
Na vida passamos por muitas etapas, começando quando
somos gerados, nascimento até crescermos e entrarmos na famosa
pré-adolescência, e chegarmos no famoso e tão sonhado ensino
médio.
Bom, para mim foi um desastre. Pessoas vem e vão em na
nossa vida, as minhas mais saíram do que entraram, o que se torna
o começo do desastre. Levei muitos foras até encontrar o amor da
minha vida, e se ele não me largar até eu terminar de escrever,
continuará sendo.
Melhor amiga? Ainda não tenho, mas em algum momento ela
irá aparecer. Meu ensino médio foi baseado em bullying por ter um
peso bem abaixo da média e não ter me encaixado no padrão da
mulher brasileira. Bom, agora eu penso assim. Ligava muito para o

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Escola J.K.
que as pessoas diziam, tanto é que usava até 7 leggings para
conseguir um pouco de corpo e até uma bundinha para me sentir
bem.
Não tinha muitas pessoas que me ajudassem a me achar
bonita, bom, até eu me encontrar. Quando me encontrei foi como
um despertar, acordar para a vida. Às vezes ainda bate uma certa
insegurança mas nada que um dia de beleza não resolva.
Meu ensino médio foi divido em muitas fases, mais chorei do
que ri, mas eu sei que aprendi muitas coisas com diversas pessoas
diferentes.
A maioria dos dias eu passo sozinha, mas por uma escolha
minha. Quando chegamos à vida adulta sempre estamos sozinhos,
querendo ou não. Já comecei a me preparar para essa fase da vida,
ou uma das tantas fases. Às vezes acaba sendo triste, mas a tristeza
nos torna mais fortes. A vida mostra que nada é fácil, temos sempre
uma luta diária, principalmente para quem está no ensino médio,
lutando cada dia mais para não nos perdermos de nós mesmos. É
uma batalha diária, você nunca sabe se vai se sair bem após 4 horas
de aula.
Às vezes me pergunto qual o motivo de passarmos por tantas
fases. A gente passa por tanta coisa, sabe…Mas ah, o famoso ensino
médio, para muitos o paraíso, para mim o desastre por completo.
Nunca fui de muitos amigos, pessoas acabam sempre sendo
temporárias na nossa vida. Se baseando nisso, elas nunca ficaram
por muito tempo na minha vida, mas tudo bem.
Querendo ou não, aceitar o ensino médio causou um grande
efeito de amadurecimento para mim, acabei me tornando uma
menina madura para os plenos 17 anos, sabendo lidar com muitas –
ou quase todas – situações sempre de cabeça erguida. Mas a escola
me preparou, aprendi de um jeito difícil e cruel que nada na vida é
ganho, tudo é pelo seu mérito e esforço.
– Emily Todt.

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Falta Um Minuto – O fim da última aula

Se a memória for esquecida, será um


trajeto perdido
As memórias de modo geral, são histórias que mexem com
nosso sentimental, se tratando de lembranças boas ou até mesmo as
ruins. Algumas ganham uma atenção a mais por serem muito
marcantes, já outras são deixadas de lado.
Estudo na escola Julius Karsten desde o 1º ano do Ensino
Fundamental, e neste ano de 2019, estou cursando o 3º ano do
Ensino Médio. Foram muitos caminhos andados até aqui e guardo
muitas lembranças.
No Ensino Fundamental lembro que eu sofria muito Bullying
devido ao meu corpo, isso foi algo que me abalou muito e que vai
ficar nas minhas lembranças. No começo eu via como algo muito
ruim, até ficava com medo de ir pra escola. Mas com o tempo
consegui lidar com toda a situação, e hoje me sinto orgulhosa de
tudo isso, pois todos esses ocorridos fizeram com que me tornasse
uma pessoa forte.
Este é meu último ano e com certeza, vou sentir muita falta
desta escola, dos meus amigos, professoras e direção em geral. Foi
nela que consegui todo o conhecimento que tenho hoje e só tenho a
agradecer por tudo.
E com todas essas lembranças e vivências na escola, posso
concluir que foram muito essenciais para a minha vida, tanto como
estudante quanto para o meu futuro e principalmente para o
profissional. Pois passei por muitas situações que me fizeram mudar
na forma de pensar e agir.
– Joice Volpi.

Vida Escolar
No tempo de creche era muito maravilhoso! Brincadeiras,
danças, músicas, lanche e também a hora de dormir. Sem nenhum
tipo de preocupação. Em nossos pensamentos, isso nunca iria
acabar.

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Escola J.K.
Quando fui entrar no 1º ano escolar, mudamos de estado,
viemos parar em Corupá (SC). Passamos dificuldades, viemos só
com a roupa do corpo e com uma “garantia de um emprego bom”
que era tudo uma ilusão.
Comecei a estudar em uma escola da cidade, chorava todos
os dias e não me adaptei, estava muito difícil. Um dia, minha mãe e
meu padrasto decidiram sair de lá e vir pra Jaraguá do Sul (SC).
Comecei estudar em outra escola no bairro Nereu Ramos. Foi muito
bom, me adaptei super bem, gostei da escola, dos alunos,
professores, de tudo.
Do 1º ano ao 2º ano foi tudo tranquilo. A coisa começou a
pegar a partir do 3º. Eu tinha bastante dificuldade, mas minha
professora era bastante dedicada em ajudar pessoas como eu. Me
apeguei bastante a ela. Mas ela teve que sair da escola na época, e
eu não entendia o porquê disso. Chorava muito, porque ela era uma
ótima professora.
No outro dia chegou o novo professor, era um homem. Não
gostei dele, mas com o tempo ele ganhou o coração de toda a sala.
Como a gente amava ele! E ele nos amava muito também.
No 4º ano tudo certo também, o único problema era minha
dificuldade na aprendizagem. No 5º ano peguei uma professora
chata, que só valorizava quem era aluno nota 10. Quem tinha
dificuldade ela nem queria saber. No 6º ano começou o terror: 8
professores! Mas deu tudo certo.
Quando fui pro 7º ano meus pais falaram que iríamos mudar
de casa e de bairro. Comecei então em outra escola e em outro
bairro. No primeiro dia de aula não foi muito legal. Muitas meninas
me olhando e reparando, eu também não gostei muito delas. Muito
metidas, frescas e nojentas! Mas só foi questão de tempo até me
acostumar. O 8º ano e o 9º ano foram tranquilos, nunca fui uma
menina que desse trabalho para a escola e sempre fiquei em exame
final. Fiz amigos, mas não levei pra vida depois que saí do
fundamental.
Era 2017. Entrei no 1º ano do ensino médio noturno, sentava
na frente da mesa do professor. Minha sala era terrível, pessoal
muito mal educado, não dava pra estudar naquela sala. Então, uma

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Falta Um Minuto – O fim da última aula
noite falei pra minha orientadora que queria passar para o turno da
manhã, ela concordou e me passou.
Foi aí que entrei na melhor sala, 1º ano 01. Uma sala tão
gostosa, todo mundo se respeitava! Uma sala unida, bem família
mesmo. Nós passamos de ano e nos tornamos 2º ano 01. Melhor
ano! A gente era bem unido, se ajudava em tudo. A gente brincava,
se xingava, brigava, mas era tudo por amor. Agora aqui estamos no
3º ano 01, muito tristes, por que é nosso último ano juntos. Queria
ter conhecido eles desde a creche; porque, olha, são mais que
amigos, são que nem irmãos pra mim, esses vou levar para a vida.
OBS: Não podemos esquecer da nossa frase de sempre, 3º01
é melhor que 3º02.
– Valansuelo.

Pagando o mal com o bem


Minhas memórias da escola não são muito boas. A partir do 6º
ano comecei a estudar em uma outra escola e morar em uma outra
cidade.
Já não era bom, mas aí comecei a ter aulas com uma
professora de matemática que parecia que me odiava. Fazia da
minha vida um inferno. Todas as aulas com ela eram meu maior
pesadelo. Ela fazia eu ir até o quadro fazer as coisas, mesmo vendo
que eu não sabia fazer para que os outros rissem de mim, inclusive
ela.
Uma vez todos riram de mim tanto que eu fui para casa
chorando, porque…já estava numa cidade totalmente diferente, não
tinha amigos e, por mais que eu me esforçasse, eu não conseguia
entender nada que ela passava. Toda aula com ela era terrível! Ela
entrava na sala e meu dia ficava péssimo. Tive aula com ela até o 1º
ano do ensino médio. Minha maior alegria foi passar para a noite,
pois ela não dava aula neste turno.
No 2º ano do ensino médio tive aula com outra professora e
comecei a aprender as coisas. Foi o primeiro ano que passei sem me
preocupar com notas, pois não precisava.

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Escola J.K.
Este ano eu aprendo com muita facilidade. O professor é um
querido, além de explicar muito bem, agora eu quem explico pros
meus amigos e antes quem precisava de ajuda era eu. Estou muito
feliz com isso e quero fazer pedagogia para tratar muito bem meus
alunos e nunca fazer o que aquela professora fez comigo.
– Antonio.

K.F.
Minhas maiores lembranças na escola são das viagens de
estudo com meus colegas. A viagem mais legal foi a de quando
fomos para Balneário Camboriú, onde lá aprendemos muitas coisas
legais. Andemos de bondinho, fizemos vários passeios por lá. Já na
entrada do Parque Unipraias tinha uns barcos que lembravam navios
piratas. Depois que entremos lá, o rapaz que estava nos
acompanhando bateu uma foto nossa.
Depois andemos de bondinho novamente. Dava pra ver a
costa da praia e oceano, vários barcos na água. Descemos e fomos
para uma floresta, era bem grande. Subimos para o bondinho outra
vez e fomos para a praia onde lá tinham várias lojas e vendedores
ambulantes.
Almoçamos no restaurante que tinha lá. Voltamos pra Jaraguá
do Sul e a professora encheu-nos de trabalho. Fizemos um livro que
cada aluno tinha que contar sobre o que aprendeu lá e como foi a
vivência, se foi boa ou ruim…
E para mim foi uma experiência muito boa e única também.
– K.F.

Meu Querido Diário Texto Meu


Nesse texto irei contar a jornada de um gay na escola…pera…
ñ, corta. Desde que me lembro, sempre fui sozinho ou com poucos
amigos (pfv, eu imploro, de joelhos até, ñ pense que é aqueles
dramas, é literal ;-;).
Tive uma amiga lá pelo 2° ano, só que eu fui racista com ela e
(não tenho certeza) fui o culpado por ela mudar de escola (até hoje
quero encontrar ela e me desculpar, MT). Depois um amigo (na

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Falta Um Minuto – O fim da última aula
verdade ele era o único que me “tolerava”, deixando eu andar com
ele) que durou até o 7° ou 8° ano, quando ele disse que eu tava mt
chato. E fiquei sozinho por um ano e meio (ficaram até com pena, e
eu tipo “PQ?????”).
Então no meio do 9° ano EU FIZ UMA AMIGA mt legal mds;
somos até hoje, mesmo nos falando pouco. No 1° ano do ensino
médio bati meu recorde, FIZ 3 AMIGOS!!!!!! E um deles é minha BFF
(scr kkk) “to” com ela agr. MAAAAASSSS…ainda sou aquele que, se
pode, some.
De certa forma, gosto de ficar sozinho, ainda mais, quando
fico isolado em um lugar escuro e frio (o frio é o melhor ;) ). Mas
meu “sozinho” não é distância de pessoas, é estar onde não conheço
ngm. Pode ter mts ao meu redor, mas me considerarei sozinho. Agr
que tenho amigos, isso é mt difícil de acontecer (às vzs quero ficar
sozinho, mas sinto que se o fizer, vou estar sendo um idiota com
eles), tive sorte de até hoje só fazer amizade com gente maravilhosa
(tem um que me tortura fisica e psicologicamente, mas nóis releva
pq ele MT FOFO, JESUS!) sério, d+++++.
Defino como amigo quem eu consigo conversar e sinto que a
pessoa gosta da minha companhia (dá pra sentir :3). Minha amizade
é uma armadilha, pq, se aproximou – pq é sempre a outra pessoa
que vem a mim – eu viro o “ pet” dela. Faço td que ela pedir e sigo
ela pra td canto, ainda bem que nenhum deles se incomoda! Kkk.
– Orlices.

A escola como um outro planeta


Em um campo vasto de girassóis, sempre tem aquele que não
vai em direção aos raios de sol, por mais lindos e quentinhos que
sejam.
Tens consciência que aquele não é o seu lugar. Vai em direção
ao que sente.
E da mesma forma que existe esse girassol, existe alguém.
Era tão distante a maneira como via o mundo, seus
pensamentos pareciam não bater com a realidade. Seus sonhos
principalmente.

33
Escola J.K.
Esse alguém não era daqui, por isso sonhava com as coisas do
alto.
Sonhava em mudar o mundo. Sonhava em viver num castelo,
onde todas as paredes estariam a sua disposição para uma linda
pintura. Sonhava e sonhava, sem nunca parar por um segundo
sequer.
Em meio a essa jornada experimental, chegou a encontrar
grandes amigos. Eles o entendiam, entendiam sua linguagem, que,
parecia ser de outro planeta.
Acabaram vivendo tantas coisas juntos, a conexão era como
se já se conhecessem a muito tempo e compartilhassem do mesmo
lugar de origem.
Conquistaram a noite, o doce luar… mesmo sendo criaturas do
dia. De outro dia. Um dia que ainda não existia.
Experimentaram todos os sentimentos possíveis. Entravam em
estado de êxtase toda vez que se encontravam.
Experiências tão novas e únicas. Coisas jamais vistas ou
sentidas antes por outro alguém.
Quando retornou para casa, só restaram lembranças e
saudades daquele lugar, que a princípio não era seu.
Não era sua vontade estar lá. Foi apenas para cumprir sua
jornada predestinada, assim como todos nós temos a nossa.
Mesmo assim, esse alguém aproveitou tudo em sua volta,
aprendeu, evoluiu, e… consequentemente se tornou alguém melhor.
Assim como estou fazendo na escola 
– Fabiane Abigail.

Guilherme
No começo da minha vida escolar desde sempre achei que
seria fácil mas, no decorrer dos anos, os meus objetivos
continuavam a ficar mais difíceis de conquistar; pois os desafios cada
vez subiam um novo nível de dificuldade e foi assim que comecei a
desanimar.

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Falta Um Minuto – O fim da última aula
Porém fiz muitas amizades que me ajudaram a vencer cada
desafio e me incentivaram a lutar pelo que eu quero para meu
futuro. Boa parte dessas amizades foi sumindo no decorrer da minha
vida acadêmica, pois mudei de escola e perdi o contato. Mas
agradeço a cada um que fez parte da minha vida: àqueles que me
apoiaram e aos que não viam um futuro com sucesso em mim, pois
cada desprezo eu reciclei e transformei em algo que me fez andar
para frente e crescer.
Do meu estudo da parte da infância levo as amizades,
brincadeiras e meus primeiros conhecimentos que eu usaria pelo
resto da minha vida. A cada ano que passava eu realmente via quem
era meu amigo e que me queria mal. Tinha muitos amigos, mas
poucos considerava como se fosse da família. Todos os anos
anteriores do ensino médio serviram para que eu tivesse todas as
informações necessárias para me ajudar nos novos assuntos que iria
aprender, pois todos estão ligados um a outro e sem eles não estaria
hoje aqui.
Então agradeço a todos os educadores que passaram por
minha vida, pois todos me deram e estão dando conselhos para que
eu não pare de estudar e seja um grande profissional; e, com o meu
sucesso, eu possa mostrar para cada pessoa que duvidou de mim,
que um dia eu poderia me tornar um grande Engenheiro.
Eu era um aluno como qualquer outro que quando entra no
ensino médio só pensava em chegar logo a hora de parar de
estudar. Mas agora que eu estou no terceiro, sei que quando me
formar, vou sentir falta de todo conhecimento que foi simplificado,
para que eu pudesse fazer um vestibular sem ter nenhuma
dificuldade. Quando eu estiver formado vou continuar esse memorial
onde parei, pois é o que tenho para contar por enquanto. Até a
próxima.
– Guilherme Gonçalves Cunha.

O início de uma história


Foi no dia 09 de março de 2018, eu sentia algo que jamais
havia sentido antes, eu estava amando uma pessoa como jamais
pensei que fosse possível. Meu coração batia desde o momento em

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Escola J.K.
que acordei, pois já estava determinado e certo do que iria fazer.
Quando começou a aula, eu não conseguia me controlar
esperando o momento certo, que nem mesmo eu sabia quando iria
chegar. A aula não passava, tudo parecia que conspirava contra mim
e que eu não conseguiria, que não fosse ter coragem.
Passou-se uma aula, duas, três, quatro até que veio o escuro.
Eu não podia acreditar, a sorte estava ao meu lado! Seríamos
liberados mais cedo e essa era a minha chance. Fomos, eu e ela,
para um ponto de ônibus da faculdade próxima à escola. Então, no
meio de nossa conversa, eu finalmente criei coragem e disse a frase
que iria mudar minha vida:
– Você quer namorar comigo?
Meu coração palpitava mais forte do que já estava, e daquele
segundo até a resposta – que para mim foram horas – passavam mil
coisas em minha mente. Então ela me olhou e disse:
– Sim!
Aquele sem dúvidas foi o dia mais feliz da minha vida, pois
daquela hora em diante minha vida se cruzara com a pessoa mais
incrível do mundo.
– Gabriel José Berthi Gonçalves.

Amanda
Enfim o terceiro ano chegou. A etapa que nos dá o friozinho
na barriga, as dúvidas por qual faculdade escolher, e as lembranças
dos anos anteriores, amigos, colegas, professores. Alguns momentos
que não vão voltar mais, que ficarão marcadas pro resto de nossas
vidas. Assim como tem uns que não veem a hora de acabar,
também tem aqueles que vão sentir falta e saudades de tudo que já
se passou.
Os esforços, a correria de sair do trabalho e ir direto para
escola, cansaço, dificuldades…mas que sabemos é que devemos ser
gratos por cada aprendizado, pois tudo isso valerá a pena sem
dúvida nenhuma. Esses doze anos na escola não são em vão.
A lembrança que tenho, é da quinta série, na Julius Karsten

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Falta Um Minuto – O fim da última aula
mesmo, quando fizemos uma viagem para Balneário Camboriú. Foi
uma experiência fantástica, que sempre irei lembrar. Fomos andar
de bondinho, foi separado grupo de cinco pessoas e uma mãe ou um
pai para ir junto com cada grupo. Andando no bondinho, uma hora
ele parou e ficou torto no ar! Então, preocupada, a mãe de uma
amiga se mexeu dentro e ele voltou ao lugar e o passeio continuou.
Isso, para mim e para outros que estavam juntos, foi muito
divertido! Rimos muito, até mesmo a mãe da aluna. São momentos
simples, e pequenos, mas muito difíceis de serem esquecidos,
levamos para vida.
É claro que momentos desagradáveis também tive. Perdi
contato com minha melhor amiga. Mas às vezes momentos ruins nos
ensinam, e que fazem parte de nossa vida. Esta experiência na
escola, em todos os sentidos, quero levar pra sempre comigo.
Aprendizados, principalmente. Grata por cada professor(a) que de
alguma maneira ajudou e muito, mesmo puxando na nossa orelha e
cobrando, porque é pro nosso bem. Levarei cada um no meu
coração e que eles possam continuar passando esse conhecimento
maravilhoso para os que virão e que chegarão aqui na última etapa
do ensino médio.
Muito grata também pela escola, por ter conhecido pessoas
maravilhosas. Estudo na Julius desde a quinta série, então de lá pra
cá foram muitas experiências, dificuldades também, mas tudo
coopera para o nosso bem. E.E.B Julius Karsten foi melhor escola
que conheci, guardada no coração para sempre, como também sou
grata pelas outras escolas que frequentei, até mesmo a creche, o
começo de tudo.
– Amanda Belo.

Nem sempre às mil maravilhas


Nessa escola nós acabamos aprendendo o quanto algumas
pessoas são abusadamente estúpidas em relação às outras. Não se
importam com os comentários maldosos e nem se com os mesmos
vão ferir alguém de uma certa forma. Eles apenas dizem sem ao
menos pensar e isso me indigna muito.
Apesar de tudo do que falei acima, ainda existem pessoas

37
Escola J.K.
maravilhosas nessa escola. Bom, nem sempre é mil maravilhas, mas
dá pro gasto! Rsrs. Encontrei professores amáveis e colegas
também. Alguns me ajudaram a melhorar em algumas situações e
eu sou eternamente grata.
É disso que vou sentir saudade. Saudade das risadas, alegrias
e outras coisas, e por mais que alguns tenham sido difíceis, eu
aprendi que sempre tem algo de bom nas pessoas, mesmo que
talvez elas nunca tenham falado contigo.
– Natalia da Silva Simon.

Barbara
Quando me recordo do ensino fundamental, meu coração sorri
de felicidade e ao mesmo tempo de saudade. Saudade daqueles
momentos que se foram junto ao tempo, das risadas que naquela
época não pareciam tão especiais, daquelas brigas bobas que hoje
são motivos de risada.
Lembro-me da noite em que nos formamos. Todos estavam
felizes com aquele momento, mas em meio de tantos sorrisos,
haviam lágrimas. Lágrimas de quem sabia que depois daquele dia
muitos que estavam ali iriam seguir seu caminho, e com o passar do
tempo acabariam perdendo contato a cada dia.
Hoje olho para trás e vejo aquela menina de vestido branco
com bolinhas azuis chorando em sua formatura, e do nada olho para
frente e vejo aquela mesma menina do vestido com bolinhas azuis
prestes a se formar novamente.
– Barbara Franceschi.

Memórias da escola
Quando entrei na escola foi tudo muito estranho, foi um
mundo totalmente diferente do que eu estava acostumado. Comecei
a conviver com pessoas que eu não conhecia, fiquei meio perdido e
confuso no começo, pois era uma experiência nova que eu não
imaginava vivenciar; mas depois de um tempo eu me acostumei com
tudo isso, e virou rotina, se tornou uma coisa normal.
No ensino fundamental foi tudo muito legal. Eu estudava e me

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Falta Um Minuto – O fim da última aula
divertia brincando com meus amigos. A parte que eu não gostava
era as tarefas para casa, mas, fora isso, era tudo muito divertido e
fácil.
Mas aí cheguei no ensino médio. A partir desse momento
minha vida virou de cabeça para baixo. Foram muitas coisas novas,
coisas que eu não pensava antes, como se preparar para fazer
vestibular, faculdade etc. Por outro lado também tem coisas boas
como novos amigos e as “crush”. Alguns amigos que fazemos na
escola levamos para a vida toda.
A pior coisa que me aconteceu durante a escola até agora foi
ter que ir embora para outra cidade para estudar em outro colégio.
Eu fiquei muito triste, pois estava acostumado com o meu antigo
colégio e com os meus amigos de lá.
Quando eu cheguei no colégio novo foi muito complicado, pois
não conhecia ninguém e estava longe dos meus amigos. Ficava
sempre sozinho e isolado durante as aulas e no intervalo.
Mas aí fiz alguns amigos, a partir de então as coisas
melhoraram um pouco para mim. Porém não consegui me
acostumar muito bem, e não é legal conviver em um ambiente que
não gostamos. Infelizmente não tive escolha, pois na cidade que eu
morava não tinha muitas oportunidades de emprego e era isso que
eu estava buscando no momento.
Essas foram algumas das coisas que aconteceram comigo
durante a minha vida escolar…Lembranças boas e algumas ruins,
mas tudo faz parte. O importante é o aprendizado e as experiências
que vou levar para a vida.
– Barreto, S.

Uma viagem dentro de mim


Diante de vários momentos na vida, o que nos resta são as
memórias, que segundo o dicionário no sentido literal, é a
capacidade dos organismos vivos de se aproveitarem da experiência
passada, aquilo que serve de lembrança. O lugar onde passamos
boa parte de nossas vidas é na escola e é também onde temos
várias memórias, tanto boas como ruins.

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Escola J.K.
Durante minha vida escolar, mudei seis vezes de cidade, perdi
muitos amigos de infância. Nas escolas novas sempre ficava sozinha,
era muito tímida e por esse motivo não conseguia fazer amizade
fácil. Com o tempo me acostumei e percebi que não era tão ruim
ficar só, pois as pessoas da minha sala não eram tão gentis.
Mudei mais duas vezes, e enfim algo de bom, fiz muitas
amigas graças a uma apresentação do sarau da escola onde lhes
ensinei uma coreografia. Conheci o menino que me apaixonei e dei
meu primeiro beijo. E quando tudo estava dando certo, me mudei.
Chorei tanto pois saí do lugar onde me encontrei de verdade. Mas
tudo deu certo no final, eles continuam do meu lado mesmo com
exatamente 773,5 km de distância.
Nesse ano de 2019 completará quatro anos que estou longe
dos meus melhores amigos. Hoje em dia tenho muitas pessoas ao
meu lado, na escola e fora dela, aqui em Jaraguá do Sul
principalmente e perdi um pouco da timidez. Como Jorge Sand dizia
“A memória é o perfume da alma”.
– Rayara Martins Almeida Xavier.

Minhas Memórias Escolares:


Meus primeiros contatos e aprendizados na sociedade
Segundo o dicionário memórias é aquilo que serve de
lembrança, e memórias de momentos que passei no meu tempo de
escola. Tudo isso irá sempre fazer parte da minha vida. E algumas
dessas memórias são lições de vida que aprendi com o passar do
tempo.
Nos meus primeiros anos de escola não foi nada fácil, sempre
fui uma pessoa quieta e tímida, tinha dificuldade de me enturmar, ou
para apresentar algum trabalho. E com isso tive meus momentos
ruins por conta de ser sozinha e gordinha.
Mas esses momentos ruins foram só por alguns anos, depois
da 7º série comecei a perder minha timidez e me socializar mais.
Tive meus melhores amigos onde passei bons momentos ao lado
deles, muitos deles tenho contato até hoje, mas os outros me afastei
com o tempo.

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Falta Um Minuto – O fim da última aula
E é o que mais me marca quando se trata no tempo de escola
(a amizade), pois com eles também tive muito aprendizado. Até com
amizades falsas aprendi algo…Que não devemos confiar em todo
mundo, que nem todos querem ver a gente bem!
Tive meus momentos ruins e bons…E o que quero guardar pra
mim e levar comigo são as coisas boas e as amizades que tenho até
hoje.
– Mar…

Primeira Fase
O primeiro dia escolar é cheio de emoções, com aquela
insegurança, angústia e no final aquela felicidade de fazer a primeira
amizade.
Vivemos anos da nossa vida dentro de uma escola para
aprender a viver o mundo lá fora. Para muitos é uma obrigação,
assim pensamos, mas só no último ano conseguimos entender a
importância da escola em nossas vidas, que é apenas uma
preparação. Para alguns não haverá saudade, porque sabemos que é
apenas uma fase que concluímos.
Mas não é fácil. Foi um caminho longo até chegar no último
ano. A angústia estará presente, porque sabemos o que vai
acontecer no final: aquelas amizades que vão se acabar.
Neste caminho, vamos conhecer pessoas que irão nos ensinar
diversas coisas diferentes. Sabemos que na escola o objetivo não é
aprender as coisas com sentimento e sim a educação escolar básica,
mas não é assim, desde pequenos aprendemos que nada feito sem
amor e respeito dá certo.
Ao chegar ao último ano é difícil não ficar com medo, porque
toda a pressão da vida adulta está batendo na nossa porta, porque
sabemos que, mesmo jovens, ainda temos um caminho muito longo
ainda, para alcançar nossos objetivos. Deixaremos professores e
amigos para trás, mas sabemos que tudo aquilo que a gente
aprendeu e ensinou valeu a pena.
– Wanessa dos Santos Leite.

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Escola J.K.

Saudade do tempo da escola


Lembro-me quando entrei na escola, meu primeiro dia de
aula. Crianças corriam no pátio, outras brincavam no parquinho e se
sujavam antes mesmo de tocar o sinal.
Estudei do pré ao nono ano na mesma escola, no primeiro e
segundo do ensino médio em outra e, no mais, esperado “terceirão”,
estou aqui. Meu primeiro último ano, aqui, nessa escola.
Na primeira escola que estudei, era um lugar simples, porém
muito legal. Aliás, pra criança não precisa ser nada exagerado, a
criança é pura e inocente, e pra ela não precisa que seja o lugar
mais rico do mundo, apenas uma palavra é suficiente: a imaginação.
Na escola aprendemos muitas coisas legais. Quando crianças,
aprendemos o abecedário, a escrever o nosso próprio nome, a ler,
desenhar aqueles rabiscos que ninguém sabia o que era,
aprendemos a escrever de letra “grudada”…era aprendendo que a
gente conquistava cada vitória.
Chega uma fase que vibrávamos por tirar uma nota mais ou
menos, por que o conteúdo era difícil. No ensino médio torcemos pra
tirar uma nota na média, por que não dá tempo muitas vezes de
estudar. Trabalhamos, temos que ser responsáveis, ter juízo e fazer
muitas coisas…ser adolescente não é fácil. Aprendemos muitas
coisas das quais não fazemos ideia se vamos usar quando sair da
escola, mas aprendemos.
Também fazemos muitos amigos …muitos mesmo! Eu tenho
amigas que estiveram comigo desde o primeiro dia de aula, e são
essas amizades que precisamos dar valor. A gente se ajudava,
conversava.
E hoje? Você olha pro lado e tem um aluno do lado do outro
mexendo na P-O-R-C-A-R-I-A do celular …MANO, ACORDA! Olha no
olho, abraça, conta piada sem graça, ri, paga um lanche, não fica de
“mimimi”. Amanhã a rotina vai pesar, amanhã você vai estar na
faculdade, não vai mais ver seus amigos, e cara, vai ser um
privilégio ver eles algumas vezes durante um ano.

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Falta Um Minuto – O fim da última aula
Você vai ver o tempo voando e não vai poder fazer nada.
Aproveite a escola, os professores (até aqueles chatos), os amigos.
Somente viva o seu presente, por que depois ele não volta mais.
Quando você se der conta, o tempo passou, mas esses
momentos irão permanecer na memória. Você vai lembrar da sua
época de escola e ter uma lembrança maravilhosa, que não volta
mais. Aproveite o tempo que você tem hoje. Eu estou aproveitando
ao máximo! Estude ,ria ,faça amizades e principalmente se jogue
com tudo nesse mundo que é a escola. Sei que vou sentir saudade
das aulas, dos colegas e das aulas de educação física que era minha
aula preferida.
OBS: Se você é estudante e nunca levou uma bolada na cara
na educação física, você falhou como estudante.
– Duda Maria.

Saudade do tempo da escola II


Bom…Desde o começo até aqui tive muitos momentos bons e
ruins, pois sempre tinha algo de novo para aprender: vivências,
experiências.
Gosto de lembrar também de cada momento com meus
amigos, pois foram momentos muito legais. No começo de 2018 foi
um dos melhores anos, pois foi o ano que eu mais conheci pessoas
novas. A minha sala era mais animada, todo mundo interagia com
todo mundo. Resenhávamos juntos. Todos os dias levávamos lanche
e dividíamos com a turma toda.
Ah, como isso faz falta! Eu contava as horas para ir para
escola, pois lá eu me sentia abraçada! Nas dificuldades da escola eu
ficava doida de raiva, mas passava logo quando encontrava com
meus amigos e a resenha começava.
Claro que vem a parte ruim da história. No ano de 2013 foi o
ano que eu mais sofri. Eu nem tinha vontade de ir à escola. Antes de
ir eu sempre chorava. Lembro como se fosse hoje, pois eu era a
pessoa “que os outros tinham para zoar”. Tinha uma turma de
amigos que me insultava todos os dias, pois eu não era tão
ajeitadinha, e era sempre na minha e isso era motivo pra zoação.

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Escola J.K.
Mas, quer saber? Eu tento esquecer, apesar de não ser tão
fácil, e prefiro pensar das coisas boas que já passei: q que eu
realmente aprendi de bom com todos os meus amigos e
professores…♥♥
– Joene Sá.

Mudanças
O meu ensino fundamental foi um mar de rosas: pessoas
conhecidas, professores conhecidos. Tudo mudou quando o ensino
médio exigiu uma mudança de rotina, horário, pessoas novas, escola
nova.
De início não foi tão difícil. Estava me adaptando bem e a
maioria dos meus amigos ainda estava comigo. Mas ao longo do
tempo fui criando novos vínculos inimagináveis com pessoas novas.
Quando tudo passou a mudar que começou a desandar de
vez. Não digo mudança de rotina e sim de sentimento e
amadurecimento. Foi um ano difícil, mas construtivo. Difícil, mas
com muitas descobertas e evoluções.
– Baby Shark.

Memórias Escolares
Primeiro dia de aula, um menino muito tímido, cercado de
várias outras crianças. Os dias foram passando e as amizades foram
aparecendo. Primeiro foi um menino muito gente boa, chamado
Pedro Henrique, que no futuro se tornaria quase um irmão.
Conforme os anos iam passando, Kalebe ficava mais
bagunceiro. Um dia ele colocou cola na cadeira de uma colega, e ela
acabou sujando todo o seu uniforme.
O que Kalebe mais gostava de fazer era ir para a Educação
Física, jogar futebol com seus amigos. Ele nunca foi dos melhores no
esporte, mas sempre dava seu melhor.
O tempo ia passando e as paixões foram surgindo. Nessa
época ele deu seu primeiro beijo.
Até o 5º ano ele era um dos melhores alunos, mas foi só ir

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Falta Um Minuto – O fim da última aula
pro 6º ano que ele começou a decair nos estudos. Nove professores,
mais deveres para casa, ele não estava acostumado a tanta
responsabilidade.
O 9º ano foi o que ele mais aprontou. Seus pais estavam
quase toda semana na escola, as anotações na pasta de ocorrência
já passavam de três páginas…E assim foram as memórias escolares
de Kalebe.
– Kalebe Joner Domingos.

Bianca
Bom, desde o começo do meu período escolar até hoje tive
momentos bons e ruins, sempre com novas experiências, vivências,
amigos.
Estudo na mesma escola desde criança. Fiz muitas amizades,
e perdi algumas delas também. Antes do ensino médio, a minha sala
era mais animada, todo mundo interagia com todo mundo, a gente
resenhava juntos, hoje em dia nem tanto, cada um no seu lado.
O tempo que passei aqui foi bom. Um aprendizado que vou
levar para o resto da minha vida. O ciclo está se fechando e a vida
acadêmica tem que continuar. Agradeço por tudo que passei aqui,
mas está na hora de seguir em frente.
– Bianca Lopes Wermeier.

Memorial Escolar:
Memórias e mais memórias. Não me lembro de muitas coisas
que ocorreram no primordial da escola. Se me lembro de alguma
coisa, ou envolvia pequenas brigas de crianças no parque, ou de
viagens e passeios para zoológicos, e cidades onde haviam casas
antigas; tais quais explicavam sobre o nosso passado, sobre como
nossa cidade era antigamente. Só se via crianças fascinadas e com
fome é claro!
Tive momentos ruins, sim, na infância; o que talvez pudesse
ter me causado uma certa rebeldia, que refletiu em comportamentos
na escola. As notas continuaram boas, mas essa rebeldia me fazia
perder o interesse em algumas coisas ou me fazia brigar ainda mais

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Escola J.K.
na escola, até mesmo com os professores. Foi um momento ruim em
que parei de ter contato direto com meu pai biológico e sofria
bullying na escola, por meio disto tive que realizar, por quase cinco
anos, conversas com uma psicóloga!
Acabei os encontros com a mesma, mudei de escola (no
último dia acabei brigando com uma garota e arranquei uma parte
de seus cabelos, esse dia foi icônico!), casa e até de amigos.
Conheci novas pessoas, fiz novas amizades, tive desilusões
amorosas. E hoje em dia gosto de me manter ocupada. Trabalho,
faço quinhentos cursos ao mesmo tempo, e jogo basicamente, em
quase cinco times de voleibol. Moro com minha mãe, pai (padrasto,
cujo homem assumiu o papel de pai, e me permitiu usar seu nome
em minha identidade), e irmão, e como alguns dizem “fiquei pra
titia”.
Maravilhoso, um pequeno resumo de minha infância top! Não
tenho o que reclamar, porque sei que todos estes momentos me
ajudaram a me tornar o que sou hoje! Tenho qualidades como
também tenho defeitos. Ou seja, eu me lembro de você fulano que
roubou meu pão e meu algodão-doce no dia 11/06/2011 no 4° ano
do ensino fundamental! Hahaha! Momentos engraçados assim que
eu gosto de me lembrar…
– Ana Paula dos Santos Bolduan.

André
Bom, entrei na creche com 3 anos. Não gostava muito, porque
tinha que ficar longe da minha mãe (algo que eu nunca gostei
muito). Ela me deixava na sala, falava que ia pegar comida para
mim e ia embora. Chorava o dia todo, até o horário dela vir me
buscar. Na hora do “soninho”, eu era sempre o último a dormir e o
primeiro a acordar.
O tempo passou, isso tudo em Santa Catarina. Até que em
2009, quando eu estava no 4° ano do Ensino fundamental, meus
pais resolveram se mudar para o Rio de Janeiro. Mudou tudo. Lá era
tudo diferente, tradições, culturas, jeito de levar a vida. Foi difícil no
começo, e 1 ano depois que já estávamos lá, meus pais resolveram
se mudar novamente, justo agora que já estávamos nos adaptando,

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Falta Um Minuto – O fim da última aula
mas lá fomos nós.
Nossa ida foi para Minas Gerais, e foi a melhor coisa que
aconteceu na minha vida! Logo no primeiro dia de aula já fiz várias
amizades, estudamos juntos do 6° ano até o 1° ano do EM, quando
eu reprovei . Foi um deslize, ano muito difícil, que acabei perdendo
o foco escolar. Fazer a mesma coisa no outro ano foi tedioso,
mistura de sentimentos, frustração e arrependimento.
Em 2017 voltamos para SC, reviver a nossa vida, e agora, em
2019, se tudo ocorrer como devido, eu me formo. E na minha
formatura terá uma plaquinha dizendo: “Parabéns André. Poderia ter
sido ano passado, mas tudo bem”.
– André Lins.

Minha vida escolar


Na minha vida sempre tive, e terei algo pra relembrar. Desde
pequeno na escola aprendendo, estudando, tive ótimas memórias
escolares, que são voltadas a tudo que aprendi e vivenciei nessa
caminhada estudantil.
Tive mais momentos felizes do que ruins, mas independente
da forma que foi jamais será esquecido. Nunca fui um menino muito
concentrado, mas sempre tive muito zelo pelo o que  eu tive. Alguns
anos atrás tive muitas decaídas, sai do pré, e comecei a entender
como tudo funcionava, e todo aquela ansiedade de saber como era,
passou em menos de momentos. Dei de cara com a realidade.
E as coisas começaram a ficar mais sérias, aumentando a
dificuldade, até que cheguei na etapa final do ensino fundamental,
muitas barreiras mas nunca deixei de lutar. E de lá pra cá comecei a
ter mais facilidades, conheci novas pessoas, comecei aprender as
coisas de forma mais ampla, e obtive muitos resultados positivos.
Nunca entendi o verdadeiro significado disso tudo, mas hoje
aprendi que cada momento terá seu resultado, e tenho certeza que
tudo isso será fruto de bons resultados.
– Michel Corsini.

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Escola J.K.

Patryck
Meu primeiro dia de aula foi um dos mais marcantes para
mim, são 12 anos estudando na mesma escola, e foi aqui que
aprendi a escrever e a respeitar também, fiz muitos amigos que
estão até hoje comigo, terminando o ensino médio, e com certeza
vou guardar todos no meu coração, pois sempre vou lembrar das
amizades e pelo o que eu passei nessa escola.
Irei sentir falta de estudar, pode parecer que não, mas um
novo ciclo na minha vida esta se iniciando e eu fico muito feliz com
isso, e também desejo muita sorte para quem ainda resta estudar,
todos são capaz de conseguir e terminar também, pois todos tem
capacidade.
– Patryck.

O que é ser um estudante


Nesses 11 anos de escola aprendi que ser um estudante é
mais do que ser mais uma pessoa na sala. Ser um estudante é ser
mais uma mente que pode mudar o futuro.
Para muitos a escola e só mais um lugar para se estar durante
a semana, mas para mim a escola é uma instituição muito
importante para nossa vida. Ela definirá quem nós seremos, o que
faremos e o que mudaremos. Cada professor tem sua peculiaridade.
Alguns sendo extrovertidos e outros sendo rigorosos, mas algo que
todos têm em comum é o orgulho de, ao final do ano, eles poderem
olhar seus alunos passarem de ano, percebendo que o esforço deles
não foi em vão.
Tive vários professores, mas um que me marcou muito foi o
professor Getúlio. Muitas vezes não me entendia, mas ele nunca
deixou de tentar. Graças a ele, consegui. Tive uma das melhores
experiências na escola junto com ele. Outro que me marcou foi o
professor Stélio. Eu era muito ruim em matemática, mas por causa
dele comecei a entender uma das matérias mais difíceis.
A escola não é só um lugar para estudos, também é um lugar
que forma novas amizades. Um dos meus amigos mais velhos
estuda comigo até hoje. A nossa amizade está cada vez mais forte.

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Falta Um Minuto – O fim da última aula
Cada ano temos novas amizades, sempre renovando os amigos,
sempre com novas e marcantes personalidades.
Nesse meu último ano espero que seja o melhor ano possível,
que as amizades se mantenham por muitos anos, que os professores
me marquem para formar um eu melhor.
– Caio F.S.

O fim de uma longa caminhada


Já no início de 2014 – foi quando entrei na sexta série –
escola nova e casa nova, muita mudança e muito medo, mas
também muita ansiedade. Esse recomeço é uma das minhas
melhores lembranças de escola, pois naquela sala eu pude aprender
a ser uma pessoa melhor.
Quando se tem essas memórias, elas não são só imagens; são
sentimentos e aprendizados, pois memória é aquilo que se tem mais
próximo do passado. É um aconchego de felicidade extra e até
mesmo um pacote de tristeza a mais. Memória é aquilo que conecta
a nossa mente ao nosso coração.
Na sexta série, quando consegui me enturmar, a nossa sala
era muito bagunceira e muito dividida. Éramos encrenqueiros e
rivais. Em 2015, quando nós entramos para a sétima série, com as
mesmas pessoas da sala, a gente foi considerada a pior sala, era um
caos total, um desastre.
Foi no fim de 2016 que, finalmente, aquela mesma sala de
2014 percebeu que precisava mudar. Mas não foi qualquer mudança,
foi algo que fez a pior turma ser a melhor turma. Sabe aquela
rivalidade? Pois bem, não existia mais. Sabe aquela bagunça
desnecessária? Também não existia mais. Não viramos só um grupo,
viramos uma família. Uma família com um único objetivo: sair todos
juntos formados.
Mas foi então que o fim da minha caminhada com eles
chegou. Em 2018 decidi me mudar, decidi crescer mais rápido. E
hoje, em pleno 2019, cá estou. Cidade nova, vida nova e por fim
escola nova. Um recomeço assustador, mas também encantador.
– Sarah Dellandrea Anulhak Junkes.

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Escola J.K.

Momentos Inesquecíveis
Minhas primeiras lembranças da escola remetem aos tempos
em que mal sabia ler ou escrever; entendendo que eu não era um
aluno muito esforçado e dedicado aos estudos. Nos dias atuais em
diante acabei mudando bastante, sou um estudante mais dedicado e
esforçado com desempenho bom.
Quando estava estudando no ensino fundamental era o
período que passava boa parte das horas no colégio me divertindo
com os amigos e aprontando. Lembro-me das viagens de estudo
para Florianópolis quando estudava no 9º ano e também quando fui
para Hotel Fazenda Ribeirão Grande. Foram esses momentos de
alegria e divertimento com os amigos que eu passei, tanto que
houve uma homenagem para os formandos, onde todos os alunos
que iam se formar foram homenageados. Este também foi um dia
muito legal.
Por outro lado, depois da formatura, cada formando estava se
despedindo de professores, de alunos e da escola, por isso esses
foram os momentos inesquecíveis da minha vida escolar. Quando
passou a formatura, acabei vendo um dos meus amigos indo para o
mal caminho e outros seguindo suas carreiras com sonhos e
realizações como eu também, me esforçando o máximo para que eu
possa alcançar meus objetivos, sonhos e realizações.
Portanto ficarão na minha memória todas as pessoas que me
ajudaram e que me incentivaram nesse degrau da minha vida. É
bem provável que, conforme o tempo passe, não lembrarei das
fórmulas de química, mas certamente não esquecerei das amizades
vividas.
– Claudio Daniel Correa.

Memórias
Dias e anos são passageiros, dentre esses 6360 dias e 152640
horas foram vivenciadas emoções e experiências, memórias que de
mim não saem, sendo boas ou ruins elas se aglomeram e vão
corroendo por dentro, pela saudade ou pelo fato do mal ter se
expandido ao todo.

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Falta Um Minuto – O fim da última aula
No primeiro ano do ensino fundamental foi difícil, pois além de
eu e meus colegas ainda serem muito pequenos já acrescentavam
bullying em quase todos os fatores vivenciais. Apelidos de mal gosto
eram presenciados ali com abundância.
No restante do ensino fundamental foi tranquilo tanto no lidar
com as pessoas como o aprendizado dentro da sala de aula.
Por fim o ensino médio chegou e virou meu mundo de ponta
cabeça, coisas novas sempre me deixam abalado. As dificuldades
chegam, e as notas ficam relativamente baixas como uma manhã de
inverno. Entre isso, o ato mais tenso foi mudar de escola ao longo
dos três anos que estão sendo cursados.
Algumas coisas da vida são assustadoras outras amáveis e o
que cabe dentro desse coração passado por várias assombrações
pregadas pelo tempo, é uma alma com saudade daquilo que ainda
não acabou.
– Lucas Barbosa.

Acontecimento escolar
Quando eu estava no quinto ano do fundamental, sempre me
considerei uma pessoa boa na escola. Não faltava um dia,
participava de tudo, eu era considerada uma pessoa boa. Bom, eu
era o orgulho da minha vó. Na parede da minha casa eu tinha várias
medalhas de competições de soletrar e de gincanas que tinha na
escola.
Percebi que aquilo estava prestes a acabar e que eu ia passar
adiante. Escola nova, pessoas novas, eu estava com um pouco de
medo. E chegou o dia da nossa formatura do quinto ano e o evento
iria ser na escola mesmo. Lá estava eu, toda triste, porque eu sabia
que depois daquele dia ia acabar tudo.
E, no fim, foi tudo maravilhoso. No final do evento, uma moça
do departamento da educação subiu lá no palco e falou sobre nossa
escola e sobre os alunos. Só coisas boas. Citou que queria
presentear alguns pelo bom desempenho, e fui surpreendida. Eu
estava entre esses alunos presenteados! Eram só 3: eu e mais dois
meninos. Ela nos chamou pelo nosso nome e subimos no palco.

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Escola J.K.
Chegando lá, ela perguntou o que queríamos ganhar. E eu
disse que queria uma bicicleta, e ganhei. Fiquei bem feliz. Eu já tinha
uma, mas aí ganhei outra e dei a minha para minha prima.
Resumindo, devemos aproveitar o máximo o que temos
porque um dia acaba.
– Jhenyfer Nayara.

Sobre uma fase da minha vida


Minha vida escolar começou na Escola E. F. Marcos Emílio
Verbinnen, pois foi onde eu comecei a escrever, a juntar letras, e a
aprender como ser uma pessoa melhor. Mas também foi onde sofri
muito preconceito e bullying. Foram alguns dos momentos que mais
sofri na minha vida.
Uma das coisas que não gostei muito é que a diferença de
cultura para mim foi bem puxada no começo; porque de onde eu
vim, que é do nordeste, era uma região meio pobre; mas tinha
pessoas humildes, legais, e que sabiam fazer tudo o que é simples.
Mas também posso dizer que, aqui em Jaraguá do Sul – já moro há
mais de 11 anos – é um lugar bom. Só que tem muitas pessoas que
não são simples, e que gostam de humilhar os outros, de fazer de
lixo, só porque tem dinheiro. Mas aprendi que não precisamos
humilhar ou rebaixar as pessoas porque se tem dinheiro. Mas sim
que temos que fazer o bem para o recebermos em dobro.
Então, mesmo assim, podemos dizer que na minha fase
escolar passei por muitas coisas, mudanças, altos e baixos para que
eu pudesse aprender que humilhar e fazer bullying ou ter
preconceito não é preciso para ser mais que os outros; e sim ser
simples; porque pessoas que sabem fazer a diferença conseguem ir
para frente sem rebaixar os outros.
– Andressa Nogueira.

Empodere-se, você é a força


Ao longo da vida criamos uma história, movida a experiências,
atitudes, pensamentos e aprendizados; isto é, nossas memórias.
Cientificamente, são as lembranças facultadas de conservar ideias ou

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Falta Um Minuto – O fim da última aula
imagens.
Perante as definições, tenho minhas memórias escolares, nas
quais passei a maior parte da vida, desde o fundamental até o
ensino médio. Houve acertos e erros, momentos positivos e
negativos, a cada memória um aprendizado diferente. A meu ver,
deixar pessoas importantes em nossas vidas é necessário para
crescimento individual, mas uma das etapas mais difíceis é a
mudança escolar.
A situação mais forte diante essa história foi os rótulos
impostos dentro do ambiente escolar. Distinguindo o aluno de maior
facilidade em aprender dente os que haviam mais dificuldade,
impossibilitando um aprendizado de qualidade e igualdade para
todos.
Mas também houve momentos e lições de vida em que
aprendi grandiosamente; sabendo lidar melhor com os problemas e
as pessoas; tendo empatia, força para enfrentar problemas maiores
e amadurecimento em ambas situações.
Portanto, é necessário haver mudanças. As dificuldades virão
e os sentimentos aparecerão com mais dúvidas e incertezas, mas a
felicidade também aparecerá. Tudo depende de nossas ações,
atitudes e sonhos para almejarmos; mas, principalmente, de ir em
busca do melhor para nós mesmos. Não tenha rótulos, descubra-se
e deixe ser motivado a novas descobertas e oportunidades. Pois este
é o momento!
– Aline de Liz.

53
A Última Nota Dos Professores
Falta Um Minuto – O fim da última aula

Era Uma Vez


Caminho doloroso…
Nada fácil de concluir,
Por vezes vagaroso
Coração ansiava por desistir!

A coragem tomava conta


Um passo de cada vez
Nesta caminhada que amedronta
Onde a escola se tornava " era uma vez".

Não há mais fada, bruxa ou princesa


Seu sonho encantado se transformou
E sem perceber história da vida real se tornou
Ser protagonista e o seu papel com certeza!

Dono da própria história


Médico, engenheiro, professor…
Faz-de-conta da memória
De um simples sonhador!

Saudade antecipada
É assim que se diz?
Lembrança estereotipada
Será que o termo condiz?

As memórias podem ser suas.


Mas também, minhas são!
Todas as vivências mútuas
Guardadas nas entrelinhas do coração.

– Professora Adriana Antunes Galli.

57
Escola J.K.

Só Mais Uma Coisa…


Cada dia que passa, mais próximos vocês ficam das coisas que
nos assemelham: a vida adulta, a maioridade, tomar grandes
decisões na vida e assumir suas consequências, sejam elas boas ou
ruins. Profissão, faculdade, casamento…ou outra escolha
diferentona. Estão a um minuto de fechar um ciclo em suas vidas.
Isso acontece de vez em quando ao longo da nossa existência. E
quando acontece, ocorre um encontro entre o nosso passado e a
expectativa sobre o nosso futuro. Muitas coisas se desligarão para
sempre, mas algumas poucas – e importantes– permanecerão.
Estão prestes a descobrir o que muitas vezes motiva e
impulsiona tantas pessoas a voltarem às suas origens e tornarem-se
professores – seja para superar as grandes dificuldades, ou para
honrar o legado de algum professor de seu tempo de escola que o
mereça – estou falando aqui da saudade dos tempos de escola.
Logo mais vocês estarão tão iguais quanto nós, sabendo o que
está por trás dos nossos olhos quando fitamos os seus em sala de
aula; quando, mesmo chamando a atenção, sabemos exatamente o
gostinho de prazer nas pequenas e grandes aprontações. (e, claro,
as graves consequências que algumas delas podem gerar).
Em breve sentirão o alívio e a falta que os dias de provas,
apresentações de trabalhos e outros geram. Sentirão o estômago
roncar todas as vezes que souberem que na escola teve pão com
frango. Sentirão saudades daquelas conversas acolhedoras de
corredor nos dias maus. Vão querer contatar novamente os colegas
da turma, se reencontrar em algum aniversário da formatura, para
ver se ressuscitam as sensações gostosas do tempo de escola. Vão
torcer que tenham esquecido daquele vexame, ou do apelido
desgraçado e perseguidor.
Para mim foi um privilégio descabido fazer parte do finalzinho
desta jornada, deste ciclo se fechando na vida de vocês! Me
surpreendi com muitos em seu desempenho intelectual, ou mesmo
nas suas histórias pessoais de superação. Me encantei com o
interesse, a preocupação com a qualidade de estudos de alguns que
me procuraram para tanto. Vi neste ano alunos dispostos a acolher

58
Falta Um Minuto – O fim da última aula
seus colegas, a superar seus desafios e dificuldades em suas metas
escolares. Vi meninos e meninas com tantas posturas e
responsabilidades adultescidas. Sinto muito orgulho da conquista de
vocês!
Não permitam, por nada nesse mundo, que morra o brilho no
olhar de vocês dos melhores momentos que já viveram em seu
tempo escolar! Ninguém nesse mundo merece retirar de vocês essa
luz, o riso fácil, o abraço acolhedor entre vocês. Não deixem que
tentem rebaixar o verdadeiro valor que vocês possuem. Não aceitem
menos do que vocês merecem. Honrem a si mesmos. Honrem suas
batalhas e vitórias. Nos dias ruins, lembrem-se de quem realmente
são.
Eu sei…sou péssima em guardar nomes, peço desculpas. Não
vou ter a petulância de exigir que se lembrem do meu; mas
lembrem-se com carinho daqueles professores que fizeram o melhor
por vocês, que realmente se importam.
Obrigada pelas trocas, pelos ensinos e aprendizados, pelas
sinceridades e acolhimentos. Nesses encontros de aulas nos
afetamos, nos misturamos, e nos transformamos. Obrigada por
poder fazer parte disso tudo! Desejo muito sucesso, que sejam
realizados e prósperos em suas escolhas, que a Vida lhes favoreça
no que precisarem dela.
Com carinho,
– Professora Karin Stahlke Rotta.

Queridos alunos formandos


A maioria de vocês é nosso desde a pré-escola. Para alguns
cheguei a dar aula. Vi vocês crescendo, se desenvolvendo,
enfrentando seus desafios e se superando a cada dia. E foi um
imenso prazer poder fazer parte disso tudo!
Vocês moram no meu coração. Sinto muito orgulho da
caminhada de vocês e de quem se tornaram hoje!
Que todos vocês se encaminhem para um futuro brilhante.
Não parem por aqui. O mundo é grande e tem muitas coisas legais
para vocês conhecerem! Estudem em algum curso superior. Saibam

59
Escola J.K.
escolher não só uma profissão, mas uma vocação.
E principalmente, sejam muito felizes. Que consigam
conquistar seus sonhos e planos, tanto na vida pessoal, como na
vida profissional.
Um grande abraço com muito carinho,
– Professora Margarete Luzzani.

In this night
Esta é uma noite muito especial, pois hoje, é a noite da sua
formatura. As pessoas mais especiais estão aqui, sua família, seus
pais, professores e amigos. Para mim foi um grande ano! Conheci
alunos maravilhosos, pessoas dedicadas e que poderão mudar o
mundo.
Apesar do pouco tempo com vocês, aprendi a admirá-los,
respeitá-los e construímos assim, uma linda amizade. Tivemos
momentos difíceis, mas salvo na memória os momentos de alegria,
das rizadas e das conversas longas para não termos aula ( rsrsrs).
Este é aquele momento em que posso afirmar que o ano valeu a
pena. Vê-los formados e saber que fiz parte da história de vocês
significa muito. Foi bom tê-los na escola. Juntos, partilhamos tudo o
que somos e o que temos.
I wish you all the best!
Atenciosamente,
– Teacher João Paulo Murara.

Caminhos…
Acredito que por vezes já concordaram com Francis Bacon e
seu pensamento em "Gostaria de viver para estudar e não de
estudar para viver". Mas sabemos que todos um dia dirão que, com
o passar do tempo, percebemos que a vida de cada um – seja os
colegas de sala, amigos, professores – acaba tomando um rumo
diferente. Rumo este que fez com que alguns se tornassem parte de
uma vida, ou da história de vida um do outro. Aquilo que muitos no
futuro dizem ter iniciado de um relacionamento, mais que amizade,

60
Falta Um Minuto – O fim da última aula
nos tempos de escola, que o próprio destino se encarregou de
traçar. Outros seguiram outro rumo literalmente. E o sentimento de
saudades toma conta dos pensamentos.

Chegando a hora de entender os ensinamentos de professores


em sala que até mesmo o mais despreocupado com seu
aprendizado, o que atrapalhava a turma; se vê como aquele que
pensa em trabalhar, se ocupar em buscar o melhor de uma vida
profissional e preocupar-se com o futuro. Então aqueles momentos,
simples e por vezes que lhe foram sem valor, se tornam preciosos e
momentos de real aprendizagem. Se não perceberam, sei que logo
perceberão que nesse tempo de escola se aprende mais que
linguagens, códigos, cálculos, história, etc. O tempo passa, ah! E
como passa!

Sejam aprendizes da vida como todos nós educadores


também somos. Sejam ousados e criem algo melhor do que
aprenderam. Sejam a alegria ou o aprendizado de alguém, sejam no
futuro melhor que no presente e sejam gratos pela oportunidade de
aqui terem chego quando muitos não chegaram. Sobretudo, sejam
felizes com suas escolhas e persistentes ao perseguir seus ideais.
Sucesso é o que por certo todos nós seus professores, mediadores,
por vezes conselheiros e para muitos amigos, desejamos a vocês.
– Professora Shirlei Cristina Pinno.

Meu nome é Sirlene Maria Morais Moraes, tenho 46 anos e vou


descrever um pouco da minha vida escolar:

Memórias…
O presente memorial escolar
venho aqui relatar, nascida em curitiba
em mil novecentos e oitenta e dois vim pra cá
em jaraguá, com minha família morar,
cidade maravilhosa e na escola Julius Karsten estudar.

61
Escola J.K.
Sem saber os meus pais que um dia,
em meados de noventa, cursaria pedagogia,
me tornaria uma pedagoga e na escola JK iria trabalhar.
Contente e orgulhosa tenho muito a relatar.

Foram muitos anos marcantes e excepcionais,


desde a segunda série até a oitava,
na época anos fundamentais.
Zita, Edla, Darci, Marlene, Altair, Magali, Matilde, Osvaldo, Deli,
Chicão, Antonio, Rita, Eliana e outros mais
professores comprometidos e profissionais; cada qual com seu
saber, objetivo e jeitinho dinâmicos, exigentes, experientes,
cativantes, tradicionais, sistemáticos, porém marcantes.
A saudade do tempo nesta unidade escolar.
Muitas cobranças, aprendizagens sempre venho a recordar.

Deixando a vocês alunos uma lição a ensinar:


Estudo é a única herança que seus pais irão deixar.
Pensem no presente, passado e futuro.
Na vida do ser humano também vai marcar
quem tem objetivo e muita esperança vai vivenciar…

– Professora Sirlene Maria Morais Moraes.

Queridos alunos:
Pelas estradas por onde andei
por uma escola me apaixonei.
Nela com muitos alunos aprendi
tantos outros alunos os ensinei.

Quantos anos se passaram


quantas pessoas conheci.
Uns conheci quando nasceram
outros conheci já crescidos.

Aos alunos dos terceiros anos

62
Falta Um Minuto – O fim da última aula
só tenho a agradecer:
pelo carinho, pelo afeto
e pelas amizades que conquistei.

Uma etapa de suas vidas


no final deste ano irão concluir.
Mas saibam que muitas outras
ainda estão por vir.

Independente do caminho que escolherem


precisando, aqui na Julius estarei.
Para compartilhar muitos saberes
Que ao longo dos anos formarei.

Um forte abraço a todos, sucesso.


Com carinho, assessora Mara.

– Professora Mara Regina dos Santos.

Queridos alunos,
Na semana que vem vocês farão um teste para provar suas
habilidades em matemática e leitura, e duas semanas depois farão
ainda outra prova. Eu sei o quão duro vocês trabalharam, mas existe
algo importante que vocês precisam saber.
Os testes não avaliam tudo o que faz de vocês únicos e
especiais. As pessoas que criam e avaliam essas provas não
conhecem vocês como eu conheço, e definitivamente não os
conhecem como a família de vocês.
Eles não sabem que alguns de vocês falam duas línguas, ou
que vocês amam cantar e desenhar. Eles não viram seu talento
natural para a dança. Eles não sabem que os seus amigos contam
com vocês, que a sua risada pode iluminar o dia mais sombrio, ou
que seu rosto fica vermelho quando vocês estão com vergonha. Eles
não sabem que vocês praticam esportes, se preocupam com o
futuro e que, às vezes, ajudam o seu irmãozinho ou irmãzinha após
o colégio. Eles não sabem que vocês são gentis, confiáveis e
atenciosos, e que todos os dias vocês dão o seu melhor.

63
Escola J.K.
As notas destes testes dirão alguma coisa, mas não dirão
tudo. Estas provas não definem vocês. Existem muitas maneiras de
ser inteligente. VOCÊ é inteligente! Você é o suficiente! Você é a luz
que ilumina meu dia e a razão pela qual estou sempre feliz em vir
trabalhar. Então, no meio destas provas, lembre-se que não há um
teste que seja capaz de provar todas as coisas maravilhosas e
incríveis que formam você, VOCÊ.
Tudo que eu peço é que vocês façam o seu melhor e não
desistam. Vocês estão trabalhando por isso desde o Jardim de
Infância e estão prontos. Eu acredito em vocês!
– Professor José Dionízio Spezia.

FORMANDOS…
Um Mestre se sente grato por ver seus discípulos alcançarem
o fim de uma etapa, jovens, cheios de sonhos e certezas, abertos
para o que o mundo lhes trará – interessante, muitas vezes ácido,
outras, suave, como a noite.
Vocês, caros formandos, vivenciaram tristezas e alegrias,
muitas compartilhadas por nós. Agora que vocês estão adentrando o
primeiro dia do resto de suas vidas, agradeço por poder fazer parte
de modo singelo dessa bela conquista.
Não poderia me furtar de parabenizá-los por seus esforços,
estudos, erros e acertos, que tenho certeza, lhes permitiu moldar a
coragem para enfrentar o porvir com cabeça erguida, certos do
sucesso.
É meu ditoso dever destacar os valores que com total
dedicação insculpi em vossos corações e mentes, sadios dos males
do mundo: a honra, a dignidade, a perseverança, a
responsabilidade, a honestidade, a disciplina e a humildade, que em
atuante conjunto criaram em vós uma fímbria que vos propiciará
uma vida plena de realizações pessoais.
Com um sorriso brando, lembro das nossas belas passagens
este ano. Lembro cá comigo de vossas estripulias, de vossos
companheirismos, que marcam dentro de mim os momentos bem
vividos em nosso Colégio, e seus nomes e rostos, marcas indeléveis

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Falta Um Minuto – O fim da última aula
em meu coração e mente.
Por fim, digo que formar-se é abrir-se para o infinito, é
atravessar o portão, onde para trás fica um pequeno mundo
aconchegante e acolhedor, e para lá de seus umbrais, fica todo um
mundo novo, desconhecido, convidando a ser explorado. Vão, não
tenham medo! Creiam-me, o mundo lhes pertence. Ele é do
tamanho de vossos sonhos. Deixem para trás, o conhecido, a
proteção dos pais, dos mestres e claro, deixem um Professor grato
com a sensação de dever cumprido.
– Professor Fabricio Dellagiustina Barbosa.

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Galeria JK
Falta Um Minuto – O fim da última aula

Arte: Maria Luiza dos Anjos Professora Adriana Antunes Galli e


Espindola. Professora Karin Stahlke Rotta.

Aluno Michel Maciel Corsinii, aquele que deu nome


para o livro.

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Escola J.K.

Professora Karin Stahlke Rotta e a


aluna Fabiane Abigail, autora da
epígrafe Girassóis.
Aluna Anita Vanessa Hoffmann Silva
(AMNNS), artista autora da capa.

Diretora Margarete Luzzani e as


"tias da limpeza" Luciana
Assessora Elenice Busch, Diretora Aparecida Dias Schwart (Lu) e
Margarete Luzzani e Assessora Mara Ângela Aparecida Campolim Dos
Santos. Santos Coelho.

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Falta Um Minuto – O fim da última aula

Professora Auxiliar do Setor


ATP Sirlene Morais. Pedagógico Mislene Pickcius.

AEE Débora Pereira e a Diretora.

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Escola J.K.

Professores JK.

A Fachada da JK.

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Falta Um Minuto – O fim da última aula

O Pátio.

O Recreio Coberto.

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Escola J.K.

O Bicicletário.

O Refeitório.

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Falta Um Minuto – O fim da última aula

Mais uma do Refeitório...

Por Fim... A Sala.

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Escola J.K.

Nosso 301

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Falta Um Minuto – O fim da última aula

Nosso 302

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Escola J.K.

Nosso 303

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Falta Um Minuto – O fim da última aula

Nosso 304

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Escola J.K.

Nosso 305

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Falta Um Minuto – O fim da última aula

Equipe Julius Karsten


Organizadores:
Adriana Antunes Galli.
Karin Stahlke Rotta.

Autores:
-A.
Adriana Antunes Galli.
Adrielli Costa Silveira.
Afrodite.
Agatha Fernandes.
Aline de Liz.
Amanda Belo.
AMNNS.
Ana Laura Queiroz.
Ana Paula dos Santos Bolduan.
André Lins.
André Vinícius Lins Veloski.
Andressa Fernanda Nogueira Barbosa.
Andressa Nogueira.
Andrieli Borges.
Anita Vanessa Hoffmann Silva.
Antonio.
Baby Shark.
Barbara Franceschi.
Barreto.S.
Bianca Lopes Wertmeier.
Bianca Meier.
Bird.
Bruna Geovanna Mueller.
Bruna Tayane Bucker.
Bruno Stronckek Medeiros.
Bucker.

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Escola J.K.
Caio F. S.
Caio Felipe Siewerdt.
Caroline Santos.
Claudio Daniel Correa.
Daniel Vieira Paludo.
Daniele Cristiane Borges Follmann.
Duda Maria.
Emily Todt.
Emily Fernanda Gonçalves Todt.
Fabiane Abigail.
Fabricio Dellagiustina Barbosa.
Felipe Machado Dionizio.
Gabriel de Souza Granado.
Gabriel José Berthi Gonçalves.
Gabriela Alves Veiga.
Grazieli Miguel Dorow.
Grey.
Guilherme Gonçalves Cunha.
Gustavo Henrique Berthi.
Ismaély Araújo da Silva.
Jhenyfer Nayara Cardoso Saturnino.
João Paulo Murara.
Joene Sá.
Joene Izaudite Maria de Sá.
Joice Volpi.
José Dionízio Spezia.
Joziele Barbosa de Souza.
K.F.
Kalebe Joner Domingos.
Karin Stahlke Rotta.
Kauane Emanuele Alves Feisel.
Lara Fabian Kolbeck.
Letícia Pereira Oneda.
Lua.
Lucas Barbosa.
Lucas Barbosa Urizzi.
Luiz Carlos Fernandes Oliveira.
Mar...

82
Falta Um Minuto – O fim da última aula
Mara Regina dos Santos.
Marcela Vicente.
Marcela de Jesus Vicente.
Margarete Luzzani.
Maria E. Fernandes Valansuelo.
Maria Eduarda Nilsen.
Marianne Meyer.
Michel Maciel Corsini.
Natalia da Silva Simon.
Orlices.
Orlices Denker Júnior.
Patryck.
Patryck Barbi.
Rayara Martins Almeida Xavier.
Samuel Bernardo da Silva.
Sarah Dellandrea Anulhak Junkes.
Shirlei Cristina Pinno.
Sirlene Maria Morais Moraes.
Tatiana Aparecida Deluca.
Valansuelo.
Wanessa dos Santos Leite.

Ilustrações:
Capa:
Anita Vanessa Hoffmann Silva (AMNNS).
Instagram: @art.amnns

Capa alterantiva:
Maria Luiza dos Anjos Espindola.

Arte do texto FORMANDOS:


Fabricio Dellagiustina Barbosa.

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Escola J.K.

Editora Prego Poesia


Editores:
Karin Stahlke Rotta.
Michelli Cunha Cesar.
Wander Blaesing.

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Então é isso…
O vento sopra…
O sinal bate…
Você caminha, olha para trás… Sorri…
É a última vez… O sinal, a última nota…
De uma sinfonia que te acompanhou desde
criança, quando o tempo ainda não parecia
existir…
Você descobriu o tempo e cresceu…
Agora, a música é outra…
É a música do futuro, de folhas ao vento…
Uma multidão de caminhos, de futuros, de
sonhos, te chama…
Vai! Siga o vento, seja a folha, voe como um
herói…
E quando me perguntarem o porquê de tantas
folhas no céu, o porquê de tantos caminhos que
seguem…
Eu direi que são meus alunos, trazendo os
ventos da mudança, girando o moinho do tempo,
fabricando o futuro…
Foi uma honra acompanhá-los até aqui!
Mas agora, nossos futuros se separam…
Voem como vento…
Naveguem o tempo… rumo ao amanhã.
Adeus!

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