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Questões Propostas:

1 - Destaque os principais elementos que constituem a sociologia da educação de Talcott


Parsons.

A principal obra de que trata da contribuição de Parsons para a Sociologia da Educação


é The School Class as A Social System, publica em 1959. Nesta obra, não só a escola é
destacada como um subsistema social, como também é uma um local de socialização e de
mostras de diferenciação social. Ainda nesta obra, o autor destaca a sociologia da sala de aula
no caso de educação primária e da escola como um todo (sistema escolar) no caso da
educação secundária. Para Parsons a escola é um “microcosmo social”, onde ocorre um
nivelamento moral e uma diferenciação pré formação profissional dos cidadãos.

Em Parsons há uma visão da sala de aula e o centro escolar como um sistema de


socialização com duas dimensões: instrumental e pré-profissional. No primeiro caso, a sala de
aula (na escola primária) tem por objetivo a aquisição de habilidades especificas para
desempenhar o papel de adulto. No segundo caso, uma identificação com valores morais e
orientação para o cumprimento de uma função ou papel social de certa forma determinado.
Em termos de moral e ideologia o sistema de ensino deve atuar como um sistema
homogeneizador. Já em termos de diferenciação, pelo sistema de recompensas o sistema
escolar define quem adentrará ou não no ensino superior.

Parsons não ignora a “estratificação social” entre alunos, ou seja, alunos advindos de
camadas sociais superiores tem lugar em centros mais democráticos e pedagogicamente mais
inovadores. Assim, a a educação também acaba atuando como um sistema de diferenciação
social, onde tanto escola quanto origem familiar contribuem em uma “seleção social”.

2 - O que Parsons procura discutir, quando afirma que a dimensão moral e ideológica está
relacionada com a função homogeneizadora do sistema de ensino?

Principalmente na primeira infância o sistema escolar deve atuar como um adaptação


da personalidade individual de cada aluno, que já traz isso consigo de um ambiente familiar, a
um sistema moral e ideológico, condicionando esse aluno a valores e normas dentro de uma
sociedade. Essa é a discussão proposta pelo sociólogo Parsons quando define que o sistema de
ensino deve atuar nesse nivelamento moral, de regras e normas, tanto morais quanto
ideológicas.

3 - Qual diferença entre curriculum oculto e curriculum manifesto?

Curriculum manifesto pode ser definido como o conteúdo do que será ensinado nas
escolas, de forma tácita, ou seja, as matérias, os livros, as propostas curriculares, etc, seja em
planos de ensino e planos de aula, bem como em leis, regras e normas em nível municipal,
estadual ou nacional. Já o curriculum oculto é a forma que tudo isso será ensinado, e para
além, ensinamentos, aprendizagens, em forma de relações entre alunos, entre aluno e
professores e outras figuras escolares, de forma implícita principalmente. Esse processo pode
ocorrer sem estar formalmente incluído nas disciplinas, mas sim de forma transversal, por
meio de debates, explanações entre outros meios.

4 - Por que Mannheim é considerado o defensor da síntese da espontaneidade criativa e da


disciplina inteligente, e o que estes conceitos significam no campo pedagógico?
O autor é um crítico tanto da pedagogia autoritária quanto das pedagogias liberais e
libertárias. A primeira seria cega a algumas necessidades psicológicas e vitais das crianças, já a
segunda com a sua teoria de uma existência humana eterna e histórica levando a uma prática
educativa de total espontaneidade também não seria um bom caminho a se seguir. Então para
o autor o equilíbrio entre essa pedagogia de obediência cega e a liberdade utópica se daria
pela espontaneidade criativa e a disciplina inteligente. O primeiro conceito envolve a
fomentação de uma personalidade independente, com liberdade de julgamento e equilíbrio
psicossocial. Já o segundo conceito envolve essa espontaneidade em um espaço de coesão
social e solidariedade afetiva.

5 - Em que se fundamenta a concepção de Mannheim sobre a necessidade de uma educação


democrática, permanente e de massas?

Para Manheinn seria por meio de uma educação democrática que seria garantido o
acesso a posições dirigentes dos mais aptos dentre as camadas inferiores, resultando assim de
uma democracia militante e não comercial, como ele próprio define. Obviamente que para isso
o sistema educacional deveria passar por uma reforma, abandonando a escola elitista e uma
formação mais tradicional. Para demonstrar isso, Manheinn usa o sistema escolar da
sociedade vitoriana como exemplo de formação elitista. O que é necessário, segundo o autor,
é um sistema de ensino realmente democrático garantindo a todos os cidadãos uma educação
permanente e progressiva, principalmente em uma sociedade da informação, global e de
massas, como o nosso tempo atual.

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